[A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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[A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
Oblívio e estrelas,
todas as coisas em um afastamento constante.
Não fazia sentido para Raffel estar sendo envolvido pelo clima ameno e pelas brumas negras da noite, mas tampouco fazia sentido para ele estar entre as quatro paredes do chalé, preparando-se para descansar. Ele não precisava dormir tanto quanto os demais, pois embora seu silêncio fosse quase palpável, a sua mente de constructo era inquieta e ele prezava pela sua atenção às coisas — seu descanso era vago pois sua mente sobre-humana não tinha os problemas de um cérebro comum: o foco era parte de sua arte e não deixava-se muito devanear, resultando em uma peso bem menor sobre sua energia e, por logo, numa necessidade menos frequente e mais branda de recarregá-la.
De fato, estar sendo banhado pela luz do luar não dava-lhe nenhum conforto extra, mas o que mais ele podia fazer, se não havia nada no mundo que o agradasse? Se ele estava longe de sentir qualquer coisa?
(Sem que haja nenhuma opção, a máquina continua a funcionar, mexendo suas engrenagens da melhor forma possível.)
Então, por fim, apenas ficou, com as sandálias de madeira sobre a superfície fria de uma pedra quase totalmente coberta pelo musgo, no centro de uma clareira, como se estivesse à espera de algo ou alguém.
A situação parecia propícia, de fato, para alguém vir-lhe dar um susto, mas tendo em vista que a própria visão do heracliano já era em si fantasmagórica, ninguém do acampamento tentava pregar peças nele, ainda que aos sussurros pelos cantos fizessem comentários fúteis sobre sua aparência.
Ele ouviu passos à sua esquerda, no meio da mata. Seu instinto o fez rapidamente virar a cabeça na direção do ruído, no entanto, nada detectou e os barulhos cessaram. Olhando com mais atenção, agora já de pé, viu um morango esmagado próximo de um arbusto, derretido, embora, Raffel deduziu, tivesse sido lustroso. Passou um dos dedos na fruta e olhou para sua pele manchada por um líquido vermelho tênue, em seguida sendo novamente alertado por um vulto na mata.
Seguiu-o, sem pressa, mas sem perdê-lo de vista. Ouvia as pisadas do outro ser executadas com delicadeza, embora não pudesse identificar sua silhueta.
(o que era? curiosidade?)
Então, por fim, conseguiu se aproximar. Havia na sua frente um animal, um cariacu, com uma galhada enorme e cheia de ramificações, demonstrando sua velhice; ao contrário do que a espécie costuma fazer, o cervídeo não se assustou nem fugiu, ficando tranquilo com o toque gélido de Raffel em seu dorso marrom-avermelhado. Ele parecia distraído, o heracliano pode observar: estava olhando fixamente para alguma coisa. O filho de Héracles guiou seu olhar junto do dele e observou a imensidão dos campos de morangos, banhados por resquícios de luzes solares, que resistiam fielmente mesmo quando a lua já demonstrava-se no céu. Então, por fim, o cervídeo bramou alto, quase como se chorasse e bateu os pés, caminhando em outra direção e fazendo deslizar a mão do heracliano por sobre seu pelo.
(dizem que nem mesmo os lobos podem alcançá-los em uma corrida... é um animal admirável.)
Olhou de novo para frente e desprendeu-se da mata fechada, caminhando até os campos com a intenção de pegar para si uma daquelas suculentas frutas.
(afinal, do que você tem medo?)
Ouviu os passos antes de vê-los e viu um garoto de aparência estranha quase tropeçar em uma pedra. Ele visivelmente tremia e parecia atordoado, quase como se temesse tudo que o cercava. Viu-o, mas pareceu não ter sido visto. Não demonstrou nenhuma reação, como era esperado. Ele apenas estava ali, era o acaso.
(você tem medo do esquecimento?)
De fato, estar sendo banhado pela luz do luar não dava-lhe nenhum conforto extra, mas o que mais ele podia fazer, se não havia nada no mundo que o agradasse? Se ele estava longe de sentir qualquer coisa?
