{Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

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Mensagem por Suzan Baker Sáb 08 Ago 2020, 11:30

HORIZONS
new beginnings
A RP se passa no anfiteatro situado no Acampamento Meio-Sangue. São 8h55 da noite e sons como uivos oriundos de alcateias presentes na floresta são comumente percebidos. O céu encontra-se tomado por um azul-escuro apurado, abarrotado de estrelas que expõem, conjuntamente, uma brilhante sequência de constelações. O clima é ameno, é primavera no hemisfério norte e o local registra temperatura de 19°C. Campistas energéticos e criaturas faceiras preenchem o ambiente, ansiosos pelo porvir.

Condições atuais:

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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Suzan Baker Seg 10 Ago 2020, 12:07

STUPID DISORDER
COM A APROXIMAÇÃO DO CLÁSSICO jogo intitulado de Caça à Bandeira, o Acampamento Meio-Sangue vivia tempos de balbúrdia e muita agitação. Após adentrar no refeitório, Suzan dirigiu-se vagamente até a mesa destinada aos filhos da deusa da beleza e do amor, espaço atribuído aos seus tão queridos meios-irmãos.
 Enquanto caminhava, percebeu o quão difícil era compreender uma única fala vindoura dos semideuses presentes no recinto. As centenas de vozes se mesclavam em pleno ar e no que novos campistas ocupavam o ambiente, o barulho caótico somente aumentava.
 — Nicky, que confusão! — Baker curvou-se diante da mesa e murmurou no ouvido de Nicolas, um de seus vários unilaterais.
 — Olha o tamanho dessas unhas! — gritou o outro, exibindo um conjunto de dedos finos e delicados à menina. O semblante que expunha denunciava o desespero que sentia. — Você tem uma lixa? Como vou participar do Caça à Bandeira desse jeito?
 — Maninho, o jogo é daqui a uma semana — falou a morena ao pousar suas mãos na mesa e se aprumar ao lado do garoto. — Vamos comer, depois te empresto uma lixa, até duas, se preferir.
 Nicky soltou um gritinho animado e riu. Logo depois, apertou a cintura da menina, que não reteve uma longa risada. O mais novo sabia que Suzan sentia cócegas no abdômen e adorava incomodá-la com o fato. Não era um problema, Baker adorava e considerava o ato, uma demonstração fofa de afeto fraterno.
 — Chega, Nicolas — protestou ao perceber que esvaia o resto do oxigênio alocado em seu pulmão.
 Após a euforia, pôs-se a conversar com o restante dos seus semelhantes, enquanto se alimentavam das refeições que, magicamente, surgiam nos pratos marmorizados dispostos em cima da grande carteira diante dos seus olhos.
 Zeus... como era gostoso estar na presença deles, por mais que, por diversas vezes, sentisse que a maioria se importava excessiva e constantemente com assuntos superficiais, adorava tê-los próximos de si. Um ou outro destoava? Sim. Era inevitável! E quando não? Ainda assim, era a melhor companhia que poderia ter experimentado no acampamento. Talvez fosse porque no início, logo que chegara, as crias de Afrodite lhe consolaram e lhe ajudaram a lidar melhor com seu recém desenvolvido trauma. Deveras, criara um laço forte com o grupo.
 Ao fim das refeições, Quíron e Dionísio, como de praxe, anunciaram as novas e liberaram os campistas para que — depois que dadivassem alimentos aos deuses — seguissem diretamente para o anfiteatro, além das atividades corriqueiras, haveria guloseimas em volta da fogueira, e Suzan amava chocolate.
 Ao se levantar, inseriu-se entre dois semideuses posicionados na parte dianteira da fila que se formava. Segurava em suas mãos um prato com um pedaço enorme de torta de morango salpicada de M&M's, combinando com sua jaqueta.
 — É... não sei se percebeu, mas você tá sabotando a fila. — A menina à sua frente se virou. Com o semblante expondo uma expressão sarcástica, proferiu.
