¥ Dragon Dovahkiin ¥ - Forja de Hic Haddock

Ring

Sumiu?

Sword

O sol lhe feriu os olhos ao deixar o chalé, e foi necessário que os semicerrasse para protegê-los da luz solar. Ethan estava saindo para uma nova visita à forja de Hiccup, mas agora com um propósito plausível: comprar uma arma. Era claro que a corrente – presente de reclamação – não lhe atraía, e uma espada poderia ser muito mais íntima às suas habilidades.

Demorou alguns minutos para alcançar o local onde os filhos de Hefesto instalavam-se, e outros mais para contornar diversos estabelecimentos até encontrar o de seu tutor. Ainda era cedo, pouco menos que onze horas, mas o treino seria naquele mesmo dia ao final da tarde, e a arma era requisitada o quanto antes. Os desafios ainda eram ocultos, e a possibilidade de testar-se com uma espada excitava-o. O filho de Nix ansiava pelo momento que não tardaria, depositando grande expectativa.

Ao se aproximar, a porta deu-lhe passagem e ele entrou, rumando diretamente ao balcão. Tocou a campainha poucas vezes e apoderou-se de uma caneta próxima, anotando o futuro pedido em um pedaço velho e amassado de papel. Ao ser abordado pelo grandalhão, minimizou as palavras e entregou-lhe os detalhes da arma.

▬ Quanto custará?

descrição:

Dragon Dovahkiin

Após a saída dos dois garotos da forja, comecei a me preparar para forjar a adaga da garota. Coloquei uma chapa de bronze sagrado na fornalha juntamente com uma chapa de aço e esperei certo tempo para que uma delas começasse a emitir um brilho, o que indicaria que estaria pronta. Ao ver que a chapa de aço estava pronta para o manuseio, coloquei minhas luvas de proteção e a retirei do forno, a colocando na bigorna. Com Constructio em mãos, entortei a chapa de aço até que ela ficasse com a forma de um "T" retangular e comecei a transformar o paralelepípedo que era a haste do "T" em um cilindro. Ao terminar de fazer isso, afinei o meio do cilindro e moldei uma esfera na base dele, formando a empunhadura da adaga. Fiz algumas ranhuras no metal e ajeitei o guarda-mão. Depois, resfriei a peça.

Nesse meio tempo, a chapa de bronze sagrado já tinha esquentado o suficiente para ser moldada. Retirei-a do forno e usei-me do formato da bigorna para reduzi-la e moldá-la como uma lâmina de adaga. Depois de moldada, a resfriei, lixei e poli o suficiente para ficar com a lâmina bastante afiada. Terminado todo esse processo, a soldei com cuidado na empunhadura e coloquei o símbolo de minha forja na lâmina, para que reluzisse conforme a luz batesse em certo ângulo no metal. Retirei minhas luvas de proteção, peguei uma agulha, linha e as tiras de couro e comecei a costurar as tiras por cima da empunhadura, de modo a dar mais aderência conforme a mão vai suando. Terminada essa parte, guardei a agulha e a linha e puxei minha espada Pyro, para poder fazer os cortes no couro onde as ranhuras estavam.

Depois, comecei a árdua parte de colocar um botão e remodelar a arma para ser reduzida. Como a cliente não informou qual era o acessório que queria, resolvi reduzir a adaga para um pequeno e singelo anel. Para isso, tive de martelar incessantemente o metal e usar de minha habilidade de modelagem para conseguir o que queria. Terminada a redução para um anel, tive de começar o trabalho para retirar o botão da adaga e fazer com que ela respondesse o comando da dona. Depois, banhei a lâmina em crômio e a deitei no chão. Ajoelhei-me e rezei para meu pai:

"Pai, cá estou eu novamente para pedir-te um favor. Transforma esta lâmina estendida em uma lâmina semi-indestrutível com o teu poder, oh pai. Sei que estou abusando do teu poder, mas peço-lhe para que atenda o pedido não só do teu filho solitário, mas do forjador que está prostrado aos teus pés pedindo para que abençoe sua obra. Não sou merecedor de tua bondade, mas por favor atenda este meu pedido."

Ao terminar todo esse grande processo de forja, peguei uma garrafa pet e testei o corte da adaga. Depois, testei sua redução. - Mas é claro que eu não segurei a espada, pois senão o anel ficaria preso no meu dedo.

- Aqui está, sua adaga. - Disse no outro dia, entregando a arma para a garota.

Vi Ethan entrar na forja e pedir uma arma. Apesar dele ser meu aprendiz, uma forja não sobreviveria sem que eu cobrasse algo dele. Então, fazendo os cálculos, chego a conclusão do preço que iria cobrar por aquela arma.

- Cobrarei cinquenta dracmas, Ethan.

Acréscimos:

Retiradas:

¥ Dragon Dovahkiin. ¥

- Você que sabe, Ethan.

