Teste para filhos de Hades - Janeiro

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Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por 125-ExStaff Ter 17 Out 2017, 22:13

Teste para filhos de Hades


Aqui devem ser postados todos os testes para os concorrentes a filhos de Hades deste mês. As postagens podem ser realizadas até as 23h59min do dia 21 do mês corrente. Postagens após o prazo serão desconsideradas. Resultado no primeiro dia do mês seguinte.

Vejam as regras completas aqui [clique]

Boa sorte, campistas!


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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Oliver Krügger Dom 15 Abr 2018, 22:29

Características Físicas: Seu físico é jovial, parece ser tão jovem quanto é, mas não a nada muito de relevante em relação a músculos, contudo, não chega alguém a ser privado dos mesmos como um esguio. Sua pele tem textura suave, macia e de coloração clara como a manhã. A face tem formato levemente oval, onde seus límpidos e translúcidos olhos azulados tem relevância como atração, apesar de que não seus lábios finos e claros também são atrativos. Suas mechas são lisas, possuem médio porte e coloração loira.

Características Psicológicas: Oliver é um jovem infrator de apenas dezenove anos e que esconde um passado sujo e violento um pouco recente. Tende a ser uma pessoa que não gosta de ser observada, ele é um anônimo, entra em brigas quando realmente é necessário, fora isso geralmente as evita. Costuma ser bastante centrado e determinado a subir no jogo da vida, porém, mantendo-se figurante perante a sociedade, porque a fama não o interessa. Não tem muitos amigos por ser extremamente anti-social. Ele encaixa-se no perfil de pessoas Bad-ass, pessoas desse tipo costumam agir com extremidade em quaisquer situações, tanto para o bem, tanto para o mal. É ardiloso, sempre com uma saída brilhante para as encrencas as quais se mete, mesmo que pareça impossível. Um pouco mal humorado, mas nada que o seu sarcasmo e personalidade irônica não resolvam.


História: Noite tão bela quanta aquela não há. Nublada, céu negro, sem estrelas no céu, chuva torrencial, vento veloz. Atmosfera escura iluminada por rápidos feixes brancos quase imperceptíveis, os quais são chamados por raios, os quais são destrutivamente poderosos, não há quem resista à morte após ser atingido por um. Claro que pode perceber o meu sarcasmo. Enfim, a data não importa, entretanto, o ano era 1998. Dois seres humanos acharam um ao outro em um lugar qualquer, são estes: Elizabeth Krügger, esbelta austro-húngara de pele claríssima, olhos claros, cabelos enloirecidos; e James Awëllømann, alto homem de porte físico médio, pele pálida, dono de olhos castanho-escuros e madeixas negras – esse que não é o que parece.

Tudo teve início numa madrugada de 1999, o dia era datado como 15 de janeiro. Era uma tensa noite fria de inverno, não tão frias quantas aquelas nos tenebrosos invernos passados na capital da República da Aústria, Viena. Uma mãe estava em trabalho de parto em um hospital local, o mais próximo da sua casa localizada nos ricos bairros. Um menino nasceu e recebeu Oliver como nome e acompanhado com os sobrenome da sua família (Krügger). Estranhamente, na época, seu pai fora dado como desaparecido pela polícia, diziam que ele havia sido sequestrado, torturado, até mesmo morto. Elizabeth ficou a cuidar de seu filho recém-nascido como uma mãe solteira.

Ao decorrer do tempo, ao decorrer do seu crescimento, o garoto demonstrava ser estranho, dependendo da situação, da hora, do local, da vontade, ele passava de um garoto comum para um diabo possuindo o corpo daquela pobre e inocente criança. Ele sofria com algo parecido com dupla personalidade, no entanto, a segunda personalidade, a ruim, só vinha quando o desejo do menino de fazer algo ruim surgia. Era seu alter ego – o semideus que é - nascendo pouco a pouco dentro de um corpo não tão desenvolvido. Era como se fosse outra criatura se criando. Um dia, sua progenitora deixou-o no quarto brincando com uns bonecos, ela observou o mesmo brincar direitinho, então, foi fazer o almoço, quando a mesma retornou para ver seu filho, percebeu que os bonecos estavam destruídos. – O que você fez? – Indagou a mãe, piscando algumas vezes enquanto limpou os montes de sujeira; o garoto deu de ombros, sentando-se em um canto. – Os destruí.

Enfim, o tempo passou mais uma vez, agora era no fim da adolescência. Oliver nunca foi de nem ao menos um amigo, vivia isolado, sempre a sentar sozinho na sala de aula. Certo dia, uma garota qualquer o chamou para ir a um beco da escola, e inocentemente foi até lá. Quando percebeu, o loiro foi encurralado sob a escuridão do tal beco por um valentão que o espancou até ferir fortemente o físico.

Estava caído sobre o chão, sangrando. Soltou suspiro pesado enquanto se levantou aos poucos, cambaleante por causa da quantidade de líquido vermelho perdido. Tateou uma pedra que estava ao seu lado. Focou sua visão na superfície da mesma, notou que ela estava bem próxima dele. Rapidamente, correndo para em direção ao adversário que se vangloriou por tê-lo derrubado. Fez com que tal ser caísse ao chutar as costas, Ollie se posicionou sobre o tronco alheio. – Oi! – Disse com um sorriso sarcástico lapidado em seus lábios secos, erguendo o mineral que estava em suas mãos. Desceu a arma com tanta velocidade sobre o crânio do valentão num golpe, esse que não suportou e desmaiou. Contudo, ensandecido, o garoto continuou a bater mais e mais, diversas e diversas vezes, até que a vida se esvaiu daquela pessoa, assim como a caixa craniana. – Te fode aí!

Os responsáveis pela instituição de ensino descobriram o feito e mandaram o rapaz para um reformatório juvenil. Lá também permaneceu com a sua vida solitária. Participou de algumas brigas, as quais sempre saia com alguns ferimentos superficiais ou graves, já os outros, sempre mortos. Um confronto em especial necessita ser citado, esse que aconteceu numa gélida madrugada com mais outro ser repugnante de grande porte, era informalmente conhecido como Armário. A briga se deu, porque a suposta namorada do meliante (na realidade, Armário era apaixonado pela menina, mas ela não tocava o foda-se pra ele) resolveu ter certas saliências com o austro-húngaro. Talvez tenha sido a disputa mais árdua de ambos, tanto um quanto os dois estavam cansados e repletos de hematomas, no entanto, Ollie precisou demonstrou as suas verdadeiras capacidades.

Acendeu o cigarro que roubou do reitor em um momento em que ele não estava prestando a devida atenção. Colocou o charuto em seus lábios secos e entreabertos. Inalou a fumaça expelida pelo charuto ao tragar o mesmo; o ser desconhecido somente observou o que o loiro fez aos poucos. Andou até a frente da janela do prédio principal do reformatório, quebrando o vidro com um soco. O punho sangrou com a pancada, o líquido escorreu para sobre um caco com a forma triangular mais extensa. Agarrou tal pedaço quebrado e moveu-se rapidamente para em direção ao Armário, o qual ficou sem reação; quando o maior percebeu, sua mão estava tentando estancar o ávido sangramento da artéria carótida externa, entretanto, ao perder uma enorme porção do líquido que corre em seu corpo, a vida se perdeu em meio aos ares gélidos.

Saiu dessa prisão depois do tal evento, onde matou o homem brutalmente, além de que já tinha completado 18 anos. Quando reparou, sua mãe estava a sua espera na entrada do internato, sua face exibia-se triste, pensativa. – Precisamos conversar... – Sussurrou ao envolver os seus braços no corpo do garoto em um abraço a fim de confortá-lo. – Oliver, filho... – Prosseguiu na mesma fraca entonação, entrando em prantos. – Você não é o que parece... – Ele não pronunciou nem ao menos uma palavra, somente escutou e sugou os próprios lábios com os punhos cerrados. – É culpa de seu pai... – Uma mão da progenitora foi até as mechas loiras da prole, afagando. – Bem, ele não é o que é... Seu pai é Hades, o senhor do Mundo Inferior... – As vistas do jovem rapaz se arregalaram simultaneamente com a repentina revelação. – Você é um semideus, Oliver. – continuou, apertando-o mais forte no abraço.

Nesse momento, um símbolo de caveira começou a brilhar em cima da cabeça de Oliver.

– E parece que existe um lugar onde você pode treinar e se fortalecer, se você quiser ir para lá.

-É claro que quero.

Narração: Oliver estava disperso na sua imensidão de devaneios. Frio, calado sob o tempestuoso clima que faz lá fora. Andou, mas não saberia especificamente para onde rumou. Na maior parte do tempo, mesmo no Clube da Luta não tinha um objetivo definido, parecia um peregrino a vagar por toda a extensão do mundo, procurando o seu lugar em meio àqueles sete bilhões de pessoas. Porém naquele dia tinha uma tarefa importante para realizar: aparentemente havia muito algo muito valioso que precisava ser entregue novamente ao Mundo Inferior e Oliver foi o escolhido para a missão. Se ele fosse honesto, o principal motivo para ele aceitar a missão era o fato de talvez ter a chance de conhecer o pai. O símbolo de reclamação do senhor dos mortos havia aparecido na cabeça de Oliver logo antes de ele chegar no Clube da Luta, comprovando as palavras da mãe do garoto. E principalmente por saber que a chance de conhecer seu progenitor divino era rara, e ficava ainda mais rara quando se era filho de um dos Três Grandes, quando viu uma missão que lhe daria a chance de conhecer o pai, resolveu aproveitar a oportunidade, mesmo tendo que encontrar um objeto mágico sem saber o que era. Uma escuridão momentânea se projetou em sua visão. Ele achou normal, talvez fosse o período noturno, até mesmo a tempestade sobre seu físico, ou a densa neblina.

O seu andar era lento, preciso e perspicaz. Para onde caminhou era somente resultado do instinto. Fitou ao redor momentaneamente, a clareza da visão voltou à normalidade logo em seguida. Viu-se estar presente no Central Park, no município de Nova York, Estados Unidos da América.

O clima ainda permaneceu o mesmo, a neblina continuou densa, a chuva forte ainda a cair pingo por pingo enquanto relâmpagos iluminaram o céu, trovões estrondaram a redondeza com seus sons, os raios surgiram para enfeitar. Sua vestimenta está molhada. Em sua cintura, no lado esquerdo, tem uma bainha de uma espada, já que havia saído apressado do Clube da Luta e deixado os presentes de reclamação no local. Movimentou pelo local com a arma em mãos por precaução. Teve uma sensação estranha, constatando quo ar se tornou mais pesado a cada passo que o semideus deu. Ollie franziu o cenho, estranhando àquela mudança repentina de ares. Pressionou a palma contra o cabo da espada, um pouco apreensivo.

Seus olhos rolaram lentamente pelos arredores com a finalidade de tentar fitar o que causou aquele temor de repente nele. Apertou o punho da arma firmemente novamente. Escutou o som de um galho sendo quebrado com um piso. A prole de Hades logo se virou para em direção donde veio tal sonido e algo se lançou, vindo até ele. O garoto, por sorte ou perspicácia, se desviou de relance no último instante. Viu, assim, a criatura passar direto. Pôde ver também que tal ser se trata de uma mulher com cabelos de serpentes, dentes de fera, pele aparentemente escamosa. “Górgona...”, comentou em seus pensamentos enquanto retirou da bainha a espada por completo e assumiu uma posição de combate: ambas as palmas a segura o equipamento à frente do corpo, as pernas poucos flexionadas.

A adversária voou mais uma vez a fim de acertá-lo com suas afiadas presas das mãos. Ollie refletiu rapidamente, então somente se atirou para a direita, esquivando do ataque primário, no entanto, a mesma deu um forte chute na altura do abdômen do rapaz, após que o mesmo se levantou, o qual fez ser lançado para trás. Seu físico, seu dorso atingiu uma árvore e depois o chão. Uma forte dor se apossou do lugar onde recebeu a pancada, mas lembrou de que isso é algo psicológico.

