{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

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{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por 153 - ExStaff Seg 01 Jul 2019, 22:24


CAÇA A BANDEIRA

— Bem vindos ao caça bandeira! Fico feliz pela participação de todos. Serei muito breve. Todos sabem o que fazer. — Quíron sorri conforme fala, esperando que todos se aproximem para continuar a falar. Nas mãos dos representantes, Jeff e Bianca, são entregues as bandeiras da cor de seu time. — Vocês tem trinta minutos para posicionar a bandeira de vocês e se posicionarem em campo. Ao tocar o berrante está liberado a caça. Como sempre, não tentem matar o coleguinha de vocês!

Com um polegar levantado, Quíron se posiciona mais próximo ao riacho, e acena com a cabeça.

— Boa sorte.

Diretrizes


— Introduza um pouquinho da sua trama. Os campistas, como tem sido os últimos dias; os que moram fora do acampamento, o porquê de estarem lá.

— Formem os grupos de vocês, junto à estratégia. Informações que comprometam a estratégia de vocês devem ser enviadas por MP/WhatsApp ao narrador.

— Decidam, em on game, quem ficará em cada lugar. Ataque, meio de campo e defesa.

— Como nós – narradores – já sabemos a posição da bandeira, vocês só precisam narrar que ela foi colocada lá. Sem posição. Descrição genérica de quem se responsabilizou por isso.

— Aguardem o sinal de Quíron.

Status


Bianca H. Somerhalder — Nível 44
HP: 530/530
MP: 530/530

Christopher Mason — Nível 34
HP: 430/430
MP: 430/430

Vitor S. Magnus — Nível  34
HP: 430/430
MP: 430/430

Ayla Lennox — Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Peter Lost — Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Lavinia S. Larousse — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390;390

Lilith Doutzen — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390/390

Heron Devereaux — Nível 18
HP: 270/270
MP:  270/270

Murtagh S. Leclerc — Nível 6
HP: 125/150
MP: 119/150

Lyanna MacMahon — Nível 4
HP: 110/130
MP: 90/130

Leonard Crawford — Nível 3
HP:  120/120
MP: 120/120

Zoë Ophelia Greengrass — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

August Budreau — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

Dan Baizen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100

Rhydian Schwab — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


Informações adicionais


— Evento: Caça a bandeira

— Condições climáticas: Primavera, 23º.

— Local: Acampamento Meio-Sangue.

— Data e hora: 4 de julho, 10:00

Regras


— Não utilize cores cegantes e/ou templates com menos de 500px de largura.

— Poderes (com nível, separados por ativo e passivo) e armas em spoiler no final do texto.

— Prazo de postagem até 23h59, segundo o horário de Brasília, do dia 03/07/2019

— Qualquer dúvida, consulte seu narrador.

— Boa sorte.



153 - ExStaff
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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ayla Lennox Ter 02 Jul 2019, 00:16


Atalaia
Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos.

[sun tzu]

— Bianca Hale, filha de Selene. — Antes de arremessar a dracma, hesitou. — Estados Unidos.

Esperava que aquilo bastasse. Não que a localização fosse qualquer coisa além de um palpite, mas o nome da irmã carregava uma certeza que poucas coisas tinham em sua memória. Mais que a importância dada ao espaço, as duas haviam dividido sangue e fogo por muito tempo.

A mensagem de Íris, ainda que bruxuleante e vaga, tomou cor e forma. Era menos intensa e nítida do que deveria, com ares fantasmagóricos de uma mera recordação, mas era ela. A primeira aparição que não transparecia dúvida, que fazia com que o resto fizesse um pouco mais de sentido.

— Puta que pariu. — A cria mais nova de Selene xingou. — É você. Realmente é você.

— É sempre um prazer te ver, Bia. — Ayla não impediu que um sorriso se formasse. — Eu sei que sumi por um tempo, mas... não há nada familiar, Hale. O que houve com o mundo?

— Eu queria ter uma resposta, acredite. — A garota suspirou. — Algo fodidamente errado aconteceu, mas é tudo que sei. Onde você está?

Algo fodidamente errado estava quase dentro dos padrões usuais para tudo que, desde o princípio, se encontrava sob o domínio dos deuses. Explicou que estava em algum lugar próximo a Nova Iorque e que tinha menos conhecimento da situação que ela, afinal de contas, tinha acordado com uma série de vazios latentes dentro um carro roubado e uma estrada sem rumo certo.

Mas aquilo era outra história.

— Não é nosso lugar favorito, mas precisamos de um ponto de partida. — Decidiu enquanto recolhia seus pertences e trocava de roupa. — Se conseguirmos entrar lá, quer dizer que... — A frase morreu enquanto vestia a jaqueta.

— Quer dizer que não fizemos nada de errado? — Indagou Hale.

— Ou que eles não se lembram que fizemos.

* * *

Havia uma série de coisas sobre as quais era aceitável o estado oblívio, sobretudo para Ayla – mais ainda naquelas circunstâncias –, contudo, a semideusa percebeu estar alheia a um fator decisivo naquele pedaço de terra norte-americano. Era quatro de julho. Em cada pedaço de chão, tijolo na parede pintado de azul, vermelho e branco ou bandeira pendurada no ponto mais alto de um telhado, as pessoas anunciavam por onde quer que os sopros de Éolo passassem o orgulho pela independência.

Ou ao menos uma alegria boêmia pelo feriado e uma boa desculpa para juntar as pessoas ao redor de uma churrasqueira no quintal.

Nos limites do Acampamento, ainda que as tradições mortais não tivessem muito espaço, seria uma manhã memorável e ela teve certeza quanto a isso antes mesmo que pudesse ver o aglomerado de campistas se aproximando do centauro no meio da clareira. Eram rostos familiares. O mesmo lugar. As mesmas regras.

Tudo em seu perfeito lugar.

Inspirou fundo, quase como alguém que recupera o ar depois de um soco no estômago. Ao longe, avistou a irmã mais nova próxima a Quíron, recebendo algum tipo de instrução e afastando-se com uma dezena de semideuses em seu encalço. Aproximou-se com passos ágeis, esbarrando de propósito em um dos garotos para tomar o boné vermelho pendurado no passador de seu jeans surrado, prontamente colocando-o na cabeça.

— Eu me atraso por cinco minutos e você lidera um tipo de pique-esconde? — Debochou enquanto colocava as mãos no bolso da jaqueta.

— Já estamos aqui, por que não aproveitar o passeio? — Hale ofereceu uma piscadela no mesmo tom descontraído, recebendo um dar de ombros como resposta.

Quando menos percebeu, um semicírculo estava formado ao redor de uma bandeira. Um rapaz alto e de cabelo curto resolveu tomar a palavra. Do tom de voz à maneira que os pés estavam plantados firme ao solo, era o estereótipo claro de um filho de Ares, mas não comentou nada. Era disso que precisavam.

— A força bruta é só metade do jogo. — Ele explicou, um sorriso canalha no rosto. — Talvez mais, sendo honesto. Mas precisamos de estratégia. Vamos nos dividir, sim?

O garoto parecia conhecer alguns campistas pelo nome, e os que não conhecia, apenas apontava e dava uma posição para que atuasse. Riscava o chão com um graveto e dava instruções mais claras sobre o avançar, mantendo a voz firme e olhando nos olhos um a um em cada passo. Dividia os grupos de maneira a equilibrar experiência e vantagens onde se fazia necessário.

Dando um passo à frente, Ayla ergueu do chão a bandeira antes fincada na terra fofa. Os arredores seriam sua vantagem.

— O tempo está correndo. Minha equipe, comigo. — Chamou. — Tenho um esconderijo em mente. Estejam prontos.

Guiados pelas crias da Guerra, uniram-se em um único brado antes da dispersão por equipes. Correram. As raízes no chão não a traíam, tampouco os troncos formavam um labirinto capaz de enganá-la. Seus passos, junto aos companheiros, levantavam folhas secas do chão e, ganhando profundidade no terreno, perdiam-se dos olhos menos habilidosos.

Nos presságios de uma batalha quase irreal, sentia o próprio pulso nas pontas dos dedos e ribombando nos ouvidos. Estava de volta, estava viva.

E apenas um desses estados era temporário.
MÁQUINAS DE VENCER:

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Jimmy Maddox Ter 02 Jul 2019, 00:25


radioactive
in the dark
"Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos." — Sun Tzu

Christopher encheu as mãos com a água fria e lavou o rosto em frente ao restante do chalé cinco como sempre fazia diante de eventos como aquele. Era como uma preparação de batalha, tinha o objetivo de despertá-lo, deixá-lo atento para tudo e todos, embora o moreno já estivesse acordado há horas. Desde que acordara tinha recebido todos os tipos de olhares de seus irmãos e irmãs, como admiração, inveja, indiferença e arrogância pois, da mesma forma que lutaria ao lado de alguns, lutaria contra o resto. Não seria exatamente uma disputa sangrenta mas, para proles de Ares, nada se tratava de apenas um jogo.

Enxergava o próprio reflexo em um espelho, orgulhoso pelas novas cicatrizes adquiridas no rosto e braço, eram como espólios de guerra. No meio disso, viu um dos novatos tomando posse de uma espada extremamente defeituosa cuja lâmina não seria capaz de cortar um simples papel. Independente dos grupos em que caíssem, ele odiaria que seu chalé adquirisse má fama por um erro banal como aquele, eram orgulhosos.

— No seu lugar, eu amolaria isso o quanto antes, caso contrário você será o primeiro a cair em batalha.

O outro garoto, aparentando ser mais novo, nada respondeu além de uma careta mal expressada e um olhar de desprezo. O mais velho terminou de se molhar, despejando água pelo peitoral e abdome, antes de caminhar calmamente na direção dele. Mason manteve-se prostrado diante do caçula, carregando um olhar sério e ameaçador, não queria ter que repetir tampouco agir. Como esperado, por ser um dos mais fortes ali, seu "conselho" foi acatado sem dificuldade alguma. Satisfeito, retornou ao próprio beliche onde tinha deixado armas e itens pré-dispostos para organizá-los.

No colchão estava a couraça recém-adquirida, não era exatamente a definição que ele daria para uma boa proteção, mas teria de ser o suficiente para aquela ocasião; vestiu-a por cima do peito nu, sem roupas por baixo, sabendo que suaria demasiadamente. Além do mais, embora estivesse em pleno verão, ele pôs uma calça jeans surrada e pouco apertada, acreditando que seria uma proteção para pequenos impactos e arranhões. Lembrou-se imediatamente de usar Dust ao redor do pescoço, colar encontrado em Nova York após a batalha com o elemental. A bainha curta contendo a adaga foi encaixada ao redor da cintura, virada na parte detrás, pois assim poderia arrancá-la em um ataque surpresa. O machado Balerion sempre na mão esquerda e, por fim, vestiu o elmo do pânico. A lógica ao esconder o rosto era que uma ameaça desconhecida tinha mais força do que uma revelada e, desejando a vitória, ele faria de tudo para ser uma.

O primeiro som do berrante de Quíron ecoou pelo acampamento, era o sinal de que os participantes deveriam se reunir o quanto antes e que o caça estava prestes a começar. Confiante, o tatuado foi um dos, senão o primeiro da cabine cinco a partir em direção ao ponto de encontro onde outros campistas já perambulavam ao redor do centauro. Christopher se intrometeu no meio de todos com o rosto oculto, embora pudesse ser facilmente reconhecido pelas inúmeras tatuagens, incitando uma aura de irritação e os encarando com desprezo.

Quíron se posicionou no meio de todos, tendo a devida atenção dos competidores.

— Ouçam-me, campistas! Em comemoração ao 4 de julho, hoje teremos um Caça a Bandeiras! Sei que muitos estão ansiosos, afinal é o primeiro dentro de meses, mas escutem as regras com atenção! Dividam-se em dois grupos, o primeiro que capturar a bandeira do oponente será declarado o vencedor. As bandeiras estarão no topo de estandartes que deverão ser escondidos e protegidos por vocês e terão as cores primárias azul e vermelho, imagino que todos saibam o porquê.

Mason tinha um sorriso eufórico escondido pela máscara do elmo, visivelmente animado com o evento prestes a acontecer. Seu olhar voltava-se para todos ao seu redor na tentativa de descobrir aliados e oponentes e, quanto ao segundo aviso do centauro, o rapaz mal deu atenção. Tinha em mente que ninguém iria correr risco de morte mas, ao menos, poderia ferir gravemente. Era um filho da puta, no final das contas. O imortal, por fim, dividiu cada um presente em dois grupos como tinha dito e se afastou para as últimas preparações.

