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Let Me Go Home
por Hye Alberich Seg 12 Dez 2011, 14:54
Sinopse: O que esperamos de um dia comum? Aulas, professores chatos, tarefas de casa... Certo. Mas e se isso envolvesse um algo mais? E se abrisse um novo mundo bem em frente a você? E se esse mundo estivesse em conflito? Era isso o que a estudante Ella estava prestes a descobrir, e talvez fosse o maior choque de sua vida, quando descobrisse que seu amigo de infância, Percy era considerado O herói.
Hye Alberich
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No inferno!
Re: Let Me Go Home
por Hye Alberich Seg 12 Dez 2011, 14:56
1- Sou Atacada Pelo Time De Torcida
O quão estranho um dia pode começar para você? Digo, para mim, nos últimos dias, ser atacada por cachorros enormes e cobras bizarras de duas caudas era normal... Mas aquele dia conseguiu começar de forma avassaladora.
Eu havia acabado de acordar, era véspera do meu aniversario de dezesseis anos, finalmente eu poderia dizer que eu era feliz! Poderia dirigir, seria somente um passo a mais para a liberdade. Eu não agüentava mais morar com meus pais, digo... Minha mãe e meu padrasto Peter. Peter é o pior pesadelo de qualquer garota, o típico tesoureiro careta, que usa suspensórios, óculos quadrados com lentes grossas, cabelo ensebado jogado para o lado como um rato morto e dentes separados. Brincadeira, esse era meu professor de historia, Peter realmente me lembrava um daqueles modelos de outdoors daquelas empresas grandes. Sempre de terno, olhos verdes penetrantes, cabelos grisalhos cortados e barba mal feita... Bem, Peter não era meu pai, certo, mas cuidava de mim desde que nasci, o que era ótimo e o que me fazia o considerar como um membro fixo da família, eu o amava como um pai, fora que eu não desejaria nada pior para minha mãe, que era uma ex-modelo... Bem, ela realmente fora modelo até quebrar o pé em um desfile e ter que se aposentar... Depois disso eu nasci. Me pareço um pouco com ela, exceto pelo fato de ela ser loira e eu ruiva, mas ambas temos grandes olhos castanhos e pele muito branca, com um sorriso amigável... Se bem que o meu diz mais “saia daqui rápido antes que eu castre você”, mas são só detalhes, certo?
Em fim, voltando a minha manhã, eu estava ansiosa para o dia seguinte, é claro, mas primeiro eu tinha que passar por um grande desafio... O meu ultimo dia de aula! Entenda, para mim escola sempre foi um mal necessário, que infelizmente eu não vinha conseguindo evitar. Minha mãe sempre vinha com suas lições de como terminar a escola era importante, mas eu não achava. Para mim escola era só um lugar onde pessoas tentam ser superiores a outras para se sentir melhor. Uma verdadeira cadeia alimentar. Naquela manhã Peter estava sentado lendo seu jornal, o que era um milagre já que ele sempre acordava mais cedo para trabalhar. Naquele dia ele já me dirigiu um olhar contente e abriu um sorriso.
–Quem tem quase dezesseis anos?
Abri um sorriso e revirei os olhos a sua pergunta, Peter nunca foi do tipo sorridente, mas ele parecia se esforçar.
–Peter, por favor...
Falei. Minha mãe chegou carregando os ovos fritos em uma frigideira e jogou um no prato do meu padrasto, sorriu para ele.
–Pois é, meu bem. Ela já está crescidinha para esse tipo de coisa.
Ela piscou para mim. Dei risada e revirei os olhos, me sentando a mesa e servindo meu café da manhã. Para quem vê, somos uma família perfeita, bom, eu também pensava assim, sabe... Até aquele dia em especial.
–Ansiosa para o ultimo dia?
–Nem imagina.
Respondi a pergunta da minha mãe enfiando uma garfada de ovo frito e bacon na boca, ela sorriu.
–Não precisará usar desculpas para faltar agora.
Falou ela.
–Como jogar pó no olho e dizer que está com conjuntivite.
Peter completou, gargalhei com o comentário deles, ok, talvez eu tentasse fugir sim da escola com meus planinhos de fingir que estou doente. Olhei para o relógio, já estava dando a hora de sair. Suspirei e engoli o resto do meu suco, agarrando minha bolsa e dando um beijo em Peter e em minha mãe.
–Vejo vocês mais tarde.
