O Eclipse das Quatro Luas

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O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Luana C. Feither Sex 26 Ago 2011, 17:01

Oooooê, povênho que me ama. Aqui estou eu, de novo! Mas dessa vez não é uma fanfic... Quer dizer, é uma fanfic mas não é qualquer uma. Pra quem não sabe, eu tento escrever um livro. Eu tento, sabe. Se você tá pensando que esse aqui embaixo é meu livro, está enganado. Essa história acontece antes da história principal, mas é importante pra tudo o que vai acontecer depois. Bem, nos vemos lá embaixo [E nas imensas notas]. Espero que gostem.

♦ O Eclipse das Quatro Luas – Parte 1 - Família Bauer ♦
♦ Sistema Khól, distante da terra, ano de 1995.

Era noite.
Duas crianças corriam pelas ruas escuras, tentando fugir dos helicópteros que circulavam pelo céu que nunca teve estrelas. Eram irmãos, mesmo não aparentando ser, e seguravam a mão um do outro. Ambos tinham aquela mesma cicatriz no braço, uma homenagem ao deus mais poderoso cultuado pela sua família nobre. Yaweh. Não queriam se perder. Depois de horas correndo, chegavam a uma campina. O garoto, moreno, caiu de joelhos no chão, exausto.
— Temos de prosseguir, Axel. Faltam pouquíssimos minutos, provavelmente apenas dez. — a menina disse, retirando o capuz da cabeça e deixando seus cabelos loiros balançarem pelo vento do frio daquela desastrosa noite... A última noite.
— Estou cansado... — murmurou, e ele realmente parecia prestes a desmaiar, porém se levantou e olhou para o céu. — Suba em minhas costas, Anne. Em breve, Lídian não mais existirá! E pretendo fingir que nunca soube de sua existência.
A menina, Anne, obedeceu o irmão, e logo os dois adentraram em um bosque após a clareira, a toda velocidade. Axel possuía força e velocidade sobre-humana, e só parou ao se aproximarem de um guarda que rodeava o perímetro. Automaticamente, a menina desceu das costas do irmão que já não aparentava mais ter seus quatros anos. Agora, ele era adulto e usava uma roupa igual ao guarda que agora se aproximava cada vez mais dos dois. A irmã menor recolocou o capuz, que cobriu completamente seu rosto.
— Ei, o que estão fazendo? — o segurança perguntou, encarando-os. — Não deveriam estar aqui! SAIAM!
— Desculpe, Sr... — Anne sussurrou o nome do sentinela. — Rilian. Essa garota aqui estava tentando penetrar no terreno. O príncipe Atrus ordenou que qualquer Lidiano em tentativa de fuga deveria ser levado a ele.
— Sou Tenente Rilian. — a luz da lua iluminou parcialmente seu rosto e os irmãos puderam ver o semblante de raiva do servo do Rei. — E como tenente, eu estou acostumado a ver a família Bauer em ação.
Axel arfou e ficou tão nervoso que voltou ao corpo normal de um menino. Por uma segunda vez, a loira retirou o capuz. Ela fitou o tenente ergueu a mão direita, a raiva dominava os olhos azuis da garota e, de alguma forma, isso enfraqueceu Rilian. Os olhos do chefe do exército real embranqueceram e ele caiu no chão. Seu corpo tremulava e parecia estar vendo algo assustador, pois apontou para frente e arquejou. Encolheu-se, temeroso e não mais respirou.
— Acostumado a ver a família Bauer em ação, mas não preparado para isso, querido. — ela abaixou a mão, voltando a ser uma garota aparentemente inofensiva.
— Você não deveria ter usado seus poderes, irmã. Já chamou a atenção das outras sentinelas, devemos ir rápido. — Axel repreendeu-a, mesmo que um pouco agradecido pela caçula ter salvo sua vida. Ele segurou a mão dela e juntos voltaram a correr.
Aos poucos, o bosque ficou mais escuro. A lua já não emitia mais brilho, era como se ela tivesse desaparecido. Os irmãos já esperavam por isso, afinal era uma noite especial e toda força da lua era usada para os fins do Rei e de seu maldoso príncipe. Antes de chegarem ao destino desejado, um clarão vermelho inundou o céu azul escuro. Começara o evento mais esperado de cada cinco anos. O eclipse total dos quatro. É quando a lua emite tanto brilho e poder gerado pelos deuses que cria uma ilusão e ao olhar para o céu, é possível ver quatro luas diferentes, mas com a mesma aura vermelha ao redor. Minguante, cheia, nova e crescente. Quando esse evento acontece, um planeta privilegiado consegue poder para criar as mais poderosas invenções. E era isso que estava acontecendo essa noite. Se o planeta fosse visto de outro ângulo, parecia estar no centro dessas quatro luas.
Lídian nunca fora privilegiada com esse poder, até aquela noite que todos do planeta reconheciam como o Armageddon. A família real abriria o portal, anteriormente criado pelo desaparecido, e declarado como morto, Giptos Natzar. Ninguém sabia para onde levaria, mas o Príncipe Atrus Gallahan afirmara que era para um lugar melhor, e todos sabiam que o tal homem tinha uma forte conexão com os deuses, principalmente com a Yaweh. Era o que diziam, claro. Os magos do templo anunciaram que dentro de poucos dias tudo seria destruído. Isso deixou toda a população em pânico, principalmente aqueles que não estavam na lista do portal. [N/A: Sabe aquele filme, 2012? Era mais ou menos isso que estava acontecendo. O príncipe, que influenciava muito bem seu irmão, havia feito uma listinha que dizia quem poderia ir para o novo mundo do portal, ele não escolhera os mais ricos. E sim as pessoas inofensivas, com poderes fracos. Obviamente, os irmãos Bauer são tão poderosos que não tiveram seu nome na listinha, assim como ninguém da poderosa família. Eles estão tentando sobreviver! E essa nota ficou enorme.]
A jovem Anne olhou para cima enquanto corria, tentando ver o fenômeno natural. Mas sentiu que estava chegando perto do local desejado e voltou a prestar atenção na sua frente, não largou a mão do irmão em nenhum segundo e ele tentava puxá-la cada vez mais forte.
Quatro minutos.
Barulhos foram ouvidos, pessoas desesperadas adentravam em um buraco negro. Não havia guardas rodeando o perímetro da clareira das margaridas. Era algo estranho e por isso Axel olhou para sua irmã, confuso. Ela sorriu como se acabasse de ganhar o irmão um jogo de xadrez.
— Eu não usei meus poderes para salvar sua vida, Ax. — Anne olhou para o irmão, segurando um riso vitorioso. — Usei para chamar a atenção dos Kholüys que estavam vigiando o portal. Xeque-mate. [N/A: Nha, podem dizer. Ela é diva igual a minha gêmea, né? Cof. –q]
Eles sorriram um ao outro e voltaram a verificar as pessoas que conseguiam se salvar da destruição do planeta. Por último, no canto do local, estava a família real. Na verdade, eles nem poderiam chamar aquilo de família. Era apenas o rei, Arthur, e seu irmão Atrus. Os pais haviam sido assassinados seis anos antes por alguém, ou algo, desconhecido. Até hoje os irmãos queriam vingança, ao menos Arthur queria. Ele mal sabia que o assassino estava ao seu lado, brincando de ser príncipe e controlar o rei. Por fim, os últimos Lidianos adentraram no portal. Estes eram Joel e Marie Opktos. Joel segurava seu filho mais velho, Andrew, no colo. Sua esposa estava grávida de 8 meses e uma menina, que já estava batizada de Ashley [N/A: Ninguém vai saber em quem eu me inspirei para escrever essa personagem,lalala. –q (Nota sobre a nota: Eu tenho que parar de escrever notas, ta atrapalhando.)], logo nasceria em um novo mundo, talvez melhor. Assim que seus corpos desapareceram no portal, os irmãos Bauer decidiram que era a hora de correr. Era o momento perfeito, a família real se despediria do planeta antes de partir e eles correriam para fugir no buraco escuro. Infelizmente, eles foram segurados e não puderam prosseguir no plano. Anne estremeceu e na primeira vez que ela demonstrara medo durante aquela longa e terrível noite foi em vão. Uma mulher, com os mesmos olhos da menina, flutuava há poucos centímetros do chão. Axel arfou, se afastando dela.
— Mãe, o que você faz aqui? — o primogênito perguntou, sorrindo.
— Eu não deixaria meus bebês ficarem a mercê de Atrus sozinhos. — ela beijou o topo da cabeça de Anne que sorria como seu irmão agora. — Não devemos ir agora. Os Kholüys voltaram ao posto, mas foi uma boa idéia despistá-los por alguns segundos. Atrus e Arthur entrarão no portal em poucos segundos, os Kholüys serão os últimos e Rilian deveria selar o portão para sempre, entretanto vocês já cuidaram dele. O buraco negro vai se fechar em cinco minutos, é o tempo que temos. Sem o tenente, ele vai poder fechar-se sozinho nessa minúscula parcela de tempo.
A mãe, Stella, deu uma piscadela para os garotos e voltou a prestar atenção na família real que já andava até o portal. O rei retirou a coroa assim que o príncipe mergulhou naquele buraco negro. Enfim, só restaram os servos do rei que logo também adentraram no portal. Não havia mais ninguém ao redor da clareira, aparentemente, então a família Bauer correu para o portal. Era uma fuga fácil,sempre fora, e Stella começara a achar que estava fácil demais como se quisessem que alguém conseguisse fugir. Ela estava enganada, mas essa desconfiança ficou em sua cabeça até o fim. A mãe empurrou Anne e Axel para o portal e por fim pulou no mesmo. Eles tentavam ser feliz e sobreviver.
Infelizmente, para os irmãos, depois desse dia as coisas só pioraram.