 — Preciso muito ir ao banheiro — falou ao mordiscar o lábio inferior e franzir as sobrancelhas. Precisava fazer o desejo de fazer xixi soar verdadeiro.
 — Mas... — tentou contrapor a semideusa.
 — Mas? — Suzan a interrompeu, manipulando o charme em sua voz. — A ton tour, bébé — terminou exibindo um sorriso gentil.
 Sem novas contrarreações, a campista deu as costas para a prole de Afrodite e doou sua oferenda. Mais dois minutos no recinto e Suzan surtaria. Além de toda a algazarra provinda de todos os presentes, inclusive da própria que se deixara influenciar pela ansiedade de outrem, Baker não se sentia bem em lugares fechados e movimentados. Não por tanto tempo. Temia lidar com presenças alheias que lhe perturbassem o âmago.
 Após despejar a torta na fogueira, fagulhas rosadas cortaram o ar à sua frente. Mãe, imaginou, revirando os olhos em flauteio. Ligeira, a morena se virou a fim de abandonar o espaço. No que girou seu corpo, trombou-o noutro semideus. Havia esquecido o fato de haver outra pessoa atrás de si. Talvez por esse não ter se incomodado com seu boicote à fila, não notara sua presença.
 Suzan o conhecia, era o conselheiro do chalé de Ares. Não lembrava seu nome, mas, por diversas vezes, o vira acompanhado de outros campistas ministrando árduos treinamentos na arena, o local favorito da menina.
 — Sinto muito! — proferiu, constrangida, pois quase derrubara a oferenda do rapaz, que, de maneira intrigante, a observava.
 Antes de, por fim, deslocar-se até o anfiteatro, alterou seu olhar entre o sacrifício do menino e seus olhos gris e intensos, pareciam cansados, porém, ainda assim, intimidadores.
Deuses, TDAH idiota, recriminou-se enquanto retomava sua postura e caminhava com passos frenéticos para fora do local. Além da falta de atenção que resultou no súbito esbarrão, Suzan não soube definir quanto tempo passara ali, prejulgando a comida esquisita pousada no prato do semideus e o fitando. Contudo, lembrou que o transtorno era algo coletivo entre os meios-sangues e a memória a acalentou, o outro compreenderia o infortúnio.
 A etapa pós-refeitório era uma das suas atividades prediletas, mediante isso, Suzan assegurou-se de que estava metida entre seus irmãos e, juntos, caminharam até a grande construção que comportava a famigerada tradição do acampamento.
 Ao lado de Nicolas, contou ao loiro sobre o desastre que perpetrara minutos antes. Em uníssono, os dois gargalharam.
 — Era bonito, pelo menos? — perguntou o rapaz, exibindo um sorriso ladino nos lábios atados.
 — Muita informação, não consegui perceber — mentiu. Não queria prolongar o assunto, com certeza Nicolas o conhecia melhor que Suzan e a menina previa o destino daquela conversa, caso fosse sincera. — Alto e forte demais, muitas tatuagens e que tipo de oferenda era aquela? Acho que os deuses agradeceriam se eu a tivesse derrubado no chão — terminou, desencapando em seguida um pequeno pirulito de morango e o introduzindo na boca.
 Ao passo que se acomodavam em um banco vazio em volta da grande fogueira, o meio-irmão continuou:
 — Tá, agora me diz, o que você não conseguiu perceber? — Nicolas segurava uma nova gaitada, mas antes que pudesse liberá-la, a atenção dos presentes ganhou um novo sentido; um novato que acabava de ser reclamado.
 De fato, Suzan amava o calor que carregava aquele momento em que os indefinidos eram reconhecidos por seus pais divinos, porém, estava mesmo ansiosa para que começasse a distribuição dos chocolates. Para a morena, ao menos naquela noite, em meio à todas as realizações, aquela seria a mais relevante dentre as apresentadas na cerimônia, sem a menor sombra de dúvidas.

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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Jimmy Maddox Seg 10 Ago 2020, 17:03



HORIZONS


— Como se sente, Christopher?

