{It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

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{It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

Mensagem por 153 - ExStaff Qui 11 Out 2018, 22:24


It's mine!

Mulheres podem ser muito possessivas com alguns pertences e podem criar verdadeiros problemas por causa disso. Mesmo não tendo envolvimento algum, um filho de Hefesto foi escolhido por um dos lados por resolver o problema existente.


Diretrizes

— Introduza sua missão contando um pouco de sua rotina. Pensamentos e sentimentos referente a vida de semideus;

— Em determinado momento você será abordado por uma filha de Afrodite e ela lhe pedirá um favor;

— Segundo a semideusa, ela foi roubada por uma náiade e precisava de alguém para recuperar o objeto. Você irá aceitar;

— Vá até o rio e comece a investigar para tentar descobrir quem você está atrás;

— Você descobrirá que ela nadou rio acima para dentro da floresta na direção da nascente;

— Tenha ao menos uma dificuldade para seguir o caminho;

— Ao encontrar a nascente, logo você será abordado pela náiade;

— Ela lhe contará a própria versão dos acontecimentos, deixando claro que o item pertence a ela. Você tem liberdade para criar o motivo da disputa;

— Aqui você tem duas opções:
• Caso acredite na filha de Afrodite, você deve enfrentar a ninfa e recuperar o objeto.
• Caso acredite na ninfa, a semideusa irá aparecer e lhe atacará.

— Vença sua oponente. Em qualquer um dos casos elas são nível 4 e você terá direito a apenas uma ação de ajuda vinda da que não estiver atacando. Escolha com cuidado;

— Termine a missão como achar melhor.

— Seja criativo!

— Prazo de entrega 21/10/2018;

— Quaisquer dúvidas pode me contatar via MP, WhatsApp ou Discord;

— Boa sorte.

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Re: {It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

Mensagem por 165 - ExStaff Dom 02 Dez 2018, 22:14





Missão em aberto. Player punido com 50% do status total.

Sem restrições.




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Re: {It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

Mensagem por Dan Baizen Sex 13 Dez 2019, 12:37

Peguei
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Re: {It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

Mensagem por Dan Baizen Ter 17 Dez 2019, 19:21

{It's Mine!} — Missão one-post ABERTA Fire-i12
It's mine!

what is the problem with these girls?


— Chapter 1
Count on me

Dan tinha passado uma manhã relativamente tranquila. Fizera um treino na arena, a fim de aprimorar suas habilidades, e praticara canoagem. Ok, dizer que ele tinha "praticado" é meio que um exagero, visto que o garoto era um verdadeiro desastre na condução de qualquer embarcação.

O que aconteceu na verdade foi que ele chegou quase à metade do percurso — com muita luta, diga-se de passagem —, perdeu completamente o equilíbrio e virou o caiaque na água. Toda vez acontecia isso, mas, ainda assim, Dan considerou que houve um avanço. Ele nunca tinha chegado tão longe. Pelo menos nadava bem. Agora descansava um pouco com sua irmã Ramona, apenas conversando à beira do rio.

— Não seria bom tirar essa camisa para pegar Sol, seu poser de filho de Apolo? — A garota sugeriu.

— E cegar todo mundo com esse meu peitoral nem um pouco malhado e branco feito cera de vela? Não quero dar prejuízo ao acampamento, não. Precisamos de semideuses vivos! — Dan respondeu, rindo e fazendo a irmã rir também.

Dan era sempre a primeira pessoa a puxar a bagunça consigo mesmo. Tinha sofrido muito bullying na escola quando era criança, afinal era branco demais, ruivo demais, míope demais e chegou a ser gago demais também. Aprendera sozinho que a melhor forma de se defender era não ligar, brincar junto, aceitar quem era e ponto final. Sempre tem alguém falando, independentemente quem você é ou deixa de ser, então qual é o propósito de se deixar abalar? É ficar triste à toa, pela opinião de gente que, na maioria das vezes, nunca interferirá em nada na sua vida. Dan aprendera essa lição bem cedo e vivia tranquilo consigo mesmo.

Foi quando estavam no meio da zoação que ela chegou. Larissa Arnoud, filha de Afrodite, com aquele sorriso delicado e seu jeitinho de boneca. Dan andava todo abestalhado por ela, para desespero de Ramona, que enxergava a menina como ela realmente era: falsa e interesseira. O ruivo estava seduzido demais para perceber que ela só ia atrás dele quando precisava de alguma coisa e que só lhe dava alguma importância quando ele, de forma bem paradoxal, abandonava sua essência para fingir ser algo diferente e agradá-la.