E aí, curtiram a história dos irmãos Bauer? Eu sei que não escrevo muito bem, mas eu to tentando. A grande maioria dos meus personagens é inspirada em meus amigos, principalmente meus amigos daqui. Então sem você viu seu nome, em uma das histórias da fuga, talvez seja inspirado em você. Tipo: A Anne = Gêmea. Axel = Renan. Ashley [Que nem tinha nascido, mas vai ser importante depois] é a minha sobrinha favorita. Andrew é inspirado no meu amigo Marcos, que aqui é o Kurt de Héstia. A Stella eu criei pensando na Hera daqui do fórum, que muitos nem conhecem, mas foi muito importante para mim e é uma pena que ela não pode ter filhos pois seria a minha mãe. Acho que só. Dessa história, é só. Enfim, comentem!
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por 144-ExStaff Sex 26 Ago 2011, 17:17

AMEI AMEI AMEI *-*

MAIS MAIS MAIS *-*
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Tsunayoshi Sawada Sex 26 Ago 2011, 17:18

posta mais amei
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Maxuel Shield Sex 26 Ago 2011, 17:24

Amei Luh!!!
Posta mais *---*

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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Elizabeth J. Stonem Sex 26 Ago 2011, 17:26

OMG! ESSA ANNE É TÃÃÃÃO DIVA, NÉ? *----* Será por que? qq
Gêmea, suas fics sempre me seguram do começo ao fim, sem me deixar parar de ler. Eu ameeeeeei demais, sério mesmo.

