Garota Infernal

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

Garota Infernal

Mensagem por Elizabeth J. Stonem Sáb 28 maio 2011, 21:02

Meu nome é Renata e só tenho uma dica para quem está lendo isso aqui. Se acha a sua vida um paraíso e quer continuar com essa visão totalmente destorcida da realidade, feche os olhos e corra para o mais distante possível. Continue vivendo sua vida de pôneis coloridos e fadas pirlipimpim e esqueça de que um dia se deparou com a minha história. Agora, se você sente que a vida é injusta e esse mundo é um desastre, leia sobre a minha vida e compartilhe comigo tudo o que eu já senti em minha jornada para a morte, ou quase isso. Se querem ler uma história de comédia, amor e essas coisas, podem dar o fora daqui. Já aviso desde já que não há final feliz na história e não há casal. É dramático, assustador dependendo do leitor e há violência. É sensível? Tchau. Não quero que leiam essa história com uma visão totalmente de conto de fadas, quero que leia lembrando que a realidade é cruel e não há piedade nesse mundo. Seja bem vindo ao meu mundo, espero que odeie ele.
Capítulo 1

Se eu me lembro do dia em que eu nasci? Não. Por que lembraria? Se meu nascimento a única coisa que eu desejei não ter acontecido. Grande parte de minha infância fora apagada de minha mente, como se não existisse.
A primeira coisa que sempre está em minha mente é aquele quarto, pessoas discutindo, mas não tem como discernir sobre o que discutem. Novamente a dor, algo já rotineiro para mim. Aquele fogo ardendo em cada parte de meu corpo, como se estivesse queimando viva e finalmente a voz daquele ao qual eu desejava ver morto. Não só desejava ver morto, queria torturá-lo até a morte.
- Criança dos olhos verdes, crescerá e terá o coração invadido por ódio. – Fora só o que o homem tinha dito, tocando minha testa e cessando a dor.
E agora estou eu aqui, sentada em frente uma lanchonete. Alimentando-me como uma pessoa normal, portando como se fosse qualquer um. Mas não sou. Sou uma garota que sente prazer em matar, tem ódio no coração e vive sem razão. Tracei um único objetivo em minha vida, salvar os humanos da própria vida, tirando-a deles. Não faz sentido? Minha mente não faz sentido para aqueles que não pensam além do que é imposto pela sociedade moderna. Acha-me louca? Pois bem, não é o único. Sou maníaca, possuidora do dom da falta de medo. Se deve sentir medo de mim? Claro, assim está me dando mais poder.
Uma risada de escárnio surgiu em meus lábios, aproveitei-me do momento. Tomei o ultimo gole de café e deixei o dinheiro sobre a mesa, acenando para o funcionário que já tinha terminado.
Não tinha lugar para ir, só precisava me afastar da multidão de felizardos que não sabiam o que os esperava mais para frente. Um beco próximo chamava minha atenção, então resolvi passar pelo local. Primeira sensação que tive a me encaminhar para o lugar foi de estar sendo observada e quando o vi, meus olhos se arregalaram de surpresa. Corri para o beco usando toda a velocidade que minhas pernas possibilitavam e parei ofegante contra a parede do beco, pulando sobre a lata de lixo e subindo no muro.
- Renata Lorewaire fugindo? Meu deus, chamem o paparazzi. – Disse o homem, observando-me na entrada do beco.
Ele batia palmas em um ritmo lento, o sarcasmo era percebido de longe. Só os bem cegos e inocentes não conseguiriam perceber isso. Retirei a adaga prendida em minha calça e olhei ameaçadoramente para o homem.
- Ele não cansa de tentar me buscar? Eu já disse que não irei tão cedo. Ele me fez assim, sou um monstro. E por enquanto, não tenho nada contra isso. Ele quer ter o prazer de matar o monstro? Que aterrorizou cidades e cidades e matou seu filho? Pois bem, que venha pessoalmente e mate-me. Saiba que nunca me canso de matar vocês, me da mais gosto de viver.
O homem se virou e sumiu dentre a multidão, levando o recado para seu mestre, o psicopata que queria me matar e tirar a única coisa que me fazia sentir bem, ou perto de bem. A sede de sangue e o prazer de matar.
Sentei no muro e fiquei relembrando o passado por algumas horas.
Eu passei parte de minha infância no orfanato, antes de ser seqüestrada aos meus 12 anos de idade e criada por um homem que se julgava o próprio demônio. Ele me deixou uma adaga de prata e nada disse sobre o que vivo hoje. Desde pequena o ódio fazia parte de mim, nunca fui sociável e pouco falava. A única pessoa com a qual falava era Gabriel, esse garoto era dominado pelo ódio também, tinha vezes que eu conseguia enxergar o demônio dentro do mesmo, querendo dominá-lo. Nós aprendíamos técnicas de lutas e falávamos sobre mortes desde os 13 anos, o homem que tinha me seqüestrado apresentou-me ele assim que comecei a me comunicar com o seqüestrador.
Aos 15 anos de idade, em um dia nublado, Gabriel tinha lutado ao meu lado contra os homens de Raphael, o psicopata. Os homens conseguiram levar meu único e melhor amigo para eu não sei onde e até hoje não sabia se estava morto. Não tinha esperanças, mas sabia que do que meu melhor amigo era capaz, se brincasse o mesmo já tinha matado eles e se refugiado longe do Brasil.
Como descobri sobre Raphael? Fora avisada por Fernando, meu seqüestrador e criador, que tinha se matado após deixar uma carta para mim. A carta dizia sobre Raphael, que o mesmo desejava me matar e não pararia de mandar seus capangas para me perseguir e levar-me até ele. E que ele era a causa de todo o meu ódio. Ele mencionou na carta que eu tinha que me proteger deles até achar que estava pronta para matar Raphael. Podia ser orgulhosa, mas não era burra e não estava pronta. Precisava descobrir mais sobre meu passado, para conseguir matar o psicopata que tanto desejara minha morte.


