{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Página 2 de 3 Anterior  1, 2, 3  Seguinte

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para baixo

{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por 153 - ExStaff Seg 01 Jul 2019, 22:24

Relembrando a primeira mensagem :


CAÇA A BANDEIRA

— Bem vindos ao caça bandeira! Fico feliz pela participação de todos. Serei muito breve. Todos sabem o que fazer. — Quíron sorri conforme fala, esperando que todos se aproximem para continuar a falar. Nas mãos dos representantes, Jeff e Bianca, são entregues as bandeiras da cor de seu time. — Vocês tem trinta minutos para posicionar a bandeira de vocês e se posicionarem em campo. Ao tocar o berrante está liberado a caça. Como sempre, não tentem matar o coleguinha de vocês!

Com um polegar levantado, Quíron se posiciona mais próximo ao riacho, e acena com a cabeça.

— Boa sorte.

Diretrizes


— Introduza um pouquinho da sua trama. Os campistas, como tem sido os últimos dias; os que moram fora do acampamento, o porquê de estarem lá.

— Formem os grupos de vocês, junto à estratégia. Informações que comprometam a estratégia de vocês devem ser enviadas por MP/WhatsApp ao narrador.

— Decidam, em on game, quem ficará em cada lugar. Ataque, meio de campo e defesa.

— Como nós – narradores – já sabemos a posição da bandeira, vocês só precisam narrar que ela foi colocada lá. Sem posição. Descrição genérica de quem se responsabilizou por isso.

— Aguardem o sinal de Quíron.

Status


Bianca H. Somerhalder — Nível 44
HP: 530/530
MP: 530/530

Christopher Mason — Nível 34
HP: 430/430
MP: 430/430

Vitor S. Magnus — Nível  34
HP: 430/430
MP: 430/430

Ayla Lennox — Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Peter Lost — Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Lavinia S. Larousse — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390;390

Lilith Doutzen — Nível 30
HP: 390/390
MP: 390/390

Heron Devereaux — Nível 18
HP: 270/270
MP:  270/270

Murtagh S. Leclerc — Nível 6
HP: 125/150
MP: 119/150

Lyanna MacMahon — Nível 4
HP: 110/130
MP: 90/130

Leonard Crawford — Nível 3
HP:  120/120
MP: 120/120

Zoë Ophelia Greengrass — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

August Budreau — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

Dan Baizen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100

Rhydian Schwab — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


Informações adicionais


— Evento: Caça a bandeira

— Condições climáticas: Primavera, 23º.

— Local: Acampamento Meio-Sangue.

— Data e hora: 4 de julho, 10:00

Regras


— Não utilize cores cegantes e/ou templates com menos de 500px de largura.

— Poderes (com nível, separados por ativo e passivo) e armas em spoiler no final do texto.

— Prazo de postagem até 23h59, segundo o horário de Brasília, do dia 03/07/2019

— Qualquer dúvida, consulte seu narrador.

— Boa sorte.



153 - ExStaff
153 - ExStaff
Ex StaffPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
188

Localização :
Highway To Twilight

Ir para o topo Ir para baixo


Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lyanna MacMahon Sáb 06 Jul 2019, 22:36


Caça Bandeira
"Mal o berrante termina de cantar e todos os gados se agitam e saem no tapa”
― Alguém


Lyanna não sabia o que esperar, mas o silêncio após o berrante a incomodava. Essa competição era a primeira caça a bandeira que ela era integrante, talvez o começo realmente fosse calmo. A menina estava estática em sua posição de combate, apenas aguardando alguma ação. O vento balançava seus cabelos ruivos e o sol que ultrapassava as folhagens aquecia sua pele. Era um local relaxante apesar de tudo. Seus olhos varreram a área em busca de algum movimento, mas apenas os galhos se moviam.

Talvez ficar como centro de defesa fosse desse jeito, o combate demoraria alguns minutos para chegar até ali. A mente da garota usou esse tempo para pensar em possibilidades. Olhando seu posto notou que ela se encontrava em um espaço razoavelmente aberto. Não era necessariamente uma clareira, mas aberto o suficiente para que alguém a enxergasse a distância. Isso seria um problema, afinal seu modo de combate era de curta a média distância. Caso o inimigo portasse um arco ou habilidades que funcionassem de longe, ela ficaria em clara desvantagem.

