[+18] All The Pain Money Can Buy [+18]

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[+18] All The Pain Money Can Buy [+18]

Mensagem por Taylor Littner Sáb 23 Jul 2011, 17:30

Devo ressaltar que essa fic não é de minha autoria e sim de alguem que admiro muito,Blanxe! Apartir dessa fic me interessei por escrever coisas e foi isso que me deu um impulso pra participar do forum e tal.
Essa fanfic é Yaoi Lemon (homem com homem), ou seja é um fanfic homossexual. Sei que muitas pessoas ao saberem disso nem se darão ao trabalho de ler por puro preconceito, afirmo que é uma história maravilhosa com um enrredo maravilhoso e espero fortemente que gostem. Pois bem dona Taylor, deixemos de enrrolação e vamos ao que interessa;
Conheça mais de seu trabalho aqui: http://www.fanfiction.net/u/909238/
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Re: [+18] All The Pain Money Can Buy [+18]

Mensagem por Taylor Littner Sáb 23 Jul 2011, 17:31

All The Pain Money Can Buy
Capítulo 1

Heero deixava o complexo empresarial onde trabalhava as oito da noite. Havia sido um dia agitado, onde os clientes quase abusaram do limite de sua paciência. Sua cabeça estava a mil. Havia passado por uma reunião e teria que fazer uma viagem de negócios nas próximas semanas. Eram tantos compromissos, tantas preocupações, que sua vida estava limitada ao trabalho, sempre estivera. Como empresário, Heero Yui não tinha muito tempo para a família, que hoje, aos seus trinta e oito anos, se resumia ao filho de treze anos e a jovem namorada. Não se podia dizer que era um exemplo de homem, nunca fora, mas sua falecida esposa nunca contemplara, e agora sua nova namorada também parecia não se importar. Em sua vida não estava disposto a criar nenhum vinculo que lhe cobrasse mais do que estava disposto a dar.

Seu filho era outro departamento. Ele estava tendo uma boa educação e assistência com o tutor que contratara, mas às vezes dedicava um pouco de seu tempo para passar com ele, mesmo que fosse quase nunca. Para ele era o suficiente, já que a próprio menino não tinha muita afinidade com ele, por culpa de sua falta de atenção e carinho. Mas ele tinha problemas maiores com que se preocupar, do que com as birras de uma criança.

Ele estava na calçada, em frente ao complexo empresarial, esperando pelo seu carro e assim poder retornar para casa. Vestido impecavelmente num terno acinzentado, ele afrouxou a gravata, enquanto com a outra mão ainda segurava a maleta preta, que continham documentos importantes. Estava distraído e se surpreendeu quando foi abordado por uma figura desconhecida.

- Hei senhor, quer me comprar por uma noite?

A voz era jovem e tímida. Quando Heero voltou seu olhar para a figura, não tão distante, sentada no meio fio, imediatamente franziu a testa.

- Como? - ele indagou querendo confirmar se tinha escutado direito.

- Perguntei se o senhor não gostaria de me comprar por uma noite.


Heero olhou mais uma vez, agora inspecionando minuciosamente, mas incrédulo. Tratava-se de um jovem, um garoto por assim dizer, que não deveria ter mais do que quinze anos. Ele fora pego de surpresa. Já não era novidade para ninguém a prostituição de menores, mas nunca pensou que um dia seria colocado frente a frente com esse tipo de situação.

O garoto não era japonês, como toda certeza. Seus traços eram delicados e inocentes, duas jóias violetas brilhavam nos grandes olhos do garoto. Em toda sua vida, Heero nunca tinha visto olhos de tal tonalidade. Outra coisa que lhe chamou a atenção, foram os longos cabelos castanhos, que estavam presos numa linda trança. Suas roupas eram bem normais para alguém que se prostituía: usava tênis, um bermudão caqui que ia até abaixo dos joelhos, uma camisa cinza e por cima desta um jaqueta verde-musgo, um boné voltado para trás cobria sua cabeça. Toda sua vestimenta aparentava ser antiga e gasta, mostrando que certamente suas condições não eram uma das melhores.

