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[RP fechada] — SPIRIT

Mensagem por Gabriela González Dom 02 Fev 2020, 16:45

SPIRIT
Can you hear it calling?
O ar condensado formava uma fraca neblina que ocultava os primeiros raios de sol daquela manhã fria. A temperatura chegava aos 4ºC e uma fina camada de neve encobria a via e os pinheiros que cercavam a região central de Long Island, o gelo formando pequenos cristais nas folhas das árvores – o cenário remetia aos filmes de Natal.
O cruzamento entre as rodovias era composto por alguns estabelecimentos – um posto de gasolina, restaurantes como o Wendy’s e McDonalds e alguns cafés, dentre eles, o Starbucks – e a única movimentação se dava pelos funcionários que iniciavam o dia de trabalho em meio à gorros e casacos, na tentativa falha de se aquecer e de poucos viajantes corajosos. Gabriela era um deles. Parada no posto de gasolina na tentativa de coletar informações, esta era a primeira viagem que a jovem realizava sozinha – pelo menos, acreditava que estava sozinha. – em busca do Acampamento Meio-Sangue. Mal sabia ela que uma companhia inusitada a auxiliaria nesta jornada.


* * *

A rp se passa na 485 County Rd 111, em Manorville, Long Island, NY. É uma parada entre as estradas que interligam a cidade e está próxima à reserva estadual de pinheiros “Long Island Pine Barrens”. O inverno está em seu ápice, a temperatura é de 4ºC, com ventos fortes. Não há previsão de chuvas e nem nevascas. O dia está amanhecendo e há pouca movimentação humana.

Gabriela González
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Re: [RP fechada] — SPIRIT

Mensagem por Gabriela González Dom 02 Fev 2020, 17:08

your destiny is coming close
with a melody that pulls you towards it, painting pictures of paradise. saying: rise up to the light in the sky, yeah. watch the light lift your heart up, burn your flame through the night. woah, spirit, watch the heavens open. spirit, can you hear it calling?
look here
– A sua parada é aqui. Pode descer. – disse o motorista do ônibus, com um longo bigode e olhos verdes escondidos atrás de lentes redondas. – É melhor vestir esse casaco. Está muito frio lá fora. – Gabriela assentiu, sonolenta e um pouco assustada, vestindo apressadamente o enorme casaco branco em que estava recostada enquanto dormia no ônibus, quase vazio, a caminho de Long Island. Ela vinha de Nova York, mais especificamente do distrito Upper East Side, em Manhattan, onde estava de férias com a sua mãe. Foi lá que conheceu Apolo, seu pai – e um deus grego – e descobriu a sua real identidade: era uma semideusa, filha do deus sol. Naquele momento, apesar de muitas peças se conectaram em sua mente, o caos foi estabelecido. Nenhuma das verdades absolutas que carregava no peito eram reais e isso a aterrorizava profundamente. Naquele instante, Gabriela caminhava em direção ao seu destino. Destino... Gabi sempre acreditou que ele existia e que tudo estaria predestinado. Que existia uma razão para todos os acontecimentos de sua vida e que sua história tinha sido escrita com vários capítulos distintos que a levariam a um único final. Mas, naquela ocasião, a sua crença no destino estava abalada pela sensação agonizante que consumia seus dias: o medo.
O medo era um sentimento constante desde o ataque de um Damphyr à González. A lembrança – visual e sonora – de Tokyo ordenando que ela se escondesse no box mais próximo para sua própria proteção e o sangue de seu parceiro jorrado por todo o banheiro enquanto ela, com seus um metro e cinquenta e oito centímetros de altura, encolhia-se com os olhos marejados, lhe causava arrepios e insistia em se repetir em todos os seus sonhos e devaneios. Era como uma maldição, pesava ela, um castigo em razão da sua inércia. Deveria ter lutado, mas o pânico paralisou todo o seu corpo e a sensação de covardia corrompia seus pensamentos desde então.
Aquela angústia que lhe perseguia foi a real motivação para encontrar o Acampamento Meio-Sangue e descobrir, por si só, como atuar na vida que nascera naquele momento. Semideuses eram guerreiros, certo? Então Gabriela González seria uma guerreira também. Mas essa luta que mal tinha começado parecia um pouco mais difícil do que ela imaginara. A verdade é que González, com suas unhas impecáveis e a bota de veludo marrom-clara que compunham o seu visual, não se imaginava guerreando nenhuma batalha. Ela não estava preparada, era o que pensava a todo momento, e por esta razão, encarava a qualquer estranho que se aproximasse como se fosse um monstro, pronto para ataca-la novamente e apertava, por baixo do casaco, a pequena adaga que recebera, sem ter sequer ideia de como usá-la. E assim, desceu do ônibus prontamente, com o olhar estreito e desconfiado à sua volta. Sentia-se, contudo, patética, uma vez que quase não havia movimentação na rua e ela agia como se protagonizasse um filme de James Bond.
Encostou, então, no posto de gasolina próximo ao Starbucks, sentindo seu estômago roncar. Estava com fome, mas acreditava que cada segundo fora da proteção mágica do Acampamento poderia lhe custar a própria vida, então decidiu pegar a bússola e o mapa, guardados em sua mochila, para verificar se estava próxima às coordenadas informadas por seu pai. O caminho estava correto, mas ela teria que caminhar e trilhar pela floresta. Suspirou e encarou as botas de veludo, com a certeza de que teria que trocar de roupa. Entrou então no café e decidiu fazer sua primeira refeição ali. Sentou-se na bancada, no centro do restaurante e dirigiu-se ao atendente mais próximo.
– Um macchiato de caramelo e dois sanduíches assados de presunto, queijo suíço e ovos, por gentileza. – o rapaz anotou os pedidos e caminhou até o balcão. Enquanto isso, Gabriela abriu a mochila em busca de uma vestimenta mais adequada para sua jornada.  
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Re: [RP fechada] — SPIRIT