Minha nenénzinha vai ser poderosa, ownt. *-*

Enfim, posta mais pelo amor dos deuses, eu quero ler o primeiro capítulo.

PERFEITO PERFEITO PERFEITO! *OOOOO*
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Luana C. Feither Sáb 27 Ago 2011, 15:34

Eaê, povênho. AGORA SIM, é o meu livro. O primeiro capitulo, prontinho e completo. Eu não ia postar, mas como meu irmãozinho querido ficou deprimido ao ver que O Eclipse das Quatro Luas era só uma fanfic, vou postar pra me redimir com ele. Enfim, eu espeeero realmente que gostem! Lembrando que eu passei 14 meses só pra deixar esse capitulo perfeito, cof. -q

~ O Lobo ~
~≈†≈~


Por que não consegues ver? Por que estás cega? A escuridão está sobre todos nós, então pare de se entregar a ela confundindo-a com a luz.
Para de buscar a felicidade em lugares, em alguém. A felicidade está junto a ti, e é você mesmo quem a faz.
A solidão e tristeza são um lobo. Sempre estará esperando que o medo te invada, e esquece de que você tem algo para acabar com ele. O lobo está aqui.
Quando tudo estiver na escuridão e você se perder, retorne ao início para achar a luz, seus amigos estarão lá e eles serão seu guia.
Consegues ver a Luz? Ela está lá com eles. A luz são seus amigos. Eles estão longe? Isso é só físico. Ainda os tem no coração, assim como eles tem a você.
Escolha a Luz e deixe-me ser ela para você. Uma última vez.

