O Passado de Luke, Annabeth e Thalia [contado por Annabeth]

Tudo começou quando eu nasci. Eu não queria ser assim. Se você não está entendendo nada, vou explicar. Meu nome é Annabeth Chase e sou uma meio-sangue. Qual minha idade? Sete anos. Eu sei, é uma pequena idade para saber que se é uma meio-sangue.
Minha família me odeia. Eu sou filha de Atena, a deusa grega da sabedoria. Eu sempre tentei levar uma vida normal, desde que eu nasci, mas meu pai, falava da minha chegada, como a coisa mais inconveniente que já tinha acontecido a ele.
Veja bem, eu não nasci da forma habitual. Nasci da mesma forma de Atena. Eu fui uma filha de cérebro. Literalmente. Eu fui criada a partir da inteligência divina da minha mãe e da engenhosidade mortal do meu pai. Eu fui trazida por Zéfiro, o vento Ocidental, num berço de ouro. Vocês pensariam que isso era um milagre não é? Meu pai não. Enquanto crescia, brigava com meu pai e monstros atacavam muitas vezes.
Quando fiz sete anos, meu pai se esqueceu completamente de Atena, arranjou uma esposa “mortal” normal, teve filhos “mortais” normais, e toda vez que brigávamos, monstros atacavam. A mulher dele me olhava de um jeito como se dissesse: “Como ousa colocar nossa família em perigo?
No fim eu entendi. Não era querida. Fugi de casa. Mas sabendo que tinha que enfrentar monstros, peguei o martelo de meu pai em cima da cabeceira da cama dele e parti para o mundo real. Eu sabia que tinha que chegar até algum lugar. Então decidi ir até o Acampamento Meio-Sangue.
Pedi para Atena me guiar. Ela me guiou por um momento lutando contra monstros, por mais ou menos três dias, que foi rapidinho, No quarto dia virei em um beco, ouvi vozes.
- Você tem certeza? – perguntou uma voz feminina que saiu das sombras. Junto com um garoto de cerca de catorze anos que carregava uma faca de bronze. E a menina, carregava um escudo, com cabeça de uma mulher com cabelos de serpentes e uma lança. A menina tinha cerca de doze anos.
Após a pergunta da garota, o menino fez que sim com a cabeça.
- Tem alguma coisa aqui. Eu posso sentir.
Tentei sair de lá, mas bati em uma folha de metal que ecoou. Eles estavam vindo na minha direção com cuidado.
Caixotes velhos estavam me cobrindo. Preparei-me para sair e atacá-los com meu martelo. Mas ainda fiz barulho. Uma placa de latão corrugado tremeu. Eu estava atrás dela. Estavam com armas prontas para me atacarem.
Contaram silenciosamente até três. Era agora ou nunca. Voei para cima do garoto com meu martelo. Tentando inutilmente acertá-lo.
- Ui – gemeu ele.
O garoto foi rápido, se não fosse isso, eu o teria quebrado a cabeça. Não percebi que ainda estava de pijama. Devia ter parecido uma idiota.
Ele agarrou meu pulso e se eu não largasse o martelo, ele quebraria minha mão. Não tinha opção. Larguei o martelo que deslizou pelo chão de cimento.
Tentava inutilmente me balançar dizendo:
- Chega de monstros! Vão embora!
- Está tudo bem – disse o menino. Eu percebia que ele lutava contra mim, para eu não sair dele. – Thalia, guarde seu escudo. Você a está assustando.
A garota que devia ser Thalia largou o escudo com cabeça de Medusa. Na verdade, ela deu um tapinha nele e ele se encolheu, se transformando em um bracelete de prata.
- Ei, está tudo bem – disse Thalia. – Nós não vamos machucar você. Eu sou Thalia. Este é Luke.
- Monstros! – Respondi.
- Não – garantiu Luke. – Mas sabemos tudo sobre monstros. Nós também lutamos contra eles.
Olhei-os com meus olhos cinza. Inteligentes olhos cinza.
- Vocês são como eu? – Perguntei.
- Sim – respondeu Luke. – Nós... bem, é difícil explicar, mas nós também lutamos contra os monstros. Cadê sua família?
- Minha família me odeia. – respondi – Eles não me querem. Eu fugi.
Thalia e Luke se entreolharam. Parecia que entendiam do assunto. Então percebi que eles eram iguais a mim.
- Qual seu nome garota? – perguntou Thalia.
- Annabeth.
Luke sorriu:
- Bonito nome. Vou lhe dizer uma coisa, Annabeth... você é bastante corajosa. Uma lutadora assim nos poderia ser útil.
Senti meus olhos se iluminando.
- Poderia? – perguntei.
- Ah, sim. – Luke me deu sua faca de bronze. – Que tal uma arma que mate monstros de verdade? Isto é bronze celestial. Funciona muito melhor que um martelo.
Relutante, peguei o cabo da faca. Quando agarrei, percebi que eu gostava desse menino Luke.
- Facas são apenas para os lutadores mais bravos e mais rápidos. – explicou ele – Elas não têm o alcance ou o poder de uma espada, mas são mais fáceis de esconder e podem encontrar pontos fracos na armadura do inimigo. É preciso um guerreiro inteligente para usar uma faca. Tenho a impressão de que você é bastante inteligente.
Olhei-o com muita admiração. Agora eu gostava de verdade de Luke. Ele e Thalia estavam com uma cara de quem havia lutado com monstros, mais tempo que eu.