Carta

Renata, já está no momento de você saber de tudo. Sinto muito por você estar passando por isso. Eu retirei você do orfanato, pois precisava aprender a se proteger sozinha. Nunca fui um criador carinhoso, você não podia receber tal carinho. Você precisa de ódio, todo o seu ódio. Raphael irá matá-la, o motivo eu não posso contar. Já salvei você muitas vezes dos Dormigans, capangas de Raphael. Ele não irá parar de mandar os Dormigans atrás de você, mate todos usando o seu ódio. E não seja estúpida, só encare o psicopata quando estiver pronta. Gabriel pode estar morto, mas se você realmente precisa dele, comece sua jornada atrás do mesmo. E com essa carta eu em despeço para sempre, fui seu criador enquanto pude e meu trabalho já esta feito. Não leve minha morte com tristeza e sim como um objetivo completo, se quer que minha morte seja em vão, então se mate junto. Caso contrário, só me enterre com o seu sorriso perverso de sempre.
Fernando Durmnstrange

Lembro como se fosse ontem, o corpo caído no chão e a carta em suas mãos. Honrei a morte de meu criador, enterrando-o com minhas próprias mãos. Depois disso achei que o certo a se fazer era simples, tinha que deixar aquela casa e ir procurar Gabriel. Mas ainda não sabia nem por onde começar. Tinha arrumado minha pequena mochila com o essencial e todo o dinheiro de Fernando fora para minha carteira. E depois fui para a cidade mais próxima e passando de cidades e cidades, para o norte. Já sou procurada em quase todas as cidades aos quais eu passei, querem recompensa pelo meu corpo. Um sorriso se forma aos meus lábios quando percebo que estão me procurando para me levar e receberem a recompensa, coitados... Não sabem que a única recompensa que ganharão é a morte da forma mais cruel possível.
Olhei para o céu e o mesmo já estava escuro. Era hora de ir, já tinha passado muito tempo relembrando do passado. Agora eu precisava saciar a minha sede e descansar um pouco. Sede do que? Sangue e morte.
Elizabeth J. Stonem
Elizabeth J. Stonem
Filhos de HadesPanteão Grego