Tomou ar, soltando um suspirado pesado logo em seguida. Cuspiu um pouco de sangue, se levantando com certa dificuldade. Seus lábios tremularam de raiva, mordeu-os em seguida. O seu olhar foi estreito gradativamente ao observar a oponente se deleitar, achando que tinha ganhado o combate só com um ataque. Mal sabe ela que está errada, completamente errada, porque recém-começou.

O punho direito, esse que está a empunhar a espada, fez um movimento para chamar a atenção da outra lutadora, então funcionou, a górgona veio precipitadamente em direção a ele como estivesse hipnose. – Vem aqui, serpente. – Zombou Oliver em um chamamento, rindo ironicamente em meio à fala; a adversária recobrou a sanidade e correu para ataca-lo com seus membros superiores. O semideus, com sucesso, se esquivou dar um salto seguido por um rolar no chão até a região das costas alheia, onde aproveitou para aplicar um corte horizontal no centro; a mulher-serpente soltou um berro ensurdecedor com o ataque recebido.

Com a dor do corte, o loiro percebeu que ela ficou paralisada por alguns segundos, e uma "chuva" de pedrinhas comandada por ele foi direcionada à górgona que tropeçou para trás. Respirou fundo, se cansou mesmo que pouco. A criatura de sexo feminino recobrou a consciência mais uma vez. “Ela não é fraca... é resistente”, concluiu, pensativo.

Cravou a ponta da espada no chão; as cobras, os cabelos, da outra ficaram atiçadas. Oliver, agora, tomou a iniciativa e correu. Ao chegar a 2,5m da mulher, uma esfera de várias pedras se ergeu sobre a palma canhota do semideus, e foi atirada em direção à mulher-serpente; a mesma tentou segurar com ambas as mãos a bola à fronte do corpo, entretanto, não conseguiu e ficou atordoada quando a bola a atingiu na cabeça, e Oliver usou isso para lançar um movimento diagonal com o equipamento laminado, demarcando um corte no tórax e no abdômen; as cobras – os cabelos - atacaram simultaneamente o rapaz que se jogou para o lado com o auxílio de seu reflexo e sua velocidade para esquivar. Perfurou, então, a área onde seria o rim nos seres humanos. Contudo, o garoto levou um soco em seu peito direito de relance. Ollie ficou enfurecido, puxou a arma de lâmina do rim da Górgona e, rapidamente, penetrenou o centro do ventre, mais especificamente, a área central do peito. A espada atravessou o coração. O mesmo se jogou sobre o chão molhado da chuva, ofegante, após aquele incessante combate.

E no meio do monte de pó dourado que costumava ser uma górgona havia um belo bracelete feito de prata incrustado com vários rubis. Ollie ficou surpreso de não ter percebido o bracelete no braço da górgona, mas havia uma aura de poder emanando do objeto que fez o filho de Hades ter certeza que o bracelete era o objeto que deveria entregar ao Mundo Inferior.

egando o bracelete com o máximo de cuidado possível, começou a andar em direção a rodoviária para ir para Los Angeles.

Após horas de viajem para chegar na Cidade dos Anjos, Oliver se dirigiu até os Estúdios M.A.C. Após alguns minutos de espera e de caminhar pelo Mundo Inferior, Oliver finalmente se encontrava no castelo de Hades para poder entregar o bracelete.

O senhor do Mundo Inferior, que estava sentado com uma expressão séria em seu trono, ao ver o bracelete que Oliver segurava, pareceu não exatamente feliz, mas satisfeito.

- Vejo que fez um trabalho razoável na missão que lhe foi entregue - o Senhor do Mundo Inferior disse.

Após Ollie colocar o bracelete no pé do trono do pai, o austro-húngaro se dirigiu ao mesmo caminho por onde tinha vindo para voltar.

Assim que chegou no Clube da Luta depois de enfrentar pela segunda vez a longe jornada NY-LA, Oliver desabou na cama dele e começou a dormir, se sentindo estranhamente bem com a sensação de missão cumprida.
Oliver Krügger
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Nicoholas Hunter

Mensagem por Nico Hunter Qui 10 maio 2018, 20:08

Características Físicas:

Nico tem a pele clara, bem clara para se falar a verdade, muitas pessoas até chegam a perguntar se ele se alimenta direito, quem pergunta isso está bem enganado já só falta ele comer o prato quando esta com fome, seus cabelos são pretos e na maioria do tempo se encontram bagunçados pela preguiça do mesmo, seus olhos são castanho e que dependendo da iluminação podem ser confundidos com o preto. Tem uma estatura media com 1,69 de altura e seu corpo não é muito malhado já que o mesmo acha que não precisa disso.


Características Psicológicas

Nico na maioria do tempo á alguém um tanto neutro ou "anti-social" ele não é do tipo de pessoa que sai falando com todos e que cria intimidade fácil na maioria do tempo ele fica no seu canto e quase nunca puxa assunto com ninguém apenas se ele que muito mesmo falar com essa pessoa, ele não e alguém mal educada mas isso não significa que tem que ser gentil, coisa que ele quase nunca é, algumas pessoas dizem que ele é uma pessoa com varias faces ou mascaras, o que pode ser verdade de certo modo. Ele é alguém que confia em seus instintos e se não gosta de alguém é quase impossível fazer ele gostar dela, ele é explosivo quando se trata de raiva e triste, ele age e fala sem pensar sendo algo que muitas vezes pode o prejudicar. E alguém de certo modo observador sempre gosta de tentar descobrir algo sobre as pessoas sem nem falar com elas. Nico tenta ocultar qualquer sentimento seu por não gostar que os outros vejam seus "fraquezas" ou que sintam pena e fiquem preocupados com ele, mesmo fazendo isso pequenas coisas podem o afetar sem ele perceber, e ele mesmo odeia isso em si mesmo. Ele não é alguém completamente seguro de si, já que todos tem suas inseguranças, ele apenas tenta se esquivar delas e as deixar de lado.


História:

Nico nasceu na França em Lyon, viveu praticamente sua vida todo lá, sua mãe sempre foi atenciosa com o mesmo tentando fazer de tudo para ele deixar essa personalidade, um tanto complicada, dele de lado, ela até chegou a pensa que era um problema na escola mas sempre que ia lá viva que tudo estava normal, na visão dela, então ela resolveu apenas o deixar ele já que era o jeito dele. Mesmo que sua me fosse alguém atenciosa com ele, Nico não confiava completamente na mulher, um dos grandes defeitos do mesmo a falta de confiança nos outros.

Desde pequeno ele foi meio afastado das outras crianças elas o achavam estranho e ele não gostava delas, para o mesmo não fazia falta alguma amigos ele preferia livros e animais eles eram mais leias que o seres humanos na visão dele, teve poucos amigos durante toda a sua vida mas se lembra de cada um deles e guarda boas memórias deles.

Quando completou 7 anos sua mãe teve que ser manda para outra cidade durante alguns dias, ela teve medo de ter que ficar tanto tempo longe do filho, para ela ele ainda precisava de muita proteção, ele ficaria durante duas semanas fora e deixou Nico na casa de sua prima. Pediu para que cuidasse bem do filho e que se qualquer coisa acontecesse era para ir atrás dela. Durante a primeira semana tudo parecia ocorrer bem Myan (Nome da mãe) estava menos preocupada por não ter recebido nenhuma ligação de sua prima achou que finalmente poderia se acalmar um pouco em relação ao filho. Durante o primeiro domingo que ela passaria em Versalhes ouviu batidas em sua porta e paria que a pessoa estava desesperada quando ela abriu a porta viu sua prima desesperada e Nico no colo dela brincando com um brinquedo dele. Sua irmã tinha uma cara de pavor no rosto como se tivesse visto a própria morte, Myan pediu para sua prima explicar o que havia acontecido mas ela quase não conseguia falar pelo pavor.

Myan passou a noite tentando acalmar sua prima e tentando fazer ela falar, durante um longo tempo ela apenas dizia palavras desconectas mas apos alguns minutos elas começaram a fazer algum sentido, ela disse que um homem bateu na sua porta pedindo ajuda porquê seu carro havia quebrado e precisava ligar para um mecânico, ela havia deixado o homem entrar e disse onde estava o telefone se passaram vários minutos e nada do Homem voltar ela começou a ouvir um choro do quarto de Nico então foi correndo até lá, quando entrou via o Homem segurando Nico pelo pescoço e seus olhos estavam completamente negros, ele dizia palavras que ela não conseguia entender então tacou a primeira coisa que viu em sua direção, pegou Nico e saiu correndo de casa.

Depois desse ocorrido Myan resolveu se mudar com Nico, ele foram para Los Angeles, colocou Nico em uma nova escola o que foi a mesma coisa de sempre, conforme o tempo ia passando ele não falava nem com a própria mãe direito parecia mais fechado que o normal o que fez sua mãe ficar preocupada. A todo o momento Nico pedia para mudar de escola e sempre que mudava na semana seguinte pedia para mudar novamente, sua mãe resolveu perguntar o motivo de tudo aquilo e no final os dois acabaram discutindo, os dois estavam quase acabando a discussão quando algo começou a brilhar em cima da cabeça de Nico, Myan olhava aquilo em choque e com certo pavor, para ela seu menino era apenas uma criança e não precisava saber daquilo. Ela se sentou e começou a explicar cada pequeno detalhe para o seu filho.

"Filho... acho que não tem mais como esconder, até você mesmo deve estar notando isso..." a mulher deixava um pequeno sorriso aparecer em seu rosto "Sabe que nunca te falei nada sobre seu pai certo? Bom, agora é hora de contar... quando eu o conheci logo me apaixonei pelo jeito dele um tanto misterioso e com uma aura "Negra", logo fiquei gravida de você eu tinha medo já que era nova e logo meu medo aumentou quando ele disse quem realmente era e quem você seria... seu pai é Hades, eu sei pode me achar louca mas é a verdade apenas pare e pense em tudo que você me disse sobre se sentir vigiado se sentir em perigo e tudo isso, você é um semi-deus filho de Hades... eu tentei te esconder mas está cada vez mais difícil cada vezes os monstros te percebem mais fácil"

Nico sentia sua cabeça girar, era muita coisa para raciocinar, e além do mais até poucos minutos atrás se achava um louco por se sentir vigiado, ele encarou a mãe e sorriu para a mesma deu um leve selar em sua testa e encostou sua cabeça no ombro dela

"Mãe calma... quem me vigia são monstros?

"Podem ser eles mas também podem ser pessoas para te levar para um acampamento com outros iguais a você, você deve ir para lá é mais seguro"

"Mãe..."

Antes que ele pudesse falar algo a porta do apartamento deles foi arrombada era um monstro completamente horrendo na visão de Nico ele já havia lido sobre elas, empusas, sua mãe disse para ir ate a cozinha e pegar um envelope onde tinha tudo que ele precisava para ir até o acampamento ele quase iria recusar mas sua mãe disse que ficaria bem. Ele correu até a cozinha e pegou o envelope, foi até o seu quarto jogando tudo dentro de uma mochila, ele saiu pela escada de emergência tentando conter a vontade de voltar ajudar sua mãe mas seguiu em frente por ela.

Ele correu até o aeroporto mais próximo e comprou sua passagem para o próximo voo até Montauk, já que ir de carro na visão dele iria demorar muito. Durante o voo ficou pensando em sua mãe, não conseguia dormir já que quando fechava os olhos vinha uma imagem dela em sua mente.

Quando chegou no acampamento a primeira coisa que fez foi se trancar no seu chalé nem ligou se tinha irmãos seus lá ele apenas precisava de um tempo para pensar em tudo e por as coisas no lugar, cada vez que lembrava de sua mãe Nico chorava de uma forma que nem ele conseguia compreender aquilo.

Narrativa:

A noite estava fria, fria até de mais, nico se encolhia em seus casaco tentando ao máximo deixar o frio de lado, o que parecia algo um tanto impossível, ele observava calmamente todos os mínimos detalhes o modo das pessoas andarem, para onde elas olhavam tudo um pequeno movimento falso e ele poderia ser atacado e isso era a coisa que ele menos queria, aquele sentimento de estar sendo observado tomou conta de Nico o fazendo andar mais rápido e querer sair o mais rápido do meio daquelas pessoas. Quanto mais ele se afastava mais aquele sentimento se fazia mais forte, quando notou já estava em um local totalmente deserto, ouviu passos calmos e colocou sua mão no bolso segurando uma adaga com veneno.

