{MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
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{MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
MIMIMI
Filhas de Afrodite podiam chamar a atenção por sua beleza e animação, mas também como alvos fáceis para brincadeiras de alguns outros campistas. O dia da limpeza dos chalés havia chegado e como sempre todos os semideuses se empenhavam em deixar tudo nos conformes, porém quando a inspeção chegou o chalé de Afrodite virou uma enorme bagunça e ninguém sabia quem havia feito aquilo. Infelizmente nem todos sabiam que despertar a raiva de uma conselheira não era recomendado para nenhum semideus.
Diretrizes
— Escreva uma introdução expondo um pouco do seu personagem e de sua trama.
— Narre como foi a limpeza do chalé naquele dia e como as obrigações foram separadas.
— Assim que tudo estava pronto, você e seus irmãos decidiram almoçar e descansar um pouco até a revista dos chalés.
— Quando voltaram para o chalé e encontraram tudo desorganizado, a conselheira ficará furiosa e incumbirá a todos que descubram quem foi o culpado para que seja punido.
— Você é livre para narrar sua investigação até o autor da brincadeira. Seja criativa e dê detalhes de como o fez.
— Assim que descobrir quem foi o responsável, quero que tenha uma dificuldade (pode ser combativa ou não) para leva-lo até sua conselheira.
— Finalize a missão de forma criativa.
Informações adicionais
— Missão one-post para Zoë Ophelia Greengrass
— Condições climáticas: Primavera, 30º.
— Local: Acampamento Meio-Sangue.
— Horário: 13:30.
Status
Regras
— Não utilize cores cegantes e/ou templates com menos de 400px de largura.
— Poderes (com nível, separados por ativo e passivo) e armas em spoiler no final do texto.
— Prazo de postagem até 23h59, segundo o horário de Brasília, do dia 15/07/2019
—O critério de avaliação usado será o baseado neste sistema (clique).
— Agradeço se me enviar uma mensagem assim que postar.
Maisie de Noir
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Re: {MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
Maisie de Noir
Filhos de EosPanteão Grego
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Re: {MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
Atualizado
por Melinoe
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Chloe Khalil
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Re: {MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
mimimi!
Yüe não sabia muito bem o que estava fazendo naquele Acampamento. Sua família morava na Rússia e, apenas uma semana atrás, seu pai havia decidido que passariam as férias daquele ano em Nova York. Embora nada tivesse questionado, North achou bastante estranho: a figura paterna não era bem o tipo de pessoa que combinava com a cidade que nunca dormia. Era um cara sério, que gostava de passeios históricos e cidades calmas. Por causa disso, quando viu a meia-irmã extremamente empolgada, soube imediatamente que ela havia manipulado o pai para que viajassem até ali.
Não pôde se controlar: quando percebeu, já estava gritando com Sofya, questionando os motivos pelos quais fizera o pai gastar tanto dinheiro em uma só viagem. Obviamente, aquela não fora uma boa ideia. A madrasta, que adorava arrumar motivos para brigar com Yüe, logo passou a defender a filha, dizendo que a semideusa somente trazia problemas à família. Já que já estavam em Nova York, a única solução era largar a garota em algum lugar qualquer. E, claro, o pai sabia do lugar perfeito.
— Podemos deixar Yüe num acampamento em Long Island. É para pessoas… como ela, se me entendem bem.
No mesmo momento, Yüe se arrependeu de ter gritado com Sofya. Sim, ela tinha sérios problemas com a família, mas o ódio que nutria por sua parte semidivina era ainda maior. Odiava ser quem era, e tudo que queria era poder ser normal. Nunca havia ser escolhido ser filha de uma deusa grega, e sentia que aquilo lhe tirava a liberdade de poder ser o que quisesse; tudo o que queria, afinal, era liberdade.
— Não! Assim ela não vai ser castigada… — começou Sofya, que morria de inveja da meia-irmã por ela ser uma semideusa. O desespero era claramente perceptível em seu rosto. Para ela, caso Yüe fosse para o tal acampamento, ia mesmo era estar ganhando um presente. Um presente que ela própria queria muito.