(Sem que haja nenhuma opção, a máquina continua a funcionar, mexendo suas engrenagens da melhor forma possível.)
Então, por fim, apenas ficou, com as sandálias de madeira sobre a superfície fria de uma pedra quase totalmente coberta pelo musgo, no centro de uma clareira, como se estivesse à espera de algo ou alguém.
A situação parecia propícia, de fato, para alguém vir-lhe dar um susto, mas tendo em vista que a própria visão do heracliano já era em si fantasmagórica, ninguém do acampamento tentava pregar peças nele, ainda que aos sussurros pelos cantos fizessem comentários fúteis sobre sua aparência.
Ele ouviu passos à sua esquerda, no meio da mata. Seu instinto o fez rapidamente virar a cabeça na direção do ruído, no entanto, nada detectou e os barulhos cessaram. Olhando com mais atenção, agora já de pé, viu um morango esmagado próximo de um arbusto, derretido, embora, Raffel deduziu, tivesse sido lustroso. Passou um dos dedos na fruta e olhou para sua pele manchada por um líquido vermelho tênue, em seguida sendo novamente alertado por um vulto na mata.
Seguiu-o, sem pressa, mas sem perdê-lo de vista. Ouvia as pisadas do outro ser executadas com delicadeza, embora não pudesse identificar sua silhueta.
(o que era? curiosidade?)
Então, por fim, conseguiu se aproximar. Havia na sua frente um animal, um cariacu, com uma galhada enorme e cheia de ramificações, demonstrando sua velhice; ao contrário do que a espécie costuma fazer, o cervídeo não se assustou nem fugiu, ficando tranquilo com o toque gélido de Raffel em seu dorso marrom-avermelhado. Ele parecia distraído, o heracliano pode observar: estava olhando fixamente para alguma coisa. O filho de Héracles guiou seu olhar junto do dele e observou a imensidão dos campos de morangos, banhados por resquícios de luzes solares, que resistiam fielmente mesmo quando a lua já demonstrava-se no céu. Então, por fim, o cervídeo bramou alto, quase como se chorasse e bateu os pés, caminhando em outra direção e fazendo deslizar a mão do heracliano por sobre seu pelo.
(dizem que nem mesmo os lobos podem alcançá-los em uma corrida... é um animal admirável.)
Olhou de novo para frente e desprendeu-se da mata fechada, caminhando até os campos com a intenção de pegar para si uma daquelas suculentas frutas.
(afinal, do que você tem medo?)
Ouviu os passos antes de vê-los e viu um garoto de aparência estranha quase tropeçar em uma pedra. Ele visivelmente tremia e parecia atordoado, quase como se temesse tudo que o cercava. Viu-o, mas pareceu não ter sido visto. Não demonstrou nenhuma reação, como era esperado. Ele apenas estava ali, era o acaso.
(você tem medo do esquecimento?)
- Equip:
- ♦ Katana de bronze sagrado [A versão japonesa da espada bastarda, possui a lâmina extremamente afiada e levemente curva, sendo resistente devido ao seu processo de criação, mais poderosa para quem utiliza a destreza do que a força, devido à técnica requerida ao seu uso, diferente da espada bastarda ocidental. Assim como ocorre com a wakisashi, seu feitio costuma ser mais detalhado do que o de armas ocidentais, com empunhadura em madeira, revestida em tecido e geralmente com padrões alinhavados de seda ou linhas nobres. Acompanha bainha resistente, de bambu][Bronze sagrado, madeira e tecido.][Nível mínimo: 5. Sem elemento]
As leis da física e do espaço e tempo sempre tão pontuais em seu funcionamento. Nada para, nada volta para trás.
made by ▲ and edited by Heit! for her own purpose.
Créditos à: tendercholeric, pela citação da fanfic Cosmonauta de sua autoria.
Raffel E. Cifer
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
Player Nero punido pelo abandono. Poseidon continuará a narração com Raffel.