Thomas Giumardino |~| Willian Gallahan


— 1 —
Irmão contra Irmão



Ashtowl, Ihbrid. Novembro, 1997.
Era fim de tarde e Atrus descansava em sua poltrona, esperando as notícias vindas do exército real. Hoje, completava exatamente um ano que estivera caçando seu irmão e ex-servo, a quem ele julgara estar morto. Antigamente, os irmãos Gallahan eram conhecidos como inseparáveis e melhores amigos. No entanto, isso fora antes da destruição de Lídian e a quase extinção dos Nýxels. O trono da realeza fora entregue a Arthur, seu irmão mais velho, e ele cuidaria do cargo que Atrus julgava ser dele por direito. O fato é que o irmão caçula havia descoberto que o primogênito não era filho de Iliédus Gallahan, mas sim de seu amigo Giptos Natzar.
Ele não pudera fazer nada e seu irmão governara por seis invernos, dos quinze aos vinte e um anos. Todos afirmavam que era um bom rei e o mesmo nunca precisara de conselheiros, ou até mesmo de uma rainha. E por muito tempo Atrus fora apenas um príncipe que estava sempre às ordens do rei, as sombras de Arthur que recebia toda glória que deveria ser do irmão. Isso não durara muito tempo. O mais novo guardava um segredo, um portal que levaria um número indeterminado de Lidíanos para um novo mundo onde ele poderia derrotar o irmão e se tornar o dono de todos. É claro, não soubera de nada desde que mandara seu tio Natzar para a tal nova dimensão, e já pensara que o pobre homem morrera, todavia o poder chamava sua atenção e ele faria de tudo para conseguir.
O plano de Atrus dera certo e ele se livrara do irmão, jogando o mesmo no mar perto do castelo, nos primeiros meses de posse da dimensão. E era nisso que o velho rei estava pensando, de certa forma, na sala do trono.
A porta se abriu com força e o general do exercito passou por ela. A cabeça tombou para um lado ao ver a expressão feliz de seu mestre. O general endireitou sua coluna, ao receber um olhar indagador do mestre, e anunciou em uma voz alta, grave e solene.
— Vossa majestade, o exército encontrou o esconderijo de Arthur Gallahan e...
— Belfort. — corrigiu o rei — Arthur Belfort. Meu irmão nunca foi um Gallahan e morrerá com o nome que se apresentou em meu reino.
— Como quiser, mestre. — ele revirou os olhos sem que o monarca percebesse, engolindo em seco seguidamente — As tropas estão prontas para atacar. Estão postadas na frente do esconderijo, do outro lado da dimensão. Não podemos atacar sem sair de Ashtowl, e o bosque das Ruínas está denso demais para atravessar.
O tempo parou e o soldado da tropa sentiu seu corpo paralisar. Atrus se levantou do trono e postou-se a frente do servo. Seu sorriso havia desaparecido e agora o semblante do rei era de ódio. Os olhos estavam negros, e o homem quase não mais parecia o mesmo. Um colar preso ao seu pescoço brilhou tanto que ofuscaria a vista de qualquer pessoa.
— Você nunca mais irá me tratar dessa forma, General Joel. — Atrus falou. — E nunca mais irá me fornecer uma pista falsa, agente-duplo.
Ele deu uma última olhada no ex-general e saiu da sala real, apenas parando a frente dos guardas na portaria do reino.
— Há um agente-duplo em meu gabinete, mate-o. E ao encontrarem os filhos, os joguem no rio. Quantos anos os fedelhos tem? Sete ou dois? Hum, nada cedo para morrer — O rei disse friamente. — Hum... A garota, Aerith, não a matem. Ela é forte e tem um sangue nobre e puro. Embora não possa dizer o mesmo dos outros.
Ele ergueu a sobrancelha para o portão do castelo, a tropa o aguardava com sede de sangue. Principalmente o sangue do irmão mal. Sempre escondera o segredo de Stella e não era agora que iria desonrá-la, mesmo ela feito o ato anteriormente. Ninguém saberia que Aerith Opktos era sua filha de corpo.
— Onde está Lionel? — perguntou ele a seu novo tenente — Quero meu filho junto a mim enquanto destruo aquele que desonrou meu pai.
— Já está com os arqueiros, meu senhor. — o servo informou. — Lorde Tenma o aguarda para comemorar a vitória no Lago Novellhy, ele mandou aquele ser impuro e demoníaco como informante. A rainha Stella o aguardará para a vitória.
— O Iesúh? Entendo... — concordou então, virando-se para os guardas novamente. — O que estão esperando? Matem Joel Opktos imediatamente, seus insignificantes.
Os guardas de sentinela se entreolharam rapidamente, e correram para a sala do trono. Atrus deu um último sorriso e saiu do castelo a procura de seu irmão mais velho. Um cavalo branco o esperava após a ponte de madeira, que ligava o castelo ao vilarejo de Ashtowl. O animal relinchou ao receber o peso do nobre rei, mas logo se calou e postou a correr quando sentiu a dor do chicoteado feito por Atrus. O sol quase não esquentava e iluminava naquele dia nublado, de modo que uma leve névoa caia sobre todos os vilarejos vizinhos além de Ashtowl. O vento ricocheteava o curto cabelo do monarca enquanto o meso se movia velozmente por entre o Bosque das Ruínas, onde meses antes seus pais haviam travado uma batalha entre os antigos habitantes de Ihbrid para o poder da dimensão. Sempre que possível, Atrus tentava recordar cada segundo daquele dia de conquista. Como eles haviam usado os irmãos Bauer, crianças fugitivas que tentavam sobreviver naquele novo mundo, para dominar os seres comuns que ali viviam. E como aquela doce menina havia salvo sua família ao conceder o controle da dimensão ao rei Arthur, seu irmão mais velho bastardo.
Ninguém sabia que, naquela época príncipe, Atrus havia tido uma paixão platônica pela garota antes de ser dominado pela escuridão completamente. Todavia, esse segredo estava confinado no coração do homem, que agora já era muito mais velho. Agora, era um rei que calvagava em busca de seu maior ato de vitória pelo bosque silencioso. Algumas poucas folhas caiam quando o raivoso vento as sacudia nos fracos galhos das arvores frias. Há alguns metros, outros cavaleiros do rei tentavam acompanhá-lo ao destino programado, porém mantinham distância do seu mestre. Aos poucos, os galhos foram diminuindo de volume e eles adentraram em uma clareira.
Aquilo poderia ser um bom lugar para acampar em uma noite estrelada onde casais procurariam constelações desconhecidas para nomeá-las, todavia, hoje, era só um acampamento de guerra. Soldados estavam amontoados na campina em volta de um casebre no meio desta. Parecia inofensiva, mas todos estavam com medo de se aproximar.
Por fim, Atrus desceu do cavalo branco e foi até um menino que brincava com um arco de madeira. Não parecia ter mais de quatro anos, porém ninguém se incomodava com o fato de que ele portava um perigoso objeto. O menino foi acariciado na cabeça pelo pai antes de tentar se posicionar como um dos militares, batendo continência ao ver um dos tenentes de seu pai.
— Estamos prontos para atacar, majestade. Ao seu comando. — o tenente disse fazendo o mesmo movimento do pequeno ao seu lado.
