{Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

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{Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

Mensagem por 153 - ExStaff Qua 10 Out 2018, 18:56


Eu os declaro marido e mulher

O casamento é uma data especial na vida de um casal e como deusa do matrimônio, Hera abençoa todos os que imagina serem dignos para tal honra. Um dos protegidos da senhora do Olimpo fez algumas oferendas e pediu por seu casamento e a patrona dos devotos deu-lhe a honra de enviar alguém para que falasse por ela.


Diretrizes

— Introduza sua missão contando um pouco de sua rotina e seus pensamentos em relação a ser uma semideusa;

— Hera entrará em contato com você de alguma forma. Descreva como se deu com detalhes e porque você foi escolhida entre tantas outras pessoas;

— Na conversa ela lhe explicará que há um casamento muito importante que acontecerá logo no mundo mortal e você deverá ir e ter certeza de tudo acontecerá sem nenhum empecilho;

— Arrume suas coisas e vá até o local do evento. Lhe dou a liberdade para escolher onde será e quem são os noivos;

— No dia anterior ao casamento algumas coisas acontecerão que irão interferir diretamente na cerimônia;

— Quero que resolva pelo menos três dificuldades;

— Arrume-se para o grande dia e esteja presente no local do casamento. Alguém irá tentar interferir no casamento, mas você deve resolver isso antes que aconteça. Tens liberdade o suficiente aqui para narrar como quiser este ponto;

— Finaliza a missão como achar melhor.

— Seja criativa!

— Prazo de entrega 20/10/2018;

— Quaisquer dúvidas pode me contatar via MP, WhatsApp ou Discord;

— Boa sorte.

Condições on game

Melinda Thompson — Nível 1
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Re: {Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

Mensagem por Catherine Burkhardt Sex 12 Out 2018, 22:40



sickness and health;
honey, what a day and what a night
I was cheated by you and I think you know when... —, cantarolava a filha de Dionísio em perfeita sintonia com a música que relembrava em sua mente.

Mamma Mia era um de seus filmes preferidos e a soundtrack dele, na época em que desconhecia o efeito magnético que dispositivos eletrônicos possuíam em monstros, era repetida em um loop eterno em seu iPod.

Era dia de limpeza de chalé e Melinda, depois de mais uma vez ter perdido o horário de acordar, estava sobre estritas ordens de que só poderia sair dali quando a sala comum — era basicamente uma sala de estar cheia de puffs e esconderijos para bebidas — estivesse impecavelmente limpa. Em seu top preto de musculação e seus shorts de dormir de Steven Universo, a inglesa imergia-se completamente na música, com direito a interpretação dramática ala Meryl Streep, enquanto passava o aspirador de pó no grosso carpete roxo que cobria todo o piso da sala.

Just one look and I can hear a bell ring, one more look and I forget everything, oh uh oh! — Ia cantando, e se sua voz estivesse progressivamente mais alta a cada estrofe, bom, não tinha mais ninguém no local para reclamar.

Foi por isso, pela certeza de que todos os seus meios-irmãos estavam fora do chalé fazendo as coisas que eles tinham que fazer, que quando se virou e deu de cara com uma das mulheres mais lindas que já tinha visto em sua vida pomposamente sentada no sofá, com uma perna sobre a outra e uma expressão de divertimento no rosto, Melinda prontamente saltou e deu um grito de susto. Ao pular, seu pé enganchou no fio do aspirador, lhe fazendo tropeçar para o lado. Conseguiu manter o equilíbrio com um resquício de dignidade, mas acabou desligando o aspirador da tomada e o silêncio reinou por uns 3 segundos, antes que um palavrão escapasse a boca dela.

O que, absolutamente, não é a melhor primeira impressão que uma pessoa deseja dar à rainha do Olimpo.

— Puta merda! — Exclamou a semideusa em choque, colocando uma mão sobre seu coração e olhando para a recém-chegada com os olhos arregalados. E então, deu uma boa olhada nas curvas de seu corpo, nos seus olhos claros e em suas feições altivas e repetiu, num tom bem mais baixo e mais aveludado por atração sexual: — Puta merda...

— Cuidado com o linguajar, Melinda Thompson.

A morena estreitou os lábios levemente, um sinal de desaprovação pela linguagem, mas seus olhos ainda brilhavam de divertimento, então a jovem esperava que não tinha cavado uma cova muito profunda com... A desconhecida invasora que sabia seu nome completo?