Após receber a confirmação de Ethan, comecei a forjar sua arma. Como era noite, a forja era possível, portanto coloquei uma chapa de prata lunar no forno e esperei até que a chapa começasse a emitir luz por conta da energia recebida pelo calor. Depois de acontecer o descrito, coloquei as luvas e retirei a chapa de dentro do forno, a colocando em cima da bigorna. Com o auxilio da luz do luar, comecei a moldar a chapa pra fazer um retângulo com as dimensões pedidas pelo aprendiz. Depois de fazer isso, resfriei o retângulo e coloquei-o no forno novamente.

Enquanto isso, eu tinha recebido um pedido por carta de uma pessoa que eu vagamente me lembrava de ter visto no chalé de Hermes. Era Rafaella. Ela tinha pedido uma maleta que virasse um pequeno estojo de couro e disse que pagaria o preço justo por ela. Ao lembrar desse pedido, coloquei uma chapa de titânio e uma de platina no forno. Para fazer a maleta, usaria desses dois materiais que eram mais resistentes. Eu sabia que talvez a mulher pudesse me enganar, já que era filha de Hermes, mas algo me dizia que dessa vez não seria bem assim. Só esperava que estivesse certo nesse meu pensamento.

Retirei o retângulo no forno. Separei-o mentalmente em uma parte maior, de sessenta e cinco centímetros, e outra parte menor, de quinze centímetros. Comecei a trabalhar na parte maior, a achatando gradativamente até que tivesse a espessura de uma base de lâmina. Depois de conseguir fazer isso, passei para a parte menor, moldando-a de forma que formasse um cilindro deformado, que fizesse com que a espada fosse melhor segurada.

Terminando isso, fiz ranhuras no punho e ajeitei o guarda-mão, retirando as imperfeições deste, antes de partir para a afiação da espada. Para isso, usei Constructio para achatar a borda da lâmina e passei esta na pedra de amolar para que ficasse com a afiação necessária para arrancar pedaços dos monstros com um único corte bem aplicado. Fiz isso por toda a borda da lâmina, sendo que em sua ponta, fiz uma forma triangular, perfeita para perfurações. Terminado esse trabalho, resfriei a espada de Ethan e a deixei dentro do líquido enquanto fazia a maleta da Rafaella.

Retirei a chapa de platina e a chapa de titânio de dentro do forno e as coloquei uma em cima da outra na bigorna. Depois de dar marteladas para acelerar o processo de formação de liga entre as duas chapas, as coloquei novamente dentro do forno. Como percebi que iria demorar um bom tempo para que se juntassem, retirei a espada de Ethan de dentro do líquido resfriador e com as ferramentas de talha, entalhei o símbolo de minha forja na lâmina da espada. Depois a testei e, quando vi que tinha cortado a garrafa pet ao meio sem nenhuma dificuldade, a deixei de lado para entregar mais tarde. Armei uma rede na ala de visitantes e fechei a porta da forja. Iria dormir um pouco, já que o processo de liga iria demorar um bom tempo.

Ao acordar, já recebendo os raios de sol na face, refletidos por um escudo, desci e desarmei a rede, a colocando em uma das mesas dali. Abri a porta da forja e fui para a fornalha, para ver se a liga estava pronta. Vendo um resultado negativo, suspirei pensando que teria um tempo de folga. Ledo engano. Uma pessoa que não conhecia entrou na forja e me pediu um pedido bastante peculiar: Uma espada que produzisse fogo. Pouco tempo atrás eu tinha aprendido em um sonho com meu pai a colocar elementos dentro das armas. A fazê-las soltar raios, bolas de fogo e outras coisas somente com um certo tipo de material: A essência. E aquele garoto tinha duas essências em mãos, além de um terceiro frasco que parecia ser um tipo de essência de lava, ou algo assim.

Olhei um pouco curioso para o cara, querendo saber onde ele tinha conseguido aqueles materiais. Mas, ao ver a expressão do homem, resolvi não perguntar nada do que se passava em minha cabeça e fazer o que fora pedido. Para isso, coloquei uma chapa de titânio e uma de ouro solar no forno e fiquei esperando até que a de ouro ficasse mais maleável para colocá-la em cima da de titânio, para que formassem uma liga. Diferentemente da liga de titânio e platina, a liga de titânio e ouro solar era mais rápida de ser feita, tanto que em relativamente pouco tempo, os dois materiais já estavam unidos o suficiente para poder começar a trabalhar com a liga. Retirei a nova chapa cuidadosamente do forno, tendo que segurar minha vontade de coçar as mãos que estavam dentro das luvas, e a resfriei imediatamente para firmar a liga. Depois de fazer isso, coloquei a liga recém feita de ouro solar e titânio no forno novamente, para que pudesse ficar maleável o suficiente para começar o trabalho. Nesse meio tempo, a liga de titânio e platina finalmente tinha sido feita, portanto retirei a nova chapa da liga desses dois materiais e a resfriei, colocando-a no forno logo depois.

