Class World - The Five Swords of Power

Nathan Ílios é um jovem pertencente a classe dos arqueiros, sua família é uma das mais influentes na classe dos arqueiros.
Nathan sempre fez sucesso com as meninas no Bosque de Arkus e também era muito engraçado, ele tinha cabelos pretos, olhos castanhos escuro e 1,75 de altura, era um tanto forte, mas era considerado por alguns como ''O irresponsável'', inclusive pelo seu pai. O Sr. Ílios nunca teve muita harmonia na relação com seu filho Nathan, ele sempre dizia que Nathan iria se dar mal se tivesse que lutar em uma guerra. Nathan tinha brigas diárias com seu pai, mas como todos os arqueiros, quase não passava tempo na sua casa - Os arqueiros habitam as árvores do Bosque de Arkus, árvores gigantes e ocas, por dentro são exatamente como casas, com mobília, suplementos e outras coisas, que os arqueiros colocam dentro dela.

Nathan passava a maior parte do tempo com seus dois amigos Rachel e Lucca, todo jovem arqueiro frequenta aulas, que falam sobre a história deles e também recebem treinamentos de Arco e Flecha, porém Nathan odiava ter de ir todos os dias estudar história e faltava várias vezes.
Nathan só tinha seu pai, sua mãe morreu quando ele tinha 8 anos, em uma guerra que aconteceu há sete anos atrás, na famosa Invasão aos Bosques, uma invasão por parte de ogros da Floresta Negra, a família Ílios foi uma das protagonistas da expulsão dos ogros, ficando , assim, marcada eternamente na história de todos os arqueiros. O jovem arqueiro ouvia está história várias vezes. Nathan não levava a história muita a sério, talvez pela sua mãe. Mal sabia Nathan que um dia ele mesmo faria parte da história dos arqueiros.

Nathan costumava a treinar na parte da manhã e à tarde ele caminhava pelos bosques, todas essas atividades na maioria das vezes com seus amigos. Rachel, sempre se saia melhor que ele no arco, quando eles treinavam. E uma vez por semana ele saia dos Bosques sozinho e ia até a Grande Cidade, passeava por toda a extensão do Grande Mercado, via vários nulos trabalhando, alguns integrantes de outras classes, e inclusive alguns Cavaleiros Nobres que sempre o encaravam. Os arqueiros eram vistos por alguns Cavaleiros como ''Um povo que vive em árvores e que é covarde, por isso ficam atirando suas flechinhas de longe e não lutam'', já os arqueiros viam os Cavaleiros como ''Baba ovos do Rei Holden, que não passariam um dia longe da cidade'', bem as duas avaliações podem ser consideradas equivocadas, mas a verdade é que alguns Cavaleiros e alguns Arqueiros possuem estas visões, ambas as classes sempre mantiveram rivalidades ao longo das suas histórias. Nathan não se importava muito com alguns olhares e cochichos, seguidos de risadinhas dos cavaleiros, ele passava diretamente mesmo que no fundo quisesse se virar e atacar todos. Como todos os classistas Nathan sempre andava armado, o que não era estranho em Class World, ele tinha um arco comum de carvalho encantado, uma aljava com umas cinquenta flechas, de cabo de carvalho encantado e com a ponta de metal de Karrizz , armas típicas da família Ílios, também tinha pendurado na cintura uma adaga de Karrizz - Adaga feita com o metal mais leve que existe, o metal feito nos morros de Karrizz.

Nathan andava pelo mercado eram 4:00 da tarde quando ele parou diante de uma barraca feita com um pano roxo, com várias estrelas estampadas, na frente da barraca havia uma placa em que estava escrito: ''Vidente Thujja, da classe dos nulos/videntes'', Nathan já deveria ter passado por aquela barraca várias vezes, mas nunca antes parou, desta vez ele parou repentinamente, como se algo tivesse o feito parar, como se algo o chamasse para dentro. Nathan não sabia que a vidente Thujja é mais que uma vidente do Grande Mercado, Thujja é a maior vidente de todo Class World, ela prevê as grandes missões e apenas os destinados a uma grande missão passam pela barraca de Thujja.

Nathan deixou de ficar parado olhando a barraca e adentrou a mesma, entrou na barraca que era relativamente grande, mas ao centro havia uma mesa de mogno bem baixa e uma Bola de Cristal brilhante como o luar jazia sobre a mesa, à frente da mesa havia uma senhora que aparentava ter uns 80 anos, ela estava ajoelhada em um tapete indiano, a velha usava vários lenços roxos estrelados e tinha olhos grandes e roxos que se encontravam fixos na bola de cristal, ela tinha os braços apoiados na mesa logo atrás da bola de cristal. Nathan deu mais um passo e a tenda se fechou logo que ele largou o pano, ele olhou para trás rapidamente e então se virou de novo em direção a velha, então antes que ele desse mais um passo a velha falou sem olhar para Nathan.
- Ahh... Você está ai... Estava te esperando há um tempo Nathan Ílios.
A cada palavra que a vidente dizia Nathan ia se arrepiando cada vez mais, ele então se arrepiou ainda mais quando a velha disse o nome dele, como ela sabia o nome dele sem nem ao menos olhar para ele, e por que ela o estava esperando. Antes que ele terminasse de pensar em suas perguntas a velha falou:
- Suas perguntas serão respondidas agora se aproxime meu jovem.
A cada palavra um arrepio, então ele avançou ficou frente a frente com a vidente e se ajoelhou á frente da mesa em uma almofada roxa que se encontrava sobre o tapete indiano, o local era iluminado por velas, que tinham estranhamente um fogo verde nas pontas. Ele olhou para velha que tirou os olhos da bola de cristal e olhou para ele. Então ele conseguiu dizer:
- É... Como você sabe meu nome? e... Você estava me esperando?
- Eu sei tudo Nathan, eu sei tudo sobre todos os classistas. E você Nathan vai fazer uma nova missão.
- Uma missão? Como assim...
- Você vai saber a hora certa, e vai conhecer em breve sua companheira de missão.
- Uma companheira? - Nathan estava muitíssimo confuso
- Eu não devo explicar para você, devo dizer apenas, com o tempo você entendera tudo. Você vai lutar, depois da luta você descobrirá sua companheira de missão. E os dois estarão na Cidade do Porto daqui a dois dias.
Nathan pela primeira vez talvez em toda a sua vida estava sério, prestando atenção em cada palavra da vidente.