— Oi, ruivinho lindo — Larissa chegou, fazendo uma carinha de coitada que só enganava os mais ingênuos. Como Dan.

— O-Oi, Larissa! Tudo bem? Precisa de alguma coisa?

Ela juntou as mãos na frente do corpo, como uma perfeita personagem afrescalhada de anime, fingindo aflição e mantendo o falso olhar de cachorro que caiu da mudança.

— Na verdade, preciso. Sabe, eu fui roubada...

— DE NOVO?!
— Ramona não se segurou. Dias antes, ela e sua amiga Antonella tinham se metido numa busca infernal por uma pulseira de ametistas que Larissa supostamente tinha perdido. Agora isso! Sob o olhar questionador da garota, a filha de Afrodite precisou se segurar para não perder a pose de vítima.

— Calma, Ramona, pode ser sério!

— É, vai nessa...

— Entendo que sua irmã não acredite em mim. Estamos no acampamento, era para estarmos seguros...! Mas, pelo visto, não se pode confiar nem nas criaturas da natureza. Foi uma náiade que me roubou, acredita? Meu colar de conchas favorito. Foi meu pai que me deu!


— Que absurdo! Já falou com Quíron sobre isso?

— Acha que ele acreditaria em mim? Sátiros, dríades, espíritos das águas... eles são sempre vistos como figuras inocentes. Por isso vim te pedir ajuda. Sei que você sempre me apoia. Por favor, Danny... você me ajuda?

Ramona olhava para Larissa com os olhos semicerrados, passando bem longe de acreditar naquela conversa descabida. Provavelmente aquilo era alguma armação e seu irmão cairia como um patinho. A verdade era que a filha de Apolo tinha certeza de que algum feitiço tinha sido jogado. Dan odiava gente grudenta e chegara a se sentir um pouco desconfortável com a aproximação de Larissa no início. Então, do mais absoluto nada, ele começou a se derreter quando ela chegava. Alguma coisa de errado havia ali. Tinha de haver!

— Pode contar comigo. Mostra pra mim onde foi o último lugar em que você viu a tal náiade?

— Eu a vi vindo pra cá, para o rio.

— Beleza. Eu irei atrás dela. Pode voltar ao seu chalé. Levarei seu colar até você.

Larissa pulou em Dan, abraçando-o com um afeto exagerado.

— Ai, Danny, você é o melhor! Olha, as conchinhas têm um brilho colorido pra refletir a luz, é diferente das conchinhas totalmente brancas, ok? Boa sorte, meu campeão. Esperarei por você.

Dan assentiu com uma segurança que ele nem imaginava ter. Cumpriria aquela nobre missão e faria justiça. Ramona, ao seu lado, encarava aquilo com absoluta descrença e queria vomitar. Enquanto Larissa deixava a área do rio, tentando não demonstrar sua agonia com a lama presente no local, a filha de Apolo cruzava os braços e fechava a cara para o irmão.

— Qual é o seu problema com ela? — Dan perguntou, levantando-se e preparando a adaga na bainha para sua busca heroica.

— Meu problema é que ela jogou algum feitiço em você!

— Eu me sinto perfeitamente normal. Você só diz isso porque tem rixa com ela.

— Faça o que você quiser, Dan. Mas esteja ciente de uma coisa: você muda quando fica perto dela, parece um idiota. Não acho que isso seja uma coisa boa.

Dan não deu a menor importância e se dirigiu à área aberta do rio, depois da área de prática e da de lazer. Ali era onde as náiades normalmente ficavam, como se fosse seu chalé. O garoto mergulhou cuidadosamente, olhando para todos os lados e buscando por algum espírito das águas para pedir informação.


— Chapter 2
Dan-lock Holmes

Graças aos deuses, não demorou muito para um jovem tritão aparecer e perguntar o que o filho de Apolo queria por ali. Dan gesticulou, pedindo ao rapaz que o acompanhasse à superfície, mas este optou por resolver as coisas ali mesmo e estendeu a mão espalmada na direção do semideus. Dela, uma pequena vibração saiu e foi crescendo à medida que se aproximava do alvo. Quando Dan foi atingido, viu-se envolto em um escudo de bolha no meio do rio, respirando perfeitamente.