Falei me despedindo e correndo em direção a porta, pude ouvir do fundo da cozinha a voz de meus pais que soaram de forma alegre.
–Nós te amamos!
Eu já sabia. U.U
***
Bom, para quem acha que a sua vida no colégio é um inferno... Bom, eu desejaria boa sorte, a minha não era tão ruim. Tenho meus amigos (na grande maioria são homens) e tenho meus inimigos (que são uma grande população do Wst High School), Jeremy, Juniper e Stephan estavam me esperando na porta, Stephan e Juniper estavam de mãos dadas, já que haviam assumido o romance na semana passada, Jeremy e eu estávamos tentando junta-los há décadas, graças a Deus que as coisas finalmente saíram do lugar. Assim que meus amigos me viram, sorrisos se estamparam em seus rostos, que morreram cinco segundos antes de eu pisar no primeiro degrau. Senti um tapa em minha cabeça e em seguida alguém pulando em minhas costas. Fiz uma careta tentando ver quem era.
–EEEEEELLA!
Torci o nariz ao reconhecer a voz... Era Sarah. Ok, deixe-me explicar. Sarah costumava ser nossa amiga, antes de se juntar as Lideres de torcida, ela era uma pessoa gente boa, mas agora se parecia mais com... Cintia, a líder das vadias do colégio, eu tentava me manter distante desse tipo de gente que tinham vontade de namorar o próprio reflexo, mas Sarah em particular eu não conseguia me afastar... (Não só por causa de sua mania chata de pular em minhas costas).
–Oi Sarah...
Falei não muito animada, ela me largou e logo abriu um sorriso seco para meus amigos, pude ouvir Jeremy dizendo.
–Te vemos lá dentro, Ella.
Assenti, não faria eles ficarem... Me virei para a loira que usava o uniforme vermelho de torcida da West High.
–Esses garotos são nojentos... Deveria tentar o time de torcida.
–Ah... Claro. –Falei mesmo que em minha mente eu gargalhava e dizia “no way”. –O que foi:
–Então, as lideres e eu vamos ensaiar no ginásio hoje as 14 horas... É um ensaio privado, por isso queria que você fosse, talvez conseguisse entrar para o grupo e...
–Hã... Sarah... Eu acho que torcer não é muito a minha praia...
–AAH mas você vai adorar! Vamos Ella! Por favooooooooooooooooor!
Suspirei, eu? Líder de torcida? Bem, o semestre estava acabando e eu não tinha nada para fazer no verão, talvez esse fosse um bom passatempo, caso eu não gostasse, era só desistir, certo? Mordi o lábio e revirei os olhos quando vi os olhos de Sarah brilharem.
–Ta, tanto faz.
–EBAAA!
Sarah balançou os pompons e pulou como uma doida, olhei em volta para ver se tinha alguém olhando, graças a Deus todos já estavam para dentro do prédio. Apertei a alça da minha bolsa e mudei de perna em posição desconfortável olhando a porta do colégio e logo sorrindo fui falando.
–Certo, já vou indo. Não posso me atrasar. Ate as 14h!
Então eu entrei correndo antes que ela me pedisse para ser modelo de maquiagem ou coisa do tipo. Enquanto corria para a sala de biologia (coisa que eu pensei que nunca fosse fazer), fui puxada pelo braço e quase caí de bunda no chão. Jeremy Apareceu com seus cabelos castanhos cobrindo seus olhos verdes.
–O que Sarah queria?
–Nada demais. –Falei engolindo em seco. –Tenho um encontro com as lideres de torcida as 14 horas.
***
Pelo que eu havia entendido, era para eu ir sozinha ate o ginásio... Eu não liguei muito para isso na verdade... É... Eu deveria ter ligado. O ginásio do colégio não era assustador nem nada do tipo, mas com certeza não parecia que seria o palco de um treino de lideres de torcida... Na verdade estava vazio... O treino deveria ser muito secreto então. Suspirei. Provavelmente Sarah estava pregando uma peça em mim como as meninas pattys tinham mania de fazer em todo fim de ano e como uma resposta aos meus pensamentos ouvi passos se aproximando. O time de torcida entrou no ginásio e pararam todas em uma fila com as mãos na cintura me encarando, franzi a testa, elas não pareciam contentes como deveriam parecer nos campeonatos, então Sarah e Cintia adentraram a sala. Cintia é uma verdadeira Barbie, cabelos loiros e rosto cirurgicamente perfeito, Sarah me lembrava um pouco a garota, mas sem todas as alterações medicinais que havia feito em seu corpo. A líder de torcida me encarou.