Sondando o espaço mais uma vez notou que nada mudou. “Vou ficar ao lado de um tronco”, pensou, ”Será mais fácil me defender e talvez surpreender alguém”. Decidiu que poderia se mover para próximo da mata densa. Sempre vigiando os arredores, a filha de Melinoe caminhou na direção de uma das árvores maiores. Provavelmente esse foi seu erro, focar na aproximação de algo e esquecer o básico, olhar onde pisa. Seus pés mal tocaram o chão quando todo seu corpo foi puxado para o alto.

O primeiro pensamento foi um ataque surpresa, mas ele foi descartado logo depois. Lyn se encontrava aprisionada, dentro de uma rede suspensa a dois metros de altura. O espaço era pequeno e o corpo dela estava levemente encolhido pelo aperto das cordas. A primeira ação da semideusa foi ficar vermelha e dizer palavras obscenas, ela não sabia se sentia mais raiva ou vergonha. Seria a maior humilhação de sua vida se um inimigo passasse por perto e a visse desse modo.

Vlacasofendeu a si mesma – Enquanto os outros estão provavelmente lutando, você está presa nessa merda. Burra. Muito burra.

Se contorcendo dentro de sua clausura, soltou a corrente no chão e sacou a adaga do coturno. Ela estava prestes a cortar as cordas que mantinham a rede no alto, quando percebeu que seria algo idiota de se fazer. Sem as cordas ela despencaria com as costas no chão. Mais uma vez contorcendo-se, começou abrir uma falha na lateral da trama. Quando a abertura estava grande o suficiente passou suas pernas por primeiro, ficando aparentemente sentada. Após guardar a faca de volta na bainha, arrumou a postura e se preparou para saltar.

Respirou fundo, soltou as cordas e lançou o corpo para frente. Lyanna gostaria de dizer que a queda foi elegante e delicada, com um pouso semelhante a um anjo, mas ela nunca poderia dizer isso. Os joelhos estavam dobrados e isso ajudou a diminuir o impacto, mas não impediu que ela quase tombasse para frente. Usando as mãos como apoio, evitou cair com a cara no solo da floresta. As pernas e palmas das mãos doíam um pouco, mas nada comparado ao ego ferido. Essa história nunca seria mencionada a ninguém.

A menina respirou fundo para se acalmar e andou até onde sua corrente estava caída. Após pegar sua arma novamente, caminhou de forma lenta para perto de uma árvore, dessa vez dividindo sua atenção entre o espaço e possíveis armadilhas. Próxima ao seu instrumento de defesa, arrumou Elo Dentado em sua posição de combate mais uma vez.

Parcialmente ocultada pelo tronco a garota observou os arredores, nada novamente. Ela queria lutar, bater em alguém. Depois do incidente com a armadilha, estava enraivecida em excesso para ficar parada. Sua mente já formulava um pensamento: ”Vamos lá., eu quero lutar e acabar com isso de uma vez”


Adendos:



{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho - Página 2 WoKzvtP
Lyanna MacMahon
Lyanna MacMahon
Filhos de MelinoePanteão Grego

Mensagens :
24

Localização :
New Orleans, French Quarter

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Padma Isolde Beaufort Sáb 06 Jul 2019, 23:48




It disturbs me so; Everybody tried to put me; Try to put me down; All messed up, hey everyone; I've already had all my fun; More troubles are gonna come; I'm an outsider; Outside of everything
Outsider





"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."
— Sun Tzu


Os passos inconstantes o levavam em direção ao rio, ao menos essa era a ideia principal: ir para perto da água e se esconder para atacar os outros de surpresa — ou apenas ficar escondido, o que fosse melhor para o time.
“Um inútil como você faria melhor ao time se não tivesse entrado.”
Tropeçando enquanto sua mente vagava pelas sempre “agradáveis” conversas  que ele tinha com a wicked witch of west, o moreno se encontrava em um estado entre raiva e desânimo. A raiva era devida ao enfoque que a mulher fazia sobre ele ter sua vida toda enrolada na da sua irmã como se ele fosse um mero animal de estimação, alguma versão de cão de guarda bípede.
“Você tem uma única tarefa, garoto. Você é apenas meios para um fim.”


Um grunhido soou em sua garganta e a mão direita apertou fortemente o cabo da maça. Ele odiava isso, e o pior era que nada que ele fazia parecia adiantar para livrá-lo da situação.
“Você é propriedade Leclerc, nunca esqueça disso.”
Ele não podia simplesmente passar o resto da sua vida como uma sombra, ele tinha que mostrar que ele era alguém também, e ficar pelos cantos sendo babaca e se afogando em auto-piedade não era o caminho para tal. Ele tinha que ganhar aquela merda de jogo, não apenas isso, tinha que ser o destaque e principalmente tinha que superar a Noel. Com um sorriso maníaco no rosto Sal  aumentou o ritmo floresta adentro, ele tinha que comer o cu de uns azuis.

