Sea Heir — MNE para Barnabaz e Cadogan Mutt

ikky for pjbr

Barbanaz acabou desenvolvendo uma habilidade especial: ele consegue sentir quando um metal é precioso ou não somente pelo cheiro. Esse foi seu afazer nos últimos dias até ser convocado na Casa Grande pelo próprio centauro milenar, Quíron. Passou semanas ganhando dracmas para sentir o cheiro de colheres e garfos e descobrir se eram de prata ou simplesmente alumínio somente com seu faro dedutivo. No entanto, só faltou cuspir latinhas inteiras quando recebeu o chamado.

Já era hora. Tinha se delongado demais no ócio. Precisava fazer alguma coisa a mais além de viver o bem-bom. Mesmo que adorasse passar horas sem fazer absolutamente nada, ser chamado pelo diretor de atividades parecia promissor. Aos trotes, se apressou para apresentar-se.

Não tinha nada muito grandioso, porém, como expectativa. Esperava receber algum tipo de punição por incentivar a rivalidade semidivina ou por proliferar ondas de ódio e promover fofocas e mentiras. Tem feito um péssimo trabalho como sátiro, mas sido um ótimo desordeiro.

Dar de cara — inesperadamente — com o Sr. D. fez com que encolhesse a cabeça entre os ombros. Literalmente não esperava o próprio reitor — ou diretor? Qual o correto? Provavelmente a última opção — do Acampamento compartilhando o mesmo cômodo que ele. Aquilo sim fez sua mente borbulhar e as engrenagens se ativarem outra vez. A engenhosa mente de Barnabaz voltou a funcionar num instante mágico.

A educação e cordialidade nunca foram muito próximas de Barnabaz. Mesmo sem se apresentar, bater na porta ou pedir licença, se intrometeu:

— Por que me chamaram aqui? — perguntou. — Estão precisando dos meus dons de dedução?

E foi repreendido com um severo olhar do centauro, que levantou uma surpresa, claramente insatisfeito com o sátiro. Ele realizou um aceno apaziguador e instantaneamente o constrangimento partiu do ambiente. Eles foram sucintos quanto ao que precisavam:

— Precisamos que vá até Coney Island, queridíssimo sátiro... — E então Barnabaz entendeu tudo. Só fez assentir enquanto a tarefa era passada, memorizando tudo exatamente com as palavras que Quíron utilizou.


— Tem certeza sobre isso, garoto? — Barnabaz perguntou, curioso.

— Sim. Vai ser a maneira mais rápida — ríspido, Cadogan respondeu.

O filho de Phobos fez girar uma moeda dourada com o polegar e a atirou no chão da borda da colina. Murmurou algumas palavras estranhas em um idioma indecifrável e, numa nuvem de fumaça e um piscar de olhos, um táxi medonho se aproximou. Pelo que Cadogan havia explicado, as três motoristas — ainda mais estranhas e somente com um olho no total — não poderiam levá-los até o fim do trajeto, mas permitiriam que chegassem muito antes.

O sátiro engoliu em seco para entrar no carro, torcendo para trocar de taxista o mais rápido possível até chegar no destino final.

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