[RP ABERTA] — hoje a festa é lá no meu apê

por **Jessamine H. Julie** Dom 10 maio 2020, 20:39

hoje a festa é lá no meu apê

spoiler: não tem apê

Em tempos sombrios, desesperadores e aparentemente intermináveis, o tédio era predominante. Jessamine não aguentaria encarar o nada por mais um segundo. Quíron havia orientado os semideuses a permanecerem em suas casas e os deuses estavam investigando a situação. Mas a semideusa nunca fora de seguir regras.
Sendo assim... O que melhor se não uma festa clandestina?

Rapidamente, organizou seus pensamentos, separou sua lista de contatos e, com um sorriso satisfeito no rosto, começou a fazer ligações.
Seria um dia longo.

* * *

A rp se passa em Nova York, em um apartamento. É um espaço aberto e foi organizado de modo a dar o máximo de espaço possível para a pista de dança, com os dois bares em suas laterais e caixas de som espalhadas pelo ambiente - a música variando, desde as eletrônicas do momento, até os indies que todo mundo gosta.
TODOS ESTÃO CONVIDADOS!
É uma noite de clima ameno, céu estrelado e lua nova.

Orientações:

DFRabelo

por **Tatiana Volkov** Dom 10 maio 2020, 21:59

You said you cared

And you missed me, too

Las Vegas, Nevada
15 de abril de 2020 — 03:25AM

FALLING

I'm in my bed
And you're not here
And there's no one to blame but the drink and my wandering hands
Forget what I said
It's not what I meant
And I can't take it back
I can't unpack the baggage you left

Reapareceu na suíte presencial do hotel Bellagio.

Sua cabeça tocou o chão marmorizado da banheira que enchia muito lentamente. Concentrou-se no tic-tac constante do relógio, no som da água caindo, na visão turva que a água começara a lhe proporcionar e logo todos seus tão aguçados sentidos estavam abafados pela água. O único medo verdadeiro. E, embora aquela era sua terapia desde que Katherine se fora, foi ali que, desde a derrota para Thanatos – a qual nem mesmo se importava mais – Psiquê fizera seu primeiro contato.

— Você é uma boa garota. Sinto muito que tenham a feito superar tudo tão rápido.

Não sorriu, nem acenou, nem mesmo reagiu. Seus olhos azuis apenas encontraram os dela por tempo demais antes que os fechasse, esperando que seus pulmões se enchessem do fluído transparente e perdesse a batalha para a falsa correnteza que a torneira criava.

hoje não.

Quando deixou a água, estava fria, suas extremidades arroxeadas. Sorriu para a garota no espelho e sua próxima lembrança era dela em um voo para Nova Iorque.

Nova Iorque, Nova Iorque
23 de abril de 2020 — 10:45PM

PARTY

I got that devilish flow, rock 'n' roll, no halo
We party rock! Yeah, that's the crew that I'm reppin'
On the rise to the top, no "Led" in our "Zeppelin", hey!
Party rock is in the house tonight

— Tatiana, vamos nos atrasar.

— Scorpio, querido. Não é uma festa da família, tudo bem chegar fora do horário. Estou terminando.

Viu quando Blackthorn passou pela batente, deslizando a mão pelas costas nuas de Tatiana em um carinho sutil. Sorriu quando os lábios dele encontraram sua pele, arrepios passeando por seu corpo. Soltou o batom contra a bancada, virando-se para beijá-lo.

— Temos mesmo que ir?

— Vai ser divertido, há quanto tempo não passeamos com os outros?

Piscou-lhe, antes de voltar a atenção pro batom vermelho, deslizando-o sobre seus lábios cheios antes de fechá-lo e checar o espelho com atenção. Desde o tecido brilhoso que formava a calça até a blusa de frente única, estava impecável, sabia bem disso. Os saltos não eram suficientes para fazer com que chegasse na altura de Scorpio, mas diminuía a diferença em uma quantidade significativa. A roupa era informal para Volkov, mas não se importava com isso, não quando o filho de Hades tinha seus olhos nos dela com todos os sentimentos estampados.

Amor, carinho, devoção.

— Estou pronta, amor. — Scorpio resmungou qualquer coisa, mas foi calado quando a chave do Porsche caiu em suas mãos. — Você dirige.