A mente focada em um único objetivo não foi rápida o suficiente de captar o movimento sussurrado as suas costas, nem o ouvido foi capaz de perceber o estalar de articulações. O bastardo só percebeu o que acontecia quando sentiu seu corpo ser rapidamente deslocado para a frente, o deixando esparramado no chão da floresta. — Você deveria olhar onde pisa, até mesmo um surdo ouvia os galhos estalando sob seus pés. — A voz melodiosa alcançou os ouvidos do Leclerc, que já começava a se levantar de frente para onde viera o ataque. As esferas verdes recaíram sobre uma figura bronzeada e musculosa de um menino, cabelos loiros encabeçando olhos cor de avelã e um brilhante sorriso branco. — Eu vou sentir pena quando quebrar seu rostinho lindo. — Ele estava extasiado, aquele era o primeiro passo para chegar na sua irmã. Um sorriso largo se espalhava por seu rosto antes dele avançar na direção do outro, ele precisava lidar com a sardinha amarela rápido, seu foco era pescar uma piranha.

Não perdendo um segundo, Murta contra-atacou, o braço direito estava na frente erguendo o escudo para qualquer novo ataque disparado pelo loiro, enquanto a mão direita desceu horizontalmente em ofensiva. A cabeça metálica da arma foi aparada pelo escudo do outro, porém a defesa não foi perfeita visto que os braços bronzeados se encontravam em ambos os lados do corpo, deixando exposto o tronco. Aproveitando tal abertura o moreno lançou seu escudo  na direção do peito alheio, ficando decepcionado quando  os cravos de seu escudo apenas arranham o lugar.

Assim que sentiu o ataque na pele o amarelo pulou para trás, e se recuperando com velocidade, se lançou para a lateral e com um arco ascendente tenta cortar o Salem. Entretanto, da mesma forma que o loiro, Murtagh deu dois pulos para trás, conseguindo assim escapar do ataque do outro. Nenhum dos dois tinha grande poder de manter uma luta duradoura e intensa, era bem provável que tudo terminasse em uns poucos golpes, conhecimento esse que ambos sabiam muito bem. Dessa forma o primeiro golpe a se encaixar seria o mais importante.

Dando mais alguns passos para trás, o Leclerc concentrou na mão uma pequena esfera de eletricidade, logo atirando-a na direção do outro. O semideus havia pulado para a frente para poder atacar transversalmente com a lâmina, que emitia um brilho alaranjado, que ele tinha em mãos, porém isso apenas facilitou para que a bola de estática se conectasse ao escudo. O bronze do escudo foi o suficiente para conduzir a eletricidade até o membro que segurava a peça, adormecendo um pouco o braço alheio. Mesmo com o contratempo o loiro continuou o ataque, no entanto o filho de Zeus também se lançou à frente. O escudo com espinhos novamente foi posto na frente, mas dessa vez o moreno queria que o objeto se chocasse com a espada, e pretendia usar tal contato para desarmar o oponente.

O plano foi bem sucedido. Assim que a lâmina se chocou com os cravos, o Leclerc com um movimento para cima, se utilizou das vantagens da arma para forçar a espada para fora da mão do menino. Em acompanhamento do desarme, o moreno desferiu dois golpes no outro. O primeiro golpe foi consequência de de um largo arco iniciado nas costas do atacante e se chocando aproximados cento e oitenta graus depois no ombro do outro. O segundo golpe foi originado na saída do movimento anterior, voltando pelo caminho que acabara de passar para atingir o abdômen do loiro.

Tropeçando para trás o oponente não se deu por vencido, puxando a lâmina curta de uma adaga, o surfista voltou a se lançar em frente, o braço ainda um pouco dormente conseguiu ser levantado o suficiente para proteger a parte inferior do tronco, ainda que qualquer impacto fosse o necessário para rechaçar a defesa. Com um sorriso selvagem no rosto, o moreno avançou também, mas dessa vez ele não atacou. Preferindo desviar no último momento, a cria de Zeus fez uma finta se pondo atrás do bronzeado, que passou direto por si. Armando um chute com seu coturno na parte mediana da coluna, Sal desferiu um golpe que quase ardia com a vingança implícita. O loirinho teve sua bela face enterrada na areia ao som de uma gargalhada baixa do moreno.