Então a vidente olhou para trás, Nathan tentou ver o que ela olhava e percebeu que atrás da vidente estava um pano azul escuro volumoso, ele não sabia o que era, então a velha voltou a olhar para o jovem arqueiro e disse a ele:
- Você Nathan vai entrar para a história dos arqueiros, não vai nunca perder sua identidade, mas vai ser reconhecido por todos, não exatamente nesta missão, mas muitas ainda estarão por vir.
Nathan apenas olhava se perguntando se estava ouvindo direito, ele ''o irresponsável'' iria entrar para a história de algo que não fosse a lista de faltas da aula de história dos arqueiros. Então a velha falou a ele de novo:
- Mas você não vai, mas usar estas armas - Ela olhou para as armas de Nathan. Ele a olhou, indignado, e disse:
- Mas essas armas são...
- Tradição da família Ílios, um arco comum de carvalho encantado, uma aljava com algumas flechas com o cabo de carvalho encantado e com a ponta de metal de Karrizz. Esqueceu? Eu sei tudo sobre todos os classistas. Eu entendo que essas são as armas da família Ílios, mas pode ter certeza que estas que vou te dar vão ser... Mais eficientes.
Então a vidente acenou e Nathan largou as armas da família Ílios então a vidente puxou o pano azul escuro atrás dela e entregou a ele um arco e uma aljava. Ele então olhou as armas e ficou espantado.
- Você reconhece? - perguntou a vidente para Nathan - É isso mesmo. Este é o Arco e a Aljava de Balleot. As armas legendárias de um dos melhores arqueiros que sua classe já viu.
Nathan respondeu:
- Balleot disparou a flecha que matou o Mestre dos Ogros, certeira no coração do líder, a flecha que encerrou a guerra saiu desta aljava e foi disparada com este arco.
- Exatamente - respondeu a vidente. - Este é o conjunto de Balleot, O arqueiro do ouro.
- Estas armas são demais! - exclamou Nathan
- Arco feito de ouro dos duendes, pelos elfos na Floresta da Vida, e a Aljava é feita de couro de centauro com decorações de mímido e com umas flechas com cabo de metal de Karrizz e com a ponta feita de mímido super afiado. A propósito as flechas... Quando estiverem se esgotando as flechas, graças a um encanto especial, vão começar a se repor automaticamente, em uma velocidade incrível.
Nathan então disse: - Muito Obrigado. Foi o melhor presente que eu já recebi!
A vidente disse: - Agora acho melhor você ir garoto, afinal amanhã você descobrira sua companheira de missão.
Nathan então saiu com suas armas e partiu em direção aos Bosques de Arkus, pensando em tudo que ocorrera e em como seria o próximo dia, uma reviravolta na vida do garoto.

Um pântano sombrio, o Pântano de Class World, neste local não existe dia ou noite, sol ou lua, o céu que cobre o pântano possui apenas escuridão, uma camada de trevas cobre o local, dessas trevas saem relâmpagos, barulhentos que emitem uma luz verde, olhar para o céu quando se está no pântano não é a melhor coisa a se fazer, aliás, estar no pântano não é a melhor coisa a se fazer. O pântano é composto por um solo negro e seco, monstros de todos os tipos lá vivem. As árvores não possuem folhas, são tortas, assustadoras e tem aparência negra e morta. A uma leve névoa sombria em toda a extensão do pântano, possui diversos locais inundados por um lodo gosmento e pegajoso.

Nossa história começa, com um garoto de uns 17 anos caminhando pelo pântano, seus passos ecoavam no silêncio assustador, silêncio que é usualmente rompido por ruídos e barulhos monstruosos. O garoto parecia nem um pouco preocupado com a paisagem horrenda, caminhava como em um passeio pela praia por cima das poças de lodo, ele andava em direção a uma enorme casa de madeira, uma casa com aparência mal assombrada, que era circundada pelas árvores mortas do pântano.

O garoto usava um capuz roxo, e em suas costas se encontrava um bastão de madeira negro com uma pedra roxa escura na ponta. O garoto chegou até a porta da casa de madeira, velha e desgastada, ele puxou a maçaneta, a casa era tão horrível por dentro quanto por fora. Possuía pouca mobília, que era sinistra. No primeiro andar estavam dois ogros. Criaturas meio humanóides, curvadas, sujas de lodo, com a pele verde escuro, vestiam uma calça preta desbotada, uma camisa cinza encardida e sobre a camisa um colete de couro.