O carro que esperava finalmente chegou e o chofer desceu, abrindo a porta para que entrasse.

O garoto ainda o olhava com um jeito incerto e pensou que seria dispensado quando viu o homem lhe virar as costa e dirigir-se para a porta do carro de luxo, que havia lhe sido aberta. Logo virou o rosto para encarar novamente a pista onde os carros passavam constantemente.

Heero parou antes de entrar no veiculo e chamou:

- Vamos logo, garoto.

O jovem voltou imediatamente sua atenção para o homem que já entrava no carro e, sem se dar chance a um segundo pensamento, ele se levantou do meio fio, batendo a sujeira da bermuda e apressou-se, entrando na parte de trás do carro e sentando-se ao lado do homem, enquanto o motorista fechava a porta.

Assim que o carro começou a movimentar-se, Heero ordenou ao motorista que mudasse o curso que estava acostumado a fazer todos os dias e que seguisse para um motel de luxo, que usava de vez em quando, para encontros com sua própria namorada e algumas outras amantes.

Heero não dirigiu uma palavra sequer ao garoto, mas não se deteve em observá-lo atentamente, agora que estavam mais próximos. Tinha que admitir que o ele tinha uma beleza exótica, quase andrógena. Era lindo. Parecia um pouco nervoso, deslocado, com os olhos sempre voltados para o chão do carro e as mãos fechadas em punhos sobre fabrica do bermudão. Heero não conseguiu evitar que um sorriso irônico aparecesse no canto de seus lábios. Primeiramente porque não sabia ao certo o motivo de ter aceitado o garoto para aquela noite, nunca tivera tendências à pedofilia, apesar de sua própria namorada ser dez anos mais jovem que ele. Segundo por saber que depois daquele dia estressante, à noite apesar de tudo, poderia ser muito proveitosa.

Quando entraram no quarto do motel, Heero continuou observando o garoto, que olhava para a luxuria e beleza do ambiente com muita curiosidade e surpresa. Heero começava a desconfiar que talvez aquela rotina não fosse de total conhecimento do garoto. De uma forma ou de outra ele descobriria logo.

Andou até a mesa num dos cantos do quarto e pousou sua maleta sobre ela e ainda de costas, ordenou:

- Tire suas roupas.

Heero não precisou se voltar para trás para perceber que existiu uma pequena hesitação do garoto em cumprir com sua ordem, mas logo escutou o leve som das roupas sendo tiradas e caindo no chão. Sorrindo consigo mesmo, ele tirou a gravata e o paletó, colocando-os pendurados sobre as costas de uma das cadeiras e se virou começando a abrir os botões da camisa social de mangas longas.

Heero parou por um minuto a ação de desabotoar a camisa, totalmente extasiado pela imagem a sua frente. O garoto havia tirado todas as roupas, encontrando-se de pé totalmente nu perto da cama. Ele deixou-se analisar o corpo a sua frente e teve que constatar que teria cometido um grande desperdício se tivesse deixado de lado a proposta do jovem e voltado para sua casa. O garoto tinha o corpo delgado e a pele alva, quase totalmente desprovida de pêlos. Perfeito na visão e preferências de Heero, que sentiu imediatamente uma resposta imediata vindo de seu membro, confinado dentro de sua calça. Lentamente foi se aproximando do jovem, que tinha um certo rubor na face e tentava manter o olhar voltado para o chão.

Heero estava achando intrigante o modo com que o garoto agia, mas resolveu não abordar o assunto, não estava ali para isso. Sua camisa branca já toda desabotoada, deixando a mostra parte de seu tórax e abdômen bem esculpido, ao mesmo tempo em que chegava perto do corpo menor e nu do garoto.

