Promoção: Bênção de Hefesto
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Promoção: Bênção de Hefesto
Promoção - Bênção de Hefesto |
Com os cotovelos apoiados na mesa de projetos, Hefesto coçava sua barba chamuscada e malfeita de maneira impaciente.
Não era como se não soubesse o que fazer, na verdade, era apenas a impaciência de ter que fazer o que sabia que precisava ser feito. Tinha fabricado centenas de autômatos para resgatar os semideuses em Manhattan, removido todo o pó de seu martelo de guerra e decidido lutar, mas todas aquelas coisas levaram tempo. Aquela intervenção específica, contudo, não podia esperar muito.
Um pequeno pássaro mecânico pousou em seu ombro caminhou com suas patas metálicas frias pelo braço do imortal até que alcançasse sua palma fechada. Bicou o espaço entre os dedos uma, duas, três vezes até que o deus abrisse a mão, revelando ali um papel amassado.
— Não me olhe assim, Louise. — Resmungou ele. — Sim, é claro que eu fiz uma lista.
O autômato apenas inclinou a cabeça para o lado.
— Não são só os que estão sob tutela de Quíron que merecem a recompensa. Há muitos deles espalhados pelos EUA e a guerra não teria sido vencida sem o que foi feito pelas mãos deles. — Ele prosseguiu, cruzando os braços. — Eu sei que sou pouco conhecido pela presença, mas... é um bom presente, não é? — Hefesto fitou de soslaio as chamas em sua oficina. — Além do mais, as coisas, os materiais precisam ser úteis, precisam ser trabalhados até que possam se encaixar.
Mais duas bicadas no papel e o senhor das forjas se levantou, afugentando a criação com o dorso de sua mão. Suspirou. Não era um recado que podia ser dado pelas suas criações inorgânicas. Era uma virtude que apenas ele podia conceder aos seus.
E estava feliz em fazê-lo.
Bênção de Hefesto
Saudações, semideuses!
Este é um mini evento pensado para atender às particularidades surgidas no cenário após os acontecimentos de Ruína e Ascensão.
Os que acompanharam em algum nível as postagens em on e off game, devem saber da criação da loja de tokens, que colocou à disposição dos jogadores alguns itens materiais um tanto quanto incomuns dentro do universo do PJBR, em especial o Ferro Estígio e o Bronze Celestial.
Pensando nas características particulares desses materiais e como eles são descritos nas obras de Riordan (trabalhados apenas pelo próprio deus das forjas), resolvemos abrir espaço para que os filhos de Hefesto possam usá-los em suas forjas normalmente por um período de tempo.
Os forjadores que se interessarem, deverão fazer neste tópico uma postagem que consiga abraçar os elementos citados na pequena narrativa acima, de maneira que seja evidenciado o seguinte: Hefesto/Vulcano está abençoando suas mãos para que você possa utilizar esses metais. Tudo é válido, desde que sejam criativos e coerentes!
Feita a postagem, serão todos avaliados, visto que poderão receber até 100 pontos de experiência e 50 dracmas, e na ficha dos participantes será colocada uma descrição dessa habilidade, autorizando a criação de itens com Bronze Celestial e Ferro estígio.
Orfeu
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Re: Promoção: Bênção de Hefesto
Roman encarou o bloco de matéria-prima sobre a bancada de trabalho com preocupação. Tocou a própria barba no queixo. Seus olhos buscavam encontrar alguma solução na superfície brilhante. Uma fórmula mágica que permitisse o entendimento completo daquele elemento selvagem. Era muito mais que bronze. Longe disso, era abençoado pelos deuses. O composto havia sido entregue mais cedo pelas mãos de um semideus qualquer — uma ironia do destino.
Lacroix não tinha participado da suposta guerra, nem mesmo soube de seu fim. Mesmo tendo contato com Érebo e seus lacaios, o rapaz buscava paz. Os negócios andavam em alta: o dinheiro circulava como nunca. Não importava o que os grandes seres oniscientes fizessem. Desde que continuassem, o filho de Hefesto não reclamaria.