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
O vazio entorno da lua,
e os detalhes que não vemos.
Raffel não tinha certeza se havia sido visto realmente - dada a sua expressão atordoada, o garoto poderia muito bem tê-lo visto e não tê-lo notado. Não era importante.
Ele observou o semblante do rapaz e rapidamente pode analisá-lo. O que estaria fazendo nos campos de morangos àquela hora? Lembrou-se do bullying constante do qual o indivíduo era vítima assim que o reconheceu. Pretendia se vingar? Seria uma ideia estúpida, se o fizesse na força bruta. Talvez houvesse uma briga marcada. Ou talvez pretendesse acabar com a própria vida.
(não é importante, é só um garoto assustado.)
Seria uma ameaça ao acampamento? Várias ideias circulavam pela mente de Raffel, embora fossem rejeitadas em seguida.
(nada interessa quando a verdade é alcançável.)
Olhou para a mesma direção que o jovem e tentou segui-lo após uma breve pausa, apenas para manter o olho nele. Apenas.
Sem motivo, tal qual eram todas suas outras ações.
Raffel era programado para ser assim, cauteloso. Ou talvez não.
(No fim, todos estamos em busca de algo que não sabemos e não entendemos.)
E a noite abraçava mesmo os indignos.
Ele observou o semblante do rapaz e rapidamente pode analisá-lo. O que estaria fazendo nos campos de morangos àquela hora? Lembrou-se do bullying constante do qual o indivíduo era vítima assim que o reconheceu. Pretendia se vingar? Seria uma ideia estúpida, se o fizesse na força bruta. Talvez houvesse uma briga marcada. Ou talvez pretendesse acabar com a própria vida.
(não é importante, é só um garoto assustado.)
Seria uma ameaça ao acampamento? Várias ideias circulavam pela mente de Raffel, embora fossem rejeitadas em seguida.
(nada interessa quando a verdade é alcançável.)
Olhou para a mesma direção que o jovem e tentou segui-lo após uma breve pausa, apenas para manter o olho nele. Apenas.
Sem motivo, tal qual eram todas suas outras ações.
Raffel era programado para ser assim, cauteloso. Ou talvez não.
(No fim, todos estamos em busca de algo que não sabemos e não entendemos.)
E a noite abraçava mesmo os indignos.
- Equip:
- ♦ Katana de bronze sagrado [A versão japonesa da espada bastarda, possui a lâmina extremamente afiada e levemente curva, sendo resistente devido ao seu processo de criação, mais poderosa para quem utiliza a destreza do que a força, devido à técnica requerida ao seu uso, diferente da espada bastarda ocidental. Assim como ocorre com a wakisashi, seu feitio costuma ser mais detalhado do que o de armas ocidentais, com empunhadura em madeira, revestida em tecido e geralmente com padrões alinhavados de seda ou linhas nobres. Acompanha bainha resistente, de bambu][Bronze sagrado, madeira e tecido.][Nível mínimo: 5. Sem elemento]
As leis da física e do espaço e tempo sempre tão pontuais em seu funcionamento. Nada para, nada volta para trás.
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Raffel E. Cifer
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
E silenciosamente suportamos
tudo aquilo que cai sobre nós.
E, então, assim como o vento que entre vezes naquela estranha noite o abraçava, a fissura o envolveu, mas diferente do vento, ela também o apertou e o cegou.