— Me perdoe, mas você me deu um baita susto. — Sinceridade transbordava de sua voz, assim como exasperação, o que fazia seu sotaque ficar ainda mais forte. — Eu deveria estar sozinha, tanto que nem me dei o trabalho de me vestir e agora estou praticamente nua na sua frente. E você... Não acho que você pode estar aqui. Você é, tipo, adulta. Adulta mesmo. Como as atrizes que tenho crushes. — Um fato peculiar sobre Melinda: sempre que se sentia nervosa demais, tinha a tendência a falar um monte de besteira até que alguém tivesse pena dela e a interrompesse. — E, se me permite perguntar, quem é você, exatamente? Por que não me lembro de ter alguma vez...

— Você é mais falante do que eu imaginava. — Cortou a morena, prontamente fazendo com que a negra fechasse sua boca no meio da frase e parecesse meio envergonhada. Só meio. Estava muito confusa e com o pulso acelerado demais para realmente se importar com reputações. — Sou Hera. Tenho certeza que já ouviu falar de mim.

Melinda achou que seu cérebro entrou em curto-circuito por alguns segundos. Por que, é claro, ela sabia quem Hera era. Podia ser novata nesse mundo semidivino — e essa descoberta vinha trazendo uma grande intensidade para múltiplos sentimentos que ainda não teve tempo de processar —, mas não era iletrada. Tinha notas altas em História. E se você é reclamada como filha de um deus grego, o mínimo que deve fazer é ler uns livros sobre mitologia grega, não é mesmo?

Mas aí, o peso daquela revelação atingiu a semideusa como um tapa na cara e ela pode sentir suas bochechas queimarem. Ela acabara de passar vergonha na frente de uma deusa! Uma. [/i]DEUSA[/i]! E pior ainda, não fazia ideia de como devia agir agora que estava diante de uma.

— Vossa majestade! Er... Senhora! Você me honra com sua presença. — Começou Melinda, seu tom incerto e sua expressão beirando o desespero enquanto buscava uma saudação apropriadamente respeitosa. — Devo me curvar ou ajoelhar...? — Questionou, embora já tivesse iniciado uma mistura das duas coisas de uma maneira um tanto desengonçada, provavelmente gesticulando mais do que devia.

Um leve sorriso curvou os cantos dos lábios da deusa, que simplesmente acenou com a mão, dispensando tudo aquilo com uma elegância invejável e sensualidade natural.

— Basta se sentar e me escutar. — A inglesa olhou para os lados, notando que não havia nenhum assento próximo o bastante para que ela se sentasse sem interromper Hera, então simplesmente deixou seu corpo cair e sentou-se no carpete, no chão à frente dela, como uma criança para escutar sua mãe, de pernas cruzadas. Uma sobrancelha ergueu-se em reação à sua escolha, mas a deusa não comentou. Muito pelo contrário, continuou sua fala como se nada estivesse acontecido. — Vim até você, Melinda, para pedir um favor. Um de meus adorados devotos irá se casar amanhã. Será uma cerimônia adorável e o relacionamento deles é simplesmente perfeito. Se qualquer detalhe der errado, ficarei completamente contrariada. Por isso, quero que você vá até lá e garanta que tudo ocorrerá no prazo e sem problemas por mim.

A semideusa piscou uma vez, depois outra, sem saber o que dizer. Era um pedido inesperado, uma tarefa meio estranha, mas embora fosse educada e polida como uma verdadeira rainha, o tom dela carregava uma nota de comando que deixava claro que se optasse por dizer não iria ofender a deusa imensamente. Lembrou-se de todas as coisas que já lera Hera ter feito por ciúmes ou por ter sido contrariada — aliás, não havia sido Hera quem enganou a mãe de Dionísio, Selene, a pedir que Zeus se mostrasse em sua forma verdadeira, matando sua... avó?... e forçando Zeus a completar a gestação de seu pai em sua panturrilha?

Engolindo seco, Melinda pigarreou, endireitando-se de sua postura relaxada para demonstrar seriedade.

— Seu pedido é minha ordem, m’lady. — Respondeu, colocando uma mão sobre seu peito, como se estivesse fazendo um juramento solene. Ao ver a expressão de satisfação no rosto da deusa com sua resposta, ousou acrescentar: — Se não se importa, Senhora Hera, posso fazer uma pergunta?

O olhar da morena sobre si era intenso e a fez se sentir bastante desconfortável, quase violada, como se a deusa pudesse ver o que sentia e o que pensava (Melinda conteve um leve ataque de pânico pois a única coisa que surgiu em sua mente foi uma visão de Hera como nos quadrinhos da Mulher Maravilha, com apenas uma longa capa de penas de pavão para esconder sua nudez).

— Você deseja saber por que foi escolhida para essa missão. — Afirmou a imortal, soando resoluta e, consequentemente, fazendo Melinda corar ainda mais ao obter uma leve comprovação de sua ideia de leitura de mentes. Ainda assim, ela acenou e somente após isto, Hera prosseguiu: — O número de meus seguidores sofreu uma baixa significativa. Meus Devotos têm outras tarefas importantes para cumprir no momento. E, devo dizer, vejo potencial em você, Melinda Thompson.