— Vocês tem trinta minutos para posicionar a bandeira de vocês e se posicionarem em campo. Ao tocar o berrante está liberado a caça. Como sempre, não tentem matar o coleguinha de vocês!

Cada grupo seguiu até o campo designado, formando aglomerações de azul e vermelho. Ele seguiu o último, tirando o elmo do rosto para que pudesse falar e escutar os colegas claramente na reunião que fariam. Sem perceber, esbarrou em uma das garotas de seu time, ela tinha a pele alva e cabelos castanhos, vestindo roupas de tons neutros e brancos. Assim como ele, parecia confiante de si, denotando um ar carregado de orgulho.

— Acho que encontrei uma distração melhor do que esse joguinho. — Murmurou próximo a ela antes de se adiantar pela fileira de semideuses.

Finalmente, o grupo estava rodeando a bandeira e analisando um mapa da Clareira, discutindo e formatando possíveis estratégias de posição de cada um deles. Por alguns minutos, o filho de Ares manteve-se em silêncio, atento para cada detalhe do mapa até pensar na formação, se tivesse sorte, poderia dar certo. Pouco se importando, tomou o mapa para si e fez questão de que todos prestassem atenção em suas sugestões.

— A força bruta é só metade do jogo... talvez mais, sendo honesto. Mas precisamos de estratégia, vamos nos dividir, sim?

Sorriu de forma canalha.

— Vamos reforçar a defesa da bandeira, ao menos dois alfas. Precisaremos também de dois gamas e um beta, toda ajuda será bem-vinda. — Dizia enquanto apontava para a área da bandeira, circulando a posição de cada semideus. — Estaremos em cinco, eu ficarei por último, o mais próximo possível da bandeira. Quatro alfas avançarão pelas laterais na área inimiga, enquanto betas e gamas devem proteger o meio do campo, obstruindo o ataque dos azuis.

Dito isso, largou o mapa na mão de qualquer um ao seu lado e tomou posse do machado, indiferente com o que decidiriam. O fato era que o tempo estava passando e Quíron soaria o berrante em breve.

— Não me importo como irão se dividir, mas não façam merda. — Por algum motivo, seu olhar encontrou um dos filhos de Zeus presente.

Seguiu uma das alfas, não a conhecia, mas teve a impressão de que poderia confiar em seus instintos.

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ash H. Kierkegaard Ter 02 Jul 2019, 00:28

CAÇA A BANDEIRA

Bianca precisava de um lugar que a oferecesse paz. Depois de semanas paranoica com os planos de Éris para ela, necessitava de um momento de descanso, em que saberia que a antiga patrona não poderia lhe fazer mal ou criar armadilhas para lhe capturar. Portanto, depois de muita especulação e resistência à ideia, finalmente se decidiu: iria visitar o Acampamento Meio-Sangue depois de anos. Nutrira ódio pelo local durante muito tempo, mas, àquela altura de sua vida, já não sabia mais se ainda tinha as mesmas convicções de sempre.

Uma coisa, entretanto, nunca mudava: a amizade que tinha com Ayla. Não via a irmã há muito tempo e, quando surpreendentemente recebeu uma mensagem de Íris dessa, o coração disparou de felicidade e os lábios se abriram em um sorriso.

— Puta que pariu — xingou, não se contendo de felicidade e espanto. — É você. Realmente você.

A conversa das lupinas foi breve, mas ambas concordavam em uma coisa. Não sabiam o que estava acontecendo com o mundo. E, para descobrirem, precisavam ir ao único lugar que lhes trariam respostas completas: o Acampamento Meio-Sangue. Naquele momento, Somerhalder tinha não só um, mas dois motivos para traçar caminho até o local. Pensou que aquilo era o fim do mundo; mas pelo menos seria ao lado da irmã.

X X X

O Acampamento parecia estar igual a sempre: entediante e cheio de semideuses inexperientes. Contudo, descobrira ao chegar, aquele era um dia de um grande evento no lugar: o caça a bandeira. Era fato que inicialmente estava procurando um pouco de paz, mas a índole voltada para o caos e a destruição não lhe deixava ficar muito tempo longe de uma competição ou conflito. Bianca arrumou um time rapidamente e, para sua surpresa, vários conhecidos da lupina também estavam presentes, inclusive Ayla. Ironicamente, foi a feiticeira quem interagiu harmoniosamente com Quíron e pegou a bandeira vermelha de sua mão. Os tempos estavam realmente mudando.

Christopher Mason, um antigo conhecido, também estava ali. E dando ordens! Como alguém que não prezava tanto por ser a líder, mas sim participar do caos, Somerhalder não via problema em realizar coisas que designavam a ela. Assim, juntamente com Peter Lost — um semideus que já havia conhecido anteriormente, mas que naquele momento estava magicamente adulto —, a feiticeira avançou para o campo inimigo pela lateral esquerda.

Não sabia bem se voltar para sua antiga prisão era sensato, mas era a única coisa que poderia fazer Bianca sobreviver.

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lavinia S. Larousse Ter 02 Jul 2019, 01:25



winning machines

SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS.

[SUN TZU]


A fina tiara sobre os cabelos castanhos era o último toque que precisava antes de sair para a atividade do Acampamento. Já estava em posse de suas armas, mesmo sabendo que aquele seria um evento esportivo — infelizmente não confiava em mais da metade dos meio-sangues que se faziam presentes.

Eventos em grupo sempre a animavam, especialmente quando poderia vencer. A sensação da vitória preenchia seu peito com um calor que poucas vezes sentia em sua rotina no Acampamento. Acompanhou alguns de seus meio-irmãos até a clareira onde o jogo aconteceria, esperando que ficasse no mesmo time que eles, e não com um bando de idiotas como acontecera nas últimas vezes.

Toda a confusão havia se formado por conta das comemorações de quatro de julho, mas Larousse não era apegada com o patriotismo daquele país. Não sentia pertencer a nenhum lugar específico, aliás; todos os lugares poderiam ser seus, se assim decidisse.

Ignorou por completo a explicação de Quíron para a atividades, visto que já tinha ouvido ao menos cinco vezes em sua vida e não era muito difícil de lembrar. Seguiu uma de suas meio-irmãs para um grupinho de outros semideuses no momento em que os times foram separados, ficando assim no grupo vermelho. Não era sua cor favorita e nem sua primeira escolha de grupo, mas alguns rostos familiares a confortaram para a situação. Em poucos instantes já sentia-se parte da equipe como se ela estivesse formada há anos.

Encaminhava-se para o círculo ao redor da bandeira cor de sangue quando teve seu braço direito atingido por um pesado elmo de ferro, carregado por um dos semideuses de seu grupo. Como monitora conhecia muitas pessoas do Acampamento, portanto sabia que aquele era um dos filhos de Ares. Lavinia encarou o rapaz nos olhos, esperando por um pedido de desculpas, mas surpreendeu-se ao ouvir uma provocação. Não sabendo se levava para bem ou para mal, revirou os olhos e virou-se para seu time novamente, erguendo um leve e involuntário sorriso no canto dos lábios sem que ele visse.

Assim que todos puderam se apresentar, a estratégia teve início. Um esboço de mapa foi marcado no chão e a organização começou a tomar forma, com posições definidas para cada pessoa do time. O rapaz, que antes havia esbarrado nela de forma desajeitada, agora dava ordens e comandava um esquadrão de ataque e defesa. Logo que todos concordaram com o planejamento, puseram-se na posição definida.

— Espero que seu déficit de atenção não nos faça perder, Mason. Fique de olho nessa bandeira. — Falou em tom provocativo, erguendo as sobrancelhas enquanto passava ao lado do filho de Ares de propósito. Avançou junto com outro rapaz para a lateral esquerda da clareira, empunhando seu arco e uma flecha posta na corda. Concentrou-se em seus sentidos e ficou atenta ao que aconteceria ao redor.


OBSERVAÇÕES:

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Peter Lost Ter 02 Jul 2019, 03:39

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Caça a Bandeira
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Evento
Time vermelho é o melhor <3
{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho HeOg5gr

"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]
Do you wanna play a game?
Um pequeno sorriso involuntário surgiu no canto boca, enquanto meu corpo estremecia por conta de um calafrio que corria por minha espinha, arrepiando os pelos em minha nuca. A visão à frente parecia um sonho antigo, se estendendo até onde meus olhos alcançavam, iluminada lindamente pelos raios de sol que também esquentavam meu rosto. Eu finalmente voltara para o acampamento Meio-Sangue.

Minha caçada por um passado esquecido me levara por todos os cantos do país, era bom voltar para o único lugar no mundo em que eu podia me sentir seguro e, arrisco dizer, confortável. Os dias em que eu ficava hospedado no acampamento eram usados de forma calma e relaxante pesquisando na biblioteca ou aperfeiçoando técnicas de luta já enferrujadas.

Naquela estadia, no entanto, as coisas pareciam mais animadas do que de costume. O evento era algo que eu já participara algumas vezes antes, mas não podia deixar de me animar para a comemoração de 4 de julho. Quíron resolvera promover um pequeno jogo entre os campistas, o qual eu conhecia muito bem da época em que era um morador do local.

Utilizei o chalé de Zeus para me preparar para a festa, equipando-me com minha armadura e minhas duas espadas. Meus poderes poderiam ter sido roubados, mas com certeza eu ainda deveria ser um dos filhos do trovão mais poderosos do local. Não que isso fosse de qualquer importância em um lugar como aquele. Na verdade, era ainda mais desconfortável quando eu pensava que nenhum irmão vivendo sob aquele teto me era familiar, de forma que eu me sentia um tiozão por ali.

Ignorei aquele pensamento, antes de fazer uma breve sessão de alongamentos. Com uma última olhada, ainda não conseguia me reconhecer ao olhar no espelho. Aquele corpo de alguma forma não parecia ser o meu, era mais velho, maior e, paradoxalmente, mais fraco.

Fechei os olhos, mentalizando rapidamente algumas batalhas anteriores, focando-me na tarefa que teria que realizar em alguns instantes. Aquele seria um bom teste para me nivelar com os novos campistas que agora viviam na morada dos semideuses, algo que Quíron vinha insistindo para que eu fizesse antes de continuar minha jornada ao submundo. Aceitando que não poderia enganar o centauro daquela vez, suspirei e deixei o chalé.


Oh, I do!
Quando cheguei ao local combinado, Quíron já havia feito as explicações básicas e eu podia ver um campista segurando a bandeira azul ao lado de Bianca H. Somerhalder, um rosto familiar que eu conhecera há anos. Aparentemente a garota não havia envelhecido tanto quanto eu. Aquele estranho fato me deixou pensativo por alguns instantes, mas minha linha de raciocínio logo foi quebrada quando percebi a movimentação de diversos campistas, os quais pareciam se espalhar de forma quase aleatória.

Contudo, eventualmente as pessoas pareceram se separar em dois grupos distintos. Sem muitas expectativas me juntei ao grupo vermelho, sentindo-me um tanto deslocado ali.  Olhei para os participantes e meu coração se acelerou quando meus olhos encontraram a garota de cabelos escuros usando sua habitual jaqueta surrada: Ayla Lennox.

Ela não parecia ter me reconhecido – não posso culpá-la, eu mesmo não teria me reconhecido naquele corpo –, mas era muito gratificante encontrar uma pessoa querida após tudo o que ocorrera comigo nos últimos tempos. Tentei aproximar-me da garota para conversarmos, mas logo mantive-me em silêncio quando um campista começou a bravejar ordens.

A força bruta é só metade do jogo... talvez mais, sendo honesto. — Ele começou. Eu o reconhecia de um passado distante, era Christopher Mason. — Mas precisamos de estratégia, vamos nos dividir, sim?

Aos poucos eu consegui me lembrar do básico sobre o semideus que tentava se impor, era um filho de Ares que, pelo que eu me lembrava, possuía um temperamento questionável. Ali, porém, ele parecia focado em nosso objetivo supremo: capturar a bandeira.

De qualquer forma, eu não tinha objeções em relação a sua estratégia, parecia sólida e muito bem construída, portanto apenas me permiti pousar a mão esquerda sobre o cabo de minha gládio embainhada e observar o desenrolar daquele momento com um leve sorriso animado.

Aparentemente, ele separara nosso time em subgrupos denominados “Alfa”, “Beta” e “Gama”, não era difícil de entender a ideia, ainda mais com ele apontando no mapa exatamente o que esperava que fosse feito, como se estivesse explicando para crianças.

Resolvi seguir o plano do filho da guerra e, após me encontrar com Bianca, uma das semideusas que vira momentos atrás, senti-me mais aliviado com sua presença, afinal, eu já havia visto a menina em ação antes, portanto sabia do que ela era capaz, minha grande dúvida eram meus próprios limites.