- Fissura incluída por interpretação:
- Era pôr-do-sol, mais especificamente, golden hour, onde todas as cores curvavam-se àquela do sol. No entanto, havia neblina, formando um ambiente único envolta do rapaz. Seu primeiro instinto foi procurar o punho de sua katana enquanto estudava aquilo que o contornava, mas não encontrou nem espada, nem ameaça. Estava cercado por cervídeos, na verdade. Ele via suas silhuetas esbeltas através do véu neblinoso e eles pareciam não dar importância a sua presença. Sem pistas do que fazer, ele caminhou sobre a grama molhada e olhou de perto um deles. Finalmente o animal pareceu notá-lo, mas não houve nenhum maior alarde, pelo contrário, ele se aproximou, descendo sua coroa de chifres a altura dos olhos de Raffel com sutileza. O semideus não demonstrou emoção alguma - mas o sortudo e inexistente espectador podia identificar algo preso ao fundo de seus olhos, algo que vê-se no sorriso de uma criança, na respiração de um animal filhote... havia inocência - quando observou um pedaço de papel sujo junto a uma das pontas da galhada. Havia algo escrito ali, sim.
“Humanos são criaturas extremamente peculiares; podem eles ser tanto anjos quanto monstros.”
Imagem ilustrativa.
Piscou. Piscou novamente para ter certeza de que estava de volta e algo próximo de segurança surgiu quando sentiu o peso conhecido da bainha de sua katana presa à cintura.
A frase não saía de sua mente, “anjos e monstros”, sua própria voz reverberava dentro de sua cabeça pronunciando-a, embora fosse programado para não deixar-se levar por incógnitas. Mas ali ela estava. Contrariando-o.
(uma máquina é um anjo ou um monstro?)
Antes da breve visão, ele presenciou de fora das estufas uma cena duvidosa e incerta. O rapaz que (não necessariamente) seguira até ali havia entrado em uma das estufas e parecia estar em uma discussão calorosa lá dentro, com um indivíduo escondido pelas plantas. Sem muito tempo para reagir humanamente, viu o mesmo rapaz sair da estufa e olhar brevemente na sua direção, mas sem nada ver, logo em seguida continuando um caminho desconhecido.
Raffel esgueirou-se contornando a estufa procurando o segundo participante da discussão com os olhos, prestando-se logo junto a porta. Seu olhar prescrutava. Seu olhar nada dizia. Seu semblante era sério e ao mesmo tempo vazio.
E nada mais.
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- Explicação da fissura:
- Fissura: dom meramente interpretativo que pode vir a dar para o personagem "visões do futuro", isso acontece pois sua mente foi modificada para ter um raciocínio lógico superior, permitindo que zilhoēs de hipóteses sejam fantasiadas em sua cabeça. São pensamentos rápidos que surgem com a mesma velocidade que uma resposta de um cálculo matemático surge em uma calculadora (ou simplesmente na velocidade do pensamento), sendo estimulados por diversos fatores. As visões tão atemporais, ou seja, na cabeça do personagem estas apresentam minutos, horas ou dias, mas este tempo não ocorre da mesma forma fora da mente de Raffel. Um milésimo de segundo pode fazer com que Raffel tenha, pelo menos, 20 visões de 10 minutos cada e enquanto elas ocorrem, nenhum sinal de distração é notado no filho de Héracles, de forma que isso não o deixa vulnerável.
Pode ser considerado instinto, paranoia, raciocínio rápido ou até mesmo previsões, não passando - obviamente - de pensamentos; logo, são ações que apenas ocorrem na psique do filho de Héracles, o que não descarta as chances de que realmente aconteçam - pela boa observação de Raffel, as chances são altas, mas dependem sempre de ações primárias.
Elas são apenas possíveis devido a um acontecimento na história de Raffel: um dom desenvolvido após transmutações neurológicas feitas no garoto quando criança durante a guerra fria, esta mesma que removeu suas emoções. Entre vezes o personagem não mantém uma lembrança nítida do que viu, principalmente se não for uma visão de fato importante, mas se o que pensou ocorre ou começa a ocorrer, ele sofrerá uma espécie de déjà vu, lembrando-se automaticamente do ocorrido. Não gasta MP, nem causa desgaste.
- Intenção:
- Caso a pessoa com quem Pedroso discutira esteja ainda ali e seja um desconhecido, Raffel tentará intimidá-lo, visto que ele tem uma fama bastante assustadora (algo entre um ótimo espadachim, esquisito e definitivamente alguém com quem ninguém se meteria sem bons motivos) entre os campistas e sua aparência já é bastante fantasmagórica. Se for alguém conhecido (como Quíron, Sr. D, enfim) a última ação deve ser desconsiderada e eu farei no próximo post uma reanálise da situação.