Mensagens :
658

Localização :
Desconhecida

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Luana C. Feither Sáb 28 maio 2011, 21:19

Gêmea, eu já disse e vou dizer de novo. Está maravilhoso.
Você escreve perfeitamente bem. Tão bem que eu fico com medo da personagem!
Droga! Eu vou viver sem meus pôneis agora. [?]
Ela tem olhos verdes? Que chique. *o*
Mata eu. õ/


Posta mais, Anne. *-*
Luana C. Feither
avatar
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
870

Localização :
Inferno. '-'

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Amber Halliwell Sáb 28 maio 2011, 21:27

Caraaaaaaaaaaamba!
Muito muito misterioso e com uma novidade no ar, sendo a personagem principal não uma mocinha, mas uma vilã ou alguém bem sádica e meio demoníaca (aposto que foi influência do Bi.)
Adorei mesmo, parabéns!
Amber Halliwell
Amber Halliwell
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
123

Localização :
Nos mais voluptuosos dos teus sonhos. No mais obscuro dos seus desejos, sim aqueles que não és capaz de admitir. Sou à resposta às suas preces voltadas a maldade. Estou em todo lugar e em lugar nenhum, por isto tema o frio e se proteja como puder... Posso chegar em qualquer inverno.

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Jade West Kammie Sáb 28 maio 2011, 21:33

Ficou bem legal, filha. ^^
Adorei. Eu já quase escrevi uma história assim, só que percebi que tava horrível e acabei apagando. HASUHSAUHSAUHSAUHSA
Enfiiim... Posta mais, posta posta. *u*
Jade West Kammie
Jade West Kammie
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
511

Localização :
Por que? Vai assaltar? Ç.Ç

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Grimmjow Yuikimura Sáb 28 maio 2011, 21:40

*OOOOOOOOOOOOOOOOOOOO*

EU CONSEGUI INFLUENCIAR A ANNE, SE TORNAR UMA DEMÔNIA. *-*
Omg... a fic mais perfeita que eu já li, sem dúvida alguma prendeu minha atenção do início da leitura ao fim, até parei de fazer tudo o que eu estava fazendo. *u*
Anne, tá perfeita demais. <3
Grimmjow Yuikimura
avatar
Filhos de DespinaPanteão Grego

Mensagens :
705

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Kang Pipper Sáb 28 maio 2011, 21:49

OMG, que divõ *O*
Posta mais, posta rápido senãoeuchoro
Kang Pipper
Kang Pipper
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
12

Localização :
A bordo do Holandês Voador.

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Renan Xavier Sáb 28 maio 2011, 22:44

#Medo

Mas tá perfa! Vou tatuar seu autógrafo! =*
Renan Xavier
Renan Xavier
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
328

Localização :
Chalé nº 3

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Dave L. Bradford Dom 29 maio 2011, 15:07

AAAAAAA, ISSO, MATA TODO MUNDO. EU QUERO VER SAAAAAAANGUE.
Vilãs me fascinam. Sua Fic me fascina!
O mistério que contem nela é sensacional!
Sua fic é demais!
Dave L. Bradford
Dave L. Bradford
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
951

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Elizabeth J. Stonem Dom 29 maio 2011, 21:03

