Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kalled C. Almeida Qui 07 Jan 2016, 16:34

Sunner Memphis - Aprovado

Você cometeu alguns erros ortográficos, porém nada que uma boa revisada não resolva. No mais você foi bem e por isso pode se juntar à prole de Apolo, meus parabéns.
obs:
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Ficha de Reclamação ( Chris Smith )

Mensagem por Chris Smith Qui 07 Jan 2016, 19:47


SON OF WAR

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser um semideus, reclamado por Ares. Bom sempre quando eu entro para algum fórum, fico na dúvida entre qual escolher, mas o meu coração sempre bateu e pulsou mais forte por Ares, por ele representar a Guerra, ter a personalidade forte e querer resolver suas coisas sozinho que nem sempre é o correto, porém é o meu estilo em off. Então além de tentar ver poderes, ou qualquer outra coisa, o escolho, pois é o qual mais admiro e o que posso vir a melhorar na interpretação de um personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris, é uma montanha, como muitos o apelidaram ao longo de sua jornada, ele mede 1m85, músculos são aflorados por causa dê seu esporte favorito desde novo, (boxe), cabelos curtos estilo militar, seus olhos castanhos são bem expressivos, quando está com raiva qualquer um que o olhe saberá de longe a sua fúria pulsando, sobrancelhas bem feitas e boca carnuda são os traços da mãe refletindo no menino.
Graças a luta, aprendeu a controlar seu temperamento forte, vivia sempre estressado de mal com a vida, querendo chutar tudo que vinha pela frente, a mãe do garoto achou o esporte como uma boa opção para acalma-lo.  Antes de saber que era um semideus também sofria com os problemas de dislexia e déficit de atenção

- História do Personagem:

1998, o ano que o mundo ficou mais colorível, sim foi o ano que eu nasci, tenho 18 anos me chamo Chris Smith, moro nos EUA Chicago, lá na avenida Michigan, vou narrar minha história para vocês, minha vida nem sempre foi lá das melhores, mas eu não tenho muito que me queixar, existe uma mãe maravilhosa cuidando de mim que se chama Helena R Smith, cuidou de mim do meu irmãozinho, John S. Smith, sozinha.
Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John.  Ela com seu sorriso admirável, e cabelos avermelhados procurava sempre distorcer o assunto e nos repudiava dizendo, - Sua mãe foi burra, errei com você quando cedi aos encantos de seu pai, e em seguida após 2 anos, não resisti a persuasão do pai de John -. Conseguia vê nos seus olhares expressivos, a tamanha tristeza que sentia, deixava quieto e seguia a minha rotina do dia.

Vou ao banheiro, do apartamento onde era pequeno, mas aconchegante, adentro ao banheiro no lado esquerdo tem o vaso, sempre estava com a tampa levantada e molhada com urina, para desespero de mamãe, de frente quando se entra tem uma bancada improvisada de madeira feita por mim e pelo meu irmão caçula, em cima a torneia, no canto em cima da mesa potes que armazenava escovas, puxo a minha de cabo verde escovo os dentes e começo a pensar na vida.



Devo agradecer muito a minha rainha, por eu ser um homem mais concentrado, pois quando eu era mais novo vivia sendo expulso de colégios e cursos técnicos, por causa das brigas. Muita gente me zoava por eu não saber ler rápido como eles, ou por não ter um pai, daí acabava batendo neles, então para eu poder ficar mais calmo minha mãe resolveu me colocar no meu esporte predileto, o boxe, após alguns anos de treinamento consegui controlar a minha fúria e descarregar as energias nos treinos.

O dia mais tenebroso para mim sempre foi e será o dia dos pais, eu não tinha pra quem mandar cartinha, fazer brinquedos ou algo de garoto com uma família normal, quando chegava esta data, meus olhos enchiam de lágrimas o coração acelerava demasiadamente, não apenas por mim, mas também pelo John, eu o amava e queria ser um pai para ele, mesmo sabendo que o jovem se virava bem, ele era bonito, loiro, forte, estava sempre rodeado de meninas,  não tinha muito problemas com brigas, porém caso alguém implicasse com o pequeno Smith, teria que se resolver comigo.

Após o meu escovar de dentes mais demorado o qual já tenho realizado, saio do banheiro vou em direção a primeira porta a direita, onde era o quarto da bagunça, ou seja dos meninos, pego a primeira camisa que vejo amontoada em cima da cama de baixo do beliche, onde a de cima era do loirinho, era uma camisa gola V bem apertada verde escuro, onde marcava os meus músculos, troco de calça, a que vestia era uma marrom, iria parecer uma arvore na rua, coloco uma toda preta  que não fosse tanto colada, calço minha bota marrom e vou em disparada a minha primeira parada do dia, a academia.
- A benção mãe, cadê o pirralho?  - já pergunto indo em disparada a porta para sair, minha mãe estava na cozinha ao lado direito da porta de saída, o apartamento realmente era humilde. - Deus te abençoe meu filho, olhe lá como fala do seu irmão em mocinho, filho já viu a hora são 10h, esta hora o meu docinho tá no colégio. Que a propósito ele ficou triste por não leva-lo na escola, ele te chamou e você não acordou. Ande logo para não se atrasar no seu treino.

Só escutei que minha mãe dizia, fiquei imaginando enquanto ia para a aula de boxe que era de frente para o prédio onde eu residia, se ela fosse no colégio e chamasse John de meu docinho, a eu iria dar altas gargalhadas. Desço as escadarias do prédio correndo, atravesso a rua, por sorte sinal estava fechado, empurro a porta da academia, são aquelas grandonas, estilo porta de cinema, ao entrar na academia, de cara tem um ringue de outros lados sacos de pancadas, a academia não é grande, conta com poucos funcionários e pugilistas.  Connor Muller, é o meu coach, um senhor de idade com 60 anos, porém com o físico em dia, cabelos grisalhos e olhos pretos, ao me ver entrando no espaço, já grita.
Chriiiiiiiiiiiiis !!! Cadê suas coisas, roupas, luvas cadê? Seu doente, vem cá que eu vou te socar um pouco, e vá pegar umas roupas suas que você esqueceu no vestiário, tem uma faixa lá, pode usar é minha. Eu espantado ao ouvir meu treinador me gritando, olho para baixo, realmente percebo que eu me preparei para tudo, menos para treinar; Ergo a cabeça respondendo, indo para o lado direito onde ficava um armário com todos os pertences esquecidos, onde ele cisma de chamar de vestuário, para mim é mais um amontoado. – Haha, até parece seu velhote, já foi tempo, estou indo aí, vai se alongando, só cuidado para não morrer antes do meu treino. – Dou aquela risada simpática para Connor, já éramos amigos a anos, ele era a figura mais próxima de pai para mim, como de costume não sou tão organizado, não é novidade para ninguém, e por sorte disto tenho umas roupas lá no armário, chego perto pego um short grande de treino branco, uma camiseta vermelha que deixará por lá, e começo a enfaixar a mão com uma faixa preta do velhote.

Puxo uma corda, jogada no canto direito do amontoado, começando por ali mesmo meu treinamento, 3 séries de 12 pulos. Observando o local, ao mesmo tempo que treinava vejo um jovem, por volta de uns 15 anos, atrás do ringue, onde nunca havia visto por ali, o mesmo usará roupa de faxineiro cinza escuro, continuo minha série e ao terminar me dirijo até ele. - Olá, prazer meu nome é Chris Smith, qual o seu? – Ele meio amedrontado me olha de cima em baixo, respondendo sem olhar nos meus olhos * Me chamo, Jake Wash.* desviou seus olhares para esquerda e direita. – Tudo bem, seja bem-vindo a academia No Pain, No Gain.- Fico encucado com tamanho medo do rapaz, me viro para deixa-lo confortável, sigo para o ringue onde o meu amigo treinador estava me aguardando. – Bora montanha, mais força, quero força, já que você não é tão ágil, quero seu físico perfeito. 50 flexões aqui no ringue, bora! -  
Havia acabo de começar, não estava nem um pouco cansado ao entrar no ringue já me posiciono para fazer a flexão do início da minha série de 50, ouço um barulho de ranger as portas centrais do estabelecimento, infelizmente inclino a cabeça para cima para ver quem está entrando, vejo uma loira muito linda, acabo me desequilibrando e dando de peito ao acolchoado do espaço. Ela ao entrar, parece desesperada, - Cadê o moço mais forte daqui tenho uma mensagem para ele -. Ao escutar eu saio correndo, deixando quem estava ao redor rindo. – Sou eu, prazer Montanha, aliás Chris Smith -, ela me retribui um lindo olhar dizendo, - Tenho que conversar com você no particular -. Logo falo comigo, vou me dar bem haha.

Começo a caminhar, conduzo a moça na sala ao lado do vestiário, onde é a sala do Connor, porém ele nunca trancava esta porta, abro e me lembro dela não ter falado o nome para mim, ao adentrar na sala com a menina do sorriso mais encantador, pergunto. – Senhorita qual é mesmo o seu nome? -  Antes que ela pudesse falar, seus olhos começam a sumir, se tornando um só, o seu tamanho já não é mais o mesmo começando a se esticar, a criar músculos. Espantado eu começo a falar, - aaaaaaaaaaaaa xô satanás, que isso, saí, - começo a correr espantado, porém este troço me pega pela camisa e joga em cima da mesa de madeira, onde havia no centro da sala.

- Não sei o que você é, mas mexeu com a pessoa errada-. Minha mão começa a tremer de fúria, mas ao mesmo tempo sei que não posso chegar muito perto, por ele ser maior que eu, dou um soco onde estava a junção do pé da mesa de madeira, para poder retirar uma perna, fazendo como se fosse uma arma de longa distância. – Vem seu monstrengo, hoje é seu dia de azar -  o ser esquisito vem em minha direção com toda a força, eu deixo ele dar um encontrão no meu ombro esquerdo, deixando o meu lado direito livre, mesmo com o impacto da força consigo encravar o pé de madeira nas costas do bicho, o escuto uivar de dor.
Escuto outro barulho, dessa vez de passos, logo em seguida um grunhido de bode, em seguida a porta se abre, aquele novo ser estranho da academia, ficou mais estranho ainda, seria o faxineiro sendo metade bode e metade humano, como isto será possível, eu me pergunto e dou um grito. – OUTRA ABERRAÇÃO? VOCÊS VÃO PAGAR, EU NÃO ESTOU LOUCO-  rapidamente, Jake fala, não sei como, pois estava se borrando de medo, mas fala. – Sou béeerr, sou um sátiro, ajudo meios-sangues como você, não há tempo de explica agora bééeeeeee, ele é um ciclope tem que mat.. – Antes que o ser humano animal terminasse a frase, este ser abominável se vira contra ele dando uma forte investida jogando o bode pro alto. Percebo o melhor momento para atacar, o monstro estava de costas para mim e nem percebera, pego minha “segunda arma”, o outro pé da mesa, pulo cravando no pescoço do monstro, ouço seu grunhido bem intenso, desta vez ele se ajoelha no chão, mas parece estar a se recuperar. – Tome garoto, apenas com este tipo de arma se pode matar uma criatura destas. – O sátiro joga uma faca, no cabo havia sua assinatura Jake acampamento meio sangue.  Enfio a faca, na garganta do monstro deslizando para baixo, rasgando o pescoço e transformando em pó.
Olho espantado sem entender nada para o Sátiro, - Você disse meio o que? -  com a faca ainda na mão me preparo para qualquer coisa, atacar esse outro monstrengo.  O menino bode parece estar mais tranquilo. – Você é um Semideus, olha, olha, olha pra cima, bem que eu imaginei, forte deste jeito só poderia ser dele.  Nervoso com raiva olho para cima devagar, a visto uma áurea vermelha, - Sou filho do demônio? Que coisa vermelha é essa.  Começando a rir o sátiro me explica que sou filho de Ares o deus da guerra e tudo que se há para saber quando se é reclamado. – Mas, mas, eu tenho um irmão Johnzinho, devo ir até ele para contar tudo isso, Acampamento meio-sangue? Terei que realmente ir pra lá? Quero ver o meu irmão! – Estressado o bode me repudia. – Vai ter que ir direto para este Acampamento, estão precisando de você lá, depois a gente encontra seu irmão.-Ambos saímos da sala, da academia, partindo direto para este tal de Acampamento, mas não levo nada, apenas minhas pernas e punhos.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Chris Smith Qui 07 Jan 2016, 20:34

Chris Smith escreveu:

SON OF WAR

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser um semideus, reclamado por Ares. Bom sempre quando eu entro para algum fórum, fico na dúvida entre qual escolher, mas o meu coração sempre bateu e pulsou mais forte por Ares, por ele representar a Guerra, ter a personalidade forte e querer resolver suas coisas sozinho que nem sempre é o correto, porém é o meu estilo em off. Então além de tentar ver poderes, ou qualquer outra coisa, o escolho, pois é o qual mais admiro e o que posso vir a melhorar na interpretação de um personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris, é uma montanha, como muitos o apelidaram ao longo de sua jornada, ele mede 1m85, músculos são aflorados por causa dê seu esporte favorito desde novo, (boxe), cabelos curtos estilo militar, seus olhos castanhos são bem expressivos, quando está com raiva qualquer um que o olhe saberá de longe a sua fúria pulsando, sobrancelhas bem feitas e boca carnuda são os traços da mãe refletindo no menino.
Graças a luta, aprendeu a controlar seu temperamento forte, vivia sempre estressado de mal com a vida, querendo chutar tudo que vinha pela frente, a mãe do garoto achou o esporte como uma boa opção para acalma-lo.  Antes de saber que era um semideus também sofria com os problemas de dislexia e déficit de atenção

- História do Personagem:

1998, o ano que o mundo ficou mais colorível, sim foi o ano que eu nasci, tenho 18 anos me chamo Chris Smith, moro nos EUA Chicago, lá na avenida Michigan, vou narrar minha história para vocês, minha vida nem sempre foi lá das melhores, mas eu não tenho muito que me queixar, existe uma mãe maravilhosa cuidando de mim que se chama Helena R Smith, cuidou de mim do meu irmãozinho, John S. Smith, sozinha.
Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John.  Ela com seu sorriso admirável, e cabelos avermelhados procurava sempre distorcer o assunto e nos repudiava dizendo, - Sua mãe foi burra, errei com você quando cedi aos encantos de seu pai, e em seguida após 2 anos, não resisti a persuasão do pai de John -. Conseguia vê nos seus olhares expressivos, a tamanha tristeza que sentia, deixava quieto e seguia a minha rotina do dia.

Vou ao banheiro, do apartamento onde era pequeno, mas aconchegante, adentro ao banheiro no lado esquerdo tem o vaso, sempre estava com a tampa levantada e molhada com urina, para desespero de mamãe, de frente quando se entra tem uma bancada improvisada de madeira feita por mim e pelo meu irmão caçula, em cima a torneia, no canto em cima da mesa potes que armazenava escovas, puxo a minha de cabo verde escovo os dentes e começo a pensar na vida.



Devo agradecer muito a minha rainha, por eu ser um homem mais concentrado, pois quando eu era mais novo vivia sendo expulso de colégios e cursos técnicos, por causa das brigas. Muita gente me zoava por eu não saber ler rápido como eles, ou por não ter um pai, daí acabava batendo neles, então para eu poder ficar mais calmo minha mãe resolveu me colocar no meu esporte predileto, o boxe, após alguns anos de treinamento consegui controlar a minha fúria e descarregar as energias nos treinos.

O dia mais tenebroso para mim sempre foi e será o dia dos pais, eu não tinha pra quem mandar cartinha, fazer brinquedos ou algo de garoto com uma família normal, quando chegava esta data, meus olhos enchiam de lágrimas o coração acelerava demasiadamente, não apenas por mim, mas também pelo John, eu o amava e queria ser um pai para ele, mesmo sabendo que o jovem se virava bem, ele era bonito, loiro, forte, estava sempre rodeado de meninas,  não tinha muito problemas com brigas, porém caso alguém implicasse com o pequeno Smith, teria que se resolver comigo.

Após o meu escovar de dentes mais demorado o qual já tenho realizado, saio do banheiro vou em direção a primeira porta a direita, onde era o quarto da bagunça, ou seja dos meninos, pego a primeira camisa que vejo amontoada em cima da cama de baixo do beliche, onde a de cima era do loirinho, era uma camisa gola V bem apertada verde escuro, onde marcava os meus músculos, troco de calça, a que vestia era uma marrom, iria parecer uma arvore na rua, coloco uma toda preta  que não fosse tanto colada, calço minha bota marrom e vou em disparada a minha primeira parada do dia, a academia.
- A benção mãe, cadê o pirralho?  - já pergunto indo em disparada a porta para sair, minha mãe estava na cozinha ao lado direito da porta de saída, o apartamento realmente era humilde. - Deus te abençoe meu filho, olhe lá como fala do seu irmão em mocinho, filho já viu a hora são 10h, esta hora o meu docinho tá no colégio. Que a propósito ele ficou triste por não leva-lo na escola, ele te chamou e você não acordou. Ande logo para não se atrasar no seu treino.

Só escutei que minha mãe dizia, fiquei imaginando enquanto ia para a aula de boxe que era de frente para o prédio onde eu residia, se ela fosse no colégio e chamasse John de meu docinho, a eu iria dar altas gargalhadas. Desço as escadarias do prédio correndo, atravesso a rua, por sorte sinal estava fechado, empurro a porta da academia, são aquelas grandonas, estilo porta de cinema, ao entrar na academia, de cara tem um ringue de outros lados sacos de pancadas, a academia não é grande, conta com poucos funcionários e pugilistas.  Connor Muller, é o meu coach, um senhor de idade com 60 anos, porém com o físico em dia, cabelos grisalhos e olhos pretos, ao me ver entrando no espaço, já grita.
Chriiiiiiiiiiiiis !!! Cadê suas coisas, roupas, luvas cadê? Seu doente, vem cá que eu vou te socar um pouco, e vá pegar umas roupas suas que você esqueceu no vestiário, tem uma faixa lá, pode usar é minha. Eu espantado ao ouvir meu treinador me gritando, olho para baixo, realmente percebo que eu me preparei para tudo, menos para treinar; Ergo a cabeça respondendo, indo para o lado direito onde ficava um armário com todos os pertences esquecidos, onde ele cisma de chamar de vestuário, para mim é mais um amontoado. – Haha, até parece seu velhote, já foi tempo, estou indo aí, vai se alongando, só cuidado para não morrer antes do meu treino. – Dou aquela risada simpática para Connor, já éramos amigos a anos, ele era a figura mais próxima de pai para mim, como de costume não sou tão organizado, não é novidade para ninguém, e por sorte disto tenho umas roupas lá no armário, chego perto pego um short grande de treino branco, uma camiseta vermelha que deixará por lá, e começo a enfaixar a mão com uma faixa preta do velhote.

Puxo uma corda, jogada no canto direito do amontoado, começando por ali mesmo meu treinamento, 3 séries de 12 pulos. Observando o local, ao mesmo tempo que treinava vejo um jovem, por volta de uns 15 anos, atrás do ringue, onde nunca havia visto por ali, o mesmo usará roupa de faxineiro cinza escuro, continuo minha série e ao terminar me dirijo até ele. - Olá, prazer meu nome é Chris Smith, qual o seu? – Ele meio amedrontado me olha de cima em baixo, respondendo sem olhar nos meus olhos * Me chamo, Jake Wash.* desviou seus olhares para esquerda e direita. – Tudo bem, seja bem-vindo a academia No Pain, No Gain.- Fico encucado com tamanho medo do rapaz, me viro para deixa-lo confortável, sigo para o ringue onde o meu amigo treinador estava me aguardando. – Bora montanha, mais força, quero força, já que você não é tão ágil, quero seu físico perfeito. 50 flexões aqui no ringue, bora! -  
Havia acabo de começar, não estava nem um pouco cansado ao entrar no ringue já me posiciono para fazer a flexão do início da minha série de 50, ouço um barulho de ranger as portas centrais do estabelecimento, infelizmente inclino a cabeça para cima para ver quem está entrando, vejo uma loira muito linda, acabo me desequilibrando e dando de peito ao acolchoado do espaço. Ela ao entrar, parece desesperada, - Cadê o moço mais forte daqui tenho uma mensagem para ele -. Ao escutar eu saio correndo, deixando quem estava ao redor rindo. – Sou eu, prazer Montanha, aliás Chris Smith -, ela me retribui um lindo olhar dizendo, - Tenho que conversar com você no particular -. Logo falo comigo, vou me dar bem haha.

Começo a caminhar, conduzo a moça na sala ao lado do vestiário, onde é a sala do Connor, porém ele nunca trancava esta porta, abro e me lembro dela não ter falado o nome para mim, ao adentrar na sala com a menina do sorriso mais encantador, pergunto. – Senhorita qual é mesmo o seu nome? -  Antes que ela pudesse falar, seus olhos começam a sumir, se tornando um só, o seu tamanho já não é mais o mesmo começando a se esticar, a criar músculos. Espantado eu começo a falar, - aaaaaaaaaaaaa xô satanás, que isso, saí, - começo a correr espantado, porém este troço me pega pela camisa e joga em cima da mesa de madeira, onde havia no centro da sala.