"Então finalmente virou homem e não vai fugir? Minha irmã me contou de você tão medroso!"

Nico tentava ignorar ele sabia que se ficassem com raiva seria pior e no final estragaria tudo, ouviu algo esbarrar em latas de lixo e jogou a adaga na direção mas logo ouviu ela caindo no chão, pegou sua espada logo ficando em posição de ataque, fechou os olhos soltando um suspiro fraco e assim que viu a Empousa foi para cima dela. Ela desviava de alguns ataques com facilidade, Nico sentiu uma ardência em seu ombro esquerdo e sentiu o sangue começar a escorrer.

Ele ia para cima da Empousa com golpes certeiros mas a mesma desviava com facilidade de muitos deles, foi jogado contra a parede de um prédio e se levantou com dificuldade, ele tentava pensar enquanto desviava e se defendia dos ataques dela tentava pensar em alguma solução mas nada parecia funcionar.

Ajeitou a espada em sua mão a segurando com mais firmeza voltou a atacar com um pouco de ódio, estava cansado daquilo seus golpes eram mais certeiros fazendo com que ela recuasse ela tentou fugir mas foi acertada em um golpe certeiro, a empousa se transformou em pó bem na frente de Nico o fazendo soltar um suspiro aliviado. Colocou a mão no ombro onde estava machucado e soltou um resmungo baixo, ainda tinha um longo caminho até seu pai.

"Tenho que chegar vivo no Mundo Inferior não morto"

Ele riu sem humor e se levantou, fez um curativo bem improvisado e voltou a traçar seu caminho que não estava apenas na metade, não sabia como seria finalmente ver seu pai o Mundo Inferior estava apenas ansioso. Após mais alguns dias andando e alguns pequenos incômodos como uma górgona e uma Fúria, ele apenas queria acabar logo com isso e poder ter um pouco de descanso.

Nico andava pelo mundo inferior com calma, chegar antes ou depois não faria diferença nenhuma ela olhava para as almas que vagavam de certo modo o lugar era um pouco horripilante. Segurou o frasco que deveria entregar ao seu pai, não sabia exatamente o que aquilo era e nem queria perguntar. Entrou no castelo de seu pai logo soltando um suspiro de alivio finalmente havia acabado e ele poderia voltar, apenas queria se jogar na sua cama e dormir.

Viu seu pai falando com Persefóne  e assim que Hades o viu pediu para a mulher esperar, assim que ele chegou mais perto Nico lhe entregou o frasco Hades analisou o frasco com cautela soltando um riso fraco já que achava que  filho demoraria bem mais que isso para trazer isso até ele.

"Achei que demoraria mais... está me surpreendendo"

Ele disso com um riso fraco e Nico apenas concordou com um sorriso fraco, quase imperceptível, no rosto. Assim que se despediu do pai sai do castelo tomando seu caminho de volta para o acampamento.
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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Cuzão Dom 13 maio 2018, 02:08


TESTE PARA FILHOS DE HADES — AVALIAÇÃO
Primeiro, gostaria de pedir perdão pela demora na postagem da avaliação. Infelizmente estamos com um quórum momentaneamente reduzido, mas não vale-se como desculpa pela demora, já que havia previamente assumido as avaliações.

Sobre as fichas de ambos os concorrentes, gostaria de parabenizá-los pelo esforço empregado. Senti ao ler os textos que buscaram desenvolver as coisas da melhor maneira possível e de uma maneira coesa o suficiente, mas infelizmente ambos foram reprovados.

Os motivos para a reprovação estão expostos abaixo, mas faço um pedido pessoal para ambos: continuem se esforçando que tenho certeza de que terão melhores resultados ao tentarem novamente.

— OLIVER KRÜEGGER: REPROVADO

Pois bem, Oliver. Sua ficha é boa, mas não o suficiente para que fosse reclamado por Hades (ou qualquer outro dos Três Grandes). Encontrei diversas falhas gramaticais e acho que a palavra que melhor pauta a sua ficha é confusão.

Até mesmo o ponto positivo da sua ficha — uma história relativamente bem estruturada — foi afetada pela má pontuação e também pela sequência desenvolvida de ações. O que eu quero te transmitir como mensagem é que seu texto tem pouca fluidez, ou seja, eu preciso parara leitura de um parágrafo para confrontar as informações de outro anterior, pois a sequência de desenvolvimento das ideias é confusa. Uma das partes que me chamaram maior atenção foi num combate com a espada, por exemplo, onde pude crer em primeiro momento que a arma estava desembainhada e, parágrafos adiante numa mesma linha narrativa, você ainda estava desembainhando a espada.

Outra coisa mal estruturada durante o seu desenvolvimento foi a parte da briga contra o NPC de alcunha “Armário”. Novamente fora confuso, tive que reler algumas vezes para tentar achar a parte coerente daquele combate e fui infeliz na minha procura. Logo, além destes dois erros destacados, ainda tem a utilização exagerada da vírgula durante alguns trechos de seu texto, o que causa desconforto ao leitor e quebra o ritmo narrativo que é necessário impor durante o texto.

Apesar de parecer muito complicado consertar tudo isso, creio que uma revisão mais detalhada faz com que possa ser aprovado, caso tais erros sejam corrigidos.

Boa sorte na próxima!


— NICO HUNTER: REPROVADO

Nico, os seus problemas tangem os mesmos de Oliver de forma piorada.

Sua narrativa é um pouco complexa de manter-se — ou seja, é fácil não querer ler. Isso é triste, porque você construiu uma história preliminar que dá anseio de ver se desenvolver, mas infelizmente te faltou muito para conseguir ser aprovado até mesmo para os deuses mais criteriosos da lista de reclamação comum (Despina, Athena e etcs.).

A sua história é rasa, parece ter faltado um pouco de carinho no desenvolvimento desta. Senti despreparo, falta de revisão por conta dos inúmeros erros gramaticais. Só por isso, sua reprovação já era certa, mas a organização de sua postagem complicou ainda mais.

A organização da sua postagem é horrível (apesar de mais “clara” na hora da transição quando comparada a de Oliver). A utilização do template de postagem não é obrigatório, mas assim como estou utilizando para fazer sua avaliação, utilize o da ficha de reclamação. Com a mais absoluta certeza facilitaria muito mais a leitura quando comparado ao center que empregou em seu texto.

Bom, aconselho que busque melhorar muito a sua história caso deseje ser aprovado e, claro, revise. Temos geralmente players mais experientes dentro do chatbox que podem te ajudar quando solicitado.

Boa sorte na próxima!

— PARA AMBOS: Espero que a avaliação tenha sido esclarecedora quanto aos pontos necessários de melhora em suas fichas.

Caso tenham dúvidas quanto a avaliação sintam-se livres para me enviar uma mensagem privada (MP).

Para todos os fins, esta foi uma avaliação extraordinária pelo atraso na avaliação da ficha de Oliver Krüegger. Portanto, os prazos se manterão: postagem aceita até o dia 21 do mês corrente e fichas avaliadas no dia 01 do mês subsequente.

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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Nico Hunter Ter 15 maio 2018, 18:53


✵Nico Hunter✵

My sweet



...:


Características Físicas:


Nico tem um físico comum para a sua idade, sua pele é clara o que dá um certo destaque para os seus olhos e seu cabelo que dependendo da iluminação podem se parecer com preto, tem um corpo magro e com poucos músculos, tem por volta de 1,67 e ele não se importa muito com altura.





Características Psicológicas:


Nico normalmente se mostra alguém frio e de certo modo arrogante, não que ele tente afastar todos que cheguem perto dele, ele pode até responder e ser educado quando falam com ele mas isso não significa que ele será gentil e “legal” com todos, ele sempre dá respostas curtas e dependendo da pessoa pode até chegar a ser grosso com os outros. Uma das coisas mais difíceis de se ver é o ver chamar alguém para conversar já que o mesmo prefere viver no seu próprio canto.

Ele fala e age sem pensar, o que muitas vezes é um problema para ele, Nico é bem explosivo quando o assunto é raiva ou tristeza, mesmo que ele tente controlar.

É bem cabeça dura e teimosos quando coloca algo na cabeça uma das coisas mais difíceis é fazer ele tirar isso da cabeça. Ele tem  psicológico frágil, mesmo que não demonstre, qualquer pequena ação ou fala podem o afetar de um modo grande.

Ele se importa muito com as pessoas que conseguem, de algum modo, se aproximar dele e pode se apegar muito a elas





História:



— Você tem escola garoto saia logo desse quarto! — gritou a mãe da cozinha enquanto esperava o filho sair do quarto, ela já estava impaciente com tantas faltas do mesmo e ela nem sabia o motivo disso tudo

—Mãe já disse que não vou para a escola! Eu não quero e não vou nem arrastado! — o garoto gritou de seu quarto enquanto esperava  a mãe desistir dessa história toda.

Se jogou na cama e soltou um suspiro fraco, as janelas do quarto se encontravam todas fechadas e a única iluminação naquele lugar era apenas a fraca luz de seu abajur, passou a mão em seus cabelos logo ouvindo a porta ser aberta.

— Nico meu filho eu estou preocupada, me conte o que está acontecendo meu pequeno! — o garoto revirou os olhos e se levantou indo na direção do banheiro fechando a porta com força.

Ele se trocou, assim que saiu do banheiro pegou suas coisas e saio de casa sem nem olhar para trás, faziam quase 3 meses que Nico estava desse jeito sua mãe preocupada quase entrando em desespero. Nico andava pelas ruas de Los Angeles com calma, sentia falta da França se pudesse voltaria no mesmo momento para Lyon. Andava na direção oposta da escola ele não aguentaria ter que ir até aquele lugar mais um dia e sentir olhares em cima dele.

Lyon- França:

Foi até uma antiga rua onde quase não havia movimento, se sentou na beira da calçada e olhou para cima enquanto se lembrava dos momentos que teve em Lyon.

•••

— Mon petit ne court pas finira par tomber (Meu pequeno não corra vai acabar caindo) — Sua mãe disse correndo atrás dele, logo pegou a criança na colo e se sentou no chão rindo junto dele.

— Maman, pourquoi je ne me souviens pas de mon père? (Mamãe por que eu não lembro do meu pai?) — a criança perguntou tombando a cabeça para o lado tentando convencer a mãe a falar algo

—  Je vous ai déjà dit petit, votre père est très occupé et a dû aller (Eu já te disse pequeno, seu pai é muito ocupado e teve que ir )  —  a criança cruzou os braços emburrada e inflou as bochechas fazendo a mãe rir.

A mãe pegou Nico e começou a fazer cosquinhas na criança que ria sem parar, ele tentava fazer a mãe parar e assim que ela parou começou a correr atrás dela enquanto ria.

•••

Nico soltou um sorriso fraco logo abaixando o rosto, fechou os olhos tentando se lembrar de cada detalhe de sua antiga casa. Nico se levantou do chão e tomou o seu rumo de volta para casa.

Quando chegou em casa foi até o escritório de sua mãe, ele queria se desculpar pelo modo que estava agindo e por deixar a mais velha preocupada, bateu na porta do escritório de sua mãe e assim que ouviu um “entre” baixo abriu a porta e entrou.

— Mãe eu... me desculpe por estar agindo desse jeito... eu apenas estou cansado... —  ele soltou um suspiro fraco se sentando na poltrona que havia ali, passou as mãos nos cabelos os bagunçando, mais do que já estavam. A mãe se sentou do lado do garoto e riu fraco.

—  Calma filho, sei que está cansado mas nunca mais me deixe preocupada assim! —  a mulher deu um tapa fraco no ombro do filho fazendo os dois rirem —  Agora me conte o que está se passando pela cabecinha do meu querido filho!

—  Nem sei se adianta contar vai achar que é coisa da minha cabeça! —  o garoto riu sem humor enquanto encarava a mulher —  Tá... só que toda hora tenho a sensação que alguém está me olhando de um modo estranho como se tivessem medo e isso é estranho... —  Nico deitou a cabeça no ombro da mãe enquanto esperava a mesma dizer que ele estava louco ou delirando.