— Gostou do golpe pelas costas? Aprendi com um... — Andando em direção ao outro, que apenas rotacionou no mesmo lugar sem se levantar, Murt se ajoelhou em cima do definido corpo do outro. A frase em aberto da fala passada logo sendo completada. — ...Ficante uma vez. Ele ao menos beijava bem. — Os lábios se chocaram e momentaneamente ambos experimentaram do calor do beijo, a sede que os lábios do surfistinha demonstravam surpreenderam o bastardo, mas tudo que é bom dura pouco. Quebrando a carícia, o burguês sorriu uma última vez para o oponente antes de desferir o punho direito, agora livre da espada que repousava fincada no chão ao lado, na face do mesmo, deixando não só um olho roxo como também o fazendo desmaiar. Suspirando, o garoto pegou sua arma de novo e chegou o perímetro antes de voltar a se embrenhar na mata.


Pika, pika, pikachuuu!:






with whole lotta ppl | Listening to Green Day | At the Forest
Padma Isolde Beaufort
Padma Isolde Beaufort
Filhos de ZeusPanteão Grego

Mensagens :
119

Localização :
hunting

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Vitor S. Magnus Dom 07 Jul 2019, 17:06

TAKE THE FLAG!
"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]

T
odo o time se espalhou pela floresta como combinado. Em um passo apertado, Vitor avançava entre as árvores, atento a qualquer movimento à frente e nos lados. Estava seguindo uma filha de Despina, ela parecia uma raposa, passava entre as árvores bem silenciosa e já tinha um arco em mãos pronto para atingir qualquer alvo que aparecesse.

Eles correram por alguns minutos, tentando cercar o perímetro e reconhecer a área. Procuravam pelos inimigos, sempre com a audição bem atenta aos arredores. Diminuíram o passo, tentando não confundir os próprios com os dos inimigos, que provavelmente já deviam estar bem próximos.

A garota fez um sinal para ele parar e se aproximar.

— Ouviu alguma coisa? — Ele sussurrou.

— Não sei ao certo.

Eles olharam ao redor. Nada parecia estar fora do normal. Na copa das árvores, apenas as folhas farfalhando.

— Vamos continuar. — Ela falou baixinho. — Mais devagar dessa vez.

Eles prosseguiram, sempre em frente, cuidando para não pisarem em folhas demais no chão.

Eles andaram cerca de trinta metros, quando começaram a apertar o passo. Ele agora tomou a dianteira, certo de que a semideusa poderia dar uma boa cobertura com seu arco.

Estava perdendo a fé de que estavam indo na direção correta, quando seus sentidos ficaram em modo alerta. A única coisa que o filho de Ares pôde fazer, foi levantar o escudo no último segundo, evitando que um martelo o atingisse no peito, mas foi jogado alguns metros para trás, caindo de costas.

Um semideus brutamontes, um pouco maior que ele, saiu de trás de uma árvore, rindo um tanto sádico.

Finalmente um azul para descer a porrada. Magnus retribuiu o sorriso e se levantou num salto.

Atrás dele, a semideusa se movimentou. A flecha cortando o ar indicou que ela havia encontrado um oponente também.

O semideus não tinha nenhuma armadura visível, apenas um martelo de guerra em mãos e a faca do acampamento embainhada. Vitor não deixou de notar as marcas que o adversário tinha nas mãos. Não havia dúvidas de quem era seu progenitor.

— Eu deveria ter notado que você é filho de Hefesto pela feiura. — Vitor deu um sorrisinho.

— Ah, seu desgraçado!

O filho de Hefesto levantou o martelo acima da cabeça e investiu. Com um salto para a esquerda, Vitor desviou da arma, que rachou o solo com o impacto. Antes que o filho de Ares pudesse revidar, o martelo já estava cortando o ar na sua frente, ele deu um salto para trás, e por pouco não foi atingido.

Se afastando com mais um salto, pegou seu escudo e o lançou contra o adversário. O escudo cortou o ar em uma velocidade incrível, mas, mais incrível ainda foi o reflexo do outro semideus para desviar. O escudo passou direto e bateu contra uma árvore, caindo no chão.

O filho de Hefesto soltou uma gargalhada.

— Patético!

Vitor fingiu entrar em pânico, olhou para os lados, como se estivesse procurando socorro. O filho de Hefesto começou a se aproximar, quando de repente: *PUNK!*

Magnet atingiu a cabeça dele, girou no ar com o impacto e voltou a encaixar perfeitamente no braço do dono.