A negra franziu levemente a testa, fazendo a expressão de confusão que suas mães achavam ser fofa e, distraidamente, passou uma mão por seu cabelo, o colocando atrás de sua orelha.

— Mas eu não sou... Você representa a fidelidade... E eu não... Sabe? — Tentou explicar a filha de Dionísio, mas quando tudo o que recebeu foi uma expressão neutra, respirou fundo e tentou outra vez. — Não sou uma pessoa de manter um único amante. Quero dizer, eu sou meio puta. Um pouquinho. Okay, mais do que um pouquinho. Isso não incomoda você? Como deusa do matrimônio e essas coisas?

Mais uma vez, a expressão de Hera assumiu uma nota de divertimento, antes que se moldasse numa máscara de seriedade que aterrorizou levemente a semideusa.

— Sim, você não é exatamente o que procuro em um semideus. Completamente fora de meus padrões, é verdade. E já fez coisas que eu odiaria serem associadas ao meu nome. — Pelo jeito superior que ela falou isso, Melinda fez uma leve careta de desconforto. Ela sinceramente esperava que um porém aparecesse nessa frase. — No entanto, você sempre foi honesta sobre quem você era. Nunca iludiu ou traiu ninguém. Seu coração está no lugar certo. E seu senso de justiça não é tão ruim assim.

— Então... Eu meio que passei na sua avaliação com um 6,5?

Um novo sorriso surgiu no rosto da deusa, mais aberto, tornando seu rosto ainda mais belo e praticamente arrancando um suspiro de Melinda.

— Com um 7, eu diria. Interagir com você me entreteve bastante. — Com isso, ela ergueu-se, esticando um papel fino e de aparência muito cara, com várias coisas escritas em letra cursiva em um dos lados, na direção da jovem. — Tudo o que você precisa saber está aqui. Boa sorte, minha querida.

Melinda abaixou a cabeça para passar os olhos pelas informações do papel e quando retornou a erguer o olhar, Hera tinha sumido.

Δ

O endereço que Hera deixara era no Bronx, o que significava que a viagem que teria que fazer não era exatamente longa. Retirou sua mochila do baú de madeira no pé de sua cama e jogou alguns pares de roupas dentro dela, juntamente com itens de higiene pessoal, seus documentos e todo dinheiro que tinha guardado. Também se assegurou que o cartão de crédito que suas mães tinham dado estava ali. A adaga do acampamento logo foi guardada em sua bota.

Por fim, pegou o cajado que comprara alguns dias atrás na loja do acampamento. Ele era quase do seu tamanho, pesado demais para ser manuseado com uma mão, feito de madeira maciça e com uma das pontas mais densas que a outra. Aparentemente, brincar com bastões era um talento que vinha naturalmente para filhos do deus do vinho, então assim que pode, decidira obter sua própria arma, cujo nome acabara por ser Gandalf. (“Então... Eu tenho que nomear o cajado?... Como se fosse um cachorro ou bichinho do tipo?”)

Depois, vestira uma roupa decente. Mais ou menos decente. Colocara um short jeans escuro que era curto demais para a temperatura gélida de New York por cima de uma meia calça arrastão, uma blusa de mangas compridas que deixava seu umbigo a mostra e uma jaqueta jeans azul clara que ia até metade de suas coxas, finalizando o visual com um par de botas de couro marrom.

Colocou a mochila nas costas, apoiou o cajado sobre um de seus ombros e partiu para Casa Grande. Achou que seria irresponsável deixar o acampamento sem avisar ao diretor de sua ausência. O diálogo com Quíron foi breve, recheado de meias frases sem sentido saídas da boca de Melinda e, por fim, recebeu alguns dracmas do centauro e instruções precisas de como convocar o Táxi das Irmãs Cinzentas para ir e voltar em segurança.

Assobiando uma música qualquer, a negra subiu a colina que servia de entrada para o acampamento, balançando os quadris no ritmo do assobio distraidamente. Pensou na loucura que envolvera sua vida nos dias recentes com certa fascinação. Era como se estivesse em um universo completamente diferente e, ainda assim, sentia-se em casa. Não sabia de nada, não entendia grade parte das coisas que estavam acontecendo, mas o sentimento de puro tédio que a sufocava enquanto vivia sua doce ignorância mortal havia desaparecido. Pela primeira vez em anos, sentia-se completamente livre. Era como se um peso tivesse desaparecido de seu peito. Gostava da aventura do desconhecido.

Uma vez que alcançou a estrada no mundo mortal, jogou o dracma do chão ao mesmo tempo em que exclamava, com muito floreio e um tom exageradamente dramático a frase que se engasgara para aprender em grego antigo minutos atrás:

— Stêthi, ô hárma diabolês! — Pare, Carruagem da Danação!