O garoto então tirou o capuz, seus olhos eram negros como o céu do pântano, possuía um cabelo negro desgrenhado e seboso, sua pele era pálida como a de um defunto, sua feição emburrada e sinistra. Um dos ogros acenou para ele com a cabeça para uma escada as suas costas que levava ao segundo andar da casa. O garoto assentiu e subiu a escada, seus passos faziam um barulho abafado na velha escada de madeira. Ele chegou ao segundo andar e seguiu um corredor até uma sala ao seu fim. Ele adentrou a sala, que era relativamente pequena, havia uma janela grande que estava fechada, a sala tinha uma mesa e atrás dela o garoto olhou para uma figura, um homem, encapuzado que estava sentado em uma cadeira, o homem levantou a mão para o garoto que se arrepiou e arregalou os olhos como se estivesse temendo aquele movimento, o homem então acenou com a mão para uma cadeira ao lado do garoto, o garoto se sentiu aliviado e então pegou a cadeira e se sentou frente a frente ao homem, o estranho se ajeitou na cadeira e falou com uma voz grave, sinistra e amedrontadora:
- Você veio... Vamos precisar de você... Kurkrus já te falou o que você fará, não é?
- Sim Zafiron, mas por que eu? Existem diversos mercenários por ai...
- Não vamos contratar um mercenário - disse Zafiron severo em suas palavras- este serviço é para você, e você sabe muito bem que eles não cobrariam barato pelo serviço...
- Sim, mas... É só um arqueiro...
- Então você, Pietry, não vai ter problemas.
Pietry olhou para Zafiron com uma cara ainda mais emburrada do que de costume.
- Nós já mandamos 3 caras para a Grande Cidade, eles cuidaram do serviço. Você só deve ir para nós termos certeza, Pietry.
- Hum... 3 caras?
- 3 exterminadores.
- Não acha que vocês estão exagerando...
- Pietry você está questionando Skijja?
- Não, não, não... - Pietry ficou totalmente amedrontado.
- Ah... Por um momento achei que estivesse.

Então Pietry e Zafiron ficaram em silêncio por alguns segundos.
- É verdade? - perguntou Pietry - Ele fugiu mesmo?
- Sim... Ele fugiu...- um tom de medo e suspense tomou conta da conversa.
- E se ele interferir...
- Você deverá cuidar dele se ele interferir, por isso que já enviamos três.
- Como ele pôde fugir? Ele estava na Masmorra de Phelbin.
- Nós também não sabemos, se ele estivesse do nosso lado... Seria um dos mais poderosos...
- É impossível que não consigamos encantá-lo... Ele não gosta de poder? Dinheiro?
- Pietry... Ele não vai se unir a nós... Ele deixou isto bem claro...
- Quando ele matou Timppios...
Zafiron assentiu e disse:
- Não é só isso... Pietry.
- Como assim não é só isso?
- Os amigos dele também fugiram...
- O que? Você não está me dizendo que ele fugiu com...
- Isso mesmo... Ele fugiu com o Incectomenti e com... – Zafiron fez uma pausa e então falou em tom de provocação - seu amiguinho.
- Então Igor também fugiu? Disso eu não sabia...
- Você entendeu agora por quê enviamos você e os outros três?
- Sim, sim agora faz mais sentido... É obvio que Victor Phollyn vai interferir...
- Um espião nosso viu Victor...
- Viu?
- Sim, e ele estava com a Taylor, mas não estava nem com Igor nem com o Incectomenti...
- Então Igor vai me fazer uma visitinha...
- Como pode ter certeza Pietry?...
- Quando prendemos os três, Igor me disse que nós íamos nos ver, e que eu iria então o ver pela última vez...
- Então ele vai lutar com você... E Victor vai ajudar aquele arqueiro... Como é o nome mesmo? É... – Zafiron fez esforço buscando em sua memória até que se relembrou - Nathan.
- Como ele sabe todos os nossos passos?
- Pietry, Victor é um dos classistas mais poderosos... Ele sabe, porque ele é muito inteligente...
- Mas ele perdeu os livros e a espada... Não é?
- Não... Ele foi visto com os livros e com a espada...
- Ahh não... Por que não o matamos?... Eu havia dito...
- Você sabe muito bem por que não o matamos... E não nos convém falar disto agora...
- Então eu já vou.
- Sim, sim... Você deve ir - Enquanto dizia isto Zafiron se virou para a janela e ficou observando a paisagem, bem distante dali dava para se ver ao longe um castelo enorme e sombrio, o castelo de Skijja.

O garoto se levantou da cadeira e saiu da sala, desceu as escadas e saiu da casa, então foi caminhando pelo pântano, seu rumo era a Grande Cidade.
Era um dia um tanto bonito, Alice van der Woodsen havia acabado de acordar. Alice fazia parte da classe dos Cavaleiros, uma garota mimada, um tanto materialista, animada, porém fria em alguns momentos. Às vezes pensa só em si mesma e pode até ser meio infantil, porém ela dá valor aos amigos. Alice também é uma ótima estrategista e analisa bem os combates.

Naquele dia ela se arrumou e foi até o Grande Mercado, para uma ronda cotidiana. Estava com outros dois Cavaleiros Nobres, que não eram muito amigos dela, Ryck Donner e Xistty Corefall. Ela estava fazendo a ronda, cada um rondou uma área do mercado, o que não era fácil já que o mercado possue uma extensão gigante.