Capítulo 2



Estava dormindo encostada na porta de uma loja em uma rua deserta. Sim, eu realmente dormia nas ruas. Meu dinheiro só era suficiente para alimentar, não para o luxo de dormir em uma cama. Encolhi-me no casaco, tentando esquentar. O que era impossível nesse tempo, pois chovia muito e eu já estava quase ensopada, mesmo protegida pela pequena tenda da loja. Minha barriga roncava, mas não havia locais abertos a essa hora e nem dinheiro suficiente. Suspirei, olhando a minha volta. Será que acharia alguém para matar a essa hora? Levantei e coloquei a mochila em meus ombros, caminhando até o beco mais próximo. As gotas de chuva gelada tocavam minha pele, ensopando minha roupa e meus cabelos. Retirando o odor de sangue que exalava da minha blusa. Eu só conseguia ouvir o som da chuva e de minhas botas batendo contra o chão molhado, por enquanto estava tudo quieto. Quieto demais, mas não por muito tempo...
- ME SOLTA! EU QUERO IR EMBORA! – Uma voz feminina gritando muito alto.
- Cale a boca, desgraçada. Ninguém irá te salvar. – Uma voz masculina e sentia um tom de autoridade e raiva.
Bom, achei minhas vítimas. Segui o som das vozes e parei diante o beco, com um sorriso no rosto. Minha adaga desceu pela a manga de minha blusa para os meus dedos e eu a segurei. A garota estava presa na parede, tentando se desvencilhar do menino. O garoto segurava uma faca, impedindo a garota de sair dele.
- Olá, estou interrompendo algo? – Disse, olhando-os.
O garoto se assustou, ele soltou a menina e me olhou de forma ameaçadora. Mas eu não me senti ameaçada, estava ansiosa para vê-lo morto.
- O que uma garota linda como você faz por essas bandas, loira? – O menino perguntou, se aproximando de mim.
- Esse foi seu primeiro e ultimo erro. – Disse e quando o garoto já estava perto o suficiente, passei o peso para a perna esquerda e com a direita dei um chute em seu peito, próximo ao pescoço.
A garota estava assustada, qualquer um teria piedade dela. Mas...Eu não sou qualquer um. A faca do garoto tinha caído no chão com o mesmo, ele esticava a mão para tentar pegá-la. Sorri maliciosamente, esse foi outro erro dele. Nunca tente pegar sua arma quando o seu inimigo está em pé. Antes que ele pudesse pegar, pisei em cima do pulso dele e ouvi o grito do mesmo e o som de algo quebrando, não resisti e uma risada maléfica escapou de meus lábios.
- VOCÊ É LOUCA! – O garoto gritou, gemendo de dor.
- Louca? – Agachei e peguei a faca, ainda pisando no pulso dele. – Sou mais que isso, muito mais.
Tirei o pé do pulso dele e me virei na direção da garota que se espremia contra a parede do beco, tremendo de medo. Dei um passo na direção dela e percebi que a garota estava tentando atravessar a parede de tanto medo. Não resisti, mirei a faca no peito da menina e a atirei em direção a mesma, só ouvi o grito estridente da garota que preencheu meus ouvidos como uma melodia e logo após o estrondo dela caindo no chão. Caminhei até a garota e ajoelhei ao lado da mesma, retirei a faca de seu peito e ela gemeu de dor.
- Por que fez isso? – Perguntou a garota em um sussurro quase inaudível.
- Por prazer. – Disse e olhei para a minha adaga por algum tempo.
Sempre a usava para acabar com uma vida e dessa vez não seria diferente. Finquei a adaga no peito da garota e segundos depois senti uma pontada nas costas. Alguém tinha me chutado, sem ao menos virar para trás, segurei a perna da pessoa e fiz um corte com a adaga.
Era o menino e agora estava novamente no chão, caído e indefeso. Levantei-me e pisei na barriga do menino.
- Quem é você? – O garoto perguntou, custando para pronunciar as palavras.
- A sua salvadora. – Disse, olhando-o e pressionando o pé na barriga dele.
- Salvadora de que? – Perguntou ele em um sussurro quase inaudível.
- Vou salvar você do mundo. O único modo de fazer isso é tirando sua vida. – Respondi e agachei, fechei minha mão no cabelo dele e o puxei até que ficasse em pé.
Os lábios dele estavam perto dos meus, podia sentir o cheiro do sangue exalando dele. Aproximei meus lábios do ouvido dele, sorrindo maliciosamente.
- Eu não me arrependo por isso. – Sussurrei no ouvido do garoto e puxei seu cabelo para trás, conseqüentemente fazendo-o inclinar a cabeça.
Passei a ponta da lamina no pescoço dele, rasgando sua pele e quando já estava com sangue demais jorrando de seu pescoço, afundei a lamina no local. O pulso dele desacelerou e por fim o garoto morreu em meus braços. Seu corpo ficou pesado e eu somente o soltei, deixando o corpo do garoto cair no chão com um estrondo.
