Livro - Primeiro capítulo

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Livro - Primeiro capítulo

Mensagem por Theon Greyjoy Qui 06 Out 2011, 18:40

Salve, pessoal. Este é o primeiro capítulo de um livro que estou criando e queria a opinião de vocês sobre o capítulo. O nome do capítulo é igual ao personagem no qual o mesmo será focado.

Personagens que terão seus próprios capítulos por enquanto: Raphael Bismark; Noah Bismark; Alice [sem sobrenome definido]; Ellure Bolt

Raphael
Estava caminhando pelo beco, cansado. A escuridão dominava o local, escondendo os prédios na penumbra. Paft, paft, paft. Algo pesado se locomovia ao seu lado. Os elos da corrente de ferro rhuntês nos pulsos do Harmoi batiam umas as outras, emitindo um tênue som.

- Não vai conseguir nada de mim. Danem-se as suas perguntas e você – disse o homem grande, pálido e com manchas negras pela pele. Seus dentes eram afiados como navalha, embora a aparência não demonstrasse isso. Vistos de longe, eram praticamente dentes humanos. – Já disse. Ganhou a merda da batalha, só isso.

- Faça o favor de aquietar a boca e os palavrões – sussurrou Raphael, socando a barriga do Harmoi. A aberração gemeu e cuspiu sangue. – Restam catorze de vocês. Não querem ser extintos. Caso me perturbe mais, matarei você, aquela outra e o pequenino, ambos com Jason e Marvin.

- Ah ah! Você? Com essa espadinha? Faça magia, vai. Quero ver se é o grande Raphael de antigamente.

O espádia suspirou e empurrou o Harmoi mais para frente, apressando-o. Ainda tinha muito caminho até chegar à base de Tombador.

- Posso ter meus quarenta e poucos anos, Fagas, mas ainda sei utilizar magia – avisou Raphael, erguendo a mão direita e materializando uma esfera de eletricidade. Passou-a pela lâmina da espada na mão esquerda e a arma tornou-se amarela, emanando eletricidade. Apontou para o pescoço de Fagas, que andava lenta e sorrateiramente. – Mata instantaneamente. E apresse-se, não temos o dia todo.

Fagas rosnou, mas nada podia fazer ali. Correntes mágicas apertá-lo-iam caso fizesse movimentos bruscos. Limitou-se a encarar Raphael com os olhos esbugalhados, vermelhos. Depois, voltou a olhar para frente e continuou caminhando.

Passara da meia-noite já na batalha. Jason e Marvin haviam capturado os outros dois Harmoi e transportavam os dois para a base de Mata-Feroz, em Pasadena. Raphael e Fagas andaram quietos por alguns minutos, ouvindo apenas os passos um do outro. Os humanos de San Diego encerravam suas atividades e, à noite, davam lugar aos Harmoi, espádia e guárdia.

Todos Harmoi eram grandes, largos e pálidos, muitas vezes com algumas manchas negras na pele. Eram frutos da união de humanos com magia. Viviam setecentos anos, oitocentos, ninguém sabia. O grande espádia traidor Ravio, quatrocentos anos atrás, fundira humanos inocentes com magia, remodelando-os. Diante do experimento, fora julgado à morte por usar magia de transformação em humanos comuns sem essência mágica. Ravio fugiu sem deixar rastros e nunca foi encontrado. Ninguém nunca soube o motivo de fundir humanos com magia, mas muitos creem que o mago já estava planejando criar um exército de Harmoi. Criou mais de quinhentos, mas apenas catorze ainda viviam, escondidos e exilados. Três foram capturados naquela noite.

- Falta muito? – perguntou Fagas, observando o chão. O beco era escondido para humanos comuns, sendo que um portal acionado por magia levava ao mesmo.

- Você sabe que sim. Perderemos a noite inteira indo até lá.

- Use magia de agilidade, qualquer droga – resmungou o Harmoi. – Estou farto de caminhar.

- Ora, não posso usar magia aqui. Os seus irmãos sentiriam e viriam atrás de mim.

Fagas sorriu com escárnio. Depois, voltou a suspirar e encarar o chão, entediado e raivoso.

- Mas eles foram capturados... digo, os outros dois. – insistiu.

- Quer mesmo que eu acredite nisso? Quer mesmo que eu acredite que não havia um Harmoi escondido, observando a batalha? Eu conheço as técnicas de vocês. – falou Raphael, encarando Fagas. As correntes mágicas que o prendiam ainda impossibilitavam-no de utilizar magia, portanto o Harmoi estava indefeso.

- Por que você não me mata logo? Acabe com os problemas.

- Assim como eu, você sabe muito bem que os espádias tem o dever de capturar Harmois e estuda-los.

- Fazem isso a muito tempo, desde que surgimos. Matam depois. Cruéis – choramingou Fagas. Podia ser bruto, grande, forte e maligno, mas tinha sentimentos. – Estão tão errados como nós...

- Não existo para julgar as ordens do conselho. Vocês são perigosos – falou Raphael. Ergueu a espada na mão esquerda, que ainda tremeluzia e soltava algumas faíscas elétricas. – Devem ser exterminados, lamento.