Ela estava andando e resolveu dar uma parada em uma barraca de bebidas e pediu um suco de uva e ficou aguardando. Após algum tempo o nulo que vendia as bebidas trouxe o suco da garota, ela lhe deu 3 Petrus - a moeda mundial em Class World.

Ela então pegou seu suco, puxou uma cadeira e se sentou, ficou observando fixamente o movimento do Grande Mercado, que não era pouco, classistas passavam comprando armas e objetos, e nulos vendiam alimentos e itens diversificados, então ela colocou o copo no balcão e continuou olhando o movimento, logo depois fez um movimento para pegar o copo novamente e então reparou que havia um bilhete ao lado do copo, ela o pegou e o leu atenciosamente.
''Em uma missão você vai partir, o seu companheiro vive nos bosques, em breve entendera, mas para esta missão vai precisar de armas novas que estão logo ao lado, Boa Sorte, Alice.''
Alice ficou olhando o bilhete sem entender direito, uma missão? Um companheiro que vive nos bosques? E onde é logo ao lado?

Ela terminou rapidamente seu suco e se levantou, imediatamente percebeu que ao lado de seu banco estava um saco de pano, Alice olhou o que havia dentro e achou uma espada com uma lâmina brilhante e com o punho decorado, junto com a espada havia um outro bilhete em que havia a descrição da arma: Espada de Ophios, espada de ouro com lâmina reforçada por pó de chifre de unicórnio possui o punho decorado feito de ouro nobre, Alice colocou sua nova arma na cintura, todos os cavaleiros nobres usam um mesmo uniforme, com somente variações femininas e masculinas, um par de sapatos pretos, uma calça azul, uma jaqueta azul sobre uma camisa branca e como arma uma espada comum e um cinto mágico, cinto prateado que adere, com o comando, qualquer arma a ele.

Então Alice foi se encontrar com os outros dois cavaleiros, surpresa pelos bilhetes e pela arma, um pouco confusa, mas tinha certeza de que partiria em uma missão.

Naquele dia Nathan havia acordado ansioso, faltava apenas um dia para ele supostamente partir em uma missão e ele ainda não sabia quem seria a sua companheira de missão. Ele se levantou e colocou sua roupa de arqueiro, calças, camisas e um colete feitos de seda de couraços, material leve porém muitíssimo resistente. Nathan também colocou suas novas armas que ele ganhara de Thujja, O Conjunto de Arco & Flecha de Balleot e sua Adaga de Karrizz.

Ele treinou por um tempo com seus amigos usando seu novo arco, depois resolveu caminhar, um passeio tranqüilo e relaxante. No meio do passeio pelo bosque ele avistou uma garota, ela vestia uma calça rosa claro e uma camisa roxa, então ele percebeu que as orelhas da garota eram pontudas, a garota se virou para ele o observando com desconfiança, o jovem arqueiro então disse:
- É... Oi, você é uma elfo?
- Olá, é claro.
- É... O que você faz nos bosques? Não deveria estar na Floresta da Vida?
- Ei servo você faz muitas perguntas...
- Servo?
- Eu sou uma ''Elfo Andarilha'', sabe a vida que eu tinha na Floresta da Vida era muito desanimada, então resolvi andar por Class World, posso dizer que minha principal qualidade é conhecer muitos terrenos.
- Ah sim, deve ser interessante sair andando por aí...
- É - a elfo deu uma risada - Qual é o seu nome jovem arqueiro?
- Meu nome é Nathan Ílios. - Ele respondeu - E o seu?
- Me chamo Aria Wood. Ei nós podíamos treinar, que tal?

Nathan pensou em como sua missão seria difícil então aceitou.
- Ok, vamos treinar.
- Mas sem arco e flecha. – acrescentou a elfo.
- É... Esta bem... - Nathan não gostou muito, mas deveria treinar com todas as armas.
Então os dois se prepararam para o duelo. Aria sacou sua Adaga Élfica - Adaga Longa feita de aço dos elfos que possui a lâmina curva. Nathan sacou sua Adaga de Karrizz. Então os dois tomaram uma relativa distância, mas antes que começassem o treinamento um barulho nos arbustos fez eles pararem, Nathan e Aria se aproximaram novamente e focaram a visão nos arbustos, foi quando Nathan usando seus sentidos aguçados percebeu que algo estava errado.

- Tem algum animal, e ele não é um animal do bosque.
- Como você sabe? - perguntou Aria.
- Os arqueiros têm um poder chamado Conexão dos Bosques. Nós nos comunicamos telepaticamente com todos os animais mágicos dos Bosques e podemos identificar os mesmos quando eles se aproximam.
- Ah... Legal este poder...

Então os dois levaram um susto, um enorme lobo pulou dos arbustos. Ele era gigante e tinha pelagem negra, seus olhos eram vermelhos e raivosos e suas garras enormes e super afiadas.
- Um Lobo de Phelbin - Disse Aria com temor em sua voz.
- Um o que? - perguntou Nathan confuso.
- Um Lobo de Phelbin, são lobos mágicos que vivem nas terras de Phelbin, Phelbin é o local onde ficam as Masmorras de Phelbin, todos os capturados por Skijja vão para lá, dizem que é impossível escapar.
- Então o que este monstrengo está fazendo aqui?
- Não sei, mas acho que vamos ter de lutar com ele.