O problema estava em pedidos exóticos e especiais como aquele. Um pedaço grotesco de bronze abençoado devia ser transformado em uma espada simples. Deveria ter negado o pedido? Sim. O fez? Claro que não. Precisava analisar com seus próprios olhos. Encostou ambas as mãos sobre a madeira áspera da mesa, inclinando o corpo pra frente. Suas pupilas dançavam como se convulsionasse. Analisava parte por parte do fragmento celestial.
Sem nenhuma resposta.
Já havia tentado lidar com aquilo com força bruta, mas de nada adiantava. Nem altas temperaturas, habilidades herdadas ou qualquer outro tipo de ação seria suficiente para moldar o minério. Ele então suspirou, derrotada. Sabia o que precisava fazer. Seu último recurso sempre seria pedir ajuda — um ato de fraqueza, diga-se de passagem. Os Lacroix jamais toleravam erros, muito menos demonstravam tamanha imperfeição.
Posicionou os dedos calejados, unindo-os em um gesto sacerdotal. Fechou os olhos, respirando fundo antes de criar coragem para fazer uma prece.
— Olá, Hefesto. Não sei como chama-lo a essa altura do campeonato. Enfim, preciso de sua ajuda. Sei que não costumo implorar por ajuda e temos um histórico peculiar, mas... — Roman pressionou ainda mais os dedos que assumiam uma coloração avermelhada — Preciso de sua benção para trabalhar com este material. Sei que não sou digno, mas algo me diz que poderá reconsiderar. Por favor...
O ato de clemência soava quase como um insulto nos lábios do rapaz que esperou por alguns instantes. Sua família havia sido abandonada pelo próprio deus da forja e, agora, lá estava ele. Era como uma criança solitária de novo, a mercê da própria sorte e talento.
Seu devaneio se foi com a presença divina jamais igualada. Roman conhecia aquela sensação: o calor ao seu lado, a súbita vontade de se reprimir. Abriu os olhos. Sobre seu ombro, uma mão tão grande quanto a sua acariciava o tecido de sua blusa suja. Olhou para cima e pode presenciar a imagem translúcida de seu genitor. Hefesto esboçou um sorriso tímido. O semideus não conseguiu reagir. Como uma conexão restaurada, o avatar do forjador desapareceu ao atravessar a pele manchada do rapaz como um fantasma.
Lacroix exalou todo o ar dos pulmões. Piscou algumas vezes para ter certeza da realidade. Havia recebido uma resposta, finalmente? Só havia uma forma de descobrir. Ao tocar sobre a superfície do minério na bancada, uma nova possibilidade surgiu. As informações e passo sobre o que fazer cresceram em sua mente. Cada centímetro da preciosidade podia ser facilmente moldado.
Então ele tentou.
— Obrigado, pai.
Lacroix não tinha participado da suposta guerra, nem mesmo soube de seu fim. Mesmo tendo contato com Érebo e seus lacaios, o rapaz buscava paz. Os negócios andavam em alta: o dinheiro circulava como nunca. Não importava o que os grandes seres oniscientes fizessem. Desde que continuassem, o filho de Hefesto não reclamaria.
O problema estava em pedidos exóticos e especiais como aquele. Um pedaço grotesco de bronze abençoado devia ser transformado em uma espada simples. Deveria ter negado o pedido? Sim. O fez? Claro que não. Precisava analisar com seus próprios olhos. Encostou ambas as mãos sobre a madeira áspera da mesa, inclinando o corpo pra frente. Suas pupilas dançavam como se convulsionasse. Analisava parte por parte do fragmento celestial.
Sem nenhuma resposta.