— Não é verdade. Yüe odeia tudo isso — comentou o meio-irmão, Andrey. Ele não odiava Yüe, mas tampouco a amava. Era um adolescente rebelde que só queria ver o mundo pegar fogo. Assim, quando viu o desespero no rosto da semideusa, apenas deu de ombros, como quem diz: pague pelos seus pecados.
Alguns segundos de silêncio se estabeleceram no quarto de hotel, fazendo Petrova desejar nunca ter saído de casa. Fora boba em achar que poderia ser minimamente feliz em uma viagem com a família.
— Então está decidido — disse a madrasta, interrompendo o silêncio. — Leve-a para esse lugar aí, Ygor.
Yüe nunca tinha estado naquele lugar, mas aos poucos foi conhecendo os seus arredores. Existiam enfermarias, arenas, praias e inúmeras outras coisas. As construções que mais haviam lhe chamado a atenção, entretanto, eram os chalés. Eram vários, cada um de um deus diferente, e possuíam peculiaridades que ela nem sequer era capaz de descrever. Apesar do ódio que sentia por toda aquela vida, não foi capaz de deixar de admirar o que estava à sua frente.
Um garoto chamado Jason — que trazia em mãos um colar de coração e parecia particularmente mal humorado — a conduziu pelo local, levando-a até onde dormiria: o chalé de Afrodite, sua mãe. Não teve muito tempo de explorar, contudo. Assim que chegou, uma garota alta e de cabelos castanhos a examinou dos pés à cabeça, sorrindo com deboche logo em seguida.
— Ótimo, mais uma para ajudar na limpeza do chalé! Seja bem-vinda, irmãzinha.
Yüe estava prestes a perguntar o que aquilo queria dizer, mas sequer teve tempo. A menina lhe entregou um pano úmido, designando-a para tirar a poeira dos móveis que estavam no interior do chalé. Posteriormente, começou a entregar outros objetos aos supostamente meio-irmãos. Para a infelicidade de Petrova, um outro garoto havia ficado com a mesma tarefa que ela, e agora vinha em sua direção.
— Você é nova aqui, não é? Não ligue para Kate. Ela é nossa conselheira e só quer que tudo fique limpo.
Dando de ombros, Yüe sequer falou nada. Não queria se misturar com aquele tipo de pessoa; imagina se começo a ficar minimamente parecida com eles, que absurdo. Por causa disso, deu as costas para o garoto e começou a se afastar, torcendo para que ele não a seguisse.
Felizmente, seu pedido foi acolhido pelos deuses. Desse modo, boa parte do resto do dia foi tranquila. Percebendo a cara emburrada de Yüe de quem não queria estar ali, ninguém mais se aproximou da garota. Ela seguiu tirando poeira dos móveis de forma solitária e silenciosa, e pôde finalmente ter um tempo de paz para pensar sobre a sua vida. Quer dizer, aquilo era vida? Conviver com a família já começava a se tornar insuportável, e ser obrigada a ser uma semideusa a deixava completamente fora de si. O que faria?
A resposta não veio, e Yüe passou ainda um bom tempo limpando. Quando finalmente acabou, seus braços doíam e estava ainda mais irritada por estar ali. Nem um grito desconhecido os chamando para o almoço lhe despertou qualquer vestígio de felicidade. Enquanto caminhava cegamente atrás dos meios-irmãos, seus pensamentos vagavam por lugares melancólicos.
— Ei, você parece insatisfeita.
Quando levantou o rosto, Yüe pôde ver o mesmo garoto de antes ao seu lado. Estava com o cabelo bagunçado agora, provavelmente um resultado das incontáveis horas de arrumação.
— Meu nome é Francis, e o seu?
— Yüe. Ficaria extremamente satisfeita se você me deixasse em paz. Não estou em um bom momento.
— Quer conversar sobre isso?
— Não. Quero ficar sozinha.
Francis pareceu ofendido. Abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu e a fechou novamente. Quando se afastou, não se deu ao trabalho nem de olhar nos olhos de Yüe. Ela não se incomodou, de todo modo: realmente não queria interagir com ninguém daquele lugar estranho. Só queria ir embora.
Almoçou e descansou solitariamente. Sentiu-se melhor assim, embora ainda odiasse estar naquele lugar. Quando voltou para o chalé, estava pensando se o pai se arrependeria e viria lhe buscar ainda naquele mesmo dia.