Bianca, quando o jogo começar vamos tentar avançar por aqui. — Falei, apontando uma direção que eu acreditava que nos levaria para dentro do território inimigo. — Vamos mostrar pra esses caras do que somos feitos.

Posicionei-me com armas em mãos, quando Quíron tocasse seu berrante meu teste iria começar e eu estava decidido a não falhar.
Se ta em spoiler, não é pra abrir:
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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Zoë Ophelia Greengrass Ter 02 Jul 2019, 15:23

shattering to pieces
we don't merely destroy our enemies;we change them.

“nα είναι εξαιρετικά πανούργος, ακόμη και στο σημείο της άμορφης. nα είστε εξαιρετικά μυστηριώδης, ακόμη και στο σημείο της ηχηρότητας. έτσι μπορείτε να είστε ο διευθυντής της μοίρας του αντιπάλου.”
- Σουν Τσου.


Mais eufórica do que o normal, Zoë ajustava os últimos detalhes em seu cinto, onde portaria a adaga de bronze durante aquela manhã. A meio-sangue tinha de evitar cantarolar para si mesma canções antigas gregas, portanto apenas imitava o som de uma lira enquanto ajeitava os cabelos dourados em dois coques baixos, bem presos com duas fitas vermelhas – a cor do time o qual estaria representando.

Competições sempre foram eventos de imenso estimo para a Greengrass, acostumada a demonstrar sua superioridade em situações que necessitavam de lógica e combate no exército, inclusive demonstrando uma perícia habilidosa para tais feitos. A notícia de que um jogo recreativo seria realizado no acampamento naquela semana espalhou-se como poeira pelo local e nem mesmo Quíron foi capaz de evitar com que a expectativa fosse baixada, cedendo e finalmente revelando o dia em que aconteceria: o importante feriado para os norte-americanos, 4 de julho, dia da independência dos Estados Unidos. Em êxtase por finalmente poder demonstrar seu valor em batalha e provar-se digna de estar entre eles – e também não ser estereotipada como só “mais uma fútil filha de Afrodite”, comentário maldoso frequente –, a adolescente amarrou os cadarços dos coturnos e saiu em disparada pela porta da frente do chalé, sua animação sendo impulsionada pelo som de um berrante sendo tocado ao longe. O primeiro sinal soava.

Sua ansiedade não se destacava, porém, perto dos tantos outros sentimentos concentrados num só ambiente. Parecia, aliás, ser uma das que menos demonstrava euforia ali: muitos dos semideuses comemoravam em voz alta e gritavam com o início da movimentação e isso acabou a contagiando, fazendo Zoë esboçar um sorriso não visto em meses. Adiantou-se a se juntar aos companheiros de equipe, que se organizavam atrás de sua representante com a bandeira rubra em mãos.

Agradecia a todos os deuses pela subdivisão ser representada por letras gregas, tornando muito mais fácil sua compreensão. Após a discussão a respeito da estratégia adotada por eles ter sido encerrado, Zoë enrolou seu chicote e seguiu uma garota mais velha que reconheceu como uma de seus companheiros para a tarefa designada a si, identificando-a em seu subconsciente como "sua líder".

Em sua mente, as recomendações de Quíron específicas para ela reverberavam como se estivessem sido repetidas naquele exato momento. O ancião lhe alertava em grego sobre tudo o que poderia e não poderia fazer durante a simulação, frisando que seria apenas uma competição amistosa e não haveria necessidade alguma de ferir alguém propositalmente de modo agressivo a menos que fosse estritamente necessário como defesa. Zoë, na tarde anterior, concordara de modo afirmativo, dando sua palavra de que tentaria não prejudicar ninguém em benefício próprio, embora agora duvidasse de seu próprio juramento – seria a definição do centauro para “ferimentos graves” a mesma adotada por ela? O que significava para ele? Para Zoë, ter um membro arrancado seria considerado um ferimento grave. Todo o resto não passaria de machucados adquiridos com orgulho por lutar por sua equipe, insignificantes, com tempo de recuperação estimado em no máximo meses. Quer dizer, ter alguma parte do corpo fraturada ou um dente arrancado seria assim tão ruim?

— Parre de devaneavr e concentrre-se, Zoë. Gia tous theoús, que tipo de guerreirra é você? — Resmungou ela para si própria, repreendendo-se. Ainda não confiava suficientemente em ninguém de seu time, porém que outra escolha teria? Resolveu, pelo menos durante aquele período, olhá-los de maneira amigável como aliados úteis – muitos ali eram mais experientes do que ela em batalha, portanto devia-lhes respeito. Balançou a cabeça como se pudesse afastar as distrações e segurou o chicote com mais força, posicionando-se de forma adequada a estar preparada para qualquer aproximação inimiga, o olhar faiscando pela antecipação de uma batalha.

Armas:
Poderes:
chb # no. 6 # let the games begin


Zoë Ophelia Greengrass
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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Vitor S. Magnus Ter 02 Jul 2019, 18:29

TAKE THE FLAG!
"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]

O
chalé acordou agitado naquela manhã. A noite anterior foi reservada para discursos e discussões sobre o chalé e o acampamento. Treinos, missões, táticas de possíveis guerras e rixas. Rotina. A única coisa que quebrou tudo aquilo, foi a notícia de que iria acontecer um caça a bandeira no dia seguinte. Aos olhos de Magnus, aquilo era interessante. Tática, lutas, objetivos. Não parecia tão diferente de um treino militar. Ele, com certeza, estava completamente errado. De qualquer forma, era uma boa ocasião para aprender mais e superar suas dificuldades. Será que finalmente irei provar que sou digno de algum reconhecimento por aqui?

Como dito, o chalé estava a todo vapor.

Seus irmãos e irmãs se vestiam conforme o dia solicitava, alguns apenas para ver e aprender, outros para mostrar como se faz. Em geral, o clima estava tenso, era óbvio que uns iam enfrentar os outros; e muita gente não se gostava ali dentro.

Levantando de uma série de cem flexões, o semideus girou os braços e respirou fundo, mexendo todo o corpo. Estava completamente focado, um pouco tenso com o que poderia acontecer, mas nada fora do comum. Em cima da cama, brilhavam partes de uma armadura dourada. Encaixou o peitoral por cima de sua blusa vermelha, ajustando as fitas de aço para permanecer bem firme e, encaixando as ombreiras no lugar, testou se estava tudo bem preso ao corpo. Perfeito. Estava ajustando sua braçadeira quando o caos se instaurou no recinto.

— No seu lugar, eu amolaria isso o quanto antes, caso contrário você será o primeiro a cair em batalha.

Christopher Mason era um dos poucos semideuses do chalé que realmente tinham histórias para contar. Não duvidava de que ele já havia visto a própria morte de perto. Os seus conselhos não foram tão bem recebidos de primeira pelo irmão mais novo, mas nada melhor do que uma boa e velha intimidação para baixar a bola de um recrutinha. Vitor riu baixinho com a cena. Nada mudava no chalé cinco. Por um momento se pegou em um devaneio estranho: estava começando a se acostumar com tudo lá dentro.

Como sempre, deixava sua adaga perto do joelho, poderia ser útil alguma hora. Sentou na cama colocando as botas especiais; conferiu se as lâminas delas estavam em bom estado. Por fim, testou o peso da cimitarra e, seguindo o conselho do “grande líder experiente do chalé”, conferiu se a mesma estava bem amolada.

Ouvindo o som do berrante de Quíron, Vitor deu pulinhos, se preparando psicologicamente e mentalmente para o que estava por vir. Antes que saísse, ele olhou de canto para o semideus que havia levado um mini esporro do Mason. O menino parecia desesperado, segurava trêmulo a espada.

— Garoto! — Vitor gritou. O mais novo olhou para ele assustado. — Se não for assim, tá errado! —  Falou apontando Cataclysm.

O menino só faltou mijar nas calças deixando a espada cair.

Soltando uma risada um tanto maléfica e embainhando a espada, Vitor saiu do chalé.

Muitos campistas já estavam ao redor do guardião do acampamento. Quíron, em sua forma de centauro, usava uma armadura especial para a ocasião e, apesar de ter centenas de anos de idade, ainda podia bater de frente com metade do acampamento. O semideus não conhecia, nem de vista, um quarto dos presentes naquele momento, se sentia bem deslocado.

O centauro fez seu discurso explicando as regras da atividade. Não tentem matar o coleguinha de vocês? Sério? Sem graça.

Os semideuses foram divididos em dois grupos. Na equipe vermelha tinham muitos semideuses que pareciam muito fortes e espertos, Vitor ficou satisfeito. Toda a equipe estava em volta da bandeira. No chão havia um mapa, indicando os limites de cada time. Os mais próximos estudavam o mapa pensativos. Muitas coisas explodiam de uma vez só na mente do filho de Ares.

— Não parece ser difícil. — Ele tomou iniciativa de falar. — Com certeza podemos usar armadilhas para defender a bandeira. — Ele foi apontando os possíveis locais. — Todo cuidado é pouco nessas situações, e podemos usar o terreno a nosso favor. Acredito que muitos aqui tem facilidade em camuflagem e são ágeis.

Algumas palavras foram trocadas sobre a estratégia do local da bandeira, coisa básica. Até que, sem aviso, Christopher puxou o mapa para mais perto dele.

— A força bruta é só metade do jogo... talvez mais, sendo honesto. Mas precisamos de estratégia, vamos nos dividir, sim?

Ó, grande líder. Vitor revirou os olhos.

Mason traçou todos os detalhes da estratégia dele. Vitor não podia negar que ele sabia o que estava dizendo e, pelo visto, ele conseguiu a atenção de todos. Finalmente, quando acabou toda a sua estratégia, soltou o mapa na mão de Vitor. O filho de Ares deu de ombros, enrolou o mapa e o guardou no bolso.

Tudo estava para começar. Vitor acionou seu escudo, se juntou à sua dupla e seguiu floresta adentro. Let’s go!

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Leonard Crawford Ter 02 Jul 2019, 18:42


FILHO DA TEMPESTADE
De certo modo, Crawford não tinha muita certeza do que fazia ali. Era como uma espécie de estranho no ninho. Nenhum rosto lhe era familiar e nem mesmo os jogos pareciam comuns; entretanto, nada era tão comum quanto antigamente.

Apesar de estar perdido por ali, o que ele podia fazer era ouvir as instruções que lhe foram dadas, na esperança de entender do que se tratava tudo aquilo. Pelo que pôde absorver, se tratava de um jogo de capturar bandeiras; com regras aparentemente simples. Dois times, duas bandeiras; aquele que capturasse a bandeira inimiga era o vencedor. Entendia então que estaria em jogo a habilidade e estratégia de batalha de cada lado. O que já era esperado dado as experiências atuais que Crawford andava vivendo.

Acima de tudo, era uma comemoração de 4 de Julho, dia festivo que participava dos dias da qual Crawford vivia moderadamente como qualquer outro. Entretanto, dada as circunstancias, aquele dia seria um tanto quanto diferente dos outros "feriados" que havia "comemorado". Na realidade não lhe fazia tanta diferença, ele já estava começando a se acostumar com a maneira peculiar que as coisas se desenrolavam naquele local.

O rapaz seguiu seu grupo até o local de encontro, mantendo-se um pouco afastado, dado sua falta de empatia com aquelas pessoas. Apesar disso, pôde ouvir a conversa e o plano criado por eles. Em suma, parecia bem simples. Assim como sua função. Decidiu então por manter-se calado, deixando que os mais experientes colocassem suas estratégias na mesa. Tudo que podia fazer a partir dali era auxiliar em batalha.

Quem o visse poderia pensar que ele não estava muito animado para participar, porém, da própria maneira, ele se sentia eufórico pela primeira vez naquele lugar. Caminhou pela floresta, junto ao grupo que ficaria responsável por segurar o avanço inimigo, sacou sua espada com a mão destra e a manteve em sua mão, apesar da guarda baixa. Pelo que tinha ouvido, a qualquer momento o sinal para começar seria dado.

Era um leigo quanto a ideia de identificar as pessoas pelos parentescos com os deuses, o que lhe dava uma desvantagem enorme. O que podia fazer era utilizar daquilo que havia aprendido até então e dos poucos poderes que havia despertado.

Seus sentidos aguçaram-se a ponto de serem uteis para a visualização mais detalhada do que estava a sua frente, apesar da vegetação. Tinha como instinto manter a informação sobre o posicionamento da bandeira, levando em conta os pontos cardeais: norte, sul, leste e oeste. Podia distinguir facilmente onde se localizava o norte, através de uma intuição um tanto quanto certeira, assim era fácil distinguir os outros pontos. Desse modo, ele podia se mover livremente pelo local sem se perder facilmente.  

