My Hearth is in Pain

por **Paolla León Solace** Sáb 10 Dez 2011, 04:01

Faz tempo que quero fazer uma fic legal para postar agora, mas só hoje tive inspiração para uma. Sim, hoje, e já fiz questão de desenvolvê-la e postar a intro. Bem, espero que gostem, comentem e aproveitem <3

Ela pode ser forte e destemida. Seu treinamento foi o mais árduo e difícil que se possa imaginar, mas ela não treinou seu coração. Ela nunca havia sofrido como algumas outras, e não podia entender o quanto um órgão tão leve poderia causar tantos estragos. Sem nunca se importar por saber, ela simplesmente arriscava a vida em cada caçada, mas nunca imaginou que um dia obteria a dor maior de todas. Duas paixões não poderiam existir, e ela não era capaz de escolher apenas uma.

My Hearth is in Pain

p r ó l o g o
QUANDO O ARREPENDIMENTO MATAR...
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▬ Não, Joe... Por favor – os olhos dela, ainda que marejados, se perdiam nos olhos dele naquele momento tão doloroso ▬ Aguente, você ficará bem.

Suas mãos sobre o peito do garoto estavam rubras, manchadas pelo seu sangue, mas ela não conseguia se importar com isso. Antes que ela conseguisse estancar o ferimento com suas mãos, mas ela não era capaz... Sua voz embargada, suas palavras saíam entre soluços. E aquele garoto, que ela já quisera matar, agora estava prestes a visitar o lorde do Submundo.

Como ele poderia parecer tão despreocupado? Apenas ela parecia sofrer, e era como se constantemente uma faca era cravada em seu peito, uma faca que ela não podia ver, apenas sentir. Com esforço, ele moveu sua mão para segurar as mãos dela, e após um longo suspiro em pesada respiração, ele lhe dirigiu palavra.

▬ Eu estou bem... Só quero uma última coisa de você...

Em uma única sentença ele reconhecia que estava prestes a morrer, que sua vida estava por um fio, mas ainda dizia estar bem. Tudo apenas para tentar amenizar o sofrimento da donzela em prantos ao seu lado. Uma única frase. Era apenas o que ele queria ouvir, mas ainda seria capaz de entender se seu último desejo não pudesse se realizar. Os lábios da garota estariam feridos se ela proferisse a verdade em seu coração.

▬ Qualquer coisa... Peça – ela disse entre lágrimas.

▬ Diga que me ama.

Ela não estava ferida, mas sua respiração passou ao ritmo descompassado dele. Em outro momento ela estapearia o garoto por pedir tal coisa, mas ela não era tão insensível para fazê-lo agora. O conflito dentro de si ainda era grande. Entre as duas coisas que ela amava, só poderia ter uma. Uma destas estava à beira da morte... Admitindo tal coisa naquele momento, de qualquer forma ela perderia os dois.

As lágrimas eram incessantes em seu rosto, e nenhuma palavra saía de sua boca. Pela primeira vez o rosto do garoto expressou dor. Ele já estava ferido, mas ignorara seu corpo gritando de dor. Aquela dor era maior, pois ele sentia seu coração pressionado por uma mão de ferro. Ela estava sendo tão fria em ignorar o que ele fizera, e aquela era a maior das dores. Voltar ao acampamento já não valia a pena de forma alguma.

A respiração dele já falhava, e tornava-se cada vez mais difícil adiar sua visita a Hades. Mas de que valia a vida se ele não podia ter o que mais queria. A Lua Crescente o proibia, por mais que a garota tivesse esperado por décadas para conhecer tão forte sensação. A alma do garoto estava para partir, e foi o único momento em que ele esboçou tristeza em sua face, o único momento em que seus olhos marejaram. Ele não podia estar sendo mais sincero. Com um suspiro, seus olhos se fecharam.

▬ Não, Joe! – a garota debruçou-se prantosa sobre o garoto ▬ Perdoa-me... Eu te amo...

•••

por **Ravyn R. Ollicourt** Sáb 10 Dez 2011, 11:36

DIVOOOOOOOOOOOO *---*

MAIS *-*

por **Ailee S. Brigtte** Sáb 10 Dez 2011, 23:41

Muito perfect essa introdução, você escreve muito bem.