— Então, o que você faz por aqui? Está procurando algo?

— Isso é muito legal! E sim. Estou, sim! — Dan pensou bem nas palavras que iria usar, para não correr risco de fazer uma acusação bem na casa dos seres aquáticos. — Minha amiga perdeu um colar de conchinhas coloridas por aqui e me pediu para procurar. Você o viu por aí? Talvez alguém tenha pegado para guardar.

— Sinto muito, não vi nada parecido. Mas talvez as garotas tenham visto. Se você nadar mais para o norte um pouquinho, vai encontrar um grupinho de náiades. Pode ser que elas saibam de alguma coisa.

— Muito obrigado. Meu nome é Dan Baizen, caso você descubra algo e queira me falar. Até mais!

O filho de Apolo puxou o fôlego, viu o escudo se desfazer à sua volta e nadou na direção orientada pelo tritão. Precisou voltar à superfície apenas uma vez antes de encontrar o tal grupo de náiades. Elas eram lindas e cantavam tão bem que Dan quase quis ficar ali mesmo e cantar com elas. Talvez elas gostassem de suas composições e eles acabassem montando um grupo... Foco, Dan, seu idiota, brigou mentalmente consigo mesmo. Nem eram sereias para que ele se sentisse tão bobo pelo canto delas.

Descendo um pouco mais, ele acenou para as meninas e as chamou para a superfície. Elas não estavam muito a fim de presenteá-lo com uma bolha como o tritão estivera. Ou, talvez, não dominassem aquela habilidade ainda, tal como ele ainda não era tão bom quanto Ramona, por exemplo. Ainda assim, elas foram bem solícitas e atenderam ao chamado do ruivinho com certa curiosidade.

— Pois não? — Uma delas disse quando emergiram. Dan passou a mão de frente para trás nos cabelos, tirando-os da frente dos olhos.

— Bom dia, meninas. Meu nome é Dan Baizen, sou filho de Apolo. Uma amiga minha parece ter perdido um colar de conchinhas coloridas por aqui. Vocês o viram? Pode ser que alguém tenha pegado para guardar ou tenha dito que viu. Alguma de vocês tem notícias?

As náiades balançaram a cabeça em negativa. Duas ainda pediram mais informações, mas não tinham visto o acessório. Dan estava quase desistindo quando uma pequena parte de seu cérebro resolveu perceber que uma das meninas estava completamente calada e sem reação, como se estivesse se recusando a falar qualquer coisa sobre o assunto. Será que sabia de algo?

— E você? Tá tão quieta aí atrás... Se souber de algo, por favor, diga.

A náiade pareceu ponderar um pouco.

— Pode ser que eu saiba algo, mas você vai precisar fazer algo por mim se eu te der a informação.

— Perri! Isso não é legal!


— O que você deseja? Se eu puder ajudar, faço questão.

— Eu soube de um garoto ruivo do chalé do Sol que canta e compõe. É você, não é? Bem, eu canto e componho também, mas não sou muito boa. Se você me ajudar com uma música, eu te digo o que sei.

Dan sorriu. Não poderia ser melhor!

— Eu te ajudo a compor e a gente até se apresenta juntos na próxima noite de fogueira no anfiteatro, se você quiser! Temos um acordo?

Foi a vez da náiade abrir um sorriso enorme de alegria. Ela aceitou na mesma hora e se aproximou de Dan, dizendo que tinha visto um colar de conchas que apresentava padrões diferentes de cores de acordo com a intensidade da luz que recebia. Era lindo, muito delicado e, com certeza, não pertencia à náiade que o tinha em suas mãos. As demais olharam para ela com espanto. Perri não voltou atrás e disse que era verdade. Um colar como aquele chamava a atenção e ela nunca tinha visto nada igual.

— Além disso, Coraline estava agindo de forma muito suspeita. Ela subiu o rio em direção à nascente, se quer saber. Espero que encontre logo. Odeio gente que faz coisa errada. Se o colar é da sua amiga, deve permanecer com ela.

— Puxa, muito obrigado, Perri! Assim que eu resolver essa situação, venho aqui com você e trabalharemos na música. Vou atrás dessa Coraline agora. Obrigado, meninas!