Olhei para os lados para ver a obra que tinha feito. Dois corpos no chão, inertes e sem vida. Havia sangue por toda parte, o odor do local me acalmava.
- Você não cansa? – Uma voz masculina disse, me assustando.
- Como se cansa de algo que sente prazer? – Retruquei, virando e encarando o homem.
- Vim te buscar, Renata. – Ele disse, me encarando e carregando a pistola.
- Veio em vão. Eu não vou com você. – Disse, encarando-o.
O homem mirou a arma em mim e apertou o gatilho, liberando a bala. Observei o percurso dela até me atingir na coxa. Uma pessoa normal gritaria de dor, mas eu não sou normal. Fiz a única coisa que ninguém esperaria, ri. Ri sem humor. A dor era algo tão normal para mim, já estava até acostumada. Eu xinguei mentalmente o homem que tinha atirado em mim e andei mancando até ele, novamente ele atirou e me atingiu na barriga. Meu rosto estava sem expressão alguma e naquele momento me lembrei de Gabriel.
[...Seja forte...] Era o que ele me dizia, nós treinávamos luta todos os dias e quando eu ameaçava desistir ele dizia isso, seja forte. Duas palavras que davam todas as forças do mundo. O garoto moreno de olhos azuis me fitava, como se me desafiasse. Ele sabia me provocar e conseguia me fazer lutar com tudo que tinha. A única pessoa que confiava e que senti algo, um carinho. A pessoa ao qual eu sentia falta e ia procurar até nos confins do inferno para achar. E eu admitia, eu precisava dele.
Após esses pensamentos, uma força me dominou. Coloquei a mão livre sobre a barriga, sangrava muito e doía. Mas isso não ia me parar. Quando estava próxima o bastante dele, puxei a blusa do mesmo e subi as mãos para o cabelo dele, ele tentava se desvencilhar de mim, mas não conseguia. A raiva tinha tomado conta de mim. Finquei a adaga com força na coxa dele e depois um pouco abaixo da barriga, empurrei o mesmo para o chão e ele caiu. Não estava agüentando ficar em pé, sentei sobre o homem e subi a blusa dele, deixando o peito à amostra.
- O que você vai fazer? – Ele perguntou e logo após gemeu de dor.
- Te torturar um pouco e depois te matar. – Respondi, sorrindo maliciosamente.
Passei a lâmina pelo peito dele, fazendo força para rasgar a pele do mesmo. O que desenharia? Ou seria só riscos? Resolvi optar pelo desenho, fiz uma caveira no peito dele, exagerando nos detalhes. Toda vez que o sangue atrapalhava meu trabalho, eu passava a mão retirando-o e limpava no rosto dele. O homem gritava e gemia de dor, aquilo só aumentava a minha vontade de matá-lo lentamente e os gritos dele formavam a mais bela melodia que tinha escutado no dia. Ele estava com a respiração fraca e creio que inconsciente. Escrevi com a lamina um pouco abaixo do peitoral dele “666 The number of the devil”, depois disso verifiquei a pulsação do mesmo e confirmei de que já estava morto. Joguei-me no chão ao seu lado, sentindo a dor das balas em minha pele.
Passei um tempo ali deitada e contra a minha vontade, sentei e deixei a chuva molhar o local que a bala tinha entrado. Primeiro usei a ponta da faca para retirar a bala, doía muito. Como não havia ninguém aqui, pude gritar. Enquanto eu tirava a bala, gritava muito alto. A dor da minha noite inteira era descontada em meus gritos. Puxei a minha mochila e dela tirei algumas coisas médicas que tinha roubado. Primeiro uma pinça que me ajudaria a tirar o resto da bala, passei algo que parecia desinfetar o machucado e me arrastei até um local coberto. Quando já estava livre da chuva, retirei os objetos necessários para costurar o machucado e o fiz. Já nem sentia mais dor, só cuidava de mim. Precisava estar viva para matar Raphael e encontrar Gabriel, esse era o meu objetivo. Fiz o mesmo procedimento com na barriga que também fora atingida pela bala. Sentia-me exausta, mas não podia ficar ali.
Fiquei esperando a perna melhorar um pouco e me levantei, coloquei a mochila em meus ombros e guardei a adaga na calça. Voltei a andar mancando pela chuva em direção a um lugar longe desses corpos, onde poderia descansar e no próximo dia me direcionar para a próxima cidade. O dia fora como qualquer outro para mim: Matar, encontrar um Dormigan, matar, cuidar dos machucados e voltar à busca.
Estava precisando de dinheiro, então no próximo dia iria procurar alguém com dinheiro para matar. Um sorriso de formou em meus lábios e continuei a andar, Gabriel estava invadindo a minha mente novamente e dessa vez eu sentia que ele estava vivo e precisava ir para o norte para encontrá-lo. Como eu sabia disso? Intuição. Vivia seguindo minha intuição e a mesma nunca errara comigo, por que erraria agora?
- Eu vou te encontrar, Gabs. Eu prometo. – Sussurrei enquanto andava a procura de um lugar para ficar.