- Não sei o que você é, mas mexeu com a pessoa errada-. Minha mão começa a tremer de fúria, mas ao mesmo tempo sei que não posso chegar muito perto, por ele ser maior que eu, dou um soco onde estava a junção do pé da mesa de madeira, para poder retirar uma perna, fazendo como se fosse uma arma de longa distância. – Vem seu monstrengo, hoje é seu dia de azar -  o ser esquisito vem em minha direção com toda a força, eu deixo ele dar um encontrão no meu ombro esquerdo, deixando o meu lado direito livre, mesmo com o impacto da força consigo encravar o pé de madeira nas costas do bicho, o escuto uivar de dor.
Escuto outro barulho, dessa vez de passos, logo em seguida um grunhido de bode, em seguida a porta se abre, aquele novo ser estranho da academia, ficou mais estranho ainda, seria o faxineiro sendo metade bode e metade humano, como isto será possível, eu me pergunto e dou um grito. – OUTRA ABERRAÇÃO? VOCÊS VÃO PAGAR, EU NÃO ESTOU LOUCO-  rapidamente, Jake fala, não sei como, pois estava se borrando de medo, mas fala. – Sou béeerr, sou um sátiro, ajudo meios-sangues como você, não há tempo de explica agora bééeeeeee, ele é um ciclope tem que mat.. – Antes que o ser humano animal terminasse a frase, este ser abominável se vira contra ele dando uma forte investida jogando o bode pro alto. Percebo o melhor momento para atacar, o monstro estava de costas para mim e nem percebera, pego minha “segunda arma”, o outro pé da mesa, pulo cravando no pescoço do monstro, ouço seu grunhido bem intenso, desta vez ele se ajoelha no chão, mas parece estar a se recuperar. – Tome garoto, apenas com este tipo de arma se pode matar uma criatura destas. – O sátiro joga uma faca, no cabo havia sua assinatura Jake acampamento meio sangue.  Enfio a faca, na garganta do monstro deslizando para baixo, rasgando o pescoço e transformando em pó.
Olho espantado sem entender nada para o Sátiro, - Você disse meio o que? -  com a faca ainda na mão me preparo para qualquer coisa, atacar esse outro monstrengo.  O menino bode parece estar mais tranquilo. – Você é um Semideus, olha, olha, olha pra cima, bem que eu imaginei, forte deste jeito só poderia ser dele.  Nervoso, olho para cima devagar, avisto uma áurea vermelha, - Sou filho do demônio? Que coisa vermelha é essa.  Começando a rir o sátiro me explica que sou filho de Ares o deus da guerra e tudo que se há para saber quando se é reclamado. – Mas, mas, eu tenho um irmão Johnzinho, devo ir até ele para contar tudo isso, Acampamento meio-sangue? Terei que realmente ir pra lá? Quero ver o meu irmão! – Estressado o bode me repudia. – Vai ter que ir direto para este Acampamento, estão precisando de você lá, depois a gente encontra seu irmão.-Ambos saímos da sala, da academia, partindo direto para este tal de Acampamento, mas não levo nada, apenas minhas pernas e punhos.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Peter Lefurgey Sex 08 Jan 2016, 01:43


[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Peter Lefurgey
Meu pai

Sou filho de Hefesto. Acho que é o que mais se encaixa na minha personalidade.

Minha personalidade
Infelizmente, dizem que eu sou chamativo. Eu nunca gostei muito de ser o centro das atenções, porém por algum motivo, isso não impede de eu sempre ser o principal assunto. Não digo isso com modéstia, não me entendam mal, até porque não é o holofote que a maioria das pessoas gostaria de estar sob. Não é como se os outros gravitassem ao meu redor ou como se eu fosse o queridinho, o favorito. Talvez seja pela minha personalidade, talvez seja porque sou (ou pelo menos me considero) simpático, ou simplesmente porque eu falo o que penso e não tenho vergonha do que acredite ou sinta. Pode ser também por eu ser bissexual. Independente do motivo, esse chamariz que tenho é estranho e me incomoda um pouco.

Eu sempre me pergunto o porquê disso. Me olho no espelho e vejo um garoto comum. Nada em mim destoa do resto dos garotos com quem convivo. Tenho cabelos castanhos bem lisos, raramente os deixo crescerem demais, e meus olhos são de um verde vivo, assim como metade dos californianos que conheço. Com meus um metro e setenta, não sou nem alto e nem baixo.

Meu corpo também não é lá grande coisa. Sou meio magro, com poucos músculos. Talvez um pouco mais do que o normal para um menino de 14 anos, mesmo assim não é nada fora do normal. Tenho a pele morena, do tom de quem toma muito sol e vai muito à praia, mesmo que eu raramente faça qualquer uma dessas coisas. Quando me veem, todo mundo jura que eu sou aqueles garotos caiçaras que passa o dia inteiro no mar surfando. Não posso culpar ninguém por isso. Realmente pareço um protótipo de surfista, contudo esse não é nem um pouco quem sou. Nunca gostei do mar, muito menos surfar.

Um dia ainda vou entender o porquê de eu ser o primeiro a desconfiarem, o primeiro a se meter em encrenca. Queria muito entender.

Minha Trajetória


Bom, vou contar um pouco da minha história para vocês agora. Não é lá grande coisa. Até eu me surpreendo com algumas coisas que me acontecem. Vivo me perguntando o porquê de ser comigo. Vamos lá, por onde começo?

Eu nasci na Califórnia, na cidade de San Diego, no dia 25 de Janeiro de 2001. Eu nunca conheci nenhum dos meus pais. Pelo menos, não tenho nenhuma lembrança deles. A Irmã Maria que cuidou de mim dos dois aos cinco anos de idade disse que minha mãe me deixou na porta da Pier Church quando eu era apenas um bebê.

Eu cresci, então, junto com vários outros órfãos, de todas as idades. Meu primeiro orfanato foi o da própria Igreja. Foi aí que meus problemas começaram. Os mais velhos viviam pegando no meu pé. Eles faziam todo o tipo de coisa. Quebravam estátuas de santos, entupiam os canos do órgão com meias, alagavam os banheiros. Eles realmente faziam de tudo. Depois, claro, a culpa caía sempre em mim. Como as freiras achavam que uma criança de cinco anos podia fazer tudo isso?

Com cinco anos, fui transferido. Fui para o Poplawski Center, também em San Diego. Lá as coisas não foram muito diferentes. Eu comecei a ficar revoltado. Apanhava dos mais velhos, vivia fugindo das garotas que queriam me maquiar e me chamavam de princesa, e ainda por cima ficava de castigo pelo que eles haviam feito comigo.

Passei por mais dois orfanatos em San Diego, até que em 2011, com 10 anos, me mandaram para Los Angeles, para o quinto orfanato, Marywhale Orphanage. Não me adaptei lá também, claro. No entanto esse foi o pior de todos. Nenhuma criança gostou de mim. Eu não gostei de nenhum dos outros órfãos.

Eu gostava de ficar na minha. Gostava de ficar criando coisas, imaginando como seria minha vida. Ficava, na maior parte do tempo, no meu quarto. Juntava tralhas e criava meus próprios brinquedos. Eles nunca duravam muito, afinal, todo mundo queria os brinquedos para si. Os funcionários também começaram a se aproveitar das minhas habilidades manuais. Eles tomavam as coisas que eu fazia e vendiam, porém eu nunca via esse dinheiro. Foi o primeiro orfanato do qual não fui transferido, afinal, eu era lucrativo. Passei a maior parte do meu tempo em Marywhale chorando. Claro, quando eu podia chorar.

Eu tinha me tornado praticamente um escravo. Eles haviam industrializado minha produção. Passava dezesseis horas por dia fazendo mil objetos diferentes. Eu fazia de tudo carrinhos, esculturas de metal, bonecas, peões, de tudo mesmo. Mas, nada que eu fazia ficava pra mim. Assim que terminava, colocava aquilo que eu fazia em uma caixa e no final do dia o Senhor Donovan, chefe da ala que eu ficava, vinha e levava tudo embora. Depois, ele voltava, me levava para o meu dormitório e me trancava lá até de manhã. Eu estava perdendo o gosto pelas coisas que eu mais amava fazer: criar e construir.

Quando completei 14 anos, eu estava farto daquela rotina. Havia passado quatro anos fazendo a mesma coisa todos os dias. Não tinha folga. Não tinha para quem pedir ajuda. Os adultos que vinham visitar o orfanato achavam “lindo que o menino cria tanta coisa bonita”, eles diziam. Certo dia, decidi que bastava e esperaria a melhor oportunidade para pôr meu plano em prática. O Sr. Donovan, um homem com uma barriga enorme, olhos minúsculos e que parecia não ter pescoço e que estava sempre suado, veio buscar o caixote com as “mercadorias” que eu havia produzido naquela tarde, eu vi minha chance. Ele deixou a porta da sala destrancada. Como ele demorava por volta de dez minutos para voltar, eu sabia que tinha que aproveitar. Me levantei da cadeira, peguei um pedaço de metal afiado semelhante a uma faca, alguns pregos, um martelo e uma marreta pequenos, coloquei o metal e os pregos nos bolsos e saí correndo em direção à porta.

O orfanato era grande, era um dos mais antigos de Los Angeles. A construção que hoje o abrigava tinha sido a Casa Grande de uma fazenda, cheia de quartos, salas e banheiros. Eu estava no primeiro andar da casa e meu quarto ficava no último, no terceiro piso, do outro lado da casa. Eu conhecia só um pouco do lugar, não via muito além dos corredores e escadas entre a sala em que passava a maior parte do tempo e o lugar em que eu dormia.

Eu não tinha muitos pertences, afinal não tinha muita história além dos orfanatos em que eu vivi. porém eu precisava voltar até meu quarto. A Irmã Maria havia me dado um colar de ouro quando eu era mais novo, ela disse que estava comigo quando ela o encontrou. Eu tenho certeza de que foi um presente do meu pai.

Coloquei minha cabeça para fora, espiando se vinha alguém no corredor. Era tarde, devia ser perto das dez da noite, não deveria ter mais ninguém andando por aí, todavia não custava conferir. Como esperava, o corredor estava vazio. Com calma, tentando não fazer barulho, saí de mansinho. Pé atrás de pé, cheguei até a escada mais próxima. O suor tomou conta do meu rosto e minha cabeça latejava a cada batida do meu coração. Subi as escadas depressa. Eu não tinha ideia de onde o Sr. Donovan estocava os meus “produtos”, então, sabia que precisava me apressar. Assim que cheguei ao segundo piso, ouvi o ruído da porta abrindo. Corri e me escondi atrás de um balcão do lado oposto a escada. O som dos passos foi aumentando, aumentando cada vez mais até eu sentir que ele estava na frente do balcão. Eu agarrei com força a marreta que ainda estava na minha mão, pronto para acertar quem quer que fosse que estivesse do outro lado.

Lentamente, os passos se afastaram, atravessando o corredor. Outra porta se abriu e pouco depois ouvi-la fechando. Cauteloso, eu levantei meus olhos para espiar por cima do balcão. Qualquer que fosse a pessoa, ela não estava mais lá. Em seguida, o barulho da tampa da privada caindo sobre o vaso me acalmou um pouco. Eu continuei seguindo o corredor, em busca da escada que daria ao terceiro andar. Uma porta entreaberta me chamou a atenção. Uma luz saía de dentro, oscilante como a do fogo. A minha curiosidade foi maior do que meu medo.

A sala parecia um escritório. A luz que despertou minha curiosidade vinha de uma lareira no canto esquerdo da sala. Na minha frente, uma escrivaninha antiga de madeira e com detalhes em ouro ocupava boa parte do cômodo. Grandes janelas coloniais atrás da mesa deixavam a luz da lua entrar e ocupar o chão, iluminando o tapete persa e misturando-se com a do fogo. Armários enormes se estendiam por todas as paredes, suas prateleiras estavam cheias de livros que pareciam do século passado.

— Que lugar diferente ‒ sussurrei a mim mesmo. Caminhei até a poltrona que estava atrás da escrivaninha. Sentei-me e abri uma das gavetas. Dentro, haviam diversos envelopes pardos, daqueles que você vê em séries policiais, escrito “ultrassecreto”. Porém, nesses não tinha nada, apenas nomes. Eles estavam organizados por ordem alfabética. Em um dos primeiros, reconheci o nome de um dos garotos mais velhos: “Craig, John”. Ele era um garoto de quinze anos. Seus pais haviam sido assassinados em sua frente quando ele tinha apenas cinco anos. Continuei folheando os envelopes. Encontrei um com a etiqueta: “Lefurgey, Peter”.

Ouvi um estalo vindo do corredor. Alguém andava sobre as tábuas de madeira. Os pelos do meu braço subiram e um arrepio percorreu minha espinha. Olhei pela janela e logo me arrependi amargamente. Era alto. Muito alto. Odeio alturas, sempre odiei. Nada se compara ao solo firme, forte e seguro. Estava desesperado. Não pularia da janela nunca, mas não tinha onde me esconder. Segurei a marreta com força e pedi a Jeová, Buda, Alá, qualquer divindade que estivesse ouvindo, que eu acertasse, caso aparecesse alguém.

— Peter! ‒ um grito abafado ecoou por todo orfanato. Era a voz de Sr. Donovan e vinha do primeiro andar. Logo em seguida, um alarme disparou.

— Merda ‒ exclamei. O funcionário havia voltado para a sala onde eu deveria estar e soara o sinal que alertava todos sobre a fuga de uma das crianças. Eu havia falhado. Não haveria como escapar sem ser percebido, agora que todo mundo sabia do que eu estava tramando. Naquele momento, quase entreguei o jogo. No entanto, algo em mim, me fez continuar. Não sei ao certo, pareceu uma voz me encorajando. Comecei a ouvir uma gritaria. Pessoas corriam para todos os lados. Isso me lembrou de quando, pouco depois que eu cheguei, uma garota fugiu. Nunca a encontraram, mas o estardalhaço que foi feito naquela noite parecia muito com o de agora.

— Só espero que tenha o sucesso dela ‒ murmurei para mim mesmo. Guardei o envelope entre a calça de moletom e minha barriga e fui até o corredor. Ele estava um caos. Via as “Tias”, que era como elas pediam para ser chamadas, apressadas. Algumas ainda vestiam seus roupões, outras não tiveram tempo de tirar os bobes do cabelo. Uma delas usava uma daquelas máscaras de argila verde dos comerciais da TV. As crianças não ficaram paradas também. Corriam de pijama com mochilas nas costas ou arrastavam as fronhas com seus pertences dentro. Uma delas, acho que seu nome era Claire, quebrou a janela e saltou para fora, pendurando-se em uma corda de lençóis.

O caos estava instaurado. Aquela era minha chance. Praticamente desde que eu cheguei, eu fiquei confinado à “Sala de Brinquedos”, maneira que os funcionários chamam, ou “Senzala”, como eu apelidei. Ninguém quase me conhecia. Eu não tinha os mesmos horários que as outras crianças. Comia apenas quando o Sr. Donovan me deixava, dormia e tomava banho nas mesmas condições. O único que realmente saberia quem eu era seria ele. Precisava sair antes que ele me avistasse.

Sai correndo em meio ao tumulto. Cheguei até a escada do terceiro andar. John descia a escada. Ele levava uma mala preta nas costas, usava uma jersey antiga e surrada do L.A. Kings e uma calça preta de moletom rasgada no joelho. O garoto gordinho era ruivo e tinha os olhos azuis. Ele parou e nós ficamos nos olhando por alguns segundos.

— Boa sorte, Peter ‒ pela primeira vez, vi John sorrindo ‒ valeu pela chance.

— Va-valeu ‒ eu não consegui não gaguejar. Ele, quando podia, me infernizava, mas agora estava lá, me desejando boa sorte ‒ pra você também.

Ele acenou com a cabeça e saiu correndo na direção oposta.

— Ah, use preto. Fica mais fácil de se esconder no escuro ‒ ele falou e sumiu em meio ao caos.

Eu subi as escadas e no topo me deparei com uma cena pior do que eu esperava. A maioria das portas que dava ao quarto dos órfãos havia sido arrombada. Crianças e adolescentes corriam por todas as partes, segurando todo o tipo de objeto.

Corri ao meu quarto. Eu era o único que não dividia meu dormitório com ninguém. A porta estava, como eu esperava, trancada. Sem nem pensar duas vezes, acertei repetidamente com a marreta na maçaneta, até que ela cedesse.

Meu quarto era o menor de todos, provavelmente tinha sido adaptado do que um dia foi um banheiro. Ele era todo branco, tinha apenas uma cama de metal, com lençóis também brancos (o que sempre me remetia a um leito de hospital), uma arca de madeira, onde eu guardava minhas coisas, e um abajur tão velho quanto a casa em si que nunca funcionou.

Abri o baú, tirei uma mochila laranja, coloquei as duas mudas de roupa que eu tinha dentro dela e coloquei o envelope. Precisava ler o que tinha dentro, no entanto faria isso depois. Peguei o colar de ouro dentro de uma sacola de veludo vermelho. O colar era lindo; uma corrente que lembrava um cabo de aço dourado e com um pingente, em forma de bigorna feita de ouro vermelho. Atrás da bigorna estava escrito: “Para Peter, com amor, de seu pai”. Era a única relíquia que eu tinha de meu pai. Só possuía aquilo dele. Nada mais. Coloquei o colar em meu pescoço e o pus para debaixo da camiseta. Infelizmente, eu não tinha nada preto.

Sai do meu quarto correndo. Nunca gostei daquele lugar e com certeza ele não deixaria saudades. Desci as escadas na outra ponta da casa. Eu desesperadamente precisava chegar ao térreo, ao primeiro piso da casa. Imaginei que descendo por onde eu não passei as chances de eu encontrar Donovan eram menores.

Desci os dois lances de escada tão rápido que não sei como não tropecei ou cai. Chegando ao primeiro andar, lembrei que no final do corredor tinha uma janela igual a que vi no escritório, mas essa dava direto na grama. Seria minha salvação. Disparei pelo corredor, ansiando pela liberdade. Eu estava a uns 10 metros da janela, a marreta e o martelo já mão para quebrá-la quando Donovan apareceu na minha frente. Ele saiu de uma das salas.

— Te procurei em todos os lugares, seu moleque! ‒ o homem espumava pela boca. A camiseta pingava com o suor. Ele arfava. Com certeza não estava acostumado a correr.

— Eu não serei mais um escravo! Eu não nasci para isso e você não pode me impedir! ‒ as palavras não tinham a força que eu queria. O funcionário gargalhou.

— Duvido você passar por mim, pirralho! ‒ ele abriu as pernas e os braços, tampando quase todo o corredor. Agora sim, eu tinha que concordar. Não tinha como eu passar por aquele homem. Ele era enorme. Mesmo estando a uns 5 metros de mim, se ele desse dois passos, ele me agarraria. Atrás de mim, ouvi a comoção das “Tias”, elas perceberam que eu era o moleque que Donovan procurava.

”É agora ou nunca”, pensei, rezando para que meu plano desse certo. Só tinha uma tentativa. Se eu falhasse… Não queria nem pensar no que aconteceria se eu falhasse.

Respirei fundo tentando me acalmar e me concertar. Não tive muito sucesso. Minha mão tremia. Levantei o braço, colocando o na minha frente, o martelo firme na minha mão direita. Balancei a ferramenta duas vezes, mirando bem nos pequenos olhos de Donovan. Arremessei com toda a força que consegui. Passei a marreta para a outra mão, onde o martelo estava agora há pouco, me preparando para usá-la. Mas não precisei. Ouvi um baque e logo depois o chão tremeu. Donovan estava caído na minha frente, totalmente descordado. Não conseguia acreditar. Eu tinha acertado.

Olhei para trás, sorri para as “tias” e saí correndo. Eu estava finalmente estava livre. Quebrei a janela com a marreta e voei pela grama.




Eu corri pelo que pareceu uma hora. Estava agora no centro de Los Angeles. Confesso, não tinha ideia do que faria ou para onde iria. A primeira coisa que passou na minha cabeça foi: “preciso sair de L.A. o quanto antes. Não posso correr o risco de ser pego”. Fui andando sem rumo. Sabia que precisava sair daquela cidade, porém não tinha recursos para tal.

”O envelope!”, recordei que tinha posto ele na minha mala. Após alguns minutos caminhando, entrei em uma cafeteria 24 horas. Me afundei em um dos sofás que estavam disponíveis. Estava exausto. Apoiei minha mochila na barriga, abraçando-a e, de repente, estava dormindo.

Acordei com uma moça me chacoalhando. Ela vestia o avental da loja. Os primeiros raios de sol da manhã iluminavam o rosto dela e davam vida a tudo em minha volta.

— Ei, garoto! Já está de manhã. Fiquei com dó de te acordar antes, mas estou indo embora agora e não posso mais te deixar dormindo aí.

— Ah sim. Obrigado, de verdade. ‒ ainda estava acordando. Não tinha entendido direito o que ela falou.

— Toma aqui ‒ ela segurava uma sacola de papelão em uma das mãos e um copo de isopor na outra ‒ tem uma bagel e um sanduíche aqui dentro e aqui está um café. Não deve estar muito quente, mas acho que isso já vai te ajudar. Sobrou de ontem e íamos jogar fora, porém achei que você ia fazer um melhor proveito. ‒ ela sorriu e me entregou os pacotes. Não tive tempo de responder ou agradecer. Ela foi depressa para a cozinha do estabelecimento.

Ainda meio desnorteado de sono, me espreguicei, me levantei e saí da loja. Vaguei pelo centro de Los Angeles por um tempo. Sem saber o que fazer, sentei em uma praça. Apoiei a mochila aos meus pés e engoli a bagel que a atendente me dera. Estava faminto. Aquela moça tinha salvado minha vida e nem sabia. Enquanto descansava, lembrei-me do sonho estranho que tivera. Já não me lembrava de boa parte dele, porém sonhei que um pássaro vermelho em chamas lutava contra crianças aladas.

— Cara, que sonho bizarro ‒ falei comigo mesmo, enquanto dava uma mordida no meu sanduíche ‒ será que significa alguma coisa? Nah, provavelmente não.

Abri minha mochila e de dentro dela tirei o envelope. Finalmente teria tempo para ler. Soltei a fita que prendia a abertura e apanhei os papéis que ele guardava. O primeiro era uma espécie de ficha. Tinha minha foto de quando cheguei em Marywhale, meu nome, minha data de nascimento e a data de admissão. Logo abaixo do meu nome, estava escrito: “filiação: Elisa Lefurgey e…”. Havia um borrão que me impossibilitava de ler. A minha frustração foi inimaginável. Saber o nome da minha mãe não me importava. Ela nunca havia ligado para mim. Me abandonara na primeira oportunidade que teve. Mas, meu pai, meu pai não. Meu pai era diferente. Ele deixara um presente pra mim. Ele se importava comigo.

Naquele instante, desatei a chorar. Não sabia por que estava chorando, entretanto não conseguia conter as lágrimas. Eu queria tanto saber o motivo pelo qual meu pai também havia sumido. “O que eu fiz de errado? Eu só queria ser amado”.

Consegui, finalmente, me controlar e parei de chorar. Continuei folheando as páginas. Eram muitas. Com minha dislexia, era difícil entender tudo, porém a maioria eram relatórios, informes sobre minha conduta. Eu ainda não acreditava que achavam que eu realmente conseguia fazer tudo aquilo tendo apenas cinco anos de idade. A última página me chamou a atenção. Era bege, como um pergaminho, e estava escrito em dourado. No meio, havia um envelope vermelho. O que me era mais estranho era que eu conseguia ler aquelas palavras sem dificuldade.