— E por que acharia que está delirando?— ela passou a mão nos cabelos do filho tentando fazer com que ele se acalmasse um pouco —  Mesmo eu achando que você ainda é o meu bebê...

— Mãe eu tenho 13 anos! —  o garoto cruzou os braços inflando as bochechas e a mãe logo apertou.

— Mas tem cara de uma criança de 8 anos! Agora fica quieto e me escuta! —  ela deu um leve peteleco na testa dele o fazendo resmungar baixo —  Acho que você já tem mente o suficiente para entender algumas coisas e essa principalmente... lembre de quando me perguntava de seu pai e eu sempre dizia que ele estava muito ocupado e teve que ir embora? —  o garoto concordou —  Não era mentira... seu pai se chamava Hades, sim Hades o Deus da morte, filho não pense que ele tem esse nome por que a família dele amava Deuses ou qualquer coisa do tipo. Seu pai é Hades, Hades o Deus, pode parecer loucura mas é a verdade. Os deuses são ocupados e são poucas as vezes que eles veem seus filhos ou seja não tem tempo de cuidar de seus filhos. Nico, meu pequeno, você é um semi-deus aqui não é seguro você tem que ir para o Clube da Luta lá vai estar mais seguro! —  a mulher disse sorrindo para o garoto.

Logo ambos escutaram algo bater contra a porta da frente da casa, Nico via o pavor e o medo no rosto de sua mãe, a mulher logo se levantou e correu até sua mesa pegando um envelope e entregando ao garoto, Nico não estava entendendo mais nada, de certo modo ele estava com medo de tudo aquilo.

— Compre uma passagem de ônibus até o endereço não desvie o seu caminho vá para essa direção e não pare até chegar lá! Tem que ir agora ou eles vão te pegar!

—  Mãe eu...

—  Não me desobedeça Nico, apenas faça isso! —  Ela passou a mão no rosto do filho e lhe deu um beijo na testa —  Vá eu vou ficar bem!

Nico sabia que isso era mentira mas tinha que fazer isso, ele pegou o envelope e a mochila que sua mãe havia feito. Nico saiu pela janela e começou a correr na direção da rodoviária, ele não olhava para as pessoas e nem sequer para o chão direito sua visão estava embaçada pelas lágrimas que teimavam em querer cair. Ele se virou novamente e viu sua casa pegando fogo, voltou a correr o mais rápido que podia até a rodoviária.

Assim que chegou no local comprou a passagem para o próximo ônibus para o endereço anotado por sua mãe, assim que abriu o envelope viu um papel azul dobrado, pegou a sua passagem e se sentou em um dos bancos, pegou o papel azul e começou a ler reconhecendo a letra de sua mãe.

“ Para meu pequeno Nico

Agora que já descobriu tudo sobre seu pai sua pequena cabecinha de ovo deve estar mais mexida do que tudo, eu sei que está chorando e provavelmente se culpando por isso também, mas isso aconteceria de qualquer modo poderia ser mais cedo ou mais tarde apenas se foque em se proteger. Não se deixe levar por tudo que os outros vão dizer ao seu respeito, sim você tem várias características parecidas com a de seu pai mas você é você e as pequenas diferenças são as que fazem de você, você.

Eu te amo mon petit (meu pequeno) e se cuide durante o caminho, se de algum modo eu descobrir que ainda ta comendo daquele jeito meio a meio eu volto e te faço engolir toda a comida a força;

De sua querida mãe Giselle, Je t'aime (eu te amo)”

No final daquilo o garoto já se encontrava aos prantos, as pessoas a sua volta o olhavam com pena e isso era uma das coisas que o garoto mais odiava. Durante a viagem toda foi isso as pessoas perguntando se o garoto precisava de algo e o olhando do jeito que ele mais odiava.

Assim que chegou no seu tão amado destino juntou suas coisas e pediu um táxi até o Clube da Luta.





Narrativa


A noite estava fria, mais fria do que eu havia me preparado, tudo bem que meu casaco é quase o dobro do meu tamanho mas eu sou um pouquinho friorento, só muito friorento, me encolhia em meu casaco tentando afastar um pouco do frio que eu sentia. “Apenas queria minha cama” pensei comigo mesmo e comecei a sentir algo pingar na minha cabeça.

— Chuva? Sério? Eu quase morrendo de frio e agora chuva! Okay calma eu sobrevivo! —  disse para mim mesmo, não poderia parar agora e o dinheiro que eu tinha não dava para eu comprar um guarda chuva e ainda sobrar para eu comer nos próximos dias.

As pessoas corriam atrás de um lugar para se abrigar e eu, bom, eu era o único que andava pela chuva como se não fosse nada, comparado ao o que eu poderia encontrar isso realmente não era nada.

As pessoas me olhavam como se quisessem me ajudar mas logo se afastaram pensando que eu era um delinquente, se eu não fosse eu também pensaria isso minhas roupas, meu rosto e a energia que eu transmito não é algo muito amigável... e eu prefiro assim.  A chuva cada vez ficava mais forte só fazendo piorar a minha situação. Novamente aquela sensação de desconforto como se alguém me olhasse e esperasse o momento certo para avançar.

Olho para a rodovia do meu lado e do outro lado tinha um bosque, era minha melhor opção, ao menos eu acho, olhei para os dois lado antes de correr até o bosque, começo a correr mais rápido até estar longe o suficiente da rodovia, querendo ou não precisaria vir para esse lado de qualquer jeito. Tirei uma pequena adaga do bolso e comecei a olhar em volta, estava escuro o que dificultava um pouco a visão, havia poucos postes de luz ali. Segurei a adaga com mais firmeza, senti algo me jogar para frente fazendo meu corpo bater contra a árvore.

Me apoiei na árvore e virei rápido, em uma das sombras parecia ter uma mulher, eu duvido muito que seja uma mulher,guardei a adaga e peguei minha espada ficando em posição de ataque, ela começou a se aproximar de mim me fazendo recuar um pouco.

—  Meu querido não fuja... sou eu...—  eu reconhecia essa voz... era minha mãe

— Não! Está me enganando! — eu disse indo para cima dela, mas assim que vi seu rosto acabei travando no mesmo lugar.

— Querido sou eu... — ela disse sorrindo e eu me afastei novamente, encarei o chão por um tempo e soltei um suspiro fraco.

—  Você não ela... ela nunca me chamava de querido! —  o sorriso no rosto da mulher se desfez e vi sua aparência se desfazer, aos poucos ela ficava mais horrenda me fazendo querer vomitar.

Consegui ver melhor o que aquilo era, uma empousa, ela veio para cima de mim tentando acertar meus braços e tórax, me defendi dos primeiros golpes da mesma e a joguei na direção de uma árvore. Assim que ela se virou para mim eu ataquei acertei de arpam seu braço a fazendo soltar um grunhido pela dor. Ela se virou para mim e atacou com mais raiva, ela acabou acertando meu braço e me jogou no chão.

Eu estava irritado, bem mais do que eu queria, meu braço ardia, agora tinha alguns machucados pelo tombo e ainda estava todo sujo. Me levantei e ataquei a empousa com mais raiva, a mesma revidou acertando alguns golpes em meu rosto e braços.

Enquanto tentava desviar e me defender dos golpes da empousa peguei a adaga e enfiei no tórax da mesma, logo depois enfiando minha espada em seu peito vendo ela se transformar em pó, passei a mão em meu rosto tentando limpar o sangue que escorria de um machucado, não adiantou muito já que minha mão estava suja de terra.

Fiquei mais um dia andando até chegar no mundo inferior, quando eu voltar vou ficar deitado na minha cama durante umas 3 semanas, eu talvez esteja exagerando um pouco.

— Apenas quero acabar logo com isso! —  disse para mim mesmo

O tártaro era bem o que eu esperava, não tem muito como ter outra ideia desse lugar. Eu estava sem a blusa de frio já que não adiantaria nada andar com uma blusa de frio toda encharcada.

Olhei para o castelo na minha frente, estava com um certo receio de entrar ali, não que estivesse com medo ou algo do tipo apenas era a primeira vez que veria meu pai e isso de certo modo traz um nervosismo. Coloco a mão na maçaneta da porta e a empurro devagar, assim que entro no castelo abro a minha mochila e tiro o colar que tinha que entregar ao meu pai.

Começo a andar pelo corredores com calma e aos poucos vou me aproximando do salão principal, vejo Hades falando com uma mulher, provavelmente Perséfone, fico na entrada do lugar e encaro os dois.

— Hades...  —  Minha voz saiu um pouco abafada mas ambos ouviram, Perséfone se retirou e Hades veio em minha direção, eu lhe entreguei o colar e ele começou a me encarar.

— Você foi até que rápido... —  ele disse me encarando por um tempo, eu definitivamente estava nervoso, mas como sempre estava com a mesma cara de sempre —  Você ainda é novo...

—  Não sou uma criança, todo mundo me diz que sou novo e isso cansa! —  Digo encarando o mais velho e coloco as mãos nos bolsos logo desviando o olhar.

—  Você deveria voltar!—  concordo com a cabeça e solto um “sim” baixo. Viro de costas e saiu do castelo de Hades logo pegando o caminho de volta para o Clube de Luta.
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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Cuzão Sáb 02 Jun 2018, 17:30


TESTE PARA FILHOS DE HADES — AVALIAÇÃO
Esta é a avaliação dos concorrentes de maio para filho de Hades.

Um conselho aos concorrentes: utilizem-se bem dos prazos para revisão e modificações no texto.

— NICO HUNTER: REPROVADO

Nico, novamente temos problemas que tornam sua aprovação uma tarefa hercúlea.

A adição do template fora uma boa forma de sua postagem ficar com o mínimo aceitável de organização, mas o maior dos problemas é que você centraliza o texto (com o comando [center]). Esteticamente, junto com a fonte de texto que utiliza, torna-se um pequeno show de horrores.

A segunda coisa que eu creio desnecessário (e consequentemente é um gosto pessoal): não sinta-se obrigado a colocar suas falas em francês por ser francês. O fórum é ambientado nos Estados Unidos, prioritariamente, ou seja, onde todas as tramas grandes se desenvolvem e tudo mais. Mas as falas todo mundo coloca em português, mesmo o idioma sendo o inglês. A fala em outra língua polui o texto como uma informação desnecessária e, caso queira manter, insira a tradução de outra forma — com aspas no apêndice da fala, inserindo o pensamento como o tradutor.

Terceiro fator, agora no quesito narrativo: pontuação, de novo. Não sei dizer se você utiliza travessão (—) ou o meio-traço (–) por conta da fonte empregada, mas ainda assim, pontos finais e vírgulas são inconfundíveis. Utilize-se com sabedoria e leia o texto para identificar falhas.

Outra coisa que a leitura do texto auxilia é na identificação de repetições. De novo a sua narrativa acaba tendo esse problema, com repetições de pronomes principalmente (ela, ele). Utilize nomes, variações, omita. O que eu cobro é que utilize dos recursos que a gramática te oferece, ok?

Esses fatores impedem sua reclamação e, caso não fosse o bastante, ainda teriam apontações a serem feitas na sua ficha, principalmente quanto ao encontro com Hades.

Aproveite-se do prazo e boa sorte na próxima!


Caso tenha dúvidas quanto a avaliação sinta-se livre para me enviar uma mensagem privada (MP).

Para todos os fins, os prazos: postagem aceita até o dia 21 do mês corrente e fichas avaliadas no dia 01 do mês subsequente.

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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Beatrice C. Montgomery Ter 19 Jun 2018, 22:29

Beatrice Claire Montgomery
Have you been living, dear?

CARACTERÍSTICAS FÍSICAS:

Beatrice tem exatamente 1,63 metros de altura, sendo a maior parte de sua força física concentrada em suas pernas. Possui cabelos de tom castanho escuros, quase pretos, e seus fios – finos e longos – chegam até a cintura, não possuindo nenhum tipo de cachos. Os olhos são castanhos da cor dos cabelos, dando a sua expressão uma forte carga de escuridão. Seu olhar facilmente se modifica a medida que seu humor se adequa ao que ela está vivendo: os olhos se abrem quando está sentindo-se agradável, e escurecem quando se sente vingativa, ou até mesmo, com medo. A pele dá um contraste ao sombrio que carrega em seus tons escuros de cabelo e olhos, sendo bastante branca, com os lábios levemente rosados.  