O chão onde o dracma caíra escureceu e transformou-se em um lodo avermelhado do tamanho de uma vaga de estacionamento. Instintivamente, deu um passo para trás, mas sua expressão era de interesse e surpresa. E quando um táxi cinza-escuro emergiu quase fantasmagórico, com três velhas sentadas no banco da frente, deu um largo sorriso.

— Cacete, que coisa estranha!

Δ

O trajeto foi rápido, mas honrou seu nome. Foi uma danação. E ao menos três vezes Melinda teve certeza absoluta que iria morrer. Mas em meio aos gritos das três greias uma com as outras e aos trancos e barrancos do tráfego, chegou ao seu destino ligeiramente enjoada, porém fisicamente intacta.

Com pernas instáveis e sustentando seu peso no cajado apoiado na calçada, a inglesa respirou fundo, forçando seus olhos a focarem na rua em que estava através da tontura que sentia. Não demorou muito para encontrar a grande casa de eventos, que mais parecia uma mini mansão no meio de um bairro da cidade. Ao se assegurar que não cairia de cara no chão, andou até lá em passos hesitantes.

Não precisou bater na porta, pois tanto o portão metálico da entrada do terreno quanto a porta da frente já estavam abertos e um grande fluxo de pessoas entrava e saía a todo instante. Afinal, o casamento estava marcado para o dia seguinte. O local tinha que estar impecável até lá.

Não fazia ideia de como os noivos eram esteticamente falando. Simplesmente tinha seus nomes anotados no bilhete de Hera: Charlie Hotzmann e Andy Johnson. Isso também não ajudava em muita coisa. Com esses nomes, poderiam ser um casal gay, um casal lésbico, um casal hétero ou qualquer casal entre esses três rótulos. Melinda se perguntou se aquilo havia sido intencional da deusa ou se era apenas como esses dois seres humanos se apresentavam para todo mundo.

Procurou por eles por cinco minutos, até desistir e praticamente implorar a um dos decoradores para apontá-la na direção do casal. Precisou falar com três trabalhadores até ser indicada para as pessoas certas e quando chegou, só encontrou uma metade do casal.

Era um belo rapaz, nos seus 20 e poucos anos, negro, alto e forte, com uma expressão radiante de quem se casaria com o amor de sua vida. Estava falando com uma mulher de roupas formais que carregara uma prancheta nas mãos — a planejadora do evento, supôs a semideusa.

Melinda esperou até que a mulher se afastasse para se aproximar, porém sentiu os olhos dele sobre si, em especial sobre o seu cajado, muito antes de chegar perto. O rosto dele agora era cauteloso, como se tentasse descobrir se ela era uma ameaça ou não. Por isso, tratou logo de sorrir e acenar, inclinando a cabeça levemente para cumprimentá-lo.

— Hayo! Espero sinceramente que você seja o noivo. As pessoas estão começando a me olhar estranho quando as chamo disso. Você é o devoto de Hera? — Falou a filha de Dionísio e agora que se recuperava da viagem praticamente vibrava com energia acumulada.

O rapaz a olhou de cima a baixo, cruzando os braços, antes de responder.

— Sim. Quem é você e o que faz aqui?

Ignorando completamente seu tom hostil, a inglesa soltou um longo suspiro de alívio e alargou seu sorriso.

— Finalmente! Hera me mandou aqui. Ela falou umas coisas sobre casamento importante... E fluir perfeitamente... Eu vir aqui ajudar vocês... Matrimônio abençoado e blá blá blá. — Contou com uma animação um tanto bizarra já que nunca conhecera aquele casal. Mas gostava da ideia de casamentos (não para si mesma, que os deuses a livrem) e do que ele representava para as pessoas. E não tinha nada melhor ou mais divertido para fazer, então aquilo tinha que servir. — Enfim, sou basicamente sua escrava até você ser um homem casado. Er, isso soou meio errado. Enfim, me chamo Melinda. Acho que devia ter começado com isso. E sou filha de Dionísio. So, what up?

O homem a encarou em silêncio por tempo o bastante para que uma pessoa mais normal se sentisse desconfortável, mas Melinda permaneceu imóvel, com seu sorriso imutável e uma mão esticada na direção dele para um cumprimento.

Depois do que pareceu uma eternidade, ele apertou sua mão, sorrindo levemente. Parecia satisfeito com seja-lá-o-que tinha encontrado na expressão da negra.

— Prazer em conhecê-la, Melinda. Sou Andy. Hera havia me alertado que mandaria alguém para nos ajudar, mas não achei que seria alguém tão... — Ele pareceu um tanto perdido para escolher uma palavra para descrevê-la e ela teve a distinta realização que a demora era uma tentativa de não ofendê-la. — Jovem.