ADENDOS:

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Asher Wilde Ter 02 Jul 2019, 20:48

fourth of july
make the most of your life, while it is rife, while it is light

Aparentemente sou a única pessoa que não está super animada para brincar de Caça a Bandeira. No Chalé de Hermes, o frenesi é quase palpável. Campistas se movimentam por todos os lados enquanto procuram armas, pensam em estratégias e planejam as pegadinhas que pretendem aplicar nos desavisados.

Respiro fundo e levanto da cama, nem um pouco feliz por ter sido acordado pela algazarra. Se alguém tivesse me avisado que eu precisaria dividir um chalé com dezenas de outras pessoas ao ir para o Acampamento Meio-Sangue, minha resposta imediata teria sido: não, senhores, obrigado.

— Ei, ei, que fogo no rabo é esse, meus camaradas? — Preciso usar um tom acima do habitual para me certificar de que serei ouvido. — Sério, qual é o lance desse evento?

— Ah, novato, não quero dar spoiler e tal, então vou dizer só que é um dos eventos mais legais do acampamento — fala o semideus não-reclamado que ocupa a parte de cima do meu beliche. — Mas pensa só... são pessoas com super poderes que vão participar do jogo. Deve sair algo interessante daí, né?

Reflito sobre o que ele disse. Pensando por esse lado, esse esporte pode ser algo realmente interessante. Agora mal posso esperar para ver o que os outros semideuses podem fazer. Além do mais, talvez essa seja uma distração melhor do que ficar correndo pela arena. Ainda não estou pronto para lidar com todos os acontecimentos que me trouxeram ao acampamento.

De qualquer forma, antes de ser engolido pelo mar de culpa e tristeza, sorrio para o meu colega cujo nome esqueci. Não me julgue, eu sei que sou péssimo.

— Bem lembrado, cara. Então vou tomar um banho rápido pra não chegar atrasado. Até mais.

Pego o roupão que está jogado de qualquer jeito sobre o meu baú de pertences e me direciono ao banheiro a fim de fazer minha higienização matinal.


Saio do Chalé de Hermes após vestir roupas confortáveis e colocar as duas adagas nas bainhas presas à cintura.

Sem saber exatamente para onde ir, sigo andando pelos terrenos do acampamento, buscando o maior fluxo de pessoas. Inclusive tenho certa dificuldade para conceber a quantidade de campistas espalhados pelo local. Quem é essa gente toda aqui? Deve ter vindo até os habitantes de Nárnia pra participar do jogo porque tem muita gente que nunca nem vi.

Olho em volta, tentando encontrar algum rosto familiar em meio à multidão de estranhos, porém não vejo uma única alma conhecida. Que pena, seria mais divertido ficar no time de algum amigo, mas fazer o quê, não é mesmo?

Não muito longe de onde estou, ouço a familiar voz do diretor de atividades do acampamento. Caminho na direção do som com o intuito de escutar melhor o que ele está dizendo.

— … As bandeiras estarão no topo de estandartes que deverão ser escondidos e protegidos por vocês e terão as cores primárias azul e vermelho, imagino que todos saibam o porquê.

Eu não sei o motivo da cor das bandeiras, mas imagino que seja patriotismo? Seja o que for, a informação é irrelevante.

— Ih, o que ele tava falando antes? — pergunto aos campistas mais próximos.

— Ah, nada importante — responde uma garota à minha direita. Ela é muito bonita, mas não a conheço, então apenas exibo um meio sorriso antes de voltar minha atenção ao centauro.

— É proibido incidentes, golpes na cabeça, abdome, toda e qualquer ação que vise ferir áreas vitais! — avisa o diretor de atividades. — Lembrem-se que isso é um esporte, e aqueles que desobedecerem serão severamente punidos, certamente. Aproveitem o feriado e as saudações de seus pais e mães!

Ok, Dobby, então não pode matar, só ferir gravemente. Super motivador.

Quíron continua falando, mas minha atenção é atraída pelo garoto de cabelos negros e olhos azuis claros como o céu em um dia ensolarado. Não sei se devo abordá-lo agora ou se deixo para conversarmos em outro momento, mas, graças aos deuses, o centauro me poupa de ter que decidir o que fazer.

— Vocês têm trinta minutos para posicionar a bandeira de vocês e se posicionarem em campo. Ao tocar o berrante está liberado a caça. Como sempre, não tentem matar o coleguinha de vocês!  — Essa última parte me deixa nervoso. — Boa sorte!

Os semideuses começam a se dividir em dois grupos, e eu decido me juntar ao time vermelho apenas por gostar mais dessa cor.


Ao chegar no local destinado ao meu grupo, noto que não conheço os campistas presentes — exceto o garoto de olhos azuis, mas tenho tentado não encará-lo.

Ouço que algumas pessoas já estão discutindo estratégias, portanto me aproximo de um grupinho para tentar descobrir qual papel vou desempenhar no jogo.

Um semideus de aparência não muito amigável assume a função de estrategista e incorpora o próprio Sun Tzu ao proferir o início do plano:

— A força bruta é só metade do jogo... talvez mais, sendo honesto. Mas precisamos de estratégia, vamos nos dividir, sim?

Geralmente não sou adepto da ideia “dividir para conquistar”, já que nos filmes de terror é o que acaba matando todo mundo, contudo, nesse caso, não podemos ficar em um só lugar. No mínimo, é preciso ter o grupo de ataque e o grupo de defesa.

Em seguida, o semideus mal encarado começa a explicar como o time vermelho será dividido, e, por mais que eu saiba grego devido à minha ascendência divina, falar sobre alfas, betas e gamas me deixa com uma leve dor de cabeça. Mas o importante é que consegui entender para onde devo ir, não é mesmo? Ou pelo menos acho que entendi. Espero estar certo.

Logo depois de ser convocado pela semideusa que aparentemente será a minha líder — o que aceito de bom grado, posto que eu tenho zero noção do que fazer —, sigo-a até o local em que ficaremos.

Posiciono-me no ponto indicado, e, com uma adaga em cada punho, assumo uma postura defensiva e me preparo para passar vergonha.






    ADENDOS

  • Primeiramente, obrigado por ler até aqui.
  • Ainda não terminei de definir a trama pessoal do Rhydian, então precisei ser um pouco vago quanto ao passado dele. Não quero deixar furos na linha temporal do personagem e tal, então achei melhor fazer uma intro mais genérica mesmo.
  • O garoto de olhos azuis pode ou não ser determinado player aí, vamos ver como as coisas andam, huh?
  • As cores dos diálogos são conforme a legenda dos grupos no fórum. Os diálogos sem cores é por motivos de a) npc coadjuvante sem importância ou b) semideus não reclamado ou c) o progenitor não foi mencionado.
  • É isso. Até logo e obrigado pelos peixes!



Arsenal:
Habilidades:




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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lilith Doutzen Ter 02 Jul 2019, 22:21



flag hunting, the game
i am gonna tell you a tale of two souls who became one.

"seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos ."
― sun tzu

    contra o túmulo de grimm
    lilith chorou
    pela última vez.

Ainda que não tivesse encontrado seu corpo, entrar em seu quarto foi o suficiente para que sua irmã entendesse que ele não voltaria pra casa – pelo menos não tão cedo. Havia muitas coisas lá que explicitariam isso; desde suas armas favoritas até a aliança que Yuikimira usava intermitentemente. Mas o que denunciou que havia algo errado não havia sido nada daquilo, porque Doutzen sabia bem como seu irmão mais velho reagia ao insano.

    não as armas
    ou a aliança
    ou os três meses sem notícia.
    katherine.

Villeneuve aparecera. Não a garota boazinha que seguia Grimmjow para todos os lados e gostava de Lilith. A outra. A que, segundo o arauto, era completamente louca e que se mataria facilmente sozinha. Entrou no flat velho como um furacão, implorando por informações que a prole de Despina jamais poderia dar. E quando disse à ruiva que não ouvia falar de seu mestre há pelo menos cinquenta dias, a mentalista caiu de joelhos à sua frente murmurando coisas desconexas sobre um pacto de sangue. Sobre como havia parado de sentir seu amante.

    elas o circundavam,
    a própria coroa de flores
    de seu funeral.

Lilith não achou que apareceria tantas pessoas na despedida. Poucas que conhecia efetivamente, os rostos mais familiares envolviam aliados antigos, os amigos de Kate e um ou outro do grupo de Éris, que aparentemente havia desaparecido – junto com os danos que foram causados. Ainda assim, muitas pessoas lhe sorriam sutilmente e falavam que tinha sido melhor assim.

Quando chegou no pequeno apartamento, a mensagem de Íris atrapalhou sua entrada. Quíron falou sobre a perda, o luto e a queda de Trafford, mas especialmente sobre ser o destino do rapaz. Condenação divina, se pudesse parafrasear o centauro. E por fim, lhe convidou para passar o feriado em seu primeiro lar.

Decidida a escapar de seu luto iminente, arrumou com pressa uma mochila de roupas, prendeu os fios longos em uma trança frouxa e, armada com suas facas e uma das armas mais úteis de Grimm, partiu em direção ao acampamento com ajuda da Carruagem da Danação.

    não haveria fogos,
    ou música alta
    ou a inevitável festa nova-iorquina.
    mas um jogo.

O acampamento estava absurdamente movimentado, assim como seu mentor mencionara. Levou sua mochila do chalé e aproveitou pra colocar suas armas nos lugares devidos, antes de correr para a reunião começaria em breve. Piscou para um dos garotos que estava em seu time, inspecionando rapidamente seu corpo. Era ao menos uma cabeça mais baixa que ele e enquanto Lilith tinha caótico estampado em sua face, o outro lhe parecia um tanto quanto... certinho, por assim dizer, ainda que sua base de comparação fosse péssima.

Embora prestasse atenção no que Quíron falava atrás de direções, foi outro que comandou parte das pessoas. Sorriu zombeteira conforme ele falava, lembrando-se de como desprezava aquela atitude merda – e muito similar a do seu irmão. Estava ajustando a manopla de Yui no pulso quando teve o dedo apontado para si e, levando em consideração o armamento dos outros que haviam entrado em seu grupo, ficou quase cristalino que havia uma maioria mais fraca que ela. O rapaz com o qual flertara anteriormente estava em sua divisão, o que lhe abriu brecha para se aproximar enquanto ele falava.

Assim que definiram onde cada um ficaria, Lilith correu até o local e, preparando-se para atacar, atentou-se a qualquer mínima movimentação próxima de si.


coisas que me fazem morrer menos:

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Dan Baizen Ter 02 Jul 2019, 22:24

{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho Fire-i12
Take the Flag

Máquinas de Vencer - Time Vermelho


I. Be prepared!

Daniel Isaac Baizen não estava no acampamento havia muito tempo, mas sabia que aquele era o cenário mais louco que poderia existir no mundo. Criaturas fantásticas que pareciam ser obra apenas de blockbusters agora faziam parte da vida dele como ir à escola faz parte da vida de qualquer adolescente comum. Ele acordava num chalé decorado com tema solar e com a estátua de um deus grego musculoso e sem camisa o encarando (era horrível para ele, que tinha um belo "buchinho" conquistado com muita pizza), alimentava-se em um pavilhão lotado de crias semidivinas cheias de poderes, praticava escalada com lava e lutava contra monstros na arena só pra treinar.

Qualquer um o consideraria louco se ele contasse o que fazia, mas... para quem contaria? Dan não tinha a menor intenção de voltar ao mundo externo enquanto não estivesse forte para tanto. Ainda não se considerava habilidoso o suficiente e sabia que ainda havia muito a aprender sobre toda aquela maluquice antes de encarar a "vida real". O que o ruivo não sabia era que, em dia de Caça à Bandeira, tudo ficava ainda mais fora de controle. Amigos viravam inimigos, ninguém falava muito alto e todos berravam ao mesmo tempo. Nada fazia sentido e todas as peças se encaixavam ainda assim. Se Dan queria uma primeira provação para testar suas habilidades, o evento daquele 4 de julho seria o ideal — e ele fez o favor de ficar no time vermelho.

Estava sob o comando do conhecido Christopher Mason, o mais forte dentre os filhos do deus da guerra. Ele não negava, tinha medo daquele cara, mas também o admirava. Além dele, havia ainda duas garotas mais velhas que pareciam sempre saber exatamente onde pisar. As Máquinas de Vencer, como tinham se intitulado, tinham tudo para levar o time à vitória e o jovem Dan só queria conseguir trazer a honra que a equipe toda demonstrava merecer.