CARACTERÍSTICAS PSICOLÓGICAS:

Potencialmente problemática. Frase  definitiva para a personalidade de Beatrice, com certeza. Tem um quê de sarcarsmo num tom bastante elevado, e costuma ser bastante bipolar. Não costuma sentir TPM, apenas um vazio constante e uma presença de humor sombrio muito pontuada. Geralmente, não se importa com a opinião alheia e é bastante difícil de se apegar, se abrir ou qualquer coisa que tenha relação com abrir o próprio coração. Não tolera nenhum tipo de maus tratos aos idosos, por causa de sua avó, e tem uma paixão peculiar pelos gatos, principalmente os pretos. Sua primeira “personalidade” diz respeito à calmaria, enquanto a segunda se relaciona mais com o desdém. Tende a ser debochada quando está com raiva.
HISTÓRIA

– Olha, sinceramente... – reclamo, virando na cama pela terceira vez. O relógio de parede da sala tocava sem se cansar, e eu realmente não estava nem um pouco disposta para levantar naquele dia. Vovó Claire bateu na porta com força, dessa vez sem hesitar em abrir e deixar que a luz do corredor invadisse meu quarto que, até então, prosseguia escuro e aconchegante na doce escuridão.
– Bebea, você precisa levantar. Sabe muito bem que tem de ir para a escola, e não aceito desculpas dessa vez – ela disse, no mesmo tom doce de voz que me acordava todos os dias. Prendi o edredom nas pernas para que a idosa não conseguisse me descobrir.
– Eu estou doente...De novo. Eu estou doente sempre.
– Céus, Beatrice!  - exclamou, rindo consigo. Passou os dedos por meus cabelos negros, e eu tinha certeza que ela sorria – Não tente bancar a espertinha.
– Eu odeio aquele lugar, sinceramente. Prefiro morrer a ter que ir até lá.
– Seu futuro depende dos seus estudos, Bebea. Não pode ficar assim, como se a vida não tivesse um fim – vovó diz sua frase típica de todos os dias, e sempre desviando o olhar do meu. Suspiro, sentando na cama e deixando que os cabelos caiam pelos ombros, cheios de nós. Ela senta ao meu lado e começa a desembaraçar os finos fios castanhos – Sabe que faço o melhor que posso por você.
– Eu sei – suspiro, coçando os olhos ainda meio remelentos – Mas é a terceira escola só esse ano. E as coisas continuam exatamente as mesmas. E essa cidade tem uma umidade estranha, prefiro Kentucky.
– Não podíamos continuar lá, já que você foi expulsa de todas as escolas da redondeza – estremeci ao lembrar das brigas e expulsões da antiga cidade. Vovó Claire deixou um beijo em minha testa e levantou – Vamos, chega de preguiça. O café já está na mesa.
       A rotina foi a mesma, pois sempre é a mesma. Desci, tomei meu café da manhã – forte e preto, sem açúcar – e segui pela escola, que ficava à três quadras exatas da nossa nova moradia. Long Island era bastante úmido, e minha rinite alérgica não estava acostumada com aquilo, então, eu vivia literalmente à base de anti-alérgicos que davam bastante sono. Perto da rua da escola, sempre me encontrava com Carl, um garoto baixo e gordinho que insistia em conversar comigo desde que cheguei nas redondezas. Eu não dava muito cabimento pra ele, mas meu ignorar não impedia o seu falatório ambulante, me forçando a responder, às vezes, por vergonha alheia. Já bastava ser esquisita sozinha, e acompanhada de um mini botijão de gás falante, era pior ainda.
– Bom dia, Beatrice Claire Montgomery! – ele exclamou ao me ver, caminhando contente ao meu lado, com sua mochila azul-piscina balançando nas costas.
– Carl. Eu já disse que a necessidade de falar meu nome todo aos quatro ventos é nula. Assim como a minha paciência com essa sua felicidade às 7 da manhã.
– Viva a vida com menos intensidade, minha querida companheira – deixei uma sobrancelha levantar ao escutar sua frase, lançando-lhe um olhar de estranheza.
–  Você tem 13 anos, posso saber por que tá falando desse jeito de velho?
– Porque...você não lê? Que coisa – e foi o suficiente para que ele se calasse. Carl não gostava de falar sobre idade, como se a sua lhe atingisse profundamente. Eu, como sempre, não tinha, nem queria ter, nada a ver com isso. Era tudo bastante atípico e simplório pra mim. Não fazia tanta diferença.
                Dezessete de janeiro de 2013. Definitivamente era um dia como outro qualquer. Pessoas se escondendo quando eu passava, fazendo comentários maldosos ou lançando olhares avassaladores contra mim. Nada que eu não pudesse suportar. As aulas foram mantendo sua sequência típica de uma quinta-feira: história, inglês, álgebra, e, no final do dia, macenaria. Essa era a aula mais calma do dia, porque todos ficavam bastante concentrados em deixar suas casinhas de pássaros impecáveis para que o professor – cujo nome eu nunca consigo lembrar – pudesse elogiar e dar uma bela nota. Eu não gostava de passarinhos, mas gostava de cortar as coisas com a serra, fazer detalhes com o canivete, polir a madeira. Me distraía do que acontecia no restante do dia, e da facilidade que eu possuía de sempre me meter em encrencas.
              Cortando tranquilamente o pedaço da minha madeira ao lado de Carl, que estava calado, senti algo bater na minha cabeça e risadinhas entrarem pelos meus ouvidos. Claramente só podia ser alguma brincadeira de mau gosto de Candace e suas amiguinhas loiras e escrotas. Apenas revirei os olhos, continuando o meu trabalho. Minutos depois, mais um pedaço de alguma coisa atingiu minha nuca, me fazendo bufar dessa vez. Mais risadinhas foram ouvidas, e Carl se mexia inquieto na sua cadeira, tendo certeza de que eu iria reagir se aquele tipo de provocação continuasse. Pela terceira vez, foi o ápice da minha inquietude. Ao sentir o baque incomodativo no mesmo lugar da nuca, levantei de supetão da minha cadeira e virei em direção ao bando de maricas que estava duas mesas atrás. Senti as unhas fincando na própria palma da minha mão, e mordi o canto interno da bochecha. Os olhos de Candace brilhavam. Ela queria mesmo que eu revidasse.
– Ah, qual é, Montgomery. Foi só uma brincadeirinha – ela disse, sorrindo sarcasticamente.
– Você tem que parar com essa merda, Candace. Sério, vai fazer sua casinha e me deixa em paz.
– Esse é o seu problema – Jane, amiga da escrota da Candace, toma as dores e se envolve na discussão – Você nunca entra na nossa brincadeira. Por isso não somos amigas.
– Ela não é amiga de vocês porque a única coisa que vocês querem é fazer a garota passar vergonha – Carl desembucha, sem sair da sua cadeira.
– O namoradinho dela resolveu defender dessa vez – as gargalhadas ecoam, me fazendo olhar feio para Carl. Eu não precisava da ajuda dele.
– Carl não é meu namorado e eu não preciso de defesa. Só quero que vocês cuidem mais da própria vida – e, dito isso, sentei novamente na cadeira, de costas para o grupinho irritante que cochichava nas minhas costas.
            Não sei quanto tempo demorou, mas um objeto mais forte atingiu minha nuca, e não contive a raiva dessa vez. Virei, impregnada de ódio, e avancei em direção à Candace, que mudou o olhar assim que seus olhos encontraram os meus. Medo. Puro medo emanava de seus músculos, e me satisfazia, me deixava mais forte. A cada passo que eu dava, mais ela se afastava, como se algo impelisse-a de ficar mais perto. Algo que saía de dentro de mim. O canivete na minha mão cintilava, enquanto eu segurava-o tão forte que o nó dos meus dedos ficavam brancos. Deixei que ela mesma se encolhesse contra a parede, e levantei a lâmina perto do seu rosto. Sua respiração estava falha, e meu coração batia forte. O chão começou a tremer levemente, fazendo Candace arregalar os olhos. Parecia que tudo estava respondendo aos meus estímulos: o medo, o clima e as pedras. Tudo ficou mais denso e eu continuava sem me incomodar.
                Mas, era a minha vez de perder a concentração. As janelas começaram a bater com um vento forte, e o clima inteiro estava escurecendo, avisando uma tempestade que poderia devastar a cidade, se quisesse. Arregalei os olhos, me afastando completamente de Candace. O professor tinha retornado à sala, e percebi que ele estava gritando a algum tempo comigo. Alguma coisa não me deixou escutar o que ele dizia, ou compreender, ou até mesmor revidar. Era como se eu tivesse, completamente, saído de mim. Um zunido alto insistia em tirar a paz da minha mente, ficando cada vez mais irritante a medida que eu tentava compreender o que estava acontecendo ao meu redor. O professor, impaciente, segurou meu braço e me levou para fora da sala, arrastada, com Carl em seu encalço. A gritaria era grande na escola, mas o zunido nos meus ouvidos era bem maior.
               Quando menos esperei, fui jogada para fora da escola com a chuva forte caindo sobre meu corpo. Carl não tinha hesitado e saiu também, e estava ensopado ao meu lado. Tapei os ouvidos, sentindo uma dor lacerante e insuportável tomar conta do meu corpo. Carl olhava para os lados, quase sem enxergar por causa da forte chuva, e me puxava um tanto desesperado. Comecei a correr junto com ele pela chuva, mas caí de joelhos. A dor era forte, e o zunido aumentava a cada passo que eu insistia em dar.
                Já estávamos quase em casa quando uma dor absurda atingiu com força o meu braço, e gritei de dor. Minha audição começava a retornar, mas ainda estava tão ruim quanto a dor que eu estava sentindo.
– PELO AMOR DOS DEUSES, BEATRICE! VAMOS ENTRAR LOGO NA SUA CASA! – Carl gritava, e minha mente começava a se acostumar novamente com a sua voz. Antes de obedecê-lo, virei na direção do seu olhar, e encontrei voando no céu três criaturas meio pássaros, meio mulheres. Elas que emanavam o zunido que tinham me deixado inerte aos acontecimentos ao meu redor.
               Uma das criaturas voou mais baixo novamente, mas Carl me puxou antes que ela pudesse agarrar meu braço. O garoto me jogou para dentro da porta de casa e trancou, e percebi que, se tivesse demorado mais alguns segundos, as garras – que agora estavam cravadas na madeira da porta – estariam, com toda certeza, nas minhas costas. Minha expressão dizia exatamente o que eu estava sentindo: olhos arregalados, respiração entrecortada e músculos contraídos. A roupa, encharcada pela chuva, formava uma poça no chão onde eu tinha escorregado ao ser jogada em casa. Carl, também ofegante e molhado, estava de frente para a porta e, consequentemente de costas para mim.
– Passou... Essa passou... – ele balbuciava atônito, enquanto eu não conseguia falar absolutamente nada. Vovó Claire desceu rápido as escadas, trazendo consigo toalhas e uma maleta de primeiros socorros nas mãos. Correu em direção à Carl e entregou-o uma das brancas e felpudas toalhas, e logo depois veio ao meu socorro. Ela estava com uma expressão calma, apesar de tudo o que aconteceu, e eu não conseguia acreditar que ela estivesse desse jeito.
– O que... O que foi aquilo? – perguntei, quase inaudível, fazendo meus olhos dançarem entre olhar para vovó, e olhar para Carl. Ele virou-se ao som da minha voz e respirou fundo.
– Harpias – continuei olhando para ele, sem entender. Vovó também virou a cabeça, enquanto me levantava devagar em direção ao sofá – Harpias são criaturas mitol...
– Eu sei o que são harpias! – exclamei, começando a me irritar – São as mesmas da história de Jasão, que o professor de história contou no começo do ano letivo. Mas essas merdas não existem. Então me explique o que merda acabou de acontecer.
– Beatrice... – sussurrou vovó, começando a limpar meu corte. Tinha esquecido dele, até ela tocar e me fazer estremecer com a dor – Não sei por onde começar.
– Pelo começo, vovó! Por tudo que é mais sagrado, me expliquem que merda é essa.
– Sra. Claire, não acha melhor que eu comece? – pergunta Carl, mais calmo.
– Não precisa, querido... É minha obrigação – ela balança a cabeça para tranquiliza-lo e eu, novamente, arregalo os olhos.
– Vocês dois se conhecem?! – o tom de surpresa volta para a minha voz. Carl afirma levemente com a cabeça, mas vovó que me responde.
– Chegaremos nessa parte da história, Bebea. Vou contar enquanto limpo esse estrago... – ela pega uma gaze, e começa a limpar o corte profundo com delicadeza. Ainda consigo ouvir o zunido das harpias do lado de fora e estremeço – Sua mãe, Bea, teve um namorado, exatamente treze anos atrás. Eles estavam bastante apaixonados, mas ela sempre dizia que não era a hora para conhecê-lo. Sempre respeitei as decisões e privacidades dela, então não me preocupei com isso. Certo dia, pela madrugada, sua mãe apareceu grávida. Disse que tudo ficaria bem, e que a criança seria muito amada por ela e pelo pai. Mas... – ela suspirou, mordendo os lábios para conter as lágrimas – Eu não aceitei. Queria conhecer o pai da minha neta, o homem que fazia minha filha feliz. Brigamos, eu e Kate, e ela resolveu ir embora, com o namorado e o bebê que estava gerando. Um dia, me ligaram de madrugada de um hospital, perguntando se eu era mãe de Mary Kate Montgomery. Corri para lá sem nem mesmo saber qual era o motivo da ligação, e ao chegar... Ah, Bebea... Ao chegar eu vi você. Seus olhinhos brilhando e suas mãozinhas se mexendo. Me encantei! – estremeci, pois senti um aperto no coração, mesmo sem saber o que estava prestes a ouvir – A enfermeira me tirou do transe, dizendo que sua mãe estava querendo falar comigo. Kate estava na UTI...Tinha perdido muito sangue no parto e os médicos não acreditavam que ela fosse sobreviver. Ela me disse apenas que seu pai era sim uma boa pessoa, mas não podia revelar quem era. Que ele cuidaria de você, mesmo de longe, e que quando coisas estranhas começassem a acontecer, eu não me assustasse. E ela faleceu.
                Um silêncio pairou na sala quando vovó falou essas palavras. Até as harpias tinham ido embora, e o único som era o da chuva forte que caía do lado de fora. Carl estava parado, olhando para o chão, como se já conhecesse a história de cor e salteado, e sua expressão vazia e calma me deixava levemente incomodada. Voltei o olhar para vovó, incentivando-a a continuar. Eu ainda não tinha entendido porque aquelas coisas existiam, e porque elas tinham vindo atrás de mim.
– Ano passado, quando ainda morávamos em Kentucky, e quando as confusões na sua escola estavam no auge, comecei a receber algumas ligações de Carl. Ele me contou que conhecia a sua mãe, que sabia quem era o seu pai, e que podia me ajudar. Explicou-me quem você era e, confesso, hesitei em acreditar quando ele me falou. Mas, sua mãe tinha me alertado, e minha função era cuidar de você. Carl disse para que nos mudássemos para Long Island, escolheu a casa e assim fiz.
– Tá... – falei, levantando uma sobrancelha – E o que eu sou exatamente? Qual a explicação pra que eu veja coisas que claramente não existem em outro lugar além dos mitos?
– Você já aprendeu sobre os semideuses na escola, certo? – a voz de Carl parecia até mais velha quando ele falou – Filhos de deuses e mortais. Poderosos. O namorado da sua mãe, do qual sua avó falou, era um deus. O que faz de você uma semideusa – escuto e, segundos depois, caio na gargalhada.
– Pensei que você era maluco, Carl. Mas não nesse nível...
– Bebea...Acredite nele.
– Não, vó! – solto, cessando a minha gargalhada – Isso é completamente insano!
– Então me diga Beatrice, como você explica certas coisas que acontecem com você, que não acontecem com mais ninguém ao seu redor? Diga-me... Como você explica a sua dislexia? Seu déficit de atenção? Como você explica ver esses seres mitológicos que mais ninguém vê? – o silêncio paira no ar, me fazendo pensar. Algumas perguntas poderiam ter até uma ou outra explicação plausível, mas ver esses monstros... – Foi o que pensei. Seu cheiro está cada vez mais forte, e os monstros querem cada vez mais destruir você. Sua avó conseguiu lhe proteger por anos, mas agora é o momento de ser protegida por outro lugar.
– E pra onde eu iria? Se sou “semideusa”, provavelmente tenho poderes. E ainda não sei quem é o meu pai. Quem é, Carl? – ele suspira, levantando do seu lugar e sentando ao meu lado. Vovó terminava de enfaixar o corte no meu braço.
– Eu não sei quem é seu pai, Beatrice. Mas sei que ele é muito poderoso, ou você não seria perseguida por harpias. Você irá comigo para o Acampamento Meio-Sangue, é um local, aqui mesmo em Long Island, onde todos os semideuses ficam seguros.
– Existem outros como eu?
– Existem, e todos estão nesse acampamento. A maioria foi levada por sátiros, assim como você será – deixei que uma sobrancelha se arqueasse novamente.
– Perai... Tá querendo me dizer que você é metade cara, metade... bode? – ele afirmou com a cabeça, dando um risinho fraco.
– Mas, isso é conversa pra boi dormir. Um dia você me vê sem esse disfarce todo, e tenho certeza que vai ser uma revelação avassaladora. O objetivo é levar você em segurança até o acampamento.
– E minha avó? – seguro automaticamente a mão de Vovó Claire, que aperta de leve os meus dedos.
– Eu não posso ir, querida. Mas prometo que você vai me ver nas férias, tudo bem? – olho para ela, e depois, viro novamente para Carl.
– Ela não vai correr perigo, Carl? – ele nega prontamente com a cabeça.
– Sinto dizer que o perigo que sua avó corria era porque você estava com ela. Sem você, sua avó se torna uma mortal como os outros, e os monstros realmente não vão se importar mais com ela – relutante, afirmo com a cabeça.
– Vamos arrumar uma mochilinha para que você possa ir direitinho pra esse acampamento – Vovó Claire deixou um beijo demorado na minha bochecha, me levando para o andar de cima, para que pudéssemos organizar uma pequena mochila com alguns pertences.
(...)
             A sorte é que o tal lugar não ficava longe da minha casa. Vovó e Carl combinaram direitinho, para que tudo saísse sem que muitos problemas fossem encontrados no caminho. A chuva forte cooperava para que o resto do mundo nos tratasse com uma ignorância completa. Dentro do metrô, eu realmente não queria pensar na despedida de uma hora atrás. Tentava, de verdade, me convencer de que vovó ficaria bem, de que o tal acampamento era o melhor lugar para se morar, de que Carl era realmente um sátiro e de que aquelas coisas que ferraram meu braço realmente eram harpias. Mas, tudo era bastante insano, e eu provavelmente só acreditaria quando começasse a viver, de fato, o que as pessoas diziam sobre a minha vida.
             Descemos no meio da chuva e andamos. Andamos. Andamos muito. Andamos até eu pensar que a tal floresta não acabava nunca mais. Estava exausta, ensopada, irritada. Mas, Carl dizia com todas as certezas de que tudo aquilo era melhor para a minha proteção, e alguma coisa me dizia pra acreditar nele. Depois de muito andar, e de muito falar mal mentalmente daquele gordo que me acompanhava, avistei a colina na nossa frente, a cerca de quarenta metros. A incredulidade tomou conta de mim, e olhei para ele, perplexa.
– Você tá querendo me dizer que eu vou ter que escalar essa porcaria?
– Vamos logo, e deixe de colocar mais empecilhos, Beatrice.
– Mais empecilhos?! Você me fez andar um zilhão de quilômetros e tá dizendo que EU coloquei empecilho?
– Sua segurança está mais perto do que imagina.
           E essa frase foi o suficiente pra me fazer bufar e segui-lo. Por sorte, a colina não precisava ser escalada. Uma espécie de caminho foi construído para que – quem quisesse, aparentemente – as pessoas subissem sem tanto esforço. No topo, um arco grande com “Acampamento Meio-Sangue” em sua placa era uma forma de boas-vindas pouco convidativa. Tochas iluminavam a entrada, e a chuva forte já não existia mais. Caminhei para dentro do arco, e, por um segundo, a chuva, a roupa ensopada, o machucado no braço, o cansaço por tanto andar, a despedida da minha avó... Tudo veio à tona. As pernas penderam, e perdi o equilíbrio. A visão, de turva, escureceu, e apaguei, entregando meu corpo ao cansaço.
Acordei, já sem dores, mas me sentindo um tanto enfadada. Os olhos demoravam a se acostumar com a luz do sol, que parecia tomar conta de todo o local. Tudo era muito branco ali, e isso cooperava para a claridade que emanava das janelas, junto com brisas leves que bagunçavam os fios negros em volta do meu rosto. No pé da cama, um Carl ansioso e sem camisa estava me olhando. Franzi a testa, ainda adequando a visão, e engoli em seco, sentindo a garganta arder.
– Estou com sede – reclamei, pigarreando de leve e tentando me levantar. A dor na minha cabeça era menor, mas a fraqueza corporal me fez ceder e deitar novamente.
– Vou providenciar água pra você – o garoto encheu um copo e andou em volta da cama, parando ao meu lado para me entregar. Arregalei os olhos ao ver suas pernas.
– Que...Você...
– Pensou que tinha sido um sonho, Beatrice Claire? – gargalhou, negando com a cabeça – Beba. Você ainda tem muito o que entender.
Me recusei a responder qualquer pergunta que Carl me fez desde que abri os olhos. Ele tagarelou até que percebeu minha falta de ânimo, e desistiu. Consegui levantar depois de algum tempo, e o sátiro disse que precisávamos nos encontrar com algumas pessoas na Casa Grande. Caminhei, novamente, em silêncio, observando cautelosamente as pessoas que se moviam ao meu redor. A maioria cochichava, olhando para mim de canto de olho, falando como se eu não estivesse vendo, e, pra ser sincera, fingia não ver, de fato. Aprendi, ao longo dos anos, a ignorar certos olhares que eram lançados sobre mim. Levantei a cabeça apenas ao chegar na porta da maior construção que tinha visto até ali.
– Seja bem-vinda, Srta. Montgomery. Estávamos à sua espera – um homem de meia-idade abriu a porta, e novamente, arregalei os olhos ao ver a metade de baixo do seu corpo. Aquilo, com certeza, não era normal. Ele riu, simpático, e senti as bochechas levemente coradas de vergonha – Não se preocupe. Já sou acostumado com essas reações. Me chamo Quíron, sou o diretor de atividades do acampamento. E sou um centauro.
– Hã...Sei...Muito prazer, eu acho.
- Vamos, entre – ele afasta sua “parte-cavalo” para me dar espaço, e antes de adentrar, olho para Carl. Algo me dizia que podia confiar nele. Quíron percebeu meu receio, e Carl balançou a cabeça positivamente, me encorajando – Muito obrigada por trazê-la aqui, Carl. Você irá conduzi-la depois – o sátiro afirma novamente com a cabeça e sai trotando para longe da casa. Caminhamos, Quíron e eu, em silêncio por alguns segundos, até que chegamos em uma sala de estar bem iluminada. Suspiro, olhando a decoração – Imagino como esteja se sentindo.
– Não...Você não imagina, não – rebato, quase inaudível.
– As coisas podem parecer difíceis no começo, Beatrice, mas você vai aceitar, em algum momento, que é especial para o mundo. Seja para os mortais ou para nós.
– Algumas horas atrás eu sabia exatamente quem eu era. De repente, a única coisa da qual eu tinha certeza, se foi. Não sei quem sou, minha família sempre mentiu pra mim, e tudo começou a virar de cabeça para baixo. Patético – Quíron suspira, andando devagar pelo cômodo.
– As coisas irão se organizar de acordo com o tempo, senhorita. A confusão cessará e tudo mudará de forma na sua visão. Mas, sente-se. Iremos conversar um pouco sobre essa sua nova vida, e acho que essa conversa irá ajudar muito em algumas de suas dúvidas.
Foram horas de conversa, acho. Quíron me explicou sobre os deuses – os três grandes, o Olimpo, as guerras –, sobre o acampamento e como funcionavam os chalés – por enquanto, ficaria no chalé de Hermes, já que não tinha sido reclamada ainda –, sobre as atividades, e sobre todo o básico daquela vida nova. Me sentia aliviada, sabendo que as coisas seriam respondidas a medida que o tempo passasse, mas, também sabia que algumas perguntas nunca teriam uma resposta concreta. As coisas podiam ser um pouco deturpadas no mundo da mitologia.
Chegava a hora do jantar, e antes de irmos para o que Quíron chamava de refeitório, andamos pelos chalés, para que eu conhecesse um pouco mais do acampamento. A conversa nunca era animada, apenas algumas perguntas feitas por mim ao centauro, que ele respondia com a paciência de alguém que fazia a mesma coisa a anos. Recebi ordens para sentar com aqueles que descobri serem filhos de Hermes, e lá permanecer durante o jantar, para que o monitor do chalé pudesse me levar ao dormitório depois de comer.
Em certo momento, tínhamos que jogar parte da nossa comida para oferecer aos deuses, em forma de pedido ou agradecimento. Achava, sinceramente, tudo muito esquisito. Uma grande fogueira, onde cada um jogava um pedaço de alguma coisa, que só cheirava a queimado. Se os deuses eram pessoas – partindo do pressuposto que eu sou uma, e provavelmente fui gerada por alguém humano de alguma forma – não iriam gostar de comer nada que fosse queimado daquela forma. Mesmo assim, quando tomei a coragem necessária, joguei um pedaço de bife na grande fogueira. “Quem quer que você seja, por favor, me diga”, pensei, antes de atirar a comida no fogo.
As chamas, de repente, começaram a tremular com mais rapidez, mudando aos poucos de cor. Enquanto antes emanavam o forte amarelo-alaranjado do calor, agora queimavam em roxo e azul, e pareciam ser mais frias, apesar de ainda carregarem poder. Todos tinham se afastado, e só eu permaneci perto da fogueira. Olhava assustada do fogo para as pessoas, que também arregalavam seus olhos para o que estava acontecendo. Claramente aquilo não era normal. O foco do olhar das pessoas mudou, alguns segundos depois, para cima da minha cabeça. Acompanhei-os, e pude ver um holograma lilás, mostrando uma espécie de foice, que sumiu com pouco tempo. O acampamento, como uma onda, foi ajoelhando-se, e eu não conseguia entender. Quíron surgiu do meio da multidão, e falou com firmeza para quem quisesse ouvir:
– Está determinada – ele respirou fundo, antes de continuar. Não tirei os olhos dele um segundo – Hades. Salve, Beatrice Claire Montgomery, filha do deus dos Mortos e do Submundo.