Quero só ler à continuação.

por **Paolla León Solace** Sáb 07 Jan 2012, 17:16

c a p i t u l o I

NEGAÇÃÇCÃAO
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▬ Por que devo ir em missão com ele? Já não é suficiente ter esta missão difícil, e preciso da companhia deste... deste...

▬ Justamente porque a missão é difícil que precisa de mim, donzela – o garoto tentou se defender, revirando os olhos.

▬ Cala-te. Eu não preciso de você – ela esbravejou.

Àquela altura, todo o Acampamento já havia escutado os gritos de irritação da garota na Casa Grande, e Quíron tentava mostrar-se calmo. Aquela garota nunca havia dado tantos problemas com naquele momento. Ser chamada para uma missão? Ok. Afinal, que caçadora não está acostumada a arriscar a vida em missões? O problema surgiu com uma profecia de Rachel, que exigia a presença de mais alguém, mas não era qualquer alguém, mas sim o atual representante do chalé de Poseidon.

Justo a caçadora que alguns campistas consideravam a “mais legal”, justamente por não dar os pitis que as outras dariam próximo a alguns garotos. O problema era com ela ou com aquele semideus? A resposta estava em seu coração. Era de longa data, antes que aquela garota escolhesse seguir a deusa Ártemis e era apenas uma campista. Irritante, arrogante e exibido. As melhores palavras que descreviam aquele garoto, Joe. A rixa começou em um jogo de Caça à Bandeira, quando seus chalés eram inimigos, e os dois estavam em um combate direto. Depois daquilo, nenhum dos dois perdia a oportunidade de se importunar.

O tempo pareceu ter sarado a rixa, pois quando a garota, Louise, tornou-se devota de Ártemis e afastou-se do Acampamento, os poucos filhos de Dionísio e de Poseidon experimentaram um tempo de paz e monotonia. Quando os dois “rivais por natureza” tornaram a se encontrar, ambos estavam completamente diferentes, sem a infantilidade com que se abatiam antes. Era claro que possuíam fortes sentimentos um pelo outro, mas era difícil dizer se eram positivos ou negativos.

▬ Fique calma, Louise, não vai querer chamar a atenção de seu pai... – Quíron disse suavemente, tentando acalmar a garota.

▬ Ela deve ter acordado até os mortos... – Joe murmurou.

O centauro, treinador de heróis, colocou uma mão no ombro de Louise antes que ela agredisse o filho de Poseidon. Era quase inacreditável no quanto Quíron era capaz de manter a calma e ter paciência com a infantilidade da garota em não aceitar uma importante ajuda com a missão.

▬ Você sabe que, segundo a profecia, ambos são indispensáveis para a missão.

▬ Apenas devido ao fato do espírito velho de Delfos em Rachel dizer isto?

▬ Ei! – a garota manifestou-se do outro lado da sala ▬ Desafie o espírito de Delfos para ver o que acontece, sua metida.

▬ Você sabe que é sério, Louise – Quíron tomou a palavra ▬ Bem, acho que vou ter que fazer contato com Ártemis e avisar que teremos problemas com os deuses aqui...

A garota bufou, já esperando tal apelação do guia de heróis. A última coisa que ela queria era que lady Ártemis soubesse da displicência, e estaria disposta a fazer o sacrifício pela ordem no Olimpo.

▬ Arizona, então...

•••

▬ Por que você me odeia tanto assim? – o garoto perguntou sobre seu Pégaso.

Louise não podia negar que graças ao garoto haviam tomado rumo depressa para o Ferro Velho do Olimpo. Sobrevoando montados em Pégasus, belos cavalos alados. Ambos despreocupados com o nível de periculosidade da missão, pois já haviam enfrentado coisas muito piores. Realmente piores.

“Eu te odeio por gostar de você” não parecia uma boa resposta. Que ridículo, ela não poderia responder algo assim para Joe. Mas esse era o real motivo do desprezo dela. Além de ela não aceitar a ideia de, como caçadora, estar levemente apaixonada por um garoto, ela aprendera que fingir não ter coração era o jeito de não tê-lo quebrantado.

▬ Odeio os rapazes que fazem corte às caçadoras.

De um jeito “século XVIII” ela dera uma indireta pouco sutil ao garoto. Era uma realidade, os garotos que ficavam dando em cima das caçadoras eram deploráveis, principalmente aqueles que só o faziam depois que as garotas se tornavam seguidoras de Ártemis. Parecia ser o caso de Joe. Os dois eram rivais no Acampamento, e ultimamente Joe estava sendo amável demais com Louise. Dissimulado. Até hoje a garota não entendia qual era a graça de mexer com as caçadoras.