Estava escrito ”από: μπαμπά. μείνετε καλά. φροντίσεις” e meu cérebro automaticamente traduziu para “de: papai. fique bem. se cuide”. Aquilo me chocou. Guardei o pequeno envelope, a primeira e última folha e joguei fora o resto. Me levantei e decidi que iria procurar alguma forma de sair daqui. Podia até voltar a San Diego, no entanto não ficaria em Los Angeles. A cidade passou a me dar calafrios. Necessitava de sair de lá.

Andei por horas, procurando alguma ideia que pudesse me tirar daquele lugar. Tudo em vão. Eu já estava me desesperando. Enquanto andava, cheguei até uma estação de ônibus. Resolvi entrar, não custava. Lá dentro, no piso principal, havia uma grande tela com vários horários e cidades. E então, finalmente, entendi meu sonho. “Los Angeles, CA → Phoenix, AZ”.

— É claro! ‒ gritei. Uma senhora olhou confusa para mim. Disfarcei e continuei com meu pensamento., agora falando baixo para mim mesmo ‒ A fênix é um pássaro mitológico que fica em chamas. Pelo menos, acho que é isso, me lembro de ter lido isso em algum lugar. E os anjos. “City of Angels”. É isso! Tenho que ir para Phoenix! Ou, acho que tenho. Melhor do que ficar aqui, com certeza.

Empolgado saí correndo para um balcão de uma das empresas que faziam o trajeto.

— São 22 dólares, querido. Você já é maior que treze anos, certo? ‒ a atendente era baixinha e estava encolhida na cadeira giratória. Não sei como ela conseguia me ver.

Eu revirei minha mochila atrás do dinheiro. Não havia um tostão. “Agora seria uma boa hora para eu ter recebido por todos aqueles brinquedos e esculturas”, pensei. Enquanto eu mexia na mochila, o envelope vermelho caiu no chão e ouvi um barulho que parecia ser de moedas chacoalhando. Apanhei-o do chão e  abri. Agradeci aos céus com um gesto e murmurei “obrigado, pai”. A moça deve ter me achado louco. Mas não me importei. Dentro do embrulho havia uma nota de cinquenta dólares e algumas moedas douradas esquisitas. Entreguei a nota à mulher, peguei meu troco, guardei o cartão e as moedas em um bolso interno da minha mochila. Assim que o bilhete estava impresso, corri até a plataforma H37 de onde sairia o meu ônibus.

Faltava meia hora para o ônibus partir. Mesmo assim, entrei e me dirigi até o meu assento. Estava fresco lá dentro. O ar-condicionado já estava ligado, provavelmente por causa do calor que fazia em Los Angeles no meio de Julho. Eu encostei a cabeça no vidro e adormeci.




Acordei quando o ônibus estava entrando na cidade de Phoenix. Pela janela, eu podia ver o Deserto de Sonora se estendendo dos dois lados da Papago Freeway. Sua paisagem típica acompanhava onde quer que eu olhasse. O lugar era quase totalmente plano, salvo algumas montanhas que via ao fundo. Arbustos baixos, retorcidos e sem folhas pipocavam ao longo de toda areia. Ao contrário do Mojave, não haviam muitos cactos. Eram quase sete horas da noite, contudo o sol ainda ardia no límpido céu azul.

Pouco depois, o ônibus estacionava na plataforma de desembarque. Como só tinha minha mochila, assim que desci, já me direcionei para a avenida. Agradeci o motorista velhinho e tomei meu rumo. Ia precisar de algum lugar para dormir e também de alguma coisa para comer. Minha barriga roncava. A última coisa que eu comi foi o bagel e o sanduíche. Já passava de doze horas sem comer nada.

Andei por pouco tempo até encontrar uma viela estreita, entre dois prédios. Resolvi entrar nela na esperança de ter alguma coisa para comer. Ainda mais porque o sol não batia nela. Estava quente e eu também não tinha água. Não era uma boa ideia ficar perambulando pelo calor do asfalto e suar até a desidratação.

A viela estava vazia. Não via ninguém passando por ela. Mas, um trailer, a mais ou menos um quarteirão, me chamou atenção. Senti o cheiro de cachorro-quente de longe. Meu estômago gritou de felicidade. Apertei meus passos, ansioso pela comida que me aguardava.

”Giganta1 Hot-dogs”, o nome era estranho e o lugar era sujo, sem dúvida, todavia eu estava morrendo de fome e era um cachorro-quente barato. No cartaz estava escrito: “Completo: $5; Simples: $2”.

— Olá… – esperei alguém vir me atender. Passado um tempo, chamei de novo.

— Desculpe a demora – um homem apareceu atrás do balcão. Ele era quase careca, tinha apenas um tufo de cabelo saindo do meio de sua cabeça. Sua voz se assemelhava aquela de quem fala com a boca cheia. Era uma voz grossa e profunda. Dava um certo medo. Ele devia ter quase dois metros, o trailer ficou pequeno na sua presença. O vendedor estava cheio de óleo e algo que parecia graxa. Pensei, ”Céus que cara sujo. Só desesperado para comer aqui”, mas mesmo assim continuei, afinal eu estava realmente sem muitas outras opções.

Busquei o dinheiro e o cartão dentro da minha mala.

— Eu vou querer o completo, com o desconto – fiz o pedido enquanto mostrava o cartão que havia encontrado no envelope.

— Ah sim. É pra já – por um instante pareceu que ele havia visto algo muito suculento, pois ele salivou e lambeu os lábios. Ele desapareceu dentro do trailer, o que para mim era impossível e eu fiquei aguardando na frente do balcão.

Eu senti algo estranho. Um calafrio percorreu minhas costas e eu tremi. Estava quente demais, não podia ser de frio. Resolvi ignorar. Podia ser a fome, o sono, qualquer coisa, não tinha porque me preocupar. Olhei em volta. O lugar estava deserto. Só faltava uma daquelas bolas de feno rolando.

Esperei por volta de dez minutos e nada do homem. Resolvi chamá-lo de novo. Perguntei se estava tudo bem. Sem resposta.

De repente, um braço enorme saiu de dentro do trailer e me acertou em cheio. Eu fui arremessado com tudo nos tijolos da parede do prédio que se ampliava na frente do vagão.

— Você é meio magro, no entanto faz muito tempo que eu não como um semideus. O gosto é incomparável ao dos mortais.

Eu não tenho certeza se ouvi direito. A pancada tinha sido forte, entretanto podia jurar que ele falou semideus. Eu tentei me levantar e alcançar a minha mochila, mas ela não estava mais nas minhas costas. Ela tinha voado longe com o golpe do homem. Sem minha marreta ou a faca improvisada não tinha muito que fazer contra… Na mesma hora, percebi que o vendedor tinha apenas um olho.

—Aaaah! ‒ Um grito de horror escapou. O que era aquele… ou melhor, aquilo?

O monstro gargalhou. Ele havia saído do trailer e, como mágica, tinha ficado ainda mais alto. Ele deu dois passos e me alcançou. Ele era gigante. Muito maior do que o cara mais alto do mundo, com certeza.

— Você poderia entrar no Livro dos Recordes, sabia? ‒ arrisquei uma descontração, numa tentativa, claramente falha, de me acalmar.

— E você poderia entrar no meu estômago

Ok, eu realmente tinha falhado na tentativa. O brutamonte salivava. Ele me pegou pelos pés e me arremessou longe. Cai em cima de umas lixeiras e sacos de lixo.

— Ainda não sei como vou preparar sua carne, pivete, mas primeiro preciso te desacordar. É sempre o primeiro passo.

Ele estava quase tendo sucesso na sua empreitada. Minha cabeça latejava e meu corpo todo doía. O monstro se aproximou de novo em poucas passadas, pronto para me agarrar de novo. Nesse momento, senti saudades de Donovan. Achei que nunca pensaria isso, contudo o ditador do orfanato era melhor do que essa criatura, sem sombra de dúvida.

O ogro investiu com seus braços robustos. Em um momento de lucidez, eu consegui me esquivar e corri para perto de minha mochila. A fera berrou, descontente com o que eu havia feito. Consegui chegar onde a mala estava. Abri e peguei a faca e a marreta. O bruto virou-se e me olhou. Seu único olho cheio de raiva. Eu estava ferrado, tinha certeza. Ele avançou de novo na minha direção. No momento, rezei para acertar o golpe, como fizera no orfanato. Arremessei com toda minha força e, novamente, atingi bem na cabeça do monstro. Torcendo para que ele caísse, me encolhi no canto próximo a parede. Porém, não foi como esperava. Aquilo só havia irritado ainda mais.

— Você me paga! ‒ ele vociferou.

”Estou morto”, pensei, “acabou para mim”. Eu desviei minha cara, semicerrando meus olhos, tentando me proteger da pancada que viria. Ele havia pegado um pedaço de madeira do chão e eu tinha certeza que ia usar contra mim. Naquele mesmo momento, algo veio assobiando por trás dele e o acertou no ombro. O brutamonte rugiu e virou-se para ver de onde viera. Ao virar, eu consegui ver que era algo que se assemelhava a uma flecha.

Mantive meus olhos semicerrados procurando ver de onde viera aquilo. Uma garota com cabelos loiros segurava algo em sua mão. Olhei melhor, era um arco, daqueles que os arqueiros usam. Do lado da menina, um garoto empunhava um pedaço de ferro. Não. Era uma espada.

— O que cazzo está acontecendo, senhor? ‒ suspirei. Devia ter sofrido uma concussão ou traumatismo craniano devido a pancada, porque nada do que eu escutava ou via estava fazendo o menor sentido. De qualquer forma, resolvi correr. Aqueles dois pareciam estar bem mais preparados para o que quer que fosse aquilo. Me disparei na direção oposta, desejando mentalmente boa sorte aos dois. Eu definitivamente não estava preparado para aquela luta.

Corri como correra na noite em que fugi. Parecia anos atrás, no entanto não fazia nem dois dias. Tanta coisa havia acontecido em tão pouco tempo, era difícil processar. Me sentia um covarde por ter fugido. De novo, comecei a chorar. Eu nunca tive medo de expressar o que eu sentia, no entanto em tão pouco tempo tinha chorado tanto que estava até me fazendo mal. Chorava por estar confuso, por não saber o que estava acontecendo, por ter deixado aqueles adolescentes lá, por sempre ser comigo.

Parei a mais de vinte quarteirões da viela. Entrei em um parque. Enquanto corria, a noite havia caído. Sem forças, caí na grama e apaguei.




Quando acordei, um vira-lata lambia meu rosto. O sol estava a pino. Por quanto tempo tinha dormido? Não tinha ideia. Eu tentei levantar, porém estava fraco demais. Continuava sem comer desde que saíra de Los Angeles. A fadiga e a fome me abateram. Instintivamente, eu sorri. Escapara de Donovan, escapara do homem de um só olho, contudo morreria aqui, jogado em um parque, por inanição. “Que triste fim, Peter Lefurgey”. Não sabia por que, porém agora eu gargalhava. Scar estava certo, “a vida não é justa, não é?”.

Em seguida, para piorar tudo, começou a garoar. “Claro, tem que chover quando se está prestes a morrer”. Fiquei estatelado, sem forças para me mover, apenas esperando a morte. Minha visão estava um pouco embaçada e, do nada, as nuvens e o céu começaram a tremeluzir. Ainda sorrindo, falei baixinho:

— Será que é assim que as pessoas morrem? Com tudo tremeluzindo?

Alguns segundos depois, um círculo de arco-íris apareceu na minha frente. Dentro dele surgiu um homem barbudo.

— Olá, me chamo Quíron. Você está recebendo esta mensagem, pois dois de nossos acampantes me avisaram sobre o que ocorreu há três dias.

— Três dias? Como assim? Eu desmaiei por três dias? ‒ Não conseguia acreditar no aquele homem estava falando, três dias era muito tempo ‒ Calma aí. Quíron? Esse não é nome daquele homem-cavalo que ajudou vários heróis da mitologia grega? Que nome engraçado para servir de homenagem.

— Vejo que você tem bom humor ‒ replicou Quíron ‒ entretanto não é uma homenagem. E o nome correto é centauro, por favor.

— Como assim não é homenagem? ‒ eu voltei a gargalhar, aquele homem estava louco. Pensando bem, eu estava louco. Estava conversando com um homem imaginário através de um arco-íris. ‒ Isso só pode ser uma ilusão, um delírio pré-óbito, com certeza.

— Não, isso não é nenhum tipo de alucinação. Eu sou real, bem como essa mensagem. Você é um semideus. Filho de algum dos deuses da mitologia grega. Te explicarei melhor quando chegar aqui no acampamento.

— Então eu ouvi o caolho direito? Semideus?

— Sim, o ciclope estava certo. Você é sim um filho de alguma divindade. Argos já está a caminho para te buscar. Ele deve chegar em pouco tempo. Te explico melhor quando vocês voltarem.

A imagem sumiu, restando somente a chuva. Aquilo tinha sido mais um dos vários sustos que tinha tomado nesses últimos dias. Ainda dolorido, sucumbi e desmaiei de novo.



Quando retomei consciência eu estava deitado em um dos bancos da parte traseira de uma van. Um homem com uniforme azul de segurança dirigia a van. Ele mantinha os olhos fixos na estrada e suas mãos seguravam com firmeza o volante. Me levantei e logo percebi que parte da minha força havia voltado.

— Você deve ser Argos, certo?

— Fique deitado, o néctar que eu te dei não foi suficiente para recobrar suas forças. Você deve descansar até o acampamento. Em poucas horas chegaremos lá e você poderá tirar todas as suas dúvidas.

Ele estava certo. Ainda não tinha me recuperado totalmente. Isso não me impedia de tirar as dúvidas que tinha enquanto descansava. Olhei pela janela. A paisagem havia mudado completamente. Os arbustos espinhosos foram substituídos por árvores robustas e com as copas bem verdes e a grama tomara o lugar do que antes era areia.

— Quíron então não era uma ilusão minha? ‒ instiguei o motorista. No mesmo instante, observei os braços dele e vi que ele possuía olhos em toda a extensão, das costas de sua mão até onde a manga da camisa cobria o bíceps. Havia um olho fixo em mim em sua nuca. ‒ Ah! Você tem vários olhos! Céus!

Argos manteve a seriedade. O olho na nuca piscou.

— Para suas duas perguntas, sim, você está certo. Me chamo Argos Panoptes, em grego, isso significa Argos de muitos olhos. Sou responsável pela segurança do acampamento e de seus acampantes, que, como você, são semideuses.

— Você é o terceiro que me diz isso! Como vocês tem tanta convicção do que estão falando? Isso é impossível.

— É tão impossível quanto eu ter vários olhos e Quíron ser um centauro. Você entenderá tudo com o tempo. Agora, quanto a você ser semideus, eu não sei como o ciclope que você enfrentou ou Quíron tem certeza, apesar de eu nunca contestar o velho. Eu, por outro lado, tenho certeza, porque você bebeu néctar, a bebida dos deuses, e não morreu. Mortais que fizeram isso instantaneamente pegaram fogo. Você, como pode perceber, está bem vivo.

— Cara, como vocês viajam. Não é possível. Eu conseguiria uma boa grana vendendo o que vocês usam lá em Marywhale, com certeza.

— Não negue o que você vê. Não o culpo, deve ser estranho tudo isso. Já faz tanto tempo que eu nem me lembro direito como foi para mim.

— É óbvio que é estranho. Até ontem eu era um simples órfão… ‒ Argos me interrompeu.

— Um simples órfão disléxico e hiperativo, que nunca conheceu o pai, não sabe nem o nome dele, ao contrário de sua mãe. Um órfão que sempre causou problemas onde quer que passasse. Um garoto que apesar da dislexia consegue ler grego perfeitamente.

— Como você sabe tanto da minha vida? Ai meu deus! Socorro!

— Acalme-se. Repare bem no que está escrito em meu uniforme ‒ ele apontou para a gola da camiseta, abaixo do olho na nuca.

— Ué, está escrito “segurança”.

— Eu disse para você reparar bem, garoto ‒ o motorista estava impaciente.

Eu estreitei meus olhos, na tentativa de ver melhor, e subitamente o escrito mudou: “ασφάλεια”. Eu prendi meu fôlego com o susto.

— Tá vendo. Está escrito em grego. A língua que, para semideuses, é a mais natural é o grego.
De novo, ele estava certo. Estava realmente bordado em grego. Aquilo não era possível. Nada disso era. Personagens da mitologia grega existiam de verdade? Não, eu devia estar bêbado. Ou drogado.

— Isso é efeito dessa droga que você chamou de “néctar” ‒ falei enquanto gesticulava, formando aspas com os dedos.

— Se isso é tudo efeito de alguma droga, como sei que você acabou de fazer um gesto com as mãos?

— Pelo retrovisor, é cla… ‒ Todavia, logo percebi, não havia retrovisor na van ou qualquer outro espelho. Ele também não havia virado a cabeça para trás

— Você é teimoso demais, porém tenho certeza que você sabe que não estou mentindo.

Agora tinha ficado difícil de duvidar. Aquele olho em seu pescoço realmente enxergava. Então, todo o resto devia estar certo. Ainda confuso, olhei pela janela. A noite caía. O tempo voou enquanto conversávamos e logo vi que passávamos por Nova York.

— Uau – deixei escapar. A cidade era linda. As luzes dos prédios iluminavam o horizonte laranja.

— Veja o Empire State. No topo dele, no andar 600, fica o Monte Olimpo atual.

— Eita! O Monte Olimpo não fica na Grécia?

— A montanha fica, porém conforme a civilização muda o centro de poder, os deuses e seres mitológicos também mudam, seguindo a principal nação ou país. Como agora a maior potência é os Estados Unidos, o Monte Olimpo, onde a maioria dos deuses reside, se mudou para cá.

— Que incrível – depois da longa conversa, eu havia mudado de cético para completamente maravilhado.

Passamos por NY e agora estávamos em Long Island. O lugar era plano, salvo alguns pequenos morros e era todo recoberto por uma grama bem verde. Todo esse tempo, toda essa conversa e eu sequer havia me perguntado onde Argos estava me levando. De repente, a van saiu da estrada e subiu um dos pequenos montes. Não haviam muitas árvores em volta, mas uma delas me chamou atenção. Era um pinheiro bem alto, no topo de um dos morros, ele estava lá, solitário e imponente.

Fiquei olhando para a árvore e não me toquei que Argos já havia parado o carro ao lado de uma casa. Não tenho ideia de onde surgira aquilo.

— Pode sair já. Chegamos. Seja bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue, Peter.

— Meio-Sangue? – perguntei, não entendendo direito o nome.

— Sim, esse é outro nome dado para semideuses. Quíron está te aguardando na Casa Grande. Ele vai te explicar melhor.

Acompanhei Panoptes até a varanda da Casa Grande. Era um lugar lindo, singelo e ao mesmo tempo passava confiança e se impunha. Antes de entrar, eu me vi perplexo. O lugar, o tal de Acampamento Meio-Sangue era enorme. Havia um bosque cheio de árvores ao leste, mais ao sul havia um lindo campo cheio de morangos. Na minha frente, diversas cabanas se erguiam na grama. Algumas lembravam muito construções gregas, outras cabanas de campo. Havia uma toda pintada de vermelho-sangue, outra escura como a noite, uma terceira estava repleta de flores. Eram todas muito diferentes, porém, simultaneamente, alguma coisa nelas era semelhante demais. Espalhado pelo campo, tinha também uma quadra de vôlei e um lugar que me lembrou muito um teatro, ele era repleto de mesas. “Deve ser o refeitório”, chutei.

Finalmente, acompanhei Argos para dentro da casa. O lugar estava vazio. Não via nenhum sinal de Quíron na casa. Era um lugar bonito, me lembrava daquelas casas de campo. Uma lareira estava acesa, iluminando e aquecendo o interior do lugar. Dois sofás estavam dispostos ao redor da lareira, formando um L, e no centro um tapete verde claro se estendia pelo chão. Em cima da lareira, havia uma onça pendurada na parede, típico troféu de caça. A visão me incomodou. Eu sempre odiei caça por esporte. Me perguntei de onde vinha aquela cabeça, até onde sei não existem onças na América do Norte.

— Argos, não tem ninguém aqui – falei, no entanto foi em vão. Não tinha reparado, mas o segurança não me acompanhara para dentro da casa. Ouvi um barulho estranho, meio metálico, vindo de outro cômodo. Pouco depois, um homem em uma cadeira de rodas entrou na sala.

— Me desculpa, estava lendo. Você deve ser Peter. Vamos, me acompanhe. Está quase na hora do jantar.
O homem cobria suas pernas com uma manta xadrez vermelho e preto. Ele vestia um terno vinho e uma camiseta azul claro por baixo do blazer. Ele tinha uma barba espessa que cobria toda a parte de baixo do seu rosto. Seu cabelo castanho escuro estava comprido e caia sobre os ombros.

— Você não deveria ser um centauro? Sabia que era tudo uma loucura minha.

Ele me ignorou, deslizou com sua cadeira de rodas por mim e foi em direção à sacada.

— Vamos, me acompanhe. Eu realmente não quero perder o jantar e duvido que você queira também, não é mesmo?

Eu realmente estava morrendo de fome. Fazia tanto tempo que não comia nada que nem lembrava quando tinha sido. Provavelmente, mais de uma semana. Argos disse que o néctar que ele me dera enquanto estava desmaiado me impediu de morrer por inanição. De qualquer forma, eu desejava algo para comer. Decidi que seguiria o cadeirante, afinal, já tinha vindo até aqui. Deveria estar morto se não fosse por Argos e por ele, então resolvi dar um voto de confiança. Não tinha como nada ficar mais bizarro do que já estava mesmo.

Assim que passamos pela porta, eu me arrependi. Claro que tinha como ficar mais bizarro. Quíron, de repente, começou a se mexer na cadeira e magicamente começou a se levantar. A manta que cobria seus pés desapareceu, revelando patas de cavalo. Quando ele levantou, o corpo e as patas de trás da metade cavalo do centauro saíram da cadeira.

— Eita carai – Não consegui me conter – desculpa, não quis ofender – completei.