Visto que eu interpreto um personagem "máquina", com uma inteligência superior, digamos, ele tem uma mente que trabalha muito rápido e é muito bom em suposições e trabalho de possibilidades, então eu tenho que criar situações com base naquilo que ele deduz, mas sem dar certeza, apenas levantando a ação dele caso seja aquilo que ele crê que seja.
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Raffel E. Cifer
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
Embora indigno de sentimentos,
existe algo que me aterroriza.
Os olhos de Raffel não se mexiam. Havia ali uma intenção, embora pudesse não parecer explícita para o indivíduo que o jovem máquina observava. Pretendia analisá-lo, com cuidado e em silêncio. Buscava a sombra de uma arma ou equipamento na silhueta do ser.
Não conseguia reconhecê-lo devido a escuridão do local, embora supunha que fosse importante manter lâmpadas especiais ligadas nas estufas durante à noite. Um incômodo, de fato, mesmo para a visão detalhista do semideus fantasmagórico, que não satisfazia-se apenas com a luz da lua. Assim que foi notado, esticou o braço em busca do interruptor de luz, enquanto a outra mão preocupava-se em posicionar um pano que havia em seu pescoço sobre o rosto, cobrindo-o dos olhos para baixo, com nariz e tudo. Quando estava prestes a ligar as luzes, ouviu a voz do indivíduo e, mais uma vez, não conseguiu reconhecê-lo. Não precisaria das luzes, mas algo o fez ligá-las - não saberia dizer ao certo o quê. Talvez para poder estudá-lo melhor.
(o que há, Shun? Do que você tem medo?)
(eu não sei.)
Em um intervalo muito pequeno, a luz deu-lhe os detalhes que precisava: de imediato buscou o objeto que incitara o momento caloroso entre o rapaz apavorado e o ruivo que encontrava-se naquele local consigo junto a cintura deste; se não conseguisse achá-lo, estaria ciente de quais equipamentos o ruivo dispunha e como estaria este vestido.
Desligou as luzes constatando novamente algo que já havia concluído. Não o conhecia. E Raffel sempre teve uma ótima memória.
(certamente a boa memória seria uma maldição para qualquer outro em situação semelhante. Mas a máquina não sente, ela só lembra. E lembranças sem sentimentos são como fotos de pessoas desconhecidas - nada despertam. E até onde se sabe, não há o que despertar em uma existência inerte.)
Feito uma cervo ágil, ele deu meia volta e correu na direção que o outro jovem tomara.
Seus passos eram dignos de elfos de Tolkien: precisos, mas ao mesmo tempo leves, quase como se utilizasse apenas as pontas dos pés, em impulsos ligeiros e equilibrados. Preocupava-se tanto com o esforço que fazia quanto com a velocidade que buscava.
Afastando-se da estufa, olhou ao redor, buscando o caminho por onde vira o outro indivíduo ir - tudo isso de forma rápida. Mais próximo, reduziu sua pressa e passou a procurar pegadas no chão, folhas pisadas, galhos quebrados, qualquer coisa, certo de que havia por ali uma trilha quente. Utilizava o tato para ajudar na busca prejudicada pela noite.
(um garoto assustado não faria esforços para apagar sua trilha, de certo - o medo desperta algo profundo em todos nós, algo irracional. Uma presa pensa apenas em fugir do seu predador.)
Feita a breve investigação, continuou seu caminho com seus passos peculiares. Quando estivesse mais próximo do alvo (caso estivesse na trilha correta), diminuiria sua velocidade e se aproximaria com calma. Buscava ser silencioso, de certa forma. Estava acostumado a (e havia sido treinado para) evitar ser notado. De mesma forma, enquanto seguia, ficava atento a qualquer tentativa de perseguição do homem de cabelos cor de fogo, incerto - ainda - sobre o que seu temperamento o levaria a fazer. Cria com convicção que o havia deixado confuso por algum tempo, talvez até com medo (o suficiente para contribuir para sua fama), mas Raffel não tinha informações suficientes para prever o que viria a acontecer em seguida.
