Spectral Cover-Red

Nova cidade, outra vida


Amélia era uma garota, como posso dizer, gótica e cética, sua mãe se mudara para um fim de mundo como gostava de chamar, o lugar era sombrio, e possuía uma única casa, abandonada, uma casa como diriam "mal-assombrada", claro que Amélia tinha que entrar lá e foi isso que fez.
A porta rangeu ao abri-lá e se fechou as suas costas, estava trancada, porém na porta via-se o nome do lugar, "Solar Draynor", estava escrito em letras vermelho sangue, espere um pouco aquilo era sangue, a garota porém não ligou e continuou a andar pela casa, subiu todas as escadas possíveis e achou uma entrada, um alçapão, ela subiu a escada e o abriu, o sótão era vazio e empoeirado, tinha apenas um livro em uma mesa de madeira empoeirada, Amélia o abriu e começou a ler, logo antes soprando-o.
-As damas assassinas era um grupo que serviu ao conde Draynor muitos anos atras, eram muito diferentes, Amazonas conhecidas por terem o dom de matar, cada um nascida com habilidade sobre uma arma, se revoltaram com o Conde e o jogaram para os morcegos, Conde Draynor fugiu, porém foi encontrado pelas garotas que o prenderam, muitos anos se passaram e ele havia desaparecido, mesmo sem chances de sair da cela ele desapareceu, achando que as cinco Amazonas haviam salvado o dia todos relaxaram, porém após dez anos Conde Draynor retornou, estava diferente, pálido, tinha presas e os olhos vermelhos, ele matou as damas uma por uma, quando todas foram morta ele voltou a seu Solar, onde deitou em seu caixão e começou um sono eterno até que recuperasse as forças, dizem que as damas assassinas estão agora em forma de espectro, para convocar as mesmas precisa saber em que livro está lendo-Amélia fez uma pausa e olhou a capa do livro, vermelha, virou a página-cite agora tais coisas, dama assassina, lady do sangue, capa vermelha, portadora do sangue, os olhos vazios que tens, traga-me agora, sua face pálida como a neve, seus cabelos castanhos cacheados, seus lábios que bejaram a morte e experimentaram do sangue, amazona do Arco e Flecha, mostre-me agora seu verdadeiro eu.
Ouviu-se um trovão do lado de fora da casa, uma gota de sangue caiu do parapeito da janela, mais algumas gotas cairão e dali se formou uma fumaça, uma fumaça avermelhada, foi subindo e formando uma capa, porém não apenas uma capa e sim um corpo, conforme subia revelava o que fazia, a capa vermelha com moldura dourada, a aljava de flecha da cor sangue, o arco feito do mais puro rubi, logo a encarou aqueles olhos vazios, a faziam lembrar do sangue, de ferimentos, graves e fracos, sangue, sangue e mais sangue apenas isso.

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