- Eu sou. – respondi.
Thalia sorriu.
- É melhor irmos, Annabeth. Temos uma casa segura no Rio James. Vamos providenciar roupas e comida para você.
Ainda estava desconfiada.
- Vocês... vocês não vão me levar de volta para minha família? – perguntei – Prometem?
Luke colocou a mão dele no meu ombro.
- Agora você faz parte da nossa família. E eu não vou desapontá-la como nossas famílias nos desapontaram. Combinado?
Agora estava mais alegre e muito mais segura. Respondi rapidamente:
- Combinado!
- Agora, venham – disse Thalia – Não podemos ficar muito tempo parados!
Andamos por um tempo, mais ou menos 3 horas, tomando cuidado com muitos monstros. Nós parecíamos agente do FBI tomando cuidado em alguma missão perigosa.
- Corram – disse Luke. – Ouvi um grunhido.
Eu não tinha ouvido nada, mas depois ouvi um bater de asas coriáceas. De repente, três figuras saíram das sombras de uma árvore. Pareciam àquelas coisas do Hades. Fúrias. Ou Benevolentes. Eu empunhei minha faca, mas algo me deteve. Elas estavam ainda nos procurando.
Luke me puxou para uma árvore. Não tinha tempo para perguntar de quem eles eram filhos. Estávamos em perigo.
As três Fúrias de uma vez? Não, não era possível. Pelo menos uma devia estar no Mundo Inferior. O que será que faziam aqui? Não sou uma semideusa com aura tão forte assim.
- O que elas querem? – perguntei para Luke sussurrando.
- Querem Thalia. Você deve ter aumentado nossa aura de semideus Annabeth.
Não acredito! Ele acaba de dizer que é culpa minha de as Fúrias nos acharem? Acho que ele pensou o mesmo, pois disse:
- Ei, não é culpa sua. É culpa de nós três.
- De quem vocês são filhos? – perguntei. Eu sei que não era uma boa hora, mas eu perguntei mesmo assim.
- Quando chegarmos ao Rio James, eu explico. – disse Thalia. – Explico tudo. Isso se der tempo...
As Fúrias chegaram mais perto. A do meio fungou e cacarejou. Tinha nos farejado.
- Thalia, leve Annabeth para o Rio James. – disse Luke – Eu cuido das Benevolentes.
- Mas você vai morrer! – disse Thalia.
Luke não deu ouvidos a ela. Partiu para cima da primeira fúria que tentou fazer-lhe um corte. Mas, Luke era rápido. E tinha outra arma. Uma espada. Ele cortou a primeira fúria, que ao invés de sangrar e morrer lá caída, ela se desintegrou.
- Annabeth, fique aqui. Não quero que nada aconteça com você. Meu escudo irá fazer com que elas se afastem um pouco.
Thalia saiu de trás da árvore e deu um tapinha no seu bracelete e prata. Ele se expandiu. Era o escudo com cabeça da Medusa que eu vira. As fúrias recuaram. Quer dizer, as que sobraram.
De repente, do outro lado veio um cachorro. Só que não aqueles cachorros bonitinhos. Para começar, era do tamanho de um caminhão de dezoito rodas. Partiu para cima de mim. Eu tinha de enfrentar essa batalha sozinha. Era meu teste.
Usei minha faca – agora era minha – para tentar desferir um golpe. Más notícias. Não consegui desferir um golpe. E o cachorro também não.
Do outro lado, Luke se virou, viu aquilo que eu estava enfrentando e falou:
- Annabeth, não saia daí! Thalia continue com seu escudo.
Thalia continuou com o escudo levantado, mas tropeçou. Caiu e feriu a perna esquerda. Parecia que doeu. Claro que doeu!
Mas o maior problema, não eram as fúrias que tinham ido embora. Era o cachorro gigante. Para vencê-lo, precisava de ideias. Quem a sabe se eu subisse em uma árvore?
Subi na árvore mais próxima e esperei o cachorro chegar perto de mim. Como previ, ele não conseguiu subir na árvore, pois era um cachorro. Subi num galho. Joguei-me em cima do cachorro. E com minha faca, cortei o pescoço dele. Ele foi se desintegrando.
Mas, uns novos ruídos e cinco cães infernais, maiores até do que um que eu enfrentei chegaram na floresta. Outros dois estavam do outro lado. Estávamos cercados.
De repente, uma trompa de caça soou ao longe. Ouvi arbustos farfalharem atrás dos cães infernais que nos cercavam. Umas 10 flechas surgiram do nada na escuridão. Os cães infernais se dissolveram. Do outro lado da floresta, o lado onde não tinha cães infernais, apareceram duas meninas. Uma de 12 anos aparentemente e outra de mais ou menos 14 anos.
- As Caçadoras! – arquejou Thalia.
- O que são as Caçadoras? – Perguntei?
- Depois explico – respondeu Luke. Isso não me respondia bem minha pergunta.
As Caçadoras chegaram e Thalia ficou animada. Não sei por que. Ela nunca ficava tão animada. A do meio, que parecia ser tenente, se virou para nós e disse:
- Vós não devereis temer. Não lhes faremos mal. – respondeu a tenente com uma tiara que parecia princesa. Ela dizia em uma língua antiquada como se estivesse viva fazia mais de mil anos. – Meu nome é Zöe Doce-Amarga.