O monarca agachou-se até estar à altura dos olhos de seu filho. O progenitor arrumou as correias da armadura de seu filho e, naquele único momento, o brilho negro sumiu dos olhos junto com qualquer aura escura e maléfica aquele poderoso homem. Por um momento, o garoto – Denominado, Leon – sentiu algo familiar que nunca havia presenciado no lado paterno e estremeceu. Aquilo nunca mais voltaria a acontecer.
— O que houve, pai? — perguntou, largando o arco ao chão e apoiando suas mãos ao ombro do ser mais velho.
— Filho, aconteça o que acontecer aqui, nunca se esqueça que a família sempre será o que te resta se tudo acabar. Você me entende, Leo? — o olhar superior havia sumido e o medo cegou-o por alguns segundos. — Não fique sozinho. O lobo está à espreita.
Aquilo soou com um aviso, uma precaução que ele dava contra si mesmo. Ele deu umas batidinhas carinhosas na bochecha do menor antes de se levantar e voltar-se para um garoto pouco mais velho, que corria até ele. O semblante de Axel Bauer era de seriedade, algo que não habitava o rosto do filho da rainha com freqüência. Ele retirou o elmo de batalha, revelando seu cabelo em corte militar e uma cicatriz leve no rosto bronzeado. Embora fosse um dos soldados de Atrus, não usava uma das armaduras de bronze pertencente ao Exército Real e sim roupas comuns de tecido verde e óculos escuros. O moreno fez uma brevíssima reverência respeitosa ao rei e bateu continência enquanto o seu padastro o cumprimentava com um cordial aceno de cabeça.
— Lorde, a barreira foi queimada. — anunciou triunfante. — Anne e eu aguardamos mais instruções.
— Certo, Axel. E minha rainha?
— A mã... — ele se interrompeu antes de pronunciar “mãe” e se pôs a olhar para os pés, envergonhado. Certa vez, fora repreendido por se referir à esposa do rei como sua mãe, mesmo que ela possuísse tal cargo. Os irmãos Bauer não sabiam por que era errado, todavia respeitavam aquela regra.
— A rainha Stella o espera no lago Novellhy junto ao Lorde Tenma. — uma garota chegou e postou-se ao lado de Axel, repetindo a anterior referência do irmão ao rei. Diferente do irmão, não usava uma armadura, mas sim um vestido pouco longo com um tecido nobre. — Estamos ao seu comando, meu lorde.
— Muito bem, Anne. A propósito, ensine as regras ao seu irmão novamente. — os olhos de Atrus cintilaram e ele foi até o seu tenente mais próximo e anunciou que deveriam começar.
Axel ajudou Leon a se levantar e o levou para o centro de comando, há alguns metros dali. Anne parou ao lado de um garoto alguns anos mais velhos, mas tão inteligente como alguém de trinta anos. Ela segurou a mão do mesmo e ele não sentira a presença da mesma até sentir o toque. Piscou, atônito e balançou a cabeça, lançando a ela um olhar que só eles dois compreendiam.
— Eu quero ir, Stephen. — teimou a pequena loira, ela tinha uma mentalidade muito superior a sua idade. — Não vou ficar aqui sem você.
Stephen era alto e meio magro, seu cabelo era grande e uma mecha sempre cobria o seu olho azul direito. Mesmo não aparentando, ele era o melhor estrategista do exército real. Virou-se para encarar a garota que ele amava e levantou as mãos unidas deles. Ele se vestia idêntico a Renan. Ele beijou a bochecha de Anne pela última vez e tentou sorrir.
— Fique com Axel, vou voltar. Eu prometo. — Stephen disse, se afastando e adentrando mais a fundo no Bosque das Ruínas.
Ela não poderia ficar parada ali, vendo o menino ir embora. Então correu até ele, entretanto logo que adentrou no bosque e chegou perto do amado, foi segurada por um braço extremamente forte. Outro garoto estava ali, impedindo-a de prosseguir. Stephen parou e virou para agradecer o colega pela ajuda.
— Quê? Me larga! Eu quero ir com o Steph. — Anne não berrava, mas seu tom de voz era furioso. O garoto bufou sem largá-la, era muito mais forte que ela. — Charles Belfort! Largue-me agora, garoto fada!
Ela tentou usar seus poderes nele, porém foi em vão. As origens de Charles eram tão fortes que muitos dos poderes não faziam efeito. Ele era o tipo de garoto que poderia ser considerado um valentão na escola, pois era bem forte para sua idade e bem alto. Com dez anos de idade, já era rápido que muita gente mais velha. Usava camisa quadriculada e jeans, bem simples e diferente dos trajes que as pessoas de uma vila próxima usavam. O “garoto fada” costumava dizer que os outros estavam em uma era medieval. Por fim, Axel, que esteve ali vigiando todo o tempo com Leon, construiu uma barreira digital envolta de sua irmã e o amigo que a segurava. Anne estava tão agitada que mal conseguia controlar seus poderes contra o irmão. E mesmo que ela tentasse, seria tarde demais pois Stephen já sumira bosque adentro.
— Acalme-se, histérica. — ordenou Charles. — Ele já foi.
Ao fim das palavras dele, a barreira foi quebrada e a loira caiu no chão, chorando. Axel balançou a cabeça e se aproximou da irmã, todavia a mesma repeliu qualquer contato e correu para o centro de comando da batalha. Ambos os garotos suspiraram e se encararam.
— Obrigado pela ajuda, grande amigo. — sorriu o primogênito dos Bauer e apoiou sua mão no ombro do colega. — Agora, eu cuido aqui. E, Chuck, corre... O que vai acontecer aqui vai ser perigoso para qualquer um de nós.
— Não me agradeça, amigo. Eu não a deixaria ir, você sabe o motivo. — Charles abaixou a cabeça, fitando os próprios pés antes de mudar o assunto — Minha irmã está lá, não é? Ela está com Arthur.
Era uma pergunta retórica, porém mesmo assim Axel respondeu com um aceno de cabeça. A irmã do menino era casada com o ex-rei, aquele que era caçado por toda a dimensão por Atrus. E, hoje, finalmente acharam-no. Pela primeira vez, Leon se manifestou revelando o bobo menino que era. Sorriu para os dois e segurou as mãos deles.
— Vem, Chuck. Papai vai explodir coisas, vamos para o centro de comando assistir. — talvez ele pensasse que qualquer ato do pai era bom.
O irmão de Helena Belfort negou com a cabeça e mirou a velha casa no centro da clareira antes de pular pelas árvores do bosque. Não, ele não estava pulando. Estava voando. Meio incomum para pessoas normais, mas todos que viram aquela cena não se admiraram, muito menos os Kholüys que logo transportaram magicamente o filho e o afilhado do rei. Então um barulho ensurdecedor foi ouvido por toda Ashtowl junto com a alta risada de Atrus e em seguida, minutos depois, um grito de frustração e raiva.
Foi quando todo o plano começara a dar errado. E em um lago, distante dali, um homem obscuro bateu palma ao ver tudo o que acontecera... E prever o que logo aconteceria. Em uma árvore qualquer, ele assistia um casal chegar ao sudeste extremo do Bosque das Ruínas, segurando seu casal de gêmeos que por algum motivo choravam enquanto duas cicatrizes nasciam em seus braços. Os pais nunca perceberam que a cicatriz da menina era a mais dolorosa e maior. Foi um erro.