------------------------------
Ok, esse capítulo não foi nada interessante. Juro que o próximo vai ser melhor.
Elizabeth J. Stonem
Elizabeth J. Stonem
Filhos de HadesPanteão Grego

Mensagens :
658

Localização :
Desconhecida

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Edward W. Kimoy Dom 29 maio 2011, 21:13

OMS! *OOOO*
Que perfeito, doce! Autografa meu iPad? ehauieaheuie'
Continua postando, eu amei sua história *-*

Assim que eu gosto, capetinha! -q HEUIAHEUIAHEUIE'
Edward W. Kimoy
Edward W. Kimoy
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
605

Localização :
Chalé 11

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Ravyn R. Ollicourt Dom 29 maio 2011, 21:13

Se esse capítulo não tá interessante, eu quero ver os interessantes *---*

To adorando ler, Anne!
Ravyn R. Ollicourt
Ravyn R. Ollicourt
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
1148

Localização :
Aquabella's Heart ♥ || CHB - Cabin 27

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Luana C. Feither Ter 31 maio 2011, 18:56

Uuuh! Diva!
Autografa meu caderninho, Anne? -Q

É sério, tá demais.
Posta mais!
Luana C. Feither
avatar
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
870

Localização :
Inferno. '-'

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Alexia Sinclair Qui 02 Jun 2011, 17:06

Huuuu, eu vi tanto mistério quanto sangue *O*
Ta muito bom, até mesmo para uma velha como você, já que é minha avó <3
ashusahuashsuahasusahusah
Não esquece de avisar quando lançar o próximo!
Alexia Sinclair
Alexia Sinclair
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
493

Localização :
Se me encontrar posso ser a última coisa que veja

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Irina Heargraver Seg 21 maio 2012, 07:49


Annee!!
Parou porque ? D:
Tava divo demais.
Mesmo que faça um tempão que você postou o ultimo, continua, tá?
DIVAA *U* <3
Irina Heargraver
Irina Heargraver
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
87

Ir para o topo Ir para baixo

Re: Garota Infernal

Mensagem por Conteúdo patrocinado

Conteúdo patrocinado

Ir para o topo Ir para baixo

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
:: Topsites Zonkos - [Zks] ::