— Sem problemas, meu jovem. Essa reação é mais normal do que você pensa.

Em instantes, o centauro estava na sua forma real. O pelo do cavalo era castanho como seu cabelo. Ele tinha ficado enorme, muito mais alto que uma pessoa normal. Seu torso fundia-se com o torso do cavalo, onde ficaria a cabeça.

— Ah, a liberdade – exclamou o treinador – É sempre bom quando saio da cadeira de rodas – As suas patas se movimentaram como se o cavalo relinchasse. Fiquei esperando o som característico do relinchar, entretanto Quíron continuou quieto, me olhando. Ele começou a andar em um trote lento. Eu o acompanhei. Fomos andando pelo acampamento. Passamos por uma trilha que dava nas cabines. Elas eram ainda mais magníficas de perto.

— Essas são as cabines em homenagem aos deuses. Quando você for reclamado, você dormirá em uma delas.

— Reclamado? O que isso significa?

— A reclamação é quando o pai ou mãe do semideus “assume” seu filho. Em geral, ocorre pouco depois que o meio-sangue descobre sua origem divina. Alguns, acabam demorando um pouco mais, outros são reclamados ainda bem jovens.

— Ah… E como saberei que fui reclamado?

— Você saberá, com certeza.

Naquele momento fiquei pensando em quem poderia ser meu pai. Talvez fosse Apolo, dizem que ele é o Deus do Sol e eu estou sempre moreno. Ou talvez seja Ares. Sempre me meto em encrencas, seria fácil para um filho do Deus da Guerra violenta. Zeus com certeza não é. Morro de medo de alturas, não poderia ser filho do deus que governa os céus. Não sabia muito sobre mitologia, então, por ora, decidi não especular mais.

Após passarmos pelos chalés, chegamos ao refeitório. Um monte de crianças e adolescentes estavam reunidos em várias mesas. Algumas estavam mais cheias que outras. Nas mesas de mármore, todos os tipos de comida estavam servidas. Hambúrgueres, coxas de frango assadas, costelas, donuts, bolachas. Tinha de tudo. Instantaneamente me vi babando, de boca aberta. Nunca tinha visto tanta comida assim na minha vida.

No meio do refeitório, iluminando todo o lugar, uma fogueira alta estava acesa. A chama subia por mais de três metros. Alguns jovens iam até ela, fechavam os olhos, e atiravam refeições inteiras. A fumaça, ao contrário do que eu esperava, cheirava muito bem. Tinha cheiro de bacon e ovos fritos.

— Tá aí algo que eu gosto. Fogo. – comentei comigo mesmo, baixo o suficiente para ninguém ouvir. Tentei lembrar das coisas que tinha lido sobre a mitologia grega, mas não conseguia lembrar de nenhum Deus relacionado ao fogo.

Sentei me em uma mesa vazia. Quíron me dissera que lá era onde, em geral, aqueles ainda não reclamados sentavam, já que as mesas eram separadas pelas divindades. Não me incomodei, estava morto de fome. Comi tudo que podia. Devorei quase um pernil inteiro, dois cachorros-quentes, vários camarões e três bifes de filé mignon. Nunca tinha tido uma refeição tão boa na minha vida. Nem ficado tão cheio assim. A comida dos orfanatos era insossa e sempre a mesma gororoba estranha. dois donuts e um milk-shake de caramelo. Estava feliz. Agora, depois de comer, tinha certeza que não era uma ilusão.

Peguei um prato de prata, separei duas costelas suínas ao molho barbecue, um risotto de funghi e alguns doces e levei até a fogueira. Não sabia o que meu pai gostava, então peguei o que queria ter comido, contudo não tive espaço no estômago para colocar pra dentro.

Fui até a fogueira, fechei os olhos, numa tentativa de imitar os outros. Não sabia direito o que estava fazendo. Sinceramente, não tinha a mínima ideia do que eu estava fazendo. Mesmo assim, resolvi tentar. Foquei nas melhores lembranças que tinha. Pensei no papel com escritas em grego que meu pai me deixou. Pensei na felicidade que tive quando fiz meu primeiro brinquedo. Segurei meu colar, também presente do meu pai. O calor do fogo no meu rosto me agradava. Comecei a projetar em minha mente imagens dos objetos e sensações que mais me agradavam. O toque gelado do metal. O barulho do martelo batendo no prego. Uma fogueira numa noite fria de inverno.

— Pai, não sei como funcionam essas coisas. Se você me conhece sabe que nunca fui religioso, então essa é a primeira vez que faço isso na vida. Espero que você esteja me ouvindo. Obrigado pelos presentes. E ah, espero te conhecer um dia. Sei lá. Acho que é isso… – sussurrei para mim mesmo, abafado pelo som da madeira estalando ao fogo – Até mais. Não sei se é assim que se termina uma oração, mas é isso aí.

Falei sem muita segurança de que estava fazendo do jeito certo. Ao terminar, joguei tudo que havia no prato na fogueira. Instantaneamente, a comida foi consumida pelas chamas. O cheiro agridoce do barbecue encheu o ar.

Voltava para a mesa quando reparei que todos me olhavam. Limpei a boca, achando que podia ser isso, porém não era. Quíron também me fitava. Seus olhos ainda estavam sérios, porém ele esboçava um sorriso.

Percebi que uma luz vermelha intensa brilhava no rosto e refletia pelos olhos dos semideuses. Meu braço também estava iluminado, no entanto eu estava de costas para o fogo. Não havia como a luz ser proveniente dele.

Quíron gesticulou, apontando para algo acima da minha cabeça. Ele se aproximou no mesmo instante.

— Isso é a reclamação, Peter. Seja bem-vindo a uma nova vida, Filho de Hefesto.

Alguns acampantes aplaudiram, outros acenavam. A mesa dos meus meios-irmãos vibrava.

É claro! Hefesto! O Deus do fogo, das forjas, dos escultores, dos artesãos. Tudo que eu mais gosto. A bigorna feita da mistura de ouro e cobre.  Não tinha como ser diferente. Isso explica tanta coisa.

— Obrigado, pai – olhei para o fogo, sorrindo de orelha a orelha, infinitamente feliz e grato.

Por um momento, pude jurar que o fogo sorrira de volta.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Sex 08 Jan 2016, 12:59

Chris Smith - Não reclamado.
Bom dia Chris. Tudo bem? Espero que sim.
Rapaz, vamos lá. Sua história não foge dos clichês da personalidade dos filhos de Ares e tudo mais, mas seu texto contém inúmeros erros. A começar pelo uso excessivo de vírgulas. Só vi pontos nos finais dos parágrafos, e ele deve ser usado para indicar cada final de período. Por exemplo a seguinte frase -> "Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John." <- poderia ser reescrita, separando todos os períodos -> "Realmente não sei como ela conseguiu tal façanha, pois mesmo sabendo que não tínhamos um pai presente, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada. Sempre perguntei a Helena quem era meu pai, ou por onde ele andava. Perguntei até mesmo sobre o pai de John."

Vi, também, palavras que foram colocadas no lugar errado. "[...] que não haviamos pais [...]". No caso, você quis dizer que não possuíam pai, pois se você diz "pais", dá a entender que não possui mãe e pai (pelo menos para mim).

Procure se informar a respeito de pontuação em blogs ou sites de língua portuguesa (menos Wikipédia, por favor). Recomendo o Brasil Escola ou similares, pois são muito bons. 

Ah sim. Tome cuidado com o double post. Você pode sofrer punições caso isso venha a se repetir. 

Conserte sua ficha e tente novamente. Estarei à disposição em caso de qualquer dúvida ou desabafo. Até lá, REPROVADO.


Peter Lefurgey - Reclamado como filho de Hefesto
Céus Peter, que ficha enorme. Mas a cada linha que lia, queria saber a seguinte. Sua fluência é boa, seu estilo é divertido. Como diria um amigo "não sei se faço sua avaliação ou te cubro de elogios". Apenas achei que deveria ter explicado melhor sobre o fato de querer ser filho de Hefesto no campo "Qual o seu progenitor divino e por quê?", mas a qualidade de sua ficha me fez aprová-lo. Meus parabéns!
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Sáb 09 Jan 2016, 14:11

Tudo atualizado.


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Ficha de Reclamação

Mensagem por Nathally Truce Sáb 09 Jan 2016, 23:52

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Por Apolo. Apesar de Atena sempre ter sido minha deusa favorita, creio que a personalidade do personagem combina mais com Apolo, além da aparência. Também gosto da habilidade com arco e flecha que filhos de Apolo têm inatos, e a habilidade do Oráculo que vem nos leveis altos me agrada, ficando condizente com a situação de insônia que a personagem tem por seus sonhos estranhos.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Nathally tem cabelos loiros característicos de filhos de Apolo, mas normalmente não estão muito bem penteados porque ela tem tendência a sair de casa espontaneamente, sem preparo anterior. Os olhos verde-oliva foram herdados da mãe, a altura é condizente com seus treze anos atuais, e, tanto pelo pai quanto por constantemente sair de casa pra andar sem destino, a pele é levemente bronzeada. Costuma se vestir sem preocupações com moda, bastando alguma jeans e uma camiseta que normalmente tem alguma banda ou série estampada, e como anda bastante, normalmente está de tênis. Sua condição física é o bastante pra lhe permitir andar por algumas horas sem se cansar, mas não tem nenhuma força extraordinária ou capacidade de combate.
Em questão de personalidade, Nathally não tem problemas em se socializar, recebendo bem pessoas novas, e geralmente é animada com novas aventuras ou desafios. A exceção se dá quando tem uma crise de insônia, como descrito em sua história, o que a deixa lenta e desanimada, e com um humor mais fechado, durante o dia seguinte. Normalmente, seu sorriso é contagiante, e não raro faz com que os mortais achem que seu rosto 'brilha como o sol' quando está particularmente contente. Gosta muito de música, e tem grande vontade de aprender a tocar algo. Quando está nervosa, porém, tem como tique rimar as frases sem querer, o que a deixa brava consigo mesma.

- História do Personagem
Nathally andava pelas ruas a esmo, sem saber ao certo o que estava fazendo. Se sentia inquieta, alguma coisa a perturbava. Algo em seu sonho. Seus sonhos... Sempre fora perturbada por eles. Nunca se lembrava deles, mas sempre se sentia mal depois de um, como se eles fossem o prenúncio de alguma tragédia inerente. Quando os tinha, não conseguia mais voltar a dormir, e muitas vezes, ela mesma se mantinha acordada, pra evitá-los. Não conseguia chamá-los de pesadelos, também. Afinal, não se lembrava do conteúdo. Mas graças a eles, a insônia e noites em claro foram parte constante de seu cotidiano, desde quando conseguia se lembrar. Naquele dia, estava assim novamente. Sonhara com algo, tinha certeza - a prova era que acordara quase junto ao alvorecer. Se ela ao menos se lembrasse... Talvez pudesse descobrir como pará-los.
Quando deu por si, olhava o Museu do Brooklyn. Mas é claro. As galerias calmas e pacatas tinham alguma coisa que a fazia relaxar. Já deveria ter adivinhado que seus pés a levariam lá. Antes de entrar, parou para se olhar na vitrine da loja mais próxima. Estava horrível. Claro, andara o dia inteiro, logo depois de acordar, mal fizera a higiene básica e engolira um pão antes de sair. O cabelo loiro levemente despenteado teimava em não querer abaixar. Tentou penteá-los com os dedos o máximo que pôde, ficando satisfeita quando não parecia mais uma criança de rua. Olhou-se de cima a baixo com os olhos verdes que herdara da mãe. Camiseta de banda, jeans e all star. Definitivamente não era o que se chamaria de visitante típico de um museu. Mas, afinal, a entrada era livre pra quem quisesse entrar, então não deu importância a isso enquanto entrava no local.
Quer dizer, tentou entrar, antes que uma mão surgisse do nada e a puxasse pra trás pelo ombro.
- Você não deveria estar aqui. – O segurança gigantesco a encarou quando se virou. Ele tinha uma cara comprida e nada amigável. Ela não gostou nada de como seus olhos brilhavam. Sentiu um frio na espinha.
- ...Desculpe, eu não sabia que tava fechado. Pode me soltar, eu saio pelo outro lado. – ela ergueu as mãos na defensiva, já começando a retroceder. Nem sequer tinha reparado que rimara. Normalmente xingaria a si mesma mentalmente por aquilo.
Ela estava terminando de descer as escadarias quando percebeu que o segurança a seguia. O que estava acontecendo? Ele andava devagar, pra não chamar atenção das pessoas ao redor, mas definitivamente a seguia. Ela começou a correr, e na mesma hora o segurança apertou o passo.
Então, ao dobrar uma esquina, ela esbarrou com um rapaz alto e ruivo que também corria, na direção contrária. Seu rosto era cheio de espinhas e tinha uma barbicha rala no queixo. Ele a olhou um instante, como se tentasse reconhecê-la, então viu o segurança por cima do ombro dela e arregalou os olhos. Ela se virou pra olhar.
O segurança, diante de seus olhos, ali no meio da rua, se transformara. Sua cabeça se alongou ainda mais, adquirindo um aspecto horrendo e canino, e ele ganhava pelos enquanto a roupa de segurança desaparecia. Ninguém na rua nem mesmo piscou. Por um instante, pensou que ela ainda estivesse em seu sonho; mas era impossível, ela nunca se lembrava deles.
- Essa não. Um cinocéfalo! Hora de ir – o rapaz ruivo exclamou, ao mesmo tempo em que já voltava a correr, agora puxando o braço dela junto. Obviamente sem entender nada, ela se deixou levar, já que correr parecia uma ótima ideia naquela situação. Assim que tomou uma distância segura o bastante pra parar, ele acenou freneticamente pra um táxi, e praticamente jogou-a dentro dele, entrando no banco da frente em seguida – Estreito de Long Island! Agora!! – ele gritou pro taxista assustado, que decidiu não discutir e acelerar o carro. – Oh deuses... Você está bem? – ele finalmente se virou no banco pra olhá-la. Ela olhou pra ele como se ele fosse louco.
- Você VIU aquilo? Aquele segurança, ele virou, isso é totalmente insano! O que está acontecendo aqui? – seu coração ainda estava disparado da corrida, ela estava pálida. Estava tudo tão louco que ela nem discutiu o fato de ter sido jogada num táxi com destino desconhecido por alguém desconhecido.
- Sem perguntas agora! Primeiro temos que escapar dele! – ele apontou o vidro de trás, e Nathally conseguia ver a coisa os perseguindo, fazendo carros que tentavam se desviar dele na rua se chocarem uns contra os outros, em um caos que se instalava.
Ela não sabia muito bem o que assimilar primeiro. Se o garoto ruivo totalmente aleatório que a sequestrava, se o motorista que jogava os braços com força virando o carro em uma costura que definitivamente lhe renderia uma multa, se os carros que se chocavam atrás dela, numa trilha caótica, ou se, bem, a decisão ficava fácil agora: aquela coisa cachorro ensandecida correndo atrás de um carro em uma velocidade absurda era bem fácil de assimilar. Ela passou por uma placa, mas a velocidade do carro e a dislexia não a deixaram ler aonde estava. Se lembrava bem, estavam indo pra Long Island. Por quê? Sua casa era no Brooklyn, e sua mãe... Não. Sua mãe não ia esperar por ela. Tinha bebido de novo, e só daria por falta dela no dia seguinte, se tanto.
– Pra onde está nos levando? O que aquilo quer da gente?
- Acampamento! Só vamos estar seguros quando chegarmos. Acelera! Ele está nos alcançando! – ele agora gritava com o motorista confuso, que pegou a saída pra Long Island numa curva fechada que a jogou contra a porta do táxi. – Você é uma semideusa. Ainda não sei de quem, mas tomara que seja de alguém útil pra gente se aquela coisa nos alcançar.
- ...Espera aí. O quê? Você pegou a garota errada! Eu nem sei do que está falando!
- A garota errada? Não, eu tenho certeza que é você, e olha só, é melhor te reclamarem rápido! Já tem treze, não é?
- Eu fiz treze semana passada, mas o que isso te... – ela parou de falar quando notou que o ruivo olhava pra algo acima dela. Ela ergueu a cabeça pra olhar. E viu algo que a assombrou ainda mais que o homem-cachorro. Uma lira brilhante dourada flutuava logo acima de sua cabeça. Aquilo a fez se calar.
- Apolo! Maravilha! Não podia ser mais perfeito – ele tirou a mochila relativamente grande que carregava nas costas e a abriu, revirando-a enquanto tentava se manter reto à medida que o carro virava curvas e mais curvas.
- ...Como sabe o nome de meu pai?
Sua mãe havia lhe ensinado, há muito tempo, que o nome de seu pai era Apolo, e que ele desaparecera quando ela ainda era muito pequena. E que ela não devia perguntar mais nada além disso. Mas Nathally deduzira o bastante sozinha pra adivinhar que seu pai fora a razão pela qual sua mãe, que já fora uma violinista solo brilhante, perdera a carreira e afundara em bebida.
- Achei! Aqui. Se tem alguém que pode ajudar agora é você. – ele tirou da mochila um arco longo dourado elegante e colocou na mão dela, pegando uma aljava de couro vazia e passando a correia pela outra mão – Presente do seu pai. Distrai essa coisa!
- Do que você está fal... – antes que terminasse, ele estava tirando os tênis, e revelando... Cascos? Definitivamente eram cascos. Ele chutou o vidro traseiro do táxi até que se quebrasse. O motorista ouviu o barulho do vidro e se virou pra protestar, indignado... O carro fez uma curva descontrolada e ele bateu a cabeça com força no vidro da janela, apagando.
- Oh-oh. Cascos não são bons pra dirigir, vai ser uma viagem complicada – o ruivo disse nervosamente enquanto puxava o motorista pra fora do banco e assumia o lugar dele.
Nathally nem ouvira. Estava encarando o arco na mão se perguntando o que devia fazer com aquilo. O máximo que já usara na vida fora um estilingue que tinha quando criança. Obviamente o rapaz com cascos esperava que ela usasse aquilo. Ela estava prestes a protestar quando ouviu um uivo assustadoramente próximo, e agora o homem-cachorro pulara e finalmente agarrara a traseira do carro, sendo arrastado junto a eles enquanto tentava subir. Seu focinho rosnava e babava, e ele olhava diretamente pra ela.
Em pânico, se segurando como podia enquanto o carro dava trancos ainda piores que antes, ela passou a aljava no ombro, nem reparando quando esta se enchia de flechas, e ergueu o arco, já preparando uma flecha nele, virada pra abertura onde ficava o vidro traseiro. Imediatamente ‘sentiu’ que estava fazendo aquilo errado. Ergueu o cotovelo até a altura dos olhos, consertando a postura, e alinhou-os à flecha. Puxou a corda com o indicador e o dedo médio, deixando a flecha descansar sobre os outros dedos, e então segurou o arco usando não só o braço, como o ombro e as costas. Roçou a pena da flecha na boca, sem olhá-la. Tudo isso aconteceu num espaço de poucos segundos, de forma quase automática. Sem se dar conta de tudo o que tinha acabado de fazer, e rezando a qualquer deus que existisse que estivesse fazendo a coisa certa, ela simplesmente soltou a corda e fechou os olhos.
Através das pálpebras fechadas, um clarão de luz pôde ser sentido, e assim que ouviu um ganido ficando cada vez mais distante, ela tornou a abrir os olhos. O homem-cachorro tinha soltado o carro e ficava parado atrás, cada vez mais longe deles, as mãos tampando os olhos. Ela não via a flecha em lugar algum, mas aquele clarão aparentemente o deixara tonto o bastante pra que conseguissem tomar distância e sair da vista dele.
- Boa! – o ruivo sorriu a ela, olhando pelo retrovisor. – Eu disse que dava conta.
Ela se deixou cair no banco do carro, exausta e psicologicamente abalada. Não tinha forças nem pra voltar a fazer perguntas ao rapaz com cascos. Ficou quieta o resto da viagem, vendo a paisagem mudar ao seu redor. Notou que a aljava ainda estava cheia, apesar da flecha que ela usara, e decidiu não questionar. O rapaz com certeza a tinha chamado de semideusa. Não era burra, tinha estudado mitologia na escola. Só não conseguia cair a ficha de que Apolo seu pai era ‘aquele’ Apolo. O deus do Sol, das profecias, da música? Impossível.
O cenário mudara pra extensos campos de morango ao pôr do sol quando finalmente o táxi parava e o rapaz saltava pra fora, esticando o corpo. Ele tornou a colocar o taxista no banco da frente, pegou uma carteira e deixou algumas notas ao lado dele antes de fechar a porta. Nathally saiu do banco de trás, olhando a cena.
- Ele não vai achar nada estranho um garoto com cascos dando um arco a uma menina que atira num homem-cachorro?
- A Névoa vai cuidar disso. Eu não sei o que ele vai achar que era, mas não vai se lembrar de nada disso do mesmo jeito que a gente. – Ele estendeu a mão pra ela. – Sou Verniz. Sou um sátiro. Você mandou bem ali.
Ela olhou pra mão dele um instante antes de cumprimentá-lo de volta, abrindo um sorriso radiante. Apesar do risco mortal e de não fazer ideia de onde estava, agora que o perigo passou, toda aquela perseguição tinha sido emocionante.
- Nathally Truce. – ela conseguiu ver atrás dele uma colina por perto, e no alto dela, uma placa que dizia ‘Acampamento Meio-Sangue’. Ela nem reparou que lera a placa sem dificuldade, apesar da dislexia.
- Bom... Bem vinda ao Acampamento Meio-Sangue. Vem. Vou te apresentar ao Sr. D. – ele disse apenas, começando a subir a colina. Decidindo que era melhor ir a algum lugar do que ficar ali perdida no meio do nada, ela o seguiu colina acima.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Lavinia S. Larousse Dom 10 Jan 2016, 15:41



Avaliação

Nathally Truce - Aprovada como filha de Apolo


Nathally, seu texto foi difícil de ler. Comecemos pela avaliação da primeira impressão que tive, a estética: É >sempre< bom deixar todos os textos da sua vida justificados. Ficam atraentes e não fazem com que os leitores se percam lá ou acolá nos finais de frases. É dispensável colorir falas, sério, deve dar um trabalho enorme e duvido que já tenha lido algum texto de jornal, livro ou até mesmo contos com as frases todas destacadas.