Sem mais delonga, Heero pousou uma das mãos fortes na cintura do jovem e o trouxe para junto de si, fazendo-o instintivamente apoiar as mãos em seu peitoral para ganhar equilíbrio. Ele pousou no queixo do garoto a mão que estava livre e fez com que ele levantasse o rosto para encara-lo diretamente.

Havia medo e incerteza naqueles olhos, disso Heero teve certeza, mas o calor que irradiava do corpo que se moldava junto ao seu, era envolvente demais para se importar com os sentimentos que se passavam pelos orbes violetas. Sem hesitar um só segundo, Heero abaixou o rosto e capturou os lábios suaves e rosados do garoto, que a principio não correspondeu, mas guiado pelos movimentos em seus lábios, acabou se rendendo aquela imposição.

Heero sentiu toda doçura e inocência que aqueles lábios traziam para aquele beijo e foi assim que teve a certeza de que o garoto era especial, provavelmente intocado ainda, o que justificava toda sua atitude tímida e receosa, desde que entrara em seu carro. Se fosse verdade, o fato era um aditivo que só alimentava o fogo e o desejo que latejavam dentro de sua calça. Ele não aprofundou muito o beijo, pelo contrario, apartou daqueles lábios um pouco relutante, e pode ver o exato momento que os olhos do garoto voltaram a se abrir, ainda que perdidos pela intensidade que desfrutara no beijo.

Heero deixou o garoto e sentou-se na beira cama, abrindo o cinto, depois o botão e o zíper da calça do terno. Sem nunca deixar seus olhos desviarem do jovem, ele finalmente ordenou:

- Ajoelhe-se aqui. Você sabe o que fazer, não é mesmo?

O garoto só fez assentir com a cabeça e se aproximar. Ele se ajoelhou no chão entre as pernas do homem e cuidadosamente tocou e trouxe para fora da calça, seu membro excitado. Ele olhava um pouco assustado para o longo e grosso sexo em suas mãos e como num mantra em sua mente, ele recitava que podia fazer, afinal, uma vez vira sua mãe fazer esse mesmo tipo de coisa com seu pai. Era simples, apenas tinha que se concentrar para se lembrar e imitar tudo o que vira ela fazendo com a boca. E foi exatamente o que fez. Ele desceu a cabeça na direção do membro em sua mão e receoso, mas delicadamente, começou a lambe-lo, passando a ponta de sua língua sobre a cabeça e rodeando-a todinha em movimentos provocantes, em seguida deixando-a deslizar por toda longa extensão até a base e voltando, exatamente como se o estivesse saboreando.

Heero queria observar mais o garoto em suas ministrações, mas acabou se rendendo a sensação daquela língua, e assim que a boca se fechou sobre a cabeça de seu membro, lentamente deslizando pela longa extensão, ele se perdeu, fechando os olhos e se deleitando com o calor e a umidade que o envolviam e ganhavam movimentos exploratórios.

O único pensamento coerente que conseguiu formular foi se questionar se teria errado em seu julgamento no qual acreditava que o garoto era inexperiente no ramo da prostituição, porque sendo, ou não, ele estava fazendo um trabalho mais do que perfeito. O garoto era bom naquilo, tanto que fazia com que não quisesse que parasse.

Heero sentiu o clímax chegar rapidamente. Com a respiração ofegante e os olhos cerrados despejou todo seu sêmen dentro da boca do garoto, que sem alternativas, engoliu prontamente todo o seu gozo.

Ainda com a respiração pesada, Heero colocou a mão sobre a cabeça do jovem, primeiramente acariciando e sentindo a maciez dos fios sedosos, para em seguida fechar-se sobre eles e puxa-lo, fazendo com que ele o encarasse. Heero então se perdeu por um momento no rosto corado, onde havia resquícios de seu sêmen escorrendo pelo canto da boca, e os grandes olhos violetas lhe fitavam marejados.

