A Máquina.

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A Máquina.

Mensagem por Icarius Ringgler Sex 04 Nov 2011, 16:23

A Máquina


Resolvi escrever mais uma Fic. Desde já peço aos leitores da minha outra Fic, "Anjos Negros" que não se preocupem pois continuarei postando os capítulos. Com este meu novo projeto venho trazer a proposta de uma fic com um toque dos romances policiais. Como vocês verão abaixo, no prólogo, a fic começa com um roubo misteriosos, de um item misterioso, que cria um enredo também misterioso. Aos apaixonados por mistérios este será um prato cheio. Aos que não são já digo desde agora: preparem-se.
Sem demoras vou começar a escrever logo, antes que você desista de ler minha fic por causa das baboseiras que fiquei escrevendo antes. Aliás já agradeço por não pular esta parte e por ter paciência pra ler este pequeno comentário meu sobre a história. Boa leitura e comentem abaixo, dizendo o que acharam!!!


Prólogo


O acampamento ainda dormia quando Ford saiu do chalé. Saía cuidadosamente, silencioso, para que nenhum de seus irmãos acordasse, e assim fechou lentamente a porta, que repousou quieta e sem nenhum rangido, em seu nicho. O jovem se virou e desceu a escada à porta do chalé, rumando para um caminho um tanto estreito que passava atras do chalé. O garoto ia seguindo por ele ansioso, não vendo a hora de chegar ao fim daquele caminho sinuoso. seu passo pareceu acelerar quando seu alvo surgiu no seu campo de visão, e desta forma, ele logo estava à porta do local. Neste momento percebeu que havia algo errado. Quando se adiantou para abrir o mecanismo que trancava a entrada percebeu que esta havia sido violada. A porta se encontrava entreaberta e uma luminosidade vazava pela fresta. Quando Ford percebeu isso seu coração começou a bater de modo descontrolado. Seu peito parecia estar sendo esmagado, parecendo ter um ciclope pisoteando-o. Abriu de modo violento a porta para averiguar se o que o levara a acordar tão cedo e se dirigir à forja ainda estava ali.
A visão deixou o jovem filho de Hefesto ainda mais perturbado. Sua forja estava revirada, armas estavam espalhadas em todo o chão e alguns materiais de forja jaziam misturados a elas. A mesa onde usualmente fazia as negociações com seus clientes se encontrava virada e uma parte do chão estava molhada, estando o balde onde esta água estava anteriormente, virado. Porém, embora as coisas estivessem caóticas, isso não preocupou tanto o exímio ferreiro. Ele correu rumo ao pequeno cômodo nos fundos do local. Lá ele guardava materiais, itens valiosos e além disso, ali era a administração do local. Afastou a rustica cortina que recaia na entrada, vedando a visão do que haveria além.
Seu olhar prescrutou o ambiente, procurando aquilo que antes estava sobre a mesa. Um desespero desmedido acometeu o garoto tão logo se comprovou o que ele já previra: O roubo. Alguém invadira o local e levara o bem mais preciosos que ele tinha ali no momento. A mesa estava vazia e perante esta visão, o jovem lançou suas mãos rústicas sobre ela como se pudesse evitar que o tão valioso pertence escapasse dali.
Ford precisava recuperar aquele item. Ele sabia que havia sido roubado, mas não sabia quem ou o porquê. Em meio aquele caos, ele não via como pegar o facínora que o roubara. O hábil filho de Hefesto sentiu a ira preencher seus sentimentos.Queria o tão valioso bem de volta. Queria pegar quem o roubara. Queria uma solução. Respirou fundo e se reergueu, tirando as mãos que se encontravam espalmadas sobre a mesa. Seu punho se fechava em raiva. Precisava pegar o desgraçado que invadira sua forja e que colocara a mão em seus preciosos bens, maculando-os. ele não conseguiria encontrar um meio de descobrir quem cometera este crime e sabia muito bem quem o faria.
Rumou em direção à porta e quando passou por esta bateu-a com força atras de si. Trilhou o caminho de volta e os primeiros raios do sol tingiam o céu de cores róseas e violáceas. Andava a passos firmes com a respiração bem marcada, denunciando a ira que tomava sua mente. Chegou até as áreas dos chalés e sem pestanejar foi subindo as escadas para o chalé VI. Iria invadir o chalé, mas logo visualizou, sentado na varanda à porta do chalé, na varanda uma figura peculiar. Estava sentado em uma cadeira com o olhar vago, segurando uma caneca onde havia provavelmente chá, enquanto tinha um livro sobre as pernas. O jovem filho de Hefesto parou e o garoto ali sentado disse:
-Acho que está me procurando, certo?
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Re: A Máquina.

Mensagem por Icarius Ringgler Sex 02 Dez 2011, 16:19

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Capítulo 1- Procurando pistas