Agora indo para os erros ortográficos, é quase um crime penal trocar travessão por hífen. Isto (-) serve para unir palavras e formar uma outra, tipo guarda-chuva. O outro (—) deve ser usado para iniciar falas de personagens e também substituir vírgulas (coisa que você usou exageradamente, teve momentos que achei que a frase não acabaria mais).

O que não é exatamente um erro, mas pode ser mudado para tornar o texto mais rico, é o caso abaixo:

Se sentia inquieta, alguma coisa a perturbava.

Se fosse "Sentia-se inquieta, alguma coisa a perturbava." soaria muito melhor nesta ocasião.

Uma coisa que me deixou confusa no enredo da história foi o fato de que o sátiro lhe entregou os presentes que seu pai deveria lhe dar na hora da reclamação. Ser reclamado não é uma coisa aleatória, é algo que seu pai/mãe faz por você, e neste momento ele/a quem faz aparecer as armas. Foi totalmente incoerente aquilo estar com um desconhecido, que nem mesmo era um semideus. Outra coisa foi o fato do motorista estar no mesmo local que aquele auê e não questionar nada. Ok, a névoa cobre algumas coisas, mas nem tudo. Semideuses precisam de cautela, mesmo sabendo que os humanos não enxergam a magia.

Confesso que fiquei um pouco em dúvida se te aprovava, mas considerei o fato de o teste para Apolo ser categorizado como "comum" e também por saber, depois da sua ficha, que você escreve muito bem. Espero que aceite minhas sugestões e melhore cada dia mais no fórum, você tem um grande potencial para se tornar uma grande narradora e semideusa. Se precisar de ajuda estou disponível via MP, pode questionar desde templates até sistemas avançados. Parabéns!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 168 - ExStaff Ter 12 Jan 2016, 13:24

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Hudson D. Ivankor Dom 17 Jan 2016, 15:46

*já foi realizado o pedido para a alteração do nome*
*Foi utilizado um mostro que não sei se é usado normalmente, mas como era um RPG também, acho que não irá acarretar nenhum problema*
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Hefesto
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Físico: Branco alto de barba de cabelo preto com umas pontas espetadas na frente, um pouco gordo, mas com braços fortes que nele se encontrava um cicatriz pequena.
Psicológicas: Extremamente extrovertido, sempre buscando os sorrisos em pessoas a sua volta, se preocupa com a qualidade de vida das pessoas e um pouco medroso, mas nada que lhe impeça de fazer o quer.
Minha história
Nasci em um cenário caótico, perturbador, uma cidade feita de casas mal planejadas e esgotos ao ar livre, não poderia ser diferente o meu desempenho em ajudar aquele lugar e foi assim que adquiri alguns equipamentos, encontrando na rua ou até mesmo entulho, que facilmente ao juntar as peças formava uma ferramenta e os anos foram passando, até que um dia eu me deparei com minha mãe na cama, doente, não havia reações, meu olho somente enchia de lágrimas e meu coração se apertava a cada batida, foi quando conheci Jorge D. Franklin, que devido ao sobrenome pensei ser meu parente, distante talvez. A casa estava cheia todas aquelas pessoas que um dia ajudei, agora estão retribuindo, mas algo deixou minha mãe inquieta em sua cama, levantou e falou:
-Não fiquem aqui, vocês não estão ajudando, pelo contrario, estão colocando meu filho em perigo!
Eu olhei para ela com uma cara de duvida, não queria que as pessoas saíssem dali, fico sem palavras, olho para um lado e para o outro, quando de repente observo os ombros da minha mãe com a certeza de que aquilo ali não era normal, nunca tinha ouvido falar em uma doença que inflamasse de tal forma escura e apodrecesse a carne, algo que me dá arrepios ao lembrar, mas neste instante que começou a reviravolta em minha vida, eu olho para minha mãe e antes que fale alguma coisa, começou a varias pessoas correrem para o lado contrario a porta e lá estavam duas mulheres aranhas, olhando aquilo eu só pude ficar na frente da minha mãe esperar o pior e não havia nada ao meu redor que eu pudesse me defender ou até mesmo atacar e misteriosamente Jorge se levanta em um calmo movimento e grita:
-Vocês não sabem o que estão fazendo eu vou derrotá-las por fazer isto com minha mãe.
Eu apenas olhei para ele com uma cara de surpreso e tentando entender toda aquela situação, ele por sua vez pega uma seringa injeta algo em seu braço que até hoje não sei o que e completando sua ação pegando uma bolsa de soro e tacando nos monstros, que até então só faziam um barulho estranho, a bolsa cai ao chão estourando e saindo um liquido diferente ao soro que deveria ser transparente, era branco e quando encosta nas arranhas elas começaram a derreter. Eu simplesmente ficava parado, até que os barulhos pararam e Jorge veio a me explicar tudo, eram kruthiks, monstros que vieram do subsolo para matar nossa família, injetou em mim também e comecei a ficar tonto olhei para todos os lados e por fim para a porta que no horizonte vinham varias destas kruthiks, Jorge correu e me entrega um papel e foi para a porta, fechou-a e só escutava barulhos esquisitos e os gemidos de minha mãe.
Quinze minutos se passaram, eu já não sabia o que me prendia ali, algum tipo de força me fazia querer lutar, querer ajudar meu irmão, então resolvi pegar as ferramentas e torná-las em algo letal, obviamente não consegui muita coisa, no máximo lança, que mal poderia se chamar assim da forma fraca, mas era o que podia fazer naquele momento, sai na porta e um barulho em cima assustou-me quando olhei só vi uma garra sendo acertada em mim, a única reação foi de levantar os braços e receber o golpe, cai no chão, desmaiei, acordei em um lugar bem diferente, cheio de árvores e minha mãe do meu lado com uma respiração ofegante e percebendo que acordei, fala:
-Seu irmão lutou bravamente e só por causa dele estou aqui, apenas entre neste acampamento e usa da vontade que você teve para ir ajudá-lo em fazer as ações que eles fazem ai, errei em não ter deixado o Jorge continuar aqui, mas agora sei que um dia quando nós virmos novamente, você será mais forte do que nunca foi e saiba que você tem muito de seu pai, ele sempre ficava olhando para ferramentas quando morávamos juntos, você puxou isso dele.
Eu querendo entender tudo aquilo que aconteceu nessas últimas horas, mas eu apenas confiei em minha mãe, mas mesmo assim perguntei:
-E por que você não vai comigo?
-Eu não posso, você pode, é um semideus, vá agora, eu preciso ir também - saiu andando as presas e fazendo sinais para ir rápido.
Eu levantei e entrei naquele lugar que me acolheu e fez-me entender mais sobre o mundo, agora só tenho uma cicatriz que vai me acompanhar em tornas as minhas jornadas e aventuras, ela que me demostrou que tenho que ser mais forte e mais habilidoso e por isso que estou aqui.
Hudson D. Ivankor
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sarah Lich. Collins Dom 17 Jan 2016, 22:33


Ficha de Reclamação ♛
You'll never settle any of your score, your grace is wasted in your face, your boldness stands alone among the wreck



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Desejo ser reclamada como filha de Hefesto.

- Perfil do Personagem
Características Psicológicas
Nem sei de qual forma me descrever psicológicamente. Sou um pouco de cada coisa, exceto que algumas partes se sobresaem sobre as outras. Um exemplo é a forma como sempre fico neurótica com os meus objetos. É um dedo estranho esbarrar em algo que é meu sem a minha permissão e o tempo inteiro se modifica para muito além do que houve no dilúvio da arca de Noé. Alguns dizem que sou contraladora e que tudo a minha volta precisa girar conforme a minha vontade, o que não deixa de ser mentira. Eu me vejo da seguinte forma: Uma doce e delicada garota de 16 anos que sonha em um dia se torna a melhor engenheira mecânica que todo o mundo já conheceu e dominar o mundo da moda com os meus looks. Está vendo? Não sou diferente das outras, embora odeio que me compare com qualquer garota fútil. Eu sou uma menina finíssima? Sim. Gosto de maquiagens e looks coloridos? Demais! Mais não me compare com certas garotas de mentes vazias que não conseguem enxergar que o mundo gira para todos e não somente ao seu redor. Sofro de hiperatividade, é algo que nasceu comigo, então não espere me ver sentada em um mesmo local por mais do quê 10 minutos.

Definitivamente eu sou perfeita! Eu gosto de músicas de conteúdo, então você pode sim me abordar um dia ouvindo Pop, Folk, Rock e até mesmo Jazz. Curto filmes de documentários, principalmente os que relatam sobre a primeira e segunda guerra mundial. Sou apaixonada por mecânica e não tem motivos aparentes, apenas curto construir e desconstruir aparelhos. Costumo sempre ser vista com uma boa aparência, vestida com algumas roupas de grife.

Característica Física
Sou irresistível, brincadeirinha! Sou comum. Tenho uma altura mediana e até os meus 13 anos fui uma magricela, porém estou conseguindo um pouco de corpo. Os meus olhos são castanhos, porém visto de longe é parecido com duas bolas negras. O meu cabelo é liso de forma natural, porém costumo modificá-lo com cachos e mudando constantemente as suas cores. Tenho também duas tatuagens, uma rosa negra na mão direita e um passáro nas costas carregando uma nota musical. Carrego também comigo algumas marcas de queimaduras, porém são tão mínimas que somente os observadores conseguem notá-las.


História do Personagem
Heey, tudo bem? Me chamo Sarah Lichenstein Collins e sou natural de Los Angeles. Sou filha adotiva de Eugenny Lichenstein  Cooper e Thomas Collins. Não me lembro da adoção, eu tinha apenas alguns dias de vida. Minha mãe biológica havia me deixado uma carta e então me abandonou nas areias da praia. Fui encontrada por Eugenny e levada, então não estranhe se em algum momento da minha vida eu disser que Eugenny  é a melhor mãe que o destino poderia me arrumar. Meus pais eram recém casados e modificou toda a vida por causa de mim. Nos mudamos de Los Angeles para uma ilha chamada Niihau, Havaí, 230 habitantes. Minha mãe trabalhava servindo mesas na praia vizinha e todos os dias levantava cedo para atravessar o oceano e se juntar á cidade do Havaí. Meu pai também trabalhava na cidade como instrutor de natação e mergulho.

Eu tive uma infância quase comum. Tive amigos, interesses por aparelhos tecnológicos. Durante os meus primeiros anos tive uma vida “presa” em uma redoma de vidro. Iniciei os meus estudos em casa com professores particulares e devidamente estudados e os meus amigos só poderia ir me visitar após uma série de perguntas do meu pai. Quando completei 5 anos, minha mãe engravidou e teve que passar um longo tempo longe de casa, de modo que quando retornou, minha irmã estava com quase dois anos de idade. Durante a ausência da minha mãe tive a oportunidade de passar algum tempo sozinha e passeando pela ilha encontrei a oficina do Sr. Roger Baker. Ele era um senhor na faixa dos 60 anos de idade e trabalhava na ilha construindo itens para colecionadores como espadas, kunais, adagas, além de móveis e outros itens em madeira. Durante as manhãs eu estudava como toda qualquer criança comum só que em casa e durante as tardes observava o Sr. Baker no seu ofício. Aquilo me fascinava por inteira. Após alguns meses passei a ser a sua ajudante, ganhando alguns dólares e ajudando em casa.

Além do ofício com metais e madeira, fui despertada para outro assunto, moda. Durante as noites assistia desfiles, navegava em sites de estilistas e comecei até mesmo a criar alguns modelos. Só que algo me incomodava, o porque eu não poderia deixar a ilha? Eu sempre observava os outros da minha idade nos finais de semana fazerem tour para longe da ilha e o meu único contato com outras pessoas eram os turistas que visitavam Niihau. Quando eu estava com precisamente 12 anos, resolvi fugir para a cidade. Conheci uma garota chamada Jessie e juntas conseguimos convencer um barqueiro as nos levar. Fiquei fascinada com a cidade grande, os turistas, os carros, tudo me causava impacto de uma forma positiva. E nessa noite que tive o meu primeiro encontro sinistro. Jessie e eu tomávamos sorvete quando fomos abordadas por um senhor. Ele era alto, incrivelmente grande e cheirava a peixe morto, ele nos convidou para passear pela praia com ele e como o local era movimentado não vimos perigo. Ele contou um pouco de sua vida e como a sua esposa havia sido assassinada por um delinquente juvenil há alguns anos atrás. Ele nos assegurou que a cidade estava repleta desses tipo de pessoas, que eles causava confusão e matavam pessoas de sua família sem nem ao menos serem pegos. Aquilo era realmente chocante e tudo parecia assustador e ficou pior quando o mesmo afirmou que eu fazia parte daquele grupo.

A conversa foi interrompida exatamente no momento que ele ameaçou me agredir e dizia palavras como cozinhar e molho de semideus com pitangas e uma pitada de salsa. Eu sempre tive um enorme problema, sempre fui muito atlética, não no quesito de academia e esportes, mas eu era elétrica. Vivia sempre andando de um ponto ao outro, não conseguia ficar parada muito tempo e ao mesmo tempo conseguiar enxergar tudo a minha volta de forma simples e clara. No momento em que ele me atacou, me joguei para o lado e puxando Jessie um pouco aflita, começamos a correr. Não lembro ao certo quanto tempo ficamos correndo sendo perseguidas por ele, só que ao virar uma esquina chocamos diretamente com a minha mãe. Não preciso nem dizer que fui obrigado a voltar para a casa e fiquei um mês de castigo sem televisão, internet ou visitas a oficina. Só quê o que me preocupava era que Jessie começou a afirmar pela ilha que o homem que nos abordou era uma cara de apenas um olho no meio do rosto. Me preocupei, afinal na idade dela ficar perturbada e retardada era duro, principalmente ela quê sempre foi incrivelmente bonita, muito gata na verdade. Não! Não curto mulheres se essa é a sua dúvida.

Voltando a história, Jessie com aquela seus contos de homem com um olho só e blá, blá, blá. O castigo acabou e pude voltar a desfilar pela ilha, exceto que sem Jessie. Não tenho preconceitos, mas não curto andar com pessoas totoca das ideias. O ponto é que a garota depois de umas semanas sumiu, seu pai dizia que ela havia sido aceita em um acampamento de férias e só voltaria nas aulas. Dediquei todo o meu tempo as criações mecânicas e desenhos de roupas. O tempo se passou, em uma maravilhosa manhã eu me encontrava no meu quarto despregando os quadros de Louis Vuitton quando minha mãe me encarando chamou para ir a cidade fazer compras para o aniversário de Trídia (Sim o nome da minha irmã é horrível, meus pais estavam de mau humor e colocaram esse nome na coitada). E então com a permissão de Deus e do Papa eu disse sim. Tomamos sorvetes, compramos vestidos, sapatos e matérias para o bolo. Ah, esqueci de dizer que o comportamento dela nesse dia estava estranho, minha mãe estava calada e pensativa, muito pensativa na verdade. Na volta para a casa paramos na praia mais próxima e estávamos olhando as ondas e eu metralhando a coitada com perguntas. Não houve resposta, ela estava prestando a atenção em outra coisa. Essa coisa era um homem, não um homem comum, mas um com mais ou menos 3 metros de altura e o mais assustador. apenas um olho que se localizava na parte central do rosto. Lógico que me assustei e por um momento fiquei paralisada, até que senti os dedos frios de minha mãe e sua voz rouca e amedrontada que gritava freneticamente para fugír-mos. Era o mesmo homem que tinha abordado Jessie e eu, só quê com um olho a menos na minha opinião. Gritei ao ver que a mesma em vez de correr junto comigo, corria na direção oposta, na direção da criatura. Com uma certa clava nas mãos, ele sentiu o confronto. Foi quando ainda olhando atrás, observei a minha mãe juntar aos mãos e uma névoa densa deixar as correntes do oceano em direção as beiradas e preencher todo os local, tornando a visão difícil de funcionar. Não deixei de correr e em poucos segundos, eu estava junto á pista. Suada e assustada pedindo por socorro, na verdade implorando. Um carro azul parou bruscamente a minha frente. 

Quando a porta se abriu era o meu pai, ele estava pálido, assustado e me puxando para dentro deu partida a toda velocidade. Nem por um momento consegui reconhecer para onde eu estava sendo levada, exceto que tudo se tornava ainda mais assustador. As árvores que agora surgiam em grandes quantidades, seguiam com suas folhas um caminho. Era como se as mesmas quisessem que o meu pai me levasse até um local específico. O mesmo ainda sem retirar os olhares das estrada, seguia rumo á um lugar onde o barulho de águas se quebrando se tornavam mais audíveis. Eu estava esgotada, ao mesmo tempo que grossas lágrimas salgadas deixavam os meus olhos, molhavam o meu rosto e pingavam no meu colo. Por fim havíamos chego até um local próximo a uma praia, onde centenas de "coisas" estranhas brincando. Eram mulheres-peixes e homens de aspecto diferentes. Abrindo a porta do carro, Sr Collins desceu e como se tivesse dificuldade de respirar caminhou até as águas. 

Não havia força em mim para argumentar, tudo aquilo estava parecendo um sonho ou pesadelo dependendo do ponto de vista. Desci do carro a ponto de ver uma figura na beira da praia me olhando, era reconhecida, era assustadora, era a minha mãe com partes de peixe. Eu precisei de 16 anos da minha vida para aparecer o momento certo onde os meus pais, Eugennya uma naiáde e o meu pai um tritão me contarem o porque nunca pude deixar a ilha. Uma semideusa, que segundo eles era o cruzamento de um humano com um deus. Eu tinha uma parte que vinha do lado divino, mas qual? Eu fui deixada sozinha quando recém nascida, eu poderia tanto ter sido abandonada pelo meu pai, quanto pela minha mãe. Tudo se tornou confuso. Jessie estava naquele lugar, filha de Afrodite e durante algumas semanas alguns campistas me diziam que eu poderia ser filha de Afrodite ou de um deus lindo já que eu adorava moda, maquiagem e tinha um traço atraente.
Porém em uma noite enquanto eu jantava na mesa do chalé de Hermes, cansada de ser renegada, o meu pai resolveu me reclamar. Hefesto, o deus grego que acabou com a minha vida. Eu tinha tudo para ser mais do que apenas uma construtora sem futuro e andando suja de carvão e graxa, porque era assim quê eu enxergava os meus irmãos. Relutante expulsa do chalé de Hermes e levada para o chalé de Hefesto, onde descobri que precisaria muito mais do que cremes, roupas bonitas, maquiagem e charme para sobreviver.

Companhia: Minha mãe(Eugenny) humor: normal post: 000
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Lavinia S. Larousse Seg 18 Jan 2016, 10:30



Avaliação

Hudson D. Ivankor - Reprovado como filho de Hefesto

Oi Hudson! Primeiro deixa eu dar uma dica quanto aos comunicados off no meio do seu texto: Prefira colocá-los no final e em spoiler, code ou qualquer coisa que o destaque do resto da postagem. Ainda falando sobre a estrutura e estética, use sempre o texto em justificado (justify nos códigos de html e css, ou até mesmo ali na barrinha de edição você o encontra), fica muito mais atrativo e fácil para o leitor/avaliador.

Também tente reler seu texto em voz alta antes de postá-lo. Você evita uma série de errinhos fáceis de detectar e também salva a vida do leitor, que não morre sem ar:

(início) Nasci em um cenário caótico, perturbador, uma cidade feita de casas mal planejadas e esgotos ao ar livre, não poderia ser diferente o meu desempenho em ajudar aquele lugar e foi assim que adquiri alguns equipamentos, encontrando na rua ou até mesmo entulho, que facilmente ao juntar as peças formava uma ferramenta e os anos foram passando, até que um dia eu me deparei com minha mãe na cama, doente, não havia reações, meu olho somente enchia de lágrimas e meu coração se apertava a cada batida, foi quando conheci Jorge D. Franklin, que devido ao sobrenome pensei ser meu parente, distante talvez. (final)

Menino, achei que você não ia colocar esse bendito ponto final. Olhe só como ficaria o parágrafo se fosse melhor elaborado do que o original nas questões de pontuação:

Nasci em um cenário caótico, perturbador. Uma cidade feita de casas mal planejadas e esgotos ao ar livre — não poderia ser diferente o meu desempenho em ajudar aquele lugar. Foi assim que adquiri alguns equipamentos (encontrando na rua ou até mesmo entulho, que facilmente ao juntar as peças formava uma ferramenta) e os anos foram passando, até que um dia eu me deparei com minha mãe na cama, doente, não havia reações. Meu olho somente enchia de lágrimas e meu coração se apertava a cada batida. Foi quando conheci Jorge D. Franklin, que devido ao sobrenome pensei ser meu parente distante, talvez.

Outra coisa, né?

O resto do seu texto foi muito, muito confuso. Se você tem dúvidas quanto aos monstros sugiro que olhe no [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link], lá estão organizadas e categorizadas todas as criaturas do nosso mundo. Além de tudo isso que ocorreu, o principal fato para sua reprovação foi a exclusão da parte em que o símbolo do deus paira sob a cabeça do meio-sangue, que é de fato o momento em que a divindade reconhece como sua prole. "O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação." Tente seguir as dicas e envie sua ficha novamente, acredito que da próxima vez conseguirá se tornar uma cria de Hefesto!





Sarah Lich. Collins - Reprovada como filha de Hefesto

Menine, eu tive que literalmente trocar o título de "aprovada" depois do seu nome. Não existe nada errado em sua história, você consegue descrever realmente muito bem tudo que gira ao redor de sua personagem, mas não narrou a reclamação — apenas citou que aconteceu. Isso é muito frequente, mas pense comigo: É a única parte que deve ser bem detalhada, já que é o propósito de todo o resto do teste.

Modifique a forma como você escreveu a reclamação do seu pai, descreva o símbolo, como ele apareceu, qual foi sua reação e tudo mais. Fora isto eu não teria motivos para deixá-la fora do chalé de Hefesto. Boa sorte da próxima vez!

Dúvidas, reclamações, desabafos: MP
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sarah Lich. Collins Seg 18 Jan 2016, 17:38


Ficha de Reclamação ♛
You'll never settle any of your score, your grace is wasted in your face, your boldness stands alone among the wreck



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Desejo ser reclamada como filha de Hefesto.