Com tal pensamento, ele tratou de prestar toda a atenção que podia às orientações dadas por seu capitão enquanto apertava as tiras do peitoral e dos demais protetores de grosso couro que foram fornecidos pelo acampamento para o jogo. Vestia uma roupa leve por baixo para conseguir se movimentar com agilidade, visto que precisaria combater corpo a corpo, e trazia sua adaga de bronze embainhada e presa ao quadril. Estava pronto para a brincadeira, mesmo sabendo que nada ali seria tão brincadeira assim.

Adendos:

.:: narração :: falas :: pensamentos :: falas de outros ::.

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Padma Isolde Beaufort Ter 02 Jul 2019, 22:41




It disturbs me so; Everybody tried to put me; Try to put me down; All messed up, hey everyone; I've already had all my fun; More troubles are gonna come; I'm an outsider; Outside of everything
Outsider





"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."
— Sun Tsu


Um gemido abafado ecoou no quarto vazio do chalé número um. A origem, um moleque meio magrela com uma coroa de cabelos escuros sobre uma face pálida e usualmente bonita, se encontrava largada numa das camas bagunçadas com os braços e pernas pendurados pelas bordas da cama, pálpebras se cerraram violentamente em reflexão ao quão agressivo o turbilhão em sua mente se tornara.
“Inútil filho duma puta, o que você está fazendo da vida?”
Um suspiro escapou lentamente por seus lábios, tendo acordado cedo para caralho com toda a zuada que seus meio-irmãos fizeram, o moreno passou a manhã toda na cama se lamentando e aumentando seu vocabulário de auto-xingamentos. Depois das “aventuras” vividas nos últimos dias, qualquer noção do que ele chamava de vida estava em frangalhos.
“Você não consegue fazer nada certo, consegue?”


Mãos calosas voaram em direção às têmporas, pressionando levemente o lugar, a dor de cabeça que ele vinha sentindo recentemente voltava com força total. Um grunhido escapou do garoto, um novo som rasgava o silêncio do recinto dos príncipes e princesas do Olimpo, e esse ruído não escapava de si, o arranhar de algo duro na madeira voltou a soar, forçando o meio-sangue para fora de seus nebulosos pensamentos. Um olho verdejante se abriu levemente, mirando o teto do cômodo que ele dividia com com os meio-irmãos, alguém batia na porta e a vontade do Murta de ir atender era negativa na escala fahrenheit. — Sr. Leclerc, por favor, tenho um recado. Abra, por favor.

A voz que chegou ao seus ouvidos parecia receosa, como se ousar levantar a voz, por mínimo que fosse, iria amaldiçoá-la ou atrair um raio direto no seu cocuruto.
“Sátiros.”
Outro suspiro escapou do menino, as figuras meio cabras eram facilmente identificáveis pelo medo que demonstravam ao redor da maioria dos campistas, talvez por prática demais morrendo para os pequenos demônios que vinham a habitar aquele asilo. Resmungando para si próprio ao ouvir novamente a insistência de um punho surrando sua porta, o brunette se arrastou para fora da cama, o rosto inchado e os cabelos que quase pareciam um ninho de rato teriam assustado seu próprio reflexo, ele só esperava que fosse o suficiente para fazer a lhama correr de volta pro curral.

— Que foi? — A voz tinha um tom irritado e o espaço aberto entre a porta e o batente era uma mísera fresta, sinais claros de quem não queria ser incomodado. As pepitas de kryptonita acompanharam com satisfação enquanto o meio-homem engoliu em seco e lambeu o lábio inferior em nervosismo. — Err.. Sr. Leclerc tem alguém no telefone da Casa Grande querendo falar com o senhor. Ela, bem… ela se identificou como sendo a senhora sua mãe. — A notícia pegou o burguês de surpresa, ele nunca, NUNCA, teria apostado que ouviria aquelas palavras em sua vida, a bem da verdade, fazia alguns anos que eles não se falavam, ainda que o pivete tinha certeza que ela mantivesse contato ininterrupto com sua querida irmã. — Tem certeza que foi ela pediu pra falar com o Senhor, e não a Senhora Leclerc? Pois eu tenho uma irmã, sabe, ela é muito mais falante que eu, e muito mais importante também. — Uma sobrancelha se levantou, ele tinha que ter certeza se isso não era uma piada ou um engano, e esperava muito que fosse apenas isso, pois nem seus mais terríveis pesadelos ele sonhava com ela.

O sátiro se contentou a balançar negativamente a cabeça e entregar um pedaço papel para o bastardo, onde apenas reiterava a mensagem de buscar o “Sr. Leclerc”, um novo suspiro escapou do menino ao ver as palavras rabiscadas no pedaço de folha branca.
“Merda.”
Sem nem mesmo um obrigado, Sal bateu a porta de madeira maciça na cara do emissário, seus dedos, que já estavam esbranquiçados em falta de sangue pela força da pressão com que ele apertou a placa amadeirada, foram flexionados enquanto ele corria para o banheiro mais próximo, os olhos recaindo nas armas no baú no caminho, ele não podia ir se encontrar com a excelentíssima Madame Leclerc parecendo um verme de sarjeta — ou desarmado —, mesmo que fosse apenas pelo telefone.

A respiração do garoto estava quase ofegante quando ele entrou na grande casa colonial que se empertigava no caminho para a colina meio-sangue, raiva e medo se engalfinhavam dentro de si como gatos de rua brigando por um pedaço de pele de galinha, o perfume amadeirado que usava invadia suas narinas quase o fazendo sentir o cheiro de suas derrotas empilhadas como lixo, a pele formigava como se ele precisasse tomar outro banho — ou quinhentos mais —, e tudo isso por que eles iam se falar por telefone. Se fosse pessoalmente… ele não queria nem pensar nisso. O meio-alpaca saltitou a sua frente mais uma vez, adentrando um cômodo em seu tour pelos vários corredores da casa, os cascos parando em frente a uma mesa de tamanho médio com um telefone azul arrumado sobre um pano bordado meio amarelado pela idade. Indicando o aparelho, que estava fora do gancho, o espírito da natureza se dirigiu a porta para dar privacidade ao semideus, parando logo antes de adentrar o corredor novamente. — Vai ocorrer um caça a bandeiras logo mais, participe, você parece estar precisando descontrair.

Antes de conseguir identificar o tom escondido entre o nervosismo — pena ou empatia? — Salem já havia posicionado o telefone na orelha. Durante alguns segundos ele não falou nada, não sabia o que e nem se queria dizer algo, porém a pessoa do outro lado da linha estava longe de ser estúpida e logo percebeu a quebra do silêncio absoluto da espera ao ouvir a respiração falhada do meio-divino. Preparado para aquele telefonema como se o mesmo fosse uma das piores coisas que ele experimentaria na sua vida, Murtagh não se chocou muito ao ouvir a voz ríspida da mulher do outro lado esquecer as boas maneiras que ela tão fielmente prezava e começar a conversação reclamando da demora, apenas uma das poucas reclamações que ela tinha a fazer. Outro suspiro escapou do moço, aquela chamada iria ser demorada.


{...}


Sal não tinha certeza quanto tempo passara naquele cômodo com o aparelhinho pendurado no ouvido, contudo fazia dois minutos que ele finalmente encontrara a liberdade novamente, e tudo que fez nesse tempo foi… andarilhar. As pernas ainda trêmulas o carregavam para algum lugar desconhecido, os olhos estavam ainda vendo o mundo em uma versão turva e borrada de si mesma, e a cabeça explodia em dor. Ele só queria que tudo acabasse, só queria deitar e se curvar em posição fetal em um canto do chão e esperar que o universo inteiro fosse engolido por um buraco negro.
“Por que isso não pode simplesmente acabar?”
Mais um suspiro. O pé direito tentou avançar mais, porém uma superfície dura foi de encontro a face do parente de Odin, parando-o. Piscando os olhos até que lentamente as irises esmeraldas voltassem a ter foco aos arredores, o menino percebeu que era um corpo, literalmente, uma estrutura com roupas, pele e muitos músculos por baixo.

Dando um passo para trás pra evitar ser pisoteado pela gangue de bombadões, a prole de Zeus correu os olhos em um arco de duzentos e setenta graus ao redor de si, apenas para perceber que estava cercado de campistas com variados níveis de armamentos e proteção. Um xingamento escapou pelos lábios apenas para ser engolido pelos sons de conversas e o arranhar de armas sendo arrastadas e postas em suas bainhas, ele não estava com saco nenhum para um joguinho infantil e muito menos para ser espetado pelas espadas e flechas daqueles xexelentos ao seu redor.
“Essa pode ser sua chance de provar para ela que você não é um completo inútil.”
Ele estava prestes a dar meia volta e marchar para o chalé, para ter finalmente o banho de sais egípcios que ele tanto necessitava a semanas, quando a voz surgiu como um raio em seu cérebro, ele sabia que não era sua, todavia poderia ser uma boa ideia.

Animação não era algo que percorria suas veias naquele momento, no entanto ele não precisaria de muito, o jogo era estúpido o suficiente, ele apenas precisava… não ser morto e não atrapalhar, tentar não ficar no caminho dos mais fortes e simplesmente se esconder embaixo de uma pedra até o evento acabar. Ele balançou a cabeça, aquilo não era para ele, aquele mundo não era para ele. Quando o Murta estava dando meia volta e se preparando para sair, os cantos dos olhos do menino captaram um movimento à esquerda, um flash de cabelos negros e pele pálida que o forçou a se virar e tentar identificar o vulto.
“Noel?”
As pernas voltaram a se movimentar, os ouvidos conseguiam captar os resmungos e xingamentos daqueles quais ele empurrava para fora de seu caminho, e mais além, as palavras em tom grave que ele reconhecia como pertencentes ao cavalinho alfa do camp.

O discurso do Quíron parecia ter chegado ao seu fim, visto que o aglomerado de campistas começaram a se partir — aparentemente eles deveriam se dividir em dois grupos — e só então ele conseguiu prosseguir seu caminho em paz. Virando o rosto para a lateral o garoto deu uma guinada para desviar de um aglomerado de crias de Afrodite, que terminavam de ajeitar seus chicotes e lixar suas unhas, a figura que ele tanto procurou se encontrava postada mais para a direita, já próxima de outros campistas, a espada em mãos e a aura de arrogancia que ambos compartilhavam exalava por milhas ao redor dela.
“Lembre-se qual a sua missão. Qual o seu objetivo... Você ainda lembra qual sua tarefa, não lembra, garoto?”
Um passo, dois passos, três…
“Não!”
Por um segundo o Salem cerrou as mandíbulas e forçou as mãos em punhos, ele não era apenas um cachorrinho, ele era mais que isso… ele tinha que ser… ou não? Prendendo o décimo suspiro das últimas duas horas, o bastardo do Olimpo rodou no mesmo lugar, dando as costas para a parente e indo para o outro grupo, mesmo que ele não conhecesse ninguém — isso talvez era um bônus na verdade.

Seguindo o bando de desconhecidos que o cercavam, o garoto Leclerc se posicionou no círculo que se formava ao redor de uma bandeira vermelho-sangue, carregada por uma campista que ele nunca vira antes, e um mapa do que parecia ser o acampamento. Um suspiro escapou pelos lábios finos, várias vozes se elevaram para dar opiniões sobre o que deveria ser feito, mas o pivete tinha um plano próprio: não morrer… e não ficar no caminho de ninguém. As esferas kryptonianas estavam vasculhando o mapa em busca de algum lugar provável para se esconder e talvez tirar uma soneca, quando ele sentiu um par de olhos castanhos sobre si Uma mão apontava exatamente na sua direção e instruções pareciam ser dadas para o “mini-grupo” em qual estava — betas, obviamente, porém a única coisa a afetá-lo em sua posição de congelado sob um amedrontador olhar de, aparentemente, um dos manda-chuvas, foram as palavras que escaparam do bombadão e atingiram seus tímpanos claras como metal sendo derretido. — Não me importo como irão se dividir, mas não façam merda.

Tentando não gargalhar histericamente — afinal como ele poderia não prometer isso com sua vida no estado que estava atualmente —, ele se pôs na mesma direção que alguns outros iam, logo decidindo se afastar dos outros um pouco mais a frente, afinal, eles deveriam cobrir uma grande área e manter o controle sobre o outro time até que toda aquela criançisse acabasse, certo?! Pois bem, ele tinha o lugar exato em mente, um lugar por onde todos passariam mais cedo ou mais tarde, e ele só precisaria ficar parado no topo de uma árvore ou atrás de um arbusto.
“Eu enlouqueci, o que estou fazendo aqui? Eu poderia estar descascando uma no chalé agora. Droga!”