Já havia tentado lidar com aquilo com força bruta, mas de nada adiantava. Nem altas temperaturas, habilidades herdadas ou qualquer outro tipo de ação seria suficiente para moldar o minério. Ele então suspirou, derrotada. Sabia o que precisava fazer. Seu último recurso sempre seria pedir ajuda — um ato de fraqueza, diga-se de passagem. Os Lacroix jamais toleravam erros, muito menos demonstravam tamanha imperfeição.
Posicionou os dedos calejados, unindo-os em um gesto sacerdotal. Fechou os olhos, respirando fundo antes de criar coragem para fazer uma prece.
— Olá, Hefesto. Não sei como chama-lo a essa altura do campeonato. Enfim, preciso de sua ajuda. Sei que não costumo implorar por ajuda e temos um histórico peculiar, mas... — Roman pressionou ainda mais os dedos que assumiam uma coloração avermelhada — Preciso de sua benção para trabalhar com este material. Sei que não sou digno, mas algo me diz que poderá reconsiderar. Por favor...
O ato de clemência soava quase como um insulto nos lábios do rapaz que esperou por alguns instantes. Sua família havia sido abandonada pelo próprio deus da forja e, agora, lá estava ele. Era como uma criança solitária de novo, a mercê da própria sorte e talento.
Seu devaneio se foi com a presença divina jamais igualada. Roman conhecia aquela sensação: o calor ao seu lado, a súbita vontade de se reprimir. Abriu os olhos. Sobre seu ombro, uma mão tão grande quanto a sua acariciava o tecido de sua blusa suja. Olhou para cima e pode presenciar a imagem translúcida de seu genitor. Hefesto esboçou um sorriso tímido. O semideus não conseguiu reagir. Como uma conexão restaurada, o avatar do forjador desapareceu ao atravessar a pele manchada do rapaz como um fantasma.
Lacroix exalou todo o ar dos pulmões. Piscou algumas vezes para ter certeza da realidade. Havia recebido uma resposta, finalmente? Só havia uma forma de descobrir. Ao tocar sobre a superfície do minério na bancada, uma nova possibilidade surgiu. As informações e passo sobre o que fazer cresceram em sua mente. Cada centímetro da preciosidade podia ser facilmente moldado.
Então ele tentou.
— Obrigado, pai.
- habilidades:
- passivos:
Nível 2
Braço de Ferro: Naturalmente, filhos de Hefesto / Vulcano são fortes e bem desenvolvidos, possuindo uma constituição e compleição maiores que a média dos semideuses. Sua força é consideravelmente maior comparada a outros semideuses em mesmo nível, recebendo uma bonificação permanente de 10%.
Nível 3
Analista: Os filhos de Hefesto / Vulcano tem um dom nato com objetos mecânicos, sendo ótimos em entender tecnologias e fazer manutenções básicas. Não implica em conhecer todo o funcionamento ou habilidades do objeto e sim na facilidade do manuseio com itens mecânicos, sendo capazes de, ao mexer com uma peça ativamente (desmontando-a) identificarem circuitos e funções mecânicas - como o funcionamento das engrenagens ou a ligação de um fio. Contudo, será limitado pela complexidade do item estudado, sendo, portanto, uma habilidade que evolui juntamente com o filho de Hefesto / Vulcano. Além disso, aparatos que fogem muito da linha do tempo do semideus (como uma máquina de tecnologia superior - do futuro, por exemplo) podem oferecer limitações e penalidades. A palavra final será do avaliador.
Nível 5
Avaliador: Possui um ''olho clínico'', conseguindo descrever principais características e vantagens de certos objetos apenas de observá-los com atenção. Não consegue discernir habilidades mágicas nem funções avançadas, é apenas um reconhecimento inicial.
Nível 7
Resistência ao calor: Filhos de Hefesto / Vulcano estão acostumados com altas temperaturas, não sofrendo tantos efeitos negativos. Note que isso vale apenas para a temperatura do ambiente em si, não ao fogo - ainda sofrerão queimaduras normalmente, mas, em situações de calor ou alteração de temperatura corporal, que causem efeitos como desidratação, por exemplo, os efeitos nesses semideuses sempre serão 10% menores. Aumenta para 15% no nível 17 e chega a 20% no nível 27.