O centauro e ele caminharam lado a lado pelo pavilhão vazio como se fossem antigos conhecidos ou, há quem ousasse dizer, amigos. O velho Quíron era quem realmente os preparava para a vida semidivina mas, muito além disso, tinha sido também a única figura paterna para o mentalista por muitos anos, com todos os conselhos e ordens de alguém sempre preocupado com o bem maior.

Ambos estavam parados em frente ao arco de entrada, observando a aproximação massiva dos chalés para a refeição da noite enquanto as harpias voavam de mesa em mesa, distribuindo copos, pratos e talheres. O filho de Ares sorriu discretamente ao escutar as palavras consternadas do imortal, erguendo o rosto para encará-lo – momentos raros em que o semideus, considerado uma muralha, estava ao lado de alguém muito maior.

O nova-iorquino moveu o ombro lentamente, ainda sentindo certo desconforto.

Não sou mais uma criança, você me treinou bem.

— Agora, precisa fazer o mesmo por eles — com um manejo de rosto, direcionou o olhar para os campistas que tinham deixado o conforto de seus chalés até o pavilhão. O silêncio perdurou entre os dois, sendo cortado logo em seguida pela criatura. — Não é preciso ler mentes para compreender as intenções de alguém e você se provou um verdadeiro líder. Há alguns campistas que precisam de uma atenção especial, pensei em encarregá-lo disso... o que acha?

Eu tenho escolha? — Deixou um sorriso de escárnio escapar, a fim de dissolver de sua mente as memórias da batalha em Manhattan. Em questão de segundos, o sorriso desapareceu e deu lugar a um suspiro profundo, cruzando os braços ao respondê-lo de forma séria. — Não gaste a noite se preocupando.

O olhar do conselheiro era decidido e passou para o imortal a certeza de que, enquanto compartilhassem o mesmo ideal, estariam juntos para que o lugar prosperasse. O centauro, aliviado em saber que poderia contar com o moreno, prosseguiu até o final do refeitório como sempre o fazia todos os dias, deixando-o junto da leva de campistas que se aproximou do arco de entrada. Ele se juntou aos irmãos, sentando-se sobre a ponta da mesa Cinco, de onde tinha uma visão ampliada de todos os outros chalés.

O filho de Ares, mesmo depois de tudo o que tinha passado em Nova York, ainda detinha um humor singular e, muitas vezes, difícil de lidar. Ele sabia que sua obrigação como conselheiro era ser o primeiro a ceder parte do alimento aos deuses, principalmente ao pai, contudo, a escolha da noite foi um tanto quanto imprevisível. Sorrindo mais uma vez, Mason desejou que seu prato fosse preenchido por pedaços de lula cozinhados em caldo, acompanhado de arroz integral.

Não era exatamente o preferido do deus da guerra.

O mentalista seguiu pela fila que se formara em frente a fogueira de sacrifício, distraído com conversas e pensamentos a parte. Por isso, quando deu mais um passo, não se deu conta de que a campista em sua frente era uma total... desastrada? O rosto da morena foi de encontro ao seu peitoral em um esbarrão, tiveram sorte de não terem deixado ambos os pratos caírem. Ela parecia constrangida com o acontecido, entretanto, sua atenção logo foi tomada pelo conteúdo do prato de Christopher.

Ele continuou sério, intrigado com a meio-sangue enquanto a mesma se afastava – talvez, por isso, passara o resto da noite encarando-a no Anfiteatro. Era uma bela filha de Afrodite, vestia-se com um top preto por baixo de uma jaqueta bomber com estampa de M&Ms, calça jeans e argolas douradas. A atenção do semidivino focou-se na troca de palavras da bastarda com outro rapaz, no intuito de fazer uma leitura labial, curioso com os olhares que tinha recebido da dupla.

Mais um símbolo de reclamação brilhou no ar acima da cabeça de um novato, deixando todos apreensivos e animados. Chris aproveitou o momento para seguir ao outro lado da fogueira, abrindo espaço entre os campistas e sentando-se acima das proles do amor sem que fosse notado. Ele pigarreou e esperou o momento certo para interferir no diálogo dos irmãos.