▬ Em que ano você nasceu, Louise?

▬ 1897, em Sheffield, na Inglaterra.

Hotel e Cassino Lóthus, aquele local era milagroso. Depois de perder sua mãe, ela ficou praticamente segura lá por quase um século. Um século que parecera alguns poucos anos, pois ela aparentava ser uma garota comum de catorze anos. Um sátiro a levara para o Acampamento, e lá ela descobrira a verdade sobre sua história. Só ela sabia o quanto era difícil conviver no mesmo lugar com o pai que ela julgava tê-la abandonado, e assim que recebera a proposta de se unir às caçadoras, ela aceitou de prontidão. Ao menos ela tinha lembranças de seu passado, pois não era o caso de Joe. A vida de um semideus filho de um dos três grandes não tinha como ser fácil, e a de Joe com certeza não havia sido.

•••

Uma longa pausa fora obrigatória após uma luta com alguns monstros que interceptaram o caminho dos semideuses. Harpias. Várias delas, e Louise só se lembrava de ter contabilizado quatro. Em posse de seu arco prateado, derrubou-as do ar e Joe fez praticamente o restante do trabalho. Como o semideus exibido que era, matou a maioria das harpias, mas feriu-se bastante para isso. Devido a isso, perderiam uma noite para que o garoto se recuperasse, e sobrara para Louise tratar seus ferimentos.

▬ Idiota – ela dizia enquanto limpava o ferimento no braço de Joe.

▬ AI! – o garoto exclamou, reclamando da força desnecessária que a garota aplicava.

▬ Graças a ti perderemos tempo para realizar a missão.

▬ E por que tem que acabar essa missão com tanta pressa? – ele disse fitando-a com um brilho encantador nos olhos, proveniente do brilho dos astros noturnos.

▬ Pra me ver livre de vossa companhia logo – ela respondeu desviando o olhar dele.

▬ Pode me tirar uma dúvida?

O silêncio da garota fora a resposta, e Joe prosseguiu.

▬ Por que se tornou caçadora?

A garota largou a faixa de gaze e as ervas que utilizava e fitou o garoto com seriedade.

▬ Tu não sabes o que é aturar teu pai no acampamento. O pai que vos desprezou, o culpado por vosso sofrimento desde que perdeste a mãe. Vossa dúvida foi solucionada?

Joe foi incapaz de responder algo após Louise, principalmente porque não era exatamente o que ele queria saber. Não era culpa dele, mas aquilo que é proibido sempre é realmente o mais interessante. Era uma lei masculina, desafios são sempre mais interessantes. Se Louise soubesse disso, ela saberia por que alguns garotos simplesmente amavam mexer com as caçadoras. Mas algo que era apenas divertido foi aos poucos se tornando mais sério, para Joe. Antigamente ele jamais se veria preso por seus sentimentos a uma caçadora. Uma donzela quase imortal que o odiava. Ele era muito “agradecido” a Eros pelo favor.

Certos momentos eram importantes e decisivos na vida de alguém, e por mais que Louise dissesse que estavam perdendo tempo graças ao exibicionismo de Joe, aquele momento estava sendo ótimo para ela. Na verdade, não fora por exibicionismo ou um ego grande que o garoto havia lutado vigorosamente contra as harpias. Era apenas um sentimento um tanto possessivo, pois ele não queria ver a caçadora ferida. Não podia imaginar uma princesinha do século XIX tendo que enfrentar monstros naquele mundo, e ele queria apenas protege-la. Ainda que ele não tivesse sido chamado para aquela missão com ela, certamente teria dado um jeito de acompanha-la. Possessivo ou cuidadoso. Ambos eram ruins tratando-se de uma devota de Ártemis.

por **Taylor F.di angelo** Sáb 07 Jan 2012, 17:34

ADOREI!!!!!!!!

por **Leah de Winter** Sáb 07 Jan 2012, 17:40

Incrivel,adorável.Uma história envolvente,e um estilo atraente.

por **144-ExStaff** Sáb 07 Jan 2012, 17:58

Tá perfeito, Lolla *-*

por **Catarina Elizabeth Miller** Dom 08 Jan 2012, 01:51

Extremamente divo *o* poste mais logo, dona Paolla u_u q

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