Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Michael Stark Sex 11 Dez 2015, 17:24



Ficha de Reclamação
Discovering myself


Por qual deus quer ser reclamado e por quê?
Deimos, deus do pânico, por se encaixar na personalidade de Michael.

Características do personagem:
Físicas:
1,75m, pele clara, olhos azuis, corpo definido.

Psicológicas:
Calado, reservado, nutre um ódio pelo conceito de família por ter recebido ódio desde sempre de sua família mortal. Michael nunca se apegou a ninguém, mas em relação ao pai, sente algo totalmente diferente do que sente por outros. Além do ódio por se sentir abandonado, tem também uma grande curiosidade por saber quem ele é.

A história:
– Mãe! O esquisito veio pra sala! – eu me recusava terminantemente a olhar na cara daquele moleque irritante. Sete anos de pura chatice arraigados naquele ser de cabelos claros e, como se não fosse o suficiente, ele tem um irmão gêmeo. A mãe dava um grito da cozinha dizendo para Calvin, o irritante, e Carl, o irritante parte II, se apressarem para o café, nem uma palavra sequer a meu respeito. Ótimo, sempre assim. Se era minha mãe também? Infelizmente sim, mas não parecia. O pai dos dois descia as escadas com sua tradicional cara amarrada e dava uma bronca nos loirinhos por terem falado sobre mim e em meu íntimo uma alegria perversa despertava. Eu adorava quando brigavam com eles.

O cara vinha até mim e eu não fazia o menor esforço para levantar o olhar a ele, que começava a reclamar do fato de eu ter descido do meu quarto, que eu não tinha o direito de me misturar à família dele e bla bla bla... Sempre a mesma coisa. Ele falava, eu apenas o olhava com todo o meu desprezo, ele me chamava de aberração e ia embora. A família perfeita saía para seus afazeres após o café da manhã e só voltava à noite, nesse meio tempo eu ia sozinho para a escola, voltava para casa, inventava algo para comer e ficava o resto do dia no meu quarto lendo meus livros de terror e esperando que um meteoro caísse em casa e mudasse minha realidade entediante.

Eu não entendia por que minha mãe me detestava tanto. Lembrar daquela época hoje não dói em mim tanto quanto antes, mas naquela época eu cheguei ao limite. Na madrugada de um desses dias tediosos, acordei com sede e desci em silêncio até a cozinha. Não cheguei a entrar nela, contudo, pois vi a luz ligada e vozes alteradas de lá de dentro. – Eu não entendo por que você não se livrou dessa coisa quando era tempo! – o homem falava, irritado, e a “coisa” só podia ser eu. – Você sabe que eu não podia! E não posso até hoje! Ou por acaso você é forte o suficiente para enfrentar um... cara como ele?! – O homem bufou irritado e, por sua sombra, vi que ele vinha saindo da cozinha e me escondi sob a escada. Minha mãe foi quem falou novamente enquanto ele subia a passos firmes. – Eu sei que você está cansado. Eu também estou! Acha que é fácil pra mim ter algo como ele em casa? Me envolver com o pai dele foi o pior erro da minha vida e pago caro por isso até hoje! – E nenhuma palavra a mais foi dita, ambos subiram e aquela foi a última vez que os vi.

Então minha estranheza, o que quer que ela fosse, provinha do meu pai, o homem que nunca tinha visto sequer foto nem ao menos ouvido o nome. Tudo que eu sabia era que, se eu falasse ou olhasse com raiva para alguém, a pessoa imediatamente se afastava assustada, como se eu fosse um tipo de demônio. Desde os oito anos, quando percebi que isso acontecia, ocasionalmente eu me olhava no espelho e tentava buscar algo diferente em mim, mas não via nada. Depois de ouvir aquela discussão, as palavras da minha própria mãe a meu respeito, eu tive certeza absoluta mais do que nunca que aquele não era o meu lugar. Subi correndo para o meu quarto, coloquei minhas poucas coisas – roupas surradas e meus livros – numa mochila e fui embora dali.

Depois que parti, passei por umas coisas bem estranhas. Na segunda noite fora de casa, enquanto eu caminhava para o norte sem saber por quê, cheguei a um beco escuro e fétido aparentemente vazio. O problema foi que quando eu estava bem no meio da travessia quando um rapaz de uns vinte anos apareceu com uma adaga apontada pra mim, perguntando o que eu pensava que estava fazendo ali. Eu teria respondido que não queria confusão, que só precisava chegar do outro lado, mas a lâmina negra parecia me hipnotizar de tão diferente que era. Com o meu silêncio, ele resolveu que era melhor chamar o Fox, que por sinal era a coisa mais estranha que eu já tinha visto na vida. – Mas que diabos é isso? – o garoto pareceu confuso. – É um cachorro, imbecil. O que parece?! – Soltei uma risava nervosa enquanto o bicho babava e rosnava me encarando. Era um quadrúpede bem estranho, com presas afiadíssimas e garras mais afiadas ainda. – Isso com certeza não é um cachorro! – O garoto me analisou de cima a baixo e me pediu então para descrever o que eu via, o que, em pânico, obedeci. Ao fim, o garoto guardou a adaga e estalou os dedos duas vezes, fazendo o “cachorro” sentar e dois garotos tão mal-encarados quanto ele saíssem de trás de duas latas velhas de lixo.

Os garotos me acolheram no grupo, dizendo que eu era como eles. Me contaram uma história fantasiosa, ou era como eu deveria encará-la, sobre deuses gregos, monstros e afins e me disse que todos ali eram semideuses, ou seja, filhos de mortais com deuses, inclusive eu. Era informação demais para minha cabeça, mas honestamente, fazia todo sentido. Contei a eles como tinha sido minha vida e as coisas estranhas que eu tinha conseguido notar, mas que parecia ser bem menos do que as outras pessoas notavam. Um dos garotos parecia raciocinar longe enquanto eu falava e, ao fim da minha narrativa, disse que já tinha uma suspeita de quem poderia ser meu progenitor divino. Eu tinha 13 anos quando os encontrei, tinha 17 quando os perdi.

Com aquele grupo vivi muitas coisas difíceis, mas pelo menos era um grupo ao qual eu pertencia. Os vi enfrentar harpias e lestrigões por muito tempo e fui ficando forte enquanto treinava com eles ali, à margem da civilização. Eles me explicaram que uma coisa chamada Névoa impedia as pessoas comuns de verem o que víamos e foi assim que eles puderam me aceitar tão facilmente no grupo. Cada um tinha uma história diferente, mas todos eram rejeitados. Nenhum jamais tinha sentido amor verdadeiro do pai ou mãe mortal e muito menos do divino. Eram dois filhos de Nyx e um de Hades e os três buscavam ficar poderosos o bastante para um dia acabar com a hegemonia dos deuses que tanto os fizera sofrer. Não tinha como não me sentir parte deles. Eu não tivera amor de mãe, nunca conheci meu pai, sempre fora um esquisito por culpa dele, aliás. Com aqueles três era o meu lugar.

Quatro anos depois do encontro, chegou a hora de dizer adeus. Era alta madrugada e mesmo a cidade que nunca dorme já estava em sono profundo quando fomos emboscados dos dois lados do sexto beco que adotáramos por três coisas enormes de um olho só: ciclopes. Acordamos no susto enquanto eles cantavam algo como “Lady Hera vai dar prêmio!” Jake, o líder do grupo, se pôs à nossa frente e perguntou aos ciclopes o que eles queriam enquanto nos armávamos. Peguei a espada que haviam me dado e tomei minha posição no círculo que fizemos para lutar, reconhecendo as criaturas pelas descrições dadas anteriormente pelos garotos. Não ouve resposta da parte deles, simplesmente saltaram em nossa direção mais rápidos do que deveriam ser.

Armados com porretes cravejados de pregos, os ciclopes nos atacavam com extrema força, quebrando tudo à nossa volta. Fox, o cão infernal, foi o primeiro a ser atingido ao se colocar na frente de Jake para receber um golpe mortal. Nosso líder foi tomado por um ódio terrível, compartilhado por todos nós. Fox era parte do grupo tanto quanto cada um ali e nós nos protegíamos com a vida, se necessário fosse. Com extrema fúria, atacamos de volta os ciclopes e um dos filhos de Nyx conseguiu matar um. Parecia que conseguiríamos. Estávamos em maior número, afinal, mas aqueles ciclopes eram mais traiçoeiros do que esperávamos. A aparente descoordenação deles era, na verdade, uma forma de nos distrair. Fizeram-nos pensar que tínhamos o controle da situação para golpear-nos de surpresa. Alec, o mais jovem dos filhos de Nyx, foi o primeiro a cair após um golpe letal na cabeça. Era assustadora a inércia do corpo dele em contraste com toda a vida que reinava havia tão poucos instantes. Marvin perdeu o controle ao ver a morte de seu irmão e logo também foi abatido da mesma maneira.

Restavam dois de nós e dois deles. O maior dos ciclopes, o mesmo que matou os irmãos correu para cima de nós e Jake e eu atacamos em conjunto, como tantas vezes já tínhamos feito. Ele gritou que os ciclopes não costumam ser tão rápidos, havia algo diferente naqueles e provavelmente era um encantamento de Hera, já que era a ela que eles louvavam quando nos acordaram. Mantínhamos a velocidade. Não havia brechas nos nossos ataques, sempre derrotávamos nossos inimigos com destreza, mas Jake era mais que meu mestre, era meu melhor amigo, por isso eu entendia tão bem cada movimento dele. Por isso eu notei de pronto que o brilho sumiu dos olhos dele no momento em que demos o golpe final no ciclope maior – o monstro havia se armado com a lança de Marvin e a enterrara no abdome de Jake. Meu mundo pareceu ruir ao mesmo tempo em que aquele ciclope se desfazia em pó. Tomado por um ódio que jamais havia conhecido antes, parti para cima do terceiro oponente, o menor deles, e o enfrentei de uma maneira que jamais conseguirei repetir. Eu estava tomado por algo fora do meu controle, minha mão guiava minha espada e meus pés guiavam meu corpo com independência, era como se eu não detivesse mais o controle de mim. E foi aí que uma aura roxa, mais escura que aquela alta madrugada, rodeou meu corpo e me deu um pico extremo de força no momento exato em que eu o matava.

Não esperei o monstro se dissolver em pó, eu precisava entender o que era aquela coisa roxa ao meu redor. Jake balbuciava quando me ajoelhei ao lado dele, parecia ter urgência em me falar algo importante e eu não conseguia aceitar que ele iria partir. Ele foi o primeiro a me aceitar, meu amigo, meu irmão mais velho. – Mike... Deixe-nos e corra... O mais rápido que puder... para Long... Island. Tem uma colina... você saberá quando a vir... É o Acampamento Meio... Sangue... Outros de nós estão lá... nõ com os mesmos... propósitos que tínhamos... em sua maioria... Mas lá... estará mais perto... dos deuses... Vingue-nos, Mike... Vingue-nos... filho de... Deimos... – Vi os olhos de Jake perderem o restante de vida que ainda tinham e eu sabia que não poderia ficar ali por mais tempo. Se Hera tinha mandado aqueles ciclopes, provavelmente mandaria mais monstros ao meu encontro e eu estaria ferrado. Deitei os corpos de meus amigos lado a lado e parti. Corri a toda velocidade que podia na direção mais afastada de Long Island e enfrentei mais três harpias no caminho até a imensa e imponente colina.

Havia mesmo algo de diferente naquela região, eu sentia algo mágico no ar. Imprimi toda a minha força em minhas pernas para subir a montanha e desferi um último golpe na harpia em meu encalço antes de passar pelo grande pinheiro e cair rolando colina abaixo para dentro da fortaleza mágica. Quando parei de rolar, vislumbrei o alvorecer de dentro do lugar mais incrível que já tinha visto e minha última visão antes de perder os sentidos foi a de uns quatro ou cinco híbridos de homem e bode vindo me socorrer. E ali, desmaiando, jurei que vingaria Jake, Marvin e Alec um dia, não importava o que fosse necessário, e encontraria Deimos para pôr em pratos limpos tudo o que tinha vivido.

don't be afraid... be in panic!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Sex 11 Dez 2015, 19:54


Avaliação




Michael F. Chase

Well,well,well... Michael, sua ficha trouxe-me certas dúvidas em relação a aprová-lo ou não.
A primeiro momento, a sua história estilo Potter chamou-me a atenção de uma forma positiva, bem como a sua criatividade e a forma de relatá-la. Você possui um bom domínio da escrita, conseguindo prender a minha atenção durante todo o texto, capaz de colocar o leitor na pele do seu personagem, não ficando algo monótono e sem personalidade. Houveram sim alguns erros, ainda que poucos, como "ouve" no lugar de "houve" (do verbo "haver").

Agora vamos ao problema — você pecou um pouco no quesito coerência. Para início de conversa, você começou seu texto como que na casa da mãe do Michael, ou seja, sendo aí o seu presente. Depois você diz: "Lembrar daquela época hoje não dói em mim tanto quanto antes, mas naquela época eu cheguei ao limite. Na madrugada de um desses dias tediosos[...]", o que passa a impressão de todos os fatos narrados a seguir terem ocorrido no passado, sendo meio que lembranças ou um flashback. Além disso, após a reclamação do personagem, você diz que o mesmo enfrentou três harpias, porém diz extremamente pouco sobre essa luta ou sobre a dificuldade da mesma.

Por fim, pondo os pesos na balança, decidi por pouco reclamá-lo. Peço, porém, que se atente nas próximas vezes, e você se dará bem no fórum. No mais, minhas boas vindas ao chalé 21.

Reclamado como filho de Deimos

Qualquer dúvida, reclamação, observação ou o que seja, basta contatar-me por mp.
Darya Archer-Gilligan
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Edgar Cayce Sex 11 Dez 2015, 22:04



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Desejo ser reclamado por Despina. Seu grande poder sobre o gelo me interessou.

- Perfil do Personagem

Psicológico: Edgar Cayce é um menino calmo e alegre, gosta de fazer amizades e de ir a algumas festas que lhe agradam. Não gosta de beber por que se sente mal e sempre acorda de ressaca. Seu humor as vezes muda, de muito bom para uma chatice tremenda. no entanto tem horas que ele é super sério, o que chega a chocar algumas pessoas que só o vem de bom humor.

Físico: Edgar possui cabelos negros em um tom bastante escuro, sua pele é clara quase chegando na tonalidade da neve que cobria os bosques no inverno. Não era muito alto, tinha apenas 1,60, uma estatura média comparada a população em geral. Seus olhos são de um azul acinzentado, devido a uma mutação rara que o fez ficar naquela coloração. Seus 60 quilos são bem distribuídos pelo corpo todo, não sendo nem tão magro, mas também nem tão musculoso assim.

Ele gosta de vestir um casaco negro, de pano leve e um pouco maior do que o normal. Sua blusa branca sempre abaixo, junto de uma calça jeans preta, com algumas partes mais claras na parte da coxa. Seu corpo não sente o frio abrupto do Canada, mais até que os moradores já acostumados, como se a neve e o frio fizessem parte do seu ser.

- História do Personagem

Ele nasceu no Canada na belíssima cidade de Ottawa, uma das principais cidades turísticas do pais. Morou por lá até seus 10 anos, mas se mudou após seu pai ter se casado. Após conhecer Melany, Jhon se apaixonou. Ela morava em Miame, estava no pais só de passagem. Sua família toda era dos EUA e por isso não queria morar naquele pais.

Jhon estava apaixonado demais, e queria também uma mãe para Edgar, que não fazia ideia de quem era a sua de sangue. O garoto não teve o porque de negar a mudança, aliais não havia ninguém ali que o prendesse naquele lugar. No entanto ele sentiria falta dos campos esverdeados as margens de um rio que passava próximo a sua casa.

Hoje o jovem tem seus 19 anos de idade, se apegou demais a sua madrasta, que o criou como se fosse seu verdadeiro filho, lhe dando carinho, atenção e educação. Seu pai lhe ensinou muitas coisas também, embora sua mãe não gostasse da maioria. Eles se davam muito bem, eram uma família feliz, até mesmo toda a família de Melany lhe trata como se fosse do próprio sangue.

Mora sozinho no campos da Universidade Internacional da Florida onde estuda Biotecnologia. Ainda não trabalha, mas recebe uma ajuda de custo dos seus pais para poder se manter vivo enquanto se empenha em seus estudos. Haviam dois melhores amigos que sempre o seguiam, em todos os lugares que ele ia. Um deles era o Jochy e o outro era Blacke, dois alunos estudiosos, mas também muito descontraídos e que adoravam uma boa farra.

Embora adorasse sua mãe de criação, Edgar sempre quis saber o que fez sua própria mãe se afastar de seu pai, o deixando sozinho no mundo. Ele não tinha receio dela, só queria uma explicação plausível para tal ato. Seu pai não lhe dava muitas explicações, só falara que ela não podia ficar com eles, e por isso se foi. Algumas vezes, quando a neve caia em seu quintal, ele sentia uma certa presença, a pesar de nunca ter notado ninguém por perto.

Em um dia de inverno, Edgar resolveu fazer uma viagem. Se dirigiu da Florida até Long Island, onde sua tia Mei morava. Ela era uma mulher de 50 anos, sem filhos e que adorava quando o jovem aparecia para vê-la. Lá ele tinha um conhecido, Edward. O chamava mais pelo abreviativo, Ed. Era mais fácil para ele. Eles viviam perambulando pela floresta, criando mapas e outras coisas mais. Ed andava meio estranho, dizia que era devido a um acidente quando era criança, por isso Edgar nunca desconfiou. Pois na verdade, Ed não era o que se dizia ser.

Em um dia de muito frio, quando a neve caia lentamente sobre a cidade, Edgar decidiu andar com seu amigo pela floresta.

Ambos se trajaram, Edgar usando seus trajes preferidos, e Ed usando umas roupas mais robustas, o deixando aparentemente gordo. Foram bem em direção ao centro da floresta, onde havia uma clareira. Eles sempre sentavam ali para admirar as estrelas a noite, pois por ali não se tinha a influencia luminosa das luzes da cidade. Naquele dia, tudo o que Ed temia aconteceu.