–Olha só quem veio!
Ergui a mão em tom desanimado e falei de forma irônica:
–Yupi.
Cintia deu risada e olhou para Sarah com orgulho.
–Não creio que trouxe a garota de verdade... Não pensei que fosse capaz.
Franzi a testa.
–Hã... Por que ela não seria capaz?
–Da para calar a boca?!
Cintia gritou de forma aguda e bateu o pé, como deveria fazer quando seu pai não queria lhe dar dinheiro. Ergui uma sobrancelha só observando.
–Obrigada, Cinti.
Sarah falou, cruzei os braços e suspirei.
–O que ta rolando?
Cintia respirou fundo e me olhou com uma encarada mortal, juro que vi seus olhos piscarem em uma luz vermelha. Ela tombou a cabeça para o lado estalando o pescoço sem desgrudar seus olhos cheios de rímel para mim.
–Calada semideusa! Talvez você fosse mais burra do que eu imaginava. Dezesseis anos? Pelos meus cálculos você deveria estar morta há três anos... O que faz por aqui assim?
Essa foi minha vez de ser a burra. Do que ela havia me chamado? Franzi a testa de forma teimosa.
–Desculpe... O que? Você fumou alguma coisa antes de vir treinar? Fiquei sabendo que isso pode ser perigoso.
A garota gargalhou.
–Você ainda acha que viemos treinar?
–Você não explicou para ela ainda...
Sarah sussurrou para Cintia que respirou fundo.
–Cale a boca você também...
Cintia falou baixinho para Sarah, dei um passo para trás e apontei para a porta.
–Bom... Então eu vou indo...
–Não se mexa!
Cintia gritou, o que me impressionou pois sua voz não saiu doce e enjoada como sempre. Todas as lideres pareceram ficar tensas, mas ainda me olhavam feio... Eu estava mais perdida do que cego em tiroteio naquele momento.
–Não podemos te deixar sair com vida. Essas são as ordens.
Ela completou.
–Ordens de quem?
Perguntei, eu definitivamente não estava gostando daquela conversa de morte. Cintia caminhou para mais perto das lideres e sorriu para mim.
–Isso não importa.
Dessa vez sua voz saiu completamente metálica, o que me fez recuar um passo. Ela grunhiu como um animal e seus olhos se tornaram vermelhos, abriu os braços e deles duas asas apareceram, seus dentes cresceram como suas asas e seu rosto se distorceu. Meu coração estava a mil, eu estava paralisada, meu corpo não obedecia aos comandos de meu cérebro, eu estava atônita encarando as meninas. Sarah começou a se transformar como Cintia, mas era uma versão menor e outra garota das lideres de torcida fez o mesmo... Arregalei os olhos, o time de lideres de torcida ficaram com os olhos igualmente vermelhos, mas não se transformaram. Eu estava pirando, era a explicação plausível, aquele bolo de carne do almoço estava mesmo suspeito... Era tudo uma visão... Tudo uma...
–Surpresa? –Cintia gargalhou. –De adeus a sua vida. Sarah... Ataque.
O monstro que antes era Sarah rugiu e voou em minha direção, isso bastou para eu acordar e meu cérebro gritar “CORRA!”. Não hesitei. Comecei a correr como uma louca até a porta do ginásio, mas três lideres de torcida demoníacas impediram a passagem, pulei para a arquibancada, eu não conseguia nem olhar para trás, mas sentia que Sarah estava perto. Com uma desviada fiz o monstro bater de cara em uma janela e a atravessar, mas infelizmente Sarah havia adquirido o fabuloso dom de voar.
Pulei os degraus da arquibancada quase todos de uma vez, Sarah bateu contra a tabela de basquete a derrubando e fazendo um alto BUM! Não ia demorar muito tempo até que alguém aparecesse! A melhor coisa que arranjei para me defender foram algumas bolas de queimada, joguei uma contra a cabeça do monstro que a acertou e a fez grunhir em um tom agudo, mas ela defendeu a outra bolada com suas garras fazendo a bola murchar como um balão.
–Isso é inútil, semideusa. Desista e se entregue logo.