- ativos:
Nenhum
- itens:
— { Impact } / Martelo de Guerra [A herança da família Lacroix, herdado por Roman e somente ele pode utilizá-lo. Seu cabo cinza possui um metro e é totalmente feito de titânio, sendo adornado com vários símbolos antigos entrelaçados. Já sua parte superior é feita de adamante e possui duas cabeças prateadas em formas retangulares, tendo elas uma separação através de um afunilamento adornado. Uma vez por missão, permite invocar a bencão da família de ferreiros, a Carga Brutal, possibilitando um ataque potente contra o solo criando uma onda sísmica de longo alcance, que empurra os inimigos em uma linha reta por 5m. Inimigos grandes ou com 5 níveis acima do semideus sofrem apenas 50% do impacto, entre 5 e 10 níveis, o efeito é de apenas 20% e semideuses mais poderosos que isso não são afetados. O trajeto não pode ser alterado e não afeta oponentes que estejam voando. A Carga Brutal também pode ser utilizado diretamente contra inimigos, sem a necessidade de conjuração da onda, mas para que o dano por impacto seja duplicado é necessário investir 50MP por golpe. Transforma-se em um martelo comum de prata quando desativado.] {Titânio e Adamante} {Não controla nenhum elemento} {Nível mínimo: 25} {DIY avaliada por Hefesto e atualizado por Poseidon}
Roman Lacroix
Filhos de HefestoPanteão Grego
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353
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Kaer Morhen
Re: Promoção: Bênção de Hefesto
she prays.
Perdida.
Essa era a sensação que percorria Leona, dos pés à cabeça.
Não no sentido literal, mas depois que suas visões começaram a ser mais recorrentes e involuntárias, ela passou a perder controle dos próprios impulsos. Em seus vislumbres, que são sempre da mesma garota, ela sempre foge de alguma coisa. Depois de uma altura, ela mesma começa a fugir, como se aquelas memórias fossem sua realidade.
Isso tudo vinha a afetando como um todo. Seu lado empreendedor decaiu, assim como os lucros do Clube 09. Fechar as portas já era uma das alternativas cogitadas pela inventora.
Um dos seus últimos trabalhos — um pequeno autômato de abelha —, pouco a pouco era idealizado e saía do papel. Ainda assim, Leona tinha muita dificuldade em se concentrar. Quando focava no trabalho, alguma imagem assustadora invadia a vista. Ela sentia cada vez mais que algo terrível estava para acontecer.
Sempre foi independente. Se orgulhava por, em nenhum momento, ter recorrido a ajuda dos deuses. O contrário, entretanto, já aconteceu. Circe procurou Leona pessoalmente para torná-la sua pupila. Hefesto, por outro lado, era uma figura muito, muito mais distante.
Leona não fazia a menor ideia de quem era sua família — e se um dia já teve uma. A presença tenra mais próxima que teve foi Matt, um meio-irmão que encontrou durante uma das excursões orientadas por Circe. O menino agora está sob a tutela de Quíron, muito mais protegido do que Leona jamais poderia fazer, mesmo que tivesse as melhores das intenções.
— Hefesto… — começou, fragilizada pela situação — sou eu, Leona. Ou… não sei. Esse é o meu nome agora, mas não sei se em algum momento já tive outro. Talvez eu esteja ficando maluca, ou talvez eu esteja retornando a sanidade. De todo modo, estou pedindo por ajuda.
A voz já vacilava, e as palavras lutavam para escapar dos lábios. Sua personalidade forte e resistente resistia intensamente ao simples ato de pedir ajuda ao próprio pai. Mesmo que aquilo fosse contra os próprios princípios, era a única alternativa que lhe restava.