And I'm well aware

I write too much 'bout u

ARMAS:

por **Bud H. Weiser** Seg 11 maio 2020, 02:15

LA FIESTA

Os efeitos negativos de uma quarentena são, de fato, extremamente prejudiciais a saúde mental de qualquer indivíduo – principalmente se o indivíduo for Bud Weiser. Não era uma questão de socialização; não tinha essa necessidade. Porém, ficar trancado por muito tempo num só lugar não lhe parecia saudável. Era como se uma voz em seu interior bradasse desesperadamente para que saísse.

Só se vive uma vez, não é mesmo?

Errado. Só se morre uma vez. Vivemos todos os dias. E ele não perderia mais um só dia de vida trancafiado.

Uma última ajeitada no espelho antes de sair. Deu alguns tapas em seu ombro retirando a poeira sobre seu agasalho preto, que combinava perfeitamente com sua camiseta branca de listras finas horizontais pretas e calças jeans rasgadas nos joelhos. Apagou a luz ao deixar o banheiro. Apoiou seu pé direito na cadeira para amarrar um de seus esbeltos tênis brancos. Mirou seu relógio de platina preso ao pulso esquerdo: a festa já havia começado. Quase se esqueceu: sua máscara de tecido personalizada, preta com pequenas manchas vermelhas simulando sangue respingado, presente de um parente distante. Deixou o chalé. Um filho de Hermes distraía a vigilância como combinaram. Um sutil aceno de sua cabeça lhe enviava uma mensagem que seria facilmente entendida: bom trabalho.

⌖

Desembarcou do veículo e jogou algumas notas de dólares ao motorista, não fazendo questão de receber o troco. Fora deixado em uma estrada escura e vazia, que possuía um leve ar sombrio. No entanto, logo a frente, era possível avistar toda a iluminação operacionalmente preparada para este evento. A brisa gélida tocou-lhe os ombros e o encorajou a atravessar o vasto campo que o separava da festa clandestina, organizada por uma meio-sangue desconhecida por ele. Não havia sido, tecnicamente, convidado. Entretanto, tinha certeza que ninguém o deteria.

Ao se aproximar, deu uma boa analisada em que seus olhos azulados vislumbravam: uma pista de dança que parecia ser maior que a praça de alimentação de um shopping; autofalantes posicionados por toda parte que bombardeavam a multidão com seu tuts, tuts; bares; mulheres; homens; baristas; garçons; e seguranças. Parecia ser uma solenidade completa e sublime para os que queriam esquecer por um momento seus problemas e afundá-los no álcool, drogas e pegação.

Conduziu-se a um dos bares para pedir uma bebida. Esforçou-se para ouvir tudo o que o barista lhe oferecia devido ao som extremamente alto da música, e então balançou sua cabeça negativamente a ele, repudiando a todos aqueles drinques tão chiques e famosos. — Não tem cerveja? — O atendente prontamente lhe trouxe uma garrafa da melhor cerveja que tinha e uma taça de cristal. Bud pegou a taça e a lançou contra a parede em direção a um cesto de lixo. Agradeceu ao sujeito e se afastou, levando o bico da garrafa a sua boca seca e sedenta por álcool. Subindo o quadriculado colorido da pista, observou todas as pessoas repartidas em pequenos grupos, alguns com máscaras, outros sem; alguns bebendo, outros não; e a maioria realizando movimentos dançantes muito tímidos. Retirou a máscara por alguns instantes: — Ô galera! É uma festa! Vamos dar uma animada aí, pô, qual é?! — E disparou o líquido de seu recipiente numa turma inteiramente fêmea e em outro conjunto ao lado já mais diversificado. A diversão estava começando.

considerações:

por **Jessamine H. Julie** Seg 11 maio 2020, 14:12

SEEN IT ALL

down at the car park i saw everyone i knew;
and before the night had started we had planned to crash a party

A festa ia bem. Consegui ouvir algumas fofocas enquanto passava, algumas comemorações e um ou dois participantes queimando na largada. Mal prestei atenção, sinceramente. Com um uma garrafa de vodka e o celular controlando a música, estava satisfeita o suficiente para chamar aquilo de sucesso.
— Opa, opa! — exclamei, vendo um jovem jogar bebida por aí. Não o reconheci, mas não importava (duvidava que conheceria mais de cinco pessoas ali). — Ih, perdão, jogou, agora vai tomar. — E balancei a garrafa na sua direção, o líquido transparente batendo contra seu peitoral. — Divirta-se!