Nathan assentiu com a cabeça, então guardou sua adaga olhando nos olhos da fera, tirou seu arco e pegou uma flecha, ele preparou uma flecha apontando-a para baixo então deu dois passos à frente, o lobo partiu em disparada na direção dele, então Nathan soltou a flecha em direção ao monstro, que foi em alta velocidade na cabeça do monstro. O monstro caiu e Aria partiu em direção a ele, quando o lobo levantou-se Aria aplicou um corte no pescoço dele e depois deu um chute nele o afastando. O monstro então caiu no chão deitado e sumiu, deixando como rastro uma espécie de energia negra que se dissolvia no ar.

- Até que foi fácil. - disse Aria sorrindo.
- É verdade. - concordou Nathan.
- Sorte que era um bebê.
Nathan a olhou surpreso.
- Era um bebê?
- Claro eu não te disse? Devo ter me esquecido de dizer. Um lobo de Phelbin adulto tem o dobro do tamanho desse e é muito mais perigoso, selvagem e assustador.
Nathan não pôde deixar de sorrir:
- É... Eu tenho que ir... Quem sabe um dia desses nós não voltamos a nos encontrar...
- Está bem, tchau Nathan!
- Até logo Elfo Andarilha - disse Nathan.

O garoto saiu andando, ele estava indo na direção da Grande Cidade.

Pietry estava caminhando já havia dias, agora ele não estava no pântano, já havia passado pelo Pântano, estava na Grande Estrada e agora estava a poucas horas de chegar ao Grande Mercado, na Grande Cidade. Ele andou boa parte do caminho em um Lagarto de Corrida, o que facilitou o enorme trajeto, mas agora ele já havia dispensado o uso do lagarto, resolveu ir com seus próprios pés.

Ele caminhava quando viu uma figura sentada na beira da estrada, ele andou um pouco mais. Era um garoto que estava encapuzado, com uma capa azul escuro cobrindo seu corpo, ele continuou andando ignorando o garoto, julgou o garoto como um membro da classe dos ladrões que ficavam nas estradas, roubavam os viajantes e vendiam os itens roubados, no Grande Mercado. Então o garoto estranho disse:
- Ei. Por que não fica parado?
Pietry sem nem olhar para o garoto com uma voz em um tom de deboche disse:
- Ladrãozinho se eu fosse você não me pararia, não pararia um bruxo dos mais poderosos.
- Um bruxo é? Dos mais poderosos?
- É seu inferior, um bruxo dos bem maus - então Pietry deu uma gargalhada e parou de andar, ele já estava ficando com raiva daquele garoto, ele se virou momentaneamente para o jovem encapuzado e o encarou por um curto espaço de tempo.

O garoto se levantou e foi andando até Pietry, até que ficasse frente a frente com o bruxo. Pietry virou-se e já preparava para prosseguir viajem, foi quando o garoto disse:
- Ei acho que você não vai dar nem mais um passo...
Pietry ainda de costas para o garoto disse:
- Ah é? E por que não? - Então deu um sorriso maligno já colocando a mão no bastão de madeira em suas costas.
- Por que se não... - O garoto levantou lentamente o braço direito, então com certa calma ele estalou os dedos e terminou sua frase intimidadora - Você vai se queimar.
Então após o estalar de dedos um círculo de fogo com tonalidade azul se formou ao redor de Pietry. Pietry parou de sorrir, a expressão de deboche foi substituída por uma que misturava o mais puro ódio com uma grande falta de surpresa, e olhou para o círculo dizendo:
- Então você veio...
- Lembra de mim então. - O garoto baixou o capuz e mostrou um sorriso - Eu vim só para te matar. – O garoto sorriu sinistramente.
- Eu acho que quem vai morrer vai ser você, Igor.

Então o bruxo puxou o cajado e o bateu no chão, a pedra roxa na ponta do cajado brilhou intensamente e o fogo azul ao redor de Pietry se espalhou pelo ar, o bruxo se afastou rapidamente, virou-se para Igor, e jogou a capa ao chão, Igor fez o mesmo movimento.
Pietry vestia uma calça azul escuro e botas negras de couro, usava uma camisa verde escuro sobre uma camisa branca de mangas longas, tinha um bracelete negro em cada braço, na mão esquerda dele havia um anel com uma caveira muito sinistra e com a mão direita ele segurava seu Cajado, seus olhos negros estavam raivosos e ele mordia os lábios.

O outro garoto, que era Igor, estava vestindo uma calça jeans clara e uma camiseta regata azul escuro, na sua cintura do lado esquerdo pendia uma espada embainhada, no braço direito de Igor havia uma tatuagem de um dragão que chamava a atenção, a cabeça do dragão partia da mão de Igor e o corpo do desenho do réptil se estendia até o ombro dele, ele também tinha um colar com um pingente em forma de uma labareda, seus cabelos pretos e arrepiados, na frente um pequeno topete e na parte de trás do cabelo um pequeno moicano, seus olhos verdes e ele tinha em torno de 1, 79, tinha 16 anos.

Mas vamos ao combate. Igor sacou sua espada que tinha 1 metro, a lâmina era feita de rochas do Vulcão Nothens, Espada das Chamas - Espada com lâmina de rochas do Vulcão Nothens, a espada começa a pegar fogo ao comando do usuário e ajuda na manipulação deste elemento.