Pika, pika, pikachuuu!:






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Padma Isolde Beaufort
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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Heron Devereaux Ter 02 Jul 2019, 23:15

Violent Delights
These violent delights have violent ends

"Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos."
— Sun Tzu

×××


O
verão do hemisfério norte não perdoava. Foi no feriado de 4 de julho que os semideuses se reuniram às margens do riacho Zéfiro. Atravessavam o caminho em grupos. Atena, Afrodite, Hermes. Heron virou a cabeça, interessado no último grupo. Ele se aproximou do aglomerado de semideuses e escolheu um moleque que não podia ter mais que 15 anos.

— Ei! — disse, agarrando o garoto pela gola da camisa. — Viu Elsie Osborne por aí?

— Elsie? — um grama de confusão no olhar. — Não a vemos há um mês, senhor.

Heron largou a camisa do garoto, empurrando-o de volta ao grupo de semideuses. Consternação em seu rosto. Mesmo na adolescência, Elsie passava dias no mundo lá fora, resolvendo os problemas de outras pessoas. As coisas pareciam não ter mudado tanto de lá para cá.

Um sorriso amargo surgiu nos lábios do filho de Atena. Sete anos atrás, decidiu dar as costas para os deuses, os semideuses e o acampamento. Era um adolescente, desesperado por independência, em busca de sua própria individualidade. Não era capaz de contar nos dedos a quantidade de vezes que se arrependeu do que fez. Foram muitas as situações em que pensou em recuar e voltar para os braços da mãe, como uma criança que se perde no setor de brinquedos do shopping. Nunca se entregou a essas vontades, no entanto. Nunca olhou para trás. Era um adulto, desde então, que voltava ao lar depois de conseguir tudo o que queria lá fora: liberdade, dinheiro e sucesso.

Mas não vinha a passeio, nem com a intenção de exibir suas conquistas. Suas intenções não eram nem de longe tão boas assim. Tinha um contrato com os novos deuses. Um acordo no qual se comprometia a impulsionar as sete novas divindades às alturas. No acampamento, ele era uma precaução para os eventos futuros. Uma ovelha que se misturava ao rebanho, atento às decisões de seu pastor. Esperando uma oportunidade de poder se transformar em lobo. Não sabia o que estava por vir. Mas, por enquanto, exercia a tarefa que lhe era exigida. Assim, ele se juntou ao rebanho de Atena, caminhando em direção ao riacho.

Heron sentiu o cheiro de terra molhada, grama e suor. Não era agradável, mas combinava com a atmosfera de excitação que envolvia os semideuses. Quíron discursava à beira do Zéfiro. O filho de Atena não se atreveu a se aproximar mais que o necessário. Era verdade que o centauro o acolhera de volta ao acampamento como se nunca o tivesse deixado. Mas não sabia se as palavras do líder do acampamento vinham do coração ou do cérebro. Além do mais, era um estranho no ninho. Não que fosse muito mais velho que os outros. Vivia, no entanto, uma realidade completamente diferente dos treinos diários, das refeições em grupo e das atividades competitivas dos que vivam dentro dos limites do acampamento.

A camisa em tons escuros de vermelho grudava na pele coberta por uma fina camada de suor. Vestia shorts mais leves e um par de tênis adequados para as atividades daquela manhã. Nada de ternos, nada de gravatas, nada de sapatos sociais. Por causa disso, Heron balançava a cabeça, alongando o pescoço, desconfortável.

Ele caminhou a passos lentos em direção à bandeira vermelha, separando-se dos outros filhos de Atena. A espada de bronze celestial na mão esquerda. “Athala”, pensou, enquanto ela se transfigurava num gládio. Na cintura, a faca de caça. Sorriu para a loira que piscava para ele, mesmo que o momento fosse inoportuno para o flerte.

Viu o grupo de semideuses se reunir em volta da bandeira. Faíscas no olhar. Um fogo e uma vontade de sangue que Heron costumava reprimir. Ouviu os líderes do time injetarem uma dose de coragem em suas veias, com palavras que inflamavam aquela vontade de vencer que qualquer ser humano tem dentro de si. Heron também tinha. Não estava disposto a perder.

Discutiram um plano simples, mas bem estruturado, que agrupava os semideuses baseados na experiência em batalha. Heron escutou em silêncio a parte que lhe dizia respeito. Se tivesse a oportunidade, contribuiria para a vitória deles. Não tinha nada contra esses garotos e garotas, e a queda dos deuses olimpianos não precisava incluir a deles.

Quando tudo já havia sido dito, Heron se juntou ao subgrupo designado para ele. Cinco semideuses que ele não conhecia, mas que precisaria lutar ao lado. Conteve um sorriso, quando percebeu que a loira que flertara com ele fazia parte de sua equipe.  Ele afastou os pensamentos e voltou seu olhar para o filho de Ares que distribuía as ordens instantes antes. Viu ele se afastar, antes de se cuspir palavras para o subgrupo.

— Vamos tentar seguir de forma organizada. — Não gostava de discursar. Estar sob os holofotes era uma tarefa que ele exercia bem, mas nunca com satisfação. — Não se afastem muito. Podem acabar sendo surpreendidos pelo time adversário. — A voz limpa, pausada, tentava se sobrepor ao barulho das outras equipes. Havia confiança em seu rosto e um sorriso simpático, quando ele terminou. — Boa sorte a todos.

Sentiu o coração acelerar, quando eles partiram juntos.  Heron passou a mão livre pelos cabelos, afastando-os do rosto, enquanto a outra se fechava com mais força em volta do cabo da espada. Algo havia mudado nele. Eram as faíscas no olhar. O mesmo sentimento que ele jurava não compartilhar com os outros. Um prazer que só a violência era capaz de proporcionar, e que só aos semideuses era permitido alcançar com plenitude.

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lyanna MacMahon Qua 03 Jul 2019, 00:35


Caça Bandeira
"Querem saber por que o traje vermelho? É para os vilões não me verem sangrar. Aquele cara pegou a ideia. Veio de Calça marrom."                              
― Deadpool


Lyanna não era acostumada a companhias constantes e desde que chegou ao acampamento foi bombardeada por isso. Os semideuses dormiam, treinavam, almoçavam e jantavam junto aos irmãos divinos. O tempo de privacidade era pequeno e incrivelmente restrito a locais e horários específicos. Estar no meio de tantos desconhecidos a incomodava mais do que admitiria em voz alta. A menina cresceu desconfiando de todos, e esse fato não mudaria facilmente.

Toda essa situação possuía dois lados: ao passo que a quantidade de pessoas a irritava, também aumentava a chance dela encontrar futuros aliados. Há anos a ruiva buscava pela oportunidade de reerguer seu clã e vingar-se daqueles que roubaram tudo dela. A primeira de suas metas já havia sido atingida, enfim era uma Feiticeira de Circe, mas para alcançar seu maior objetivo outros pontos faziam-se necessários.

Depois que ouviu sobre a caça a bandeira, sua mente focou inteiramente nesse evento, essa seria a janela perfeita para observar e avaliar aqueles que poderiam ajudá-la. Para não correr o risco de perder o início do jogo, a filha de Melinoe já estava pronta minutos antes do horário previsto para o pronunciamento de Quíron. Seu armamento fora estrategicamente distribuído pelo corpo, a adaga embainhada no cano do coturno preto, corrente, o cajado e o cantil foram presos respectivamente do lado esquerdo, direito e traseiro da cintura. Por último Lyn havia colocado uma túnica curta vermelha, para representar seu time. Ela estava pronta para lutar.

Findado o comunicado do diretor geral a garota se dirigiu ao seu grupo, que se formava próximo a representante que estava com o estandarte escarlate em mãos. Após curtas apresentações as linhas de estratégias começaram a ser traçadas. Em pouco tempo um menino tomou a dianteira na formação de um plano e passou a designar as melhores posições para cada um. A ruiva detestava ordens mas a experiência do outro era clara, ela seguiria as diretrizes dadas. Quando soube quais eram seus companheiros de equipe observou um a um. A líder era a que mais chamou sua atenção, sua postura era de alguém que sabia quem era e o que faria, uma confiança adquirida apenas pelos mais fortes semideuses. A estratégia final já havia sido passada a todos, então os grupos menores começaram a se dispersar.

— O tempo está correndo. Minha equipe, comigo. — a desconhecida exclamou após pegar a bandeira — Tenho um esconderijo em mente. Estejam prontos.

Assim que tomou sua posição a primeira ação tomada por Lyn foi empunhar a corrente dentada. Passando os grilhões por trás do tronco enrolou alguns elos na mão esquerda, improvisando um soco inglês. A maior parte da arma foi sustentada pelo braço dominante, pronta para o ataque. Preparada para a competição a feiticeira concentrou-se na área ao seu redor, caso algo mágico chegasse perto, ela saberia. Seu sistema já iniciou o modo de combate, adrenalina já percorria suas veias. O corpo já avisava: “Está na hora de lutar”.



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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por 153 - ExStaff Qui 04 Jul 2019, 22:33




CAÇA A BANDEIRA — GRUPO AZUL


Os últimos participantes chegaram no fim da organização dos grupos, e foram alguns integrantes que os carregaram para suas posições. Logo, o berrante tocou e não sobraria tempo para que nem ao menos conversassem: alguns dos garotos estavam levando o jogo à sério demais.

DIRETRIZES GERAIS


— Hora de Lutar!

— Os que estão em ataque: Tem direito ao primeiro movimento.

— Os que estão em Meio-campo: O primeiro movimento é de seu oponente.

— Aos que estão em defesa: Vocês deverão narrar uma dificuldade não combativa de sua escolha. Em grupo, dupla, trio ou sozinho, como preferirem. Lembrem-se: a dificuldade deve ser condizente com o nível de vocês.

— Sejam convincentes em seus turnos, porém cuidem com as certezas de suas ações.

— Os oponentes disponíveis para o turno atual estarão dispostos logo abaixo.

Oponentes


Eles devem ter seu nível e possuírem:
— A faca de reclamação,
— Os que tiverem grupo extra, com suas armas de grupo,
— Os restantes terão uma espada e um escudo comum.

Você deve escolher seu oponente abaixo e avisar ao grupo que o fez. Se preferir, você pode lutar com seu parceiro, mas o nível do oponente deve ser a soma dos dois + 5 níveis. Turnos com o mesmo oponente serão desconsiderados.

— Filho de Apolo
— Filho de Apolo
— Filho de Ares
— Filho de Athena
— Filha de Athena e Curandeira de Asclépio
— Filho de Athena e Mentalista de Psique
— Filha de Eos e Feiticeira de Circe
— Filha de Hefesto
— Filho de Hefesto
— Filho de Nemessis
— Filho de Nyx

DIRETRIZES À Aurora e Anthony


— Introduza um pouquinho da sua trama. Os campistas, como tem sido os últimos dias; os que moram fora do acampamento, o porquê de estarem lá.

— Como narrado na introdução, vocês chegarão cerca de cinco à dez minutos do toque do berrante. A partir desse momento, vocês seguem as diretrizes gerais.

— Peço que entrem em contato com os responsáveis de seus times para que fiquem a par das estratégias.

Informações adicionais


— Evento: Caça a bandeira

— Condições climáticas: Primavera, 23º.

— Local: Acampamento Meio-Sangue.

— Data e hora: 4 de julho, 10:30


Regras gerais



— Não utilize cores cegantes e/ou templates com menos de 500px de largura.

USO DE ITENS COMPRADOS OU RECUPERAÇÕES EFETUADAS APÓS 01 DE JULHO, 22:22 SERÃO INVALIDADOS.

— Poderes (com nível, separados por ativo e passivo) e armas em spoiler no final do texto.

— Prazo de postagem até 23h59, segundo o horário de Brasília, do dia 06/07/2019

— Mapa utilizado aqui

— Qualquer dúvida, consulte seu narrador.

— Aos players que não postaram no primeiro turno: Sua justificativa deve ser enviada por MP em até 24 horas ao seu narrador para que não sofra as punições cabíveis.

— Boa sorte.