E foi então que avistei Tatiana, sua postura rígida e nariz empinado. Caralho, eu adorava aquela riquinha.
— Devo me sentir honrada que Vossa Majestade resolveu vir? — Com um risinho, envolvi-a com o braço livro, cumprimentando seu acompanhante com um assentir de cabeça. Analisei suas roupas, o deboche claro em meu rosto. — Sério? Pretende passar a noite inteira aguentando os saltos? — Bati meu tênis contra o chão, alisando a blusa preta e o shorts de couro que havia decidido usar. — E aí neném? 'Tá curtindo?

I swear to god I've seen it all;
nothing shocks me anymore after tonight

créditos

por **Grimmjow Yuikimura** Seg 11 maio 2020, 14:48

Nunca fora um sujeito muito sociável.

A verdade era que a irritabilidade de Scorpio era colocada em questão mais do que gostaria. Entretanto, nunca recusaria um pedido tão insistente e vigoroso de Tatiana — e ela tinha métodos muito específicos para conseguir com que o moreno acatasse suas vontades.

Foi naquele ímpeto de curiosidade e descrença que estacionou o Porsche próximo ao local de onde baseava-se a tal festa para qual Volkov o havia arrastado.

— Esperava mais…

Seu murmúrio morreu quando chegaram ao lugar propriamente dito. Blackthorn ajeitou a gola da camisa preta; não lembrava-se qual havia sido a última vez que estivera tão despojado em algum lugar, contrariando o visual exuberante de Tatiana.

Scorpio pegou uma garrafa contendo um líquido qualquer dentro que, em função do vidro colorido, não saberia dizer a cor. Por isso, bebeu um gole — de maneira hesitante —, surpreendendo-se com o toque brusco do álcool em sua língua.

— Bom… — Ergueu uma sobrancelha. — A bebida não é tão ruim.

Não demorou para que uma figura excêntrica chegasse até ambos. Scorpio não sabia seu nome, mas os comentários acerca da namorada fizeram o filho de Hades abrir o mais tímido dos sorrisos antes de dar mais um gole naquilo que tinha em mãos.

— Tatiana nunca perde a pose. — falou, a voz tentando batalhar contra o tom alto da música que por ali ecoava. — É um pouco teimosa até demais às vezes, mas você ficaria surpresa ao saber tudo que ela consegue fazer em cima desses saltos.

ᐁ ROSE - FG

por **Tatiana Volkov** Seg 11 maio 2020, 16:00

we are the people

and we've had enough

Nova Iorque, Nova Iorque
23 de abril de 2020 — 00:15AM

BITCH

Fumbling through your dresser drawer
Forgot what I was looking for
Try to guide me in the right direction
Making use of all this time
Keeping everything inside
Close my eyes and listen to you cry

— Não seja careta, amor. — Deslizou seus lábios contra os dele enquanto falava, deixando um selinho manhoso antes de alcançar a maçaneta. — Se estiver horrível, quando chegarmos em casa eu...

Deixou a frase morrer com uma piscadela, antes de deixar o carro e alcançar a portaria do prédio, antes que sentisse o aperto firme em sua cintura. Quando explicou quem era, o caminho para o elevador que a levaria para o apartamento foi indicado pelo segurança, e, com um sorriso arteiro, esperou que chegasse na cobertura.

Lá em cima, as luzes e o som alto chamavam sua atenção. Não demorou muito para que Scorpio arrumasse uma bebida, e se viu buscando por uma taça para enchê-la com uma champanhe que pendia em um balde de gelo sobre a mesa de centro. Abriu-a sem esforço, serviu, brindou com o rapaz e estava quase atrás da anfitriã antes que Jessamine a encontrasse.

— Devo me sentir honrada que Vossa Majestade resolveu vir? — Seu sorriso cresceu. Das pessoas as quais Tatiana gostava verdadeiramente, Jess encabeçava a lista, lado a lado com Bianca e Scorpio. Deixou-se ser abraçada, enlaçando seu pescoço com a canhota antes de voltar à pompa ao lado de Blackthorn. — E aí neném? 'Tá curtindo?

— As melhores festas, Jess, não perderia por nada. — Brincou.