Dan nadou até a margem e saiu da água, a fim de seguir rumo à nascente por terra e poupar suas energias. Verificou a adaga na bainha e seguiu bem decidido na direção de onde o rio vinha. Se a suposta ladra não conseguia fazer nem alguém de sua espécie ficar ao seu lado naquela situação, então, provavelmente, era mesmo culpada. Dan jamais poderia deixar aquilo barato!


— Chapter 3
In-Dan-iana Jones (okay, that's enough)

O filho de Apolo considerou seriamente retornar ao rio. Nunca tinha passado por aquela área selvagem e de solo pesado da floresta, era um lamaçal terrível que prendia os pés do semideus constantemente. Ainda assim, nadar no sentido oposto ao curso do rio provavelmente seria bem mais trabalhoso e cansativo, e ele precisava estar bem disposto quando alcançasse a tal da náiade. Isso se eu conseguir alcançar... Onde essa garota se meteu?

Dan caminhou com a adaga na mão e absoluta determinação por uns quinze minutos. Tinha certeza de que logo encontraria a nascente do rio e, no mínimo, alguma pista sobre a ninfa de mão leve que roubara Larissa. A subida não era tão cansativa quanto parecia, é preciso dizer, o problema estava na lama, que toda hora fazia o semideus afundar o pé e o atrasava consideravelmente. O Sol estava quase a pino e logo a concha de Quíron soaria para anunciar o almoço. Se aquele ritmo fosse mantido, Dan acabaria perdendo a refeição e ficando com fome.

Nessa distração de pensamentos por comida foi que o garoto pisou em uma área completamente instável do terreno. O que se seguiu foi uma tentativa ridícula de puxar o pé direito enquanto afundava o esquerdo e metade do corpo sumia enquanto o garoto era parcialmente engolido pela areia movediça. A prisão o puxou até o meio do peito, deixando os braços livres por muito pouco. Se Dan fosse dois centímetros menor, estaria ainda mais enrascado.

— Só pode ser brincadeira! — Gemeu com irritação. Estava dentro da floresta, então não poderia fazer muito barulho ou acabaria atraindo atenções indesejadas. Ainda assim, precisava de ajuda. — Ooooi! Tem alguém por aqui?

Dan deitou a cabeça para trás, frustrado, e sentiu a lama encharcar seus cabelos. Era bom que Larissa o recompensasse muito bem quando aquilo acabasse, porque ele não esperava passar por nada daquilo para recuperar o tal colar. Decidiu chamar de novo, elevando um pouco mais a voz para tentar atrair alguém. Começava a ficar um pouco difícil para respirar.

A ajuda não demorou muito para chegar. Uma menininha morena e de cabelos verdes surgiu de trás de uma árvore, olhando-o desconfiada. Uma dríade! Ninguém melhor que um ser da natureza para tirá-lo daquela confusão! Ao lado dela, apareceu um sátiro um pouco mais velho, que parecia ser seu amigo. Com o cuidado de manter a jovem ninfa das árvores em segurança, o sátiro veio na direção do filho de Apolo:

— Quem é você? Tá fazendo o quê por aqui?

— Oi! Meu nome é Dan, sou um filho de Apolo. Estou em uma busca por um colar de conchinhas coloridas que uma amiga minha perdeu.

— Semideuses nunca andam por essas bandas. Tem certeza de que não se perdeu?

— A nascente do rio fica nessa direção, não é?

— Fica.

— Então não estou perdido. Disseram que uma náiade está com o colar e preciso recuperá-lo. É um item de família e minha amiga precisa dele.

— Por que ela mesma não veio atrás?

Dan abriu a boca para responder, mas percebeu que não tinha ideia do que dizer. Por que Larissa tinha pedido ajuda a ele se o colar era dela e ela era quem conhecia o rosto da ladra? Não, não poderia haver nada errado no que a filha de Afrodite dissera. Provavelmente ela tinha seus motivos. Olha para onde está, Dan, acha mesmo que uma menina delicada como a Larissa se sairia bem em uma situação tão terrível como essa?

— Ela não sabe nadar e nunca andou pela floresta, provavelmente se perderia antes de encontrar o colar — respondeu, estranhamente convencido de que aquela era a única justificativa, embora não tivesse qualquer confirmação.