Edgar sempre lhe contara que as vezes sentia uma forte presença a sua volta, como se alguém tivesse lhe observando, zelando por ele. Ele achava isso porque a sensação que sentia era muito boa, não sabia como explicar. Isso foi contado logo no inicio da amizade, quando ambos se conheceram “ por acaso”.

Estava Ed e Edgar andando pela floresta. Ed estava com dificuldades para andar devido ao traje, diferente de Edgar, que andava sobre o gelo como se o mesmo não o permitisse afundar, como se fosse parte dele mesmo.

Ambos ouviram um barulho estrondoso vindo de longe, o barulho de uma árvore gigante caindo e se chocando com força no solo. Ed se manteve atento, logo percebeu o que estava acontecendo por ali, sabia que estava na hora, e que um dia aquilo viria acontecer. Mas ambos continuaram andando.

-Edgar, chegou o dia meu amigo- disse Ed assustado com o que estava se aproximando.
-Dia de que Ed, porque você está assustado? Não me diga que foi por causa desse barulhinho?- Edgar deu um pequeno riso, não tinha conhecimento do que estava chegando, para ele fora o barulho de uma simples árvore velha caindo no chão. Mas Ed sabia bem que não era isso.
-Edgar, tenho que te contar uma coisa séria, que eu deveria ter te contado a muito tempo atrás.- antes mesmo de Ed continuar sua explicação um barulho ainda maior de árvore caindo ao chão fora ouvido.
-Nossa, parece que a floresta vai cair sobre nossas cabeças.- Edgar começou a ficar preocupado com aquilo, sentiu um frio na espinha e ao ver seu amigo aparentemente assustado, começou a ficar do mesmo jeito. O modo de falar de Ed ajudou bastante para aumentar o medo.
-Edgar, corra, mas corra muito cara, se quiser viver.

Edgar se assustou, as palavras de Ed o deixaram com medo, confuso e um pouco curioso. Novamente sentiu um frio na espinha, mas agora seguido de uma voz que vinha de dentro da sua cabeça. “Edgar meu filho, fuja daí, imediatamente.” Fora a mesma coisa dita por Ed, que agora puxava o garoto pelo braço no intuito de fugirem.
Edgar não estava entendendo, mas a estranheza daquele acontecimento o fez começar a correr que nem um fugitivo. Assim que ele iniciou sua correria uma cena inacreditável lhe encheu os olhos. Um ser de mais de 2 metros de altura, totalmente musculoso, com um porrete enorme de madeira na mão, viera correndo na direção de ambos, derrubando as árvores como se elas não fossem nada para ele.

-Mas o que é aquilo cara?- perguntara a Ed que nem se arriscara a olhar para trás, sabendo muito bem o que era.
-Você quer parar e perguntar, ou prefere correr e tentar se salvar?

Edgar apertou mais os seus passos, mas parecia que aquela criatura monstruosa não pararia até matá-los.

-Venham cá minhas comidas, Imbrau quer comer vocês. - A criatura sorria debilmente, mas não parava de correr, e certamente o que falara faria ambos os jovens correrem ainda mais.

-Aí merda, não brinca comigo.- Edgar se desesperou e retirou forças de onde ele nem sabia que tinha, começando a correr mais do que um atleta profissional.

Ed estava levando o garoto em uma direção desconhecida, onde Edgar nunca tinha passado antes, talvez porque Ed não lhe lera ali ou porque ele não o queria por ali até que sua suspeita se confirmasse. Pena que ela foi se confirmar logo com um monstro faminto correndo atrás de ambos.

Não dava, ambos sabiam que a fera lhes alcançariam em alguns segundos, levando em conta o tamanho de suas pernas e a velocidade que corria, embora não fosse tão alta assim. Ed por sua vez se viu obrigado a defender Edgar, além do mais ele era um sátiro, e também o protetor do garoto.

Edgar viu seu amigo parar repentinamente, logo m seguida seu corpo fez o mesmo, parando um ou dois metros mais a trás de Ed.

-Ed, vamos correr cara, não podemos perder tempo, você não vai conseguir parar, ele … isso, sei lá o que seja essa coisa.- Edgar estava preocupado, por isso se viu na vontade de dizer aquilo.
-Edgar vou dizer tudo muito rápido, eu sou um sátiro tá bom. Você é um meio sangue, naquela direção tem um acampamento cheio de pessoas como você e eu. Você é filho de um Deus, então agora corra enquanto eu seguro ele.
-Para com isso, você acha mesmo que vou acreditar nisso?
-Edgar, olha aquilo vindo na nossa direção. Posso dizer mais alguma coisa? Ou só de saber que aquela fera existe lhe abre mais a mente para coisas nunca imaginadas por você.
-Concordo.

Embora tudo parecesse muito estranho, tudo aquilo teve que ser aceito pelo garoto. Teve que ser aceito de imediato, pois os fatos falavam mais do que as palavras.

-Eu estou com medo, mas também sei que se não lutarmos vamos morrer, então tem alguma coisa com você que eu possa usar?- Edgar estava tremendo, não só de medo, mas também devido a adrenalina que percorria seu corpo, o fazendo correr daquele jeito. Ambos viram que o único jeito de fugir era lutar. Matar não seria cabível para ambos, mas feri-lo ao ponto de dificultar seus movimentos, aquilo sim seria possível.

Ed retirou suas roupas, embora estivesse frio o sátiro não sentia nada, assim como Edgar também não. Um tipo de pulseira fora jogado para o semi-deus, que a agarrou rapidamente. Havia um tipo de marcação estranha nela, que Edgar desconhecia.

Uma espada apareceu nas mãos do jovem, assim que o objeto tocou suas mãos. Feita de bronze celestial, a arma brilhava a sua frente, era mesmo impressionante. Edgar olhou para Ed, em suas mãos havia somente uma flauta de bambu. “Sério isso? Ele vai lutar com uma flauta?” O garoto subestimara o poder do instrumento, não sabia ele que aquilo tinha um poder tremendo nas mãos certas.

A neve caia lentamente sobre os três corpos presentes naquela floresta. Ed e Edgar tinha a vantagem, ambos não sentiam o frio que estava fazendo. Aparentemente a criatura não sentia o mesmo. Era visível que ele estava diminuindo o ritmo da sua correria. Não era devido ao frio é claro, mas sim por causa da neve fofa que agora estava mais alta. Seus pés afundavam, pois seu grande peso o atrapalhava. Naquele momento, ambos viram que poderiam usar aquilo a favor deles.

O gigante estava em cima de Ed, desferira um golpe de cima para baixo com o seu porrete contra ele, já que o mesmo se encontrava a frente de Edgar. A flauta estava sendo tocada, mas não houve tempo de iniciar a magia a qual Ed estava pronto para usar. O porrete de madeira chocou-se contra o chão, fazendo uma grande quantidade de neve se espalhar por todos os lados. O sátiro conseguira se jogar para o lado, e por alguns segundos ficou sem tocar sua melodia.

Edgar se lançou em uma correria até o gigante, se aproximando pelo flanco enquanto ele levantava seu porrete. Mais neve foi jogada para todos os lados, assim que a fera lançara o porrete contra o semi-deus. Por pouco não o pegou em cheio, o que traria um ferimento grave.

Ed se ergueu do chão, sua flauta voltando a tocar. Estava mais frenética, como se a magia agora fosse para ferir, mas apenas raízes saiam do chão, agarrando as pernas, braços e o tórax da criatura. Ali estava a brecha necessária para o contra ataque.

O gigante estava arrebentando algumas das raízes que o prendia. Edgar se levantou rapidamente, correu para trás dele e fincou a espada em seu calcanhar. Ao fazer isso a fera gritou de dor, e acabou arrebentando o que prendia seu braço. Sua mão foi direto contra o corpo do jovem semi deus. Seu corpo foi lançado contra o chão, próximo de Ed. Este correu até seu amigo para ver se estava tudo bem.

Edgar se feriu, estava com sua cabeça sangrando, zonzo e não conseguia se levantar, se forçava ao máximo para não desmaiar. Não estava conseguindo, aos poucos foi fechando os olhos até apagar de vez.

O ataque do jovem foi o suficiente para atrapalhar o gigante. A espada tinha cortado logo parte do tendão dele, e seria muito difícil para ele andar. Ed usou suas raízes para agravar o ferimento, e assim aconteceu. O tendão se rompeu de vez, o monstro rugiu e não se levantou mais. A dor era tanta que ele não se levantara do chão.

Ed pegou Edgar desmaiado e começou a andar na direção do acampamento, que estava se aproximando.

Edgar em meio a um sono forçado começou a sonhar. Uma bela mulher, exalando um vento frio, se apresentara para ele.

-Enfim pude me apresentar a você meu pequeno. Desculpe por nunca ter aparecido, mas eu estava proibida de te ver. Espero que me perdoe, mas não farei isso novamente.

O garoto não sabia dizer se aquilo era mesmo um sonho. Sentia aquela presença varias e varias vezes quando pequeno, como se ela estivesse olhando ele e o protegendo desde sempre.

-Me diga então, você é minha mãe? - era o que ele queria saber. Estava considerando o que Ed havia dito sobre sua mãe ser uma Deusa.
-Sim meu filho, eu sou sua mãe.- sua voz doce acalmava o garoto, e ao mesmo tempo o fazia chorar, não só de alegria mas também de emoção.
-Qual o seu nome?
-Meu nome é Despina.

Dali ambos se dirigiram até o acampamento, onde tudo seria resolvido.

Poderes:
Arsenal:

Edgar Cayce
Edgar Cayce
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Mensagens :
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Nexus Sáb 12 Dez 2015, 15:20


♂ NEXUS [FICHA]

• Espírito da Água [Tritão]
-> Acredito que as peculiaridades da espécie se completam na trama do personagem, na forma que eu desejo.

• Características Físicas
-> Nexus é alto e magro, mas de forma atlética. Caucasiano, possui olhos verdes claros e cabelos loiros escuros. Visualmente aparenta possuir seus dezessete para dezoito anos, mas na verdade o ser aquático tem mais de trinta anos, o que é uma idade de jovem para a espécie. Por ser uma criatura mitológica, sua idade demora mais para contrastar (Como acontece com Groover na saga Percy Jackson). Sua barba quase sempre fica para fazer, beirando um tom de escassez. Quando em forma híbrida, sua cauda possui cores esverdeadas em tons acinzentados.

• Características Mentais
-> O garoto foi treinado desde muito jovem para integrar o exército de Poseidon. Devido ao seu treinamento, aprendeu a ser calmo, mesmo nos momentos de pressão, além de ser muito astuto para pensar em estratégias de batalha. Costuma ir ao mundo humano em suas horas vagas, pois possui um certo fascínio pela cultura mortal. Nexus tem um forte desejo de estar em combate e sonha em um dia comandar o exército de Poseidon. Não é alguém de falar muito, mas possui seus momentos de ira em que pode resmungar mais que o normal. É um servo fiel de Poseidon, obedecendo-o quase sempre sem questionar.

• História (Se passa no reino de Atlântida, dentro do mar)

Os olhos de Nexus permaneciam imóveis, concentrados, quase que dilatados. Em sua mão direita, um tridente de Oricalco era segurado firme, como se aquela arma fosse parte do corpo daquele jovem tritão. Sua feição era de alguém cansado, praticamente exausto e não era para menos. Contra aquele loiro aquático, três adversários ainda restavam, outros três já haviam tombado, com bastante esforço. Não foi surpresa o avanço dos oponentes, esperavam vencer a Nexus, enquanto ele tentava se restabelecer fisicamente, mesmo que àquela altura o outro lado também estivesse longe de seus ápices físicos. Um dos primeiros rivais avançou, cortando a água como um raio. O inimigo tentou fazer um corte na cauda do rapaz com sua espada, mas Nexus bloqueou a ofensiva com seu tridente e num giro rápido, fez um corte nas barbatanas do adversário, aquele era o sinal que ele havia o desclassificado. Nem segundos passaram quando os restantes oponentes se puseram a atacar, quase simultaneamente. Porém o tritão encurralado utilizou sua velocidade para fugir dos ataques, permitindo aos adversários que abrissem suas guardas e fossem eliminados daquele treinamento com dois golpes certeiros.

— Esperava que lutar contra seis te fizesse perder. — Comentou Peleu, comandante general do exército dos tritões, se aproximando de Nexus.

— Não foi fácil, eles eram muito rápidos. Por sorte, eles pensaram que por estarem em vantagem numérica poderiam lutar sem cuidar da defesa. — Respondeu o rapaz, entregando seu tridente a seu superior.

— A verdade é que suas habilidades estão muito aquém dos demais soldados. Penso que se treinar fortemente, em breve poderá tornar-se o mais forte dentre os tritões e náiades. Com certeza, você e Aquarius são os mais promissores de todo nosso exército. — Falou o general, citando a Aquarius, um rival antigo de Nexus. Desde crianças, ambos sempre postularam o posto de prodígio de Atlântida, entretanto Aquarius tinha um comportamento mais diferente de Nexus.

— Fico lisonjeado de ouvir isso general, meu único desejo é ser o melhor em servir a Poseidon. — Concluiu o elogiado.

(XXX)

O jantar do exército era servido dentro do palácio de Poseidon, em uma área própria para os soldados. Vezes ou outra, o próprio rei dos mares ia confraternizar com seus servos. Naquela ocasião, apenas os soldados rasos desfrutavam da refeição, enquanto capitães e o comandante tinham uma reunião particular em outra sessão.

— Abre passagem — Bradou um tritão. Seu corpo era nitidamente vistoso, de longe era o maior e mais musculoso de todos ali presentes. Seus cabelos eram negros e em seu queixo, uma pequena barba era ostentada. Era Aquarius, sentando-se ao lado de Nexus à mesa e retirando o que estava mais próximo a ele. Todos sabiam das habilidades do rapaz e por isso não pensavam em enfrentá-lo, mesmo que as vezes fosse extremamente ignorante. Pelo contrário, muitos outros soldados seguiam a Aquarius, mesmo que possuíssem a mesma patente.

— Sabe, você podia chegar sem fazer tanto estardalhaço. — Comentou o loiro, dando uma mordida em alguma espécie de comida marítima e sem dar muito valor a seu "companheiro".

— Seria mais gentil em minha chegada, senão ficassem cochichando sobre seus feitos. Disseram que hoje, venceu seis soldados lutando sozinho. No meu último treinamento contra múltiplos adversários, Peleu me pôs apenas contra quatro, mesmo sabendo que eu poderia vencer mais. Sinto um leve favorecimento. — Murmurou o tritão mais arrogante.

— Trata disto como se fosse uma competição. — Colocou Nexus, enquanto todos os demais soldados apenas observavam a conversa entre os dois.

— Lógico que não. Só pode ser competição se mais de um lado pudesse vencer. Só acho que Peleu quer que pensem que estamos no mesmo nível. — Sorriu. Enquanto seus "subordinados" agitavam, após a resposta.

— Sabe, você fala demais. — Retrucou Nexus, levantando-se da mesa.

— Amanhã pedirei a Peleu sete adversários e espero que você esteja entre eles. — Brincou o soldado moreno.

Nexus virou-se para seu adversário e sorriu, enquanto Aquarius levantou-se e o encarou. Logo ambos se aproximaram um do outro, ficando frente à frente, com sorrisos estampados no rosto. Era nítido que independente do comportamento, os dois desejavam ser melhor que o outro. Para Nexus, superar a seu rival era estar um passo a frente de suceder Peleu, derrotando seu maior concorrente. Para Aquarius, significava mostrar a todos que não deviam compará-lo a ninguém, que ele era muito mais forte que qualquer outro tritão. Os companheiros de ambos incitavam que eles começassem o combate ali mesmo, quase que gritando para que uma luta fosse iniciada.

— Espero que toda esta algazarra seja porquê a comida está muito saborosa. — Falou alto Peleu, adentrando na sala de jantar ao lados de seus capitães. Ao verem seu general, todos se calaram e voltaram seus olhares para Nexus e Aquarius, que permaneceram imóveis. — Se tem algo a dizer um para o outro, devem falar ao invés de encarar um ao outro. — Disse, aproximando-se de ambos.

— Só estava comentando que gostaria de treinar com Nexus amanhã. — Pôs o mais musculoso dos ambos.

— E eu estava aceitando. — Completou Nexus, de forma tipicamente calma.

— É uma pena que eu decida os treinamentos. Não tenho interesse em vê-los digladiando-se para ver quem é o melhor. Além do mais, existem afazeres para ambos amanhã. — Contrapôs Peleu. — Agora se já jantaram, podem ir para seus aposentos. — Concluiu.

Nexus era sempre muito calmo, mas Aquarius parecia ser seu ponto fraco. Desde que eram crianças, sempre foram colocados como adversários e cada qual respondeu a essa competitividade a sua maneira. Para uns, a calma e habilidade de Nexus seriam mais úteis em combate que a confiança e força de Aquarius, da mesma forma que outras pensavam justamente o contrário. Não se podia ter ideia de quem era o mais forte, mas não demoraria para que os dois estivessem no topo dos mais fortes dentre os seres aquáticos. No fim daquilo tudo, o que o destino poderia reservar para ambos? É algo que apenas o tempo poderia dizer, mas de uma coisa era certa: Aquela disputa ainda não tinha chegado ao fim.

Observações:
Nexus
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Mullet Ritter Sáb 12 Dez 2015, 20:30


PROLOGO

- Por qual deus deseja ser reclamado/qual criatura deseja ser e por quê?
Mullet deseja ser reclamado pelo olimpiano Ares, pelo fato da aura e da natureza de sua prole ser condizente com a trama para qual o personagem está direcionado, pois é órfão,
além da guerra ser uma inspiração e uma válvula de escape para toda a raiva presente.

- Perfil do Personagem
O garoto era um tipo diferente, daqueles que não se está acostumado a ver com muita frequência. Fisicamente, entretanto, era como qualquer garoto de 16 anos. Possuía uma altura mediana,
cabelos castanho-escuro e não era franzino e tampouco musculoso. Contudo, as similaridades acabam por aqui. Sua pele era branca como giz e exalava uma aura antâgonica, responsável por
contrastar violentamente com seus olhos negros e frios. A rosto era quadrado e um tanto quanto carrancudo, o que lhe dava a aparência de seriedade excessiva e lhe
assentava bem. No geral, representava melancolia e ira por trás de um semblante condizente com a personalidade.
A parte psicológica segue o mesmo trilho. Mullet sentia-se desvairado por um ódio desumano que lhe assolava ininterruptamente, não importa o quanto se concentrasse para tentar
afastá-lo. Este sentimento contribuiu para que o garoto desenvolvesse uma personalidade introspectiva e calculista, além de lhe manter em um estado constantemente alerta, tornando-o
ágil e esguio.