Cintia falou de onde assistia. Desculpe, mas morrer não estava na minha lista de tarefas do dia. Sarah voou em minha direção com os dentes a mostra, tropecei na tabela de basquete caída no chão e cai de costas. Meus olhos estavam arregalados, eu via as presas vindo em minha direção, era agora... Eu morri... Minha vida não passou diante dos meus olhos, eu sequer pensava, mas senti algo arder dentro de mim, como se uma voz falasse em minha mente, estremeci. Com um reflexo agarrei um pedaço da tabela destruída e coloquei entre mim e Sarah que voava ao meu encontro e quando seu corpo se chocou contra a parte pontuda do cano quebrado, um olhar de horror e PUF! Poeira de monstro. Me coloquei de pé cambaleante, o que havia acontecido agora? Ela só... Sumiu? Cintia grunhiu do outro lado da quadra.
–Maldita! Tudo bem... Sarah nunca foi a melhor das benevolentes... Logo estará de volta... Mas você... MORRA!
Ela e a outra “benevolente” voaram em minha direção, que raios era benevolente? Antes que eu pudesse sequer pensar, a porta do ginásio se abriu esmagando algumas líderes de torcida demoníacas que caíram apagadas no chão e das sombras pularam dois garotos. Um deles com cabelos cacheados e muletas, com olhos castanhos e uma expressão preocupada, o outro garoto tinha cabelos negros e olhos verdes... Espere... Aquele era... ?
–Você!
Cintia grunhiu, Percy Jackson franziu a testa e observou o monstro.
–Sra. Dodds?
Ok, aquela era uma boa hora para eu desmaiar. Eu não podia acreditar. Percy Jackson estava ali! Percy... O garotinho com quem eu brincava quando morava em Nova York, que sempre era zoado na escola e vinha me contar tudo quando chegava em casa... Filho da mulher que fazia os melhores bolos azuis do mundo... Ele... Ele... Estava muito diferente. Seus olhos pararam em mim e logo se arregalaram, eu segurava um cano nas mãos e meus cabelos estavam praticamente em pé, mas mesmo assim ele me reconheceu. Pensei em acenar ou dizer “Oi! Quanto tempo!”, mas não pareceu a hora certa para isso. Cintia grunhiu.
–Não importa! Vou matá-la mesmo assim!
Que reconfortante, a outra benevolente foi em direção aos meninos enquanto a própria Cintia avançava em minha direção, pulei para o lado e tentei acertá-la com o cano, como um taco de basebol, mas ela desviou e me lançou contra a parede, senti meu corpo vibrar e senti uma dor aguda, até que escutei um PUF! E a outra benevolente foi-se. Nas mãos de Percy uma enorme espada brilhava, eu estava confusa, o que estava acontecendo? Cintia voou em minha direção com os dentes a mostra e gritou de raiva quando viu a amiguinha morrer, ela deve ter pensado que um bom jeito de se vingar era me matando. As lideres de torcida demoníacas não faziam muito, so observavam e torciam... Bem, isso era meio obvio. Tentei alcançar o cano, mas estava longe, tentei correr, mas estava muito dolorida, eu estava prestes a ser fatiada pela segunda vez no dia quando ZUM! Uma espada atravessou o monstro e caiu do meu lado, pó cobriu meu rosto e me fez tossir como uma condenada, minha próxima visão foi de Percy e o amigo correndo em minha direção. Meu coração disparou, o garoto não estava mais de muletas... Nem de calça, no lugar de suas pernas tinham duas patas de bode. Tombei a cabeça me sentindo tonta.
–Você está bem?
–Percy... Eu não acredito!
Minha energia voltou por um momento com o grito, me encostei na parede, eu não ia desmaiar, eu não ia desmaiar. Percy abriu um sorrisinho um tanto nervoso.
–Ella... Wow.
–Se conhecem?
Seu amigo bode perguntou, ele mastigava uns pedaços da tabela de basquete. Franzi a testa o observando.
–Hã, sim. Sou Ella.
Me apresentei, ele olhou para mim e acenou com um sorriso amigável.
–Sou Grover.
–Você... É um bode.
Falei colocando a mão na testa, uma dor de cabeça terrível me atingiu.
–O termo correto é sátiro.
–Ah... Claro... O que está acontecendo?
–Benevolentes te atacaram. –Percy explicou o obvio, parecia tão atordoado quanto eu. –Seja como for, vamos para sua casa agora falar com sua mãe. Pegue suas coisas. Estamos te levando para o acampamento Meio-Sangue.