Igor e Pietry se olhavam, um olhando nos olhos do outro. Então a tatuagem de Igor começou a brilhar com uma luz vermelha cintilante e cinco labaredas de fogo partiram do chão à frente de Igor em direção a Pietry, como cinco flechas. Pietry levantou seu Cajado e a rocha de cor roxa passou a brilhar com um brilho de intensidade semelhante ao da tatuagem de Igor, as labaredas foram bloqueadas por um tipo de campo de força composto por energia negra. Então Pietry puxou seu cajado para a esquerda e o movimentou para a direita rapidamente, da rocha saíram três bolas de energia, elas foram até Igor, e ele com um aceno de mão fez com que três bolas de fogo azul fossem em direção as bolas de energia, ambos os ataques se chocaram formando, assim, uma explosão.

Pietry então atirou um raio de energia negra do seu cajado em direção a Igor, Igor usou sua espada para atirar uma rajada de fogo azul contra o raio, ambos ataques se chocaram e ficaram em choque durante algum tempo, a cada momento um dos ataques se sobrepunha, mas nem um era supremo contra o outro, os dois classistas faziam extremo esforço para manter os ataques, então os dois cessaram os ataques exatamente no mesmo instante. Igor então ergueu a espada com seus dois braços, segurando o punho da arma com suas duas mãos e disse:
- Tenho um novo golpe para você, Pietry.

Então uma bola de fogo azul se formou pouco acima da ponta da lâmina da Espada das Chamas e derrepente o fogo azul começou a tornar-se verde, o fogo mágico, o fogo dos feiticeiros. Igor então desceu a espada cortando o ar de cima para baixo e mandando a gigante bola de fogo verde em direção a Pietry, que só teve tempo de dar um grito de terror, a Bola se chocou contra ele, que voou longe caindo na estrada sem vida. Igor então sorriu de satisfação e disse:
- Me viu pela ultima vez, Pietry.

Igor assoviou e sentou ao canto da estrada como se estivesse esperando algo ou alguém. Após um tempo um enorme réptil alado surgiu, era um Dragão. Igor se levantou e o dragão pousou na estrada, fazendo um barulho abafado, porém alto com o contato brusco de suas patas ao terreno da estrada. Igor se aproximou e acariciou o Dragão, dizendo:
- Nessas horas eu adoro ser da minha classe, da classe dos Regulatoares, uma caminhada até o Grande Mercado seria impossível após uma técnica final, mas com a ajuda do Draking.

O dragão, Draking fez um barulho como de alegria e Igor montou nele. Draking tinha escamas vermelhas reluzentes e asas enormes, ele bateu asas, logo suas garras deixaram de tocar a estrada e suas patas passaram a pender no ar, a criatura levantou voo em velocidade baixa, indo em direção ao Grande Mercado.

Um garoto caminhava pela Grande Cidade, a olhos normais poderia até mesmo ser confundido com um adolescente normal de Class World, mas ele realmente não se enquadrava nesta descrição. Ele seguia a rota contrária da maioria das pessoas que caminhavam ao seu redor, desviava das diversas pessoas que passavam por ele rumando ao Grande Mercado. O garoto era um dos integrantes mais respeitados da classe dos Magos. Victor Phollyn era o nome dele, alto e magro, mas com a musculatura do corpo bem definida, ele aparentava ter seus dezesseis anos de idade. O rosto fino era emoldurado por seu cabelo negro inteiramente repicado, as partes de trás e de cima de seu cabelo eram arrepiadas de forma irregular e sua franja longa caia sobre suas sobrancelhas. Seus olhos eram grandes e castanhos escuro, e no seu nariz encontrava-se uma pequenina argola prateada. O garoto estava vestido com tênis de cor branca e preta, calças negras bem apertadas, ele tinhas duas correntes de aço presas na cintura da calça que pediam sobre ambas as pernas. Ele usava uma camiseta também preta com a gola de recorte ‘’v’’. Em sua cintura também pendia uma espada embainhada, e na suas costas estava preso um escudo de coloração cinza escuro.

O garoto mantinha o ritmo lento em seus passos, ele estava finalmente retornando da ultima missão que havia sido designada a ele, mas o retorno estava com uma data consideravelmente prolongada, as coisas não haviam saído de acordo com os planejamentos de Victor. Sua mente não parava de martelar a ideia de que seu plano falhará e que por isso ele e seus dois melhores amigos foram capturados pelos Skijjos, e a experiência de cinco dias convivendo com os capachos da mestra dos bruxos não foi nada agradável. Agora ele mal havia chegado e já tinha uma nova tarefa a fazer, neste momento ele até pensava se valia ser tão próximo dos lideres Imperais, os comandantes daquele Império de Class World confiavam nele, até muito. Responsabilidade era algo que Victor tinha muito, já havia feito mais missões e tarefas do que conseguiria contar com os dedos de suas mãos, auxiliado na resolução de diversos conflitos políticos e territoriais entre os habitantes de Class World e as classes e raças que estavam do lado dos Imperai.

E pensar que fazia apenas três anos que ele abandonou os ensinamentos extras para partir em suas aventuras como peça chave do absolutismo do lado Imperai, vista por muitos como uma loucura. Abandonou o conforto da Cidade dos Magos para se tornar um viajante solucionador dos mais graves e diversos problemas que o Rei Holden e que o mestre de Victor, Morphon, pudessem lhe encarregar. Agora tudo que o jovem mago precisava era de um pouco de descanso para em seguida partir na sua tarefa.