STATUS



Bianca H. Somerhalder —Nível 44
HP: 530/530
MP: 530/530

Christopher Mason — Nível 34
HP: 430/430
MP: 430/430

Vitor S. Magnus — Nível  34
HP: 430/430
MP: 430/430

Ayla Lennox— Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Peter Lost — Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Lavinia S. Larousse — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390/390

Lilith Doutzen — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390/390

Aurora R. Bailey — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390/390

Heron Devereaux — Nível 18
HP: 270/270
MP: 270/270

Murtagh S. Leclerc — Nível 6
HP: 125/150
MP: 119/150

Lyanna MacMahon — Nível 4
HP: 110/130
MP: 90/130

Leonard Crawford — Nível 3
HP: 120/120
MP: 120/120

Zoë Ophelia Greengrass — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

Dan Baizen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100

Rhydian Schwab — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100

Anthony Marxen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


PASSÍVEIS DE PUNIÇÃO POR ABANDONO


August Budreau — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110



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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ash H. Kierkegaard Sáb 06 Jul 2019, 01:03

I FEEL SO ALIVE

Juntamente com Peter, Bianca seguiu para atacar pela lateral esquerda. Nos primeiros segundos, a garota se limitou a observar os locais ao redor e se impressionar com a imutabilidade do Acampamento Meio-Sangue. Tudo estava exatamente igual a quando saíra, e aquilo já fazia muitos anos. Àquela altura, já nem se lembrava mais por qual motivo desenvolvera ódio pelo local, mas apostava que era por causa de semideuses idiotas e reverentes aos deuses. Diante dos recentes acontecimentos em sua vida, então, impressionava-se ainda mais com os que conseguiam conviver em paz com as divindades; eles consideravam seus filhos praticamente como nada, algo descartável. E a feiticeira não gostava de se sentir descartável. De repente, começando a ficar desconfortável com os rumos dos seus devaneios, piscou algumas vezes para se situar no mundo real.

Finalmente tirando a atenção dos próprios pensamentos, Somerhalder voltou os olhos para Peter Lost. Ele caminhava ao seu lado, ainda em silêncio. Curiosa para saber sobre o que acontecera com ele durante todo aquele tempo em que não se falaram, aproximou-se do amigo de muitos tempos atrás e aumentou a cobertura dos poderes de charme e beleza que tinha.

— Você está… Diferente. Mais interessante agora, devo dizer — disse Bianca, com um sorriso já se formando nos lábios. Lembrava-se de Peter como uma criança, mas naquele momento ele parecia mais velho até do que a própria lupina. De repente, a feiticeira percebeu que não era só a sua vida que havia virado de cabeça pra baixo. Tudo o que conhecia — a não ser o Acampamento — estava diferente, principalmente as pessoas. — O que aconteceu com você, Peter?

Imaginou como seria se repentinamente envelhecesse anos. Não sabia qual seria sua reação, mas não achava que ficaria feliz; no caso de Peter, entretanto, havia sido uma melhora e tanto. Hale o examinou por alguns segundos, constatando o que antes já havia passado rapidamente pela sua cabeça: o garoto estava absurdamente bonito. Era estranho pensar no amigo assim, mas não conseguia se conter. Ele não era mais uma criança, afinal.

Quando ouviu sua resposta, ficou realmente surpresa: o filho de Zeus não sabia como ou por qual motivo havia envelhecido. Pensou por alguns segundos na situação do semideus, e percebeu — talvez um pouco tarde demais — que ele parecia bastante incomodado com o assunto. Talvez fosse uma das coisas que o assustassem durante a noite, como a situação com Éris fazia com Bianca. Contudo, tendo um lapso momentâneo de fraqueza, a prole da lua cogitou a possibilidade de que apenas estivesse sendo fraca. Talvez ninguém tenha tantos pesadelos com um único assunto como estou tendo ultimamente, pensou. De todo modo, esperava que estivesse errada; não queria enlouquecer novamente, como anteriormente já acontecera. Estava cansada de machucar as pessoas de que gostava, uma vez que esse era um grupo tão pequeno.

— Vinte e um. Ainda não cheguei lá, mas não parece tão ruim — comentou, referindo-se à idade de Peter. Depois, não querendo incomodá-lo com assuntos dos quais ele não queria falar, aproveitou a pergunta do garoto e mudou o rumo da conversa. Enrolando uma mecha de cabelo no dedo indicador direito, deu um sorriso que pretendia passar a falsa impressão de inocência. — Sabe como é, meu segredo é ir a festas todos os dias e beber o máximo possível. Continuo viva, por enquanto.

Apesar de passar confiança, não era isso que sentia. Estava viva, mas em quais condições? Considerando que desmaiara pelo menos três vezes no último mês, teve de admitir para si mesma que sua situação não parecia boa. Mas quem ligava? Ela não, certamente. Iria morrer cedo de qualquer jeito, então não deveria se preocupar com uma possível morte bem mais divertida do que ser assassinada por um monstro. Soltou uma risada seca ao pensar na situação: uma semideusa morrendo de cirrose.

— Deveria tentar, um dia. Seria um prazer lhe mostrar o lado obscuro de Los Angeles. Aposto que iria adorar — sorriu novamente, piscando para a prole de Zeus. De fato, até onde sabia, não havia ninguém que conseguisse resistir aos charmes da cidade dos anjos; e não pretendia deixar que Peter conseguisse essa façanha. Considerava que era o seu dever, como amiga dele, apresentar-lhe tudo que o mundo tinha a oferecer. O garoto não podia desperdiçar sua súbita maioridade, afinal.

Para a surpresa de Bianca, o companheiro pareceu bastante empolgado com a proposta. Na verdade, algo além do comum — que caía perfeitamente em sua personalidade — pontuava suas frases: malícia. A lupina abriu um sorriso divertido, já começando a planejar em sua mente uma oportunidade para levar Peter até a cidade que tanto amava. Contudo, antes que tivesse a chance de pensar em qualquer coisa, o amigo subitamente agarrou a mão da feiticeira e a puxou para trás de uma árvore. Poderíamos fazer muitas coisas atrás de um árvore, pensou a garota. Mas não era o caso: quando o outro fez sinal para que ela se mantivesse em silêncio, Somerhalder percebeu que ele havia avistado dois campistas um pouco mais à frente.

Enquanto Peter respirava fundo e apontava para os oponentes, Bianca tirava seu isqueiro do bolso e o transformava em uma katana de prata reluzente. Devido à conversa com o outro semideus, havia quase se esquecido de que estavam em um jogo. E em um jogo que ela pretendia ganhar. Desse modo, colocou no rosto seu típico sorriso assassino, muito embora não pudesse matar ninguém dentro do Acampamento Meio-Sangue. Malditas regras.

Caminhou atrás das árvores, confiante e ainda sorridente. Uma garota de pele branca e cabelos curtos estava à esquerda do outro campista, de modo que a lupina escolheu lutar contra ela; imaginou que, vendo a movimentação de Somerhalder, Peter se responsabilizaria pelo outro adversário. Não sabia quais eram as afiliações de sua oponente, mas tinha certeza de que poderia vencer. Andara estressada nos últimas dias, e precisava aliviar a tensão em alguma coisa. Para a sua felicidade, naquele momento poderia o fazê-lo. Girou Lunar Shard na mão esquerda, segurando-a com os dois palmos logo em seguida. Estava pronta para lutar.

Sem esperar que a rival notasse sua presença, Bianca deu passos silenciosos para perto da mesma. Quando já estava bem próxima, embora escondida pelas árvores, saiu de trás delas e rapidamente correu para iniciar a batalha. Assim que sua presença foi notada, a garota ergueu o bordão — estranhamento familiar para Hale — em sua mão para conter o ataque da lupina. Esta, entretanto, inesperadamente abaixou-se em uma rasteira, pretendendo acertar as pernas da outra.

Sua movimentação foi bem sucedida, de forma que a semideusa caiu com as mãos no chão para evitar o atrito entre o rosto e o solo. Enquanto levantava-se, a feiticeira percebeu de onde reconhecia a arma da adversária: era o bordão dos curandeiros, do mesmo tipo que já havia visto diversas vezes. Assim que percebeu isso, contudo, a outra já estava preparada para atacar, não dando tempo para Somerhalder reagir. A mente da lupina subitamente começou a doer, como se estivesse sendo pressionada. Era aquilo sequer possível? Bianca não sabia, mas estava achando extremamente difícil se concentrar em coisas que realmente importavam. Tentou bolar uma estratégia para se livrar daquilo, mas não conseguia. Que porra é essa?!, quis gritar.

Por causa disso, tudo que lhe restou foi atacar vagamente e sem nenhum plano definido. Largando a katana no chão, levantou a mão esquerda fingindo que iria apoiar a cabeça e, com um piscar de olhos, redirecionou os dedos para curandeira. Assim, tentando ignorar a dor pontual que ainda estava em sua mente, Hale fez a única coisa que parecia simples e sem necessidade de muita estratégia: Mobilis, murmurou. Logo em seguida, agitou os dedos e lançou a semideusa ao que parecia seis metros de distância — embora não pudesse afirmar com certeza —, ganhando tempo para se recuperar do ataque anterior, já que a rival demoraria alguns minutos para chegar até ela novamente. Sua mente gradativamente ia ficando mais clara, assim como sua capacidade de pensar por mais do que dois segundos consecutivos. Essa desgraçada me paga!

Desse modo, alcançou novamente a espada e ajeitou a postura. A outra semideusa já se aproximava, correndo em direção à Bianca, que somente ficou parada esperando. No último segundo, entretanto, desviou-se para o lado com agilidade, fazendo a oponente perder o equilíbrio ao esbarrar no ombro da prole da lua. Estando totalmente livre, Somerhalder puxou do anelar JC, o anel de ouro rosa, e o acionou. Rapidamente, a campista perdeu a noção de espaço e se viu dentro de uma alucinação, a qual a lupina sabia que era horrível. Com um suspiro de contentamento, aproximou-se de sua adversária e a prensou contra o chão; mesmo que ela tentasse usar poderes contra Hale, teria muitas poucas chances de acerto, já que nem mesmo conseguia se situar no mundo real. Assim, pressionando a espada contra o abdome da rival, esperou até que essa acordasse do pesadelo. Quando ela finalmente o fez, a lupina sorriu.

— Eu teoricamente não posso te matar, mas o farei se não colaborar… Sabe, eu não ligo muito para regras — não sabia quanto daquela afirmação era verdadeira. De fato não ligava para regras, mas não conseguia decidir se realmente estava disposta a matar a garota e sacrificar a nova relação que tinha com o Acampamento Meio-Sangue; em tempos como aqueles, suas prioridades pareciam ter virado de cabeça para baixo. De todo modo, com os olhos púrpuras para causar a intimidação do oponente, Bianca tornou seu sorriso mais lunático. — Então se renda, ou não estará aqui para lamentar a derrota de seu time.

Somerhalder percebeu que a menina levou alguns segundos para se decidir — e admirou aquilo —, mas, por fim, tomou a decisão correta. No momento em que concordou com a cabeça levemente, a prole da lua deu espaço o suficiente para que ela levantasse as mãos em rendição. Subitamente, seu sorriso voltou a ser simpático, como se nenhum desentendimento nunca tivesse ocorrido entre as duas.

— Decisão correta, querida.

Levantando-se e dando as costas para a semideusa, olhou para o amplo espaço à sua frente que era demarcado como território do time inimigo. Uma já foi, só falta o resto…

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lavinia S. Larousse Sáb 06 Jul 2019, 18:04



winning machines

SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS.

[SUN TZU]


Andar silenciosamente não era uma tarefa difícil para a mentalista, ainda mais em um momento de concentração absoluta como aquele. Sua posição na linha de frente era arriscada e demandava cautela, pois seria o alvo primordial caso o outro time os encontrassem primeiro. Não era essa a intenção de Larousse, pois seus ouvidos estavam em alerta e ela podia ouvir cada farfalhar das árvores três vezes melhor do que outros semideuses — salvo seus meio-irmãos.

Sua respiração estava sincronizada com seus passos, que na maior parte do tempo eram lentos. Vez ou outra parava e encarava um ponto fixo na paisagem, pois assim sua visão periférica captaria qualquer movimento. Até aquela hora somente tinham encontrado pequenos animais e galhos balançando.

Sua flecha ainda estava posta no arco, pronta para ser lançada assim que a mão que segurava a corda a puxasse para trás. Avançavam em campo limpo, Lavinia e Vitor, sem a menor dificuldade até aquele instante, onde a paz foi delicadamente cessada.

Sua mente começou a detectar pensamentos longínquos. Diminuiu seu ritmo e o filho de Ares tomou a frente, olhando ao redor. A monitora não teve tempo de avisá-lo que provavelmente teriam companhia em breve, pois seus próprios sentidos o alertaram e o salvaram de receber um golpe e tanto em seu peito. Em um movimento de reflexo, a semideusa encostou-se em um grande tronco de árvore e pôde perceber mais uma desagradável surpresa: o brutamontes que atacara seu companheiro estava com um coleguinha.

Larousse não conseguia penetrar em sua mente e nem mesmo ver seu rosto, pois ele estava de costas para onde a garota enxergava. Sua flecha elevou-se e mirou alguns graus de onde o campista do time azul estava, o que atingiria em cheio sua perna. Aquele ataque não o mataria, com certeza, mas provavelmente o faria perder algumas horas na enfermaria dos curandeiros de Asclépio, além de atrasá-lo para a atividade.

