[MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

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[MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por 141 - ExStaff Ter 09 Out 2018, 14:26


narrada



A noite se esvaia aos poucos. O céu estava bem iluminado com a lua cheia esbanjando seu brilho dourado, as estrelas cintilavam de forma bela, fazendo com que qualquer um parasse para apreciá-las. A temperatura baixa não incomodava nenhum dos homens que ainda andavam pelas ruas, tão pouco aos bêbados que carregavam consigo as jarras de vinho.

Em uma das pequenas casas de uma viela um clarão surgiu, um mendigo que havia se jogado próximo ao local para descansar acordou espantado e correu, gritando que demônios estavam a sua procura. Dentro da residência, mais especificamente na sala algo surgirá. Um corpo longo estava largado sobre o chão, a chama do lampeiro dava a visão da pele alva e suja de poeira, as vestes estranhas possuía rasgos espalhados, como se o humano houvesse saído de uma dura batalha segundos atrás.

Preso a cintura a bainha juntamente a espada parecia folgada e prestes a soltar o corpo. Um gemido de dor ecoou, o garoto sentou-se com esforço esfregando sua cabeça, confuso e sem saber muito bem o que acontecerá, afinal, minutos atrás ele estava treinando arduamente com uma Harpia em uma das arenas mundanas quando se distraiu com a imagem de uma mulher e então tudo ficará escuro.

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Re: [MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por Killian G. Fitzroy Sex 12 Out 2018, 19:00


Insider
I awake to find no peace of mind, I said how do you live as a fugitive; Down here where I cannot see so clear, I said, what do I know, show me the right way to go


Suor escorria pela branca epiderme, ocasionando o aumento das úmidas zonas na camada interna de couro fervido que lhe revestia o torso. Parte do corpo esta em qual o jovem carregava, por entre as várias outras descoradas cicatrizes, um novo entalhe que pintava de tom vermelho vibrante seu peito, coloração que se fazia presente também num corte superficial logo acima do joelho esquerdo. A causa de tais machucados pairava à sua frente, carregando seu próprio acervo de ferimentos. Com um longo talho na asa direita, a harpia mal conseguia se manter no ar, o que, em adição ao corte na parte interna de sua coxa esquerda e à crosta de sangue já seco proveniente de uma lesão em sua testa que lhe tapava o olho do mesmo lado, havia levado-a a convergir seus últimos esforços a meramente se defender.


Os lábios finos e pálidos do garoto esticaram-se para formar um sorrisinho insensível que abrilhantou momentaneamente em seu rosto, o pintando temporariamente com a mesma cor de sua adolescência. Os cabelos, desgrenhados, se encontravam levemente sujos com o avermelhado solo de areia da arena, forjando-lhe uma coroa em cor cobre sujo como um rei destronado e faminto pelo poder. Porém nada mudara em seus olhos, ou ao menos, nada perceptível. As íris estavam afiadas como sempre, travadas no inimigo à frente como se enxergasse em loop todas as movimentações necessárias para alcançar o xeque-mate, entretanto, alguém que conhece bem o jovem perceberia que, por mais que seus olhar exalasse pura e fria concentração, naquele momento, com uma espada em mãos e o calor da batalha no corpo, Reinhardt se encontrava mais em êxtase do que se o mesmo estivesse bêbado ou drogado.


Um fechar e abrir de pálpebras mais tarde e a estruturada concentração do semideus deu lugar ao instinto. Olhos rolaram rápidamente para uma imagem tremulante a esquerda, e a figura de uma mulher invadiu seu campo de visão, dando-lhe um breve momento para captar o que acontecia. A moça se diferenciava das outras que treinavam ao longo da arena não só por sua vestimenta, mas também, e principalmente, por sua aura, algo que Killian não soube nem por onde começar a explicar. Ao fundo, o ribombar constante das lutas começou rapidamente a ficar mais lento e mais baixo, como se o sentido da audição lhe estivesse sendo roubado. E, sem aviso prévio, como uma lei marcial imposta pela mão firme de um marechal, sua consciência lhe foi tomada e sua visão escureceu.


{...}



A palavra ainda se mantinha presa na língua do jovem, provendo-lhe um sabor amargo e ao mesmo tempo azedo. — Merda. — Os lábios secos rasparam e abriram deixando escapar um leve gemido, uma sensação de lixas sendo esfregadas uma contra a outra, porém o som não lhe alcançou os ouvidos. A audição era preenchida por um zumbido alto dificultando não só a captação de sons como embaralhando seus pensamentos, como o efeito de uma granada GL-307, a mais comumentemente conhecida como granada de luz e som.