O quão estranho um dia pode começar para você? Digo, para mim, nos últimos dias, ser atacada por cachorros enormes e cobras bizarras de duas caudas era normal... Mas aquele dia conseguiu começar de forma avassaladora.
Eu havia acabado de acordar, era véspera do meu aniversario de dezesseis anos, finalmente eu poderia dizer que eu era feliz! Poderia dirigir, seria somente um passo a mais para a liberdade. Eu não agüentava mais morar com meus pais, digo... Minha mãe e meu padrasto Peter. Peter é o pior pesadelo de qualquer garota, o típico tesoureiro careta, que usa suspensórios, óculos quadrados com lentes grossas, cabelo ensebado jogado para o lado como um rato morto e dentes separados. Brincadeira, esse era meu professor de historia, Peter realmente me lembrava um daqueles modelos de outdoors daquelas empresas grandes. Sempre de terno, olhos verdes penetrantes, cabelos grisalhos cortados e barba mal feita... Bem, Peter não era meu pai, certo, mas cuidava de mim desde que nasci, o que era ótimo e o que me fazia o considerar como um membro fixo da família, eu o amava como um pai, fora que eu não desejaria nada pior para minha mãe, que era uma ex-modelo... Bem, ela realmente fora modelo até quebrar o pé em um desfile e ter que se aposentar... Depois disso eu nasci. Me pareço um pouco com ela, exceto pelo fato de ela ser loira e eu ruiva, mas ambas temos grandes olhos castanhos e pele muito branca, com um sorriso amigável... Se bem que o meu diz mais “saia daqui rápido antes que eu castre você”, mas são só detalhes, certo?
Em fim, voltando a minha manhã, eu estava ansiosa para o dia seguinte, é claro, mas primeiro eu tinha que passar por um grande desafio... O meu ultimo dia de aula! Entenda, para mim escola sempre foi um mal necessário, que infelizmente eu não vinha conseguindo evitar. Minha mãe sempre vinha com suas lições de como terminar a escola era importante, mas eu não achava. Para mim escola era só um lugar onde pessoas tentam ser superiores a outras para se sentir melhor. Uma verdadeira cadeia alimentar. Naquela manhã Peter estava sentado lendo seu jornal, o que era um milagre já que ele sempre acordava mais cedo para trabalhar. Naquele dia ele já me dirigiu um olhar contente e abriu um sorriso.
–Quem tem quase dezesseis anos?
Abri um sorriso e revirei os olhos a sua pergunta, Peter nunca foi do tipo sorridente, mas ele parecia se esforçar.
–Peter, por favor...
Falei. Minha mãe chegou carregando os ovos fritos em uma frigideira e jogou um no prato do meu padrasto, sorriu para ele.
–Pois é, meu bem. Ela já está crescidinha para esse tipo de coisa.
Ela piscou para mim. Dei risada e revirei os olhos, me sentando a mesa e servindo meu café da manhã. Para quem vê, somos uma família perfeita, bom, eu também pensava assim, sabe... Até aquele dia em especial.
–Ansiosa para o ultimo dia?
–Nem imagina.
Respondi a pergunta da minha mãe enfiando uma garfada de ovo frito e bacon na boca, ela sorriu.
–Não precisará usar desculpas para faltar agora.
Falou ela.
–Como jogar pó no olho e dizer que está com conjuntivite.
Peter completou, gargalhei com o comentário deles, ok, talvez eu tentasse fugir sim da escola com meus planinhos de fingir que estou doente. Olhei para o relógio, já estava dando a hora de sair. Suspirei e engoli o resto do meu suco, agarrando minha bolsa e dando um beijo em Peter e em minha mãe.
–Vejo vocês mais tarde.
Falei me despedindo e correndo em direção a porta, pude ouvir do fundo da cozinha a voz de meus pais que soaram de forma alegre.
–Nós te amamos!
Eu já sabia. U.U
***
Bom, para quem acha que a sua vida no colégio é um inferno... Bom, eu desejaria boa sorte, a minha não era tão ruim. Tenho meus amigos (na grande maioria são homens) e tenho meus inimigos (que são uma grande população do Wst High School), Jeremy, Juniper e Stephan estavam me esperando na porta, Stephan e Juniper estavam de mãos dadas, já que haviam assumido o romance na semana passada, Jeremy e eu estávamos tentando junta-los há décadas, graças a Deus que as coisas finalmente saíram do lugar. Assim que meus amigos me viram, sorrisos se estamparam em seus rostos, que morreram cinco segundos antes de eu pisar no primeiro degrau. Senti um tapa em minha cabeça e em seguida alguém pulando em minhas costas. Fiz uma careta tentando ver quem era.