Estão falando de mim. — Afirmou no pouco espaço de tempo entre a conversa dos dois, apresentando-se logo em seguida. — Me chamo Christopher, conselheiro do chalé Cinco.

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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Suzan Baker Ter 11 Ago 2020, 10:10

TRIGGER
O PIRULITO QUE SUZAN CHUPAVA por pouco não desceu por sua faringe. Bala, palito, tudo. Para completar, Nicolas bateu o cotovelo ossudo em seu ombro esquerdo. Uma pancada forte.
 — Ai! — reclamou, em meio a tosses, enquanto esfregava o local atingido.
 Baker logo identificou o motivo do alvoroço do meio-irmão, assim como ele, ouviu a voz atrás de si, porém, permaneceu fitando o transcorrer da cerimônia que sucedia à sua frente. Havia sido surpreendida, por isso não soube como reagir de imediato. Esperou até que Nicolas se apresentasse, tinha absoluta convicção de que o garoto não desperdiçaria a chance de fazê-lo.
 De repente, uma salva de palmas transcorreu no ambiente. Suzan revelou falso interesse à saudação alheia e se juntou aos demais campistas, mesmo não sabendo o motivo pelo qual comtemplavam.
 Novamente, Nicolas a cutucou, não tão forte quanto da primeira vez. Decerto, o loiro apenas sossegaria quando Suzan se virasse e se apresentasse ao intruso. A semideusa considerou a atitude do indivíduo um tanto quanto indiscreta, mas decidiu prezar pelos bons modos e expressar o mínimo de educação ao sujeito.
 — Suzan. — Interrompeu o sorriso fingido esboçado em seu rosto e, finalmente, se virou. — Chalé dez — finalizou, tornando a olhar sua dianteira, esforçando-se para não demonstrar espanto.
Merda, advertiu-se em pensamento. Era o menino do refeitório, será que havia alguma pendência referente ao encontro desastrado que acontecera momentos atrás? Ou ele esperava um pedido de desculpa mais elaborado? De qualquer maneira, outro ponto a intrigava ainda mais; não entendia como o rapaz adivinhara que ela e Nicky falavam dele.
 Nicolas prolongou o diálogo, Suzan o ouviu elogiar a t-shirt branca e a jaqueta de couro preta do semideus, que o respondia com apreço. Morosamente, a voz carregada do outro começava a incomodá-la. O fato de vir detrás de si só prejudicava a ocasião. A semideusa temia um pico de ansiedade repentino. Sentia-se vulnerável naquela posição, não queria relembrar o dia desalegre em que experimentara aquela sensação, mas, infelizmente, era inevitável...
 Respirou fundo. O ar invadiu seu pulmão até preenchê-lo por completo. Ao expirá-lo, Quíron anunciou um concerto provindo de um grupo de filhos de Apolo que se organizavam próximos à fogueira. Divididos em grupos, alguns tinham harpas presas às costas, outros, violinos, alguns dispunham de flautas e um grupo no canto direito tinha as mãos e as costas vazias; os cantores, provavelmente.
 — Silêncio! — Suzan gritou para os dois campistas, que ainda conversavam. Não pretendia soar descortês, mas conhecia seus limites e não queria expor uma conduta suspeita que estimulasse futuros questionamentos.
 — Su?! — indagou Nicolas, surpreso.
 — Os filhos de Apolo vão se apresentar — falou ao irmão. — Vocês podem conversar depois.
 A cantoria começou, tentou se concentrar no espetáculo, mas não conseguiu. Suas mãos começavam a suar, um fluido gélido e agonizante. Irrequieta, a menina se levantou em meio a performance.
 — Esqueci uma coisa no chalé, já volto, tudo bem? — falou à Nicolas, que pôs-se de pé logo em seguida. O semblante não negava o quanto estava confuso perante o cenário que se estabelecera tão de repente.
 — Sorry — respondeu ele ao rapaz, ao mesmo tempo que, aos tropeços, deixavam as arquibancadas.
 Enquanto percorriam o caminho que os levariam ao chalé de número dez, Nicolas questionou a atitude da irmã. Não foi a primeira vez que presenciou aquele tipo de comportamento. Certa vez, até contestara a sexualidade da menina, mas Suzan o persuadira e contornara o assunto, como sempre fazia. O semideus sabia que algo não estava certo, só não sabia exatamente o quê.
 O estopim que sentiu não se manifestava com constância, não na sua idade vigente. O conselheiro do chalé de Ares não foi o responsável pelo incidente, não diretamente, mas sim, a posição em que se encontrava. A postura desprotegida. O gatilho foi inevitável.
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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Jimmy Maddox Qua 12 Ago 2020, 12:14