Pálpebras claras tremularam e se abriram, permitindo que as cinzentas íris navegassem pelo ambiente ao redor. Uma coisa simples que percebeu foi que ele não se encontrava mais na arena — não que ele teria apostado seu dinheiro nisso —, ao invés do solo arenoso sob seu corpo, ele estava largado como um pedaço de merda no chão sujo de madeira de uma casinha, o rosto fortemente pressionado contra o assoalho impedia-o de analisar o ambiente por completo, porém o garoto se sentia satisfeito em chutar que ele estava sozinho, bem, ao menos por enquanto. Um suspiro escapuliu por suas narinas, espalhando a camada de poeira que forrava o chão. “Tomara que a filha da puta da harpia tenha acabado com a porra toda e isso aqui seja o limbo.” O pensamento soou quebrado e confuso por entre o estridente timbre que ainda lhe apossava os ouvidos.


Um abrir e fechar rápido dos punhos serviu para testar seus músculos, informando-lhe que eles não só ainda estavam no lugar certo como também que respondiam perfeitamente. Aproveitando-se de sua recente descoberta, mãos se arrastaram lentamente, estacionando ao lado do tórax, para então os músculos braquiorradial e o bíceps se tensionarem e, com um pouco mais de força que o esperado, desgrudarem o corpo do semideus do chão. O movimento impulsionou-o para cima, de forma que em uma primeira instância, o garoto se pôs de joelhos. Nesse intervalo os olhos voltaram a vasculhar o local ao seu redor, o pescoço rotacionando para permitir que a sede do jovem fosse saciada, e na luz incerta de um lampião que se encontrava logo a sua frente sobre uma caixa de madeira, o que o albino encontrou em nenhum aspecto era interessante.


O cômodo, que mais parecia um buraco de rato inundado de poeira como água em uma casa em Atlântida, não parecia ser maior que doze metros quadrados, e se encontrava com uma organização em estilo espartano — ainda que tal descrição fosse uma forma educada de dizer quase vazio — caracterizada por um sofá de dois lugares logo abaixo da janela à esquerda e acompanhado de uma poltrona logo no canto inferior da sala, uma mesinha de centro tombada na parede às suas costas reforçava a barricada de concreto que ocupava o lugar do que deveria ser a porta, e um vaso de plantas mortas ao que poderia ser séculos postava-se adjacente do que parecia ser um corredor.


A iluminação do ambiente era meramente provida pela luz do candeeiro, posto que pela janela apenas alguns poucos feixes prateados penetravam o ambiente, uma indicação que algum tempo desde seu treino na arena passou e Nyx agora estendia seu véu pelo mundo, em virtude da mesma se encontrar fechada com tábuas já escurecidas de podridão. Era óbvio que ele não havia simplesmente aparecido ali por nenhum motivo, semideuses não tem essa sorte, o porém era: onde caralhos ele estava e qual a merda do motivo.


Completando a ação de levantar, Killian percebeu um leve peso em sua perna esquerda e por instinto levou a mão direita ao lugar. Seus dedos esbarram em madeira trabalhada e uma sensação de segurança o envolveu imediatamente, como filho do deus da guerra o jovem sabia exatamente o que estava pendurado em sua cintura, mesmo que não tivesse a noção do porque. Quer dizer, ele não era tão estúpido quanto o creditavam, então, ao menos uma ou duas ideias do porquê estar armado lhe passou pela mente, nenhuma delas era agradável.


A iminência de uma batalha, mesmo que nada passasse de uma especulação, tinha sobre Reinhardt o mesmo efeito que óleo derramado nas juntas de uma máquina, imbuindo-o de uma nova aura. As pálidas orbes que decoravam seu rosto voltearam mais uma vez em busca de informações, entretanto dessa vez sobre si próprio. Os machucados que antes o cromatizava de vermelho haviam sido meramente cuidados ainda que não tivessem cicatrizados, tal relato comprovado pela ausência de sangue e dor local mesmo ao ser pressionado pelas mãos hábeis do rapaz.


O tecido camuflado de seu shorts se esticava por suas coxas permitindo ao soldado mais velocidade e agilidade, em contrapartida da utilização das mais valorizadas calças, e sobre seu torso ainda se encontrava a armadura de batalha, recheada com largos rasgos por toda sua extensão a mesma não demonstrava nenhum sinal que aguentaria a intensidade de uma batalha em alto nível, todavia, mesmo com tal ponto negativo o garoto não cogitou descartá-la.