- História do Personagem
O vento fustigava furiosamente as cortinas do Black's Orphanage, dando-lhe um ar sombrio e assustador. O orfanato fora erguido por monges tibetanos em 1854, e ainda preservava o estilo
da época, com as paredes de tijolos de argila e uma aparência inquietante e gótica que poderia facilmente fazê-lo passar por um sanatório. Encostado em um andaime, em meio às sombras, estava
Mullet, um dos moradores do orfanato. A raiva do garoto era palpável, embora sua causa não estivesse explícita. Longe dos outros residentes, encontrava espaço e tempo para refletir sobre a
pergunta cujo valor era sua vida, a dúvida que até então fora um grande ponto de interrogação responsável por mágoas e mais lacunas em toda sua história. Em meio aos devaneios, o rapaz mal
nota uma figura sombria e encapuzada que o observava a uma distância segura do abrigo. Lentamente, a passos curtos e meticulosos, o vulto aproxima-se do jovem, que sobrassalta-se e rapidamente
se levanta, empunhando uma faca enferrujada retirada da cozinha do Black's:
- Quem é você?
O homem estaca, inclina a cabeça e não diz nada, apenas ri, um som rascante e baixo que cresce gradualmente à medida que os espasmos tomam conta do corpo da figura.
- RESPONDA! - grita Mullet, com uma ponta de medo na voz. - Diga agora ou verá o quão bem consigo manejar este instrumento em minha mão.
O sujeito ergue os dois braços em um sinal de rendição e diz:
- Muito bom, Mullet Ritter, muito bom. Confesso que não esperava tanto de você. É natural que você me veja como desconhecido, mas sei coisas sobre você que jamais confidenciou a ninguém.
Como por exemplo, a questão que o assola continuamente: a falta de familiares ou conhecidos.
- Isso é problema meu, saia daqui agora! - grita o garoto, sua voz tremendo com a raiva acumulada sendo extravasada aos poucos. Ele sabia que teria que controlar esta emoção, pois o estranho poderia
feri-lo caso partisse para um combate. Apesar de ser dominado pelos sentimentos, o jovem era calculista e inteligente.
- Ah, eu sei que é problema seu... Como também sei que não possui ninguém, que é um erro e um resto da escória humana presente no mundo, resultado de prazeres imberbes e joviais, nada mais que isso.
Você é, sobretudo, um lixo, que não desperta nada em alguém.
À medida que as palavras foram atingindo-o, o menino se descontrola e com um movimento fluido e surpreendentemente técnico a faca corta o ar com um sibilo raivoso e breve. Entretanto, o ser não encontra-se
na mesma posíção em que estava e sim a 10 metros de Mullet, sentado preguiçosamente em um banco de madeira:
- Isso é o melhor que pode? Eu já devia saber...
O moço novamente realiza o truque e aparece atrás do jovem, batendo com a mão em seu punho. Com o impacto do golpe, o garoto perde momentaneamente a força do punho e a faca escapa de seus dedos, reti-
nindo no chão duro e irregular de pedra na rua do Black's.
- É hora de parar com as infantilidades e seguir seu destino. Eu tenho as respostas que você precisa. Para obtê-las, deve aprender a dominar sua raiva, moleque. Controle-a. Seja homem e exercite a sua força.
Quando estiver pronto, vá para este local. - diz o encapuzado, entregando a ele um cartão com um endereço de Long Island. - A propósito, você terá uma oportunidade de testar seu ódio quando descobrir nossa
relação. Espero que até lá já tenha domado suas emoções.
O homem então abaixa o sobretudo, expondo apenas uma faixa de sua face e revelando um rosto quadrado e militar, com o maxilar proeminente e as maçãs anguladas. Entretanto, o que mais inquietou o menino
foi o olho esquerdo: uma órbita vazia com fogo no lugar da pupila.








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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kora Layla Dom 13 Dez 2015, 04:42

Koráh Lhyl

Por qual deus deseja ser reclamado?

Hécate, a deusa da magia. Meu personagem é inteligente, curioso e possui um espírito livre. Uma mulher forte de corpo e mente, que divide com a deusa o apreço pela noite e pelo conhecimento daquilo que não é facilmente captado pelos olhos.

Perfil do Personagem

Koráh é uma jovem garota nascida em Athenas, filha de um casal Árabe. Seu corpo é esguio, com poucas curvas devido aos poucos 15 anos. Sua pele ao brilho do sol é como canela em pó. Seus cabelos negros e rebeldes espelham a personalidade da garota descendo até sua cintura. Por vezes ela os doma numa trança que revela seu rosto expressivo. Grandes olhos com pupilas ametistas, bochechas macias e lábios carnudos e vermelhos como uma fruta madura. Porém tal beleza não é admirada, pois quase todo seu corpo é coberto pelas vestes de sua cultura.

Personalidade

Em frente aos olhos julgadores de sua comunidade, Koráh é uma boa filha que respeita os dogmas de sua religião. Dentro de casa é como todas as outras garotas de sua época. Seu espírito é como uma ave, que abre suas asas indo aonde o vento pode levá-lo, porém é impedido de seguir adiante devido as grades que a cercam, e estas não são feitas de metal. Koráh é inteligente, mais do que as garotas que convive, o suficiente para questionar a vida que leva. Ela não sonha com casamento, ou uma vida de esposa que lhe prometeram desde seu nascimento. Sua vontade é de sair pelo mundo conhecendo tudo aquilo que tentaram tão fortemente lhe proibir de ver. Assim como seu pai é muito curiosa e sente que sua mente funciona melhor à noite, quando o silencio e o escuro tornam tudo mais claro. Muitos admiram a presença tão marcante desta jovem, mas a maioria dos olhos a condenam e isso que ela mais odeia nesse mundo.

História do Personagem

Nos momentos de maior desespero nos agarramos a qualquer coisa que seja firme. Quando sua fé não lhe proporciona aquilo que você almeja você busca em todo lugar uma saída para alcançar seus desejos. Nesses momentos os deuses ouvem nosso suplico e nos dão um castigo. Os deuses não se importam conosco. Eles só querem se divertir com nossas dores, paixões e esperanças. É assim que um Deus castiga um homem. Dando-lhe o que ele deseja.

Athenas, 1997

Amal era uma mulher fiel. Estava sempre ao lado de seu marido e era o suporte que ele precisava nos momentos bons e ruins. Seu marido, Jhassim era um arqueólogo e devido a seu trabalho ela se mudou com ele para o berço histórico de Athenas. Durantes noites e dias ele saia pela porta para estudar o passado daquela cidade e sua esposa o esperava em casa. Ela nunca saia de seu lar, mas seus ouvidos recebiam com prazer as histórias contadas por Jhassim. A cada palavra ela conhecia mais das paixões de seu marido. E também de sua paixão por ela. Amal não poderia reclamar do amor de seu marido. Ele lhe dava presentes, conforto e carinho, mas em troca ela apenas lhe dava um lar. Anos se passaram desde o inicio do casamento e uma criança ainda não gritava a plenos pulmões naquela casa. O peso da comunidade, que havia recebido eles era pesada demais. "Como uma esposa Muçulmana não dá um filho a seu esposo?" era o que Amal ouviu entre cochichos na mesquita. Cada palavra lhe apunhalava como uma faca.

Ela tentou de tudo para engravidar. Desde sua fé, até os procedimentos modernos da medicina, mas seu ventre continuava tão seco quanto a terra que seu marido cavava todos os dias em busca de conhecimento. O pesar mudou de ombros passando para Jhassim que via sua mulher sofrer mais a cada dia, mas ele sabia que só um milagre iria conceder uma vida. Movido por álcool e por uma esperança vazia, Jhassim entrou num antigo templo da antiga deusa Hécate. A fé pela deusa era tão forte na Grécia Antiga que talvez um pouco desta força pudesse ter restado naquelas pedras frias. Envolto em lágrimas e ódio ele rogou pela misericórdia da deusa e recebeu apenas o silencio da noite como resposta. Desolado ele vagou sem destino. Em uma encruzilhada, perdido ele parou. Sem saber por onde seguir ele se viu ainda mais desesperado, quando de repente uma mão tocou seu ombro e uma jovem mulher surgiu a sua frente.

Amal era uma mulher fiel. Depois de nove meses, seu marido voltou para casa. E mesmo que em seu colo ele carregasse uma criança ela o abraçou e lhe recebeu feliz dentro de casa. A esposa nunca perguntou o que havia acontecido com ele ou de quem era aquela menina. Amal a pegou no colo, beijou sua testa, lhe deu um nome e chamou de filha.

Athenas. Tempos Atuais.

Um vulto percorria as ruas de Athenas. Uma sombra invisível aos olhos das pessoas. Era assim que Koráh se via. Quando o escuro tomava o céu e as pessoas se rendiam ao sono era a melhor hora para ela. A hora em que podia andar livre sem que ninguém a visse. Sem que ninguém a julgasse. Deste modo ela podia conhecer o mundo, mesmo que no escuro. E quando a luz do sol ameaça retornar ela se enfiava na segurança de seu quarto. Porém naquela noite alguém a viu. Seu pai a esperava em seu quarto quando ela voltou de seu passeio noturno

- Onde você esteve? – perguntou seu pai. Sua voz parecia exausta ao mesmo tempo que severa.
- Eu fui dar uma volta. – Koráh se jogou na cama e olhou para o teto pintado com estrelas.
- Eu já te proibi uma vez e não vou me repetir. Você não pode sair à noite. É perigoso!
- Ultimamente eu não posso nada. Desde que mamãe morreu eu sou uma prisioneira. Porque simplesmente não me prende aqui nesse quarto? – retrucou a garota. Ela viu seu pai se aproximar com o rosto vermelho de fúria, mas como se temesse algo ele parou.
- Amanhã você não será mais problema meu...

Jhassim saiu do quarto batendo a porta. O mistério daquelas palavras assustou Koráh. “O que ele quis dizer com aquilo?”. Desde a morte de sua mãe há dois anos o homem gentil que era seu pai deu lugar a uma pessoa cheia de fúria e nervos. Ele nunca chegava perto da filha e a proibia de sair de casa. A tratava como uma estranha com quem dividia a casa. Se no passado eles dividiam o teto da casa para olhar as estrelas, hoje ele divide rancor e pesar com ela.
Na manhã seguinte ela acordou com o bater de gavetas e portas. Seu pai colocava seus pertences dentro de uma mala. Koráh se levantou da cama e se aproximou do pai. Quando ela tocou em seu braço ele se virou assustado batendo sem intenção no rosto da filha. Temeroso ele deu um passo para trás e sem pedir desculpas continuou a colocar os pertences na mala.

- O que você está fazendo? – perguntou Koráh entre lágrimas.
- Você irá embora. Vivera com os Malik agora. – respondeu o pai.
- Eu não quero morar com eles. Esta é minha casa.
- ESTA NÃO É MAIS SUA CASA! – esbravejou. – O pai de Mohamed pediu sua mão em casamento para o filho, e eu aceitei. Agora você e esta casa pertencem a eles. Não é mais problema meu.

Jhassim se aproximou da filha e pegou em seu braço. Koráh tentou fugir, mas o pulso firme de seu pai a puxou para fora do quarto. Ela gritava e xingava, mas era em vão. Quando chegou no batente da porta da frente dois homens a pegaram de cada lado. Ela tentou chutar, morder e socar os homens com toda sua fúria, mas a força deles subjulgava a dela. Os homens a carregaram pelas ruas, onde sua suplicam eram ignoradas pelas outras famílias de sua comunidade. Ela foi levada até dentro de uma casa e jogada no chão de uma sala. Seu pai chegou logo depois trazendo sua mala. Um senhor se aproximou dele lhe entregando um pacote. Era o dote que sua filha valia. O preço dela.

Koráh ergueu o rosto e olhou para o pai. Um ultimo pedido de ajuda do homem que tanto a amara. Ela apenas recebeu de volta o pavor daquele homem. Ele se virou e andou em direção à porta.

- Que o gosto amargo que eu sinto agora seja sempre presente na sua boca.  – amaldiçoou a filha antes de ele partir.
- Cala boca sua pequena Lilith – disse o senhor que havia comprado a ela. Era Salim Malik. Um velho comerciante que acreditava que seu dinheiro fazia dele o senhor da região. Desde que Koráh havia despertado interesse em seu filho ele vinha tentando convencer ela a casar com seu herdeiro. Depois de muitas recusas Salim espalhou a todos na comunidade que Koráh era uma bruxa. Uma Lilith.
- Engula sua língua. Porco!

Um tapa atingiu o rosto de Koráh. Envergonhada ela tocou o rosto sentindo ódio. Ódio daquele homem. Ódio de todos que obedeciam a ele. Ódio da forma como a tratavam na rua. Mas acima de tudo, ódio de ser tão impotente. Ela não podia mais recuar e chorar. Se a garota aceitasse tudo aquilo ela sempre seria escrava da vontade dos homens.

Koráh se ergueu. Olhando nos olhos do homem que a comprou. Podia ver neles sua cobiça ardendo como chamas. Ela levou suas mãos até o rosto dele sentindo o calor e o suor de sua pele. De todo seu coração ela desejava todo o mal possível a aquele homem.
“Se ele me chama de Lilith, eu serei uma Lilith”

- Engula sua língua... PORCO!

O homem começou a rir. Ele gargalhava e perdia o ar de tanto rir. Ele ria tão alto que seus homens riam com ele. Salim não conseguia se controlar. Algo naquela mulher o fazia rir. Seu pulmão começou a doer e o ar entrava com força por sua boca, até que ele parou de entrar. Sua língua havia inchado. Ela se enrolou em si mesma e fechou o canal da traqueia. Salim desesperado tentava tossir, mas sua língua estava emperrada dentro da garganta. Ele caiu no chão com o rosto roxo. Seus homens olharam com espanto para Salim e tentaram ajudar seu mestre, mas nada surtia efeito naquele momento.
Koráh não teve tempo de pensar no que havia feito. Ela agarrou sua mala e partiu porta afora sem olhar para trás. Do lado de fora seu pai cuspia a saliva da boca, como se algo amargo estivesse nela. Ao olhar para filha ele não pensou duas vezes e correu na direção oposta.

Ela precisava fugir dali. Logo todos saberiam o que ela fez. “O que eu fiz? Eu sou uma bruxa?”. Descalça ela corria pelas ruas de Athenas.  Lagrimas e suor se misturavam em seu rosto enquanto seguia sem destino certo. Ela só precisava chegar o mais longe possível daquele inferno que deixou para trás. Quando o cansaço a venceu ela estava parada no porto de Pireu. Koráh se sentou na beirada de um cais e deixou que a brisa da noite refrescasse seu corpo dolorido. Debaixo das estrelas ela se sentia mais calma, como se tudo que havia acontecido naquele dia fosse apenas uma fagulha passageira.

Koráh olhou seu reflexo na água. Seus olhos violetas pareciam mais vividos, como se a luz de uma estrela tivesse lhe emprestado seu brilho. Seu corpo começou a tremer. Vozes iam e vinham com o vento, sussurrando palavras sem compreensão. Uma luz surgia das profundezas da água emergindo. Era uma tocha de chamas incandescentes, e enrolada nela uma serpente de escamas negras. O grasnar de um corvo ecoou no céu e Koráh teve um espasmo. Por fim ela caiu desmaiada no chão do cais.

Koráh nunca saberia explicar o que havia lhe acontecido ali em Pireu. Ela presenciou seu reclame. Um dos deuses a havia proclamado como sua filha. E a única testemunha de tal ato era um Sátiro que se aproximava cauteloso de corpo de semi-deusa adormecida.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alaric L. Morningstar Dom 13 Dez 2015, 18:41


Avaliação




Edgar Cayce

Well, well... Vamos lá.
Olha, sua ficha não teve o necessário para uma aprovação. Erros de ortografia/digitação e acentuação estavam presentes em boa parte do texto, além de pontuação inadequada. Um exemplo disso pode ser visto no trecho abaixo:

Jhon estava apaixonado demais, e queria também uma mãe para Edgar, que não fazia ideia de quem era a sua de sangue. O garoto não teve o porque de negar a mudança, aliais não havia ninguém ali que o prendesse naquele lugar. No entanto ele sentiria falta dos campos esverdeados as margens de um rio que passava próximo a sua casa.

Onde o certo seria:

Jhon estava apaixonado demais e queria também uma mãe para Edgar, que não fazia ideia de quem era a sua de sangue. O garoto não teve o porquê de negar a mudança; aliás, não havia ninguém ali que o prendesse naquele lugar. No entanto, ele sentiria falta dos campos esverdeados às margens de um rio que passava próximo à sua casa.

Tirando isso, as características físicas e psicológicas ficaram aceitáveis, tinham o suficiente. Mas, por outro lado, a história deixou muito a desejar.

Houve uma mudança verbal na ficha, em que do passado foi para o presente, e depois passado de novo. Você não pode fazer isso, deve seguir uma linha, manter um tempo apenas (ou o presente ou o passado). Encontrei também uma repetição de palavras, principalmente dos nomes. Só esses erros abordados até aqui já pesariam para uma reprovação, mas ainda teve mais. Seu pior erro: a incoerência.

Em primeiro lugar, você não tem imunidade ao frio. Mesmo que seja filho de Despina, o que tem é resistência (apesar de ser fraca agora, porque mal iniciou a vida de semideus). Segundo: você é nivel 1, não poderia usar um poder de nível 9. Além disso, não teria a mínima possibilidade de uma espada de bronze celestial surgir do nada (sendo que não usamos esse metal aqui porque é muito raro; geralmente as armas são de bronze sagrado) e o personagem já ter uma maestria nisso a ponto de derrotar um ciclope. Para finalizar, o momento da reclamação foi um tanto... estranho. Os deuses não costumam aparecer para seus filhos (o que só ocorre em casos realmente necessários), Despina, assim como divindades em geral, não teria aquele comportamento abordado e nem te levaria ao acampamento. No máximo o que aconteceria seria, por exemplo, um sonho em que a deusa diz algo e então pede para o sátiro o levar até lá. Melhore isso, rapaz.