O garoto ficou tonto, girava a cabeça tocando o local atingido e cambaleava levemente. Sem pensar duas vezes, Vitor investiu contra ele, dando uma rasteira simples. O filho de Hefesto largou a arma e caiu com um baque surdo. O filho de Ares puxou o braço do garoto, colocando-o nas costas, prendeu com o joelho e puxou os cabelos longos do semideus.

— Patético...

O semideus rosnou de raiva, tentou relutar usando o braço livre, tentando alcançar Magnus, e batia as pernas - como um peixe fora d’água. Vitor revirou os olhos.

Vamos parar de showzinho, por favor?

Ele sacou Cataclysm e colocou no pescoço do filho de Hefesto. O adversário engoliu em seco, parando de se debater, e arregalou os olhos. Pena que não posso...

Percebendo que sua parceira já tinha cuidado do outro caso, Vitor sorriu satisfeito.

— Como é seu nome mesmo, perdedor?
Armas:

Poderes:

Adversário:





Vitor S. Magnus
Vitor S. Magnus
Filhos de AresPanteão Grego

Mensagens :
384

Localização :
Chalé de Ares

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Valerie Lewis Dom 07 Jul 2019, 17:50


Desde a perca de suas memórias tudo o que vem acontecendo com a prole de Afrodite tem sido complicado. O acampamento era um tipo de porto seguro, uma local para que a mesma pudesse ter onde se manter protegida e ao mesmo tempo reorganizar sua vida. Aquele lugar seria seu ponto de partida para um novo começo.

Tinha retornado alguns dias atrás, sentindo uma certa nostalgia só de estar por ali, mesmo que não pudesse lembrar do que já havia passado naquele lugar. Não sabia dizer  se isso era ruim ou bom, pois assim como as memórias ruins as boas também se foram.

Um certo movimento em meio ao acampamento lhe chamou a atenção. Seguiu os demais campistas, chegando no instante em que alguns deles já partiam do local. Alguém lhe puxava pelo braço, a levando direto para dentro do que se tratava ser um evento. De forma rápida recebia suas devidas instruções, seguindo pelo meio do campo de batalha logo em seguida.

[...]


Caminhava pelo meio da floresta, atenta, ao seu redor para não ser pega de surpresa e assim sofrer um ataque repentino, o que certamente ocorreria com alguns semideuses desavisados.

Em meio a uma clareira na floresta, onde a jovem acabara de chegar saída de trás de uma árvore, se deparava com um garoto. O mesmo tinha seus cabelos negros, olhos caramelados e um sorriso estranho. Encontrava-se parado, observando a movimentação da bela moça que aparecera a pouco.

Ele então se afastou do tronco, aproximando-se dela até ficar a mais ou menos um metro e meio dela. Acenava com a cabeça, puxando da bainha uma espada prateada e reluzente. A prole de Afrodite percebeu que agora teria que lutar.

Foi ai que a jovem puxou sua adaga. Não se comparava a arma do oponente, porém era o que tinha no momento. Ambos se entre olhavam, mantendo a distância enquanto se analisavam antes de realmente começarem o combate.

A arma prateada foi tomada por chamas, conjuradas pelo filho de Nêmesis. Ele então avançou, se locomovendo com uma agilidade acima do normal. A garota, que se mantinha atenta aos seus movimentos, usava de sua bela forma física para se esquivar para a esquerda, fazendo a arma passar rente a ela.

Através dessa abertura seus olhos conseguiram detectar uma brecha no ataque do oponente, usando isso ao seu favor. A lamina de sua faca foi direto contra uma das mãos que segurava a espada, gerando uma abertura mediana e o fazendo segurar a arma com apenas uma delas. A jovem então saltou para trás, mantendo um belo sorriso angelical em sua face.

A prole da vingança respirou profundamente, sentindo o fisgar em sua destra. Seus olhos se fixaram nos da bela mulher, lhe deixando amedrontada. A feição dela modificou repentinamente. Lagrimas escorriam pelo seu rosto enquanto sua face demonstrava tremenda tristeza.

Aproveitando disso o jovem voltou a atacá-la, atingindo seu estômago com um soco que a fez cair ajoelhada no chão. Seus olhos ainda se encontravam, porém ele não sabia que aquele poder não tinha muito efeito nela, o que a permitiu preparar um plano.

O oponente encostou sua espada no pescoço de Aurora, pensando já ter vencido, porém esse foi seu erro.