“Numa guerra, um pedaço de pano poderá te salvar da morte certeira.” O pensamento ecoou com o mesmo tom ríspido da primeira vez que ouvira, uma lembrança a muito enterrada de seus dias de recruta. No entanto, memórias não eram o que Vorüberg desejava naquele momento, a bem da verdade, foram essas porras que o assombraram ao ponto de buscar as estúpidas arenas, elas e aquela desgraçada de visita da semana passada. Balançando a cabeça o albino inspirou pesadamente, ele não podia deixar a mente se obscurecer.


Expirando, o meio-sangue empertigou o corpo, assumindo uma posição mais própria para o que quer que pulasse sobre si, o peito adotou um ciclo mais lento por sob os frangalhos de couro e sua atenção foi redobrada. Ele não sabia porque estava ali, mas não poderia ficar simplesmente parado, e com isso em mente o garoto planejou seus próximos passos. Experiente como era, o jovem sabia que não adiantaria nem tentar as saídas convencionais, dessa forma a única opção que parecia lhe sobrar era o corredor qual ele se embrenharia de espada em mãos e abstração tingindo seus olhos em ferro fundido.


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Re: [MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por 141 - ExStaff Ter 16 Out 2018, 18:43


narrada



Killian havia despertado, apesar de confuso obtivera uma ótima noção do local atual: Uma casinha tipicamente de pessoas desprovidas de dinheiro e abandonada. Talvez ele devesse ter procurado entender em que local geral encontrava-se, mas a pouca informação que obtivera lhe parecia ser suficiente e bastante satisfatória.

Caminhando lentamente até a porta e a abrindo, o garoto pode observar melhor o espaço. As casas pareciam ser feitas de um material diferente do que o garoto costumava ver, mais frágeis e possivelmente mais fáceis de serem destruídas, uma grande falha. Ainda atentando-se aos detalhes ele pode perceber que tudo ali era antigo demais, como se não estivesse mais em seu tempo e sim em outro bastante anterior a toda modernidade.

Seus passos o levaram para a rua, o sol começava a raiar e aos poucos as janelas eram abertas e as pessoas surgiam. Todas, sem exceção, olhavam-no com certo horror. Suas expressões denotavam clara preocupação, de onde vinha aquele ser estranho? Quem ele era? O que estava procurando? Faria mal a população?

Os sussurros eram constantes e incomodavam o semideus de certa forma, enquanto tentava apenas sair do meio da multidão ele sentiu um toque em seu ombro. — Você vem conosco.— a voz soou autoritária, a expressão dura estampada na face do soldado indicou que aquilo não era brincadeira. Seria o fim?

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Re: [MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por Killian G. Fitzroy Ter 23 Out 2018, 22:35


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And you'll be lost, every river that you tried to cross, every gun you ever held went off


O toque frio da maçaneta foi ao encontro de sua palma esquerda, a direita ainda ocupada com o cabo da espada mesmo após sua inspeção pelo casebre resultar em nada. Uma sensação de ridículo começava a preencher o garoto, um veneno que se alastrava a cada pulsação por suas artérias, sobrepujando o instinto de alerta que o fizera embrenhar-se pelos cômodos sujos. A residência nada mais era que uma casca fina e vazia, ou quase isso.


Para além da sala e de um minúsculo corredor, abriam-se três pórticos, de forma que ao atravessar o primeiro deles, um possível quarto se encontrava, ou ao menos em algum tempo passado, visto que atualmente não passava de um depósito para madeira e mofo. A segunda porta, bem, não existia, arrancada em algum momento, não restava nem dobradiça ou batente, e a visão do outro lado não era nem um pouco animadora, pois onde deveria existir um banheiro, apenas tristes muros velhos e sujos o cumprimentavam, cena repetida na terceira entrada, onde uma provável cozinha jazia morta.


As paredes brancas, já fortemente amareladas pelo tempo e recobertas com crostas de poeira, o acompanharam de volta à sala de estar, a frustração e o alívio de não ter se deparado com nenhum conflito fluíram do garoto como um ataque de incontinência urinária. O garoto percorreu o cômodo novamente. Uma inspeção mais minuciosa sob um ponto de vista mais calmo o levou a enxergar para além da barricada de pedra clara, uma porta maltratada de madeira se postava com a merda da maçaneta de aço que nesse momento preenchia o aperto de sua mão.


O ambiente que o envolveu ao penetrar a passagem era adornado por um firmamento levemente acinzentado, indicação que o astro rei navegava em algum ponto além do horizonte. Ao nível do solo uma cidade de aparência pacata desfraldava suas ruas, estreitas e calçadas de paralelepipedos, pelos campos e colinas a frente, circundada de perto por casas ainda escuras enquanto todos dormiam. As pequenas residências empertigaram-se tão orgulhosas como um amontoado de réplicas do Empire State, carregadas com um ar “antigo” — aka velho — serviriam perfeitamente como cenário para um filme histórico.