O garoto foi andando e andando entre a multidão, até que então entrou em uma travessa, saindo da rua movimentada da Grande Cidade que servia como rota da área residencial até o Grande Mercado. Ele continuou a rota na travessa, podia ver as casas totalmente padronizadas e então desviou seu curso novamente, entrando em mais uma travessa, esta um pouco menor, assim que ele saiu desta ele adentrou em uma outra rua, residencial como as outras da região em que se encontrava. Ele parou em frente a uma grande construção, tinha a aparência de um grande depósito. Logo na frente do garoto estava a entrada formada por uma grande porta. O garoto deu alguns passos à frente.

- Alintes Zmór – o garoto disse com um tom discreto e entediado, enquanto estendia a mão aberta, de forma instantânea, com um estalido seco uma grande chave surgiu na palma da mão estendida do garoto. Ele segurou a chave e a levou a fechadura da grande porta. Após isto ele adentrou ao local. A aparência de depósito era também presente na parte interna da construção. Na primeira porção do lugar que era enorme, se encontravam várias estantes, como as de bibliotecas, distribuídas em fileiras perfeitamente alinhadas. Só que as prateleiras não armazenavam somente livros, havia diversos itens, frascos com líquidos de cores variadas, livros de aparência velha e algumas coisas mais exóticas, como uma pena de um vermelho incandescente, um chifre enorme com a base quebrada e a ponta extremamente afiada e um globo de neve que retratava em seu interior uma réplica em miniatura da Cidade dos Magos. O garoto passou pelas estantes ricas em itens as ignorando totalmente, atrás das fileiras havia um enorme espaço vazio no armazém, mas pendurados nas paredes havia uma grande variedade de mapas, no final daquele grandioso local havia uma pequena e simples cama, de formato quadrado fixada a parede, ao lado da cama uma mesa de cabeceira feita de mogno. Acima da mesa de cabeceira havia um abajur e uma bola de cristal.

E era lá que estava Victor, sentado em sua cama, ele já havia deixado o escudo no chão, encostado ao criado-mudo. Ele tirou seus tênis e retirou a espada de sua cintura se deitou virado para a parede, a espada embainhada ao seu lado. Ele tinha algum tempo antes de sair. Tempo suficiente para um cochilo. Tentar livrar-se temporariamente de seus pensamentos da última missão dormindo.


Nathan tinha chego ao Grande Mercado, então seguiu pelo passeio, segurava uma mala com algumas roupas reservas de arqueiro. Ele partiria naquele dia em sua missão. Ele ainda não sabia para onde iria, com o quê iria nem com quem. Ou seja, ele só sabia que ele iria a uma missão e nada mais. Seria até muito perturbador, mas Nathan era descontraído o suficiente para não se preocupar.

Enquanto isso Alice andava com mais dois outros cavaleiros nobres no Grande Mercado, ela então avistou Nathan, que passou por eles com sua roupa de arqueiro e sua mala simples. Ela estava acompanhada de Ryck Donner e Xistty Corefall. Donner ficou encarando Nathan, que o ignorou e prosseguiu sua caminhada, mas antes que pudesse se afastar o suficiente para se livrar de Donner, Nathan ouviu ele dizer em bom tom:
- Ora, ora, ora. Um arqueiro na cidade? O Bosque pegou fogo?
- Acho que não - disse Nathan se segurando para não atacar aquele Cavaleiro Nobre que se apresentava como um grande pateta.

Donner usava o uniforme dos Cavaleiros Nobres, ele tinha olhos castanhos claros, seu cabelo era ruivo e raspado em um corte militar, ele era extremamente pálido, deveria ter em torno de 1,90 e realmente era uma montanha de músculos. Donner tinha uma expressão e um jeito que estampavam sua falta de modéstia e sua sede por provocação e encrenca:
- E como vai a vida com os animaizinhos do Bosque?
- Ah, vai bem melhor do que a vida das bonecas de Holden – Devolveu Nathan em um tom provocativo a altura do de Donner, só que Nathan tinha um ar de zombaria que Donner havia substituído por arrogância.
- Ei garoto tome cuidado com o que diz, aqui não é seu Bosque...
- Jura? Eu confundi vocês com árvores, talvez pelo mesmo nível intelectual...
- Ei vamos embora - Interferiu Alice, que não estava nem um pouco confortável com os insultos entre os garotos e ela já sabia que seu classista semelhante, Donner adorava arrumar confusões com os arqueiros.
- Ah eu vou - respondeu Donner com um certa raiva imprimida em sua voz- Assim que eu esfregar a cara do arqueiro no chão...

Então Donner foi à direção de Nathan, e o deu um empurrão, Nathan caiu no chão e deslizou um pouco. Então levantou e deixou a mala no chão. Nathan percebeu que não teria outra opção se não o combate, ele se armou e preparou uma flecha, Donner sacou uma Marreta e partiu em direção a Nathan, com um sorriso Nathan se esquivou, deu um impulso para frente e girou atirando uma flecha, enquanto isso Donner só teve o tempo de se virar para tentar atacar novamente, a Flecha acertou o ombro esquerdo de Donner, que soltou um gemido abafado de dor. Nathan sorriu, após uma evasiva tão veloz, Nathan continuava com a respiração regular, fruto da agilidade e da resistência física dos arqueiros.