O sátiro ponderou por alguns segundos e procurou por algo à sua volta. Quando encontrou, Dan o viu pegar um tronco não tão grosso, mas suficientemente longo para servir-lhes de apoio. O sátiro segurou em uma das pontas e apontou a outra para o filho de Apolo, que atirou sua adaga mais ao longe e segurou o salva-vidas. Dan foi retirado da areia movediça com uma demonstração surpreendente de força de seu jovem colega. Por mais novo que fosse, ainda era um sátiro, afinal. Dan ficou admirado.

— Muito obrigado!

— Não foi nada. Tome cuidado. Você está numa área bem traiçoeira da floresta. Espero que encontre logo o que procura. Quando for voltar, vá pelo rio. É só seguir o curso, será bem mais fácil.

— Farei isso. Muito, muito obrig... — O rapaz desapareceu entre as árvores antes que Dan terminasse de falar.

Ele respirou fundo, raspou com as mãos o excesso de lama que ficara em seu corpo, recuperou a adaga e seguiu seu caminho. A força da água parecia ficar cada vez maior e ele tinha certeza de que estava prestes a chegar ao seu destino.


— Chapter 4
Found you!

Dan ouvira certa vez que nascentes eram onde um leito subterrâneo de água encontrava a superfície e começava a jorrar, criando um rio. Nunca em toda a sua vida pensara que encontraria algo tão lindo quanto a nascente do rio do acampamento. Aquilo não era simplesmente um leito subterrâneo dando as caras na superfície, era uma linda explosão de água sobre um amontado perfeito de pedras, criando a mais linda das cachoeiras. O garoto ficou completamente embasbacado por cerca de trinta segundos, só admirando.

Passado o momento inicial de estupefação, Dan se encaminhou em direção à água e lavou boa parte da lama que secava em seu corpo. Em seguida, tomou uns bons goles para matar a sede que percebeu que sentia. Sentiu-se revigorado e estava pronto para começar a procurar por sinais da náiade quando ouviu um barulho vindo de alguns metros às suas costas.

— Procurando alguma coisa?

Dan se virou imediatamente e viu uma menina com uma pele tão branca que parecia levemente azulada. Seus cabelos eram muito pretos e os olhos eram de um verde muito escuro. Impossível que fosse humana, só poderia ser a náiade que estava buscando durante todo aquele tempo.

— Você é Coraline? — Ela pareceu titubear. O filho de Apolo nem precisou se aproximar para vê-la melhor e perceber o colar de conchas em seu pescoço. O efeito de cores sob a luz do Sol era lindo. — Vim buscar o colar! Sabe muito bem que ele não pertence a você!

Coraline pareceu ofendida.

— Isso é mentira! O colar é meu! Você não vai tomá-lo de mim! Larissa deve ter ido atrás de você, não é? Foi ela quem tentou me roubar! Aquela invejosa não aceita que eu sou muito mais bonita que ela e resolveu tirar de mim o único presente que minha mãe me deixou antes de partir!

Ela começou a chorar. Parte de Dan quis se questionar se ela não estaria falando a verdade. E se, no fim das contas, Larissa fosse a mentirosa da história? Será que Ramona estaria certa sobre a filha de Afrodite o tempo todo? Dan riu consigo mesmo, achando aquela teoria ridícula. Larissa nunca faria mal a ninguém! Bastava olhar para ela para saber que ela era como um anjo na Terra. Além disso, a náiade Perri dissera que Coraline estava agindo de forma muito estranha quando foi vista. Dan facilmente escolheu em quem acreditar.

— Você vai me entregar esse colar agora! Sua carinha de falsa inocência não vai me enganar! Entregue e não precisaremos brigar.

— Pretende brigar com uma garota?!

— Você não é uma garota comum, é um espírito da natureza. Eu já vi bem de perto o quanto seres como você são fortes. Não venha bancar a frágil para cima de mim!

Coraline sorriu e deu de ombros. Em um rápido movimento, puxou um arco preso às suas costas e enganchou uma flecha, mirando rapidamente e atirando na direção de Dan. O garoto precisou de toda a sua velocidade para desviar o tiro e se esconder atrás de uma pedra alta para se proteger. Praguejou mentalmente, lembrando-se de seus planos de comprar um arco no mercado do acampamento ainda naquele dia. Era a arma favorita de seu pai! Como tinha demorado tanto?! Agora estava ali, correndo o risco de se ferrar por causa de uma arqueira!