As pernas, desassossegadas, arrastaram o semideus para as sombras mais escuras que teimavam se agarrar aos prédios, enquanto a luta entre a noite e o dia era gradualmente vencida pelo último. A proximidade permitiu-o uma chance de análise sobre o que realmente o cercava, tal oportunidade sendo capaz de revelar duas coisas bem simples: as bonitinhas e engraçadinhas construções brancas desfrutavam do conjunto para dissimular suas intrínsecas desmazelos, arranhões, e sinais de maltrato no geral, e o fato de que um incomum material era utilizado para a elevação das moradias, algo de aparência mais fraca e não tratado, como ripas cruas de madeira, de tal forma que o ariano se questionava como perduraram em pé.


Passos impassíveis mantiveram-o em linha reta ao longo da rua para sabe-se lá onde, o ritmado entrechocar da lâmina em sua coxa esquerda a cada passada dada o induzia a um estado de segurança enquanto as casas o encaravam rancorosas e desconfiadas. O despontar dos primeiros raios de sol tocaram a pele de Killian, o calor flui pelo corpo do jovem ao mesmo tempo em que o som de madeira raspando em pedra ecoa no ar ainda úmido de orvalho.


Momentos depois, as entradas das residências abrem-se em acompanhamento às janelas, rostos inundam as aberturas em ambos os lados das ruas e a sensação de escrutínio cai pesadamente sobre os ombros do albino. O olhar das faces pálidas refletia o de suas moradias, com um leve adicional de terror incutido, um claro sinal que ele não seria bem recebido ali. A impressão foi endossada pelos pares e mais pares de mal encaradas orbes que o seguiam a cada movimento, julgando-o e o expurgando como uma bruxa a caminho da fogueira.


O clima leve do alvorecer foi invadido por sussurros e resmungos que iam de raivosos a repletos de medo na paleta de tons mais escuros da vida. Passos irrequietos espalharam-se pela avenida, a única informação de indicação da aproximação de uma multidão, visto que seus olhos se mantinham fixos no céu límpido e azulado que se esticava acima. “Mereço essa merda denovo.” O pensamento continha um alto grau de irritação, afinal, todo aquele pandemônio não ocorria pela primeira vez na vida do jovem meio-sangue, um inferno ao qual ele recorrentemente era jogado.


Acelerando o ciclo de seus pés, Reinhardt iniciou uma busca incessante por uma fresta que fosse para se esgueirar e simplesmente desaparecer, as irises cinzentas correndo por entre rostos e objetos mundanos. A pressão de corpos e o zumbido irritante que a sinfonia de vozes adquirira deixavam o menino atordoado, flashes de momentos similares no acampamento e na sede não auxiliavam em nada a manter uma linha de pensamento clara. Porém isso  mudou em instantes, quando dedos fortes se fecharam sobre seu ombro direito.


— Você vem conosco. — As palavras ditas em um tom duro serviram de âncora para a mente atribulada do branco. A mão e voz pertenciam a um jovem, um típico galã de novela — moreno,  alto e musculoso —, trajado como um soldado da antiguidade, uma roupagem semelhante a do próprio semideus, ainda que a do outro carregasse uma cobertura em metal trabalhado e um elmo de flâmulas vermelhas encaixasse na curva de seu antebraço esquerdo. A presença autoritária do moreno não só aquietara a mente do albino, como também o burburinho da multidão, que agora encarava o galã como se o mesmo fosse a porra do Superman.


Um suspiro mental quebrou o encanto que o evento tivera sobre Kill, que sem o risco de ter seus tímpanos perfurados, conseguia unir “a” com “b” novamente. “Já estou de quatro, como evitar que comam meu cu?” O questionamento, extremamente válido, foi respondido por uma direta e simples resposta: fingir. Ares não era conhecido por seu drama e habilidade teatral, porém jogos de guerra são ganhos na base da estratégia e da lábia, afinal nem toda guerra é vencida só com espadas e lanças. Com tal intenção em mente Vorünberg se empertigou, a coluna se tornando uma linha reta, no instante que o braço direito assumiu a posição triangular característica do cumprimento militar. — Sim, capitão.


