Lucas Winchester - Book 1

Luca’s POV

Os pingos de chuva caíram pelo meu rosto, percorrendo o meu corpo da cabeça aos pés, até finalmente respingar no chão.
Não tinha mais sentido viver. Tenho apenas 11 anos de idade e havia sido jogado na rua com uma mala, dentro dela somente algumas roupas e mantimentos que não durariam por muito tempo. Minha cabeça gritava de dor por ser chutado de minha própria casa. A imagem de meu pai deitado no chão com os olhos fechados, e com o ombro respingando sangue ainda estava fixa na minha mente. Estava totalmente frustrado por um bandido matar meu pai por causa de uma carteira com um Dólar. O seqüestro do meu melhor amigo só piorava tudo. Lembro que ele fora raptado por uma mulher muito feia, a sua cara parecia sempre estar ondulando, e por isso não consegui identificá-la.
De alguma maneira, eu conseguia dar azar para todos que estivessem perto de mim. Eu não gostaria de ter amigos, para depois machucá-los e finalmente, matá-los.
Os pingos de chuva finalmente cessaram, comecei a andar sem rumo, vendo tudo que acontecia a minha volta, mesmo não prestando a atenção.
Meus olhos pretos olharam delicadamente os fantasmas que me assombravam, eu não tinha medo deles. Mais minhas expectativas de vê-los novamente era muito grande.
Aproximei minha mão das mãos de Lila, minha antiga amiga, que havia morrido fazia alguns meses.
Minha mão atravessou a palma da mão da Lila, que se desfez e desapareceu. E toda a cena começou a mudar.
Tudo ficou preto, meus olhos não conseguiam mais enxergar nada, cada coisa que me ocorria agora era tentar fugir do terror que estava acontecendo, quando meus olhos se abriram.
Eu estava deitado em uma cama confortável, com o lençol jogado para a minha esquerda, e o cobertor vindo até o pescoço, encobrindo toda a cama.
O despertador estava acionado, gritando descontroladamente CHRIM CHRIM CHRIM.
Agradeci por aquilo ser apenas um sonho, abri um pequeno sorriso no rosto, más isso não ajudou na situação anterior.
Levantei-me da cama e desativei o despertador, um novo dia havia começado.
Eu era pálido, meus olhos são tão negros quanto meu cabelo encaracolado. Tinha alguns músculos definidos para fora da camisa preta; Eu usava Jeans preta com alguns cortes na moda na diagonal da coxa esquerda.
Andei até a rua.
Minha casa ficava em Nova York, Brooklyn. Era uma casa simples construída de Mármore polido branco, o piso era de carpete e o telhado era construído por blocos de construção preto.
Marquei um encontro em grupo com os meus amigos: Lila, Tyler e Victor.
Eram meus amigos mais próximos, nós gostamos de nos divertir muito, e por isso nós iríamos para o parque de Diversão Crazyn Hall. Um parque novo em Nova York que tinha os mais incríveis brinquedos.
Quando cheguei no parque, consegui ouvir alguns gritos de diversão.
Avistei Lila e Victor.
Lila era uma garota morena, tinha os cabelos negros e seus olhos eram roxos. Ela usava uma jeans preta com uma camiseta top roxa acompanhada com uma mini-blusa dos ombros ao tórax preto. Victor tinha os cabelos loiros, usava uma Jeans azul com um tênis Alstar e com uma camiseta regata branca, permitindo ver os músculos em seus braços na pele morena. Os olhos azuis de Victor acompanhavam sem parar a montanha russa, que acompanhava o trilho em loopins.
Me aproximei dos dois.
- Olha só quem chegou – Falou Victor, com o tédio estampado na cara – Já estava desistindo.
- Veio meio tarde para nós agraciarmos com sua presença – Consegui notar um desapontamento e interesse em sua voz.
- Acordei meio...Tarde.
Não me dei muita conta de que horas eram, tinha marcado o encontro as 17:00. Só ai que eu percebi que estava dormindo até essa hora. Eu precisava de um despertador mais potente.
Eu consegui ver Tyler abrir um espaço em meio a multidão. Ele parecia estar cançado de tanto andar.
Ele se aproximou e chegou ao meu lado.
- Atrasado? – Perguntou.
- Você chama isso de atraso? – Victor falou.
- Tive um sono pesado... hêhê
Fiquei calado.
- Então... qual vai ser a nossa primeira emoção? – Perguntou Lila.
- Que tal... A montanha russa?
Tyler assentiu, assim como Lila e Victor.
Caminhamos para a bilheteria, comprar os nossos ingressos para a montanha russa. A fila estava meio grande, então apenas eu fiquei de enfeite para os outros irem as outras filas para comprar os Ingressos dos próximos brinquedos.
Depois de todo o grupo se reunir, fomos para a montanha russa.
Era um longo carrinho com desenhos tatuados com os deuses gregos, eu não reconheci nenhum... Apenas Hades, o deus do inferno, com mais dois deuses matando e esquartejando um homem gigante.
- Que imagem bonita – Brincou Victor.
Todos o ignoraram.
Quando era a nossa vez, eu fiz questão de sentar na frente do carrinho, com Victor, Tyler e Lila.
O carrinho deu a partida. Ele começou com a subida tortuosa e lente, que aumentava a tensão. Chegando lá em cima, o carrinho caiu violentamente, seguida por um looping que deixou o carrinho de ponta-cabeça, voltando a dois loopings seguidos e acabando no alto do trilho.
Derrepente, meus olhos ficaram negros, e a cena mudou.
Eu estava no carrinho, com toda a multidão embaixo parada, como se tudo estivesse se paralisando. Mais apenas uma... uma mulher continuava andando. Ela tinha cabelos negros e usava um longo vestido branco. Ela andava muito leve, depois flutuava. Ela começou a subir, e tudo a sua volta perdia a vida, as pessoas morriam... as plantas murchavam e caiam e as chamas das fogueiras se estinguiam em um tom azul.
A mulher atravessou meu corpo como líquido, e eu voltei ao meu consciente.
Estava tudo normal, como se nada estivesse acontecido.
- Viram aquela mulher?
- Eim? – perguntou Tyler.
- A de vestido branco que me...
Eu fui interrompido por um estalo, e o carrinho caiu violentamente contra o trilho, fazendo o mesmo curso de antes, mas de costas e virado para trás.
Repetimos o curso umas 4 vezes, até que finalmente saímos.
- Me conte sobre aquela mulher... – Disse Tyler
- Ela usava um vestido branco, seus olhos eram negros e seus cabelos eram...
Fui interrompido por um barulho na multidão que me assustou, prendendo a minha atenção.
Lila, Tyler, Victor e eu nos entreolhamos, e achamos que era hora de ir embora