Seus dedos indicador e anelar se preparavam para soltar a flecha quando um detalhe lhe chamou a atenção. O adversário puxou uma espada de sua bainha com meia lâmina negra e outra metade prateada, levando o símbolo de Psiquê talhado logo abaixo. Este era o motivo pelo qual Lavinia não conseguia detectá-lo e, provavelmente, nem ele sabia que ela estava ali pronta para atacar. Por um instante a meio-sangue se questionou, seria um desrespeito à Psiquê atacar outro mentalista?

Provavelmente não naquela situação. Sua mão soltou a flecha tensionada no arco, que voou em direção ao semideus e, inesperadamente, foi desviada pela espada que portava. A cara de espanto em sua face, entretanto, era cômica para a filha de Despina, que sorriu debochadamente em retorno.

Não precisou esperar muito para que ele avançasse em sua direção, com a espada em mãos e certa frustração em não ter a encontrado antes. Ambos estavam ali brigando pela mesma coisa: a vitória. Lavinia não decepcionaria seu time, com certeza.

Com rapidez puxou outro projétil da aljava e o posicionou, puxando novamente a corda e dessa vez passando de raspão no braço do rapaz, que teve sua camiseta cortada e um fio de sangue desenhado no bíceps. Outra flechada foi desviada por ele até que a quarta finalmente o atingiu no ombro, dificultando sua mobilidade do braço direito — aquele que usava para empunhar a arma.

Ele já estava perto o suficiente, o que fez Lavinia transmutar seu arco e aljava instantaneamente de volta ao adorno que antes utilizava. Puxou de seu braço a corrente que ganhara de sua patrona, controlada por sua mente, e a lançou na direção do inimigo de batalha.

O rapaz era, sem dúvidas, veloz e ágil. Conseguiu desviar da corrente diversas vezes, rebatendo-a contra a lâmina de sua espada ambígua. Lavinia estava persistente, vez ou outra conseguia atingi-lo e desestabilizá-lo brevemente. Decidiu correr para longe de onde a batalha de Vitor acontecia, pois não tinha intenção de porventura afetá-lo com um poder. Sabia o que tinha que fazer com relação ao seu rival: tirá-lo de sua zona de conforto. Afastou-se o suficiente para poder se concentrar por um instante e bateu o pé no chão, criando uma camada de gelo de aproximadamente 20m². Nada daquilo a afetaria — pelo contrário.

Com a falta de movimentação de seu colega de grupo, Lavinia conseguiu lançar a corrente ao redor de seu corpo e puxá-lo para perto de si. Desferiu um chute em sua mão esquerda e a espada caiu para longe, escorregando na superfície esbranquiçada.

— Desculpe, eu esqueci seu nome. — Falou bem próxima ao rosto do rapaz, cujos cabelos castanhos já estavam bagunçados pela batalha. Ele não conseguia se movimentar por conta da pesada corrente de ouro e prata que Larousse fazia questão de apertar cada vez mais. — Você pode desistir agora ou eu posso te dar uma cotovelada bem forte que o fará desmaiar. Provavelmente vai ficar roxo bem no meio da sua cara. O que me diz, querido?

Ao sinal de rendimento do garoto, a filha de Despina sorriu vitoriosa, pronta para continuar avançando assim que seu companheiro finalizasse com o outro campista.



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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Peter Lost Sáb 06 Jul 2019, 20:11

ϟ
Caça a Bandeira
Peter Lost  
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Evento
Time vermelho é o melhor <3
{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho HeOg5gr

"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]
My new old friend...
Caminhar por florestas carregando armas e equipamentos nunca fora minha atividade favorita, entretanto eu não podia negar que os eventos do acampamento sempre me deixavam de bom humor. Apesar da floresta densa, caminhei silenciosamente analisando cada detalhe do local. Estar ali chegava a ser nostálgico, ainda mais por ter me encontrado pessoas queridas de um passado remoto.

Bianca Somerhalder com certeza era uma dessas pessoas. A verdade é que eu mal me lembrava da última vez que havíamos nos encontrado, julguei que fosse por conta de minha memória fragmentada ou apenas falta senso cronológico. Sem aviso, as palavras da filha da lua invadiram minha mente, quebrando minha concentração. Voltei os olhos para a semideusa por um breve momento, antes de assimilar o que dizia.

Eu sentia como se ninguém houvesse mudado, como se tudo estivesse exatamente como antes, exceto por mim. Aquele tipo de pensamento me deixava um tanto angustiado, afinal, minha nova realidade era – para se dizer o  mínimo – desagradável. Aparentemente ninguém sabia o que havia acontecido comigo, nem mesmo parecia ter sofrido as consequências do tempo como eu. Quando a garota me perguntou o que ocorrera, não precisei mentir.

Tenho me perguntado isso o tempo todo, sabe? — Retribuí o sorriso, analisando-a de cima a baixo. Eu já a conhecia há algum tempo e ela, com toda a certeza, não havia mudado nada desde a última vez que nos vimos, mas eu não podia deixar de notar o quão atraente ela era. — Bem eu… A verdade é que a última coisa que me lembro é de ir dormir com onze anos e acordar em um beco de Nova Iorque com… Sei lá... Vinte um?

Chutei uma idade que me parecia plausível antes de dar de ombros, tentando não deixar transparecer o desconforto que sentia com aquele assunto. Mas Bianca era minha amiga, não deveria me preocupar com um julgamento maldoso. Certo?

Você, por outro lado, não mudou nada. Pode me contar seu segredo? — Abri um sorriso divertido, algo que não fazia há muito tempo, enquanto a encarava com a testa franzida. Ela, de fato, era uma garota bonita, algo estranho de se notar, uma vez que eu convivera com a semideusa várias vezes e nunca havia pensado nela daquela forma.

Por mais inacreditável que fosse, agora a filha de Selene era mais jovem do que eu. A situação me deixava intrigado, porém não mais do que as próximas palavras de minha companheira: ir em festas e beber todos os dias? Aquilo seria uma excelente ideia pra comemorar nossa vitória – ou derrota – no jogo. Antes que eu pudesse responder, mais palavras pularam de sua boca, convidando-me para seu estilo de vida. Uma oferta irrecusável, incentivada pelo gosto por bebidas alcoólicas que eu adquirira nos últimos meses.

Ora, ora, senhorita Somerhalder, eu não poderia deixar de concordar. O prazer seria todo meu. — Levantei uma sobrancelha, enquanto abria um sorriso malicioso com o canto da boca. Aparentemente Bianca também parecia animada com aquela possibilidade. — Estarei esperando notícias suas o quanto antes! — Provoquei.

Sem muito aviso, uma estranha movimentação prendeu minha atenção há alguns metros de distância. Semicerrei os olhos, avistando dois campistas ao longe se movimentando entre as árvores com destreza. Eu quase me esquecera de que estávamos no meio de uma brincadeira de guerra. Mas apostava que ainda não tinham notado nossa presença, uma vez que meus sentidos aguçados me concediam certas vantagens.

Sem pensar duas vezes, agarrei Bianca pela mão, puxando-a para trás de uma árvore qualquer. Pela nossa estratégia, eu duvidava que fossem aliados. Quase que instintivamente, fiz sinal para que a lupina se mantivesse em silêncio, afinal, eu não queria denunciar nossa posição de vantagem. Se eles estavam ali, talvez a bandeira inimiga também estivesse.

Respirei fundo e apontei na direção dos campistas, tentando não fazer barulho algum. Estávamos em dois e haviam dois oponentes. Era hora do show.


Show time!
A filha de Selene logo entendeu a situação, munindo-se de sua Katana. Eu segui seu movimento, fechando a mão direita no ar enquanto minha luva se tornava uma lâmina e desembainhava minha gládio. Eram espadas muito menos rebuscadas que a arma de Somerhalder, mas deveriam servir tão bem quanto.

Em uma sinergia digna de companheiros de batalha veteranos, logo avançamos contra nossos oponentes. Realmente eram uma dupla de semideuses inimigos, uma garota de pele clara e um rapaz alto e musculoso, o qual deveria ser alguns anos mais novo do que eu.

Tentando não atrapalhar Bianca, que avançava contra a semideusa, investi contra o garoto misterioso sem saber de sua descendência divina, não que aquilo fosse importar, mas era sempre bom saber contra quem estava lutando. Em um movimento rápido, surgi entre as árvores com um ataque preciso de Perdição, desferindo um golpe contra o dorso do rapaz.

Como era esperado, o menino foi surpreendido pelo golpe sorrateiro, mas conseguiu mover-se rapidamente e se defender com seu escudo simples. O choque pareceu desestabilizá-lo por um breve instante, mas logo ele se virou para mim com um sorriso ambicioso, como se a luta fosse tudo o que estivera esperando.

Acha que aguenta o tranco, vovô? — Gritou sarcástico. Aquela frase me irritou mais do que deveria, fazendo-me avançar novamente contra o garoto. Ele, por sua vez, levantou sua espada, bloqueando meu ataque com certa facilidade, de modo que minhas armas se forçavam contra a lâmina inimiga.

Aguentei sua mãe ontem, você não é grande coisa! — Exclamei em fúria. O semideus não pareceu gostar da provocação, soltando um urro e empurrando-me para trás.

Cambaleei alguns passos, logo antes de levar uma pancada do escudo do garoto, derrubando-me de costas e me obrigando a soltar as armas que carregava. Minha cabeça pareceu girar por uma fração de segundos e, quando dei por mim, o garoto estava aos meus pés, focando-me de cima.

Eu juro por Ares que vai se arrepender! — Ele vociferou. A voz era alta, porém fria e embebida em raiva. Agora eu entendia o que impulsionava o garoto, a própria guerra. Dito isso, o semideus se jogou contra mim, tentando desferir socos em meu rosto.

Elevei os braços em uma posição defensiva, enquanto tentava me proteger de seus ataques furiosos. Sabia que apesar do ar ionizado em torno de meu corpo garantindo-me uma pequena defesa, era só uma questão de tempo até ser nocauteado pela prole da guerra, então eu precisava pensar rápido.

Tentei manter a mente calma entre as porradas que conseguia defender, concentrando energia em minhas mãos. Em um movimento rápido empurrei o garoto com força, o qual foi arremessado para longe por quase um metro, chocando-se costas com uma árvore. Aquela era minha abertura para a vitória!

Ainda ofegante, agarrei as espadas jogadas ao meu lado e levantei-me dolorido. Eu precisava ser rápido, portanto corri cambaleante até meu adversário, que tentava erguer-se com esforço. Em uma tentativa inútil de se defender, ele ainda reuniu forças para levantar a espada, mas com um golpe rápido de minhas próprias, arremessei sua arma longe, logo antes de colocar minhas lâminas cruzadas em seu pescoço.

Acabou. — Falei por fim, ofegante. — Você tinha razão, eu realmente estou fora de forma. Pode se render agora?

Ele fez uma leve menção de tentar continuar lutando, mas seu pequeno movimento lhe garantiu um pequeno corte, fazendo com que um fino caminho de sangue se desenhasse por seu pescoço. Finalmente ele aceitou seu destino.

Ok, ok, você venceu. Eu me rendo. — Admitiu o rapaz soltando seu escudo próximo à espada já caída.

Dei um passo para trás transformando Perdição em uma luva, a batalha havia acabado. O garoto então tentou abaixar para pegar seus equipamentos, mas logo coloquei minha Gládio novamente em seu pescoço. Eu não queria arriscar.

Você lutou bem, então vamos fazer o seguinte. — Minha voz se projetava mais ameaçadora do que o esperado. — Se eu souber que você voltou pra batalha, nós não vamos brigar com espadas, mas vou pegar um raio e enfiar no seu cú, ok?

Abri um sorriso maldoso e o garoto assentiu com a cabeça silenciosamente, aceitando a proposta. Respirei fundo e fiz um rápido alongamento. A luta havia sido mais difícil do que eu imaginara, mas minha defesa natural havia me protegido o suficiente para que nada de grave tivesse acontecido.

Olhei ao redor, e corri ao encontro de Bianca, que aparentemente também havia vencido sua batalha. Estava cansado? Sim. Pronto para outra? Com certeza.

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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por 156 - ExStaff Sáb 06 Jul 2019, 20:42

PRAZO DE POSTAGEM ALTERADO.
NOVO PRAZO: 07/07/2019, 23:59.
QUEM NÃO POSTAR E NÃO JUSTIFICAR AUSÊNCIA, PERDERÁ 75% DO HP/MP TOTAL.
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Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

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