Seus pensamentos foram interrompidos, entretanto. Assim que entrou no chalé, viu tudo o que arrumara completamente desorganizado. As almofadas estavam jogadas no chão, as camas estavam sem forro e os objetos das estantes estavam fora do lugar. Sem que se desse conta, uma raiva incontrolável apareceu em Yüe. Quer dizer, não se importava com o acampamento, mas ela tinha se esforçado para arrumar aquilo, porra! Como alguém poderia ter feito algo tão chato?
Enquanto ouvia o protesto dos outros, caminhou por entre a bagunça e se lamentou pelo tempo perdido. Estava prestes a se sentar no sofá quando, repentinamente, achou algo no chão: um colar de coração, exatamente igual ao que Jason portava ao trazê-la até ali. Para sua surpresa, o nome de Kate estava gravado ali. Pegando-o para si, guardou-o no bolso. Era uma garota que não ficava calada quando via algo de errado e, acima de tudo, gostava de enfrentar os outros cara a cara. Por causa disso, saiu do chalé sem informar nada a ninguém.
Andou sem rumo por algum tempo, mas logo decidiu o que fazer. Parou o primeiro campista desconhecido que viu e, com pressa, lhe perguntou se ele conhecia algum Jason. A resposta foi satisfatória: filho de Apolo, que morava no chalé sete. Andando entre os chalés, logo encontrou o que portava aquele número. Bateu na porta.
— Sim? — Uma garota loira atendeu.
— O Jason está?
— Está. Espere um momento.
O momento foi longo, na verdade, mas Jason finalmente apareceu. Parecia ainda mais mal humorado do que da última vez que Yüe o vira.
— O que quer?
— Você desarrumou nosso chalé. Preciso que venha comigo para admitir.
Uma risada debochada, embora sem alegria nenhuma, escapou de Jason. Subitamente, Yüe percebeu que não seria tão fácil daquele jeito, e começou a pensar em algo que lhe ajudasse.
— Vá se foder, novata.
Jason começou a fechar a porta, mas Petrova não desistiria assim tão fácil. Colocando a mão para impedir, logo alçou o corpo para dentro do chalé de Apolo. Todos que estavam lá dentro a olharam com uma surpresa e desgosto notáveis.
— Kate irá saber de qualquer jeito, pois eu irei contar — disse. Não pareceu funcionar, então imaginou que aquela era a hora perfeita para começar a ser dissimulada. Aprumando o corpo, inventou algo que parecia convincente. — Ela me falou sobre você hoje mais cedo, e disse que sente saudade… mas ela quer que você comece a ser mais sincero! Isso é um bom começo, não?
Não fazia ideia do que estava falando, mas torceu para funcionar. Para sua surpresa, Jason a encarou com olhos profundos. Parecia estar escutando pela primeira vez, e Yüe iria se aproveitar da situação.
— Ela também me disse que o perdoaria por qualquer coisa. Além disso, se você admitir… bem, estará mostrando que é capaz de tudo pare recuperá-la. Estou certa?
Jason pareceu concordar minimamente com a cabeça.
— Então, por favor, venha comigo.
Os outros filhos de Apolo pareciam interessados no espetáculo, mas não falaram nada. Apenas assistiram enquanto Jason dava passos vacilantes na direção de Yüe, concordando em ir com ela até o chalé de Afrodite. Durante todo o caminho, entretanto, a garota teve certo medo de que o outro fugisse, pois sabia que não seria capaz de lutar contra ele.
Felizmente, tudo correu bem. Quando chegou no chalé — que de forma alguma considerava seu —, entrou e chamou por Kate. Assim que ela apareceu, apontou para Jason.
— Foi ele quem fez isso. Resolva com ele.
Logo após isso, sentiu que seu dever estava cumprido. Havia feito o que imaginava ser certo, e agora tudo o que queria era novamente se isolar de todos os outros. No momento em que deu seu primeiro passo para fora do chalé, sentiu uma mão envolvendo seu braço. Francis.
— Para quem quer ser deixada em paz, você parece bem disposta a ajudar.
— Só fiz o que achei ser certo.
— Você parece boa nisso.
— Não quero ser. Só quero ser normal.