— Tatiana nunca perde a pose. É um pouco teimosa até demais às vezes, mas você ficaria surpresa ao saber tudo que ela consegue fazer em cima desses saltos.

Rolando os olhos para o comentário de Scorpio, parou em frente do semideus, livrando sua mão direita para que pudessem se cumprimentar.

— Scorpio, essa é a minha garota. — Apontou com a taça, brindando-a contra a bebida da filha de Herácles antes de bebericá-la — Jess, esse é o cara que te falei. Finalmente ficamos juntos, depois de tudo.

Piscou-lhe, sabendo que Jessamine também tinha passado pela proteção caótica de Grimmjow Yuikimira, só tinha saído com menos efeitos colaterais daquela tutoria.

— E você, Jess, o que nos conta de bom? Como estão as coisas?

new york is just

smoke and trouble

ARMAS:

por **Jessamine H. Julie** Seg 11 maio 2020, 19:52

SEEN IT ALL

down at the car park i saw everyone i knew;
and before the night had started we had planned to crash a party

— Ah, acho que sei exatamente as coisas que ela consegue fazer com saltos. — respondi, uma risada cheia de segundas intenções. Analisei o garoto, um pouco sombrio até demais 'pro meu gosto (mas, falando de Volkov, isso não era um empecilho). — Foi o que consegui arrumar em um curto período de tempo. — Sinalizei para nossos arredores, dando de ombros. — Mas ei, cuidado com essa doença por aí, hein?
Diante as seguintes palavras da outra, afastei-me um pouco, permanecendo no pequeno círculo que havíamos feito. Mais um gole e um sorriso fácil.
— Ah, 'cê sabe como é. — Recusava-me a deixar que as descobertas recentes estragassem a noite. Então, continuei a fala, meu humor irônico presente como sempre. — Acabei virando mercenária de alguma deusa... Nêmesis? Acho que sim. Desde tudo que aconteceu... — Perdi, por um momento, o fio do pensamento, vendo um garoto loiro solitário à minha frente. — Bom, um dia de cada vez, certo?
Ofereci a garrafa ao casal, retomando o sorriso.
— Servidos?

I swear to god I've seen it all;
nothing shocks me anymore after tonight

créditos

por **Nerezza Rutkosky** Seg 11 maio 2020, 22:06

classy girls?

Ela ouviu sobre uma festa.
Uma festa daquelas que você vai e não conhece metade dos convidados, que você se embebeda e não lembra do que aconteceu na manhã seguinte, que você pode simplesmente relaxar.
Uma festa.
Justamente o que estava precisando - e, por sorte ou por azar, conhecia alguém que também poderia fazer bom uso de um momento sem preocupações. Então, pegou o celular.
— Adam? O que você acha de uma festa?

Havia, por um momento ou dois, hesitado em relação à sua roupa, limitando-se a um par de calça jeans e uma camiseta curta em seu abdome, mas assim que chegou, percebeu que estava salva de qualquer tipo de censura - aparentemente, código de vestimenta não era um problema, não com os atendentes vestindo desde shorts até saltos, camisetas até ternos.
E Nerezza conseguia apreciar o caos.
Virou-se para seu companheiro, apertando-lhe a mão por alguns segundos para então soltar, um sorriso largo no rosto.
— E aí? Bebidas primeiro?

créditos

por **Lilith Doutzen** Qua 13 maio 2020, 11:01

party girl

don't you know too much already? i'll only hurt you if you let me. call me friend but keep me closer and i'll call you when the party's over. quiet when i'm comin' home and i'm on my own... and i could lie, say i like it like that

Lilith tinha criado uma pequena aversão à sua casa. Passava poucos dias lá, e quando o fazia, lembrava-se do porquê. Tudo ali lembrava da garota minimalista que tinha um sonho bobo de voltar para Nova Iorque. Por isso, antes que percebesse, via-se atravessando a entrada do One Madison mais vezes do que a da própria casa.

Mas a verdade é que estar ali era cômodo para ambos, e tinham firmado um acordo sobre o assunto silenciosamente. Devereaux havia pedido para que Ella acomodasse as roupas de Lilith em seu closet e, de repente, tinha quase tantas coisas ali quanto em seu loft no Rockfeller Center.

Estava sentada no meio de um edredom branco sobre o tapete felpudo da sala de estar quando o rapaz chegou. Era uma cena um pouco incomum. O balde de pipoca se acomodava entre suas pernas, um copo alto de refrigerante sobre a mesa de centro.