HORIZONS


Ele não imaginou que suas atitudes teriam causado tanto desconforto na prole de Afrodite. Talvez, se não tivesse agido de forma tão invasiva, ela não teria se afastado como fizera. Na realidade, sabia que a maioria das pessoas se incomodavam com a simples presença dele devido a aura intimidadora herdada de seu pai.

A sorte foi que, por conta de suas habilidades concedidas pela deusa da alma, Christopher controlou as emoções da semidivina. A ironia de um mentalista e filho de Ares era que, quando não os controlava, as conversas oscilavam entre um temor intenso e uma sensação acolhedora. De certa forma, ele gostava de compreender até onde conseguia influenciá-los.

Ele seguiu os irmãos para fora do Anfiteatro, alcançando-os antes que chegassem ao caminho dos chalés. Com um movimento rápido, interrompeu seus passos, ainda que não quisesse demonstrar ameaça como aconteceu minutos atrás.

Suzan? Não quis incomodar ninguém — Mason controlou a respiração após a breve corrida e ajeitou a camiseta por baixo da jaqueta. Mesmo com um olhar sério e firme, sua voz transmitia cordialidade e calma e aquilo, de forma alguma, era comum de se ver em um membro do chalé mais odiado do acampamento. — Você ficou tão assustada na fila que pensei em quebrar o gelo.

Chris aproveitou estar frente a frente com ela para fitar os olhos de cor avelã da meio-sangue, notando que em alguns momentos eles alternavam em um brilho de cores intenso. As poucas interações que teve com membros daquele chalé foram fáceis de lidar, todos sempre foram abertos a conhecê-lo, mesmo que a maioria o fizesse por interesse. Suzan era diferente, ela não estava disposta a conhecer ninguém, ao menos não alguém como ele. Ela sentia medo.

O semideus engoliu em seco e, em meio ao silêncio, não quis prolongar mais da situação. Estendeu a mão direita a cada um deles, como em um pedido discreto de desculpas.

Aqueles engomadinhos sabem fazer uma boa apresentação, no fim das contas. Vamos?
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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Suzan Baker Qua 12 Ago 2020, 23:12