Esperei por algum tempo até que a chapa da liga de titânio e ouro solar estivesse pronta e, ao ver que já dava para começar a moldar a katana, tendo retirado a chapa de dez em dez minutos para poder preparar o metal, retirei a chapa definitivamente de dentro do forno e a coloquei na bigorna. Vendo que não tinha como o punho ser feito de madeira, resolvi contrariar as ordens do pedido e fazê-lo da liga de titânio com ouro solar. Comecei a dobrar o metal, a fim de formar a lâmina especifica da katana e a empunhadura. O suor já aparecia em meu rosto, fruto do trabalho que fazia para poder moldar aquele tipo de espada. Ao terminar de moldar a lâmina e retirar as imperfeições raspando o metal, envolvi a espada de barro e a coloquei no forno. Enquanto ela esquentava para poder fazer o Hamon, retirei a chapa da liga de titânio e platina e comecei a moldá-la em uma maleta. A parte de fora dessa moldagem era um tanto fácil, mas o que realmente complicava eram os locais onde seriam colocados os objetos.

Depois de especificar dez locais para serem colocadas armas cortantes pequenas, como adagas, moldei a parte onde ficariam os frascos, ao todo eram quatro, e fiz todas essas partes pensando mais na segurança da maleta, tanto que, caso uma arma fosse colocada em um dos locais designados para ela na maleta, ela não se soltaria a menos que a usuária pegasse no punho da arma. O mesmo valia para os frascos. Passada a parte fácil, vinha agora a parte difícil do pedido de Rafaella: transformar aquela maleta relativamente grande em um estojo de couro que tinha feito algum tempo atrás, costurando algumas tiras de couro apoiadas em uma base de plástico. Não sei lhe explicar como eu fiz isso, mas a primeira parte era um tanto fácil de fazer: associar a maleta com o estojo. Depois era que complicava, pois eu teria que arrumar um jeito de fazer com que a maleta virasse o estojo. Felizmente, graças aos meus instintos, eu consegui fazer isso, apesar de que o estojo tinha certas características de dureza da maleta. Terminado o trabalho, costurei o símbolo da forja no estojo e talhei o mesmo símbolo na tampa da maleta.

O pedido de Rafaella estava pronto, só faltava mesmo o pedido do garoto estranho. Retirei a espada com o barro do forno e a resfriei imediatamente após, formando a impressão digital da katana. Depois, inspecionei os desenhos feitos pela temperatura e, com as ferramentas de talha, fiz os meus próprios na lâmina, tomando cuidado para não estragar o trabalho anterior. Eram desenhos que representavam a força do fogo, já que a espada era baseada nisso. Terminado essa parte do trabalho, tive de usar o maçarico para esquentar a parte da empunhadura e moldá-la novamente, para poder se adaptar melhor a mão do cara e tomando cuidado para não descaracterizar a espada como katana. Vendo que a parte da empunhadura estava pronta, a resfriei e com as ferramentas de talha, tirei as imperfeições desta e do guarda-mão. Coloquei o símbolo da minha forja na lâmina da katana, poli e a lixei, para ficar mais afiada.

Terminada a parte normal do trabalho, voltei ao balcão com a katana em mãos e, pedindo licença com um gesto, peguei a maleta. Colocando tanto a maleta quanto a katana na bigorna, retirei um dos frascos de fogo e, com muito cuidado, o derramei vagarosamente na lâmina. O segundo frasco de fogo foi derramado somente na ponta da lâmina, para adquirir o efeito desejado. Com o domínio das chamas por meio da oração que repetia a meu pai enquanto o líquido era despejado, esperei que os efeitos pudessem ser aqueles que foram pedidos pelo homem que lá esperava.

Esta era a oração que pronunciava várias vezes:

"Senhor Hefesto, deus das forjas, dos ferreiros e do fogo, faça com que seu poder perante o fogo passe para a vontade dessa espada e que ela faça o pedido pelo dono. Senhor Hefesto, meu pai, faça com que eu possa atender a esse pedido tão peculiar do homem que espera no balcão. Não por ele, mas por mim, que precisa desse pedido para reafirmar-se. Sei que não sou digno de estar em tua presença, mas pelo amor que tens as suas criações, faça com que seja possível a arma fazer isso."

Depois do frasco de lava ser derramado, este por toda a lâmina, esperei que o líquido fosse absorvido pelo material e, ao ver resultados positivos, resfriei a arma. Não ousei testá-la por causa de seu enorme poder, mas parecia que iria funcionar perfeitamente nas mãos do cliente. Ao terminar esse processo meticuloso da arma do homem que estava na minha frente, a levei para seu dono e recebi o preço prometido: 150 dracmas.

- Espero que volte outro dia, apesar de achar que você não gosta muito do acampamento, cara.

Acréscimos:

Retiradas: