{Where is She?} — Missão Narrada Externa para Alexandra E. Whitmore

cidade de New Orleans é conhecida nacionalmente seja pela herança história ou as lendas sobrenaturais. Muitas cidades com esse estigma surgiram nos Estados Unidos e por consequência lugares como a academia também foram criados. Essas regiões exibem uma grande influência sobrenatural e pela lógica uma boa população não humana. Para ajudar e proteger essas pessoas alguns grupos fundaram instituições para ensinar e defender as criaturas pacíficas da sociedade, como é o caso da Academia Blackwell. Situada nos arredores de New Orleans, próxima ao Parque nacional da vida selvagem do Bayou, a escola acolhe diferentes espécies de seres inumanos para que aprendam a conviver pacificamente.

Alexandra era uma das alunas do local, seja por causa de seu sangue divino ou sua ancestralidade bruxa. Descendente da Convenção Albaerica a menina não era uma simples bruxa mas a futura regente de seu clã. Mesmo sendo destinada desde o nascimento para ser grandiosa nada a impedia de agir como uma adolescente normal e pegar detenção, ou era isso que a avó pensava. Lexy possuía pouquíssimos momentos de paz e principalmente diversão desde que o pai morreu e ela foi morar com a matriarca da família. Todos dias era treinada exaustivamente e isso exige uma grande resistência mental.

Para conseguir algumas horas de liberdade da Senhora Whitmore a filha de Hécate mentiu dizendo que havia pego uma detenção e deveria ajudar na limpeza da escola durante a noite. Como a idosa nunca agiria contra punições, permitiu sua saída. Nesse tempo a garota apenas ficaria na biblioteca junto aos amigos, lendo algo que não fosse teórico ou didático. A garota já caminhava pelo corredor externo em direção a biblioteca. Como sempre a menina andava impecável em seu uniforme estudantil, que apesar de simples denotavam uma clara elegância. Composto por uma camisa social preta, gravata amarelo ouro, saia rodada xadrez cinza-preto, blazer preto com detalhes e brasão amarelo.

Durante seus passos a semideusa organizou seus cabelos loiros em um coque alto e checou sua adaga escondida no cano da bota esquerda. Lexy não gostava de ficar sozinha em ambiente aberto próximo a floresta, todos sabiam as criaturas que viviam naquelas matas. A única coisa que a confortava nesse local era lua cheia que brilhava lindamente no céu noturno, tanto que a menina parou por um momento para admira-la.

”Não é atoa que as bruxas adoram a Lua”, pensou.

Como se surgisse do vazio uma criatura desconhecida apareceu em seu campo de visão. Apenas com a luz natural a filha de Hécate não enxergava com perfeição a forma que sumia em meio às folhagens. Mesmo com dificuldade a menina notou que a coisa carregava algo em seus braços. Prestes a entrar na instituição em busca de ajuda foi interrompida pela lembrança da voz da avó, "Fraca. Não consegue nem se defender sozinha, imagina uma convenção inteira. Quando eu me for desse plano o clã vai morrer se ficar na sua mão defende-lo...”. As palavras eram como facas, ela não podia ser fraca, precisava lutar.

— Mulheres fortes lutam suas próprias brigas – citou a matriarca enquanto sacava a adaga e corria em direção a floresta, atrás da forma abstrata.

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