(um cachorro ferido não difere a mão do agressor da mão puritana.)
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- Poderes passivos relevantes:
- Sentidos aguçados I: Visão - Ainda que não seja capaz de ver no escuro, a partir desse nível a visão dos filhos de Héracles se desenvolve. Como um lutador e rodeado de perigos, era natural que tivesse que se manter atento ao seu redor. Seus filhos enxergam o equivalente ao dobro em termos de distância e acuidade do que um humano normal ou semideus sem esta habilidade. [Novo] / relevante na hora da análise do ruivo
Rastrear - Antes de matar seus oponentes, Héracles tinha que caçá-los. Essa habilidade se estendeu também a seus filhos, que conseguem identificar rastros mais facilmente, mesmo os mais sutis, se o ambiente possuir condições minimamente propícias para tal, mesmo se o oponente possuir poderes para minizar tais coisas, desde que a criatura procurada seja até 5 níveis acima. O encontro dos sinais não é mágico nem automático, e deve ser interpretado de forma coerente, sendo uma habilidade mundana, ainda que intuitiva a esses semideuses. [Novo] / relevante ao procurar indícios do caminho de Pedroso
- imagem ilustrativa:
- Observação:
- Eu citei o desconhecido como ruivo, mas teoricamente o Raffel não sabe disso, tu deste a entender no teu post que isso não seria fácil de notar por causa da ausência de luz
Ter sua capacidade de criar emoções destruída gera total esquecimento sobre qual era o sabor dessas emoções. E desconhecimento ocasionalmente causa medo, sutil como a queda de uma folha outonal.
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Raffel E. Cifer
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
Oh, darlin', darlin',
what have I done?
Ele poderia ter impedido. Sabia disso. Fervia essa ideia.
(estou exatamente onde queriam que eu estivesse: às sombras.)
-
Raffel sentiu o cheiro de sangue antes de vê-lo. A morte era algo que, embora muito familiar a ele, deixava-o surpreso. Na verdade, surpreso não seria a palavra certa. Raffel sentia-se inquieto com a presença de morte e de sangue.
E era uma máquina. Mas mesmo as máquinas têm defeitos.
Heit era o seu. O vazio que o consumia era sua engrenagem solta.
Mas esse mesmo vazio não aproximava-o da humanidade?
Era sua forma de demonstrar sofrimento, dor, ressentimento, mágoa. Era sua forma de personificar todas essas coisas.
A respeito do dilema entre monstro e anjo: Raffel é os dois.
Ele é o caos.
-
Tomado por uma dor inexplicável, Raffel mexeu-se. Lutava contra aquela sensação lancinante. Procurava mover-se rapidamente, pois não tinha certeza do quanto mais aguentaria. Sua mão esquerda estava sobre o centro do peito, o lugar de onde vinha toda sua agonia; com a mão livre, arrancou a flecha que estava junto a testa do cadáver e partiu do local, buscando uma forma de contornar o grupo que aproximava-se dos campos enquanto, ao mesmo tempo, seguia em direção ao ruivo que anteriormente havia encontrado na estufa.
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- Poderes passivos relevantes:
- Sentidos aguçados I: Visão - Ainda que não seja capaz de ver no escuro, a partir desse nível a visão dos filhos de Héracles se desenvolve. Como um lutador e rodeado de perigos, era natural que tivesse que se manter atento ao seu redor. Seus filhos enxergam o equivalente ao dobro em termos de distância e acuidade do que um humano normal ou semideus sem esta habilidade. [Novo] /
Rastrear - Antes de matar seus oponentes, Héracles tinha que caçá-los. Essa habilidade se estendeu também a seus filhos, que conseguem identificar rastros mais facilmente, mesmo os mais sutis, se o ambiente possuir condições minimamente propícias para tal, mesmo se o oponente possuir poderes para minizar tais coisas, desde que a criatura procurada seja até 5 níveis acima. O encontro dos sinais não é mágico nem automático, e deve ser interpretado de forma coerente, sendo uma habilidade mundana, ainda que intuitiva a esses semideuses. [Novo] /
Acredito que ambos os poderes continuam sendo relevantes nessa cena.