–EEEEEELLA!
Torci o nariz ao reconhecer a voz... Era Sarah. Ok, deixe-me explicar. Sarah costumava ser nossa amiga, antes de se juntar as Lideres de torcida, ela era uma pessoa gente boa, mas agora se parecia mais com... Cintia, a líder das vadias do colégio, eu tentava me manter distante desse tipo de gente que tinham vontade de namorar o próprio reflexo, mas Sarah em particular eu não conseguia me afastar... (Não só por causa de sua mania chata de pular em minhas costas).
–Oi Sarah...
Falei não muito animada, ela me largou e logo abriu um sorriso seco para meus amigos, pude ouvir Jeremy dizendo.
–Te vemos lá dentro, Ella.
Assenti, não faria eles ficarem... Me virei para a loira que usava o uniforme vermelho de torcida da West High.
–Esses garotos são nojentos... Deveria tentar o time de torcida.
–Ah... Claro. –Falei mesmo que em minha mente eu gargalhava e dizia “no way”. –O que foi:
–Então, as lideres e eu vamos ensaiar no ginásio hoje as 14 horas... É um ensaio privado, por isso queria que você fosse, talvez conseguisse entrar para o grupo e...
–Hã... Sarah... Eu acho que torcer não é muito a minha praia...
–AAH mas você vai adorar! Vamos Ella! Por favooooooooooooooooor!
Suspirei, eu? Líder de torcida? Bem, o semestre estava acabando e eu não tinha nada para fazer no verão, talvez esse fosse um bom passatempo, caso eu não gostasse, era só desistir, certo? Mordi o lábio e revirei os olhos quando vi os olhos de Sarah brilharem.
–Ta, tanto faz.
–EBAAA!
Sarah balançou os pompons e pulou como uma doida, olhei em volta para ver se tinha alguém olhando, graças a Deus todos já estavam para dentro do prédio. Apertei a alça da minha bolsa e mudei de perna em posição desconfortável olhando a porta do colégio e logo sorrindo fui falando.
–Certo, já vou indo. Não posso me atrasar. Ate as 14h!
Então eu entrei correndo antes que ela me pedisse para ser modelo de maquiagem ou coisa do tipo. Enquanto corria para a sala de biologia (coisa que eu pensei que nunca fosse fazer), fui puxada pelo braço e quase caí de bunda no chão. Jeremy Apareceu com seus cabelos castanhos cobrindo seus olhos verdes.
–O que Sarah queria?
–Nada demais. –Falei engolindo em seco. –Tenho um encontro com as lideres de torcida as 14 horas.
***
Pelo que eu havia entendido, era para eu ir sozinha ate o ginásio... Eu não liguei muito para isso na verdade... É... Eu deveria ter ligado. O ginásio do colégio não era assustador nem nada do tipo, mas com certeza não parecia que seria o palco de um treino de lideres de torcida... Na verdade estava vazio... O treino deveria ser muito secreto então. Suspirei. Provavelmente Sarah estava pregando uma peça em mim como as meninas pattys tinham mania de fazer em todo fim de ano e como uma resposta aos meus pensamentos ouvi passos se aproximando. O time de torcida entrou no ginásio e pararam todas em uma fila com as mãos na cintura me encarando, franzi a testa, elas não pareciam contentes como deveriam parecer nos campeonatos, então Sarah e Cintia adentraram a sala. Cintia é uma verdadeira Barbie, cabelos loiros e rosto cirurgicamente perfeito, Sarah me lembrava um pouco a garota, mas sem todas as alterações medicinais que havia feito em seu corpo. A líder de torcida me encarou.
–Olha só quem veio!
Ergui a mão em tom desanimado e falei de forma irônica:
–Yupi.
Cintia deu risada e olhou para Sarah com orgulho.
–Não creio que trouxe a garota de verdade... Não pensei que fosse capaz.
Franzi a testa.
–Hã... Por que ela não seria capaz?
–Da para calar a boca?!