ONE MORE TIME
FORA DO ANFITEATRO, O AR circulava livremente e Suzan pôde sentir, ao expelir a liberdade, a tensão, aos poucos, abandonar seus músculos e nervos. Seguiram o trajeto em silêncio, Nicolas preferiu não incomodar a semideusa, por outro lado, Baker sentia-se mais tranquila e não tencionava deixá-lo preocupado, não mais do que já estava.
 — Eu disse que voltaria. — Suzan o fitou, seus lábios selados ostentavam um sorriso tênue. Passou o braço direito pelos ombros do rapaz, que demorou a respondê-la.
 — Fiquei preocupado, você sabe — começou. — Não é a primeira vez que isso acontece... Você precis... — Antes que pudesse concluir seu discurso zeloso, uma terceira voz o interrompeu, chamando a meia-irmã pelo seu nome. Era o filho de Ares, mais uma vez.
 — Sim — respondeu a morena, ambos virando-se em direção ao conselheiro.
 Christopher esclareceu que não pretendia causar confusão, Suzan o fitava enquanto o mais alto falava. Por um instante, desejou expor o verdadeiro motivo da sua atitude controversa, sentimento esse que não aflorava com frequência, mas algo em sua voz serena lhe convencia a realizá-lo. Por fim, explicou a razão pela qual os abordara tão subitamente; tendia desfazer a tensão que, aparentemente, Suzan apresentara no encontro que tiveram no refeitório, insinuando o quanto parecera assustada.
 — As únicas coisas que me assustaram naquele momento foram seu sacrifício e essa sua tatuagem na cabeça — respondeu, ao passo que prendia o cabelo num coque desgrenhado.
 Diante do cenário, pôs-se a pensar no que poderia ter levado o meio-sangue até ali, afinal, ela avisou que voltaria, em contrapartida, supôs que o rapaz não a tivesse escutado em decorrência da apresentação que sucedia. De qualquer maneira, algo nele em muito a intrigava. Seu modo delicado de falar, contrastando com seu olhar austero, sua forma de agir, ora atrevido, ora cauteloso. Poderia insistir na ideia de voltar para a segurança do chalé com base na justificativa de que esquecera algo no local. Mas sentiu-se intrinsecamente convidada a interagir com o semideus, que não desafixava seus olhos dos dela.
 Antes que Suzan pudesse estrear um novo assunto, Christopher estendeu a mão em direção a Nicolas, que a apertou e, então, repetiu o gesto para a morena. Seus dedos gigantes cobriram a mão da menina, que sentiu dificuldade em encaixá-la perfeitamente à alheia. Logo a seguir — após enaltecer o espetáculo da prole de Apolo—, convidou-os para que voltassem consigo ao anfiteatro.
 — Ela esqueceu uma coisa no chalé — debochou Nicolas, a observando com os olhos semicerrados. Seus braços estavam cruzados. — Já, já, voltaremos. Não é, Suzan?
 A verdade é que não queria voltar. Conhecia a fama dos filhos de Ares, era odiada por Olivia, uma das integrantes do chalé de número cinco e, além disso, conhecia o quão dramático Nicolas era, não queria contrariá-lo. Porém, estava presa à um paradoxo. Seus pensamentos estavam confusos, a sensação acolhedora provinda do conselheiro lhe acomodava de alguma forma, não entendia o porquê, afinal, aquele era um dos frutos do deus da guerra. Quase a personificação perfeita do que se era esperado dos mesmos, mas a sensação de calma que emitia, contrapunha a predestinação. Suzan, por mais estranho que fosse, desejou mais alguns minutos ao lado do semideus.
 — Nicky, não vamos perder a apresentação, eles são realmente maravilhosos.
 Nicolas revirou os olhos com tanta força que suas íris desapareceram.
 — Agora eu que preciso do chalé, quero muito fazer xixi — falou, sacudindo as pernas velozmente, atitude que fez Suzan sorrir. — Vão na frente, encontro vocês lá.
 Simultâneo à sua fala, Christopher revelou uma atitude cortês antes que a filha de Afrodite contestasse a sugestão do rapaz, pois, de fato, ela o faria. Funcionou. Segundos depois, vira-se caminhando de volta ao anfiteatro junto do conselheiro, apenas os dois...
 — E aí, grandão, como é mesmo seu nome? — mentiu pela segunda vez no mesmo dia. Baker lembrava, só não queria que o silêncio sobrelevasse e não tinha ideia do que perguntá-lo. Não era comum estar a sós com alguém, ademais, sendo alguém desconhecido.
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Mensagem por Jimmy Maddox Seg 17 Ago 2020, 16:59



HORIZONS


O mentalista sorriu de lado enquanto caminhava de volta para o Anfiteatro, satisfeito com a força de suas habilidades. Ele sentia-se no controle de todos ao redor, sempre ciente das verdadeiras intenções das pessoas e, em tempos de guerra, aquilo o confortava. Muitas das vezes, era o que garantia a ele uma noite tranquila de sono.

Você sabe o meu nome.

A garota não transmitia nenhum tipo de ameaça, entretanto, escondia dentro de si um sentimento de pavor. Christopher era um guerreiro treinado para combater as piores criaturas do mundo, ainda assim, sabia que não aguentaria um dia vivendo na pele de Suzan.