Heero sentiu algo estranho no momento, mas mesmo assim achou extremamente excitante aquela visão, tanto que outra vez a necessidade e o desejo pulsaram dentro de si. Ele inclinou-se um pouco para baixo, sem em nenhum momento perder o contato com os olhos violetas, e correu levemente sua língua pelo traço de sêmen que escorria pelo canto da boca do garoto, fazendo com que limpasse o último resquício daquele ato.

Ele traçou com a língua o caminho que o levou até a boca entreaberta do garoto, onde delineou com a ponta, o contorno dos lábios que pareciam chamá-lo para um beijo, e quando viu os olhos violetas se fecharem mais uma vez, foi exatamente o que fez. Beijou o jovem de forma mais profunda, aproveitando a semi-abertura de seus lábios para deixar que sua língua deslizasse para dentro de sua boca. Explorou cada canto quente e perdeu-se quando encontrou a suave e úmida língua do garoto.

Como o garoto conseguia ser tão sensual e inocente ao mesmo tempo, Heero não sabia dizer. Só sabia que novamente estava excitado e ereto, e que precisava se aliviar, mas desta vez queria tudo.

- Levante-se. - ordenou apartando o beijo.

Com os olhos de quem estava saindo de um sonho, o garoto executou a ordem. Heero mais uma vez pôs-se a fitar o corpo nu bem próximo de si, notando logo a pequena ereção que começava a se formar no membro a sua frente.

Heero sorriu mentalmente, satisfeito em saber que seu beijo causara tal reação no garoto. Ele não resistiu e com uma das mãos colocadas na cintura, o trouxe ainda para mais perto, ficando cara a cara com as pélvis dele.

Heero lambeu o membro delicado do garoto, causando uma resposta imediata. Ele continuou a passar a língua, sentindo o órgão se endurecer mais e mais, até que o garoto deixou um gemido escapar de seus lábios. Heero também gostou daquele gemido baixo e rouco e quis escutar mais deles.

- Você já esteve com algum cliente antes, garoto?

Um pouco ofegante e zonzo, sentindo agora a mão do homem começar a masturba-lo lentamente, ele respondeu a verdade:

- Nunca… estive… com ninguém, senhor.

Mais uma vez o sorriso formou-se no canto dos lábios de Heero, confirmando que estivera certo desde o principio.

- Fique tranqüilo que vou ser cuidadoso com você e pagarei bem pela sua virgindade.

Heero se levantou e fez com que o garoto se deitasse na cama. Embriagado pela visão, ele retirou o resto das roupas que ainda cobriam seu corpo, notando o rubor que tomou conta da face do jovem.

Ele subiu na cama separando as pernas do garoto e colocando-se entre elas. Não queria esperar mais e, ao ver aquela pequena entrada, não se deteve em abrir o pacote de preservativo, que já tinha em mãos, e rola-la sobre seu membro protegendo-o assim. Com os dedos um pouco oleosos pelo lubrificante da camisinha, Heero tocou a entrada do garoto com a ponta do dedo, sentindo-o contrair-se instintivamente.

- Relaxe… você vai gostar.

O garoto tentou deixar o anus o mais relaxado possível ao toque estranho daquele homem e sentiu o dedo forçar passagem por seu anel.

Heero inseriu o primeiro dedo com cuidado e quando o afundou por inteiro, teve a plena noção do quão apertado era aquele orifício. Começou a massagear as paredes internas e assim inseriu um segundo e depois um terceiro dedo. A expressão no rosto do garoto parecia de agonia. Ele então começou a retirar os dedos e posicionou seu órgão pronto para invadi-lo, e assim o fez, lentamente, sentindo aqueles músculos envolverem sua ereção por completo. Começou a se mover em movimentos lentos e constantes, escutando o choro fraco do garoto, Heero abriu os olhos e constatou que ele tentava esconder o rosto com o braço, mas pelo que sentia, sabia que o ato deveria estar sendo doloroso para ele, mas não se importava.