Enfim, é isso. Procure ler fichas aprovadas para ter uma base melhor (sem copiar) e revise seus textos (de preferência, use um corretor ortográfico). Não estou dizendo isso para te prejudicar; muito pelo contrário, é pelo seu bem. Qualquer coisa, MP. Ficarei grato em ajudar.

Reprovado



Nexus

Olha, confesso que já achei interessante o fato de querer ser um tritão, porque é bem difícil encontrar alguém que queira ser um espírito da natureza. Conseguiu descrever muito bem tanto fisicamente quanto psicologicamente o personagem, além de apresentar uma trama bastante envolvente. Sério, eu gostei muito de como resolveu inovar, ser diferente aqui, quebrar aquela mesmice; trazendo então uma história que, apesar de curta, consegue prender o leitor. Já deu pra perceber que disse que você narra bem, né?

Encontrei apenas alguns deslizes no uso da vírgula, tanto a falta desta em alguns casos, deixando o texto mais corrido, quanto o excesso, provocando pausas desnecessárias. Encontrei também uso desnecessário em alguns casos de "a" como preposição, antecipando nomes (geralmente esses erros foram depois de verbos). Exemplos disso se encontra em:

Seria mais gentil em minha chegada, senão ficassem cochichando sobre seus feitos
Nessa parte, deveria excluir a vírgula e usar "se não" (que expressa condição)

Pelo contrário, muitos outros soldados seguiam a Aquarius, mesmo que possuíssem a mesma patente.
Aqui você deveria eliminar o "a". Quem segue, segue alguma coisa. Sem preposição.

Vezes ou outra, o próprio rei dos mares ia confraternizar com seus servos
No trecho acima, há uma discordância. No caso, o mais apropriado seria usar "vez ou outra".

Espero que toda esta algazarra seja porquê a comida está muito saborosa.
"Porquê" (acentuado) só aparece quando antes dele houver o artigo "o" (por exemplo: "gostaria saber o porquê disso"), geralmente refletindo uma pergunta indireta. Em caso de afirmações (não sendo precedido por "o"), é sem acento.

Apesar desses erros, repito que a ficha foi muito boa e bem interessante. O resultado não poderia ser outro.

Aprovado



Obs.: Como já cumpri minha cota, as duas últimas fichas ainda estão disponíveis para avaliação.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alexey Rzaenov Dom 13 Dez 2015, 19:21


Avaliação




Kórah Lhayl - reprovada

Confesso que não esperava um potencial muito grande da sua ficha quando bati os olhos nela, jovem Koráh, mas como sempre, eu me enganei. Gostei muito da sua forma de escrever, a história me prendeu bastante. Só tenho algumas dicas para lhe dar, senhorita:

- Use um template. Por mais que a história seja o mais importante, o visual não deixa de ser algo fundamental em um post.

- Em algumas frases, sinto que a vírgula faz falta, então lá vai uma dica: leia o texto em voz alta, assim você sabe onde deve e onde não deve colocar a vírgula e o ponto final.

- Dê espaço entre as falas. Olhe este diálogo:

"- Onde você esteve? – perguntou seu pai. Sua voz parecia exausta ao mesmo tempo que severa.
- Eu fui dar uma volta. – Koráh se jogou na cama e olhou para o teto pintado com estrelas.
- Eu já te proibi uma vez e não vou me repetir. Você não pode sair à noite. É perigoso!
- Ultimamente eu não posso nada. Desde que mamãe morreu eu sou uma prisioneira. Porque simplesmente não me prende aqui nesse quarto? – retrucou a garota. Ela viu seu pai se aproximar com o rosto vermelho de fúria, mas como se temesse algo ele parou.
- Amanhã você não será mais problema meu..."

Agora observe como fica mais organizado com o devido espaçamento:

"- Onde você esteve? – perguntou seu pai. Sua voz parecia exausta ao mesmo tempo que severa.

- Eu fui dar uma volta. – Koráh se jogou na cama e olhou para o teto pintado com estrelas.

- Eu já te proibi uma vez e não vou me repetir. Você não pode sair à noite. É perigoso!

- Ultimamente eu não posso nada. Desde que mamãe morreu eu sou uma prisioneira. Porque simplesmente não me prende aqui nesse quarto? – retrucou a garota. Ela viu seu pai se aproximar com o rosto vermelho de fúria, mas como se temesse algo ele parou.

- Amanhã você não será mais problema meu..."

Devo fazer um comentário sobre a ultima parte: você não é uma filha de Hécate de nível alto, então não conseguiria fazer "aquilo" com o tal homem. E aquele sátiro aparecendo do nada ficou estranho, não acha? E mais um adendo: o nome da personagem é Kórah, mas você se refere a ela como Koráh. Apenas um erro de distração, conserte isso da próxima vez. Foi por pouco, minha jovem, mas como a ficha de Hécate é rigorosa, resolvi reprová-la. Corrija estes pontos que citei e você será mais do que reclamada!

Se tiver alguma dúvida ou precisar de alguma coisa que esteja ao meu alcance, MP!

A ficha do player Mullet está sendo avaliada por outro monitor


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Heron Devereaux Dom 13 Dez 2015, 19:47


Avaliação



Mullet Ritter — Reprovado — Eu estava numa dúvida tremenda sobre aprová-lo ou não. No entanto, cheguei ao final da leitura e percebi que você cometeu o mesmo erro que 9 em cada 10 jogadores comete. Observe a citação abaixo, que diz:

A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação.

Em PJO, a reclamação de um semideus acontece quando o símbolo de seu progenitor surge na sua cabeça. É obrigatório que esse evento aconteça em sua ficha. Pois, como o próprio nome já diz, é uma ficha de reclamação. Por esse motivo, sou obrigado a reprová-lo.

Já que estamos aqui, vamos falar sobre os problemas da ficha, para que você possa consertá-los em sua próxima tentativa.

Começo falando sobre as mudanças de tempo verbal. Num momento, você narra no pretérito imperfeito do indicativo e, de repente, troca para o presente do indicativo. Apresento, como exemplo, os trechos a seguir:

"Encostado em um andaime, em meio às sombras, estava
Mullet, um dos moradores do orfanato."

"Em meio aos devaneios, o rapaz mal nota uma figura sombria e encapuzada que o observava a uma distância segura do abrigo.

Você escreve muito bem e usa palavras um tanto rebuscadas. Por isso, acredito que esses erros são frutos de uma ficha feita às pressas e sem revisão. Algo que confirma isso é a maneira superficial que foi usada para apresentar a história do personagem. Quando acabamos de ler o texto, não sabemos quem é Mullet de verdade. Será que ele já tentou fugir do Black's alguma vez? Será que gosta de viver nesse lugar? Tem algum amigo ou, pelo menos, alguém em quem possa confiar? Se não, como é possível viver 24 horas por dia duvidando de tudo e de todos? Como é que ele sabe usar uma faca tão bem? Há muitas questões que podem ser incluídas no texto e que, com certeza, enriqueceriam a história.

Por fim, gostaria de falar sobre o ser encapuzado que apareceu na história. Não ficou clara a sua identidade. No entanto, tudo me levou a acreditar que se tratava de Ares. Em PJO, os deuses foram proibidos por Zeus de terem qualquer contato com seus filhos. Os deuses não interferem na vida dos semideuses, exceto em casos realmente necessários. Por isso, gostaria que você tirasse o deus da narração e trocasse, por exemplo, por um sátiro que veio para resgatá-lo, ou até mesmo um meio-irmão seu, caso prefira.

Consertando os problemas que eu apontei, garanto que sua ficha será aprovada. Você é um novato e, mesmo assim, já escreve tão bem quanto um veterano. Espero ter ajudado e desejo-lhe boa sorte, semideus. :D
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kairi Seg 14 Dez 2015, 17:26

- Qual criatura deseja ser e por quê?

Naiáde, porque elas são seres fascinantes e eu tenho grande vontade de me tornar uma.

- Perfil do Personagem

Física — De corpo esguio que quando em terra acaba em pernas delicadas, porém nas águas de seu domínio a cauda majestosa toma o lugar dos membros inferiores humanos. Seus cabelos variam entre rosa e azul devido ao trauma com sua nascente.

Psicológicas — Fofa, tímida, brincalhona e medrosa. Isso resume a personalidade da Kairi. Após sua chegada ao acampamento não desgruda da dríade Zyra e tem desejo de ser forte como ela.

- História do Personagem

Em um dia ensolarado em algum local não muito longe do acampamento, uma fonte de água límpida brotou da terra e com ela uma surgiu junto. Kairi era pequena e curiosa, mas nunca se afastava de sua nascente.

O local onde ficava era afastado das outras criaturas mágicas, estas ficavam no acampamento para semideuses e este a jovem Naiáde não sabia da existência. Em um dia quase o encontrou, porém ao ouvir sons estranhos pela floresta se amedrontou e voltou para a água.

Alguns dias se passaram desde a última exploração da Kairi pelos arredores e ela estava feliz em seu lar, não pretendia sair por um bom tempo, mas algo não concordava com isso.

Sentada na margem do rio, a jovem penteava suas longas madeixas e cantarolava distraída. Rio a cima, alguns homens, fugitivos da policia, despejaram alguns produtos na água a fim de que as provas do crime cometido fossem perdidas.

O espírito do rio sentiu logo que algo estava errado. Seus sentidos começaram a falhar e uma forte dor se apossou do seu coração. Ao notar que sua nascente estava sendo contaminada, nadou desesperada para se salvar e também a sua moradia, porém o que os humanos descartaram estava impregnado de magia e Kairi não sabia como agir.

Com um grito desesperado, a pequena Naiáde caiu ás margens do seu rio e implorou por ajuda até desmaiar.

~*~

Não muito longe, alguns campistas que estavam perto dos limites do acampamento ouviram o grito e logo correram para ver o que tinha acontecido e encontraram a Naiáde desacordada. Alguns ficaram para ver o que tinha acontecido, temendo monstros por perto, e uma minoria levou o espírito aquático para uma extensão do seu rio que corria para dentro do acampamento.

Ela ficou lá aos cuidados de outras Naiádes até se recuperar o bastante para viver sozinha, porém não conseguiria ser tão forte psicologicamente pelo o que houve com seu rio, que estava sendo purificado por alguns semideuses especializados em magia.

~*~

Não demorou muito para Kairi se acostumar com o Acampamento meio sangue. O local onde ficava era calmo e silencioso. A sua única companhia era um Dríade um pouco fechada, mas a Naiáde, depois de muitas tentativas, conseguiu que o outro espírito da natureza falasse com ela e depois de vários dias de conversar se tornaram amigas.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Seg 14 Dez 2015, 22:01


Avaliação




Kairi

Vamos lá, Kairi. Antes de qualquer coisa, parabéns pela escolha — um tanto quanto rara. Fico feliz em ver novas náiades por aqui. Sua ficha me deixou com certas dúvidas, então comentarei os detalhes da sua ficha que me chamaram a atenção.

A princípio de conversa, creio que você poderia ter detalhado melhor a sua personagem, principalmente no quesito psicológico, pois sua caracterização acabou por ficar demasiadamente superficial. Além disso, pude notar pequenos deslizes — relativos a pontuação, escolha de palavras (ou esquecimento das mesmas), causando confusão em alguns momentos — como nos seguintes trechos:

Em um dia ensolarado em algum local não muito longe do acampamento, uma fonte de água límpida brotou da terra e com ela uma surgiu junto."
Aqui a palavra náiade é omitida.

O local onde ficava era afastado das outras criaturas mágicas, estas ficavam no acampamento para semideuses e este a jovem Naiáde não sabia da existência."

No fragmento acima, a repetição do pronome causou certa confusão. Uma dica é tentar variar os pronomes utilizados, usando sinônimos, ou mesmo reorganizando a estrutura da frase. Observe como simples alterações tornam o trecho melhor compreensível:

O local onde ela vivia era afastado das outras criaturas mágicas, que ficavam no acampamentos para semideuses, cuja existência a jovem náiade desconhecia."

Ou ainda:

O local onde ela vivia era afastado do acampamento para semideuses, onde as outras criaturas mágicas ficavam, do qual a jovem náiade desconhecia a existência."

Outro erro foi a utilização de inicial maiúscula, exclusiva para nomes próprios, na palavra "náiade", que, por ser um pronome simples que denota um tipo de criatura mágica, exige inicial minúscula. Além disso, atente-se à revisão do seu texto, pois há pequenos erros que acabamos por não perceber durante a escrita.

Sugiro que você tente deixar a sua escrita mais... pessoal. Você disse que a sua personagem é fofa, tímica, brincalhona e medrosa, certo? Mas de que forma ela é tudo isso? Narre as sensações, os sentimentos da Kairi. Mostre como ela se sente diante das situações, como ela pensa, como ela reage, não apenas narrando as ações, entende?

Ressalto que a sua história é boa e você possui potencial suficiente para não somente passar numa próxima vez, como também se dar bem aqui no fórum. Apenas tente se atentar aos pontos acima citados, e com o seu esforço conseguirá evoluir sempre mais. Por enquanto está reprovada, mas não desista, cara náiade, pois espero encontrá-la em breve narrando pelo rio do acampamento. Seja bem-vinda ao fórum, e havendo dúvidas ou algo mais em que eu possa ser útil, basta me contatar — seja por mp, seja por chat ou qualquer outro meio que te seja conveniente. Boa sorte!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Leah Harley Seg 14 Dez 2015, 23:57

- Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

Thanatos, a personificação da morte. Por refletir um pouco da personalidade de Leah, a frieza, a leve dificuldade para se relacionar e a naturalidade, falta de medo e até mesmo conforto em relação à morte são comuns para ela.

- Perfil do Personagem:
Características Físicas:

Cabelos pretos cacheados, olhos castanhos, queixo não muito fino, pele muito branca, leves traços de origem espanhola ou portuguesa. Tem olhos grandes, sobrancelhas espessas e ambos muito expressivos, apesar de geralmente carregarem apenas uma expressão pensativa ou fria. Costuma ter sorrisos irônicos, os verdadeiros são raros porém sinceros. Usa em geral roupas escuras em tons de preto, vermelho, cinza, azul e verde e sem estampa. Ama botas e jeans rasgados, usa óculos grandes com armações pretas.
Características psicológicas:

Leah é uma pessoa que fala pouco e escolhe bem suas palavras, a não ser em seus momentos de impulsividade. Apesar de gostar de assistir ao sofrimento alheio, Leah não gosta de saber que foi a causadora deste, por isso e por saber que sua aura mortal causa desconforto ou pior às pessoas, gosta de evitá-las e ficar sentada sozinha. Por isso tem dificuldades em se relacionar com pessoas, preferindo a companhia de livros e animais, coisa provavelmente proveniente de seu passado. Carrega geralmente um olhar pensativo e curioso ao redor, sempre perdida em pensamentos e desligada da realidade. Gosta de lugares escuros e calmos. Suas cores favoritas são preto e azul escuro. Gosta de rock, emo e algumas bandas folk como "Of Monsters and Men" e "Mumford & Sons".
Possui um fraco por crianças, e odeia o fato de nenhuma gostar de chegar perto dela.
É bissexual, mas não dá muito alarde para isso.
Ama morangos, café, livros, cachorros, cavalos.

- História:

Nasci em uma cidade ridiculamente pequena no Sul da Inglaterra, onde morei com minha mãe até os 13 anos de idade. E eu teria mil motivos para reclamar dessa parte da minha vida, mas hoje eu desejaria ter tido mais tempo com ela, apesar de nunca termos sido muito próximas. Maryse era uma mulher fria, estressada e não muito carinhosa. Trabalhava com controle de qualidade em uma pequena empresa de carnes e estava sempre ocupada. O que me forçou a me tornar um tanto quanto independente bem cedo.

Quando menor, eu tinha ataques frequentes de raiva, o que meus professores insistiam em justificar com a minha “Falta de uma figura paterna”. Estes ataques me faziam dizer coisas que eu não queria, e machucar pessoas à minha volta. Mesmo que eu me agradasse do sofrimento alheio, nunca gostei de ser a causa deste.

Eu não fazia ideia do que me fazia me sentir tão diferente de todos à minha volta. Nunca me relacionei bem com ninguém e meus colegas se sentiam desconfortáveis perto de mim. Eu apenas me entretia em ver as caras de apreensão de meus colegas ao me verem se aproximar. Tive problemas de violência na escola e eu preferia e prefiro ainda hoje, a companhia de livros à de pessoas.  

Com nove anos fui matriculada em uma aula de arquearia, que é um esporte que sempre admirei. Eu acredito que tinha um certo talento para a coisa, modestamente falando. Demorei menos que meus colegas para conseguir puxar a corda e acertar o alvo, e em menos de seis meses eu já conseguia acertar um alvo há 50 metros. Apesar de não sermos tão ligadas, minha mãe nunca perdia uma competição e nem escondia o sorriso quando via as poucas medalhas que eu ganhava.

Eu não estava esperando no dia em que a notícia veio. Estava sentada em uma carteira da sala de aula, o livro enfiado no nariz como sempre, e meus pensamentos distantes foram afastados por batidas na porta. Eu literalmente senti meu coração saltar quando vi a expressão no rosto da diretora. Ela olhava diretamente para mim e eu soube que estava prestes a receber uma notícia ruim.

Ela me chamou para fora da sala para me dizer que minha mãe estivera envolvida em um acidente fatal na empresa.

Eu corri para casa. Não peguei minha mochila, ou dei satisfações a ninguém, apenas corri. Passei boa parte do dia quebrando tudo o que eu consegui e chorando tudo o que eu não havia chorado em toda a minha vida.

Tentava agarrar e ao mesmo tempo soltar tudo o que me ligava à ela. Eu não considero a morte um destino tão ruim, na verdade foi algo quase reconfortante. Mas chorei por não ter outra alternativa, chorei por estar sozinha. Uma dormência se instalou dentro de mim, eu praticamente não sentia nada, meus sentimentos eram como se vistos dos meus óculos embaçados em um dia de chuva.