Jovem. Melinda conseguia aceitar aquilo. Com um dar nos ombros, fez um gesto de concordância com a cabeça.

— Pra ser sincera, também não faço ideia de por que estou aqui. Mas já que estou aqui, você precisa de alguma coisa?

Andy abriu a boca para responder, quando uma mulher de sua faixa etária se aproximou apressada, com uma expressão de desespero em seu rosto. Sem nem ao menos olhar na direção da jovem, se voltou para o homem:

— Claude está doente e não pode ir pegar as alianças! — Declarou com uma voz de quem passara os últimos dias se estressando por causa de pequenos detalhes e imediatamente a filha de Dionísio a identificou como Charlie, a noiva. — A loja vai fechar em 30 minutos e só vai abrir na segunda-feira!

Estavam num sábado, perto do horário de almoço. Até que fazia sentido que aquilo fosse acontecer.

Andy abraçou Charlie com ternura, falando algumas palavras de consolo que Melinda não prestou atenção, pois estava pensando em como eles eram um casal fofo. Os cabelos escuros de Charlie eram curtos, sua pele branca pálida, mas por trás de sua aparência frágil havia algo poderoso. Devia ser uma semideusa também.

Só voltou a prestar atenção na conversa e parou de encará-los como uma voyer sedenta quando ouviu seu nome sair da boca de Andy.

— ... mandada por Hera para ajudar. Ela pode ir buscá-las. — Dizia o homem.

— Hm? — Emitiu sabiamente Melinda, um pouco confusa por só ter ouvido o final da frase.

Mas Charlie já se virara para olhá-la, com uma expressão de alívio em seu rosto e um sorriso gentil nos lábios.

— Você faria isso? — E, meio perdida, mas achando que ainda estavam falando das alianças, a semideusa fez uma continência improvisada para concordar.

Foi assim que Melinda foi parar num outro táxi — amarelo e mortal, graças a Zeus —, oferecendo mais dinheiro ao motorista se ele corresse ainda mais, para pegar as alianças de Andy e Charlie numa joalheria que ficava há aproximadamente 25 min da casa de eventos, com um sanduíche numa mão e os recibos na outra, e um cajado atravessado em seu colo, com uma das pontas praticamente saindo pela janela.

Chegou à loja poucos minutos antes dela ser fechada e depois de uma conversa esclarecedora sobre pedras preciosas e um flerte básico com o vendedor atrás do balcão, conseguiu pegar os anéis e os colocou no bolso da frente de sua jaqueta, garantindo-se que o botão estava fechado e eles estavam seguros antes de ir embora.

Δ

O dia dela estava longe de acabar.

Foi só retornar para a casa de eventos Dreamhouse, com um sorriso triunfante de sucesso e a caixa das alianças na mão, para perceber que havia algo errado. A planejadora trocava ameaças com alguém no telefone, Andy não estava à vista e Charlie parecia ainda mais estressada do que antes.

A noiva, inclusive, demonstrou verdadeira felicidade ao receber a caixa, mas logo sacudiu a cabeça.

— A banda acabou de cancelar e não conseguimos encontrar mais ninguém para tocar! Andy está tentando contatar uns amigos filhos de Apolo, mas é bastante improvável que eles cheguem a tempo.

E Melinda, com as palavras de Hera frescas em sua memória, tratou de intervir.

— Não se preocupe. Eu resolvo isso. Charlie, você tem algum problema com musicais clássicos?

Δ

A filha de Dionísio optou por caminhar até a Broadway ao invés de pegar outro táxi. Estava no início da tarde, então o tempo estava agradável o bastante para que não congelasse de frio.

Nascera na Inglaterra, era fato, e passara grande parte de sua infância lá, mas uma vez que sua mãe biológica Emma, conhecera sua segunda mãe, Regina, uma americana que foi fazer pós-graduação em Oxford, elas deixaram o Reino Unido e se mudaram para New York. Melinda sempre fora apaixonada pelas artes cênicas e pela música e isso foi algo que suas mães sempre incentivaram. Fez inúmeros cursos, passou por lições de canto e de música e foi recompensada ao se destacar como atriz mirim do teatro.

Antes de ir para o acampamento, tinha se alinhado com uma companhia de teatro famosa que algumas vezes ao ano iam para Broadway. Ficava mais nos bastidores, assumia o papel de atriz suplente, mas já tivera seus momentos de estrela. Mais do que isso: conhecera as pessoas que trabalhavam ali e sabia que seus velhos conhecidos, com um pouco de persuasão, aceitariam cantar num casamento.