O toque da bela nas mãos do ofensor foi o estopim, junto com a modificação repentina dos olhos da filha de Afrodite, esses que causaram em seu oponente uma paralisia momentânea. Ela então sorriu, afastando a mão do jovem com a espada e chutando suas partes intimas, gerando uma dor intensa que o fez largar a espada. A arma por sua vez era então pega pela garota, que logo se aproximou do inimigo, que estava se contorcendo, a apontando contra seu pescoço.

— Se renda, ou irei fazer pior.

Sem mais, ele apenas ergueu sua mão, se dando por vencido. Ela então sorriu, vendo seu oponente caído ao chão, o deixando ali e partindo para o próximo combate.


Informações:

Valerie Lewis
Valerie Lewis
Filhos de AfroditePanteão Grego

Mensagens :
217

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Heron Devereaux Dom 07 Jul 2019, 17:57

Violent Delights
These violent delights have violent ends

"Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos."
— Sun Tzu

×××


A
fastou os cabelos com a mão livre. O sol forte queimando sobre suas cabeças. O clima não era, nem de longe, tão insuportável quanto o da cidade, onde a fumaça formava uma estufa natural e os prédios bloqueavam o caminho dos ventos, dando origem às insuportáveis ilhas de calor. Heron baixou o olhar, focando na semideusa ao seu lado. A luz brilhava nos cabelos loiros, quase prateados. Pequenos olhos azuis, para assistir o mundo pegar fogo. Talvez o jeito delicado e os sorrisos no canto da boca fossem o suficiente para enganar Quíron e os outros semideuses do grupo vermelho. Heron, não. Conhecia cada um dos truques que ela usava. Cada mudança na entonação. Cada sorriso desconcertado. Era, em parte, como ela.

Só em parte.

Heron era um homem em tons de cinza. Os ternos risca de giz, os primeiros fios na juba dourada, os sonhos que ele esqueceu no chalé de número onze. Tinha princípios e os seguia com certa religiosidade. Tudo preto no branco. Lilith era uma mulher em tons de vermelho. O batom em seus lábios, as faíscas que brilhavam no olhar, incendiando tudo o que ela tocava. Era o próprio fogo que engoliria o resto do mundo. Uma força a ser reconhecida. Era amarelo, laranja e todas as outras cores mais quentes do espectro. Heron até se questionava se tinham mesmo alguma coisa em comum.

— Você cresceu aqui? — Ouviu a pergunta escapar de seus lábios.

— Sim. Depois fui morar com meu irmão até ele… — Uma resposta incompleta. Uma verdade oculta. Um sinal de que eram mais parecidos do que ele imaginava.

Ouviu o som grosseiro se espalhar pelo ar antes que pudesse dizer qualquer coisa. Era Quíron, que soprava no corno, anunciando o início da competição e destacando o silêncio inconveniente entre os dois semideuses. Lilith encontrou um jeito de contornar isso. Ela se aproximou, colocando-se na ponta dos pés. Heron entendeu o que ela pretendia fazer e colocou os braços em volta da cintura dela, puxando-a para cima. Quando seus lábios já estavam próximos o bastante, ele deixou que se tocassem. Sentiu as mãos da semideusa passearem pelos seus cabelos dourados. No instante seguinte, se afastaram.

Ouviu ela desejar boa sorte, enquanto gesticulava para que o restante do grupo se aproximasse. “1, 2, 3, 4...” Contava, enquanto a última semideusa se misturava às outras cabeças. Um a menos em relação à contagem inicial.

— Ei — começou, inclinando-se em direção à filha de Despina. — Tá faltando um dos nossos? Viu pra onde foi? — Lilith balançou a cabeça, em negação.

Heron deixou o olhar percorrer a clareira, em busca do integrante que faltava. Quando percebeu que seria inútil, decidiu deixar o garoto de lado e dedicar suas energias ao grupo à sua frente.

Saíram da clareira em bando. Caminhavam margeando a floresta densa e o riacho Zéfiro. As copas das árvores se fechavam em abóbadas de folhas verdes grossas de um lado. Do outro, o riacho seguia seu curso, esbarrando nas pedras maiores antes de desaguar no estreito de Long Island.

Lilith e Heron seguiam juntos esse caminho, um pouco afastados do restante do grupo.

— O que você tá fazendo aqui? — Quis saber. — Esse não é lugar pra você.

E não era mesmo. Lilith era grande demais para o acampamento. Heron não precisou de muito tempo com ela para perceber isso.

— Férias. E você?

“Sim? E você?” A pergunta ecoava na mente. “O que está fazendo aqui?” Não sabia como responder a isso. Não podia contar a verdade, isso era certo.