AÊÊÊ! Povinho. Lista de inspiração do capitulo, fora os personagens citados antes. Aerith Opktos= Cadê aquela sumida? É, é a Jade West, sabe. Ela nem vai ler, acho, quase não apareçe aqui. Bem, whatever, prosseguimos. Anh, os irmãos dela eu já falei... E agora. Charles = Belfort = Cara, tá óbvio, né? É o mano, dãh! O chatinho que é uma faada, ai que lindo. E, eu juro que a relação de "Amigo" entre Axel e Charles foi antes de ver aquilo no chat com o Renan e o Chato! Sério, deu até medo. Leon = É o primeiro personagem que eu não me inspiro em um amigo. Eu criei ele baseado no meu irmão em off, sabe. Ele nem sabe disso, graças a Deus, e se soubesse nem ligaria. Stephen [Que eu nem criei o sobrenome, ainda!] é o meu querido velho que mora no asilo da esquina: Stephen Trompéur. Acho que se escreve assim, eu só sei que ele é um velho deliquente. Enfim, acho que é só... Cof, necessito de comentários.
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Maxuel Shield Sáb 27 Ago 2011, 16:00

Tá muito bom Luh *O*
MAISSSSSSSSS!!!!
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Aled Lynch Sáb 27 Ago 2011, 16:02

Adooooooooooooooro, irmãzinha... <3
Continue amiga, ainda leremos muitos livros seus, pode ter certeza e esperança. Beijo...
AAAAAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHH, mas é diva demais...
E adorei meu nome "Andrew", chique demais...
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por 144-ExStaff Sáb 27 Ago 2011, 16:04

Carente precisando de Comentários, é? COF COF -q

Enfim, devia não comentar pra ganhar pantufada, né, mas vamos lá >.<

TÁ MUITO DIVO ESSE TEU LIVRO, LUH *O*

Continua postando que eu quero ver o futuro (-q) dessa história que logo se tornará um livro e eu vou poder falar "Eu li por primeiro e conheço a autora u.u" -Q

Mais mais mais :festeja:
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Elizabeth J. Stonem Sáb 27 Ago 2011, 16:22

OMG, QUE PERFEITO! *---*
Stephen... É, não vou comentar. hm
E o Charles, own, ele é liiiindo. *---*
Vou falar de novo, essa Anne é diva demais e o irmã dela então? Perfeito.

MAAAAAAAAAAAIS! MAAAAAAAAAIS! MAAAAAAAAAIS!
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Dave L. Bradford Sáb 27 Ago 2011, 16:27

Por enquanto eu só li o Piloto e já estou apaixonado.
A essência da história é muito boa. A adrenalina do começo da estória é fascinante. As personagens então, eu fiquei com vontade de abraçar (mas a sensação muda depois de ver os irmãos 'em ação'), kkkk.

"Acostumado a ver a família Bauer em ação, mas não preparado para isso, querido." - Esse é o poder dos Bauer! kkkk
Essa foi minha parte favorita, que mostra o poder atrás da meiga garota.

O bosque escuro... ADORO LUGARES ESCUROS. A lua perdendo o brilho dá aquela sensação de 'CORRE, RÁPIDO', é ótimo.
As quatro luas são geniais, adorei. E o príncipe... Se tivéssemos políticos como ele na Terra, nossa, realmente, seria perfeito...

Tembém quero que você se inspire em mim para um personagem, COF. É, Luhzinha, sua gêmea é diva mesmo. Amei esse capítulo e a estória também. Logo lerei o 2°e comentarei novamente. Continue assim o/
Dave L. Bradford
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por 007 - ExStaff Sáb 27 Ago 2011, 16:35

AAAAAAAAAAAAAAAAAH QUE PERFO! EU SEMPRE QUIS LER E JÁ ERA FÃ!
E não sei por que mais o Charles me seduz! -Q
E o Axel é o máximo, O Renan deve tá muito orgulhoso! -q
AMEI!
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Luana C. Feither Sáb 27 Ago 2011, 17:01

É, eu sou uma autora muito carente que precisa de comentários, sabe? Cof. -q
Tio Hermes, se você não comentasse, não ia ganhar pantufada. Ia levar flechadas mesmo. E, cara, todos que lêem esse livro dizem a mesma coisa. EU VOU DESMENTIR E DIZER QUE NÃO CONHEÇO VOCÊ, 1BJ! -NNNNNNNNN
Nhaaa, Gêmea. A sua opnião importa muuuuuito pra mim, obrigada. E, eu sabia que você nem ia comentar nisso. Enfim, pare de chamar o Chuck de lindo, por que ele é chaaaato e feio. [/IrmãChataMaisVelhaMode:Off]
Eeeeita, Hadez, não abraça a Anne não ou ela te faz ter pesadelos até morrer [Foi o que ela fez com o Rilian]. E eu sempre falei isso: Os irmãos Bauer não são os protagonistas da história, mas sem dúvida são mais poderosos que qualquer um. Meus personagens são seeempre baseados nos meus amigos, você não ficaria de fora. E eu tô planejando colocar a fuga dos Bauer como prólogo do Livro, porém não tenho certeza. Obrigado pela opnião, você é o meu 'mestre da escrita' e o que você diz vale muito pra mim.
AAAAH, PAI! CÊ LEU! MEU PAI LEU GENTE! -Q
Pai, o Charles seduz a todos. Se você lesse todo o livro, iria ver que 90% das garotas de Ashtowl são apaixonadas por ele. Mas, é claro, ele só tem olhos para a loira histérica que nem dá bola pra ele. Como pode? -q
Espero que o Renan esteja orgulhoso mesmo. *O*

Enfiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiim, como todo mundo perguntou. Não vai ter mais. Pelo menos, não do livro original. Ainda vou postar as histórias pré-livro, mas o Livro em si não. Acho que só a Bárbara leu o livro em si antes. Enfim. Obrigado porcomentarem. EM breve, postarei a parte dois de O Eclipse das 4 Luas e um pouco mais sobre os personagens.
õ/
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Chuck C. J. Evans Sáb 27 Ago 2011, 22:06

Eu li todo feliz e quando fui ver os comentários, PUF! Meu sonho acabou e você me decepcionou de novo, Lulu..
Agora vai ter que me dar um exemplar do livro escrito a mão e vai ter que dedicá-lo a mim também
morrendo de inveja da Bárbie
Deuses... que seduzente esse Axel, né? É por isso que ele é meu "Amigo" -q
Cof..Não devo comentar que odeio o Stephen e esse apelido ridículo, não é? Eu aguento minha irmã em off me chamando de Max Steel, mas...GAROTO FADA? Ò___Ó
Mas enfim...Me invejem mortais, eu sou forte e sei voar *u*

Posta logo esse tal de pré-livro Projeto de Flor *--*
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Luana C. Feither Sex 20 Jan 2012, 03:10

— 1 —
~ A Profecia ~



O sol despontava lentamente no horizonte fazendo o céu livrar-se da escuridão noturna que tanto amedrontara aquela madrugada. Aos poucos, as pessoas despertavam de seu mínimo sono e espreguiçavam-se como uma preparação para as atividades matinais. Hoje não haveria aula em nenhuma escola, então as crianças ainda se enroscavam em seus cobertores sem nenhuma pressa de acordar. Bastou cinco minutos para o centro mundial estar lotado de pessoas murmurando sem parar de olhar o céu. Bem, é necessário informar que essa história se passa em um planeta chamado Lídian, afastado do sistema solar da Terra, um dos poucos planetas em que havia probabilidade de existência humana. Porém, ali não existiam simples humanos, e sim seres de diferentes tipos que, embora pareçam muito com os habitantes da Terra, tinham poderes além dos terrenos.

Lídian abriga cerca de três bilhões de pessoas especiais. É um planeta devasto com áreas ainda inabitadas e não descobertas. As pessoas não costumam aventurarem-se fora da bolha de proteção do rei, ou de um dos príncipes regentes dos únicos cinco países. Iliédus Gallahan é o monarca absolutista dominante em Lídian, ninguém contrariava suas decisões e ele tinha poder máximo sobre os príncipes regentes, os cinco filhos de seu melhor amigo, Giptus Natzar. O rei é casado com Alanis Beaucoup, anteriormente uma camponesa telecinética que habitava um país do extremo sul, controlado pelo príncipe Linux. Eles tinham dois filhos, e estes eram Arthur e Atrus, respectivamente primogênito e caçula. E um deles poderia sofrer a maldição da família paterna. Mas estamos fazendo um desvio do assunto principal.

Na noite passada, ocorreu o fenômeno mais esperado da década. A cada dez anos, um planeta é escolhido pelos deuses, segundo a lenda, para receber o poder total sobre tudo e todos. Infelizmente, este poder as vezes é demais para o tal planeta e ele acaba sendo destruído no processo. Tais divindades não se incomodam com isso então prosseguem com seu ritual atrás daquele planeta que poderá a vir ser o mais poderoso entre todos. O tal evento é chamado de Eclipse do Quarteto Lunar, ou simplesmente Eclipse das Quatro Luas, onde cada fase lunar rodeia o planeta e dá a impressão de ter quatro luas distintas. Nova, cheia, minguante e nova. E era isso que havia acontecido ao planeta vizinho, Mistrhuel. Cerca de uma hora da manhã, puderam ver os pedaços do planeta vagando pelo espaço sem propósito, e nenhum vinha na direção de Lídian até agora. Todos estavam aliviados.

Todos, menos o príncipe menor.

No templo dos únicos magos existentes, os anciões, uma discussão fora lançada contra o rei. O monarca havia criado uma lei, a pedido de seu filho menor, que bania todos os magos de frequentarem qualquer lugar fora de seus domínios, que se resumia somente ao templo. Só a menção da lei, os anciões explodiram ao imaginar que nunca mais pisariam em solo firme outra vez. O templo dos magos fica à vinte metros de altura, flutuando no céu e sua única conexão com a Lídian terrestre é com um elevador de madeira. Na sala de comando, no topo do templo piramidal, o rei Iliédus tentava calmamente ouvir todos os berros dos portadores da magia. A família Whirpool, herdeiros dessa poderosa habilidade, não costumava ser amistosa quando se tratava de si mesmo.

Cadeiras eram jogadas e repuxadas contra a mesa quando um dos anciões levantava-se para argumentar contra o monarca. Quando algum objeto era jogado contra a parede do piramidião, sumia automaticamente para não sofrer um estrondo maior. Por fim, depois de horas, eles se acalmaram e o líder, Góidley Whirpool, pode finalmente falar diretamente com o rei.

— Não admitimos essa falta de lealdade aqui, Iliédus. Como acha que pode nos prender em nosso próprio lar? — ele ergueu uma das sobrancelhas, arrumando o sobretudo em seu corpo.