Quando finalmente alcançou a avenida, estava levemente sem ar e suas pernas cansadas, mas ainda estava elétrica. A rotina de exercícios que aderira no acampamento estava começando a mostrar resultados. Havia deixado o cajado na casa de eventos, levando apenas a adaga que ganhara no acampamento em sua bota, pois queria passar despercebida.

Foi direto para um dos barzinhos da área em que sabia alguns grupos do teatro se reuniam em busca de oportunidades e para se reencontrar com velhos conhecidos. Embora tivesse apenas 19 anos, comprara, anos antes, uma carteira de identidade falsa para poder frequentar os locais. Então, entrar no bar não foi muito difícil.

O local estava meio escurecido pelas cortinas e um jazz baixo finalizava a ambientação. Devido ao horário, o local não estava cheio, longe disso, por isso encontrar faces familiares foi simples.

Sorriu, reconhecendo Clara Artenton, uma jovem mulher que tinha uma das melhores vozes que conhecia. Ela era rica, pelo menos seus pais eram ricos, então na maior parte das vezes atuar e cantar não passavam de um hobby. Era um tanto mais baixa que Melinda, dona de uma lustrosa pele negra e um corpo de inspirar inveja e desejo simultaneamente. E quando ela viu a semideusa, deu um largo sorriso.

— Linda! Mas que surpresa maravilhosa! Venha, deixe-me olhar para você!

A inglesa foi, com um sorriso que beirava a malícia em seus lábios, e uma vez que estava no alcance de Clara, a mulher a segurou pelos ombros e selou suas bocas afetuosamente. Alguns dos homens na mesa assobiaram.

— Awn, sentiu minha falta, Clara? — Provocou Melinda quando se afastaram, embora seu rosto tenha ruborizado. — Certamente eu senti.

O olhar que recebeu em retorno causou arrepios deliciosos em sua espinha, pois Clara parecia lhe devorar com ele.

— O tempo todo, honey. Meus amigos, essa é Melinda Thompson. Melinda, esses são meus novos instrumentistas. O velho grupo e eu tivemos algumas desavenças. — A mulher fez as apresentações e dispersou o último comentário com um aceno de sua mão. Melinda nem mesmo pensou em insistir no assunto. — Agora, soube que você se mudou daqui e se afastou dos palcos. Imagino que para está aqui deseja algo, além de me ver, é claro.

A jovem sorriu, aceitando a taça de vinho que Clara lhe oferecia murmurando que lembrava daquela ser sua bebida preferida. Deu um gole longo no vinho, saboreando-o por um tempo, antes de responder.

— Sim, infelizmente. Vim para o casamento de uns amigos de uma conhecida e a banda que eles contrataram acabou de cair fora. E você quer saber qual foi a primeira coisa que pensei? A honra que seria se Clara Artenton tirasse um tempo de seu domingo para iluminar o evento com sua presença.

O tom de Melinda era bajulador, convincente e encantador, todas coisas que aprendera a ser quando desejava alguma coisa de alguém. E pela expressão que Clara fazia, sabia bem o que era isso, mas ainda assim, permitiu, pois fazia bem para seu ego ouvir os elogios.

— É mesmo? E o que eu e meus novos amigos ganharemos com isso?

Melinda encostou seu queixo sobre seu punho fechado, o braço apoiado na mesa, e os rostos dela e da outra mulher foram aproximados pelo ato.

— Eles podem ficar com o dinheiro que os noivos pagariam para a outra banda. Mas você... Você pode ter algo bem mais especial.

Clara parecia saber onde a conversa estava chegando, pois sorriu benevolentemente, seus olhos brilhando de interesse.

— E o que seria isso?

— Um encontro comigo. Um dia inteiro, só nós duas. Aprendi uns truques novos desde que nos vimos pela última vez, sabe? — A semideusa esticou-se até que sua boca roçasse o ouvido da mulher, antes de sussurrar: — Depois disso, eu deixo você me foder até eu não conseguir ficar de pé.

Quando voltou para anunciar que tinha conseguido uma banda, ninguém comentou sobre as marcas vermelhas que coloriam o pescoço dela.

Δ

A noite veio e com ela, chegou a hora do jantar de ensaio.

E com o jantar de ensaio, mais um problema surgiu. Melinda estava começando a desconfiar que alguém estivesse intencionalmente sabotando aquele casamento.

Uma conversa mais profunda com os noivos mais cedo, que ficaram curiosos para conhecer melhor sua salvadora, esclareceu alguns detalhes que ela ainda não tinha entendido. Charlie era uma semideusa filha de um deus menor. Nunca foi reclamada e assim que pode, deixou o acampamento e não voltou mais. Estabelecera-se no mundo mortal quase completamente, com exceção de Andy, que como Devoto era mandado para mediar situações onde os dois mundos se chocavam.