— Ainda não sei. Espero que você já não esteja mais aqui quando eu descobrir.

— Por quê? O que é que vai acontecer?

Viu Saturday, Monday e os outros novos deuses em sua mente. Seus planos eram uma grande incógnita para o filho de Atena. Ainda assim, uma pergunta se destacava naquele momento. Quando alcançassem seu ápice, haveria espaço no mundo para os semideuses?

— Nada de bom. — Respondeu, mesmo admitindo que aquilo não significava muita coisa.

Talvez Lilith tivesse se sentido frustrada com o modo como ele se esquivava de suas questões. Heron não perguntou e a semideusa não teve tempo de se manifestar. Seus passos foram interrompidos repentinamente. Ele notou a expressão preocupada no rosto dela, antes de perceber que estavam sendo atacados.

Uma névoa escura se expandia, partindo da floresta densa e cobrindo todo o espaço entre ela e o Zéfiro. O nevoeiro bloqueava a visão do filho de Atena e o afastava do restante do grupo. Pôde ouvir Lilith resmungar não muito longe dali, antes da massa se fechar sobre ele, cobrindo a luz do sol por completo.

Ele apertou o cabo da espada, nervoso. Esticava a mão livre para frente, tateando o nada. Podia ouvir o som da água que continuava a fluir pelo curso do riacho e a quantidade exagerada de passos sobre o cascalho que cobria as margens. Sentiu algo se aproximar, prestes a roçar sua mão. Ele recuou.

— Lilith? — Sussurrou a pergunta, torcendo para ouvir a voz da semideusa em resposta. Sua dúvida foi sanada quando ele sentiu as mãos se fecharem em volta de seus braços e de seu pescoço. Tentou recuar outra vez, em busca da luz. Mas as mãos o puxavam em direção ao centro da névoa.

Heron sentiu o ar escapar de seus pulmões. As mãos se fechavam com força em volta do pescoço, bloqueando a traqueia e impedindo os movimentos dos músculos. Apertava os nós dos dedos em volta da guarda da espada. Os braços bloqueados, incapazes de realizar um ataque.

Ele levantou a perna esquerda e chutou o corpo de um de seus oponentes. A névoa bloqueava sua visão, mas pôde sentir as mãos largarem seu braço esquerdo. Apenas um par de mãos segurava seu corpo, então. Agarradas ao pescoço e ao braço direito dele, elas deixavam em liberdade o outro membro e a espada de bronze celestial. Ele agitou a arma, brandindo-a na direção do segundo inimigo. Quando o bronze tocou-lhe o flanco, Heron se desvencilhou por completo do ataque, e as mãos se misturaram à escuridão da névoa.

O filho de Atena sentiu o ar percorrer a árvore brônquica outra vez.

— Lilith? — Gritou, ainda sem fôlego. Silêncio ao seu redor. Era medo o que sentia? Quando foi a última vez que se preocupou com outra pessoa além de si mesmo? Não soube responder, nem teve tempo para isso.

Viu a luz do sol invadir a névoa, que se dissipava aos poucos. A escuridão densa se transformando em nevoeiro claro, até devolver a visão ao filho de Atena. Viu Lilith, há alguns metros de distância. Um sorriso no rosto. Aquilo era uma tarde de passeio para ela.

Um pouco mais distante dali, os outros semideuses travavam suas próprias batalhas.

Da escuridão da floresta emergiu um semideus hostil. Os braços eram marcados por cicatrizes de tamanhos e profundidades diferentes. Marcas de uma vida dedicada à selvageria. Àquele prazer que só a violência era capaz de suprir. Os cabelos negros caíam à frente do rosto, escondendo seus olhos. Ele balançou as armas na direção dos semideuses, confiante. Suas expressões não deixavam transparecer nada. Mas Heron sabia que um combate contra o semideus estava além de suas capacidades.

Lilith pareceu não se importar com isso. Um movimento rápido e a estaca de gelo eclodiu do chão. Pontiaguda. Mirava o corpo do semideus. Heron só percebeu que segurava o ar nos pulmões quando suspirou, frustrado. Uma camada de energia negra se formou em volta do rapaz, bloqueando a passagem da estaca e tornando inútil o movimento da mulher.

Ele estendeu a mão livre à frente do corpo. Concentrou-se no oponente à frente. O dedo médio e o polegar estalaram, e ele permitiu que uma onda de energia psíquica avançasse em direção ao filho de Nyx. Viu o escudo de energia negra se desfazer. Havia desconforto nas expressões do oponente, quando ele levou uma mão à cabeça. Uma brecha para que eles avançassem.