Eu mal conhecia meu tio, com quem a assistente social me deixou dois dias depois. Ed Harley devia ter o dobro do meu tamanho (O que não é difícil devido à minha baixa estatura), tinha uma espessa barba preta e uma pança de cerveja. Ele nunca se casara e não falava muito com a família.

A dormência que se instalara dentro de mim permaneceu ali por um bom tempo apesar de Ed fazer o possível para me animar. Ele pintou uma parede do meu novo quarto de bordô, e me fazia chocolate de noite, o que era até bem legal da parte dele. Com o tempo nos tornamos algo como amigos.

Eu tinha 14 anos quando tive meu primeiro encontro com um monstro... Era uma tarde cinzenta de domingo, o sol saia por uma frestinha minúscula entre as nuvens, batendo direto no meu rosto. Eu estava sentada em uma praça perto de casa, havia acabado de sair da aula de arquearia, e estava distraída e perdida em pensamentos como sempre. As folhas das árvores me pareciam particularmente interessantes naquele dia, e eu demorei demais para perceber algo estranho se movendo em minha direção. O sol irritante em meus olhos custou a me deixar enxergar o esqueleto avançando de modo ameaçador.

Eu não tinha ideia de onde aquilo tinha saído. Ele tinha um ferro pontudo na mão esquerda e não tinha o braço direito. Apesar do osso meio lascado da perna, andava rápido, na verdade corria. Não me veio nada à cabeça, meu primeiro pensamento foi “corra”. Como diabos aquilo podia ser possível? Tentei me manter calma, mas isso não fez nenhuma solução me aparecer, então apenas corri.

Fui em direção minha casa, dobrando a primeira de três esquinas. Eu não conseguia gritar, minha cabeça girava. Corri por uma avenida (A única na cidade) e virei a segunda rua. Estava perto de casa quando finalmente algo estalou em minha cabeça e lembrei-me de que havia acabado de sair de uma aula de arquearia (O quão óbvio foi isso?). E é claro que eu sabia que flechas em um esqueleto não me ajudariam muito, era a minha única alternativa, sendo que eu não conseguiria correr para sempre. Tomei a maior distância que pude, me virei, estendi o arco, encaixei uma flecha e esperei uma fração de segundo antes de soltá-la.

A flecha o acertou com força, se prendendo entre suas costelas e o impacto o fez cambalear para trás, o que me deu tempo. Soltei outra flecha, e outra. Elas atrasavam a coisa mas não matavam. Quando ele estava praticamente em cima de mim não vi outra alternativa, usei o arco como um bastão de baseball e acertei o esqueleto algumas vezes. Ele lutava, conseguiu rasgar um pouco do meu antebraço esquerdo com a coisa pontuda que tinha na mão e meus golpes pareciam não ajudar muito em minha defesa.

Quando eu jurava não ter mais alternativas, tive a surpresa. Uma faca surge das costelas da coisa, e depois novamente da cabeça. Eu estava no chão nesse momento e só vi quem havia acertado o esqueleto quando o mesmo virou pó, bem diante de meus olhos.

James. Que era um garoto novo na escola, houvera chegado um mês antes e era provavelmente a única pessoa a parecer mais isolada do que eu. O garoto tinha um problema nas pernas, andava engraçado, era moreno, baixinho e não falava com ninguém. Na verdade eu não prestara muita atenção nele até aquele momento.

- Você é algum tipo de 'caçador de esqueletos'? - Perguntei quase gritando, em uma mistura de atordoamento e surpresa.

-Não exatamente. - Disse me encarando. - De nada, aliás! - Disse depois de uma longa pausa. Olhava para a minha perna, que agora eu via, tinha um corte grande na altura do joelho.

- O que diabos? - Falei em um tom baixo.

- Olha... Preciso te dizer uma coisa... - Ele disse, sendo interrompido por mim.

- Eu preciso ir agora! - Falei finalmente me levantando e me virei para sair.

- Espera!-  Gritou. E quando me virei para trás vi algo que eu não esperaria nem em sonho. O garoto havia levantado um pouco a calça e tirado o sapato. Ele tinha pernas peludas e cascos.

A princípio achei que se tratasse de uma pegadinha, mas logo vi que não quando ele “trotou” para perto de mim. “Um sátiro” Me lembrei de um livro de mitologia grega muito ruim que eu lera quando menor. Tive um choque momentâneo e então não tive reação, apenas ouvi a longa, ainda que resumida, explicação que ele me deu sobre minhas origens. Estava boquiaberta e com dificuldades sérias para acreditar naquele papo estranho sobre Deuses e monstros.

- Existe um lugar, sabe... Para pessoas como você! Filhos de Deuses-  Disse. - Os semideuses ficam seguros lá! E nós, sátiros somos enviados para leva-los em segurança para lá!

Começara a cair uma chuva fina, minha mente bloqueava parte do que ele dizia, recusando-se com todas as forças a acreditar. Em algum momento eu consegui que James me deixasse em paz, dizendo que eu precisava “pensar no assunto”. Depois disso, foi preciso muito tempo de convencimento da parte dele para me fazer pelo menos aceitar a ideia.

Eu e James conversamos todos os dias desde então, apesar de eu notar que até ele se sentia desconfortável perto de mim. Todos os dias ele tentava me convencer a ir com ele a Nova York, insistindo que estávamos em perigo ficando ali.

Eu finalmente aceitei a ideia uma semana depois. Disse a ele que falaria com meu tio. Inventaria uma desculpa. Na noite seguinte, arrumei uma mala enorme, planejando mentir para o tio Ed. Disse que faria uma viagem da escola, mas um sátiro batendo na porta de casa fez questão de contar a verdade por mim. Levamos mais ou menos duas horas e meia para convencê-lo do que James estava dizendo e mais uma hora para explicar o risco que corríamos enquanto eu estivesse longe do acampamento.

Ele aceitou um pouquinho melhor do que eu esperava, e mais cedo do que eu pretendia, estava me despedindo dele e partindo para um aeroporto.

Fomos ao Aeroporto e não precisamos esperar mais de duas horas para embarcar, já que o que mais se tinha naquele lugar eram voos para os Estados Unidos. Embarcamos, e a viagem se seguiu normal, comprei uns lanches nada saudáveis com um pouco de dinheiro que Ed havia me dado e tentei dormir sem sucesso. Em dado momento, notei uma mulher estranha sentada alguns bancos à nossa frente. Ela olhava para trás de tempos em tempos, coisa que eu fiz força para ignorar.

Quando finalmente desembarcamos na manhã seguinte, precisamos esperar mais uns vinte minutos por um táxi para a tal de Long Island. A viagem foi longa, tediosa, e me era estranho que o motorista dirigisse do “lado errado do carro”. Fiquei estressada durante um bom tempo até descermos no pé de uma colina, tudo corria normalmente até eu olhar para o lado. Lá estava ela. A mulher do avião, que aliás, me parecia tudo menos uma pessoa normal no momento. Tinha as pernas que eram exatamente como cobras e carregava uma espada juntamente com uma expressão assassina.

Me olhava de modo estranho quando começou a avançar. Eu não tinha tempo de pegar meu arco na mala, nem achava que aquelas flechas fossem ajudar. James me lançou um olhar significativo, jogou uma faca para mim, e avançou com outra na direção da “mulher cobra”.

A faca cor de bronze que ele me dera era leve e parecia ótima, mas eu não tinha ideia de como usá-la. Eu juro que tentei, mas meus ataques foram ridículos, eu mais me defendia precariamente e recuava do que qualquer outra coisa. As coisas melhoraram quando em algum momento, James conseguiu ir para atrás da mulher réptil, assim flanqueando-a e diminuindo sua defesa.

A confusão momentânea dela foi o suficiente para eu conseguir dar meu primeiro golpe. Eu certamente preferiria armas maiores, que me mantivessem a uma distância um pouco maior de meu alvo. Apesar disso, consegui fazer um talho no braço da criatura, mas meu recuo foi lento e me custou um corte na lateral da minha barriga. A dor foi suficiente para me fazer cair. Para falar a verdade, eu juro que teríamos morrido se não estivéssemos aparentemente sendo esperados, porque do nada uma flecha surgiu em uma das “pernas” da coisa, e logo outra e mais outra. Vi que duas pessoas desciam a colina correndo, uma com uma espada, e um cara com algo que se parecia muito com uma foice.

Tudo virou uma confusão. A garota atacava o monstro pela lateral esquerda, o garoto manejava a foice de um jeito incrível, se mantendo sempre em movimento e não dando chance do bicho contra atacar. Não sei o que, mas algo tomou conta de mim naquele momento, parecia-me que todos os meus ossos e músculos queriam estar junto com os garotos na batalha. Não sei o que me fez levantar, ou conseguir dar mais um golpe na perna da criatura antes de minha faca ser jogada para longe de mim.

Virei para trás por puro reflexo ao ver algo se movendo, mais dois daqueles monstros, na verdade. Foi difícil não entrar em pânico. Principalmente quando o garoto da foice foi derrubado pelas costas por um deles. Minha faca estava longe, o garoto havia caído perto de mim, e um dos monstros avançava diretamente para mim. Sua espada reluzindo estaria pronta para cortar meu pescoço, mas de algum modo algo dentro de mim me impelia a pegar aquela foice para me defender.

Foi muito mais útil que a faca e até mais fácil de manusear. Por ser uma arma longa, eu deveria ter mais dificuldades, mas o peso e balanço daquilo em minhas mãos foi simplesmente perfeito. Bloquear os ataques da mulher-réptil se tornou algo fácil, girei na ponta dos pés com a foice esticada para evitar outro golpe. Então me abaixei e de algum modo ergui a foice num arco acima de mim. O tempo foi perfeito e o balanço e peso da arma me fizeram dar um golpe muito mais forte do que eu poderia.

Me levantei novamente e ataquei, mais um golpe pela direita contra o peito da mulher monstro, que ela desviou com o escudo e fez um corte na minha perna com sua espada, mas apesar da dor, o tempo que a mesma perdeu foi o suficiente para me permitir acertar o pescoço da criatura pela esquerda, usando a foice e meus braços como uma alavanca. A força foi o suficiente para decepá-la.

Olhei para a cabeça e o corpo no chão segundos antes de ela virar pó. Uma satisfação incrível me atingiu, o pouco de sangue que vi antes de o corpo se desfazer foi algo poético para meu estado de espírito naquela hora.

Os outros tinham matado as outras mulheres-cobra e agora me encaravam enquanto eu olhava maravilhada para o pó no chão. Percebi que observavam algo acima de minha cabeça com expressões que eu não consegui identificar.

- Que foi? – Perguntei seca. Ninguém me respondeu. O dono da foice me encarava de um jeito diferente dos outros e eu pensei que fosse por eu ter pego sua arma, mas quando olhei para cima, vi o que provocava os olhares. Um tipo de luz com a imagem de uma foice dentro flutuava acima de minha cabeça, e a “luzinha” continuou ali quando eu tentei me mover para o lado. Parecia não ter a intenção de sair de cima da minha cabeça.

- Alguém pode me dizer o que diabos é isso? – Perguntei num tom baixo e calmo, apesar de que eu não estivesse tão tranquila assim com a situação.

- Você está... Sendo reclamada. – Disse James, cauteloso. – Esse é o símbolo de Thanatos! – Terminou em um som quase assombrado. Eu já lera sobre Thanatos e sabia de quem se tratava. Eu não havia pensado muito nisso desde que me James me falara que algum deus era meu pai. Mas por algum motivo, não foi uma surpresa. Na verdade, a ideia era quase reconfortante.

Fiquei atônita por alguns segundos até que algo em minha barriga doeu. Eu olhei para baixo, fiquei subitamente tonta e não vi mais nada além de uma quantidade perigosa de sangue saindo da minha barriga.

Acordei em um cômodo branco e limpo, estava em uma cama com minhas feridas fechadas apesar de ainda doerem. Meus olhos ardiam com a claridade, minha cabeça doía e parecia que eu tinha sido atingida na barriga por uma bala de canhão. Tudo no local transmitia uma certa paz, que por algum motivo me parecia levemente desconfortável. Eu quase sentia falta do escuro. Olhei para o lado e vi um homem se aproximando, e eu jurei que estava delirando quando vi que metade dele era um cavalo branco. Ele me lançou um sorriso caloroso.

- Bom dia criança! – Fez uma pausa - Por favor, me chame de Quiron - Falou. Não me lembro muito do resto do que ele disse, mas depois disso eu tive mais três dias para me recuperar e para ter um milhão de dúvidas esclarecidas. Quiron disse que meu pai eta Thanatos, me explicou sua história e me disse que eu encontraria alguns irmãos e ficaria em um chalé só para os filhos de Thanatos. Saber que eu tinha irmãos me deixou apreensiva, porém curiosa e ainda mais ansiosa para sair dali. Fiz de tudo para não soar muito fria com as pessoas, mas meu grau de ansiedade aumentando não me ajudou.

Uma ou duas pessoas apareceram por perto, e umas quatro foram trazidas desacordadas. Comecei a me perguntar se me fariam ficar ali para sempre, quando no quarto dia eles finalmente decidiram que eu já estava recuperada o suficiente para sair.

- Acho que agora já podemos deixa-la no chalé 19, não é James? - Perguntou Quiron, depois de eu não sentir mais dores. Estávamos passando pela porta, eu via muitas pessoas lá fora, pessoas demais, na verdade. – Boa sorte. – Disse Quiron, e entrou novamente na enfermaria.

Olhei para James com cara de “O-que-diabos-vai-acontecer-agora-?”. Ele apenas deu uma risada fraca e me conduziu pelo gramado até um círculo de construções extremamente diferentes umas das outras. Fui levada até o Chalé de Thanatos, que foi de longe o meu favorito. Tudo era preto e emanava uma escuridão aconchegante apesar de James parecer nervoso. Ele me disse que eu ficaria ali, e que teria irmãos. Essa perspectiva me assustava levemente, não que eu houvesse demonstrado. Eu ignorei esse fato o máximo que pude, porque certamente saber que era ali que eu iria ficar foi ótimo, e provavelmente o chalé seria meu lugar favorito no acampamento.
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De uma longa distância, e pelo canto do olho. Quando a lua brilhar por trás de um morro, meu caminho eu posso ver para onde, para sempre! Eu corro!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kora Layla Ter 15 Dez 2015, 03:04



Kórah Lhayl

"Quando os deuses nos querem punir, respondem às nossas preces" Oscar Wilde


Por qual deus deseja ser reclamado?

Hécate, a deusa da magia. Meu personagem é inteligente, curioso e possui um espírito livre. Uma mulher forte de corpo e mente, que divide com a deusa o apreço pela noite e pelo conhecimento, daquilo que não é facilmente captado pelos olhos.


Perfil do Personagem

Kórah é uma jovem garota nascida em Athenas, filha de um casal Árabe. Seu corpo é esguio, com poucas curvas devido aos poucos 15 anos. Sua pele ao brilho do sol é como canela em pó. Seus cabelos negros e rebeldes espelham a personalidade da garota descendo até sua cintura. Por vezes ela os doma numa trança que revela seu rosto expressivo. Grandes olhos com pupilas ametistas, bochechas macias e lábios carnudos e vermelhos como uma fruta madura. Porém tal beleza não é admirada, pois quase todo seu corpo é coberto pelas vestes de sua cultura.


Personalidade

Em frente aos olhos julgadores de sua comunidade, Kórah é uma boa filha que respeita os dogmas de sua religião. Dentro de casa é como todas as outras garotas de sua época. Seu espírito é como uma ave, que abre suas asas indo aonde o vento pode levá-lo, porém é impedido de seguir adiante devido as grades que a cercam.  Suas grades não são feitas de metal. Kórah é inteligente, mais do que as garotas que convive, o suficiente para questionar a vida que leva. Ela não sonha com casamento, ou uma vida de esposa que lhe prometeram desde seu nascimento. Sua vontade é de sair pelo mundo, conhecendo tudo aquilo que tentaram tão fortemente lhe proibir de ver. Assim como seu pai é muito curiosa e sente que sua mente funciona melhor à noite, quando o silencio e o escuro tornam tudo mais claro. Muitos admiram a presença tão marcante desta jovem, mas a maioria dos olhos a condenam e isso que ela mais odeia nesse mundo.


História do Personagem

Nos momentos de maior desespero nos agarramos a qualquer coisa que seja firme. Quando sua fé não lhe proporciona aquilo que você almeja você busca em todo lugar uma saída para alcançar seus desejos. Nesses momentos os deuses ouvem nosso suplico e nos dão um castigo. Os deuses não se importam conosco. Eles só querem se divertir com nossas dores, paixões e esperanças.
É assim que um Deus castiga um homem. Dando-lhe o que ele deseja.


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Athenas, 1997
Amal era uma mulher fiel. Estava sempre ao lado de seu marido, e era o suporte que ele precisava nos momentos bons e ruins. Seu marido, Jhassim era um arqueólogo, e devido a seu trabalho ela se mudou com ele para o berço histórico de Athenas. Durantes noites e dias ele saia pela porta para estudar o passado daquela cidade, e sua esposa o esperava em casa. Ela nunca saia de seu lar, mas seus ouvidos recebiam com prazer as histórias contadas por Jhassim. A cada palavra ela conhecia mais das paixões de seu marido. E também de sua paixão por ela. Amal não poderia reclamar do amor de seu marido. Ele lhe dava presentes, conforto e carinho, mas em troca ela apenas lhe dava um lar. Anos se passaram desde o inicio do casamento e uma criança ainda não gritava a plenos pulmões naquela casa. O peso da comunidade, que havia recebido eles, era pesada demais. "Como uma esposa Muçulmana não dá um filho a seu esposo?" era o que Amal ouviu entre cochichos na mesquita. Cada palavra lhe apunhalava como uma faca.

Ela tentou de tudo para engravidar. Desde sua fé, até os procedimentos modernos da medicina, mas seu ventre continuava tão seco quanto a terra que seu marido cavava todos os dias em busca de conhecimento. O pesar mudou de ombros passando para Jhassim, que via sua mulher sofrer mais a cada dia, mas ele sabia que só um milagre iria conceder uma vida. Movido por álcool e por uma esperança vazia, Jhassim entrou num antigo templo da antiga deusa Hécate. A fé pela deusa era tão forte na Grécia Antiga, que talvez um pouco desta força pudesse ter restado naquelas pedras frias. Envolto em lágrimas e ódio ele rogou pela misericórdia da deusa e recebeu apenas o silencio da noite como resposta. Desolado ele vagou sem destino. Em uma encruzilhada, perdido ele parou. Sem saber por onde seguir ele se viu ainda mais desesperado, quando de repente uma mão tocou seu ombro e uma jovem mulher surgiu a sua frente.

Amal era uma mulher fiel. Depois de nove meses, seu marido voltou para casa. E mesmo que em seu colo ele carregasse uma criança ela o abraçou e lhe recebeu feliz dentro de casa. A esposa nunca perguntou o que havia acontecido com ele ou de quem era aquela menina. Amal a pegou no colo, beijou sua testa, lhe deu um nome e chamou de filha.


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Athenas. Tempos Atuais.
Um vulto percorria as ruas de Athenas. Uma sombra invisível aos olhos das pessoas. Era assim que Kórah se via. Quando o escuro tomava o céu e as pessoas se rendiam ao sono era a melhor hora para ela. A hora em que podia andar livre sem que ninguém a visse. Sem que ninguém a julgasse. Deste modo ela podia conhecer o mundo, mesmo que no escuro. E quando a luz do sol ameaça retornar ela se enfiava na segurança de seu quarto. Porém naquela noite alguém a viu. Seu pai a esperava em seu quarto quando ela voltou de seu passeio noturno

- Onde você esteve? – perguntou seu pai. Sua voz parecia exausta ao mesmo tempo que severa.

- Eu fui dar uma volta. – Kórah se jogou na cama e olhou para o teto pintado com estrelas.

- Eu já te proibi uma vez e não vou me repetir. Você não pode sair à noite. É perigoso!

- Ultimamente eu não posso nada. Desde que mamãe morreu eu sou uma prisioneira. Porque simplesmente não me prende aqui nesse quarto? – retrucou a garota. Ela viu seu pai se aproximar com o rosto vermelho de fúria, mas como se temesse algo ele parou.

- Amanhã você não será mais problema meu...

Jhassim saiu do quarto batendo a porta. O mistério daquelas palavras assustou Kórah. “O que ele quis dizer com aquilo?”. Desde a morte de sua mãe há dois anos, o homem gentil que era seu pai deu lugar a uma pessoa cheia de fúria e nervos. Ele nunca chegava perto da filha e a proibia de sair de casa. A tratava como uma estranha com quem dividia a casa. Se no passado eles dividiam o teto da casa para olhar as estrelas, hoje ele divide rancor e pesar com ela.

Na manhã seguinte ela acordou com o bater de gavetas e portas. Seu pai colocava seus pertences dentro de uma mala. Kórah se levantou da cama e se aproximou do pai. Quando ela tocou em seu braço ele se virou assustado batendo sem intenção no rosto da filha. Temeroso ele deu um passo para trás e sem pedir desculpas continuou a colocar os pertences na mala.

- O que você está fazendo? – perguntou Kórah entre lágrimas.

- Você irá embora. Vivera com os Malik agora. – respondeu o pai.

- Eu não quero morar com eles. Esta é minha casa.

- ESTA NÃO É MAIS SUA CASA! – esbravejou. – O pai de Mohamed pediu sua mão em casamento para o filho, e eu aceitei. Agora você e esta casa pertencem a eles. Não é mais problema meu.

Jhassim se aproximou da filha e pegou em seu braço. Kórah tentou fugir, mas o pulso firme de seu pai a puxou para fora do quarto. Ela gritava e xingava, mas era em vão. Quando chegou no batente da porta da frente dois homens a pegaram de cada lado. Ela tentou chutar, morder e socar os homens com toda sua fúria, mas a força deles subjulgava a dela. Os homens a carregaram pelas ruas, onde sua suplicam eram ignoradas pelas outras famílias de sua comunidade. Ela foi levada até dentro de uma casa e jogada no chão de uma sala. Seu pai chegou logo depois trazendo sua mala. Um senhor se aproximou dele lhe entregando um pacote. Era o dote que sua filha valia. O preço dela.

Koráh ergueu o rosto e olhou para o pai. Um ultimo pedido de ajuda do homem que tanto a amara. Ela apenas recebeu de volta o pavor daquele homem. Ele se virou e andou em direção à porta.

- Que o gosto amargo que eu sinto agora seja sempre presente na sua boca.  – amaldiçoou a filha antes de ele partir.

- Cala boca sua pequena Lilith.  – disse o senhor que havia comprado a ela. Era Salim Malik. Um velho comerciante, que acreditava que seu dinheiro fazia dele o senhor da região. Desde que Kórah havia despertado interesse em seu filho ele vinha tentando convencer ela a casar com seu herdeiro. Depois de muitas recusas Salim espalhou a todos na comunidade que Koráh era uma bruxa. Uma Lilith.

- Engula sua língua. Porco!

Um tapa atingiu o rosto de Kórah. Envergonhada ela tocou o rosto sentindo ódio. Ódio daquele homem. Ódio de todos que obedeciam a ele. Ódio da forma como a tratavam na rua. Mas acima de tudo, ódio de ser tão impotente. Ela não podia mais recuar e chorar. Se a garota aceitasse tudo aquilo ela sempre seria escrava da vontade dos homens. Malik mandou seus capamgas deixarem eles a sós. Era o momento que ela tinha. Sua última esperança.

Koráh se ergueu. Olhando nos olhos do homem que a comprou. Podia ver neles sua cobiça ardendo como chamas. Ela levou suas mãos até o rosto dele sentindo o calor e o suor de sua pele. De todo seu coração ela desejava todo o mal possível a aquele homem.

“Se ele me chama de Lilith, eu serei uma Lilith”.

- Engula sua língua... PORCO! – Kórah deu um tapa no rosto do homem. Seus dedos marcaram a carne dele.

O homem começou a rir. Ele gargalhava e perdia o ar de tanto rir. Salim não conseguia se controlar. Algo naquela mulher o fazia rir. A esperança tola que ela tinha. Ele sabia que teria que quebrar isso. Seu pulmão começou a doer e o ar entrava com força por sua boca, até que ele parou de entrar. As luzes da sala começaram a piscar. Portas e janelas bateram com força. Um cheiro fétido de enxofre irradiava do chão, como se o próprio inferno fosse embaixo daquelas madeiras. Ele olhou para Kórah e seus olhos eram pura fúria, brilhantes e ametistas. Era como olhar para a própria Lilith de pé a sua frente.

Malik apertou seu peito. O medo que sentia naquele momento chegou em seu coração fraco. Ele já havia tido um enfarte antes, mas naquele momento ninguém o socorreria. O ar faltava em sua boca. Seu corpo suava. Sua cabeça ardia de dor. Seu coração não aguentaria tanto. A visão de Kórah a sua frente seria a última que veria e assim seus olhos se fecharam. Quando seu corpo tocou o chão a morte beijou seu lábios.

Koráh não teve tempo de pensar no que havia feito. Caiu de joelhos e assustava encarava o corpo inerte daquele homem desprezível. Ela agarrou sua mala e partiu porta afora sem olhar para trás. Do lado de fora seu pai cuspia a saliva da boca, como se algo amargo estivesse nela. Ao olhar para filha ele não pensou duas vezes e correu na direção oposta.

Ela precisava fugir dali. Logo todos saberiam o que ela fez. “O que eu fiz? Eu sou uma bruxa?”. Descalça ela corria pelas ruas de Athenas.  Lagrimas e suor se misturavam em seu rosto, enquanto seguia sem destino certo. Ela só precisava chegar o mais longe possível daquele inferno que deixou para trás. Quando o cansaço a venceu ela estava parada no porto de Pireu. Kórah se sentou na beirada de um cais e deixou que a brisa da noite refrescasse seu corpo dolorido. Debaixo das estrelas ela se sentia mais calma, como se tudo que havia acontecido naquele dia fosse apenas uma fagulha passageira.

Kórah olhou seu reflexo na água. Seus olhos violetas pareciam mais vividos, como se a luz de uma estrela tivesse lhe emprestado seu brilho. Seu corpo começou a tremer. Vozes iam e vinham com o vento, sussurrando palavras sem compreensão. Uma luz surgia das profundezas da água emergindo. Era uma tocha de chamas incandescentes, e enrolada nela uma serpente de escamas negras. O grasnar de um corvo ecoou no céu e Kórah teve um espasmo. Por fim ela caiu desmaiada no chão do cais.

Ela nunca saberia explicar o que havia lhe acontecido ali em Pireu. Kórah presenciou seu reclame. Um dos deuses a havia proclamado como sua filha. E a única testemunha de tal ato era uma criatura. O aroma doce da semi-deusa atraiu uma Dracanae. A criatura salivava enquanto se aproximava do corpo desmaiado. Com suas garras ela segurou a garganta de Kórah e estava pronta para devorar sua cabeça. Quando suas presas estavam próximas de ferir a carne da garota a Dracanae sumiu no ar. Uma espada cortou sua cabeça.

O balanço do mar acordou Kórah. Ela não estava mais no cais de Pireu. Estava em um barco, deitava em uma cama, dentro da cabine. Seu pescoço doía como se tivesse torcido, mas fora isso estava bem. Ao sair para a proa viu um homem controlando o remo. Era um veleiro que agora cruzava o mar e estava longe da costa de Athenas.

- Fique tranquila. Eu não te farei mal garota. – disse o homem com uma voz grossa. Ele era forte e sua pele bronzeada mostrava que certamente era um marinheiro. O vento da noite dançava em seus cabelos loiros. Ele parecia severo, mas seus olhos refletiam preocupação. – Eu salvei sua vida. Estou te levando para um lugar seguro.

- Lugar seguro? Salim veio atrás de mim? – perguntou a jovem.

- Temo que um mal pior que um homem tenha ido atrás de você.

O marinheiro era Patrício Scoba, um filho de Éolo que havia ancorado seu barco em Pireu. Ele viu tudo que havia acontecido com Kórah e salvou sua vida. Logo depois a levou a seu barco. Patricio sabia que em sua idade ela atrairia muito perigo. Tomando cuidado com as palavras ele explicou a garota quem ela era e porque tantos problemas a espreitavam. O símbolo do reclame brilhou ao lado de seu barco quando tudo aconteceu, e então ele soube que Kórah não era uma simples mortal. A verdade entrou dura pelos ouvidos dela. Não era fácil engolir tal história, mas apenas isso poderia explicar os últimos acontecimentos de sua vida.

Com lágrimas nos olhos ela aceitou sua sina e se despediu de sua terra natal. Em algumas semanas o barco velejou pelo mar, com ajuda dos ventos sempre presentes. Kórah não reconhecia o trajeto, mas Patrício a explicou que seu destino era a América. A terra dos sonhos. Em poucos dias já estavam caminhando pelas florestas de Long Island. O cheiro bucólico daqueles pinheiros lhe era muito agradável. Era como se ela sentisse o cheiro de um lar nunca descoberto. Patrício apontou um pequeno vale após uma colina. Com um brilho do sol, o que antes era nada se revelou aos olhos da garota. Um acampamento cheio de vida.

Esta seria sua nova casa. Um novo começo. O primeiro passo da sua jornada.

"Engula a língua... PORCO!"
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alexey Rzaenov Ter 15 Dez 2015, 14:28


Avaliação





Leah - Aprovada

Algo na sua ficha me lembrou muito a minha primeira aqui no fórum, srta. Harley. Sua ficha foi comum, nada de surpreendente, porém boa o bastante para passar. Atente-se a alguns erros bobos de pontuação (vírgula e ponto), recomendo que você leia o texto em voz alta para não deixar que esses errinhos passem. Apenas recomendo que você use um template, não precisa ser algo muito elaborado, um simples já deixa o texto com outra cara. Sem mais enrolação, seja bem-vinda, filha de Thanatos!

Kórah - Aprovada

Fiquei muito feliz em acompanhar sua evolução em apenas dois posts, Kórah! Parece que as dicas que eu dei realmente funcionaram, deu para notar um grande salto de qualidade entre aquele post e esse. Não tenho nada a comentar sobre a ficha, meus parabéns, filha de Hécate!


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Stephan F. Burkhard Qua 16 Dez 2015, 14:25


Reclamação



● Por qual deus deseja ser reclamado?

Desejo ser reclamado por Selene, deusa da lua. Andei dando uma olhada pela lista de deuses e poderes disponíveis procurando por algo que pudesse se encaixar na trama do personagem. Sua história nega alguns tipos de habilidades e restringe um pouco minha busca, facilitando-a de certa forma. Por fim, acabei optando pela deusa.

● Características Físicas:

Não muito alto, pode-se dizer que Stephan possui um físico respeitável. Não ultrapassa a linha do aceitável, mantendo certa sincronia entre a habilidade e força que precisa para seus feitos. Considerando seus quase dezenove anos, fica claro que sua imagem não poderia ser usada como símbolo de corpo ideal para a sociedade, por mais que não esteja abaixo dos padrões considerados bons.

Seus cabelos são castanhos escuros, quase pretos, exibindo em conjunto uma pequena barba que é cuidadosamente aparada para apresentar a mesma altura sempre. Uma pequena cicatriz quase imperceptível se encontra na base de seu abdômen como marca de um combate que aconteceu por conta da tentativa de reação a um assalto que sofreu quando criança.

● Características Psicológicas:

Stephan é um garoto mentalmente estável na maior parte do tempo. Guarda pra si boa parte de seus sentimentos e lembranças, as quais vez ou outra opta por enterrar onde ninguém jamais poderia encontrar, apagando-as de sua mente. Sabe ser amigável quando necessário, mas sua verdadeira personalidade é fria e dificilmente pode ser alterada por alguém. Certas vezes acaba por tratar a si mesmo de tal maneira, recebendo uma boa resistência ao álcool das bebidas com o passar dos anos como resultado.

Sua inteligência é um dos pontos mais importantes a serem citados. Claramente não é um gênio, mas terminou o ensino médio aos quinze anos e foi forçado a se adaptar à vida de órfão poucos meses depois, lidando precocemente com uma vida puxada enquanto se esforçava para sobreviver e sustentar a si mesmo.

● História:

A capacidade de lembrar-se de fatos antigos é comum para alguns, um dom para outros, mas o que acontece quando você se lembra de muito mais do que deveria? Não, não falo de memória fotográfica ou nada do tipo, falo de ter memórias que não são suas invadindo sua mente de um momento para o outro sem nenhuma explicação aparente. Stephan teve que aprender a conviver com essas memórias desde seu aniversário de quinze anos. Pode-se dizer que sua vida mudou muito a partir dali, e é aí que nossa história começa de verdade. Mesmo assim, alguns fatos são importantes para entender um pouco de como sua mente funciona.

O pequeno garoto nasceu em uma família simples na Alemanha no dia 12 de novembro de 1997. Para seu pai, aquela seria apenas mais uma noite como outra qualquer. Ninguém espera receber uma pequena visita noturna de uma mulher misteriosa com a qual teve um caso meses antes dizendo que a partir daquele momento ela seria pai solteiro. A reação inicial do homem foi entrar em desespero quase que imediatamente, pensando por um momento em se livrar da criança de alguma forma. Talvez apenas não o tenha feito por insistência da mãe, que desapareceu logo após uma longa conversa com o mais novo papai.

Por meses a existência de Stephan fora ocultada para que sua família não os julgasse, mas com o tempo, sem aguentar mais, seu pai decidiu se mudar com seu filho secreto para Los Angeles, onde passaram os próximos catorze anos, até o dia do acidente. Como se não pudesse esperar por uma data melhor, no dia do aniversário de quinze anos do jovem semideus, seu pai acabou batendo o carro em alta velocidade contra um ônibus. Esta história foi noticiada anunciando uma provável embriaguez por parte do motorista do carro.

Sozinho, Stephan acabou trabalhando com qualquer coisa que aparecesse durante um ano e meio, conseguindo assim o básico para sobreviver em um pequeno apartamento que conseguia pagar com os pequenos salários que recebia. Raramente sobrava dinheiro para que pudesse fazer algo além de comer, se vestir e pagar as contas que todo mês tinha o cuidado de não deixar chegar a um valor muito alto. Vez ou outra tinha ajuda de sua vizinha, que concordou em ajudá-lo a se esconder do governo para que não fosse mandado para um orfanato e pagar algumas coisas para ele quando tinha condições.

Aos dezesseis anos, tendo algum dinheiro guardado, mudou-se para Nova Iorque onde começou com seu emprego fixo como detetive particular. Era pago para descobrir coisas discretamente para clientes que muitas vezes pediam total sigilo sobre o contrato formado entre eles. Aos poucos ganhou certa reputação e conseguiu alguns contatos que indicavam seu serviço para certos clientes em troca de uma pequena parte dos lucros. De certa forma, não era tão difícil no início. Poucas pessoas acreditavam que realmente estavam sendo seguidas por um garoto tão jovem.

As memórias que o atingiam como flashbacks aos poucos passaram a ser controladas pelo garoto que mantinha em segredo seu pequeno dom a fim de não ser tachado de louco. Enquanto aprendia a controlá-las, passou a enxergar suas visões de uma maneira mais limpa, compreendendo muitas vezes o que elas queriam dizer. Com o tempo, acabou percebendo que muitas das memórias vinham de pessoas em comum. Era como se estivesse ligado de alguma forma com o passado daquelas pessoas, adquirindo os conhecimentos e habilidades de algumas delas em momentos específicos, fato que o ajudou a resolver alguns casos.

Os anos se passaram e Stephan optou por aprender um estilo de luta denominado “Krav Maga” a fim de saber como se defender ou até mesmo atacar nas situações de risco que sua carreira muitas vezes oferecia, tornando-se muito habilidoso em tal arte. Já próximo de seus dezoito anos, acreditava que estava apto para combater todo e qualquer tipo de situação que se apresentasse.

Mas é claro, estava enganado.

●●●

Eram cerca de onze horas da noite quando tudo começou. Stephan voltava para seu escritório com as fotos recém-tiradas de um homem que traía sua mulher. Um caso simples e rápido do tipo que dificilmente apresenta algum tipo de risco e é facilmente resolvido em um único dia. A brisa suave e levemente gelada atingia a parte descoberta do rosto do garoto que silenciosamente caminhava pelas ruas desertas próximas de seu lar. Mais cinco minutos naquele ritmo e já chegaria ao local esperado. Foi quando passou a sentir os tremores.

Ignorando-o inicialmente, continuou a caminhar como se nada diferente estivesse acontecendo. Os tremores começavam a aumentar de intensidade gradativamente, ainda que não representassem qualquer tipo de ameaça aos moradores. Por mais que o risco não fosse imediato, algo apitava em sua mente como se tentasse avisá-lo sobre o que estava por vir. E então a visão chegou como se um raio atingisse sua visão e deixasse absolutamente tudo branco. Antes de entrar de fato na visão, colocou ambas as mãos sobre a cabeça, afinal, nunca tivera uma experiência tão nítida e forte como aquela. De joelhos no chão, aceitou a visão para que pudesse ver o que ela queria dizer.

Conforme permitia que as informações rondassem por sua mente, o flashback tornava-se mais real, como se ele estivesse nos olhos daquela pessoa naquele momento. Ouviu e sentiu tremores semelhantes aos que sentia de verdade, e então, a pessoa da visão agarrou com mais força seu arco prateado e puxou de uma aljava em suas costas uma única flecha, encaixando-a no arco com uma incrível destreza. Mesmo um pouco trêmula e ofegante, a garota puxou a corda do arco mirando na direção de uma rua que dava de encontro com a sua. Stephan tentou reconhecer o corpo que estava assistindo por meio das características que podia ver. Cabelos loiros levemente encaracolados caindo sobre os ombros até a altura dos seios, pele branca, braços e mãos com aspectos de frágeis. Não era a primeira vez que tinha experiências com as lembranças daquela garota.

— Vamos, é só acertar o olho, você consegue... — disse pra si mesma com uma voz doce que transpassava certo medo.

Em poucos segundos, um ser enorme de pele azul escura apareceu, fitando a garota com seu único olho. Stephan já tinha visto criaturas como aquelas em filmes que encenavam algum tipo de mitologia. Sabia que era um ciclope, mas não podia acreditar no que estava vendo. Ou melhor, no que ela estava vendo.

A garota, após respirar fundo, puxou com um pouco mais de força a corda do arco enquanto a criatura monstruosa corria em sua direção deixando algumas rachaduras no chão a cada passo. Seu grito enraivecido podia certamente poderia ser ouvido de muito longe, e mesmo assim, ninguém apareceu para ajudar. Como era possível que ninguém notasse um bicho daquele? Por mais que as ruas noturnas no local da visão também estivessem pouco movimentadas, era de se esperar que qualquer pessoa curiosa saísse de sua casa para ver o que estava acontecendo.

— Pode vir, desgraçado! — gritou a garota soltando a flecha que cortou o vento em direção ao único olho do ciclope, atingindo-o quase que exatamente no centro. A criatura parou de correr imediatamente, soltando um grito de dor ensurdecedor. Em seguida, quase que imediatamente, tentou arrancar a flecha de uma única vez, arrancando junto com ela seu único olho. O grito desta vez foi ainda maior. Sem pensar duas vezes, a garota pegou mais uma flecha e repetiu o processo, mirando no mesmo lugar. — Agora acabou. — Sussurrou para si mesma lançando a flecha que penetrou a cabeça do ciclope pelo buraco onde antes estava seu olho.

O enorme corpo da criatura parou de emitir sons e caiu de uma única vez no chão, causando um tremor ainda maior. Em poucos segundos, ele se desfez aos poucos, deixando um rastro de pó no lugar onde antes estava seu corpo. Com isso, a visão parou e Stephan se viu ajoelhado no mesmo lugar como se tudo aquilo tivesse acontecido em pouquíssimos segundos.

— Eu devo estar ficando louco mesmo... — comentou consigo mesmo enquanto levantava. E foi então que viu um pequeno garoto correndo, não muito longe de onde estava. Tinha em mãos um arco semelhante ao da garota em sua visão. Stephan observou por um momento incrédulo antes de optar por correr atrás da criança.

Na maior velocidade que conseguia atingir, correu até a rua para a qual o garoto havia corrido, dando de cara com uma cena semelhante à que tinha visto. O pequeno garoto de no máximo catorze anos estava preparado para atirar na direção da rua que dava de encontro com o lugar onde estavam. Parando poucos metros atrás da criança, recuperou o ar nos pulmões e observou-o.

— Acerte no olho. — falou, sabendo que poderia se arrepender de fazer isso. A atenção do arqueiro foi de seu alvo para Stephan imediatamente e, após alguns segundos sem entender nada, um sorriso surgiu em sua face.

— Burkhard? — perguntou o garoto para a surpresa de Stephan, que assentiu lentamente com certo medo. — Quem diria que no fim você me encontraria. Assim que acabar com isso aqui, precisamos ter uma conversa.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ayla Lennox Qua 16 Dez 2015, 14:52


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Stephan F. Burkhard

Well, well, wel... Olá, jovem.

Primeiramente, me permita dizer o quão feliz eu fico ao ver que existe mais alguém tentando conseguir seu cantinho no chalé 18. Agora vamos ao que realmente importa, certo?

Olha, sua ficha foi bem legal. Gostei da trama do personagem, a história de ser detetive e tudo mais e principalmente a parte das visões - que eu espero que sejam explicadas em DIY's futuramente. Eu encontrei poucos erros na escrita, só alguns trechos onde ocorria a repetição de palavras por duas ou três vezes, mas nada absurdo.

However, percebi que você cometeu o mesmo erro que 9 em cada 10 pessoas está cometendo recentemente. Acontece uma narração da história, da vida, desenrolar da trama, um combate, algo que prende, mas... Cadê a reclamação?

Nas regras da ficha está explícito o seguinte ponto:

O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação.

Não senti nenhuma pista de sua ascendência divina - entenda que eu não estou mandando você escrever clichês como alguém que ame a noite, adore a lua -, nada que entregasse uma leve ligação com o mundo mitológico, nada que fizesse com que você descobrisse que, de fato, é um semideus (e olha que reli o texto pra procurar).

O fato de ver a luta e tudo mais não é exatamente uma reclamação, pois existem mortais capazes de ver através da névoa. As visões poderiam ser uma forma de explorar isso, porque sério, quem não vê esse tipo de coisa e fica confuso, curioso?

A reclamação é algo muito simples. Não precisa de lutas épicas, monstros estrambólicos ou coadjuvantes sensacionais. Geralmente é apenas um pequeno símbolo flutuando sobre sua cabeça ou a aparição de uma habilidade no momento em que você mais precisa.

Você tem potencial, eu sei disso, eu vejo isso. Trabalhe nesses aspectos que apontei, narre sua reclamação e tenho certeza de que será aprovado.

Por enquanto, reprovado.
Não desista.

Dúvidas, reclamações, elogios, desabafos, mimimis... MP
Atenciosamente, a líder da família lunática.
Ayla Lennox
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Riley Stirling Qui 17 Dez 2015, 09:20

Riley Stirling
-Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Atena. Combina com a personagem e o que escrevi para ela.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Física
Riley é baixa e muito magra, o que leva todos a pensarem que está sempre doente. Mesmo assim, não deixa de ter um corpo torneado demais para o seu porte. Tem a pele clara, mas não pálida. Seus olhos são azuis, tão claros que, às vezes, ficam em uma tonalidade cinza quase branca. Seu cabelo é castanho, com as pontas mais claras do que o resto, mas de uma forma natural.
Psicológicas
Apesar de parecer sempre triste por causa de sua aparência, nem sempre está triste. Para muitos, aparenta ser uma menina antissocial, mas isso acontece porque desconfia de todo mundo e é mais fechada do que a maioria das pessoas de sua idade. Também é um pouco tímida. É responsável, madura e extremamente inteligente, por isso acham que é mais velha do que realmente é. É calma e paciente. Não é tão sensível igual a maioria das garotas, sabendo controlar bem suas emoções em situações extremas. Mesmo tendo uma desordem neurológica (PBA) que a faz rir em momentos tristes, ou chorar por nada, mas que nela se evidencia mais em situações de estresse.


- História do Personagem
Riley nasceu em Londres, Inglaterra. Viveu lá até os seus 12 anos de idade, quando seu pai resolveu que era melhor se mudar para Texas, bem na fronteira com o México, porque, segundo ele, lá eles teriam mais oportunidades. De primeira, não gostou muito do lugar, ela se sentiu deslocada, como se lá não fosse seu lugar.
Depois de praticamente dois anos nos Estados Unidos, seu pai a abandonou, trocando-a por dinheiro. Foi vendida para uma maquiladora, no México, onde trabalhava praticamente o dia inteiro, com um salário que mal conseguia pagar a sua comida. Era mantida em um porão na própria fábrica, junto com outros “escravos”.
— Eu não aguento mais! — A menina sem querer pensou alto demais, o que era uma simples reflexão acabou saindo em um grito, o que fez o resto do grupo que morava no porão olhá-la como se fosse louca. Já trabalhava lá há dois anos, e nunca viu nenhum que conseguira fugir. Devia ser árduo, mas ela havia de tentar.
“Vai ser amanhã à noite, quando estiverem todos dormindo.” Pensou, com muita convicção. Não sabia como, mas ela ia. Foi dormir pensando num plano de fuga, e antes de cair no sono, já tinha todo o plano em sua mente. Só era necessário estudar um pouco o terreno de fora, o que era fácil pois o local era repleto de janelas.
Hey. — Foi acordada por uma voz estranha que nunca ouvira antes. Assim que abriu os olhos, deu de cara com um garoto barbudo. Não fazia a mínima ideia de quem era, mas de alguma forma sua aparência era tranquilizadora.
— Quem é você? — Perguntou, com os olhos arregalados. Não é porque ele tem uma aparência inofensiva que ela não baixaria a guarda perto de um estranho.
— Precisamos fugir, agora. Eu te explico depois. — O garoto falou e se levantou, ajudando Riley a se levantar. Bateu em suas calças para limpar a sujeira e apontou com a sua cabeça que ela deveria segui-lo para a saída. Depois deles saírem do porão e irem para um lugar mais seguro, ou mais reservado, o garoto prosseguiu. — Meu nome é Brock. Eu estou aqui para te ajudar a fugir e te levar para casa.
— Eu não quero ir para casa. — Falou a jovem. — Eu não quero ver o meu pai.
A menina achava que jamais seria possível perdoar seu pai, o que ele fizera fora algo inaceitável. Ela ainda estava muito magoada e não queria nunca mais ter de olhar na cara dele. Não era algo que deveria ser feito com ninguém, nem com seu inimigo, e pior, o fato dela ser sua filha fazia tudo ficar pior.
— Hmm... É... — O garoto coçou sua barba, pensativo. — Digamos que aquela não é sua verdadeira casa... Que você tem uma família muito maior e que são como você.
— Como eu em que sentido? — A menina já estava desconfiada, ela sabia que tinha alguma coisa errada ali, mas não sabia o que era. De qualquer jeito, a vontade de sair de lá era tão grande que ela ignorou que o estranho podia ser mau.
— Então... Você sabe sobre mitologia grega?
— Sim. — Riley pareceu espantada. Por que diabos mitologia grega estaria relacionada ao seu plano de fuga? Não fazia sentido.
— E se eu te falasse que tudo é real e você... Hmm... Faz parte disso? — Brock parou e olhou diretamente para os olhos da menina, que tinha uma expressão mista de felicidade com espanto.
— Uau... Isso é engraçado. — Enfim sorriu.
— Ok. Isso foi fácil. Agora nós precisamos sair daqui.
Não foi tão difícil. Estava de madrugada ainda, então estavam todos dormindo. Riley sabia os caminhos e onde ficavam certas chaves. Tirar elas das cabines dos seguranças sem acordá-los não foi muito trabalhoso visto que todos roncavam como porcos.
O clima lá fora estava bem mais frio, o que fez Riley estremecer assim que deu de cara com uma ventania logo quando abriu a porta. Depois que Brock falou que ela ia se acostumar com frio, que estava realmente suportável, Riley parou de tentar se aquecer. Ela reparou que não era lá que estava muito frio e sim lá dentro que era bem quente e ela havia se adaptado ao clima da indústria.
Depois eles correram. Muito. Não que Riley soubesse para onde estavam indo, ela não fazia a mínima ideia. Depois de alguns minutos, quando não viam mais os portões, avistaram uma estrada e pararam.
— Aqui nós estamos extremamente vulneráveis. Precisamos chegar até a cidade.
— Mas ela não fica longe?
— Fica, mas nós temos carona. — No mesmo segundo que ele falou isso, um carro parou bem na frente deles. — Não seria um plano de fuga sem um automóvel chegando bem na hora certa para nos salvar, não é mesmo?
Riley assentiu e os dois entraram no carro. Brock falou que era um “parente” do motorista e Riley não ligou muito, sabia que era mentira mas não se importava muito. Passou o tempo todo olhando o horizonte passar rapidamente e arrumando o que tinha em sua mochila. Não muita coisa, mas ela podia sobreviver. Depois de algum bom tempo adormeceu e quando acordou estavam em algum aeroporto, que não sabia qual era. Felizmente, o rapaz tinha dinheiro para as duas passagens. Depois de algumas horas esperando o voo, finalmente embarcaram. Não era primeira classe, mas os assentos eram bem mais confortáveis que a cama em que Riley houvera dormido pelos últimos meses.
Na viagem, Brock explicou que havia um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue e os filhos dos Deuses treinavam lá. Explicou coisas básicas sobre seu “mundo” e Riley prestava toda a atenção possível, maravilhada. Tudo aquilo era novo para ela, mas aparentemente não a intimidava, ela estava extremamente curiosa. Fez várias perguntas quando ele disse que era um sátiro, ela tinha reparado que ele andava engraçado, mas não pensara na hipótese.
— Hmmm... Estou com um mau pressentimento. — Disse Riley assim que eles desembarcaram do avião.
— Deve haver algum monstro aqui por perto. Temos de ser rápidos, venha!
Eles saíram do aeroporto às pressas. Não correndo porque poderiam achar que eles fizeram algo errado e tudo o que eles queriam naquele momento era passar despercebidos. O aeroporto era relativamente perto do Acampamento, o que era muito bom, só que eles ainda não estavam lá, então continuavam vulneráveis a ataques.
— Não vamos conseguir chegar lá à pé. — Disse Brock, tirando a carteira do bolso. — Estamos no Brooklyn e precisamos chegar em... Long Island, por favor. — Falou, enquanto entrava em um táxi qualquer que passara em frente a ele.
Não demorou muito para que chegassem lá, talvez uma meia hora. Brock pagou o táxi e prosseguiram andando.
— Não é uma boa levar mortais para perto de lá. — O menino disse. — Ops... Isso não é bom...
Ele se virou e olhou para a esquerda e Riley seguiu seu olhar. Algo muito grande estava vindo em sua direção. Brock puxou a pequena pelo braço e começou a correr o mais rápido que podia.
— Ei, eu acho que correr não vai funcionar.
Brock a olhou com uma cara nervosa e se virou para a coisa que agora já estava bem perto.
— Mas nós não temos nada para usar contra um ciclope!
— É só pensar. Eu tenho uma faca, só é preciso acertar o único olho dele. Como ciclopes tem boa audição é só jogarmos algumas pedras na direção oposta que ele irá achar que estamos indo para lá. Depois, só temos que andar silenciosamente até o acampamento.
— Uau, como você sabe tudo isso?
— Digamos que eu sou uma pessoa que busca sempre conhecer novas coisas. — Riley piscou. — Você quer arremessar ou eu arremesso? Eu sou boa com dardos.
Brock fez um movimento com a cabeça para que ela atirasse. Quando o ciclope estava a uns 4 metros, Riley atirou a faca, que acertou bem na pupila única do monstro. O olho ficou vermelho no mesmo segundo que a lâmina o tocou, parecia que ia explodir, o que não aconteceu, mas começou a sangrar bastante e a sair um líquido estranho. Para o ciclope, a faca era como uma farpa, mas havia o fato de que ela enterrada no olho dele, doía mais que qualquer coisa que ele já houvera sentido. Ele não conseguia tirar de lá, fazendo ela entrar cada vez mais. Depois de um tempo tentando, ele tombou, continuando a se mexer e urrando de dor.
Os dois finalmente se deram conta que ele não ia levantar tão cedo e não ia mais tentar matá-los e saíram correndo para o acampamento.
— Como você fez aquilo? Foi perfeito! — Disse Brock já do ladro de dentro.
— Eu só pensei um pouco. Planejei com as coisas que nós tínhamos ao nosso dispor. E graças à Deus funcionou. — Brock olhou para ela com uma feição indecifrável. — aos Deuses, perdão.
Eles iam em direção à Casa Grande quando o menino parou, maravilhado.
— ATENA! — Ele gritou tão alto que a menina tomou um susto e deu um pulo para atrás.
— ONDE? — Ela perguntou, olhando para todos os lados.
— Você! — Brock apontou para um ponto sobre a cabeça da jovem. — Você é filha de Atena! Sabia!
— O quê?
— O símbolo de Atena, você está sendo reclamada como filha dela! — O jovem falou e sorriu, despertando um sorriso no rosto de Riley também.
Os dois explicaram para Quíron o ocorrido, que a deu as boas vindas e explicou como as coisas funcionavam lá. Pediu que Brock a levasse para um passeio pelo acampamento e assim o fez.

.
XIII
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Yesol Qui 17 Dez 2015, 19:10


FICHA DE RECLAMAÇÃO


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Desejo ser um tritão. Desde que os tritões foram abertos para a reclamação, isso tem despertado meu interesse.  Seria muito interessante construir uma trama com um personagem assim.  Também gosto muito dos poderes deste grupo, por estarem relacionados à água.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Fisicamente: Da cintura para cima, Yesol é como um adolescente de 16 anos normal, na medida do possível. Possui cabelos loiros rebeldes que vivem sempre desgrenhados, não importa a situação, e olhos de um verde intenso. Sua pele é bronzeada devido ao grande tempo que passa na água, e também têm algumas cicatrizes espalhadas pelos braços, consequências dos treinamentos para ser um guerreiro. Possui uma tatuagem de concha no braço, e ela é a coisa da qual o jovem sente mais orgulho. Da cintura para baixo, tem uma grande cauda verde-água, que possui tons mais escuros no início e tons mais claros no final.