Então, praticamente todas as pessoas que iriam para o casamento eram mortais. O evento estava sendo produzido por mortais. E seria sábio manter a conversa sobre deuses e monstros bem distante dos convidados.

A filha de Dionísio arrumou-se com rapidez, colocando o vestido que trouxera e conseguindo criar um look elegantemente desarrumado, o suficiente para se infiltrar com os convidados e não chamar a atenção para si mesma.

Estava sentada à mesa que fora designada, comendo o delicioso jantar feito pela equipe de bufê, quando a energia foi cortada.

Houve gritos de susto e pessoas caindo ou batendo em coisas, mas ela prontamente se ergueu, pediu emprestado/tomou a força um celular com lanterna da pessoa ao lado e gritou um “Deixa comigo!” para os noivos antes de sair para o porão para checar o registro.

Demorou um pouco para chegar ao local, por que se perdeu duas vezes durante o caminho — ela pode ou não ter bebido algumas taças de vinho a mais do que devia —, mas ao chegar lá, com a lanterna do celular na mão esquerda e a adaga do acampamento na direita, tudo parecia estar silencioso e solitário no porão.

Algumas coisas foram derrubadas, como se alguém tivesse fugido às pressas, mas o problema foi fácil de resolver e serviu para alimentar a teoria de sabotagem: alguém havia desligado a chave do registro de energia, propositalmente apagando a casa de eventos. Bastante amador, se perguntassem a ela.

Melinda levou mais tempo do que estava disposta a admitir para reacender tudo, pois estava tendo problemas em ler o que cada disjuntor significava — dislexia, álcool e escuridão fazem isso com uma garota. Mas quando conseguiu e retornou para o salão, alertando os seguranças de que alguém poderia tentar algo do tipo novamente, a noite seguiu tranquilamente.

Δ

No dia seguinte, algumas horas antes do evento, Charlie foi ao quarto da semideusa com um longo vestido de seda azul escura com uma fenda lateral e o ofereceu para Melinda usar no casamento. Com um sorriso agradecido, ela aceitou e quando a noiva saiu, começou a se arrumar.

Colocou o vestido, fez uma maquiagem leve, mas que acentuava suas feições de uma maneira mais elegante que o usual. Não levou bolsa ou qualquer coisa, mas levou seu cajado, pois se a pessoa por trás das sabotagens decidisse aparecer, estaria preparada pra dar uma surra nela.

Andy e Charlie não se casariam na igreja. A cerimônia aconteceria no salão da Dreamhouse onde, antes que todos os convidados mortais chegassem, seriam prestadas as devidas homenagens à Hera e à Afrodite.

A filha de Dionísio esteve presente nas duas cerimônias, ficando mais afastada para dar privacidade ao casal, mas perto o bastante para prestar atenção no que acontecia. Nunca tinha presenciado um ritual para as deusas do matrimônio e amor antes, então observou tudo com avidez.

Quando a cerimônia mortal teve início, desejou ter trazido seu cooler de vinho para se distrair. Assistir um casamento era mais chato do que se lembrava.

Ficou em pé nos corredores laterais do salão, caminhando lentamente de um lado para o outro, mantendo um olho no casal e outro nos convidados. A pessoa que tentava impedir o casamento parecia ser covarde, agindo pelas costas, e a semideusa duvidara que fizesse algo muito extremo na frente de tantas pessoas — pela forma que vinha sabotando o evento, tinha a leve suspeita que o responsável por tudo isso fosse mortal.

— Se alguém aqui se opõe a este matrimônio, fale agora ou cale-se para sempre. — Disse o oficial de justiça que validaria a união, enquanto a negra contornava e parava entre as fileiras, diretamente à frente do casal.

E realizando um sonho tão subconsciente que Melinda só soube ter naquele instante, um homem se ergueu na última fileira, preparado para protestar. Ele foi andando na direção do corredor central e de onde estava ela não pôde ver seu rosto.

— Charlie, você não pode...! — O resto de sua frase foi abafado por um som de surpresa seguido por uma batida. Sem parar para pensar, a inglesa havia esticado a ponta de Gandalf no caminho do homem, que prontamente tropeçou e caiu de cara no chão.

As pessoas começaram a se virar para trás para olhar o que estava acontecendo e o olhar da negra se cruzou com o de Andy.

— Ops. Pobre diabo! Lascou o nariz! — Suspirou Melinda, usando a quantidade adequada de pena e angústia para disfarçar a situação. Aproximando-se do homem, o içou para cima pela gola do paletó. — Vou levá-lo para fazer um curativo, podem prosseguir.

E, antes que o desconhecido pudesse recuperar seu equilíbrio, o arrastou para fora do salão, na direção do pequeno escritório da planejadora à esquerda. Uma vez sozinhos, bateu com o cajado na mesa do lado dele e ameaçou, estreitando os olhos e praticamente rosnando.