Chamou-o com o indicador, sem desviar os olhos da tela para vê-lo se aproximar e sentar logo atrás dela, no espaço entre seu corpo e o sofá.

— Qual o problema com o sofá?

— Não acredito que você me recomendou esse filme. — Ignorou-o, ainda que não pudesse fazer o mesmo com a sensação de seus dedos contra seus fios, soltando o coque que tinha feito preguiçosamente horas antes.

Sentiu-o concordar quando sua barba roçou em seu ombro para deixar um beijo no local.

— Tenho uma festa para ir. Em… — Puxou a mão esquerda dele para encarar os ponteiros do relógio dourado. — Uma hora e quarenta minutos.

— Eu não… eu não vou para festas, Lilith. E eu tenho uma reu...

— Você que sabe.

•••

Duas horas depois, checava pela última vez seu batom contra o reflexo do vidro da Mercedes preta. O vestido que cobria seu corpo não tinha nada demais além da assinatura de Alessandro Michele e uma barra de cristais que terminava quase um palmo acima de seus joelhos, mas o par de Louboutins e as jóias que repousavam em pontos estratégicos de sua pele faziam o trabalho de carregar seu visual simples.

foi uma ideia ruim.

Atravessou a entrada sem muita cerimônia depois que se despediu de Chase. Tinha um sorriso ácido em sua face e sentia as mãos tremerem um pouco porque a ideia de estar entre semideuses sem ele lhe parecia tão ruim quanto sua paranoia deixava acreditar.

O elevador logo alcançou a cobertura, iluminada estrategicamente para aquela festa. Olhos presos na bagunça organizada que Jessamine tinha aprontado, viu-se caminhando em direção ao bar. Não demorou muito para que, em suas mãos, repousasse a taça cheia e a garrafa de vinho rose, enquanto se via caminhando pelo salão em busca de diversão.

Não havia muitas pessoas no local ainda. O reconhecimento passou na face de Katherine, que balançou a taça em sua direção, mas resolveu apenas retribuir o gesto, prometendo se aproximar depois.

Foi quando desviou o olhar que pode ver. Um casal, pouco mais jovem que ela e Devereaux, discutiam sobre ficar ou não ali. Não demorou muito para entender que ele era um chato, já que tinha ido até ali apenas para cortar a vibe da garota bonita.

Mas ela não era uma menininha indefesa. Viu quando ela bateu o pé para ficar ali, mesmo que significasse ficar sozinha. Foi o que fez. O rapaz foi embora, deixando-a lá. Foi sua deixa para se aproximar, estendendo a garrafa em sua direção.

— E aí, garota? Quer companhia? Meu date me trocou por uma noite super animada de negócios.

por **Grimmjow Yuikimura** Qui 14 maio 2020, 17:27

Não sabia como se enturmar.

Entretanto, sabia que aquele comportamento era tido como contraditório — quiçá anormal — para alguém da sua idade. Digo, não que Scorpio ligasse de fato, mas fazia o possível para diferir de seus demais irmãos. Não queria a alcunha de ser mais um fantasma com sangue nobre nas veias.

Para afastar aquele pensamento incômodo, levou o gargalo aos lábios e deixou que por ali escorresse o líquido etílico que, ao mínimo contato com a sua língua e garganta, desceu em uma sensação de queimação.

Todavia, não era ruim.

Na verdade, encontrou naquilo um prazer mediano, do mesmo modo como o fazia às artes plásticas.

— Nunca tinha experimentado isso. — disse para Volkov. O tempo passado no Submundo parecia ter tirado de Blackthorn uma participação significativa no decorrer da modernidade mundana. — Mas é muito bom.

Sabia, todavia, que não podia exagerar.

Ainda assim, meio rendido ao sabor bacante do álcool e inebriado pela energia pulsante de uma festa, deixou que a camada álgida ao seu redor aos poucos se desfizesse para que fosse perpetuada a bonança de um sorriso genuíno.

— Acho que podemos investir nisso. — Indicou para Tati a garrafa que segurava, embora não fosse somente a ela que se referisse, mas sim ao ramo de bebidas em geral. — O que acha de abrirmos um bar? Ou um museu? Ou os dois?

ᐁ ROSE - FG

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