Continuou investindo mais e mais profundamente contra o corpo que estava deitado na cama, e não demorou a escutar o choro cessar e ser substituído por suaves gemidos por entre uma respiração que se tornava ofegante. O garoto começava a sentir prazer no ato. Mais confiante ainda, Heero aumentou a freqüência de seus movimentos, bem como a intensidade. Ouvindo os gemidos roucos se elevarem, ele estendeu a mão e retirou o braço que tampava o rosto do garoto e o que viu só fez seu sexo latejar ainda mais.

Havia lágrimas nos olhos violetas, mas também havia prazer impresso no rosto corado, que parecia suplicar por mais. E foi quando encontrou a próstata do jovem, que arqueou as costas, soltando um grito de puro prazer. Heero tomou a ereção dele na mão e começou a masturba-lo, continuando com suas estocadas fortes contra aquele ponto sensível. Os gemidos se tornaram mais altos e não demorou mais do que um minuto para o gozo do rapaz fluir em fortes jatos. O clímax fez com que os músculos internos trincassem ao redor do membro de Heero, que liberou seu sêmen pela segunda vez aquela noite.

Foi um frenesi que quase fez com que saísse de si. Ele deixou que sua respiração se acalmasse junto com as batidas de seu coração, para assim olhar a figura deitada sobre a cama. Heero tinha que admira-lo de novo. O olhar pesado, a face suada, assim como o resto de seu corpo. O garoto era mesmo lindo.

Heero saiu daquela hipnose e finalmente fez seu membro deslizar para fora do canal apertado. Estava mais do que satisfeito e quando se voltou para tirar a camisinha, notou o sangue que manchava o látex. Certamente o atrito da primeira penetração ocasionara o sangramento.

Ele finalmente seguiu para o banheiro, onde retirou a camisinha e a jogou no lixo. Aproveitou para tomar um banho, sentindo-se extremamente revigorado. Depois de se enxugar, vestiu um dos roupões do motel e voltou para o quarto, onde percebeu que o garoto sucumbira ao sono e agora dormia com uma expressão tranqüila. Heero sorriu ante a figura que dormia nua, curvada numa posição fetal.

Por um momento Heero sentiu-se culpado, afinal tinha transado com um menor. Mas sabia também que se não tivesse sido ele, provavelmente outro estaria em seu lugar, que talvez não tivesse tanta consideração quanto a que ele tivera.

Aproximando-se da cama, ele puxou o edredom e cobriu o corpo do garoto, deitando-se a seu lado e permitindo que o sono o dominasse também.

Quando acordou pela manhã, Heero sentiu um peso reconfortante sobre seu coração e os eventos da noite anterior vieram-lhe a mente, trazendo um sorriso de satisfação a seus lábios. Seus olhos reconheceram o corpo que se aconchegava em seu peito e ao contorno de seu próprio corpo. O garoto que lhe propusera uma noite de prazer em troca de dinheiro, ainda dormia. Heero então olhou para o relógio de prata em seu pulso, constatando que tinha pouco tempo para voltar para casa, trocar de roupa e retornar para a empresa.

Ele cuidadosamente se desvencilhou do garoto e começou a se vestir. Quando já estava praticamente pronto, pegou em sua carteira um valor generoso em dinheiro e colocou dentro de um pequeno envelope, deixando-o em cima da mesinha ao lado da cama.

Heero terminou de colocar o paletó e voltado de costas para a cama, pegou seu celular e discou pedindo que seu chofer viesse lhe buscar. Dando um último olhar para o garoto adormecido, Heero hesitou em deixar o quarto, sem saber porque. Um pouco de peso na consciência talvez fosse o motivo, mas ele não podia ficar se martirizando pelo que fizera, não seria o primeiro e nem o último a pagar para ter sexo com um menor. E no final das contas, ele gostara e muito da noite que tivera.

Heero sentou-se na beira da cama e continuou a observar o garoto, que começou a demonstrar os primeiros sinais de que despertaria, se mexendo por entre os lençóis e aos poucos abrindo os olhos sonolentos, que logo se tornaram alertas quando percebeu ter noção de onde estava. Num sobressalto sentou-se na cama, para logo se deparar com os olhos azuis que o olhavam com curiosidade.