— Eu estou perdendo a minha habilidade — desabafou, debulhando uma lágrima sincera de medo. — Não consigo mais trabalhar com as minhas criações. Algumas coisas tem mexido com a minha cabeça, e eu estou perdendo o controle sobre o meu próprio corpo. Não consigo mais fazer um simples desenho sem demorar dias para completá-lo. Estou encerrando as minhas atividades. Não sei se vou ser capaz de resistir.
Aquela era a primeira vez que admitia fraqueza em voz alta. Ela olhou para os lados, preocupada, procurando se estava realmente sozinha dentro da própria forja. Suspirou aliviada por não ter encontrado nada além de pedaços de metal, parafusos e folhas rabiscadas coladas pelas paredes.
Ela torcia para que Hefesto se manifestasse de algum modo. Fosse do jeito que for, simplesmente saber que não estava sozinha já a faria se motivar a continuar enfrentando seus problemas.
Hefesto, por favor!, mentalizou. Estou pedindo a sua ajuda.
Então, sua visão piscou.
Quando abriu os olhos novamente, estava perdida num oceano de descartes. Tudo o que abrangia sua visão eram membros retorcidos feitos de bronze, engrenagens, motores e uma densa fumaça. No fundo, enxergava olhos rubros cintilantes, fendidos no meio como os de uma cobra.
Essa é a minha missão, filha. Também preciso de ajuda. Ela reconheceu aquela voz. Em seu espírito, sabia que era a voz de Hefesto. Suas mãos estão abençoadas. Você tem tudo o que precisa. Lute, não por mim, mas por você. Sua mãe ficaria orgulhosa do que você se tornou.
Ela voltou à realidade como se tivesse sido empurrada de um penhasco. Sentiu o peito ter todo o ar roubado num único instante, para depois inspirar o ar e sentir a dor de estar viva novamente. Assim que se deu conta, estava à mesa da oficina do Clube outra vez.
Essa era a sensação que percorria Leona, dos pés à cabeça.
Não no sentido literal, mas depois que suas visões começaram a ser mais recorrentes e involuntárias, ela passou a perder controle dos próprios impulsos. Em seus vislumbres, que são sempre da mesma garota, ela sempre foge de alguma coisa. Depois de uma altura, ela mesma começa a fugir, como se aquelas memórias fossem sua realidade.
Isso tudo vinha a afetando como um todo. Seu lado empreendedor decaiu, assim como os lucros do Clube 09. Fechar as portas já era uma das alternativas cogitadas pela inventora.
Um dos seus últimos trabalhos — um pequeno autômato de abelha —, pouco a pouco era idealizado e saía do papel. Ainda assim, Leona tinha muita dificuldade em se concentrar. Quando focava no trabalho, alguma imagem assustadora invadia a vista. Ela sentia cada vez mais que algo terrível estava para acontecer.
Sempre foi independente. Se orgulhava por, em nenhum momento, ter recorrido a ajuda dos deuses. O contrário, entretanto, já aconteceu. Circe procurou Leona pessoalmente para torná-la sua pupila. Hefesto, por outro lado, era uma figura muito, muito mais distante.
Leona não fazia a menor ideia de quem era sua família — e se um dia já teve uma. A presença tenra mais próxima que teve foi Matt, um meio-irmão que encontrou durante uma das excursões orientadas por Circe. O menino agora está sob a tutela de Quíron, muito mais protegido do que Leona jamais poderia fazer, mesmo que tivesse as melhores das intenções.
— Hefesto… — começou, fragilizada pela situação — sou eu, Leona. Ou… não sei. Esse é o meu nome agora, mas não sei se em algum momento já tive outro. Talvez eu esteja ficando maluca, ou talvez eu esteja retornando a sanidade. De todo modo, estou pedindo por ajuda.
A voz já vacilava, e as palavras lutavam para escapar dos lábios. Sua personalidade forte e resistente resistia intensamente ao simples ato de pedir ajuda ao próprio pai. Mesmo que aquilo fosse contra os próprios princípios, era a única alternativa que lhe restava.