Agora que estamos a sós, posso falar abertamente — O meio-sangue jogou as mãos para dentro do bolso da jaqueta, parando de caminhar antes que chegassem até onde o restante deles se encontravam. Então, encostou-se no arco de entrada e ficou ali, pensando em suas próximas palavras. — Eu sei o seu medo... posso não saber o motivo, mas eu sinto ele aflorando.

A prole do amor arregalou os olhos por um breve momento, visivelmente desconfortável, sentindo-se exposta. Contudo, antes que a sensação de infortúnio aumentasse, a aura acolhedora do mais velho a acalmou outra vez, como se ele estivesse a controlando propositalmente. Outra vez, Chris estava fitando o brilho policromado dos olhos avelãs da menina, quase hipnotizado.

Sei que se não fosse por mim, estaria trancada em seu chalé, temendo uma ameaça que mal sabe de onde ou quando viria. Foi por isso que te segui, mas ainda não sei porque me importei com você em especial... todo mundo aqui tem muita merda pra lidar.

Contorceu a mandíbula, desviando o olhar para o lado brevemente, lembrando-se do que tinha prometido a Quíron horas atrás. O filho de Ares fechou os olhos rapidamente, concentrando-se em fazer com que ela não se sentisse mais acolhida mas sim o temesse por quem ele era.

Você é dedicada e quer se tornar forte, não quer? Isso é fácil de notar. Eu posso te ajudar a nunca mais sentir isso... ou você pode entrar por aqui e dizer a todos como fui sombrio e ameaçador.

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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Suzan Baker Seg 17 Ago 2020, 19:55

DONE DEAL
NÃO HAVIA PASSADO NEM VINTE minutos na companhia do semideus e Suzan já experimentara um extenso compilado de sensações. A menina seguiu ao seu lado até a entrada do anfiteatro, ouvindo-o falar e lhe transmitir emoções a cada argumento apresentado. Desde o instante em que o rapaz previra a conversa entre ela e Nicolas, considerou que o conselheiro não era um simples filho de Ares, mas que havia mais alguma influência intrínseca em si.
 Deixou-o falar enquanto o fitava, notoriamente, percebeu que aquela conversa contava com um propósito. Em meio ao mar de sentimentos que suportava durante o diálogo, um lhe atingiu com excepcional intensidade. A filha de Afrodite desejou desaparecer dali imediatamente.
 — Se você está fazendo isso, pare agora! — vociferou e, logo depois, socou o peito do rapaz. Seus olhos cerrados procuravam eliminar os maus pensamentos.
 Suzan quis xingá-lo por sua conduta perversa, mas não pôde deixar de apreciar a proposta do mais velho. Não queria mais viver aquela sensação de insegurança. Pelo que pôde perceber, Christopher era um guerreiro experiente e, além das habilidades físicas, ainda dispunha de competências psicológicas que sim, poderiam lhe ajudar a enfrentar mais vigorosamente seu trauma. Não tinha certeza quanto ao que dissera sobre nunca mais sentir aquilo, mas estava disposta a tentar.
 — Aceito sua ajuda, mas nunca mais repita isso — falou ao inspirar profundamente o ar à sua volta, retomando sua integridade emocional em seguida. — Nos vemos depois — encerrou o diálogo e se dirigiu, mais um vez, ao interior do anfiteatro, deixando o conselheiro para trás, porém, com a certeza de que muito em breve o encontraria novamente.
 Para sua sorte, era a hora da distribuição dos chocolates, depois de um encontro tão inusitado e frenético, o doce soou como uma droga de efeito relaxante. Suzan não tinha tanta noção do que os dias seguintes lhe proporcionariam, mas se agarrou à ideia de vencer seu maior desconforto, talvez o filho de Ares fosse a esperança, ou o contrário dela, mas necessitava viver aquilo para descobrir. Agarrar-se-ia a qualquer proposta mais astuta que lhe conferisse poder, que lhe conferisse a capacidade de renegociar sua realidade. Independentemente de quem ou de como tal proposta surgisse.
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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

Mensagem por Suzan Baker Seg 17 Ago 2020, 22:25

RP FINALIZADA!
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Re: {Horizons - RP Fechada de Suzan Baker e Christopher Mason}

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