Nada falou Fagas, apenas suspirou e deu uma olhadela para cima, observando o teto do túnel. Tinham entrado no mesmo havia tempo. Pressinto algo ruim. Pensou Raphael. O Harmoi está tramando algo. Sinto isso. Raphael poderia ter se enganado...

... Até que um vulto se mexeu atrás dos dois, movendo-se em alta velocidade. Magia de agilidade. Um Harmoi! Maldição... Pensou. Fagas sorriu e se atirou na parede, sentando-se.

- Vai morrer, Raphael! Hahaha! Morrerá! Morrerá! MORRERÁ! – gritou Fagas, rosnando.

O outro vulto parou, revelando, obviamente, um Harmoi. Vestia um grande casaco de couro e calças desbotadas, escuras. Na escuridão do local, Raphael mal conseguia ver o rosto da criatura, mas podia ver que estava encarando-o. O espádia ergueu a arma e atacou com uma estocada, avançando ferozmente. Fagas apenas observava.

- Mate o espádia, Ramund! – gritou.

Ramund tentou. Desviou da estocada e, com a mão direita, puxou um punhal de trás da calça. Criou uma esfera de fogo e lançou-a com a outra mão, seguida de mais sete esferas. O espádia levantou uma barreira de água, neutralizando as esferas flamejantes. Avançou e fez com que a espada congelasse. Desviou de um chute e desferiu um corte horizontal, o suficiente. A lâmina raspou no casaco do Harmoi e fez com que gelo se espalhasse por toda roupa. Notando a armadilha, Ramund quebrou o casaco (que já estava em forma de gelo) e se livrou da possível morte. Depois, notou que seu braço esquerdo estava parcialmente congelado até o cotovelo.

- Minha vez! – gritou. Avançou e arrancou as correntes de Fagas com uma magia básica. Depois, sacou outro punhal. – Matamos ou mutilamos?

- Os dois! – rosnou Fagas.

"Dois Harmoi." Pensou. "Um está empunhando dois punhais. O outro está desarmado, mas sabe muita magia. Qual a possibilidade de sair vivo daqui?"

Novamente, Raphael ergueu a espada. O gelo já havia derretido, um pouco por escolha do espádia, um pouco pelo calor da magia que Fagas começava a criar. A lâmina branca refletia a luz das poucas lâmpadas instaladas no túnel. Raphael levantou a mão direita e absorveu parte da luz, lançando-a em um clarão.

- Tentem enxergar! – gritou, fechando os olhos e correndo para longe. Esbarrou em algo pesado e caiu no chão. Felizmente, ainda segurava a espada. Abriu os olhos e observou Fagas encarando-o. – Como...? – perguntou, inutilmente. Sabia que Fagas usava muita magia de agilidade e que tinha perícia nisso. Lutou contra ele na batalha do dia anterior. Como fizera tanta besteira em cinco segundos? Agora, tinha de arrumar tudo. Ergueu a mão direita e lançou uma pequena esfera de energia.
Foi tempo suficiente para se levantar e brandir a espada em um bom corte vertical, surpreendendo o Harmoi e cortando seu braço esquerdo fora, no ponto que instantes atrás ligava ao ombro. Ele gemeu e caiu no chão. Raphael se virou e procurou Ramund.

- Aqui! – gritou o Harmoi, sorrindo com escárnio. Estava longe de Raphael, olhando-o com raiva. Brandia os dois punhais. Lançou várias esferas de gelo em Raphael, que desviou de todas.

"Falta um." Correu até ficar próximo de Ramund e avançou, desferindo vários cortes horizontais em sequencia. A criatura desviou de todos e chutou a espada de Raphael para longe. Fim da linha para mim. Ramund guardou os dois punhais no cinto e agarrou uma pequena besta das costas. Encaixou cinco projéteis e mirou na cabeça do espádia.

- Não sei se você sabe, mas projéteis não funcionam contra magos. Qualquer um pode pará-los com magia. – falou Raphael. – Por isso, armas brancas são melhores e mais úteis.

- Esses projéteis, não – disse Ramund, disparando. Os projéteis tinham forma de flecha, mas menores e com alguns espinhos. Para Raphael, o tempo pareceu desacelerar. Saiu da rota de três dos projéteis e ergueu um campo de força em volta de si. Esperava que os dois outros projéteis caíssem ao tocar na magia, mas penetraram nela e perfuraram seu tórax. – Em cheio!

Raphael grunhiu e caiu no chão, largando a espada. Tentou se equilibrar, mas não conseguiu. Era fraco, mas no chão sentia-se o cheiro de esgoto. Sua visão ficou turva... mal conseguia enxergar. Respirava com dificuldade. Sentia o sangue escorrer dos dois ferimentos.

- Q-que... tipo de projétil... – tentou perguntar. – é... e-ess... – antes de acabar, sentiu uma dor imensa e não conseguiu mais mexer os músculos. Apenas respirava. A última coisa que viu foi os pés de Ramund se afastando.

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Re: Livro - Primeiro capítulo

Mensagem por Dianna Callaghan Qui 06 Out 2011, 19:12

Sem palavras, EXIJO segundo capítulo. Q
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Re: Livro - Primeiro capítulo

Mensagem por Convidado Sáb 15 Out 2011, 19:37

Concordo com a Dianna
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Re: Livro - Primeiro capítulo

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