NARRAÇÃO:
O colar de contas pendia pesado no meu pescoço. Já tinham três, contando com a conta de reclamação de Hades. Aquela tinha a primeira e última vez que tive uma mensagem direta do deus para mim. “Eu sou seu pai”, e só. Me virei sozinha nos últimos três anos de acampamento, sendo intercalados por visitas à minha avó, que duraram muito pouco. Nesse instante, estava tirando um cochilo enquanto Carl, que jamais tinha saído do meu lado, fazia a ronda. Estávamos em Nova York, em direção à casa do meu pai, o Submundo, e o objetivo era pedir reforços para a segurança dos mortais, pelo surgimento de muitos monstros ao redor da cidade.
Estava nervosa, ansiosa, com medo de ser rejeitada, como aparentemente sempre fui. Logo eu, que nunca tive contato direto com o deus dos mortos, mesmo ele sendo meu pai, fui escolhida para ir pessoalmente implorar por seus próprios monstros, para defesa daqueles que eu prezava, apesar de diferentes de mim. Eles sofriam as consequências das loucuras do nosso mundo, e era nossa obrigação protegê-los. Não era fácil para Carl nem para mim, nos desvencilhar das forças do mal naquela cidade, já que meu cheiro forte de morte, herdado de meu pai, chamava a atenção de todas as bestas que circulavam por ali. Em dois dias fora do Clube da Luta, encontramos quatro besouros carnívoros de uma vez.
Por ficar acordando e dormindo diversas vezes, resolvi levantar da cama que fiz com minha mochila, e o cobertor com meu casaco. Parei ao lado de Carl, que estava com seu disfarce de humano, cobrindo as pernas. Olhávamos a rua da viela escura onde nos escondíamos. O silêncio pairava sobre nós, como de costume, e comecei a desenhar imaginariamente no chão.
– Como imagina que é a casa do seu pai? – perguntou Carl, atento aos movimentos da rua.
– Escuro – rio fraco, pensando um pouco mais – Frio, e silencioso. Como eu.
– Que drama, Beatrice Claire. Ele deve ser simpático.
– O deus dos mortos, Carl? Você tem certeza?
– Bom, sabe que sempre acredito no bem das pessoas, na simpatia delas.
– Deve ser por isso que ainda é meu amigo, acredita que um dia eu vá ser menos...Insuportável – o sátiro gargalha, negando com a cabeça.
– Um dia você vai ver sentido nessa sua cabeça oca, e vai ser mais legal. Mas sua marrentice é o seu jeito de se defender, já me acostumei.
– Não sei como aguenta. Às vezes, nem eu me aguento.
– Vai ser fácil parar de se aguentar se você morrer – ouve-se um sussurro vindo da parte mais escura da viela. Viramos bruscamente, na mesma hora, e levo minha mão à espada, na bainha da calça. Minha Darkness, presente de reclamação, era a única coisa que podia me dar segurança agora, já que a mochila estava longe, onde eu tinha deitado antes.
– Se revele – ordenei, a voz saindo um pouco trêmula por ter sido pega de surpresa.
– Você não manda em mim, semideusa. Mesmo sendo uma filha de Hades, estou sob o controle de outra coisa... – aproximei os passos, semicerrando os olhos para tentar ver melhor na escuridão.
– Se quer me matar, venha logo, sua...coisa. Não sei porque está perdendo tempo.
– Esperando você se render. Ou se aproximar mais.
A voz era um pouco melodiosa, e tive medo do que poderia ser. A mão suava, segurando a espada com força, hesitando desembainhá-la antes da hora. Escutei a criatura se movendo na escuridão, e engoli em seco. Carl rondava pelo outro lado, também carregando uma espada. Uma fresta da lua passou pelo local, e meu coração quase parou. Pude enxergar garras grandes e chifres, assim como asas e uma cauda. Uma gárgula, claro. Como não pensei nisso antes?
– Acho que já descobriu quem eu sou – e a investida foi feita. Um voo rasante atingiu minhas pernas, e me fez ir ao chão de costas com um baque forte. Bufei, sentindo a dor da pancada, e desembainhei finalmente a lâmina de bronze sagrado. Empunhei-a, ficando em posição de ataque.
A coisa e eu nos encarávamos, e meu coração era acelerado. Mais uma vez, ela investiu, e suas garras vinham na direção do meu rosto. Consegui desviar, cortando o ar com a lâmina, sentindo a ponta rasgar um pequeno espaço da pele da gárgula. Um grunhido pôde ser ouvido quando ela pousou novamente no escuro. Carl olhava para mim do outro lado, fazendo sinal para que ele a distraísse, e eu pudesse atacar por trás. Balancei a cabeça positivamente, apertando mais os dedos em volta da espada.  
– Por que não ataca o sátiro, coisinha? – ele chama a atenção da gárgula, que investe contra ele, as garras afiadas em direção do sátiro. Ele se abaixa, mas é atingido pela cauda, quando o monstro toma impulso, e Carl bate contra as latas de lixo que estavam atrás dele. Na volta, aproveitando a queda de Carl, segura o sátiro pela camisa, e joga-o novamente contra as latas de lixo já derrubadas, fazendo-o gemer de dor. Utilizo, automaticamente, meu poder de geocinese, e as pequenas pedras se movem ao meu redor. Sabia que aquilo tiraria a atenção da besta para mim, e, uma a uma, levantei e joguei em direção da gárgula.
– Está tentando me matar com pedrinhas, pequena Hades? – a criatura ri, virando a cabeça demoníaca para mim. Sobe o voo e desce em minha direção, me fazendo cair para o lado e rolar, batendo as costas na parede da viela. Suas garras, ao realizar o voo rasante, atingem o braço esquerdo, e grito com a dor lascinante. Mesmo sentindo a blusa ensopar, levanto, e quando a gárgula vem novamente para me atacar, levanto a espada, cortando de vez uma de suas garras.
– MALDITA! – o bicho grita, tentando mais um ataque com a outra mão. Cambaleio para trás, me livrando, e é o tempo que Carl precisava para se levantar também. Ele consegue, pelas costas, cortar a cauda do monstro, que urra novamente. Mais uma investida contra o sátiro me dá a oportunidade de, com dois golpes, cortar fora sua outra garra e empurrar minha lâmina no seu abdômen. O grito cortante da criatura entra em nossos ouvidos, e ela limita-se a virar pó, apenas, sumindo da nossa frente.
Ficamos alguns segundos com a respiração entrecortada, o peito subia e descia a medida que o coração palpitava freneticamente. Só depois de assentar a adrenalina, Carl se aproxima de mim, observando o braço ensanguentado.
– Precisamos cuidar disso aí – afirmo com a cabeça, me encostando na parede onde a gárgula surgiu.
– Você está bem? Levou um tombo feio daquela coisa quando tentou se fazer de isca.
– Minha cabeça dói um pouco, mas nada que néctar e ambrosia não possam resolver. Seu problema é um pouco mais sério – suspiro, fazendo careta enquanto Carl pegava água e gaze da mochila para colocar no machucado.
– Daria de tudo para ter algum filho de Apolo comigo agora.
– Vai ter que se contentar com um sátiro – rio fraco de sua piada, me preparando para a limpeza que o meu amigo iria realizar no corte.
Depois de alguns gritos de dor abafados por meu casaco, alguns pedaços e goles de néctar e ambrosia, decidimos que esperar não era mais uma opção. Andávamos pelas ruas de New York, eu com um braço enfaixado, e Carl cansado e todo sujo, com a blusa um tanto rasgada. Os olhares que levávamos pelo caminho poderiam até nos intimidar, se não estivéssemos tão preocupados com coisas bem mais importantes do que nosso estado. A entrada para o submundo nós conhecíamos, Quíron tinha nos dito, já que a missão se dava exatamente em entrar lá e pedir ajuda para Hades. A DOA Records estava fechada naquela hora da madrugada, mas entrar não era um problema. Eles tinham acesso pela porta dos fundos, que ocasionalmente era esquecida aberta pelo funcionário da noite.
A medida que caminhávamos para dentro do local, tudo ia ficando mais frio. Não percebi, afinal, minha respiração e meu corpo eram adequados para o submundo. Só caiu a ficha de que estávamos finalmente entrando lá quando Carl tremia de frio e respirava com dificuldade ao meu lado. Emprestei-o meu casaco, já que usá-lo não fazia muita diferença, e continuamos caminhando até abrir mais uma das portas e dar de cara com um pequeno barco, onde tinha nele um homem encapuzado, e as paredes eram infinitas, iluminadas por tochas. O homem virou em nossa direção, e antes de abrir a boca, baixou a cabeça em forma de reverência.
– Senhorita Montgomery – engoli em seco, olhando para Carl, sem entender. Antes que o sátiro pudesse falar, o mesmo homem tomou a palavra – Sou Caronte, faço a travessia dos mortos até o submundo. Sei que é filha de Hades. Todos sabemos quem são suas proles.
– Muito prazer, Caronte – tentei manter a firmeza na voz, mas não acho que tenha dado certo – Não estamos mortos, já deve ter percebido, mas precisamos ir até meu pai. Ordens de Quíron e do Sr. D. – ele afirma com a cabeça, olhando para mim, e depois para Carl.
– Posso deixar passá-la de graça, não cobraria preço algum para uma herdeira de Hades. Mas o sátiro... – Carl o interrompe, mexendo nos bolsos.
– Já sei. Dois dracmas.
– Isso – Caronte esboça um sorriso quando ouve o som das moedas tilintando em sua mão. Subimos no barco, e o mesmo começa a se mover a medida que o homem de capuz rema.
Tentei não olhar para os lados durante a travessia, mas a curiosidade de saber mais sobre de onde eu realmente vinha tomou conta de mim. Nas margens dos rios, almas pedintes jaziam, como se jamais pudessem encontrar o caminho para o reino de meu pai. Caronte não parecia ser muito simpático, e pude entender que essas almas não tinham o dinheiro que Carl tinha para embarcar no que poderia ser chamado de eternidade. Quase tive pena delas, mas antes disso, desviei meu olhar para a água negra que mexia embaixo do barco.
Um longo caminho depois, onde o silêncio ainda pairava no ar, o rio deixou de existir, e começou a flutuar, literalmente. Embaixo dele, existia agora uma espécie de limbo eterno, de onde caíam objetos diversos de cima até o além. Objetos que emanavam não apenas sua concretude em si, mas sonhos, desejos, apegos e sentimentos. Por cada objeto que vi cair, via também caindo um amor perdido, uma família deixada para trás, uma viagem perdida, um sonho inalcançado. Tudo sendo interrompido por aquilo que ninguém jamais foi capaz de impedir: a morte.
As cores iam se tornando mais vívidas como fogo, dando luz à escuridão que parecia ser infinita. Ao longe, podia ver locais separados, como se fossem aldeias, cada qual com sua peculiaridade. Não consegui enxergar detalhes, mas sabia que ali existia uma divisão severa de como cada alma iria “viver” para o resto de sua...morte. Caronte estacionou na frente da maior construção negra presente no local, e fez sinal com a cabeça para descermos.
– É só passar pelo portão, senhorita. Seu pai já sabe que está nas redondezas.
– Obrigada, Caronte – agradeci ao descer junto com Carl, e a alma fez mais uma vez uma reverência com a cabeça, se afastando da margem e seguindo de volta o caminho que tomamos até ali. Por um momento, pensei em como poderíamos voltar, mas algo me dizia que não precisava me preocupar com isso.
Como de costume, Carl e eu caminhamos pela longa passarela de pedra que levava até o castelo no final. Deduzi que ali morava meu pai, Hades, junto com sua esposa – e consequentemente, minha madrasta – Perséfone. O coração começou a palpitar mais forte, e minha mão suava frio a medida que o grande portão de ferro ficava mais próximo. Aprendíamos que o castelo de Hades era guardado por um grande cão infernal, Cérbero. E pude ver com meus próprios olhos que era verdade. Para a minha surpresa, o portão se abriu num pequeno ranger, e o cão apenas moveu a cabeça, como se aprovasse nossa entrada. Subimos juntos as escadas da frente e entramos no castelo, que parecia ser bem mais quente. A mudança de temperatura me fez perceber que estava realmente frio no mundo dos mortos.
Os passos ecoavam no piso negro de mármore, e Carl andava bem próximo de mim. Era de se esperar, ninguém normal queria se sentir um morto de uma hora para a outra. Na grande lareira no meio do salão de entrada, um homem vestido de terno negro, com cabelos negros e bem pentados, estava de costas para nós. Virou-se antes que eu pudesse falar, e ao olhar em meus olhos, pude sentir quem ele era. Hades. Parei de andar repentinamente e deixei que nos encarássemos por alguns segundos, que pareceram horas. Ele abriu um breve sorriso de satisfação.
– Estive me perguntando quando você viria me visitar – umedeci os lábios, sem saber muito bem o que dizer. O que tinha ensaiado até ali foi esquecido num piscar de olhos.
– Nunca fui convidada – seus olhos brilharam um pouco pela minha ousadia, e ele sustentou o sorriso curto.
– Não costumo convidar ninguém a minha casa, a não ser que esteja morto – ele comenta, olhando de relance para Carl – Seja bem-vindo, sátiro. Não deixe que Perséfone o veja, ela vai querer criar você – Carl se encolhe ao meu lado, e não desvio os olhos do deus dos mortos – Para que veio me ver, afinal?
– O Acampamento precisa de ajuda. Já deve ser do seu conhecimento as desgraças que tem acontecido conosco – Hades anda de um lado para o outro calmamente.
– Claro que sei...A explosão foi uma catástrofe.
– Sim. Uma das piores – estremeço, lembrando do grande número de mortes dos campistas. Lembrando dos meus amigos mortos.
– O mundo inferior ficou um caos naquele dia. Nunca vi tantas almas de jovens juntas desde a Segunda Guerra.
– Além da morte de muitos semideuses, os monstros estão enlouquecidos em New York. Os mortais estão sendo atingidos por um descontrole do mundo dos deuses, e não achamos que eles merecem isso – Hades novamente afirma com a cabeça, colocando as mãos atrás das costas e parando de frente para mim.
– Chega a ser cômico você vir me pedir ajuda para evitar mortes.
– Você é um dos três grandes, e é meu pai – fecho o punho quando deixo essa palavra sair da minha boca – Estamos apelando para todos os lados.
– Para entrar numa briga que não diz respeito a mim? – senti Carl trocar o peso do pé, ainda do meu lado, e neguei com a cabeça para a pergunta do deus dos mortos.
– Não queremos sua ajuda para lutar ao nosso lado. Vim pedir pela proteção dos mortais. O justo, e o comum para você, é aceitar as almas que morrem de causas naturais, ou de motivos que já foram premeditados por Methis, que agora vive dentro de Zeus. Uma interferência desse nível, com monstros, ataques, deve ser impedida, ou pelo menos amenizada. Você tem centenas de monstros que respondem às suas ordens – engoli em seco, olhando para baixo – Sei que só não vai ajudar se você não quiser.
Hades passou um tempo em silêncio. Provavelmente ponderando o meu pedido, que era muito delicado. Eu reconhecia isso, e sabia que minha ida até ali, minha quase-morte com Carl nas mãos da gárgula poderiam ser em vão. Eu poderia ter entrado ali como uma alma, e não como alguém que ainda está viva, que ainda luta pela própria vida, e pela vida de tantos inocentes. A voz do deus cortou meus pensamentos num segundo só.
– E por que acha que eu vou ajudar vocês? – confesso que pensei antes de responder. Tomando coragem, encarei o meu pai.
– Porque, mesmo sendo o deus da frieza, dos mortos e do submundo, ainda creio que exista bondade e importância dentro de você – o silêncio tomou conta do local novamente. Mordi os lábios, mas sustentei seu olhar.
– Pois bem – Hades estalou os dedos, e um pergaminho já escrito surgiu em suas mãos – Isso é o que posso fazer. Apenas para a segurança dos mortais. Apenas. Não vou mandar ninguém para lutar ao lado do seu acampamento – ele se aproximou, e dessa vez ficamos a centímetros. Pude sentir a aura fria emanando de seu corpo, juntamente com um poder inexplicável. Entregou o pergaminho em minha mão, e pude ver uma lista de monstros e locais onde eles se limitariam à defender os mortais.
– Muito obrigada – balbuciei, enrolando e colocando na mochila que estava nas costas de Carl.
– Entreguem a Quíron, para que ele saiba sobre a organização, e sobre como posicionar seus semideuses agora – afirmei com a cabeça, sendo acompanhada por Carl. O olhar do deus passou para meu braço enfaixado.
– Onde conseguiu isso? – apontou.
– Uma gárgula no meio do caminho.
– Suponho que tenha matado-a.
– Nós matamos – falei com firmeza, fazendo-o afirmar lentamente com a cabeça – Como vamos sair daqui? – o deus tirou de dentro do bolso do paletó duas pedras, parecidas com pérolas, que continham névoa azul dentro dela.
– Botem embaixo do pé e pisem. Pensem num mesmo local e a névoa contida dentro dela os levará até lá – afirmei com a cabeça e posicionei a pérola no chão, levando meu olhar para Carl.
– Clube da Luta.
– Pode deixar – afirma o sátiro, também colocando a pedrinha no chão. Olhei uma última vez para Hades. Aquela poderia ser a última vez que eu via o meu próprio pai. Queria dizer mil e uma coisas para ele, mas não tinha tempo, nem autoridade.
– Muito obrigada, mais uma vez.
– Não negaria um pedido de uma filha – sustentamos mais uma vez o olhar um do outro, e antes que eu pudesse pisar na pedra, Hades falou – Beatrice...
– Sim?
– Mesmo que ache que não, estou sempre de olho e com você. Cada passo seu importa – engoli em seco e mordi a parte interna bochecha.
– Não acredito em você.
Carl e eu pisamos na pérola ao mesmo tempo. A medida que a névoa nos rodeava, pude gravar a última imagem do meu pai na mente. Ele levantou a mão e acenou de leve. Assim que ele sumiu da minha vista, fechei os olhos, deixando que algumas lágrimas rolassem pelo meu rosto. Assim que abri, já estava novamente no Clube da Luta. Enxuguei as lágrimas e caminhei em direção a Quíron.
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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por Cuzão Qui 05 Jul 2018, 14:12