A expressão de surpresa que decorou a bela face do soldado foi um espetáculo à parte, uma sobrancelha escura deslizou para cima e um esboço de sorriso pode ser visto nas sombras dos lábios do mesmo. Sem muita cerimônia ou aviso, o Kent rodopiou no lugar e dirigiu-se a um agrupamento de soldados, todos meros hoplitas de capacetes lisos, porém a multidão rapidamente abriu caminho, como se todos os seus fios tivessem sido puxados ao mesmo tempo por deuses marionetistas. Sem muitas escolhas o semidivino acertou uma marcha, de forma a ficar lado a lado com o militar. — Senhor, se me permite a pergunta, poderia me informar para onde estou sendo levado? — Minutos se esticaram e passadas foram realizadas, todavia a resposta não veio, mais uma pedra de frustração adicionada à pilha.


Segurando outro suspiro em menos de dez minutos, o garoto decidiu tentar novamente, era claro que ele não deveria forçar demais, entretanto ele necessitava de algumas respostas, mesmo as mais básicas. — Eu poderia ao menos saber onde estou, capitão? — Dizer que o rebanho de cidadãos haviam se dispersado seria um exagero, alguns seguiram sua vida, no entanto a maioria ainda se aglomeravam no meio da rua, apontando e cochichando sobre o recém-chegado. Desviando de um grupo de crianças irritantes, Rein quase não escutou a resposta. — Esparta. — Primariamente, um sorriso cortou os lábios finos do branco, afinal aquilo era uma piada muito idiota, não era?


Voltando a acompanhar o filho de krypton, esferas nebulosas piscaram ao encarar a falta de reação do outro, o senso de humor parecera fugir ao herói militar. As tais esferas, agora semelhantes a um furacão, rodopiavam pelo ambiente, apenas para ver sua ficha cair. As roupas de tecido e couro, tipicamente em estilo grego, e as casas carregadas pelo mesmo estilo arquitetônico deveriam tê-lo feito perceber, ou então os soldados em seus uniformes de hoplitas, principalmente quando se refere ao alien-deus, envolto naquele metal prateado que apenas enaltecia sua bela pele curtida e madeixas escuras. “Vou morrer, é isso, muito legal! Depois de anos evitando esse mundo e algum filho da puta me manda pro passado pra ser empalado por uns guerreirinhos mequetrefes que adoram chupar o pau do meu divino pai.”


Uma ânsia para simplesmente parar ali e agora e demandar mais informações possuiu o ariano como um succubus, contudo tal reação não seria muito bem recebida, dessa forma, ele continuou a caminhar ao lado do capitão espartano. Um olho admirava o espécime masculino que diligentemente marchava adjacente ao seu ombro direito, ao passo que a outra orbe observava tudo  ao seu redor, buscando absorver o máximo de informações possíveis.


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Re: [MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por 141 - ExStaff Qui 01 Nov 2018, 14:09


narrada



Esparta. A enorme e tão famosa cidade grega, era ali que o filho de Ares havia se encontrado. Alguma divindade o mandará de volta ao passado, ainda não sabia o porquê, apenas sabia que o fizeram.

O comandante caminhava puxando o rapaz, ao seu lado outros dois soldados caminhavam carregando consigo suas lanças pesadas de cabo de madeira e ponta de aço. O céu era tonalizado em rosa, azul e laranja, criando outras tantas colorações, dando um show de beleza.

A porta de madeira fora aberta com certa rispidez, igualmente o semideus fora jogado dentro do local. Uma nova casa com uma mesa de madeira grossa em seu centro, atrás uma cadeira. Haviam papéis espalhados e tantos outros assentos, a esquerda uma porta que levava a um local desconhecido e idem a direita, além da de entrada e duas janelas ao lado.

Os soldados deixaram o local. O comandante fitou o garoto por alguns segundos até que suspirou profundamente. — Estávamos em seu aguardo, garoto. — a voz grossa ecoou. A frase apesar de simples não fora recebida tão bem. — Temos problemas. Precisamos que garanta a nossa vitória sobre Athenas. Sabemos que nosso protetor, Ares, o enviou como ajuda. O sacrifício valeu a pena… — a última frase fora dita com pesar, como se fosse doloroso para o homem lembrar do que fizeram em busca de ajuda. Um suspiro longo lhe escapou os lábios e olhar fora desviado da face de Killian.

— Sabemos que o conselheiro do rei estará passando aqui por perto em um dia. Vá ao encontro dele, mate-o. Boa sorte. — finalizando a frase o homem abandonou a sala e a criança.

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Re: [MISSÃO NARRADA] Infiltrado // Killian V. Reinhardt

Mensagem por 150 Ex-Staff Seg 12 Nov 2018, 19:24



Missão Cancelada
Não há descontos, devido à apresentação de argumentos plausíveis
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