Psicologicamente: Com um humor sarcástico e piadas sem graça, o jovem tritão conquista todos ao seu redor, também tendo fama por sua lealdade. Evita matar quando necessário, mas se for preciso, ele não hesita. Tem um forte fascínio por animais aquáticos, e os protege a qualquer custo. Procura sempre ajudar os outros, e é sempre visto por ai com um grande sorriso no rosto, mas sabe ser focado e disciplinado quando preciso, pois foi treinado para ser um soldado.

- História do Personagem

Emergi para fora da água, respirando o ar puro. Sentei-me na areia molhada, enquanto observava minha cauda virar, lentamente, um belo par de pernas.

Enquanto observava as ondas do mar se quebrarem na terra firme, comecei a pensar. Como eu cheguei a esse ponto? Como fui buscar auxílio com um grupo de semideuses?

Meu pai dizia que os semideuses e os mortais poluíam o mar com seu lixo imundo. Matavam as criaturas marinhas por puro prazer. Mas dizia também que podíamos confiar nos filhos de Poseidon. Eles respeitavam o mar e eram amigos dos seres marinhos. Eu apenas esperava que fosse verdade. Mais cedo ou mais tarde, iria descobrir.

Apoiei a mão direita no chão e levantei-me, com certa dificuldade. Era a primeira vez que usava meu novo conjunto de membros, e não estava gostando muito. Preferia minha cauda. Mas nem tudo é como a gente quer, não é?

Enquanto minhas pernas bambeavam e lutavam para sair da areia e chegar ao acampamento, pensei no que estaria acontecendo na aldeia. O que havia acontecido com meu pai, aquele que havia me protegido, me apoiado nas minhas decisões mais difíceis, como me tornar um tritão guerreiro?

Tritões guerreiros são aqueles que protegem nossa pequena cidade, são os mais bravos e corajosos, aqueles que são chamados de heróis quando conseguem sobreviver a um ataque. Recebiam uma tatuagem de concha no braço, perto do ombro, quando completavam seu treinamento. Eu já tinha a minha, claro.

Eu vim para o acampamento buscar abrigo. Embora eu fosse um guerreiro, não havia chance de escapatória. Nossa aldeia estava sendo dizimada aos poucos. Estávamos sendo atacados pelos Seastorms, um povo inimigo. Eles não eram leais à Poseidon como nós, e tinham muito mais habitantes. Em meio à confusão, lá estava eu, desnorteado. Tentava achar meu pai, mas este não estava em nossa casa, nem em lugar nenhum. Os atacantes eram mais de 500. Muito mais do que nosso exército defensivo poderia aguentar. Então eu fugi. Fiz a última coisa que meu treinamento mandava fazer.

Agora, eu sentia vergonha de quem eu era, vergonha da minha covardia. Minha tatuagem de guerreiro queimava em meu braço. Eu não era mais digno dela. Nem de ser chamado de um tritão valente.

Não, eu não iria chorar. Não iria desabar em lágrimas. Eu precisava ser forte.

Só me restava rezar á Poseidon para que meu pai estivesse bem, que tivesse fugido, como eu. Ele era minha única família, já que minha mãe morrera há muitos anos.

Agora eu já estava caminhando sob a terra, e já conseguia avistar a formação dos chalés. Enquanto observava as construções, eu jurei vingança. Eu iria vingar meu povo.  

Adendos, vem cá seu lindo:

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Oliver H. Greyback Sex 18 Dez 2015, 03:44

Avaliação - Riley Stirling:

A primeira coisa que me deixou curioso foi sua história - um pouco mirabolante, mas nada excêntrico demais. Porém, faltou trabalhar mais a narrativa, mostrando os sentimentos da personagem e descrevendo o que havia a sua volta. Além disso, o único problema que encontrei foi a falta de coerência em alguns pontos (cruciais) do escrito: o fato de trabalhar num local desses por dois anos e nem sequer ter pensado em alguma maneira de escapar (convenhamos, é algo que qualquer um pensaria, ainda mais uma filha de Atena), e a facilidade com que matou o ciclope (boa estratégia, mas não se arremessa facas da mesma forma que se arremessa dardos e mesmo assim não seria fácil ter a habilidade e controle sobre seus instintos para esperar a hora certa de atirar. Não para alguém destreinado e desacostumado com isso).

Entretanto, no geral sua escrita é boa e vejo que tem futuro, só precisa de alguns retoques. Bem-vinda filha de Atena.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Christian Myers Sex 18 Dez 2015, 15:13



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- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Afrodite, por ser quem melhor se assemelha à personalidade do semideus.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas):
Físicas:
Cabelos pretos lisos; olhos pretos e puxados; magro; 1,75m.

Psicológicas:
Sasuke é naturalmente extrovertido, mas não pôde mostrar muito isso quando estava próximo ao pai e aos irmãos. Ama cantar e dançar, além de ser um romântico incurável (adora livros, doramas e filmes com boas histórias de amor).

- História do Personagem:
Ele vivia numa família mais rígida que a maioria das outras no Japão. Não tinha alívio para com suas responsabilidades e muito menos regalias. Mas a vida de Sasuke era um pouco mais difícil que a de seus irmãos mais velhos por ser tão diferente deles, e, naquele momento, seu pai estava praticando seu esporte favorito: irritá-lo e aterrorizá-lo.

— Você é uma vergonha, Sasuke! Levante-se! — o mestre ordenava, tinha nítido asco na voz, diante de todos os seus outros alunos.

Sasuke se levantou e ergueu o sabre, mas sabia que cairia facilmente dentro de alguns golpes que recebesse do pai. Não que ele não tivesse talento, pelo contrário, mas ele simplesmente não queria fazer aquilo. Não gostava nem um pouco da vida de samurai de dojo, artes marciais e vida à la idade média japonesa. Seus gostos eram completamente opostos àquilo tudo e ele se sentia infeliz por não ser livre para expressar seus melhores dons.

O pai atacou. O garoto sustentou quatro golpes, mas se deixou ser chutado no peito pelo pai sem nem oferecer resistência. Fukui-san jogou a espada longe e virou as costas da mão no rosto de Sasuke, furioso, pois era um insulto máximo para ele que alguém propositalmente se mostrasse fraco. Pior ainda era que esse insulto vinha de seu próprio filho. Como aquele garoto podia ser tão diferente dele? Ele suspeitava que o problema estava no sangue da mãe do garoto.

Ela era tão diferente de todas as mulheres! Mais bela que todas! Uma estrangeira que viera àquela cidade tão esquecida e conservadora e o tirou dos eixos tão facilmente. Foi frustrante como ela conseguiu driblar sua filosofia de disciplina acima de tudo e o fizera trair a memória da falecida esposa, a quem prometera que jamais deixaria! Tempos depois o menino nasceu, a expressão física de sua queda, e antes que o homem pudesse perceber ela tinha ido embora e deixado o menino para trás. O tempo passou e mesmo com todos os esforços que Fukui Hiruzen tinha feito para transformar o filho caçula em um guerreiro forte e habilidoso, o menino odiava aquilo tudo.

O mais esquisito era que Sasuke conhecia seu potencial, entendia que sangue guerreiro corria em suas veias e sabia exatamente o que deveria fazer nos treinamentos, raros momentos em que não estava trancado em seu quartinho, mas jurara a si mesmo que apenas em momentos de muita raiva ou necessidadeque deixaria-se levar por seus instintos. E, pela primeira vez, um momento como aquele havia chegado.

Seu rosto queimava com a bofetada recebida pelo próprio pai e um olhar de ódio se mostrava em seu rosto, o que dificilmente acontecia. Sasuke se pôs de pé de um salto, habilidosamente, e apontou a espada para o rosto do pai. Seu rosto era altivo, apesar da marca vermelha em sua bochecha, e sua posição corporal era a de um perfeito espadachim. O pai o olhava com estranheza, como se estivesse perguntando a si próprio quem era aquele garoto, mas, antes que chegasse a uma resposta, Sasuke atacou com firmeza e destreza jamais vistas antes.

Sem deixar espaço para contra-ataques, Sasuke deu a volta por toda aquela arena do dojo atacando o pai de maneira implacável. Seu braço traçava arcos perfeitos, seu corpo girava com graça e precisão, seu rosto denotava a raiva de uma maneira estranhamente bela. Assistir Sasuke lutar era algo simplesmente lindo! E num golpe surpresa, Sasuke desviou o braço do pai e deu um forte chute em seu peito, derrubando o homem bem no centro do tatame. Seu rosto estava vermelho, pingando de suor, e nunca esteve mais admirável.

— Era isso que você queria?! Hein? É desse Sasuke que você gosta, não é? Adivinha só, papai. Eu não sou esse Sasuke! Eu gosto de música, de dança, de romances! Não vejo a graça em lutar sem um propósito maior que venha reger meu coração e eu não tenho esse propósito! Por que não me deixa ser quem eu sou?! — Sasuke esbravejava com todo o sentimento preso por tanto tempo. Por que era tão difícil ser quem era?

Bastou um olhar furioso do pai para que os irmãos mais velhos arrancassem o caçula do local e o jogassem de volta em seu quartinho, gritando com ódio que ele era uma vergonha para o clã Fukui. O garoto bufou assim que os irmãos saíram. Clã Fukui! Eu realmente não devo pertencer a esse clã. Utatane-obaa-chan disse que Fukui significa boa sorte, mas não deve significar isso pra mim. Ele se limitou a pegar o anel quadrado de rubi sobre a mesa de cabeceira e colocar no dedo, a única coisa que sua mãe deixara, dissera seu pai, e fechou os olhos para não ver o dia passar.

No dia seguinte, o esperado evento samurai organizado pelo pai todos os anos começou. Naquele evento, ele sempre apresentava os lutadores de sabres e artes marciais de seu dojo, fazia um torneio entre eles e condecorava os que haviam evoluído de nível ao longo do ano. Para Sasuke, uma baboseira sem propósito. E lá estava ele, logo atrás do pai, o terceiro dos herdeiros Fukui e o único que não estava nem aí para toda aquela tradição de família.

O evento se iniciou com uma demonstração de luta dos irmãos mais velhos de Sasuke e então um grupo de gueixas convidadas veio fazer sua apresentação de dança, mas... tinha algo diferente no meio delas. Do grupo de sete gueixas, duas não tiravam os olhos de Sasuke e ele começava a sentir que elas tentavam hipnotizá-lo, de alguma forma bem estranha. E então tudo aconteceu muito rápido.

No meio da apresentação das gueixas havia uma encenação com sabres, como se representasse a heroica luta de uma guerreira por seu amor. O problema foi que as tais gueixas que fitavam Sasuke começaram a atacar de verdade e caminharam até o tablado onde ele e sua família estavam. Os alunos samurais do dojo, depois de demorarem a perceber que um caos estava se instalando, se dividiram entre afastar os curiosos e tentar impedir que as duas atacassem a família, que a essa altura já se armava para batalhar.

— Durmam, meus amores! Não há nada para presenciarem aqui! — a primeira das gueixas estranhas falou e subitamente todas as pessoas assentiram e deixaram-se levar por um súbito sono. A mulher usara um charme mágico para fazer com que todos os mortais a obedecessem.

Sasuke pensou que tinha sido o único a ficar de pé até ver dois garotos trajados como ninjas mas que claramente não eram de nenhum país oriental do mundo. Ele sacou o sabre, sem entender o que estava acontecendo, e as mulheres se aproximaram mais dele com suas armas erguidas. E a coisa mais estranha que o garoto já tinha visto aconteceu: o ar tremulou em volta delas e suas formas vacilaram, alterando-se assustadoramente. Os cabelos, antes presos, agora se soltavam e transformavam-se em fogo, assim como seus olhos. O manto de gueixa desaparecia dando lugar a armaduras gregas antigas que cobriam corpos hibridos — da cintura pra cima, humanoides cuja pele parecia feita de mármore; da cintura para baixo, pernas diferentes uma da outra, uma peluda de bode e outra de bronze. Presas cresciam na boca de cada uma e finalmente a figura demoníaca estava formada. E Sasuke não fazia ideia do que eram aquelas coisas.

— Quem... O que são vocês? O que querem comigo? — sua voz saiu trêmula e suas pernas pareciam feitas de geleia enquanto ele tentava se manter afastado das estranhas criaturas.

Os dois garotos finalmente o alcançaram e se colocaram entre as monstras e ele. Pareciam fortes e muito experientes em enfrentar criaturas estranhas, pois sua linguagem corporal denotava receio e proteção e eles não olhavam diretamente nos olhos de fogo delas. Eles atacaram. Sasuke não sabia o que fazer! Sentia-se completamente impotente apesar de saber que podia lutar, mas o susto em ver criaturas tão estranhas era grande demais. O sabre tremia em sua mão, a voz do pai o chamando de "vergonha" ecoava em seus ouvidos e ele quase acreditou que realmente era verdade. Quase.

Aquelas coisas estavam ali por ele. Não entendia por que aqueles rapazes não tinham sido afetados, mas entendeu que o objetivo delas era matá-lo. A questão era: por quê? O que ele poderia ter de tão especial? O que quer que fosse, não poderia apenas assistir à batalha e deixar aqueles dois desconhecidos arriscarem suas vidas para salvá-lo. Ele precisava agir. Queria um propósito para lutar? Ali estava. Salvar a própria vida, ajudar aqueles dois guerreiros que o protegiam e jogar aquelas coisas para o mais longe possível daqueles inocentes adormecidos.

Ele correu para cima delas e foi direto para a que parecia levar vantagem sobre o oponente. Tentou perguntar ao rapaz quem eles eram e o que eram aquelas monstruosidades, mas o rapaz apenas disse que logo iria explicar tudo. A criatura tomou outro sabre em mãos, de algum dos guerreiros caídos em sono, para lutar com o rapaz misterioso e Sasuke. Ela não tirava os olhos dele e, de repente, começou a falar com a voz mais encantadora possível.

— Você não deve resistir a nós, lindinho. Nenhum de vocês deve. Entreguem-se, meus amores. — os rapazes titubearam, mas Sasuke sentiu apenas uma dor de cabeça muito, muito forte. O que era estranho: elas não conseguiam seduzi-lo.

Com raiva por ver que elas usavam truque tão baixo como seu charme, ele tornou a atacar, gritando aos rapazes que não as ouvissem e, para sua surpresa, eles o obedeceram! Sasuke nunca tinha dado ordens a ninguém, sempre sentira-se completamente impotente em convencer qualquer pessoa de suas opiniões, mas naquele momento as coisas foram diferentes.

As monstras perceberam que ele não era um qualquer. Resistir ao encanto delas era algo difícil de acontecer e rebater seu ataque com um igual era ainda mais difícil. Elas tentaram de novo, usando o mesmo argumento, mas Sasuke sequer deixou que elas terminassem a frase. O que quer que fosse aquele feitiço, ele sabia que elas precisavam somar a voz à beleza e não permitiria que aquilo acontecesse. Ele ordenava que não ouvissem às duas, que focassem em destruí-las, e os rapazes pareciam cada vez mais motivados em segui-lo.

Eles derrotaram a primeira, embora ele ainda não entendesse como tinha conseguido coordenar tão bem seus golpes aos de seu aliado. Ao ver a coisa se transformando em pó amarelo, Sasuke sentiu sua confiança inflar e pela primeira vez ele conseguiu acreditar em si mesmo. Acreditar que era capaz de fazer algo por si só, não porque alguém o pressionava. Ele se voltou para a outra monstra, que parecia um tanto abalada pela derrota de sua parceira, e atacou com força. Sentiu-se tomado por suas emoções e sentimentos, como se tudo estivesse canalizado na lâmina daquele sabre e em seu braço habilidoso.

Sua confiança aumentava mais a cada segundo. A monstra, já cheia de cortes adquiridos durante a batalha, viu-se encurralada entre dois rapazes fortes e furiosos e um garoto belo e esguio, que à primeira vista jamais pareceria um guerreiro, mas que mostrava mais fome por vencê-la do que os outros dois juntos. E estava cercado por uma aura rosa.

Ele não percebeu imediatamente, mas os outros dois sim. Enquanto lutavam, viram o kimono de luta branco e sem mangas do dojo do pai de Sasuke dar lugar a um kimono preto completo, de mangas longas e tecido luxuoso. Os cabelos adquiriram um corte meio rebelde, que cabia perfeitamente na aparência linda do garoto. Em seu dedo anelar esquerdo, o anel quadrado de rubi brilhou e ele deu o golpe final na monstra enfraquecida pelos três guerreiros. Mais uma que virava pó. E só então ele notou a aura rosa ao seu redor e a troca de roupa. O holograma de uma pomba branca surgiu sobre sua cabeça e as palavras fugiram de sua boca.

— A reclamação! Aura rosa, pomba. Ave, Sasuke Fukui. Filho de Afrodite, a deusa do amor!

~*~

As perguntas foram todas respondidas enquanto, numa carruagem puxada por cavalos alados, os rapazes levavam o garoto para o único lugar seguro para um semideus grego: o Acampamento Meio-Sangue. As pessoas adormecidas seriam acordadas e, graças à Névoa, não se lembrariam de nada estranho. A família acreditaria que tinha enviado o garoto para um internato, onde ele não os faria mais passar vergonha, como julgavam. As gueixas não sentiriam falta das duas monstras, empousai, eles disseram, e seria como se elas nunca tivessem aparecido. Contaram que, assim como Sasuke, eram semideuses. Eram irmãos, filhos de Ares, e tinham recebido a missão de viajar ao Japão para resgatá-lo. Tudo causava uma dor de cabeça ainda maior ao garoto, mas ele sabia que ouvir as respostas para cada pergunta que surgia em sua cabeça poderia deixá-lo louco, então ele resolveu dar um tempo e esperar a chegada no refúgio.

— Então tudo isso tem a ver com você, mãe — ele disse, olhando para o anel em seu dedo. — Eu sou um guerreiro, algo que nunca quis ser. Mas sinto que sou um guerreiro diferente, por ser seu filho. O jeito é esperar e pagar pra ver. — E assim ele começou sua jornada como um semideus, o mais novo morador do chalé 10, o novo filho de Afrodite.

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Re: Ficha de Reclamação

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