Ainda assim, ele sabia que não poderia ficar escondido para sempre. Precisava tomar uma atitude o quanto antes para poder cumprir sua missão. Assim, em um choque de coragem entre um tiro e outro, Dan saiu de seu esconderijo e correu na direção da náiade para lutar. A ninfa apontou a mão espalmada na direção de Dan e acertou-lhe um forte jato de água, afastando-o por uma boa distância. Dan sentiu uma dor terrível na boca do estômago, o local onde o tiro tinha batido, e teve certa dificuldade para voltar a respirar.

Quando estava se levantando, viu a corda do arco da náiade ser puxada e logo a seta prateada voou com extrema velocidade em sua direção. Ainda meio sem fôlego, Dan moveu o corpo e desviou-se do tiro fatal, mas ainda recebeu um corte no braço. Enfureceu-se. Correu na direção da menina sem vacilar e uma luta foi iniciada, com Coraline utilizando o arco tanto para se defender quanto para atacar, fazendo uso das pontas afiadas de sua arma.

Dan, por sua vez, desistira de ser gentil e atacava com força e velocidade, conforme vinha treinando com os bonecos de madeira do acampamento. Buscou incessantemente pela abertura ideal para ativar seu poder de combinação entre a energia solar e sua arma. Quando conseguiu, acertou um golpe certeiro nas costas da mão direita da náiade, aplicando o poder desejado e fazendo-a soltar a arma por reflexo.

Sem perder tempo, Dan chutou o arco para longe do alcance da ninfa e a viu abrir bem a mão esquerda, na tentativa de invocar mais um de seus poderes. Porém, para a surpresa do filho de Apolo, Larissa apareceu por trás de Coraline, puxando-a pelos cabelos e posicionando uma faca de bronze no pescoço da ninfa.

— Tente alguma gracinha, sua bandida, e eu corto sua garganta aqui mesmo! — Dan encarou boquiaberto a náiade desistir de sua investida e tirou do pescoço dela o colar que pertencia à filha de Afrodite. Larissa, por sua vez, acertou na cabeça da ninfa um forte golpe com o punho de sua faca, fazendo a rival desmaiar. — Conseguimos! Dan, você a encontrou!

O filho de Apolo entregou o colar para a dona e carregou a náiade desacordada para perto da nascente, mas não a colocou na água, pois queria ter tempo suficiente para sair dali antes que ela acordasse.

— Como chegou aqui? Veio pelo caminho do rio? Era uma trilha muito pesada!

— Não, não, vim por dentro da floresta. Falei com algumas dríades depois de conversar com você e elas disseram que você vinha em direção à nascente. Aí me conduziram até aqui.

— Sabe voltar pelo mesmo caminho? Porque estaremos encrencados se tentarmos voltar pelo rio e a espertinha ali acordar.

— Sei, sim. Vamos. Não quero mais ficar perto desse lugar.


— Epilogue
The plan

Dan acompanhou Larissa até o chalé 10 e depois foi tomar um bom banho, sentia-se podre! Ramona estava na residência dos filhos do Sol quando o meio-irmão chegou e nem conseguiu fazer as perguntas que queria. O garoto estava exausto, nem um pouco a fim de ainda parar para conversar e estava decepcionado com a garota por ter duvidado da palavra da filha de Afrodite. Ele sabia que Ramona viria com alguma ironia quando fosse perguntar sobre a incursão e realmente não estava disposto a discutir.

Horas mais tarde, os dois se viram à mesa do chalé, mas Dan quis se sentar em um lugar mais afastado. Ramona não entendeu o comportamento e abandonou seu prato ainda com comida para ir atrás do ruivo quando ele terminou de comer e se levantou. Ao ser questionado sobre o que estaria acontecendo, Dan disse apenas que queria evitar brigar, pois sabia que sua irmã não acreditaria que Larissa tinha mesmo sido a vítima naquela história.

— E aí você simplesmente fica sem falar comigo?

— Queria que eu fizesse o quê? Eu não quero brigar. Você é minha irmã!

— Exatamente. Eu sou sua irmã.

Dan deixou o pavilhão do refeitório e rumou para o chalé. Ramona voltou à mesa e tentou continuar comendo, mas estava inquieta demais com aquela situação. Odiava o efeito que Larissa causava em seu irmão! Por fim, acabou decidindo não comer mais nada e caminhou em direção à área de lazer à beira do rio, onde tanto gostava de relaxar. Precisava pensar com calma e aquele lugar era sempre seu refúgio.