— Falta de lealdade? Estou fazendo isso para o bem de vocês. Continuar descendo a Lídian é muito perigoso, Góidley! Vocês são de extrema importância e não podem se arriscar desse jeito. — argumentou o poderoso Iliédus.

— Então você crê que nós acreditaremos que está fazendo isso para nos proteger, Gallahan? — o mais sombrio entre os anciões indagou, cruzando os dedos e encarando a majestade severamente. Com certeza, era o mais perverso da família.

— Sim, e estou, Sebastian. — confirmou o rei, acenando com a cabeça. — Não desejaria nenhum mal a vocês, caros amigos.

O outro deu um soco forte na mesa, indignado com o cinismo de Lorde Iliédus, e estava prestes a voar contra o rei quando a porta se abriu e uma mulher adentrou no local fazendo tudo ficar mais calmo. Ela era bonita, certamente, e serena. Tinha cabelos castanhos ondulados e a pele branca, mas não chegava a ser pálida. Seu nome era Luz, a única maga do templo. Ou bruxa, como todos a chamavam. Nem Iliédus conseguia resistir aos seus encantos e a admirava com certa luxúria no olhar. Sebastian olhava-a de uma maneira diferente, e ela correspondia, era amor. Embora ela fosse mulher do outro, eles se amavam. Luz sentou-se ao lado do marido, cruzando as pernas e colocando sua mão sobre a de seu pai Góidley.

— Vossa Majestade, depois de eu pensar infinitamente sobre sua lei, decidi ao lado de meu pai lutar contra sua monarquia. Se quiser realmente ser amigo dos Whirpool, aconselho que não prenda-os a sua própria casa. Não sei se percebes, mas o templo sagrado fica fora dos domínios de qualquer país que esteja em seu controle. Não seremos controlados por você. Nós submetemo-nos apenas a deusa do céu, Aerith, que nos salva em seu domínio. — ela deu uma pausa para deixar escapar um longo suspiro. — O ar.

A bruxa deixou um sorriso sútil perpassar pelos seus lábios e mirou Sebastian, o mago das trevas, por alguns segundos antes de voltar sua atenção ao rei Iliédus novamente, que encarava-a perplexamente, sentindo a força de seu poder sobre todos. O marido dela, Ruiz, notou o que estava acontecendo entre a esposa e o irmão, embora nada tenha dito.

— A lei será abolida. Peço-me perdão pelo meu deslize em relação aos magos, prometo que isso não acontecerá outra vez. — por fim, o absoluto decidiu, levantando-se. — Yoshie, eu agradeço por ter marcado esse encontro, creio que tenha sido de suma importância para o pacifismo entre nós.

O quinto mago acenou com a cabeça e murmurou algo inaudível. Então Iliédus virou-se para sair do local, porém um grito estrondoso fez-o parar. Luz estava jogada no chão, com a mão sobre a barriga e os olhos fechados. Sebastian foi o primeiro a se levantar e acudi-la. Ela não parava de se mover e só aquietou-se quando o rei chegou mais perto. Aos poucos fora abrindo os olhos e mirou a majestade.

— Nós... — ela tentou falar, mas sentiu cada vez mais dores.

— Tudo bem, Luz. Não precisa falar nada agora... — O mago das trevas a pegou no colo e levantou-se. — Você precisa descansar.

— Não, não... Eu a levo, Sebs. — Ruiz tentou pegá-la do colo de seu irmão, mas foi repelido pela mulher. — Querida?

Luz ergueu a cabeça e mirou o velho rei, a testa franzida e o olhar preocupado. O homem sustentou o olhar, com medo do que estava por vir.

— Nós somos os próximos escolhidos dos deuses.

E com isso, ela desmaiou no colo do homem que a amava. Todos se entreolharam, a ideia passando pela cabeça dos cinco ali, lentamente. Mas logo tudo ficou claro.
O próximo eclipse aconteceria em Lídian.

Sim, sim, estou viva com essa história de novo. Reescrevi ela. Espero que esteja melhor. 'u' Serão 10 capitulos. Todos já estão prontos e eu vou postar aqui a cada sete dias. xD
Espero que gostem, e comentem se não gostarem... E se gostarem também, claro.
E, gêmea, minha linda. Você é obrigada a comentar, viu? u_u
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Roger D. Bloomwood Sex 20 Jan 2012, 17:58

Como sempre... mais um capítulo bem escrito. Parabéns, Luh.
Aguardando mais capítulos. xD
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Bárbara Perluce Sex 20 Jan 2012, 18:50

QUE DIVALHOSO. *OOOOOOOOO*
Cê já sabe que eu amei, mas vou reforçar a ideia com meu lindo comentário. -q
E essa Luz hein? Que mulher poderosa, senhor.
Enfim, enfim, como assim só a cada 7 dias? É muito tempo, Luh. D: [E não, não venha me usar de exemplo de demora, okay?]
Bem, tá demais. Sério mesmo, Luh. Você é uma ótima escritora. <3'


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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Ravyn R. Ollicourt Sáb 21 Jan 2012, 11:26

LINDOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO *----*

Amei, sério mesmo *-*

Tu escreve muito bem, minha pantufadora <3

#Essa história tem o selo Pantufa de Ouro de qualidade. -qqqqq
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

Mensagem por Convidado Sáb 21 Jan 2012, 14:55

To adorando a fic. Você escreve muito bem Luh.
Só não gostei da ideia de postar a cada 7 dias :cryguy:
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Re: O Eclipse das Quatro Luas

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