Grande Polo {Fic de Bob Terins e Christopher B. Mason}

Se você acha que o mundo mudará para melhor, troque totalmente de ideia. Principalmente com o governo que temos, não por corrupção ou erro nas escolhas, mas sim por grande desejo de poder. E consequentemente um homem totalmente fora de controle entrou no poder da presidência com o sua nova invenção, transformando-a em Grande Polo.

Com apenas alguns subordinados, transformou o mundo em um apocalipse controlado por ele. De dia pessoas que o obedeçam, de noite zumbis, muito mais fortes e com capacidade de fazer incríveis coisas, porém o principal fato para eles seria matar os únicos sobreviventes.

Somos Joey Billy Thompson e Samuel Carter Drake, escapamos a tudo isso porque procurávamos pela lenda da outra pirâmide no Egito. Então estávamos escondidos de tudo. Como chegamos até aqui? Podem falar que é sorte, entretanto, arqueólogos são muito mais habilidosos do que parecem e, isso sem nenhuma ligação com Indiana Jones.

- Isso! Assim! Continua! – Disse para Samuel.

Escavávamos procurando a lenda da outra pirâmide no Egito e o meu parceiro, também Inglês, havia pedido ajuda em algumas técnicas. Depois de explicar e mostrar como deveríamos fazer voltei a tirar algumas pedras. Já era de noite, havia demorado muito para conseguirmos esse direito do Governo e por este motivo não perdíamos tempo.

- Há algo aqui! – Falei.

Coloquei a mão no local e retirei duas armas, um punhal e uma adaga. Eram de ouro puro, nunca vi algo que reluzisse tanto quanto aquelas coisas. Simplesmente incríveis! Guardei o punhal no meu cinto junto com instrumentos de trabalho. Ninguém iria notar... O outro item dei para Sam. Não poderia correr o risco de me entregar à polícia.

Fingi como se nada tivesse acontecido, porém escutei um enorme barulho, parecido com uma explosão. Meu coração acelerou, fiquei espantado e suando frio. Já escutei sobre maldições e essa coisa poderia ser uma! Parei com o trabalho e saí do túnel que havíamos feito. O céu estava mais escuro e o cheiro muito ruim.

A areia estava lamacenta e até havia água nela. Ou eu estava sonhando ou bebi demais, a segunda opção era a mais provável. Chamei meu companheiro de trabalho para ver aquilo e enquanto ele não chegava, fui ver o meu reflexo na água. Meu cabelo escuro estava muito bagunçado, grandes olheiras embaixo dos meus olhos castanhos. A roupa, um terno branco com um colete preto e uma calça cáqui, estava completamente empoeirada.

Percebi que caía uma garoa fina, mas o meu “espelho” tremulava muito para uma simples chuva. Três piranhas, cinzas, pularam e eu caí sentado no chão, nunca vi um peixe com cor tão escura. Na verdade elas pareciam tão, mortas. Logo após saiu um homem; isto é, deveria ser antes de sair da cova. Não tinha um olho, partes do corpo faltando e seu braço esquerdo era osso. Seu odor era de morte.

- Calma, cara! Eu to fazendo muita força. – Falei bufando enquanto limpava o suor do rosto.

Eu e meu parceiro, Joey, estávamos no Egito, procurando a lenda da outra pirâmide. Eu precisava de ajuda naquilo, ou ficaríamos ali até o sol raiar. Joey me explicou o necessário para acelerar o processo, iríamos revezar por hora. Não podíamos perder tempo, já estava de noite e esfriava muito. Mesmo dentro daquele túnel o vento entrava.

- Há algo aqui! – Ouvi ele dizendo. Finalmente havíamos achado alguma coisa, que pelo menos fosse de valor.

E eram de valor, duas armas...as duas feitas totalmente de ouro. Eu não era do tipo ambicioso, porém aquelas armas tinham um grande. Pelo menos era o que eu achava. Joey pegou o punhal e o guardou na cintura, entregando a adaga para mim. Deixei ela na cintura, bem segura, para que não caísse no meio daquela escuridão. As tochas que havíamos colocado para iluminar o local de trabalho já estavam quase se apagando, a luz das lanternas estavam fracas.

Eu não me importava, já havia passado a noite no relento por motivos maiores que aquele. Continuei escavando, com o objetivo de encontrar mais daquelas armas, porém, uma explosão nos impediu de continuar o trabalho.

Assim que sai do túnel um odor horrível adentrou minhas narinas. Eu segui o cheiro, até a origem do mesmo. No momento que vi aquilo, fiquei assustado. Dois corpos estraçalhados, mutilados, ensanguentados. Eram os dois ajudantes que eu havia contratado, eles deveriam estar dormindo. As barracas estavam desarrumadas. Como aquilo havia acontecido sem que ninguém percebesse ou ouvisse? Nesse caso, apenas eu e Joey poderíamos ter ouvido. Havia alguém dentro da barraca, que parecia a única intacta. Fazia grunhidos estranhos e gemia. Tirei a adaga da cintura e me aproximei com cuidado, a última coisa que eu queria era problemas, o trabalho havia sugado minha energia. Meus olhos arregalaram, eu só pude recuar e sentir meus pés tropeçando.

- MÃE DE DEUS! - Gritei, ainda recuando-me. Aquilo não era uma pessoa, não parecia. Havia sangue e pedaços de carne em sua boca. Suas pupilas estavam diminuídas, os olhos totalmente brancos. Sua expressão era de fome e raiva. A criatura vinha pra cima de mim com tudo e a adaga estava no chão, onde a deixei cair. Eu estava perdido, porém sempre tem que haver uma saída. Do meu lado tinha uma pá, provavelmente dos ajudantes. Peguei a mesma e acertei com toda minha força em sua perna. Ele tinha caído, mas segundos depois já estava se levantando. Dei uma pazada em sua cabeça, de modo que ele ficasse no chão novamente e dessa vez não hesitei em atacar. Direto na cabeça, até que nada dele se movesse. E foi assim, metade de sua cabeça estava esmagada, e minha roupa manchada de sangue.

Eu precisava ver se Joey estava bem. Ele havia me chamado, mas estava quieto de mais. Ele estava surdo? Qualquer um poderia ouvir o que tinha acontecido a poucos minutos atrás. Quando voltei até onde estávamos, vi meu parceiro com um joelho apoiado no chão e o punhal ensanguentado na mão. Ele me olhou, e percebi que eu não era o único que havia lutado com uma daquelas coisas. Maldição? Não, aquilo era mais que uma maldição...e parecia apenas o começo.

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