Mensagem por Skylar W. Krøhonen Dom 02 Fev 2020, 21:28



memento mori

Havia algo intrínseco no silêncio — uma paz sutil, quebradiça.

Ela apreciava a paleta peculiar do firmamento celeste; negro e índigo davam espaço, de maneira muito gradativa, ao rosé dourado e celeste dos primeiros tons do amanhecer. Devido à estação dominada por Despina, a presença de uma neblina suave e álgida ainda era presente sobre o asfalto liso que alongava-se até perdê-lo de vista.

Skylar encontrava em paisagens como aquela — que beiravam o bucolismo —, um recôndito de paz. Não saberia dizer com exatidão o motivo daquilo, talvez fosse um reflexo de sua paixão tanto pela aurora como pelo ocaso. Era nesses dois momentos passageiros que pensava quando o ônibus parou, deixando a moçoila dele descer com apenas uma mochila pendurada ao ombro. Sentia que precisava encontrar sua mentora, mas Katherine estava incomunicável até então.

Fizera questão de fechar os últimos botões do sobretudo negro conforme aproximava-se da primeira loja que encontrara já aberta naquele horário; flashes de luz branca escorriam pelos vidros das paredes que compunham as janelas panorâmicas, e quando adentrou o ambiente, um sino característico anunciou aquele movimento. Apesar das roupas propícias ao frio, Sky gostava das temperaturas negativas. Remetiam às terras gaélicas de onde viera, e pensar na Irlanda do Norte criava-lhe um misto de amargor e nostalgia.

Waffles, panquecas e… — forçou a visão sobre o cardápio simplório. — Um cappucino.

Depositou quase que imediatamente as notas verdes meio amassadas sobre o balcão, vendo-as serem recolhidas pelo atendente do outro lado. Dentre tantos charmes americanos, a irlandesa aprendera a usufruir do ritmo das cafeterias e clubes noturnos que lotavam os Estados Unidos — em manhãs similares àquela, a filha de Nyx encontrava um conforto sublime, quase um refúgio, no café recém saído das máquinas. Era quente, ora amargo, suficientemente forte para ancorá-la no mundo.

Âncoras, de certo modo, eram sempre bem vindas.

Tão concentrada estava na tarefa de decifrar os ingredientes dos demais fornecidos pelo cardápio naquele lugar, quase esquecera de algo que atraía a atenção de seus sentidos. Guiada pelo instinto coligado ao icor dourado em suas veias, olhou ao seu redor, encontrando não muito distante de si um alguém cuja energia passava somente então a vibrar de maneira peculiar, única. O termo “meio-sangue” veio à sua mente antes que aflorasse em palavras.

Weiz sentiu um arrepio na coluna, imperceptível graças às camadas de tecido que vestia. Era em função dos padrões cálidos que a energia de outrem fluía sobre sua pele, causando passageiras sensações de conforto que aplacavam seus sentidos. Uma sobrancelha sua ergueu-se — não somente cautelosa, estava curiosa para saber quem era aquele ser.

— Não esperava encontrar um semideus longe do Acampamento. — comentou, a entonação perfeita para que não fosse ouvida por terceiros, mas alta o suficiente para que cada sílaba fosse entendida pela desconhecida. — Curioso lugar para encontrá-la, para ser sincera. O que faz aqui?

Não tardou para que seu pedido chegasse, fumegante e saboroso, ao balcão frontal a si. Cortou um pedaço dos waffles, levou-o à boca. Crocante, macio, apetitoso.

SUGAR
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