- Poder especial:
- Interpretação de Heit, como consta na Ficha Meio-Sangue:
Heit: tocado pelas três Furiæ em seu nascimento (Tisifone, Megera e Alecto), Raffel pode transformar-se na personificação de seu pior lado. Sua aparência é semelhante a de um homem morcego humanóide, permitindo que o heracliano voe. Sua voz é rouca e transmite terror. Despertado ao Renascimento.
Well I've been away from you too long and all my days have turned to darkness. I believe my heart has turned to stone.
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Re: [A Morte De Pedroso] - MNIF para Raffel E. Cifer e Nero Serafein
In his eyes
I could only see fear and death..
As asas grotescas e negras foram as primeiras a aparecer, com formas pontudas. Logo após foi a estrutura dos seus pés a mudar, criando garras pontiagudas e afiadas, havia pelos subindo pelas suas canelas, cobrindo as pernas; nesse ponto suas roupas rasgavam. Nada podia ser visto da sua cintura pra baixo. Em suas costas, próximos ao quadril, longas caudas de pelo estendiam-se, e entre elas havia de fato uma cauda. Fina, longa e negra com a ponta também coberta por pelos. O cabelo longo caiu sobre seu torso nu e pálido, tão escuros quanto a totalidade de sua aparência sinistra. Não podia ver ou ter consciência disso, mas até mesmo seus olhos e suas cicatrizes haviam mudado de cor.
Por fim, a última parte da sua transformação foi o buraco que surgiu entre seu peito. Atravessava seu corpo tal qual atravessava sua alma. Podia-se por ali ver a totalidade de seu espírito.
(v a z i o.)
Raffel transformara-se na personificação do seu pior lado. Uma máquina sem sentimentos, capaz apenas se responder aos seus instintos mais primitivos, aqueles que fora criado para ter. Sua voz transmitia medo, uma voz rouca e monstruosa.
No entanto, quando você expõe seu lado mais profundo, você fica nu. E dentro do monstro com um buraco no peito, havia um garoto que um dia já chorara por todos da sua família, quando se sacrificara por seu irmão mais velho, quando fizera seu papel na guerra; quando teve suas emoções roubadas.
Mas a máquina lembrava. O sistemas mais básicos trabalham sobre um banco de dados e isso os faz evoluir.
Seria o semideus também capaz de evoluir?
Ele olhou para os lados, sentindo o rosto queimar. Seu corpo todo parecia em chamas e ele usava sua fúria como gás para agir. Erguendo-se no ar, ele ouviu gritos na sua volta. Como último pensamento de sua forma anterior, ele dirigiu sua atenção ao ruivo. Abriu a boca e dali emitiu uma lamúria que, embora contendo tristeza profunda, continha também demasiada fúria. No entanto, este dirigiu-se à floresta como uma gazela em fuga.
Mas o que mais restava de consciência em Raffel? O garoto que habitava em algum lugar da sua existência tinha outras pretensões para a criatura. Iria atrás do cadáver do menino assustado e o levaria para a Casa Grande.
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- Poder especial:
- Interpretação de Heit, como consta na Ficha Meio-Sangue:
Heit: tocado pelas três Furiæ em seu nascimento (Tisifone, Megera e Alecto), Raffel pode transformar-se na personificação de seu pior lado. Sua aparência é semelhante a de um homem morcego humanóide, permitindo que o heracliano voe. Sua voz é rouca e transmite terror. Despertado ao Renascimento.
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Chalé 15 [Héracles]
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