Cintia gritou de forma aguda e bateu o pé, como deveria fazer quando seu pai não queria lhe dar dinheiro. Ergui uma sobrancelha só observando.
–Obrigada, Cinti.
Sarah falou, cruzei os braços e suspirei.
–O que ta rolando?
Cintia respirou fundo e me olhou com uma encarada mortal, juro que vi seus olhos piscarem em uma luz vermelha. Ela tombou a cabeça para o lado estalando o pescoço sem desgrudar seus olhos cheios de rímel para mim.
–Calada semideusa! Talvez você fosse mais burra do que eu imaginava. Dezesseis anos? Pelos meus cálculos você deveria estar morta há três anos... O que faz por aqui assim?
Essa foi minha vez de ser a burra. Do que ela havia me chamado? Franzi a testa de forma teimosa.
–Desculpe... O que? Você fumou alguma coisa antes de vir treinar? Fiquei sabendo que isso pode ser perigoso.
A garota gargalhou.
–Você ainda acha que viemos treinar?
–Você não explicou para ela ainda...
Sarah sussurrou para Cintia que respirou fundo.
–Cale a boca você também...
Cintia falou baixinho para Sarah, dei um passo para trás e apontei para a porta.
–Bom... Então eu vou indo...
–Não se mexa!
Cintia gritou, o que me impressionou pois sua voz não saiu doce e enjoada como sempre. Todas as lideres pareceram ficar tensas, mas ainda me olhavam feio... Eu estava mais perdida do que cego em tiroteio naquele momento.
–Não podemos te deixar sair com vida. Essas são as ordens.
Ela completou.
–Ordens de quem?
Perguntei, eu definitivamente não estava gostando daquela conversa de morte. Cintia caminhou para mais perto das lideres e sorriu para mim.
–Isso não importa.
Dessa vez sua voz saiu completamente metálica, o que me fez recuar um passo. Ela grunhiu como um animal e seus olhos se tornaram vermelhos, abriu os braços e deles duas asas apareceram, seus dentes cresceram como suas asas e seu rosto se distorceu. Meu coração estava a mil, eu estava paralisada, meu corpo não obedecia aos comandos de meu cérebro, eu estava atônita encarando as meninas. Sarah começou a se transformar como Cintia, mas era uma versão menor e outra garota das lideres de torcida fez o mesmo... Arregalei os olhos, o time de lideres de torcida ficaram com os olhos igualmente vermelhos, mas não se transformaram. Eu estava pirando, era a explicação plausível, aquele bolo de carne do almoço estava mesmo suspeito... Era tudo uma visão... Tudo uma...
–Surpresa? –Cintia gargalhou. –De adeus a sua vida. Sarah... Ataque.
O monstro que antes era Sarah rugiu e voou em minha direção, isso bastou para eu acordar e meu cérebro gritar “CORRA!”. Não hesitei. Comecei a correr como uma louca até a porta do ginásio, mas três lideres de torcida demoníacas impediram a passagem, pulei para a arquibancada, eu não conseguia nem olhar para trás, mas sentia que Sarah estava perto. Com uma desviada fiz o monstro bater de cara em uma janela e a atravessar, mas infelizmente Sarah havia adquirido o fabuloso dom de voar.
Pulei os degraus da arquibancada quase todos de uma vez, Sarah bateu contra a tabela de basquete a derrubando e fazendo um alto BUM! Não ia demorar muito tempo até que alguém aparecesse! A melhor coisa que arranjei para me defender foram algumas bolas de queimada, joguei uma contra a cabeça do monstro que a acertou e a fez grunhir em um tom agudo, mas ela defendeu a outra bolada com suas garras fazendo a bola murchar como um balão.
–Isso é inútil, semideusa. Desista e se entregue logo.
Cintia falou de onde assistia. Desculpe, mas morrer não estava na minha lista de tarefas do dia. Sarah voou em minha direção com os dentes a mostra, tropecei na tabela de basquete caída no chão e cai de costas. Meus olhos estavam arregalados, eu via as presas vindo em minha direção, era agora... Eu morri... Minha vida não passou diante dos meus olhos, eu sequer pensava, mas senti algo arder dentro de mim, como se uma voz falasse em minha mente, estremeci. Com um reflexo agarrei um pedaço da tabela destruída e coloquei entre mim e Sarah que voava ao meu encontro e quando seu corpo se chocou contra a parte pontuda do cano quebrado, um olhar de horror e PUF! Poeira de monstro. Me coloquei de pé cambaleante, o que havia acontecido agora? Ela só... Sumiu? Cintia grunhiu do outro lado da quadra.