- Perfil do Personagem
Características Psicológicas
Nem sei de qual forma me descrever psicológicamente. Sou um pouco de cada coisa, exceto que algumas partes se sobresaem sobre as outras. Um exemplo é a forma como sempre fico neurótica com os meus objetos. É um dedo estranho esbarrar em algo que é meu sem a minha permissão e o tempo inteiro se modifica para muito além do que houve no dilúvio da arca de Noé. Alguns dizem que sou contraladora e que tudo a minha volta precisa girar conforme a minha vontade, o que não deixa de ser mentira. Eu me vejo da seguinte forma: Uma doce e delicada garota de 16 anos que sonha em um dia se torna a melhor engenheira mecânica que todo o mundo já conheceu e dominar o mundo da moda com os meus looks. Está vendo? Não sou diferente das outras, embora odeio que me compare com qualquer garota fútil. Eu sou uma menina finíssima? Sim. Gosto de maquiagens e looks coloridos? Demais! Mais não me compare com certas garotas de mentes vazias que não conseguem enxergar que o mundo gira para todos e não somente ao seu redor. Sofro de hiperatividade, é algo que nasceu comigo, então não espere me ver sentada em um mesmo local por mais do quê 10 minutos.

Definitivamente eu sou perfeita! Eu gosto de músicas de conteúdo, então você pode sim me abordar um dia ouvindo Pop, Folk, Rock e até mesmo Jazz. Curto filmes de documentários, principalmente os que relatam sobre a primeira e segunda guerra mundial. Sou apaixonada por mecânica e não tem motivos aparentes, apenas curto construir e desconstruir aparelhos. Costumo sempre ser vista com uma boa aparência, vestida com algumas roupas de grife.

Característica Física
Sou irresistível, brincadeirinha! Sou comum. Tenho uma altura mediana e até os meus 13 anos fui uma magricela, porém estou conseguindo um pouco de corpo. Os meus olhos são castanhos, porém visto de longe é parecido com duas bolas negras. O meu cabelo é liso de forma natural, porém costumo modificá-lo com cachos e mudando constantemente as suas cores. Tenho também duas tatuagens, uma rosa negra na mão direita e um passáro nas costas carregando uma nota musical. Carrego também comigo algumas marcas de queimaduras, porém são tão mínimas que somente os observadores conseguem notá-las.


História do Personagem
Heey, tudo bem? Me chamo Sarah Lichenstein Collins e sou natural de Los Angeles. Sou filha adotiva de Eugenny Lichenstein  Cooper e Thomas Collins. Não me lembro da adoção, eu tinha apenas alguns dias de vida. Minha mãe biológica havia me deixado uma carta e então me abandonou nas areias da praia. Fui encontrada por Eugenny e levada, então não estranhe se em algum momento da minha vida eu disser que Eugenny  é a melhor mãe que o destino poderia me arrumar. Meus pais eram recém casados e modificou toda a vida por causa de mim. Nos mudamos de Los Angeles para uma ilha chamada Niihau, Havaí, 230 habitantes. Minha mãe trabalhava servindo mesas na praia vizinha e todos os dias levantava cedo para atravessar o oceano e se juntar á cidade do Havaí. Meu pai também trabalhava na cidade como instrutor de natação e mergulho.

Eu tive uma infância quase comum. Tive amigos, interesses por aparelhos tecnológicos. Durante os meus primeiros anos tive uma vida “presa” em uma redoma de vidro. Iniciei os meus estudos em casa com professores particulares e devidamente estudados e os meus amigos só poderia ir me visitar após uma série de perguntas do meu pai. Quando completei 5 anos, minha mãe engravidou e teve que passar um longo tempo longe de casa, de modo que quando retornou, minha irmã estava com quase dois anos de idade. Durante a ausência da minha mãe tive a oportunidade de passar algum tempo sozinha e passeando pela ilha encontrei a oficina do Sr. Roger Baker. Ele era um senhor na faixa dos 60 anos de idade e trabalhava na ilha construindo itens para colecionadores como espadas, kunais, adagas, além de móveis e outros itens em madeira. Durante as manhãs eu estudava como toda qualquer criança comum só que em casa e durante as tardes observava o Sr. Baker no seu ofício. Aquilo me fascinava por inteira. Após alguns meses passei a ser a sua ajudante, ganhando alguns dólares e ajudando em casa.

Além do ofício com metais e madeira, fui despertada para outro assunto, moda. Durante as noites assistia desfiles, navegava em sites de estilistas e comecei até mesmo a criar alguns modelos. Só que algo me incomodava, o porque eu não poderia deixar a ilha? Eu sempre observava os outros da minha idade nos finais de semana fazerem tour para longe da ilha e o meu único contato com outras pessoas eram os turistas que visitavam Niihau. Quando eu estava com precisamente 12 anos, resolvi fugir para a cidade. Conheci uma garota chamada Jessie e juntas conseguimos convencer um barqueiro as nos levar. Fiquei fascinada com a cidade grande, os turistas, os carros, tudo me causava impacto de uma forma positiva. E nessa noite que tive o meu primeiro encontro sinistro. Jessie e eu tomávamos sorvete quando fomos abordadas por um senhor. Ele era alto, incrivelmente grande e cheirava a peixe morto, ele nos convidou para passear pela praia com ele e como o local era movimentado não vimos perigo. Ele contou um pouco de sua vida e como a sua esposa havia sido assassinada por um delinquente juvenil há alguns anos atrás. Ele nos assegurou que a cidade estava repleta desses tipo de pessoas, que eles causava confusão e matavam pessoas de sua família sem nem ao menos serem pegos. Aquilo era realmente chocante e tudo parecia assustador e ficou pior quando o mesmo afirmou que eu fazia parte daquele grupo.

A conversa foi interrompida exatamente no momento que ele ameaçou me agredir e dizia palavras como cozinhar e molho de semideus com pitangas e uma pitada de salsa. Eu sempre tive um enorme problema, sempre fui muito atlética, não no quesito de academia e esportes, mas eu era elétrica. Vivia sempre andando de um ponto ao outro, não conseguia ficar parada muito tempo e ao mesmo tempo conseguiar enxergar tudo a minha volta de forma simples e clara. No momento em que ele me atacou, me joguei para o lado e puxando Jessie um pouco aflita, começamos a correr. Não lembro ao certo quanto tempo ficamos correndo sendo perseguidas por ele, só que ao virar uma esquina chocamos diretamente com a minha mãe. Não preciso nem dizer que fui obrigado a voltar para a casa e fiquei um mês de castigo sem televisão, internet ou visitas a oficina. Só quê o que me preocupava era que Jessie começou a afirmar pela ilha que o homem que nos abordou era uma cara de apenas um olho no meio do rosto. Me preocupei, afinal na idade dela ficar perturbada e retardada era duro, principalmente ela quê sempre foi incrivelmente bonita, muito gata na verdade. Não! Não curto mulheres se essa é a sua dúvida.

Voltando a história, Jessie com aquela seus contos de homem com um olho só e blá, blá, blá. O castigo acabou e pude voltar a desfilar pela ilha, exceto que sem Jessie. Não tenho preconceitos, mas não curto andar com pessoas totoca das ideias. O ponto é que a garota depois de umas semanas sumiu, seu pai dizia que ela havia sido aceita em um acampamento de férias e só voltaria nas aulas. Dediquei todo o meu tempo as criações mecânicas e desenhos de roupas. O tempo se passou, em uma maravilhosa manhã eu me encontrava no meu quarto despregando os quadros de Louis Vuitton quando minha mãe me encarando chamou para ir a cidade fazer compras para o aniversário de Trídia (Sim o nome da minha irmã é horrível, meus pais estavam de mau humor e colocaram esse nome na coitada). E então com a permissão de Deus e do Papa eu disse sim. Tomamos sorvetes, compramos vestidos, sapatos e matérias para o bolo. Ah, esqueci de dizer que o comportamento dela nesse dia estava estranho, minha mãe estava calada e pensativa, muito pensativa na verdade. Na volta para a casa paramos na praia mais próxima e estávamos olhando as ondas e eu metralhando a coitada com perguntas. Não houve resposta, ela estava prestando a atenção em outra coisa. Essa coisa era um homem, não um homem comum, mas um com mais ou menos 3 metros de altura e o mais assustador. apenas um olho que se localizava na parte central do rosto. Lógico que me assustei e por um momento fiquei paralisada, até que senti os dedos frios de minha mãe e sua voz rouca e amedrontada que gritava freneticamente para fugír-mos. Era o mesmo homem que tinha abordado Jessie e eu, só quê com um olho a menos na minha opinião. Gritei ao ver que a mesma em vez de correr junto comigo, corria na direção oposta, na direção da criatura. Com uma certa clava nas mãos, ele sentiu o confronto. Foi quando ainda olhando atrás, observei a minha mãe juntar aos mãos e uma névoa densa deixar as correntes do oceano em direção as beiradas e preencher todo os local, tornando a visão difícil de funcionar. Não deixei de correr e em poucos segundos, eu estava junto á pista. Suada e assustada pedindo por socorro, na verdade implorando. Um carro azul parou bruscamente a minha frente.

Quando a porta se abriu era o meu pai, ele estava pálido, assustado e me puxando para dentro deu partida a toda velocidade. Nem por um momento consegui reconhecer para onde eu estava sendo levada, exceto que tudo se tornava ainda mais assustador. As árvores que agora surgiam em grandes quantidades, seguiam com suas folhas um caminho. Era como se as mesmas quisessem que o meu pai me levasse até um local específico. O mesmo ainda sem retirar os olhares das estrada, seguia rumo á um lugar onde o barulho de águas se quebrando se tornavam mais audíveis. Eu estava esgotada, ao mesmo tempo que grossas lágrimas salgadas deixavam os meus olhos, molhavam o meu rosto e pingavam no meu colo. Por fim havíamos chego até um local próximo a uma praia, onde centenas de "coisas" estranhas brincando. Eram mulheres-peixes e homens de aspecto diferentes. Abrindo a porta do carro, Sr Collins desceu e como se tivesse dificuldade de respirar caminhou até as águas.

Não havia força em mim para argumentar, tudo aquilo estava parecendo um sonho ou pesadelo dependendo do ponto de vista. Desci do carro a ponto de ver uma figura na beira da praia me olhando, era reconhecida, era assustadora, era a minha mãe com partes de peixe. Eu precisei de 16 anos da minha vida para aparecer o momento certo onde os meus pais, Eugennya uma naiáde e o meu pai um tritão me contarem o porque nunca pude deixar a ilha. Uma semideusa, que segundo eles era o cruzamento de um humano com um deus. Eu tinha uma parte que vinha do lado divino, mas qual? Eu fui deixada sozinha quando recém nascida, eu poderia tanto ter sido abandonada pelo meu pai, quanto pela minha mãe. Tudo se tornou confuso. Jessie estava naquele lugar, filha de Afrodite e durante algumas semanas alguns campistas me diziam que eu poderia ser filha de Afrodite ou de um deus lindo já que eu adorava moda, maquiagem e tinha um traço atraente.

Porém em uma noite enquanto eu jantava na mesa do chalé de Hermes, cansada de ser renegada, o meu pai resolveu me reclamar. Hefesto, o deus grego que acabou com a minha vida. Os rapazes de Hermes discutiam sobre como seria a melhor forma de invadir o chalé de Ares, quando por fim pararam e ficaram olhando para mim. Todos os campistas olhavam de forma curiosa. Eu nunca tive pobremas em atrair atenção, na verdade gostava quando os garotos me olhavam. Só que uma atenção do nada me incomodava um pouco. Segui os olhares de todos até entender que havia algo comigo, acima de minha cabeça um símbolo de um martelo clavejado em fogo. Deveria ser algo importante já que o centauro Quíron se levantou e saudou em voz alta para todos ouvirem: - Salve Sarah Licheinsten Collins, filha de Hefesto! – O povo do chalé 09 ardeu em vivas e sorrisos, mas o grupo de Afrodite, sendo precisamente mais clara Jessie murmuram algo como “Tadinha”, “O deus feio” e outros adjetivos que prefiro não repetir.  Eu sabia que minha vida mudaria apartir daquele momento, um deus havia me reclamado como filha, só não era o que eu esperava.

Durante os dias anteriores da reclamação, eu havia conhecido alguns campistas, incluíndo diretamente os filhos de Afrodite. Eles estavam eufóricos com o meu dom de juntar peças de vários estilistas ou até criar um estilo próprio. As dicas de maquiagem também foi bem recebida tanto que me separava dos filhos da pomba apenas para as refeições e dormir no chalé de Hermes. O deus dos viajantes era outro que eu me sentiria feliz em ser reclamada, retirando a parte furtiva dos roubos durante a noite, eu conseguiria sobreviver ou até mesma me tornar a próxima Rob Hood, a ladra da justiça.

Após a janta algumas garotas de Hermes me ajudaram a mudar as minhas coisas de chalé. Não era exatamente o que eu esperava, na minha imaginação os filhos de Hefesto dormiam nas forjas em meio á carvões, fogo e madeira. Não era o que encontrei, era amplo e até um pouco sofisticado e havia tecnologias por todos os lados. Eu buscaria encontrar um caminho entre os meus novos irmãos e tentar ser útil. O meu pai era o único deus que não havia passado pela minha cabeça, embora se levasse em consideração alguns gostos por mecânicas e eletrônica tudo fazia sentido. Incluíndo certa vez que consegui por acidente fazer surgir uma bola de fogo no meu dedo do meio das mãos. Fui insultada por uma garota da ilha e me sentindo enfurecidade mostrei o dedo com um sinal bem feio, e teria sido ofensivo se não tivesse brotando a pequena bolinha fogo. Me senti envergonhada e desde então só tive a companhia de Jessie. Durante toda a minha vida demonstrei talentos para Hefesto, mas ignorei aquilo como se o fato de admitir o deus dos ferreiros pudesse me ligar a ele. Afinal qual garota deseja trocar o batom por martelos de construção?

Companhia: Minha mãe(Eugenny) humor: normal post: 000
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Seg 18 Jan 2016, 21:10


Avaliação




Sarah Lich. Collins

Olá, moça, não tenho muito a dizer em relação a sua ficha. A sua escrita é leve e envolvente, conseguindo passar bem ao leitor as sensações e impressões da personagem sem deixar de lado o senso de humor. Os únicos erros sobre os quais devo lhe chamar a atenção são coisas bobas, facilmente resolvidas, como erros de digitação, pontuação e acentuação, tanto como uso errôneo do "quê" e uso de "mais" no lugar de "mas".

Só peço para atentar-se mais em relação a concordância, como nos trechos a seguir:

"Meus pais eram recém casados e modificou toda a vida por causa de mim.", onde o verbo "modificar" deveria estar no plural por concordar com "pais" e "Os meus olhos são castanhos, porém visto de longe é parecido com duas bolas negras.", onde o mesmo ocorre.

Tirando esses pequenos deslizes, comuns, nada mais tenho a dizer. Bem-vinda ao chalé de Hefesto, semideusa.

Aprovada



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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Paulo Mc Gyull Ter 19 Jan 2016, 14:01

Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

: Desejo ser reclamado como filho de ares, já envesguei vários deuses para que se encaixa - se em meu personagem, mas entretanto uma personalidade em vários deles se destacou, Ares, por quê? Bem principalmente a arrogância, Paulo seria um de muitos como ficam estressados rapidamente, não gostam de brincadeiras bobas, seu tom fica auto e arrogante quando está estressado e não quer ninguém por perto para lhe atrapalhar quando está fazendo coisas sérias, traduzindo: sempre está sério, então em minha opinião, Paulo se encaixaria como filho de Ares.


- Perfil do Personagem

Físicas: Paulo é um jovem auto, olhos claros igual a seus cabelos, medindo 1,64 de altura, não é uma daquelas pessoas que se enchem de comida para ficar obeso na verdade muitas pessoas já lhe falaram sobre sua aparência, principalmente sua família antiga na qual cuidava dele enquanto era uma pequena e boba criança viviam reclamando de que estava muito magro, mas com sua opinião arrogante não lugava.
   sua pele é clara, bastante clara assim como seus olhos e cabelos, sua pupila color é um azul marinho, seu cabelo quase sempre em todo momento está pontiagudo para cima, de color castanha.

Psicológicas: Bem, não é desse jeito que a banda toca para ele, Paulo quase sempre está estressado, não leva em conta como despreza as pessoas de garotos a garotas, isso foi herdado de seu pai, em duelos quase sempre ele se recusa a perder a não ser quando seu adversário tem mas experiência em duelo do que ele, no caso que seja outro filho de ares, é bem raro algum outro campista que seja mas habilidoso que ele em batalha armada, porém isso não é impossível.

- História do Personagem

Eram uma noite fria na grã bretanha neves caiam sobre o telhado do hospital, sua mãe havia acabado de ter dado a luz a Paulo, depois de Paulo ser levado para o seu primeiro banho, sua mãe estava descansando após acabar de dormir, seu pai estava a caminho do hospital para ver o seu único filhinho recém nascido, porém uma tragédia marcou - se pela vida de Paulo, enquanto nos caminhos escuros para o hospital, o pai de Paulo sofreu um grave acidente, bateu de frente com outro carro, aquele carro ficou amaçado, porém quem lhe dirigia não havia aparecido, todos pensaram que ele havia fugido do carro, bem ele estava drogado, enquanto o pai de Paulo, olhava suas gotas de sangue caírem sobre o banco de seu carro, ele deu o último suspiro pensando em seu filhinho, bem enquanto isso os médicos acharam obvio que eles deveriam esperar a hora certa para contar isso para a mãe de Paulo, até que se passaram quinze anos.

- Paulo !! venha para o jantar, desce desse quarto e saia desse computador você passa quase o dia inteiro nele agora que está de férias, procure estudar mais.

- Mas a senhora sabe que eu preciso aproveitar as férias enquanto ainda tenho - las, e não venha com um papinho de me obrigar a ir com meus "amigos" para a praia ou para qualquer outro lugar que eles queiram ir, apesar quem são eles? eu não lembro de ter nenhum amigo !!.

Paulo então como sempre arrogante, caminhou pisando com força no chão olhando sua mãe com um olhar sério, enquanto retirava de cima da mesa seu comer, Paulo nunca gostou de comer muitas coisas, seu prato era simples, arroz, feijão, macarrão e carne, apenas isso, após jantar ele pesquisava no computador sobre o acidente de seu pai, então na madrugada escura ele descia a escada em silêncio apenas deixou seu prato na pia e então voltou correndo pelas escadas para seu quarto, apagou a luz e então com seu notebook em cima de seu corpo dormiu, enquanto estava fazendo suas pesquisas, em plena madrugada as três horas da manhã paulo acordou desesperado com um sonho, seu pai estava em uma alta velocidade então um grande raio caiu a sua frente e quando sua visão ficou adequada para a luz reluzida, apenas em sua frente foi visto um carro prateado que então bateu - lhe de frente com ele, Paulo saiu rapidamente de sua cama e olhou diretamente para a janela e pensou ter visto seu pai.

- Pai?!!...

Mas onde estava seu rosto, na escuridão não conseguia ver mas aparentava ser como nas fotos dos quadros pendurados na parede, então abriu a janela e foi para a pequena parte do telhado da varanda, se pendurou e saltou para o chão quase caiu, mas ficou desequilibrado, seu pai andava rapidamente para as árvores que estava perto de sua casa, Paulo então correu na mesma direção de seu pai, então correndo atrás dele tropeçou em uma raiz de uma árvore, caindo de cara com o chão, passou uma de suas mãos em seu rosto tirando a terra que havia ficado, quando seu olhar foi levantado, Paulo olhou para frente e não viu mas ninguém.

- Mas que diabos está acontecendo comigo?!

Paulo exclamou bem auto, fazendo com que muitos barulhos esquisitos fossem ouvidos floresta, mas nenhum deles lhe amedrontava, até que então ouviu um rugido, um grande e auto rugido, Paulo ficou confuso parecia ter acordado a fera mas temida dos mundos, se levantou e começou a correr para frente e sem rumo, até que então deu de cara com uma grande fera, Paulo estava muito confuso e perdido, até que então viu patas de um animal pensou que estava em um pasto e estava salvo, mas ao terminar de ver o resto do corpo da fera ele se assustou, era metade homem e metade... touro?, mudando seu rumo Paulo desviou - se do caminho da fera correndo mas rápido do que ele já havia corrido pelo terror que estava vivendo após ver aquele fera e uma imagem de seu pai, até que achou um acampamento, saberia que la estava salvo, pois deveria ser um acampamento de alunos escolares, mas então após chegar la se assustou novamente por quem lhe recebeu um homem metade cavalo, então tentando andar para trás Paulo caiu ao chão.

- Que coisa estranha é você?

- Eu sou Antegrades e sou um centauro e estou lhe dando as boas vindas ao acampamento meio - sangue.

Paulo permaneceu calado enquanto movia sua mão por trás de seu corpo até que segurou firme uma pedra, movendo rapidamente seu braço para arremessar a pedra no intuito de acertar a cabeça do centauro mas quando seu braço ainda estava no ar outro filho de Ares segurou seu braço bem forte, fazendo com que ele larga - se a pedra, o outro filho de Ares se apresentou enquanto lhe puxava pelo braço para dentro do acampamento.

- Eae maninho, vejo que acabou de chegar, vem vou te mostrar as outras coisas, olha só não me deixe estressado se não posso virar alguém diferente, alguém capaz de matar seu próprio irmão, bem este é o unico aviso, agora venha comigo tenho muitas coisas para te mostrar.

- Mas oquê, quem?..

- Esses novatos hehe, bem parece que ele ainda terá que se acostumar com tudo isso e sua nova vida, mesmo assim.. Seja bem vindo filho de Ares.

Paulo caminhou ao lado dos dois com um pouco de medo mas este medo foi embora ao longo do tempo, claro que ele demorou para se acostumar, mas se seu pai pude - se lhe ver atualmente ficaria orgulhoso de seu filho, mas é claro que ele pode lhe ver, é apenas Paulo que não consegue enxerga - lo.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Nick Mustang Ter 19 Jan 2016, 18:00

Who Am I?
Ficha de Reclamação



—  POR QUAL DEUS QUER SER RECLAMADO?
Héstia, por se assemelhar com a personalidade do personagem.

— PERFIL:
Psicológico:
Nicholas é calmo e controlado, mas isso não faz dele inofensivo. Não aceita injustiças, sabe se identificar com os problemas de seus amigos e os ajuda da melhor maneira possível. É também um rapaz muito centrado, mas muito emotivo.