Em breve a continuação.

AMEIIIIIIIIII *_____*
Voce tem talento, ficou perfeito. Espero a continuacao \o/

IDEM
Sempre quis saber o passado de annabeth

valeu, eu tinha perdido isso em um outro PC mas agora que eu to em um outro posso continuar

PARTE DOIS:


Capítulo II: Sou perseguida por sanguinários
- Zoë Doce-Amarga?-Perguntei.
- Sim – disse ela. Ela tinha uma tiara de prata na cabeça. – E esta aqui ao meu lado é Lady Ártemis.
Ela parecia muito velha para ser Ártemis, mas assenti. Então a garota de doze anos, que provavelmente era Ártemis.
Então, ela disse:
- Thalia Grace, eu a chamo na minha tenda. Annabeth venha junto. Luke Castellan, fique aqui.
Achei que Thalia se encolheu quando ouviu seu sobrenome igual a Luke. Dei um tchau com a minha mão direita para Luke enquanto acompanhava Ártemis e Thalia até a Tenda.
As Caçadoras tinham arrumado acho que 10 tendas em menos de 5 minutos. E havia lobos e águias. Eu pressentia de que estavam de guarda.
Então, cheguei até a tenda e Ártemis disse:
- Thalia Grace, você aceita ser uma de minhas Caçadoras?
E a Zoë disse:
- Ganharás imortalidade, se tu disseres apenas isto: Eu dou votos a Ártemis, dou as costas para as companhias dos homens. Se tu disseres isto, será das Caçadoras.
Thalia, pensou, pensou e então disse:
- Não.
Zoë ficou com uma expressão de raiva.
- O que vós dissestes? – perguntou ela.
Thalia respondeu:
- Eu disse não. Não darei as costas para Luke.
- Um dia ele te decepcionará, filha de Zeus!
- Luke nunca me decepcionará, Zoë!
- Espere para ver – respondeu Zoë.
Então soube que Thalia também gostava de Luke, o que me deixou envergonhada e comecei a “desgostar” dele.
Encontramos Luke depois de sairmos da tenda de Ártemis. Ele perguntou:
- E aí? O que aconteceu?
Nenhuma de nós duas respondemos. Eu me sentia uma idiota.
Cinco minutos depois, Ártemis disse para a gente:
- Vou chamar minha carruagem da Lua, vou levá-los aonde quiserem.
- Ir para o acampamento Meio-Sangue seria uma boa. – disse Luke.
- Eu não tenho permissão de ir até lá – ponderou Ártemis.
Então Thalia disse:
- Nos leve ao Rio James, precisamos chegar lá o mais rápido possível.
- Eu só posso levá-los para perto do Rio James. Dali vocês estão por conta própria.
- Era o que me faltava – Thalia reclamou – Ficar a mercê de monstros longe do acampamento?
- Thalia, calma. – Disse Luke – Temos um abrigo logo ali. E além do mais, nenhum monstro vai nos atacar não é mesmo?
Thalia ficou pensando. Até que disse:
- Ok, mas vamos rápido, preciso ir rapidamente para o Acampamento.

Juntos, nós três nos juntamos e subimos na carruagem da Lua. Então, tomei coragem e disse a Luke:
- Então, como é a sua família?
Ele ficou calado enquanto estávamos levantando voo.
- Bem, meu pai é Hermes, mas minha mãe é meio que... – ele parecia estar escolhendo a palavra – Diferente
- O que aconteceu? – perguntei.
- Bem, ela nunca me contou, apenas tinha ataques com olhos verdes. Era mesmo horrível. Jurei nunca mais entrar lá.
Ninguém falou mais nada ao chegar até o Rio James.

Assim que entrei na barraca a única coisa que eu disse foi:
- Uau!
Tinha praticamente tudo que se precisava para sobreviver. Biscoitos, roupas, colchonetes, lanternas e o melhor: Armas novas de Bronze Celestial.
Adentramos e eu me joguei em um colchonete. Thalia foi a última, mas assim que ela tentou entrar, tinha uma pedra bem no meio do caminho e ela tropeçou e feriu a coxa.
- Ai! – ela reclamou.
Luke rapidamente ficou preocupado.
- Não temos primeiros socorros nesse abrigo. Precisamos ir até a minha casa. Em Connecticut.
De repente um barulho nos assustou. Parecia estar muito perto.
Saímos e vimos três harpias. Mistura de corpo de mulheres até a cintura e a parte de baixo da cintura era de galinha. E para piorar, tinham asas.

\o/
sempre quis saber o passado dos três!!! vc quer m matar de curiosidade?
posta o logo a proxima parte!