–Maldita! Tudo bem... Sarah nunca foi a melhor das benevolentes... Logo estará de volta... Mas você... MORRA!
Ela e a outra “benevolente” voaram em minha direção, que raios era benevolente? Antes que eu pudesse sequer pensar, a porta do ginásio se abriu esmagando algumas líderes de torcida demoníacas que caíram apagadas no chão e das sombras pularam dois garotos. Um deles com cabelos cacheados e muletas, com olhos castanhos e uma expressão preocupada, o outro garoto tinha cabelos negros e olhos verdes... Espere... Aquele era... ?
–Você!
Cintia grunhiu, Percy Jackson franziu a testa e observou o monstro.
–Sra. Dodds?
Ok, aquela era uma boa hora para eu desmaiar. Eu não podia acreditar. Percy Jackson estava ali! Percy... O garotinho com quem eu brincava quando morava em Nova York, que sempre era zoado na escola e vinha me contar tudo quando chegava em casa... Filho da mulher que fazia os melhores bolos azuis do mundo... Ele... Ele... Estava muito diferente. Seus olhos pararam em mim e logo se arregalaram, eu segurava um cano nas mãos e meus cabelos estavam praticamente em pé, mas mesmo assim ele me reconheceu. Pensei em acenar ou dizer “Oi! Quanto tempo!”, mas não pareceu a hora certa para isso. Cintia grunhiu.
–Não importa! Vou matá-la mesmo assim!
Que reconfortante, a outra benevolente foi em direção aos meninos enquanto a própria Cintia avançava em minha direção, pulei para o lado e tentei acertá-la com o cano, como um taco de basebol, mas ela desviou e me lançou contra a parede, senti meu corpo vibrar e senti uma dor aguda, até que escutei um PUF! E a outra benevolente foi-se. Nas mãos de Percy uma enorme espada brilhava, eu estava confusa, o que estava acontecendo? Cintia voou em minha direção com os dentes a mostra e gritou de raiva quando viu a amiguinha morrer, ela deve ter pensado que um bom jeito de se vingar era me matando. As lideres de torcida demoníacas não faziam muito, so observavam e torciam... Bem, isso era meio obvio. Tentei alcançar o cano, mas estava longe, tentei correr, mas estava muito dolorida, eu estava prestes a ser fatiada pela segunda vez no dia quando ZUM! Uma espada atravessou o monstro e caiu do meu lado, pó cobriu meu rosto e me fez tossir como uma condenada, minha próxima visão foi de Percy e o amigo correndo em minha direção. Meu coração disparou, o garoto não estava mais de muletas... Nem de calça, no lugar de suas pernas tinham duas patas de bode. Tombei a cabeça me sentindo tonta.
–Você está bem?
–Percy... Eu não acredito!
Minha energia voltou por um momento com o grito, me encostei na parede, eu não ia desmaiar, eu não ia desmaiar. Percy abriu um sorrisinho um tanto nervoso.
–Ella... Wow.
–Se conhecem?
Seu amigo bode perguntou, ele mastigava uns pedaços da tabela de basquete. Franzi a testa o observando.
–Hã, sim. Sou Ella.
Me apresentei, ele olhou para mim e acenou com um sorriso amigável.
–Sou Grover.
–Você... É um bode.
Falei colocando a mão na testa, uma dor de cabeça terrível me atingiu.
–O termo correto é sátiro.
–Ah... Claro... O que está acontecendo?
–Benevolentes te atacaram. –Percy explicou o obvio, parecia tão atordoado quanto eu. –Seja como for, vamos para sua casa agora falar com sua mãe. Pegue suas coisas. Estamos te levando para o acampamento Meio-Sangue.
Hye Alberich
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Re: Let Me Go Home
por Convidado Seg 12 Dez 2011, 16:39
Parabéns Hyezita *-----*
Continua.
Ah, já ia esquecendo. Arranjei a moto.
Continua.
Ah, já ia esquecendo. Arranjei a moto.
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Re: Let Me Go Home
por Hye Alberich Seg 12 Dez 2011, 19:11
*o* obg meu amor!! vou continuar sim!!
aaah espera so eu voltar da missao que a gente anda u.u
aaah espera so eu voltar da missao que a gente anda u.u
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