Qual não foi a surpresa da garota quando, ao se aproximar, viu Larissa e uma menina de pele levemente azulada e olhos verdes escuros em uma conversa que parecia bastante... suspeita. Escondendo-se entre as árvores, Ramona se aproximou pouco a pouco até ser possível ouvir o que as meninas conversavam:

— Não precisava ter me feito de desmaiar, não acha?

— Não chore. Eu precisava ser convincente, afinal... você me roubou, né?
— As duas riram juntas, tentando se conter para não fazer barulho.

— O ruivinho tá caidinho por você.

— Ótimo. Ele é meio bobo, então preciso usar certos... artifícios. Mas vale a pena. Viu como ele é um fofo?

— Ele é bonitinho mesmo, mas não faz bem o meu tipo.

— Não que você pudesse ser qualquer ameaça se ele fosse seu tipo, mas é bom que não seja.

— E onde estão as conchas?

— Aqui. Mas não vá usá-las tão cedo, senão vai dar na vista. Depois... Ah, depois você pode fazer o que quiser com elas.

— Imagino que a historinha sobre ser um presente de família também era mentira, certo?

— Claro. Foi um mané do chalé de Deméter que resolveu me presentear. Aquele garoto é tão chato! Espero que ele desista logo de me encantar, porque cada tentativa é um fracasso mais absurdo.

— Boa sorte.

— Vou precisar. Agora vá, anda. Preciso voltar logo ou vão começar a desconfiar de mim.

— Tudo bem.


Cada uma das meninas foi para um lado e Ramona ainda ficou ali, completamente descrente, por uns cinco minutos. Pensou em mil e uma maneiras de contar a verdade para Dan, mas percebeu que, sem provas, só arranjaria briga com o meio-irmão. Ela precisaria dar um jeito de desmascarar aquela pilantrinha antes que fosse tarde demais.

Enquanto isso, no chalé, Dan encarava o estrado da cama de cima de seu beliche e tinha os pensamentos bem longe, na caminhada de volta ao acampamento que fizera pela floresta na companhia de Larissa. Apesar do trabalho que tivera, tinha certeza de que ganhara vários pontinhos com a filha de Afrodite ao recuperar o colar perdido. Pobre coitado. Não tinha ideia de que Ramona tinha razão e de que tinha realmente sido enfeitiçado pela falsa inocente.

~*~

Adendos:

.:: narração :: falas :: pensamentos :: falas de outros ::.

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Re: {It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

Mensagem por 156 - ExStaff Sex 20 Dez 2019, 15:01


Avaliação

Oie! Então, a sua narração é, naturalmente, excelente. Dificilmente encontro erros de digitação ou algo que desabone. Dessa vez, para variar, não foi diferente. Mas... Vamos focar nos defeitos.

Eu, particularmente, não sou fã de falar coloridas, mas não costuma me incomodar num geral. O problema, dessa vez, foi o modo com que você utilizou as cores. As falar do Dan estão boas, mas as dos outros ficou bem complicado. Outra coisa que notei, foi a falta de reações entre falas. Por exemplo aqui:

Dan Baizen escreveu:
— Quem é você? Tá fazendo o quê por aqui?

— Oi! Meu nome é Dan, sou um filho de Apolo. Estou em uma busca por um colar de conchinhas coloridas que uma amiga minha perdeu.

— Semideuses nunca andam por essas bandas. Tem certeza de que não se perdeu?

— A nascente do rio fica nessa direção, não é?

— Fica.

— Então não estou perdido. Disseram que uma náiade está com o colar e preciso recuperá-lo. É um item de família e minha amiga precisa dele.

— Por que ela mesma não veio atrás?

Entende o que estou te dizendo? Procure melhorar essa situação!

Fora isso, está tudo excelente! Parabéns!
Pontuação


— Coerência: 50 de 50 possíveis
— Coesão, estrutura e fluidez: 25 de 25 possíveis
— Objetividade e adequação à proposta: 15 de 15 possíveis
— Organização e ortografia: 7 de 10 possíveis
Subtotal: 97 pontos (multiplicador = 3 ): 291 xp * bonus de natal... = 873 xp e 87 dracmas.

Descontos



40 mp
20 hp







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Re: {It's Mine!} — Missão one-post ABERTA

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