Físico:
Nicholas tem os cabelos castanhos escuros e olhos cor de cinzas de fogueira — às vezes cinza escuro, às vezes cinza claro, dependendo da iluminação. Sua pele é alva e o corpo esguio, magro e bem definido. Tem 1,65m de altura.

— História do Personagem:

Nicholas não se surpreendeu às palavras de seu melhor amigo Xander. Na verdade, fazia até muito sentido. Finalmente ele entendia a razão de o pai fazê-lo estudar os mitos gregos.

— Tá explicado.

Xander estava sem palavras! Tinha preparado todo um discurso para explicar suas pernas de bode e pequenos chifres, mas Nicholas matou a charada de bate-pronto.

— Sério, Nick? Você nem tremeu nas bases?

— Você esqueceu o que meu pai me manda fazer desde que aprendi a ler? Eu só não entendia o motivo, agora está tudo muito claro!

— Você é o cara mais zen que eu conheço, parceiro. Vamos, não podemos perder tempo. Avise seu pai quando chegarmos.

Nicholas mancou atrás do amigo, lembrando-se de cada cena que tinha vivido instantes antes. Tinham acabado de sofrer um ataque de um robusto e faminto ciclope, mas o garoto nunca tinha se sentido tão vivo! Tudo que o pai dizia sobre os deuses gregos era realmente verdade!

Roy Mustang, o pai e piromaníaco nato/malabarista de tochas, dizia que o Olimpo sempre os protegeria, em seus shows e em quaisquer outros momentos de suas vidas. Cada noite ele se apresentava em um lugar diferente. Não dava muito retorno, mas era o suficiente para sustentar pai e filho no pequeno apartamento do Upper East Side. "Os deuses sempre nos guardam, filho", ele dizia, completando a frase sempre com um "por isso você deve estudar os mitos e conhecê-los bem. Você é um herói, meu garoto!"

Nicholas achava que era coisa de pai coruja apenas, um pai coruja meio doido, mas mudou de ideia instantaneamente naquela manhã, quando um valentão novato o empurrou no corredor do banheiro da escola e retirou os óculos escuros, revelando-se um ciclope bem ridículo.

O monstro partiu para cima do garoto de maneira furiosa e Nicholas só conseguia rolar de um lado pro outro para tentar desviar dos socos descoordenados. Tentar me levantar é suicídio, fica mais fácil pra ele me acertar... Ai caramba!, ele pensava enquanto rolava para um lado e outro, vendo que o ciclope se desequilibrava facilmente ao tentar golpeá-lo tão embaixo.

Era incrível a frieza de pensamentos de Nicholas. Ele mesmo se surpreendia por conseguir raciocinar claramente numa situação como aquela e tentava varrer a sala com o olhar, a fim de encontrar qualquer coisa que servisse como arma. Mas não encontrou nada. Rolar pra lá e pra cá começava a cansar e o ciclope, por mais burro que fosse, uma hora conseguiria pegá-lo.

Como se lesse seus pensamentos, o monstro o fez rolar para um dos cantos do banheiro e o encurralou, dando um sorriso meio banguela bastante tenebroso enquanto erguia os punhos para acabar com o rapaz.

Nicholas já tinha fechado os olhos e começado a rezar aos deuses gregos para que, se realmente existissem, o salvassem milagrosamente daquele monstrengo quando ouviu o som seco de coisas duras se batendo. Seriam os punhos do ciclope em sua cabeça? Ele estava morto? Arriscou abrir os olhos e encarar o mundo ao seu redor. Nada tinha mudado.

Nada exceto o olhar do ciclope. O monstro estava vesgo e levava uma mão à parte de trás da cabeça, como se estivesse com dor. De repente, mãos agarraram os tornozelos de Nicholas e o puxaram com força por entre as pernas do ciclope. Quando os olhos do garoto entraram em foco novamente, ele viu seu amigo Xander montado num bode. Não. Seu amigo Xander era o próprio bode!

Depois disso, o amigo deu-lhe um porrete e juntos os dois começaram a lutar contra o monstro, que agora tinha marcas de cascos atrás da cabeça, Nicholas notou. Os garotos desviavam-se e golpeavam, acertando atrás dos joelhos para derrubar o ciclope e depois na cabeça. Demorou cerca de meia hora até conseguirem nocautear o grandão. Xander sacou uma faca estranha de bronze e deu-a a Nicholas.

— O quê? — O garoto perguntou, confuso, ainda tentando entender como era possível que seu melhor amigo fosse um, como era mesmo?, um sátiro!

— Acabe com o ele! Eu sou um ser pacífico da natureza, cara, não posso matar ninguém!

Nicholas pegou a faca com as mãos trêmulas. O sangue ainda corria quente em suas veias, mas a ficha agora que começava a cair. Um ciclope, um sátiro, uma prece feita aos deuses. A voz do pai chamando-o de herói ecoou em sua mente e ele entendeu sua verdadeira natureza: a de semideus.

Tomado de uma súbita coragem, ele baixou a faca no peito do ciclope e viu o monstro se desfazer em pó amarelo e fedorento. O garoto tinha a respiração entrecortada, totalmente em êxtase com aquilo tudo. Entretanto, quando Xander começou a explicar o que aquilo significava, nada surpreendeu o jovem rapaz.

Agora os dois se encontravam dentro do Táxi das Irmãs Cinzentas e as memórias que não paravam de se repetir na mente de Nicholas foram substituídas pelo medo de um muito provável acidente. As mulheres, ou o que quer que elas fossem, não se decidiam a respeito da posse de um único olho e em vários momentos correram risco letal.

Mas por fim, tudo deu certo. Nicholas foi apresentado ao Acampamento Meio-Sangue, a Quíron, aos chalés... O refúgio dava a ele a incrível sensação de finalmente estar onde pertencia. Só uma coisa o preocupava: o pai sem notícias dele.

* * *

— Ah, meu menino. Então você descobriu. Me perdoe, eu não podia te contar...

— Pai, fica tranquilo. Eu entendo. — Ele conversava com um sorridente Roy pelo computador da Casa Grande. — Quíron, pai, o Quíron de verdade, me falou que era algo que eu precisava descobrir por mim mesmo. Esse lugar é tão incrível!

— Aposto que é! Eu queria poder ver, mas sou apenas um mortal. E sua mãe? Ela já se revelou a você?

— Não, ainda não. Talvez daqui a pouco, na minha apresentação na fogueira.

Roy sorriu, demonstrando a saudade que sentia da deusa por quem se apaixonara. Mandando virtualmente um beijo carinhoso e um abraço quente ao filho, ele se despediu, chamando-o de "meu herói". Nicholas desceu as escadas e seguiu Quíron até o anfiteatro.

Foi lá que a grande magia daquele dia diferente ocorreu. O centauro pediu silêncio a todos e deu a deixa para que o garoto se apresentasse. Bastou que ele dissesse o próprio nome para que as enormes chamas na fogueira atrás de si bruxuleassem em fortes tons de laranja e amarelo e rodopiaram ao redor do garoto, deixando-o no meio de uma coluna de fogo.

Subitamente, as chamas voltaram à fogueira, deixando um Nicholas estupefato e paralisado no chão, enquanto uma lareira em miniatura e holograma brilhava sobre sua cabeça.

— Ave, Nicholas Roy Mustang! Filho de Héstia!


.:: Listening: Nome da Música ::.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Vitor S. Magnus Qua 20 Jan 2016, 01:31


Avaliação
Paulo Mc Gyull


G
aroto, queria de dizer que pra ser meu irmão é bem difícil. Principalmente quando sou eu quem avalio. você poderia ter se esforçado bem mais.

Tiveram muitos pontos confusos em sua narração, carinha. A partir do perfil do teu personagem tudo começa a ficar confuso.

“seu cabelo quase sempre em todo momento está pontiagudo”

Numa narração tem que decidir o que exatamente você quer falar. Nesse trecho, por exemplo, seria “quase sempre” OU “a todo momento”, os dois juntos não faz sentido.

Tenta melhorar essas questões físicas e psicológicas tanto em ortografia quanto em descrição, isso vai ajudar bastante.

Quanto à sua história...

Tem muita coisa confusa, então vamos por partes.

Tu erra muito na questão ortográfica, coloca ênclises desnecessárias e mal colocadas. Lembrando que ortografia não conta muito na ficha já que é o começo e você tá aprendendo, mas trabalha mais nesse ponto pra não sofrer muito no futuro.

Primeiro parágrafo: O tal acidente poderia ter sido explicado melhor, com pontuação certa, melhores detalhes e tudo mais. Procura achar coesão nas frases pra não ficar confuso e usar pontos, tu deixa a narração inteira com muitas vírgulas.

Segundo parágrafo: Cara, como eu disse antes, encher de vírgulas deixa tudo muito confuso, é como se as informações viessem de uma vez só... Tenta deixar com mais pausas de ponto final isso ajuda bastante a entender as coisas. Exemplo: Explica que jantou, depois foi pesquisar, adormeceu e teve o sonho. Tudo em partes senão fica um bolo de informações.

Quarto parágrafo: Primeiro ponto – Você achou o minotauro do nada? Não faz sentido. Sei que você deve ter se baseado nos livros, mas existem certos eventos meio impossíveis de acontecer, se um minotauro aparecesse para você sentiria sua presença facilmente e você morreria.

Segundo Ponto -  Você não comenta que chegou à Long Island. O AMS não fica na Grã-Bretanha – outro erro bem crítico seu em não ter colocado nome próprio com iniciais maiúsculos – e você diz que estava andando fora de casa e de repente achou o acampamento. Mais coerência na próxima, ferinha.

Por fim... O momento da reclamação. É obrigatório ter esse momento na ficha, você comenta que o suposto filho de Ares sabia que você era meio-irmão dele, mas não fala narra o símbolo aparecendo nem nada.

Se esforce mais, procure conselho dos experientes por aqui, isso vai te fazer crescer bastante. E daí, quem sabe um dia você possa me chamar de irmão! Não desista carinha.

Por enquanto, reprovado.

Nicholas R. Mustang

Nunca pensei que ia dizer isso, mas... FINALMENTE... Finalmente li e achei digna uma ficha que narra uma batalha numa escola. Cara, quando tu começou a falar do ciclope e da escola eu tinha certeza que não ia te passar, no entanto tu me surpreendeu. Fez uma batalha boa, deu uns detalhes coerentes e tudo mais. A parte de avisar ao pai foi uma sacada monstra que poucas pessoas têm.

Apenas continua assim, melhorando e tudo mais que tu vai ficar absurdo.

Aprovado como filho de Héstia.


Qualquer dúvida, reclamação, stress... Só enviar MP


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Aron Tinuviel Qua 20 Jan 2016, 15:16

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

— Gosto de ser arqueiro, em jogos de RPG geralmente os escolho.
— Tenho preferência por personagens de suporte. Curar e bufar amigos é bem cool para mim.
— Gosto de como a música, acrescentada ao personagem, deixa a narrativa mais lírica.
Resumindo: Apolo forever!

- Perfil do Personagem

Descrição Física: Aron possui 16 anos, porte atlético e sorriso brilhante, mesmo que não o use muito. Pesa oitenta e cinco quilos muito bem distribuídos em seu um metro e oitenta e nove centímetros de altura. Seus cabelos são lisos e sedosos caindo livres, as melenas loiras por pouco não cobrindo seus olhos dourados adornados por seus longos cílios. Sua pele é naturalmente bronzeada. Possui um piercing na orelha esquerda, algo que fizera apenas para quebrar a monotonia dourada de seu visual.  

Descrição Psicológica: Aron é um garoto responsável, sempre cumprindo suas promessas e levando suas incumbências a sério. É leal e confiável, mas não se abre para todos com facilidade. Um bom ouvinte, sempre procura ajudar os que lhe pedem e mesmo aqueles que não, trata a todos como igual e os julga por suas atitudes, não gostando de pessoas superficiais. Ama música sendo comumente influenciado pelo legado de sua mãe, Acácia Tinuviel. Culpa Apolo por todas as adversidades que passou e com frequência discute com o deus por isso, mas o ama e tem vontade de ser reconhecido por ele.



- História do Personagem

Não me lembro quantas vezes respirei antes da primeira nota, mamãe sempre dizia que eu costumava apressar-me para começar a tocar e, como minha respiração não estava de acordo com a música, geralmente isso fazia com que eu perdesse o tempo durante a execução. Ainda que quase imperceptivelmente para leigos, especialistas podiam notar com muita facilidade esse erro fatal para um músico.

"Yerushalaym Shel Zahav", uma canção que guardava uma tristeza profunda. A história da canção fora o que sempre impressionara minha mãe. Ela fora criada diante de uma cidade devastada, numa reconstrução melancólica e nostálgica, com a dor das lembranças de sua glória, mas com uma pequena faísca de esperança. E era essa faísca que fazia minha mãe chorar, ela me fazia toca-la com frequência e sempre terminava chorando quando a música entrava em seu ápice. Eu sentia falta de acompanhamento de uma orquestra completa e um coral. Ah! Um coral tornaria o arranjo divino, mas não podia me dar esse luxo, não no exame bimestral.

Prossegui com a apresentação, tive de adicionar alguma notas no arranjo para não ficar um vago onde outros instrumentos complementariam. O piano me obedecia sem qualquer problema, o som do instrumento era incrível, um lindo Bosendörfer negro de cauda, tínhamos um desse em casa, mamãe gostava particularmente dessa marca.  
Sabe o que é melhor no piano? É um instrumento que te permite extravasar toda a emoção de seu peito através de seus dedos. Quer chocar alguém? Adicione acordes dissonantes! Quer emocionar? Use acordes menores com leves toque nas teclas! Quer fazer o coração da pessoa pular? Use as oitavas mais baixas e veja as pessoas assustando-se aos poucos. Mamãe sempre dizia que a música era a mais poderosa das armas, eu sempre concordei.

Antes da última nota da música quase podia sentir os braços dela envolvendo-me com carinho. Como sentia falta desse toque. Sua cabeleira negra caindo como uma cascata pelos meus ombros depositando um beijo em minha bochecha, enquanto eu sentia suas salgadas lágrimas caindo em minhas mãos.

Ao final da apresentação levantei-me sendo aplaudido pelos quatro avaliadores, embora pudesse notar a expressão rabugenta de meu fã número 1: Heliot Underwood.

Não vou mentir, Heliot me irritava. Era o professor mais rigoroso que eu já vira. Possuía uma barba esquisita, cerrada e mal feita, terminando em uma barbicha ridícula que só completava sua cara de bode. Bochechas rechonchudas e coradas eternamente como se maquiadas por blush permanente, que em nada ajudavam em seu tom de pele cobreado. Os cabelos encaracolados estavam meio cobertos por uma touca com as cores do Bob Marley. Sua barriga protuberante o obrigava a ficar um pouco afastado da mesa, mas ele me olhava como se dissesse: "Eu poderia contar pelo menos 3 arpejos que saíram muito errados ali, garoto!". Eu talvez estivesse disposto a concordar com ele, só talvez...

— Que performance magnífica, Sr, Tinuviel... — Comemorava a reitora, com os olhos lacrimejantes, emocionada, retirando-me de minha batalha mental com meu professor de interpretação. — ...Acácia teria ficado orgulhosa. — Disse entre umas palmilha e outras.

Acho que devo ter feito uma expressão não muito amigável, já que até Heliot lançou-me um olhar solidário. Agradeci, sabendo que havia passado no exame do terceiro bimestre. Mesmo que Heliot tentasse acabar com minha média, eu tinha executado uma boa apresentação.

O prédio das audições ficava em um pavilhão separado dos demais edifícios da Escola Preparatória de Bertley, um internato famoso que originalmente era apenas para estudantes de música, mas com o tempo modernizara-se e hoje abrangia a maior parte das possibilidades para seus estudantes. O campus era gigante com prédios que mesmo eu ainda não tinha conhecimento, mas a música continuava a ser uma matéria forte, já que muitos filhos de intérpretes famosos estudavam aqui. Os nomes que passaram por aqueles salões iam desde gênios da música clássica, até cantores muito populares. Um ótimo lugar para me internar, pensara Joe, o agente de minha falecida mãe.

Estava fazendo um ano desde o grande acidente. Um ano que o avião de Acácia Tinuviel caíra no meio do Atlântico enquanto ela rumava para uma apresentação. Mal funcionamento de algum dos aparelhos, engraçado já nem me lembrar qual era o nome da maquina responsável pela morte dela. Tão mais fácil esquecer quando ele estava no fundo do mar, provavelmente sendo morada para os peixes. Não conseguiram resgatar o corpo, comido por tubarões. Um triste fim para pianista tão famosa e tão jovem.

Para meu azar eu não tinha parentes que pudessem me criar, portanto fiquei sob a tutela do agente de minha mãe. Foram meses difíceis, até que ele veio com a ideia de me colocar em um internato para que eu estudasse música, dois problemas resolvidos. Não teria que cuidar de um marmanjo de 15 anos e poderia usufruir dos dólares que minha mãe havia deixado para meu tutor legal cuidar de mim até que eu fizesse 21 anos. Perfeito!

Andei muito até chegar no refeitório, já era hora de por alguma coisa no estômago antes que eu desmaiasse e isso seria indigno demais. Quando entrei vi os rostos virando-se para acompanhar meus movimentos, isso muito me irritava. Eu sou bonito, sei disso, mas não precisam babar por mim toda vez que eu passo. Não importava o sexo, idade ou nicho social, minha presença parecia atrair a todos como se eu tivesse um campo de gravidade próprio. Não bastasse isso, eu parecia ter uma influência incomum na fala, se eu abrisse a boca para dar algum argumento, não importa quanto a pessoa pensasse, ele sempre parecia irrefutável, mas...pensando bem...não era com todos, o maldito Heliot nunca aceitava meus argumentos. Nunca!

— Como foi a audição? — Perguntou-me Cristie ao se sentar, com sua bandeja cheia de guloseimas não muito saudáveis.

Conheci Cristie Hunter no ano passado, quando ingressei no internato. Éramos da turma de calouros daquele ano e o trote da turma de música era uma audição semi-nu com todos os veteranos assistindo. Cristie participava de um time de handball antes de entrar para o internato, então seu corpo era naturalmente atlético, causando verdadeira comoção entre os mais velhos. Veja bem...músicos e musicistas não tem muito tempo para dedicar-se a treinamentos, então pense em um bando de nerds gordos demais ou magros demais, que pouco conseguiam um relacionamento de média duração, quando viram uma mulher de um metro e sessenta e cinco centímetros com curvas de dar inveja em muitas modelos de lingerie, cabelos loiros longos e sedosos com um brilho incomum e olhos dourados tão intensos que faziam com que quisessem mergulhar neles entrar no palco com uma lingerie vinho contrastando com sua pele bronzeada. Exatamente! Ninguém prestou atenção em como seu violino soava, mas eu notei o talento dela. A emoção com que tocava era surreal, minha mãe adoraria ouví-la. Quando acabaram as audições eu a procurei para dar minha opinião a respeito de sua performance, nunca mais desgrudamos.

Na verdade Cristie era muito parecida comigo, como se fosse uma versão feminina de mim mesmo, e isso assustava os demais! Muito! Por vezes perguntaram se éramos parentes, é claro que negávamos no início, mas depois começamos a achar engraçado e passamos a fingir ser gêmeos. Era hilário a cara das pessoas quando completávamos as frases um do outro.

Estávamos na mesa mais afastada do refeitório olhando os populares no centro fazendo uma algazarra desnecessária. Algumas pessoas do time de basquete me olhavam vez ou outra, mas só me juntaria a eles no final de semana. Confesso que evitava o máximo de contato possível com a maior parte da escola, mas fazia parte de um clube aqui e ali, apenas para manter-me distraído quando as partituras começavam a por-me louco.

— Toquei "Jerusalém de Ouro".— Disse e preparei-me para mais um olhar solidário, mas não veio. Cristie apenas começou a comer despreocupadamente.

— Não acho que foi sua melhor escolha... — Ela respondeu entre uma colherada e outra, e eu sabia que referia-se ao nível de dificuldade.

Conversamos sobre animosidades enquanto ela me atualizava de tudo que acontecera no campus desde nosso último encontro, que fora umas duas horas antes. Fiquei impressionado com a quantidade de acontecimentos, embora eu pudesse viver sem saber de nenhum deles. Eram coisas banais, Cristie se interessava por elas, mas eu poderia morrer sem saber que Suzan havia dado um fora em Castro ou que Maggie e Sam haviam sido flagrados fazendo sexo atrás das arquibancadas — Essa particularmente era uma imagem da qual eu não necessitava, imagine dois mastodontes peludos brigando por hegemonia e terá algo bem parecido com a situação.
Embora não me interessasse, Cristie foi despejando as informações uma em cima da outra como sempre fazia, eu meio que ouvia, mas não prestava tanta atenção, hora ou outra fazia um comentário só para não deixá-la falando sozinha, mesmo que fosse desnecessário, Cristie era tagarela por natureza quando estava nervosa.

— Agora vamos ao assunto que realmente interessa... — Interrompi no meio de um relato muito interessante sobre os flautistas da orquestra realizando uma orgia, o que já era informação demais para mim. — ...O que houve? — Perguntei e ela fez cara de que não estava entendo, mas eu apertei meu olhos e ela cedeu.

— Minha tia quer me transferir, acha que não estou me saindo bem... — Disse e a comida pareceu menos interessante para ela, o que nunca acontecia.

Queria oferecer ajuda, mas música não é algo que possa ser ensinado em sua totalidade. Claro que teoria podia ser decorada, partituras podiam ser lidas e interpretadas literalmente, mas o que realmente torna um músico bom é seu ouvido, sua musicalidade. Não é algo que pode ser ensinado, trata-se da identidade do artista, nada mais. Eu sabia que as notas de Cristie vinham caindo com o tempo, mas o problema estava em tentar encaixá-la no estilo conservador de alguns professores que queriam uma execução perfeita e pouco individual.

— Não desista! Se puder ajudar, pode contar comigo. — E abri o melhor sorriso que pude.