E, sem maiores delongas, soltou o seu braço e continuou caminhando para longe dos meio-irmãos. Talvez pudesse, durante o resto do dia, fingir que não era filha de uma deusa grega.
Não pôde se controlar: quando percebeu, já estava gritando com Sofya, questionando os motivos pelos quais fizera o pai gastar tanto dinheiro em uma só viagem. Obviamente, aquela não fora uma boa ideia. A madrasta, que adorava arrumar motivos para brigar com Yüe, logo passou a defender a filha, dizendo que a semideusa somente trazia problemas à família. Já que já estavam em Nova York, a única solução era largar a garota em algum lugar qualquer. E, claro, o pai sabia do lugar perfeito.
— Podemos deixar Yüe num acampamento em Long Island. É para pessoas… como ela, se me entendem bem.
No mesmo momento, Yüe se arrependeu de ter gritado com Sofya. Sim, ela tinha sérios problemas com a família, mas o ódio que nutria por sua parte semidivina era ainda maior. Odiava ser quem era, e tudo que queria era poder ser normal. Nunca havia ser escolhido ser filha de uma deusa grega, e sentia que aquilo lhe tirava a liberdade de poder ser o que quisesse; tudo o que queria, afinal, era liberdade.
— Não! Assim ela não vai ser castigada… — começou Sofya, que morria de inveja da meia-irmã por ela ser uma semideusa. O desespero era claramente perceptível em seu rosto. Para ela, caso Yüe fosse para o tal acampamento, ia mesmo era estar ganhando um presente. Um presente que ela própria queria muito.
— Não é verdade. Yüe odeia tudo isso — comentou o meio-irmão, Andrey. Ele não odiava Yüe, mas tampouco a amava. Era um adolescente rebelde que só queria ver o mundo pegar fogo. Assim, quando viu o desespero no rosto da semideusa, apenas deu de ombros, como quem diz: pague pelos seus pecados.
Alguns segundos de silêncio se estabeleceram no quarto de hotel, fazendo Petrova desejar nunca ter saído de casa. Fora boba em achar que poderia ser minimamente feliz em uma viagem com a família.
— Então está decidido — disse a madrasta, interrompendo o silêncio. — Leve-a para esse lugar aí, Ygor.
X X X
Yüe nunca tinha estado naquele lugar, mas aos poucos foi conhecendo os seus arredores. Existiam enfermarias, arenas, praias e inúmeras outras coisas. As construções que mais haviam lhe chamado a atenção, entretanto, eram os chalés. Eram vários, cada um de um deus diferente, e possuíam peculiaridades que ela nem sequer era capaz de descrever. Apesar do ódio que sentia por toda aquela vida, não foi capaz de deixar de admirar o que estava à sua frente.
Um garoto chamado Jason — que trazia em mãos um colar de coração e parecia particularmente mal humorado — a conduziu pelo local, levando-a até onde dormiria: o chalé de Afrodite, sua mãe. Não teve muito tempo de explorar, contudo. Assim que chegou, uma garota alta e de cabelos castanhos a examinou dos pés à cabeça, sorrindo com deboche logo em seguida.
— Ótimo, mais uma para ajudar na limpeza do chalé! Seja bem-vinda, irmãzinha.
Yüe estava prestes a perguntar o que aquilo queria dizer, mas sequer teve tempo. A menina lhe entregou um pano úmido, designando-a para tirar a poeira dos móveis que estavam no interior do chalé. Posteriormente, começou a entregar outros objetos aos supostamente meio-irmãos. Para a infelicidade de Petrova, um outro garoto havia ficado com a mesma tarefa que ela, e agora vinha em sua direção.
— Você é nova aqui, não é? Não ligue para Kate. Ela é nossa conselheira e só quer que tudo fique limpo.
Dando de ombros, Yüe sequer falou nada. Não queria se misturar com aquele tipo de pessoa; imagina se começo a ficar minimamente parecida com eles, que absurdo. Por causa disso, deu as costas para o garoto e começou a se afastar, torcendo para que ele não a seguisse.
Felizmente, seu pedido foi acolhido pelos deuses. Desse modo, boa parte do resto do dia foi tranquila. Percebendo a cara emburrada de Yüe de quem não queria estar ali, ninguém mais se aproximou da garota. Ela seguiu tirando poeira dos móveis de forma solitária e silenciosa, e pôde finalmente ter um tempo de paz para pensar sobre a sua vida. Quer dizer, aquilo era vida? Conviver com a família já começava a se tornar insuportável, e ser obrigada a ser uma semideusa a deixava completamente fora de si. O que faria?