— Então, seu merda, você tem 5 minutos pra explicar o que pensa que está fazendo aqui antes que eu rache sua cabeça de porrada com meu cajado.

Aparentemente, Ron era um ex-namorado de Charlie que estava tendo dificuldade em aceitar o término. Havia dado laxante para o padrinho que buscaria as alianças, tinha interferido no contato entre a banda e a planejadora e cortara a energia no jantar de ensaio, tudo isso para tentar atrapalhar a cerimônia e chamar a atenção da noiva.

Depois disso, ele começou a chorar e Melinda simplesmente pediu que um dos seguranças o retirasse da casa de eventos. Cuidar de homem dramático não fazia parte de sua lista de tarefas. Concluiu que ele era apenas mais um idiota apaixonado e o nariz ensanguentado que recebera era punição suficiente por seus planos patéticos fracassados.

Tudo correu perfeitamente depois disso. Andy e Charlie se casaram, e na festa após o casamento pararam apenas para dar um abraço e seus agradecimentos à Melinda antes de irem para o centro do salão de dança. Clara estava lá, com sua banda, e sua voz estava tão aveludada e sensual como antes.

A semideusa agarrou a primeira taça de vinho que viu e arranjou um lugar mais isolado, próximo do palco onde a cantora claramente usava a música para flertar com ela, sorrindo levemente.

— Você foi excepcionalmente eficiente hoje. — A voz de Hera surgiu aparentemente do nada ao seu lado e em sua distração, a filha de Dionísio levou outro susto.

Deu um salto, quase inalando o gole de vinho que estava prestes a dar, antes de virar o rosto para encarar a deusa com uma expressão de irritação.

— Você está fazendo isso de propósito, não é?!

Seu comentário foi ignorado pela deusa, cujo olhar estava fixo no casal que dançava colado, felicidade praticamente emanando deles. Os cabelos dela estavam presos em um coque elegante e um longo vestido verde abraçava seu corpo como uma segunda pele. Agora que estava de pé, a inglesa percebeu quão alta ela era.

— Ainda assim, vejo a maneira que você e a cantora estão se olhando. — Uma nota de reprovação se fez presente em sua voz e dessa vez, os olhos da deusa do matrimônio estavam sobre Melinda.

A semideusa deu nos ombros, e o único sinal de embaraço que exibiu foi seu rosto ligeiramente corado.

— Uma mãe não precisa aceitar tudo o que um filho faz para amá-lo. — Retrucou misteriosamente, pois se sentia desconfortável de abordar o assunto de sua vida amorosa com Hera.

A deusa a olhou com curiosidade, apertando seus lábios carnudos levemente em pensamento.

— O que eu irei fazer com você? — Se perguntou Hera em voz alta e, num piscar de olhos, se foi. Sacudindo a cabeça para se concentrar, Melinda viu a figura da deusa próxima aos recém-casados e constatou que a expressão em seu rosto enquanto fitava o devoto era quase maternal.

A negra cruzou um braço na frente de seu diafragma, colocando sua mão livre no cotovelo do braço que segurava a taça. Não estava certa do que pensava a respeito de tudo o que acontecera naqueles dois dias, mas estava satisfeita que tudo acabou bem. Por ora, suspirou a filha de Dionísio, finalizando sua bebida, esperaria por Clara antes de ir embora. Estremecia de prazer só de pensar nas coisas que aquela mulher faria com ela quando ficassem a sós.

Observação:
sweet dreams are made of this, who am I to disagree?

Catherine Burkhardt
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Re: {Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

Mensagem por 153 - ExStaff Sáb 13 Out 2018, 13:57




Avaliação

Olá Melinda! Estou muito orgulhosa de você nessa missão. Eu me diverti muito lendo e amei a personalidade da personagem. A história foi envolvente e a cada instante ansiava mais pelas tiradas que dava. Houve um erro no código que poderia facilmente ter sido arrumado dando uma simples lida por cima. Outra coisa que estranhei foi no próprio casamento e cheio de mortais nenhum estranhar você estar com o cajado. Fora isso, a missão foi executada com louvor. Parabéns!

Recompensas


— Coerência: 49/50
— Coesão, estrutura e fluidez: 25/25
— Objetividade e adequação à proposta 15/15
— Organização e ortografia 9/10
Total: 98 pontos (multiplicador = 2): 196 xp + entrada para o grupo dos devotos de Hera.

Condição Final


Melinda Thompson — Nível 2 + 96 xp.
HP: 110/110
MP: 110/110

Aguardando Atualização




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Re: {Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

Mensagem por 154 - ExStaff Sáb 13 Out 2018, 16:59


ATUALIZADO
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Re: {Eu os declaro marido e mulher} — Missão One-Post para Melinda Thompson

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