TESTE PARA FILHOS DE HADES — AVALIAÇÃO
Pedindo desculpas pela demora na avaliação, inicio a avaliação da concorrente do mês de junho.

Um conselho aos concorrentes: utilizem-se bem dos prazos para revisão e modificações no texto.

— BEATRICE C. MONTGOMERY: APROVADA

Nem tudo nesta vida são flores e sua aprovação dá-se de forma a possuir ressalvas.

Sobre o conteúdo em si, creio que fora bem desenvolvido e que os pontos se ligaram de forma estruturalmente simples. Não é uma missão, então a forma como elaborara fora suficiente.

Se a história é boa, o que cabe ressaltar? O resto: estéticos e gramaticais.

No que tange ao estético, observei que tentara utilizar-se do parágrafo. A tentativa, como pode ver na postagem, mostra-se falha: uns tem espaços maiores que os outros. O conselho neste caso seja talvez utilizar-se do "Tab" no teclado: não sei se funciona no fórum, mas no Word serve exatamente para dar este parágrafo que buscou.

Segundo erro na estética: template.

É um template bonito, mas tenho certos problemas com templates finos (larguras pequenas, no caso) e de fontes microscópicas. Edite o código (caso saiba fazer) ou utilize-se de outro, pois este que utilizou é bem ruim pra ler.

"Terceiro erro": cores.

Aqui trata-se de um ponto exclusivamente pessoal. Ao narrar, utilizo-me de cores para destacar falas, dando assim certa facilidade ao leitor para que saiba quem está proferindo as palavras. Caso não goste de poluir a narrativa com cores, utilize-se de outros recursos (itálico e negrito).

Passando dos erros estéticos, vamos ao que importa: erros que realmente impactam.

O primeiro deles foi a utilização do meio-traço (–) no lugar do travessão (—). Isso gera descontos em missões e, sendo sincero, é um erro infantil.

O segundo foi a utilização de forma errônea na narrativa. Apesar de cada um possuir seu "gosto pessoal" no que tange ao formato de pontuar o texto, o básico deve ser seguido. Senti durante alguns trechos da narrativa que as vírgulas não encaixavam-se, quebrando minimamente o tempo de leitura e consequentemente a fluidez da narrativa. Infelizmente este erro é difícil de corrigir, revisões próprias geralmente não bastam.

Enfim, acabamos. Perdão pela demora na avaliação, mas seja bem-vinda, filha de Hades.

Caso tenha dúvidas quanto a avaliação sinta-se livre para me enviar uma mensagem privada (MP).

Para todos os fins, os prazos: postagem aceita até o dia 21 do mês corrente e fichas avaliadas no dia 01 do mês subsequente.

Aguardo atualização.

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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

Mensagem por 139-ExStaff Seg 09 Jul 2018, 10:56

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Re: Teste para filhos de Hades - Janeiro

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