A resposta não veio, e Yüe passou ainda um bom tempo limpando. Quando finalmente acabou, seus braços doíam e estava ainda mais irritada por estar ali. Nem um grito desconhecido os chamando para o almoço lhe despertou qualquer vestígio de felicidade. Enquanto caminhava cegamente atrás dos meios-irmãos, seus pensamentos vagavam por lugares melancólicos.
— Ei, você parece insatisfeita.
Quando levantou o rosto, Yüe pôde ver o mesmo garoto de antes ao seu lado. Estava com o cabelo bagunçado agora, provavelmente um resultado das incontáveis horas de arrumação.
— Meu nome é Francis, e o seu?
— Yüe. Ficaria extremamente satisfeita se você me deixasse em paz. Não estou em um bom momento.
— Quer conversar sobre isso?
— Não. Quero ficar sozinha.
Francis pareceu ofendido. Abriu a boca para falar alguma coisa, mas desistiu e a fechou novamente. Quando se afastou, não se deu ao trabalho nem de olhar nos olhos de Yüe. Ela não se incomodou, de todo modo: realmente não queria interagir com ninguém daquele lugar estranho. Só queria ir embora.
Almoçou e descansou solitariamente. Sentiu-se melhor assim, embora ainda odiasse estar naquele lugar. Quando voltou para o chalé, estava pensando se o pai se arrependeria e viria lhe buscar ainda naquele mesmo dia.
Seus pensamentos foram interrompidos, entretanto. Assim que entrou no chalé, viu tudo o que arrumara completamente desorganizado. As almofadas estavam jogadas no chão, as camas estavam sem forro e os objetos das estantes estavam fora do lugar. Sem que se desse conta, uma raiva incontrolável apareceu em Yüe. Quer dizer, não se importava com o acampamento, mas ela tinha se esforçado para arrumar aquilo, porra! Como alguém poderia ter feito algo tão chato?
Enquanto ouvia o protesto dos outros, caminhou por entre a bagunça e se lamentou pelo tempo perdido. Estava prestes a se sentar no sofá quando, repentinamente, achou algo no chão: um colar de coração, exatamente igual ao que Jason portava ao trazê-la até ali. Para sua surpresa, o nome de Kate estava gravado ali. Pegando-o para si, guardou-o no bolso. Era uma garota que não ficava calada quando via algo de errado e, acima de tudo, gostava de enfrentar os outros cara a cara. Por causa disso, saiu do chalé sem informar nada a ninguém.
Andou sem rumo por algum tempo, mas logo decidiu o que fazer. Parou o primeiro campista desconhecido que viu e, com pressa, lhe perguntou se ele conhecia algum Jason. A resposta foi satisfatória: filho de Apolo, que morava no chalé sete. Andando entre os chalés, logo encontrou o que portava aquele número. Bateu na porta.
— Sim? — Uma garota loira atendeu.
— O Jason está?
— Está. Espere um momento.
O momento foi longo, na verdade, mas Jason finalmente apareceu. Parecia ainda mais mal humorado do que da última vez que Yüe o vira.
— O que quer?
— Você desarrumou nosso chalé. Preciso que venha comigo para admitir.
Uma risada debochada, embora sem alegria nenhuma, escapou de Jason. Subitamente, Yüe percebeu que não seria tão fácil daquele jeito, e começou a pensar em algo que lhe ajudasse.
— Vá se foder, novata.
Jason começou a fechar a porta, mas Petrova não desistiria assim tão fácil. Colocando a mão para impedir, logo alçou o corpo para dentro do chalé de Apolo. Todos que estavam lá dentro a olharam com uma surpresa e desgosto notáveis.
— Kate irá saber de qualquer jeito, pois eu irei contar — disse. Não pareceu funcionar, então imaginou que aquela era a hora perfeita para começar a ser dissimulada. Aprumando o corpo, inventou algo que parecia convincente. — Ela me falou sobre você hoje mais cedo, e disse que sente saudade… mas ela quer que você comece a ser mais sincero! Isso é um bom começo, não?