— Eu estou perdendo a minha habilidade — desabafou, debulhando uma lágrima sincera de medo. — Não consigo mais trabalhar com as minhas criações. Algumas coisas tem mexido com a minha cabeça, e eu estou perdendo o controle sobre o meu próprio corpo. Não consigo mais fazer um simples desenho sem demorar dias para completá-lo. Estou encerrando as minhas atividades. Não sei se vou ser capaz de resistir.
Aquela era a primeira vez que admitia fraqueza em voz alta. Ela olhou para os lados, preocupada, procurando se estava realmente sozinha dentro da própria forja. Suspirou aliviada por não ter encontrado nada além de pedaços de metal, parafusos e folhas rabiscadas coladas pelas paredes.
Ela torcia para que Hefesto se manifestasse de algum modo. Fosse do jeito que for, simplesmente saber que não estava sozinha já a faria se motivar a continuar enfrentando seus problemas.
Hefesto, por favor!, mentalizou. Estou pedindo a sua ajuda.
Então, sua visão piscou.
Quando abriu os olhos novamente, estava perdida num oceano de descartes. Tudo o que abrangia sua visão eram membros retorcidos feitos de bronze, engrenagens, motores e uma densa fumaça. No fundo, enxergava olhos rubros cintilantes, fendidos no meio como os de uma cobra.
Essa é a minha missão, filha. Também preciso de ajuda. Ela reconheceu aquela voz. Em seu espírito, sabia que era a voz de Hefesto. Suas mãos estão abençoadas. Você tem tudo o que precisa. Lute, não por mim, mas por você. Sua mãe ficaria orgulhosa do que você se tornou.
Ela voltou à realidade como se tivesse sido empurrada de um penhasco. Sentiu o peito ter todo o ar roubado num único instante, para depois inspirar o ar e sentir a dor de estar viva novamente. Assim que se deu conta, estava à mesa da oficina do Clube outra vez.
Leona Saunders
Feiticeiras de CircePanteão Grego
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111
Localização :
Nova Iorque
Re: Promoção: Bênção de Hefesto
Olá, semideuses!
Primeiro de tudo, quero pedir perdão pela demora na avaliação de vocês em nome da staff. Estamos trabalhando para retomar o ritmo e pedimos que vocês não desanimem. Esse período tem sido bem complicado para todos nós. Vamos às avaliações!
Fazendo as duas juntas, quero dizer que gostei muito de ambas as abordagens. Vocês souberam inserir as tramas e personalidades dos personagens muito bem e a relação (ou falta dela) demonstrada com o pai foi bastante coerente não apenas com os backgrounds de vocês, mas com o simples fato de que Hefesto/Vulcano, em suas próprias palavras, não sabe lidar muito bem com formas orgânicas de vida — ainda que sejam seus filhos.
Não farei descontos a nenhum dos dois, pois não vi grandes problemas nas postagens. Assim, a recompensa de ambos ficou em:
— Coerência: 50 de 50 possíveis;
— Coesão, estrutura e fluidez: 25 de 25 possíveis;
— Objetividade e adequação à proposta: 15 de 15 possíveis;
— Organização e ortografia: 10 de 10 possíveis.
Total: 100xp + 50 dracmas + bênção
{Bênção de Hefesto} / Poder especial [Após os acontecimentos no oeste e no leste dos EUA causados por Éris e seus aliados, o Olimpo recompensou seus heróis, mas Hefesto/Vulcano fez questão de dar um presente a mais para os seus forjadores. Tendo demonstrado ser digno, o(a) herói(ína) recebeu de seu pai a permissão especial de manipular os metais sagrados bronze celestial e ferro estígio em sua forja.] (Poder especial) [Recebimento: promoção Bênção de Hefesto, avaliado por e atualizado por Poseidon.]
ATUALIZADO
Poseidon
Deuses AdministradoresPercy Jackson RPG BR
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Atlantis
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