Cristie pousou seu olhar em mim por um tempo maior, como se estivesse em transe olhando para uma lembrança perdida. Às vezes eu causava esse impacto nas pessoas, elas ficavam encantadas com esse sorriso, mesmo que eu não o desse sempre, quase todos ficavam reservados para ocasiões especiais.
O resto da conversa foi mais animado e eu permiti que ela continuasse com suas fofocas habituais, desviando a atenção de seu próprio problema, para concentrar-se nos das milhares de pessoas do campus, era uma observadora muito atenta.

Após o almoço começavam as aulas complementares e eu passaria a tarde inteira esperando pelas seis horas para o início das atividades extra-curriculares. Cristie ia para o clube de jornalismo, era uma das redatoras mais famosas do campus, sua coluna era a mais lida e comentada nos grupinhos de Bertley e seu blog era um record de acessos. Se Cristie não desse certo como musicista, eu mesmo investiria em sua carreira como apresentadora de programas de fofoca.

Eu era membro do clube de arco e flecha, algo que fazia nenhum pouco sentido, mas eu era bom com um arco. Não me pergunte como cheguei a esse hobby, como as outras coisas estranhas da minha vida era puro extinto.

O prédio do clube era enorme, a maior parte de seu território era da área de alvos que possuía 170 metros de comprimento. Os fundadores do clube não eram pessoas normais. Durante seus primeiros anos o clube trouxe troféus para o internato, mas atualmente não tínhamos nem uma estrela capaz de vencer se quer as regionais. Pelo menos não até eu entrar no clube.
Eu sou bom com o arco. Bom mesmo! Até fui indicado pelo clube para participar das competições, mas recusei. Eu precisava me concentrar na minha carreira como músico, gosto da arquearia, mas musica exige comprometimento total. Recentemente os veteranos estavam preocupados que o clube fosse fechado pelo internato e estavam muito perto de me convencer a entrar na próxima competição, eu gostava de ficar ali, principalmente porque podia alvejar minhas preocupações com muitas, muitas flechas!

Em pouco tempo já me encontrava na área de alvos. Era um lugar cercado por um muro com 6 metros de altura, bonecos de palha estavam dispostos de maneiras diferentes, com distâncias que iam de 10 metros até 120 metros, esses últimos eu tinha que subir numa plataforma para acertar. Também tinham os alvos móveis, um disparador de frisbies que fora programado pelo clube de desenvolvimento de software do campus com padrões irregulares. Eu tinha acesso livre a área de treinamento então ficava ali quanto tempo eu podia. Naquela noite era só eu e os bonecos, para a infelicidades dele.

Enquanto eu disparava as flechas eu me permiti pensar no sonho estranho que tivera.

Eu estava em uma colina ao lado de um grande pinheiro com uma espécie de tecido reluzente de ouro pendendo de um dos galhos, suas raízes de cobre entrelaçavam-se pela base do tronco não dando para discernir sua origem. Quando ouvi os sibilos imediatamente saltei para traz, percebendo que não eram raízes, mas serpentes. Inúmeras serpentes de cobre se enroscavam no tronco do pinheiro, sibilando baixo, todas dormindo um pesado sono. Ainda tinha um corpo que eu não quis identificar, mas as escamas do que parecia ser um réptil gigante era de cobre, no mesmo tom das serpentes e eu não queria saber se pertenciam ao mesmo corpo, isso queimaria meus neurônios. A minha frente eu podia ver uma espécie de parede translúcida que subia até onde minhas vistas se perdiam. Fui impelido a atravessar a barreira, eu sabia que podia. O que encontrei ao atravessar o véu foi um vale primaveral com campos de morango, o oceano cinzento ao norte e, em seu meio, um agrupamento de chalés que formavam a letra ômega grega. Uma voz ecoou pelo vale dizendo que eu estava enfim em casa. Acordei em seguida.

Eu não conhecia aquele lugar, mas certamente a sensação que eu tinha toda vez que me lembrava dele era de lar. Nele eu me sentia protegido, acolhido, como se toda minha existência pudesse ser explicada naquele lugar. Eu tinha sonhos estranhos, alguns eram pesadelos terríveis em que eu fugia de monstros, outros eram de lugares da qual nem tinha ouvido falar, alguns desses eram tão fantásticos que sempre tive dificuldade de se quer entender, mas todos esses sonhos pareciam reais, como se a realidade que vivo fosse uma mentira em que eu estivesse preso a vida toda e só em meus sonhos eu vivesse em plenitude. Eu não contaria isso para ninguém, nem mesmo para Cristie, na minha concepção eu já era estranho o suficiente.

Minha mente vagava em rumo pelos meus problemas, hora ou outra eu me pegava imaginando que um dos bonecos, que eu acertava com tanto afinco, eram um desses monstros que me perseguiam. Eu não precisava me preocupar com a quantidade de flechas, haviam muitas aljavas dispostas na área de tiro. Em dado momento, como sempre acontecia minha mente chegou a uma questão delicada para mim: Meu pai.

Minha mãe morrera há um ano, mas meu pai desaparecera ha bem mais tempo. Sempre que minha mãe falava dele, era como se fosse um episódio louco e divertido de sua vida, uma aventura intensa e prazeirosa, mas totalmente efêmera. Por algum motivo ela sempre me comparava a ele, dizendo que éramos muito parecidos. Eu não gostava disso.

Apolo era um guitarrista que entrara de penetra numa das festas promocionais organizadas por Joe, dançou uma valsai com a dama da noite e apareceu no dia seguinte com uma Kawasaki na frente da casa da minha mãe. Meus avós tiveram um piripaque, mas bastou um sorriso de Apolo para convencê-los de que era um bom rapaz, mesmo vestindo uma jaqueta de couro, uma orelha cheia de piercings, uma calça de couro e coturnos. Mamãe o descrevia sempre como um espírito livre e foi por isso que quando Aron nasceu ele teve de partir, ficar preso a uma família? Não era algo que combinava com meu pai, portanto num belo dia ele desapareceu, deixando Joe com um dor de cabeça tremenda controlando os tabloides o máximo que pôde, acho que a aversão por mim começou por aí.

Quando minha mãe morreu eu achei que ele me procuraria, tentaria reparar 15 anos de irresponsabilidade. Eu me negaria e nós brigaríamos! Eu enfim saberia seus verdadeiros motivos de ir embora, algo sobre me proteger de uma organização musical secreta. Eu descobriria que ele sempre esteve me protegendo das sombras, nós faríamos as pazes e teríamos um final feliz. Só que não! Acho que foi mais ou menos nessa idade que comecei a ficar amargo sobre sonhos e contos de fada.

Dessa vez eu fiquei tempo demais no clube, incrivelmente eu havia feito um estrago nos alvos. Frisbies em pedaços se espalhavam pelos bonecos de palha alvejados de muitas maneiras diferentes, admito que em todos os alvos que abati minha mente projetava a imagem que eu tinha do meu pai, tenho a impressão que se Apolo aparecesse na minha frente ele iria virar um ouriço do mar de tantas flechas que eu empalaria nele.

A lua já estava alta não céu e as lâmpadas noturnas estavam acesas iluminando o campo lançando sombras agourentas por toda a parte. Eu nem havia percebido o cair da noite até aquele momento. Permiti-me pegar uma última flecha, estava na plataforma para tiros longos, quando notei algo sobre o muro. Há uns 160 metros de minha posição uma figura negra se erguia, os olhos vermelhos fitando-me. A coisa uivou para a noite como um lobo e saltou, um salto de um muro de 6 metros e ele não se quebrou todo, o que me apavorou e me fez descer as escadas imediatamente, minha mente gritando para que eu corresse. A figura caminhou sobre quatro patas por entre os bonecos e quando estava a 50 metros eu pude discernir seus traços. Era um lobo negro do tamanho de um cavalo, de sua boca escorria uma saliva tipicamente canina, os olhos perturbadoramente inteligentes, os pelos enriçados fizeram minha alma gelar imediatamente. A essa altura minhas pernas tremiam e eu tinha meu arco tencionado, a flecha apontando para a cabeça da criatura. Ele uivou e eu disparei a flecha que cravou-se no crânio do lobo, eu esperei que morresse, nenhum ser vivo sobreviveria a uma flechada na cabeça, mas aparentemente as leis da natureza não se aplicavam a ele.

Fiz a coisa mais inteligente que pude: Corri. Disparei pelo prédio do clube sabendo que ninguém estaria lá, ninguém me ajudaria. O lobo era rápido e eu jamais poderia com sua velocidade canina, mas eu felizmente conhecia melhor o prédio, então disparei pelos corredores agilmente agradecendo mentalmente por ter dedicado todos os meus finais de semana às partidas amistosas de basquete, do contrário eu teria morrida umas cinco vezes.

Desci as escadas do prédio e estava com tanta pressa que demorei a notar a figura aos pés da escada. Um capuz cobria sua face, mas parecia humana. Estava com um arco prata apontando na minha direção, eu quis gritar, mas estava concentrado demais em fugir para fazer qualquer outra coisa, mas houve uma impressão, um pressentimento, um extinto, chame do que quiser, alguma coisa me dizia que a figura encapuzada não estava mirando em mim. Quando ouvi as portas do clube se arrebentando eu apenas me abaixei e ouvi o zumbido da flecha prateada que cortou a noite fria e cravou-se no crânio do lobo. Eu ia iniciar uma nova fulga, mas fui coberto por pó de ouro, o lobo se fora.

Uma BMW conversível parou atrás da figura dirigida por Heliot Underwood, mandando-me entrar tão desesperadamente que pensei haver mais daquelas coisas perseguindo-nos, foi incentivo suficiente. Pulei no banco de trás do carro, a figura entrou logo após e o carro arrancou pelas avenidas do campus em direção a saída.

— Que coisa era aquela? — Foi a primeira coisa que consegui dizer depois de recuperar o fôlego.

— Um lobo! — Respondeu simplesmente. A garota abaixou o capuz, revelando sua identidade.

Era Cristie, minha melhor amiga. Cristie estava com um sorriso travesso nos lábios, como se tivesse a maior das fofocas do campus para me contar, e eu sinceramente não fiquei nenhum pouco empolgado em saber do que se tratava.

— Oi pra você também, garoto! — Disse um Heliot sem gorro ao volante. Seja lá o que tivesse batido em sua cabeça, fora bem forte. Havia dois galos muito inchados, pareciam chifres. Ai Meu Deus! Eram chifres!

— Ah! — Gritei tão indgnamente que Cristie caiu na gargalhada. — Tem chifres na sua cabeça! - Heliot pareceu ofendido. - Porque tem chifres na cabeça dele? E porque você sabe usar um arco?

O mundo parecia ter virado de cabeça para baixo, mas Cristie me pediu calma. Demorou, mas eu deixei que ela falasse. Segundo ela, e eu não acreditava, os deuses gregos existiam, e continuavam com suas manias de procriar com os humanos. Eu e ela éramos filhos de deuses e Heliot era um bode — sátiro — que protegia esses filhos de deuses. O trabalho dele era procurar por esses filhos protegê-los e guiá-los para um tal de Acampamento Meio-Sangue, onde as proles dos deuses eram treinados e preparados para se proteger contra monstros, como o lobo que ela acabara de matar.

- Eu sou filho de... - O nome de meu pai pesava em sua mente. Não podiam ser as mesmas pessoas. Não podia ser o mesmo Apolo.

- Nós somos... - Cristie fez aquela cara de tenho o maior babado do mundo para você - ...Apolo! -
Ela disse e como se para confirmar uma luz brilhou em pleno ar iluminando o carro. Pelo retrovisor  eu vi o holograma de uma harpa dourada brilhando acima de minha cabeça, mais tarde saberia que aquele era o símbolo de meu pai.

- Tem mais... - E dessa vez sua expressão misturava-se em ansiedade e preocupação. - Nós somos irmãos... - Ela disse, mas depois resolveu corrigir-se. - ...Não só por parte de pai, nós somos gêmeos!

Mais um pouco e eu voaria pelo parabrisa. Heliot havia freado o carro tão abruptamente que mesmo ele bateu a cabeça no volante, adicionando mais um galo a seus chifres. Ele virou para trás esfregando o novo adereço olhando de mim para Cristie indignado. Minha expressão era de choque total. Aquilo só podia ser uma brincadeira de muito mal gosto. Eu juro que fiquei olhando ao redor imaginando onde estavam as câmeras.

- Gêmeos? De Apolo? - Heliot parecia assombrado pelas possibilidades do futuro. - Isso explica aquela quantidade grotesca de monstros... - Virou-se para a estrada e acelerou o carro em altíssima velocidade. Aparentemente a informação fizera com que sua pressa aumentasse.

- Isso é impossível! - Eu consegui dizer.

- Impossível? É bem perto disso na verdade, mas não chega a ser. - Heliot disse antes de fazer uma curva fechada demais para velocidade que estávamos. Eu fui jogado no colo de minha irmã.

— Mamãe não sabia. — Talvez realmente fossemos gêmeos, pois essa fora a primeira questão que pairou em minha mente. — ...Gêmeos semideuses são raros... — E o tom que ela usou me fez pensar que ser raro não era algo bom. — Era perigoso nos mantermos juntos, então quando nascemos Apolo embaralhou a mente da equipe médica e levou-me para a nossa tia, Ártemis. — Ótimo, mais uma para a conta de meu pai divino idiota, nem a própria filha criou. — Cresci entre as caçadoras enquanto você crescia com a mamãe. — Pela primeira vez pensei nas perguntas que Cristie fazia a respeito da minha mãe. Eu sempre achei ser curiosidade pela grande musicista. Me arrependi por não ter descrito melhor a nossa mãe.

Eu fiquei olhando para os olhos dourados de minha irmã. Não era difícil notar a semelhança entre nós dois, mas só agora eu pensei em todas elas.

— Você sabia desde o... — Um bolor se formou em minha garganta e eu estava com dificuldades de terminar minhas frases.

— ...Início? — Completou ela. — Não desde o início, quer dizer eu era um bebê. Mas sim, eu cresci ciente de nós. Tia Ártemis não gosta de mentiras então ela me contou tudo quando estava na idade para compreender. — Algo em sua expressão me deu a impressão que não tinha idade para compreender. — Fui criada pelas Caçadoras. — E me explicou o que significava ser criada por um monte de meninas de doze anos que eram duronas o suficiente para arrebentar um bar inteiro de motoqueiros selvagens. — Quando a mamãe morreu eu sabia que você estava sozinho, então pedi para Tia Ártemis me liberar da caçada. Ela me deu um ano. — E eu vi em sua face o quanto foi difícil para ela todo esse tempo manter segredo.

Abracei minha irmã com força e intensidade o suficiente para recuperar todos os anos de abraços perdidos. Acho que choramos de felicidade, mas jamais admitiria isso.
O carro prosseguiu pela estrada em direção a Long Island. Segundo Heliot o Acampamento Meio-Sangue, que seria meu novo internato a partir de agora, ficava na costa de Long Island onde semi-deuses poderiam ficar seguros.
Enquanto a paisagem avançava Cristie e eu acabamos caindo no sono, abraçados. Sabe aqueles sonhos que eu disse que tinha? Dessa vez foi bem grotesco.
Estava de volta à sala de audição, tocando a música da minha avaliação, o piano dessa vez parecia em maior harmonia comigo, dessa vez eu me lembrava de ter respirado direito e o resto foram meus dedos martelando as teclas sem pensar muito no que fazia. Quando terminei a apresentação ouvi os aplausos, mas não eram dos avaliadores, havia apenas uma pessoa na bancada. Um homem com seus 22 anos, loiro, de pele bronzeada, cabelo perfeito, olhos azuis, vestido como um badboy é um sorriso tão sacana que eu não vê dúvidas de quem se tratava.

— Você! — Gritei e se eu tivesse forças eu teria arremessado aquele lindo piano na bem nos dentes de Apolo.

— Vamos com calma criança... — Pediu, com seu sorriso debochado.

— Seu irresponsável! — E avancei em sua direção com tanta raiva que por pouco eu não subi em cima da mesa. Eu queria vomitar tudo na cara dele, mais precisamente naqueles dentes brancos

— Dezesseis anos sem nenhuma notícia, você sequestrou a minha irmã de mim e ainda por cima nem para proteger minha mãe serviu! — Eu comecei a dizer e meus olhos lacrimejavam de tanta raiva.

Comecei a enumerar tantas coisas que da maior parte eu nem me lembro. Ele ouviu, simplesmente permaneceu sentado ouvindo tudo que eu tinha pra dizer, sem se quer me interromper. E eu despejei todas as minhas mais profundas tristezas, minhas preocupações, minhas frustrações e tudo o mais que eu pudesse jogar em cima de meu pai divino. No final eu estava tremendo, com os olhos ardendo de tanto chorar. Me senti vazio e sem peso, dramaticamente me ajoelhei no chão, já sem vontade de dizer mais nada. Como se tudo o que eu queria esse tempo todo era extravasar aquela represa de palavras que nunca encontravam seu ouvinte.
Apolo levantou-se com calma e se dirigiu ao piano, tocando a mesma música que toquei com tal beleza que pela primeira vez toda ela fez sentido, nenhuma nota era desperdiçada, como se ele mesmo a tivesse escrito e só ele pudesse executa-lá direito.

— Sua mãe amava essa música, toquei para ela no nosso primeiro encontro. — O que vi em seus olhos azuis foi uma lembrança doce, como se ao tocar ele revivesse todo o relacionamento com minha mãe de novo. Isso doeu o peito. Todo esse tempo eu achei que Apolo só havia se aventurado com minha mãe, mas naquele olhar eu pude perceber o quanto ele a amava.

— Ela me fez tocar um milhão de vezes, dizia que eu era parecido com você. — Eu disse levantando-me e me apoiando na mesa. Eu era parecido com ele.

— Sabe...Você e sua irmã são um caso especial, não podem ficar juntos. — Ele disse com tal firmeza que meus argumentos se desfizeram de imediato. — Esse ano que ela pediu foi especialmente difícil para ela. Seus sonhos? Todos reais. — Ele parecia ver minha alma — Ela enfrentou todos os seus pesadelos noite após noite enquanto você dormia tranquilo em seus lençóis de seda. Zeus não permite que interfiramos tanto no destino de nossos filhos, mas mesmo ele sabe que o caso de vocês é especial. — Ele começou a folhear as partituras e de repente eu comecei a ver meus boletins com minhas excelentes notas. — A paciência dele tem fim, na verdade, ela é especialmente curta. Eu e minha irmã temos resistido, mas agora acabou. — E eu vi em seus olhos o quanto ele tentou, senti-me culpado por tudo que havia dito.

— Obrigado... — Eu disse e ele pareceu surpreso. Depois abriu o mais brilhante sorriso do mundo inteiro.

— Não me agradeça ainda, tenho a impressão que em pouco tempo você vai querer acertar uma flecha na minha genitália. — E gargalhou com a ideia, eu pensei em alguns dos bonecos que haviam recebido uma flecha nessa região.

Um trovão estremeceu o sonho e ele perdeu o foco, mas ainda consegui ouvir as últimas palavras do meu pai: "Eu amo vocês dois".
Estava de volta ao BMW. O sol nascia preguiçosamente por entre as montanhas. Seu cabelo estava sendo afagado por sua irmã e já parecia que estava acontecendo a tempo. Não queria sair dali, mas o vale era conhecido, ele o vira em seu sonho.
Desceram do carro e caminharam em direção ao suposto acampamento. Não demorou para chegarem até a colina, ao lado estava o pinheiro de seu sonho.

— Daqui para frente contigo, maninho. — Minha irmã tinha lágrimas nos olhos assim como nos meus.

Ouvi um grasnado alto o suficiente para fazer meus ossos tremerem. Antes que eu percebesse uma criatura que era um misto de leão com águia pousou ao nosso lado. Minha ia o acariciou e montou nele.

— Eu ganho um desses? — Disse abrindo o maior sorriso que pude dar.

— Quem sabe? — Eu ouvi sua voz ao longe e eu já que não chorei.

Virei-me imediatamente para meu destino, atravessando a barreira não sabendo em quantas aventuras eu me meteria.

Off: Desculpa os erros que com toda certeza existirão!
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alaric L. Morningstar Qua 20 Jan 2016, 18:27


Avaliação




Aron Tinuviel

Kise Ryota!
Então, jovem, vamos lá. Notei alguns deslizes de pontuação na tua ficha (em maior peso a questão da vírgula), como por exemplo no trecho abaixo:
O campus era gigante com prédios que mesmo eu ainda não tinha conhecimento (...). Os nomes que passaram por aqueles salões iam desde gênios da música clássica, até cantores muito populares.
Onde o certo seria:
O campus era gigante, com prédios que mesmo eu ainda não tinha conhecimento (...). Os nomes que passaram por aqueles salões iam desde gênios da música clássica até cantores muito populares.

Houve um caso em que também encontrei falta de acentuação em algumas palavras ("maquina" no lugar de "máquina", "por" ao invés de "pôr", entre outros) e, além disso, erros de concordância (como o do trecho abaixo, junto de mais um de pontuação):
— Que performance magnífica, Sr, Tinuviel... (...) — Disse entre umas palmilha e outras.

Você estava narrando em primeira pessoa; entretanto, em uma parte, acabou narrando em terceira. Não pode trocar a pessoa no meio da narração.
foi por isso que quando Aron nasceu ele teve de partir
Sendo assim, aqui em cima deveria ser "quando eu nasci". E para finalizar a cota de erros: "porque" é usado para responder algo. "Por que" é para perguntas (em um trecho você escreveu "Porque tem chifres na cabeça dele?", onde seria o certo "por que").

Detalhes à parte. Você é novo aqui, é comum encontrarmos esses pequenos deslizes. São errinhos bobos, que com um tempo tu conserta (a experiência vai te fazendo melhorar. E não digo a dos números na ficha meio-sangue). Você foi bem, rapaz. Conseguiu descrever bem o personagem e justificar a escolha do progenitor, mesmo que de forma simples (e poucos aqui fazem isso), assim como apresentou uma boa história. O enredo e a trama foram bem interessantes, conseguiu atender aos requisitos de reclamação. Sugiro que revise seus textos antes de postar (o que eliminaria os vários erros de digitação que achei e não coloquei aqui), se necessário use um corretor e leia o texto num tom de voz em que você possa ouvir e reparar a colocação da pontuação. Bem, é isso. Bem-vindo, cria do Sol.

Aprovado
Alaric L. Morningstar
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Qua 20 Jan 2016, 18:42

Atualizados.
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Re: Ficha de Reclamação

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