-Quantos cubos de açúcar?- Perguntou o solicito filho de Athena ao garoto ainda exaltado.
-Dois, por favor...- Respondeu o filho de Hefesto e logo o outro tomou alguns cubinhos branco em um recipiente garboso de porcelana e os deixou cair dentro de uma xícara com um liquido quente e escurecido. Depois disso o filho de Hefesto pegou uma colher e misturou seu chá para que o açúcar fosse dissolvido.
Retomando o assunto inicial o filho de Athena começou a dizer:
-Então, Ford, como você já me disse anteriormente roubaram um item seu de grande valor certo? Me explique melhor a situação, com mais calma agora.
Ford então levou o chá aos lábios e bebericou um pouco do liquido quente, que logo trouxe um pouco mais de calor ao seu corpo. Começou a narrar então o ocorrido. Detalhou o máximo que pode, contando tudo que acontecera no fatídico dia e como se sentira. Ao fim da narração o filho de Athena deixou um silencio suspenso no ar e bebeu seu chá tranquilamente antes de falar.
-Certo. Você acabou de dizer que roubaram uma máquina, mas que máquina era esta?
Neste instante o truculento jovem titubeou se deveria ou não contar o que vinha construindo. Porém ao se lembrar da eficiência do jovem a sua frente resolveu contar tudo. Aquele rapaz com ar perito já ajudara o acampamento em um momento difícil.
Alguns anos antes, uma das ninfas fora sequestrada e suas irmãs acreditavam que a culpa era de um dos filhos de Apolo, por este ter tido um relacionamento com a garota. Ele sofrera, acordando com a cama repleta de artrópodes asquerosos. Desde o início o jovem, com quem o forte ferreiro conversava agora, soube que ele não era o culpado por causa de um detalhe que somente seus olhos perspicazes notara. Inconformado com a injustiça ele investigou o caso, e além de descobrir onde estava a ninfa sequestrada, conseguiu capturar o sequestrador, uma criatura monstruosa que logo foi castigada.
Muitos outros casos se curvaram perante aquele prodígio, que sempre se saia bem nas missões por ter um olhar investigador, um pensamento ágil e uma dedução que beirava ao sobrenatural. Havia algum tempo que ele não recebia nenhum caso investigativo para solucionar, mas mesmo assim ele era a única esperança que restava ao filho de Hefesto.
-Era uma máquina de guerra -disse ao filho de Athena, com a voz soando um pouco insegura- uma arma com grande poder de destruição. Não só isso. Era até mais que uma arma, era algo que poderia ser útil nas mais diversas situações...
-Pode dar mais detalhes? Perguntou Arthur o filho de Athena.
-Não...- Respondeu Ford em falsete.
-E como descobriu o roubo?
-Fui à forja hoje mais cedo, e assim que fui abrir a porta notei o arrombamento. A forja tem uma tranca, que eu mesmo fiz, que havia sido violada. O local havia sido revirado e quando fui procurar pelo artefato num cômodo dos fundos ele não estava lá, como eu suspeitava. Assim que notei o crime vim até aqui... Você foi a única pessoa que me veio à mente para pedir ajuda.
-E você fez alguma coisa no local? Tipo, alguma alteração?
-Não, não tive tempo para isso...
-Posso ir lá então? Posso dar uma olhada no local?
-Claro...- respondeu um tanto soturno o garoto truculento que tomava chá com Arthur.
Assim que terminaram de beber o delicioso chá, enveredaram pelo caminho da forja. Arthur era um pouco mais baixo que Ford, algo que poderia ser explicado pela idade: Ford tinha 17 anos e ia caminhando para os dezoito enquanto Arthur faria dezessete somente no fim do ano.
O gosto do chá ainda perdurava em seus lábios. A tristeza ainda inundava a visão de Ford e a curiosidade, o desejo de desbravar aquele caso deixava o astuto Arthur inquieto. A forja logo se tornou visível e logo eles estavam diante dela. Silencioso, Arthur procurou pela trava de segurança citada pelo ferreiro. Rapidamente a encontrou e começou a olha-la das várias maneiras que se fez possível ver. Deu um sorriso perspicaz e se dirigiu ao outro rapaz que o olhava de modo curioso.
-Vamos entrar? Quero ver como está por dentro.
Ford abriu a porta e Arthur entrou, já prescrutando o ambiente. Água e armas no chão. Arthur olhou em cada ponto. Analisou cada arma, olhou cada parte do assoalho. Por fim analisou a poça de água que havia se espraiado por toda a forja. Olhou onde estava molhado e onde não estava e logo foi seguindo por um caminho que não havia sido traçado propositalmente. Ford se mantinha sentado, próximo a porta, observando Arthur enveredar para o cômodo dos fundos ainda seguindo o tal caminho. Logo um grito soou ali:
-Aqui era onde a máquina ficava?
-Sim, em cima de uma bancada que tem ai...
-A eu estou vendo. - Um período de silêncio se seguiu enquanto o filho de Athena retornava pelo caminho com um sorriso de satisfação. Foi para o outro lado, agora seguindo um outro caminho imaginário. -Agora veremos o que ha deste lado.
O silêncio que se seguiu foi aterrador. Ford permaneceu ali sentado, ouvindo só o barulho da manhã que já se instalava. O tempo foi passando e, conforme isto ia se dando, Ford ia ficando cada vez mais impaciente. "O que Arthur estaria fazendo ali dentro por tanto tempo? se perguntava Ford."
Suavemente a porta se abriu e Arthur adentrou pela mesma, deixando o filho de Hefesto um tanto confuso. Ele ostentava em seu rosto um sorriso satisfeito, como quem descobriu algo. O sorriso que se desenhava aos poucos foi se tornando cada vez mais expressivo, cada vez mais marcado e ele logo disse ao amigo, dono da forja.
-Além da trava da porta, existe algum outro método de segurança?
-Sim. A forja tem um autômato que é ativado quando há indícios de arrombamento, mas pelo visto ele não funciona muito bem. - Ele apontou na direção de uma porta discreta, que não seria notada por olhares distraídos- Se quiser dar uma olhada nele...
Arthur foi na direção indicada e logo abriu a porta, tendo que segurar o homem que agora caia sobre ele. Não era qualquer tipo de homem, era um autômato. Era todo de bronze, semelhante à uma escultura renascentista, ou até mesmo ao Colosso de Rodes. Arthur pousou ele suavemente no chão e após uma análise rápida nas costas, percebeu o que ocorrera. Um buraco se pronunciava ali.
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