- Bom que tenha acordado.

Vendo que Heero já todo arrumado, o garoto levantou-se e procurou suas roupas no chão.

- Desculpe, eu dormi demais.

Heero quase pegou o garoto pelo braço e o jogou de volta na cama, quando viu o corpo nu que deixara a proteção dos lençóis, mas conteve seu ímpeto, agradando-se da imagem e seus contornos delicados e frágeis, que aos poucos eram cobertos pelas roupas surradas.

- Eu preciso ir embora, mas você não precisa ter pressa. - avisou tentando quebrar o nervosismo do garoto.

Os olhos violetas o encararam incertos, mas mesmo assim terminou de se vestir.

- Eu preciso mesmo ir também.

- Seu dinheiro está logo ali. -
disse apontando para o envelope na mesa.

O garoto já vestido, ajeitou o boné na cabeça, o ajustando do mesmo jeito com a aba para trás e se aproximou da mesinha, pegando acanhadamente o envelope que lhe fora apontado e olhando as cédulas que nele continham.

Heero não conseguiu conter o sorriso ao ver o olhar espantado do garoto. Suas reações eram divertidas e provavelmente aquela quantidade de dinheiro era bem mais do que tinha visto em toda a sua vida.

- Acredito que seja o suficiente pelo serviço.

As palavras fizeram o garoto apertar o envelope com mais força e uma sombra de tristeza passar por seu olhar. Heero percebeu e pensou que, provavelmente, ele sairia dali e logo estaria nas ruas de novo a procura de um novo cliente, que pagaria para usar seu corpo. Só de pensar no fato, causava desconforto em Heero.

- Qual o seu nome, garoto?

Confuso, ele o olhou, mas mesmo assim respondeu:

- Duo... Duo Maxwell.

Heero gostou do nome exótico do garoto, tão exótico quanto seus olhos violetas.

- Podemos fazer um acordo que seria tão vantajoso para você, quanto para mim

- Acordo? - repetiu Duo.

- Sim. - confirmou Heero. - Eu lhe pagaria bem, se em retorno você ficasse a minha disposição para qualquer hora e dia que eu lhe quisesse.

Duo ainda tentava processar as implicações da proposta que havia sido feita.

- Pense bem, garoto. Você não precisaria ficar se oferecendo a qualquer um pelas ruas e correr riscos desnecessários, pelo menos enquanto nosso acordo vigorasse.

Duo entendia. Era como se aquele homem quisesse exclusividade no corpo dele, e pagaria por isso durante um certo tempo. Ele sentia-se envergonhado, a verdade era que tinha motivos para ter procurado alguém para vender seu corpo na noite passada. Ele só precisava de uma quantidade de dinheiro para resolver um problema e a única maneira rápida que encontrara de consegui-lo, fora oferecer seu corpo a quem tivesse disposto a pagar. Ficara surpreso por receber muito mais do que pensava e necessitava. Mas aquela noite fora, de uma forma distorcida, importante para ele. Tinha se entregado pela primeira vez e aquele homem não poderia ser apagado, ou esquecido de suas lembranças. De certa forma, o japonês de belos olhos azuis tinha despertado estranhos sentimentos em seu intimo, principalmente porque naquela noite, pela primeira vez em sua vida, tinha se sentido protegido. O homem tinha uma aura que lhe inspirava isso: segurança. Ele nunca tivera a intenção de se tornar um prostituto, mas se para ter um pouco mais daquele sentimento, precisasse se transformar em um, ele assim o faria.

- Eu aceito o acordo.

Heero esboçou um leve sorriso. A idéia de manter o garoto para seu prazer pessoal a qualquer hora e dia em que quisesse o agradava, e muito. Lembrando vividamente o prazer que desfrutara através daquele corpo tão jovem, sabia que por um tempo teria bastante satisfação.
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