Não fazia ideia do que estava falando, mas torceu para funcionar. Para sua surpresa, Jason a encarou com olhos profundos. Parecia estar escutando pela primeira vez, e Yüe iria se aproveitar da situação.
— Ela também me disse que o perdoaria por qualquer coisa. Além disso, se você admitir… bem, estará mostrando que é capaz de tudo pare recuperá-la. Estou certa?
Jason pareceu concordar minimamente com a cabeça.
— Então, por favor, venha comigo.
Os outros filhos de Apolo pareciam interessados no espetáculo, mas não falaram nada. Apenas assistiram enquanto Jason dava passos vacilantes na direção de Yüe, concordando em ir com ela até o chalé de Afrodite. Durante todo o caminho, entretanto, a garota teve certo medo de que o outro fugisse, pois sabia que não seria capaz de lutar contra ele.
Felizmente, tudo correu bem. Quando chegou no chalé — que de forma alguma considerava seu —, entrou e chamou por Kate. Assim que ela apareceu, apontou para Jason.
— Foi ele quem fez isso. Resolva com ele.
Logo após isso, sentiu que seu dever estava cumprido. Havia feito o que imaginava ser certo, e agora tudo o que queria era novamente se isolar de todos os outros. No momento em que deu seu primeiro passo para fora do chalé, sentiu uma mão envolvendo seu braço. Francis.
— Para quem quer ser deixada em paz, você parece bem disposta a ajudar.
— Só fiz o que achei ser certo.
— Você parece boa nisso.
— Não quero ser. Só quero ser normal.
E, sem maiores delongas, soltou o seu braço e continuou caminhando para longe dos meio-irmãos. Talvez pudesse, durante o resto do dia, fingir que não era filha de uma deusa grega.
- ♛:
- poderes:
- • Passivos:
[nível 1] Beleza estonteante: como filhos da deusa da beleza, você é naturalmente belo, sendo tal beleza notável e admirada por todos. Seus olhos têm uma coloração que não se define completamente, sendo intrigantes e como se fossem hipnotizantes; sua voz atrai, seus lábios são provocantes, seu rosto possui uma beleza harmoniosa e o corpo não fica para trás. Tudo em você chama a atenção pela beleza especial que possui, e é praticamente impossível deixar de notá-lo. Não é nenhum efeito hipnótico, contudo - apenas estético.
[nível 7] Dissimulação: pode não ser filho de Dionísio, mas sabe dissimular bem o suficiente para convencer outras pessoas. Dissimule o quanto quiser, seja inocência, choro ou alegria, pois há grandes chances de acreditarem. Lembre-se de que suas atitudes devem ser coerentes para que acreditem. Além disso, não modifica sua aura, fazendo com que suas intenções possam ser descobertas por quem tem poder para isso.
Chloe Khalil
Curandeiros de AsclépioPanteão Grego
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Moscou, Rússia
Re: {MIMIMI} — MOPI (≤ level 15 / acampamento meio-sangue)
mimimi
Avaliação
Apesar de ter erros que uma revisão poderia ajudar, eu gostei da escrita e da forma que dirigiu a missão, mesmo sendo algo simples, apenas tenho o adendo de: identifique as falas com alguma forma diferenciada, isso facilita para quem lê a sua postagem, querida.
Resultado
— Coerência: 50 de 50 possíveis
— Coesão, estrutura e fluidez: 25 de 25 possíveis
— Objetividade e adequação à proposta: 15 de 15 possíveis
— Organização e ortografia: 10 de 10 possíveis
Total: 300 pontos de experiência + 30 dracmas + item
♛ {Truth}/ Pulseira [Pulseira de prata com pequenos pingentes de ametistas. Três vezes por missão, pode ser utilizado para fazer outra pessoa falar a verdade. Caso o oponente seja de nível igual ou menor ao do portador, é afetado por completo, tendo que falar apenas a verdade durante dois turnos. Caso seja de nível maior, o efeito dura apenas um turno, e o afetado apenas revela fragmentos da verdade. Resistências se aplicam.] {Prata e ametista} (Nível mínimo: 15) {Não controla nenhum elemento} [Recebimento: missão "mimimi".]
Atualizado.
140 - ExStaff
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