- Eu adoro lutar com brutamontes como você, vocês vêm como rinocerontes enlouquecidos e nós desviamos dos seus golpes, assim ganhamos a luta. – Nathan sorriu sarcasticamente.

Donner arrancou a flecha do ombro e partiu em disparada para cima de Nathan, com sua marreta pronta para esmagar tudo. O jovem arqueiro tentou desviar, mas a marreta acertou o lado direito da cabeça dele, Nathan se deslocou um pouco após o impacto, mas ainda levemente atordoado conseguiu manter o equilíbrio, ele sacou sua Adaga de Karrizz, Donner deu mais uma investida, Nathan desviou e deixou o pé, após Donner tropeçar no pé de Nathan, ele caiu com o rosto voltado ao chão. Donner caído atirou a marreta que passou de raspão no joelho de Nathan. Donner viu que tinha um corte novo no ombro esquerdo, a Adaga de Karrizz o havia cortado, então ele se virou para Alice e Corefall que assistiam a luta e disse:
- Ei! Vamos embora...

Corefall que servia de capacho o apoiou para que ele se levantasse, e os dois foram embora, deixando Alice, que não quis acompanhar os dois, dizendo que iria logo em seguida, Alice e Nathan ficaram se olhando até que os dois disseram em uníssono: - É você.

Ambos haviam percebido que eles eram os classistas que partiriam em missão. Eles ficaram conversando por um bom tempo, foram até uma barraca de lipriss - comida típica de Class World, consiste em um conjunto de plantas comestíveis esmagadas e temperadas, colocadas em uma tigela. Ambos contaram como ficaram sabendo da missão, falaram informações básicas um ao outro como nome, sobrenome, idade. Então um silêncio desconfortante tomou conta do ambiente por um tempo. Alice ficou mexendo a lipriss de sua tigela de um lado para o outro com sua colher, enquanto Nathan observava o movimento atrás deles no Grande Mercado, o arqueiro se virou para Alice e disse:
- E então sabe para aonde vamos?
- Não, não faço a mínima ideia...
- Isso é mal...
- Concordo... – Alice disse assentindo, depois continuou – Mas com certeza seremos auxiliados...
- Como assim? – perguntou Nathan, curioso.
- Sabe... Geralmente quando classistas iniciantes recebem as primeiras missões algum classista mais experiente é convocado para lhes ajudar...
- Hum... – Nathan deu um sorriso – Isso é bom.

Alice então partiu para pegar suas malas, Nathan já havia pegado as dele. Ela deixou Nathan esperando em frente à barraca, deveria demorar algumas horas. Nathan ficou lá aguardando, enquanto classistas e nulos faziam o Grande Mercado virar um mar de gente.

Completava-se quinze minutos que Nathan estava esperando, mas para ele já estava parecendo uma eternidade, e a história de classista experiente que iria servir de guia para ele e Alice... Ele não havia parado de pensar nisso, será que este classista experiente seria muito poderoso ou influente? E de qual classe será que ele seria? O jovem arqueiro rezava para que não fosse mais um Cavaleiro Nobre anti arqueiros. Mas não era um classista apenas que surgiria, na verdade Nathan estava sendo buscado por três classistas que, sem duvida, não estavam interessados em ajudá-lo, talvez em matá-lo, mas não em ajudá-lo.

Nathan pode ver a uns vinte metros de distância, três caras que se destacavam, mesmo entre a multidão. Eles andavam formando uma fileira, uma fileira que arrepiou Nathan. O homem que caminhava entre os outros dois andava um pouco a frente, talvez tentasse impor liderança, ele usava uma camiseta negra sem mangas extremamente apertada, e sua calça era lisa e negra, ele tinha olhos azul elétrico e suas feições eram ferozes como as de um lobo, no lugar de unhas, suas mãos possuíam garras afiadas e seu cabelo era liso e bem longo, branco como a neve. Ele caminhava rígido com os braços cruzados e a expressão séria.

O garoto da direita parecia mais novo do que o ‘’líder’’, tanto pela altura quanto pelas feições, ele não possuía cabelo algum, era totalmente careca embora parecesse muito novo para seu cabelo ter caído. Ele não usava camisa, e usava calças brancas muito largas, em cada um de seus ombros ele tinha três agulhas de aço saindo, e seus olhos tinham cor metálica. Seus olhos eram do tipo oriental, muito estreitos. Ele caminhava com as mãos ocultas atrás das costas, e observava seu torno rondando com seus olhos todas as direções e todos os rostos que passavam por eles.

O garoto da esquerda tinhas seus cabelos negros totalmente arrepiados, como se o garoto tivesse levado um choque, seus olhos eram de cor cinza e maquiados em volta por uma sombra negra, nos seus lábios haviam três pequeninas argolas metálicas e em cada uma das orelhas ele usava um brinco, ele vestia uma camisa negra de mangas longas, e sua calça era comum de cor branca, enquanto ele andava ele realizava diversas acrobacias com seu Nunchaku, os pequenos bastões que formavam a arma do garoto eram negros, e ambos tinham no final uma caveira branca assustadora cravada, a corrente que unia os Nuchakus era feita de prata. Apesar dos garotos serem tão diferentes em suas características todos possuíam algo em comum, uma tatuagem em seus pescoços, do lado esquerdo, era o desenho de um corvo negro de asas abertas.