Heron apanhou a faca de caça em sua cintura com a mão direita e atravessou o caminho de pedras. Sentiu a aura quase divina envolver as armas, tornando-as extensões de seu corpo. A espada de bronze dançou no ar, antes de mastigar as roupas e a pele do semideus, na altura da coxa. Ele gemeu, enquanto o sangue escorria para fora da ferida. Viu uma faca atravessar o ar, cravando-se no ombro do rapaz. Ele grunhiu de dor, levantando a espada em sua mão direita e preparando-se para revidar. Heron era mais ágil. Ele empurrou a faca de caça para frente, bloqueando o movimento da espada. Com Athala, ele enterrou o metal no braço do rapaz. Ouviu o oponente xingar, enquanto deixava sua arma cair sobre o cascalho.

O filho de Nyx recuou. A ferida na perna o fez tropeçar, caindo próximo à espada. Ele resmungou, insatisfeito, enquanto empurrava o escudo para longe de si mesmo. Estendeu as mãos para o alto, indicando a rendição. Heron avançou contra ele. O bronze celestial apontado para seu rosto.

— Vamos, Heron, vamos ver se os outros precisam de nós.

A voz de Lilith puxou o homem para fora do frenesi. Ele sentiu a mão delicada, afastando-o da batalha. Levou um segundo para se lembrar de que estava dentro dos limites do acampamento. Lá fora, era vida ou morte. Lá fora, não teria poupado o filho de Nyx. Ele afastou o rosto, até encontrar uma expressão de preocupação na filha de Despina.

— Tem razão. — Sentiu o braço da espada relaxar, enquanto dava um passo em direção a ela. — Devem estar precisando de ajuda.

Ele balançou a cabeça. O coração batia acelerado. Uma dose de adrenalina ainda corria pelas suas veias. Não queria assustá-la. Respirou fundo, retomando o controle de suas ações. Ele ouviu a pergunta. Um sorriso se formou em seus lábios, enquanto ela examinava as marcas em seu pescoço.

— Estou bem. Não se preocupe comigo. Como você está?

— Nenhum arranhãozinho. — Em seu rosto, tudo parecia uma grande brincadeira. De certa forma, era.

Heron sorriu, enquanto trazia a semideusa para perto. Viu Lilith se colocar nas pontas dos pés outra vez. Ele deixou uma risada escapar, antes de envolvê-la pelos quadris, puxando-a para cima. Seus lábios se encontraram outra vez. Era um beijo mais urgente que o último. Ainda estavam carregados de sentimentos vindos da batalha. Seus corpos roçavam um no outro. Lilith tentou reprimir um gemido, sem sucesso. Ele se afastou. Até queria ultrapassar aquela linha. Não sabia se devia, no entanto. Ele balançou a cabeça, com um sorrisinho no rosto.

— A gente não ia checar os outros? — Disse o semideus.

— É só um jogo, eles vão saber se virar. — Heron franziu o cenho, enquanto balançava a cabeça em negação. Suas palavras não o convenciam. — Okay, você manda. Pelo menos aqui.

O homem deixou que ela seguisse na frente, enquanto devolvia a faca de caça à cintura. Queria ser mais como Lilith. Despreocupada. Capaz de seguir o caminho para o qual o universo a empurrava. Ele não. Nadava contra a correnteza, numa ilusão de que tinha controle sobre sua vida e sobre tudo ao seu redor. Heron apressou o passo para alcançar a filha de Despina. Não queria perdê-la de vista. Ainda havia uma ou duas coisas que poderia aprender com ela.

Considerações:
Heron Devereaux
Heron Devereaux
Filhos de AtenaPanteão Grego

Mensagens :
1065

Localização :
Madison Avenue, Manhattan, NY

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Zoë Ophelia Greengrass Dom 07 Jul 2019, 19:57

shattering to pieces
we don't merely destroy our enemies;we change them.

O único som ouvido pelos semideuses da subequipe era o craquelar dos galhos abaixo de seus pés enquanto corriam pelos caminhos estreitos e curvos do bosque, guiados por sua líder. Estava quente e abafado, e o suor escorria pela testa de Zoë. A pequena maratona que o grupo executava não ajudava em nada. Ela correu os olhos por todos ao seu redor, agora parados – pareciam ter tirado uma pausa para descansar ou finalmente chegado a seu destino, não sabia dizer com certeza absoluta. Provavelmente não prestara atenção, não ouvira ou sequer entendera o que disseram quando pararam, pois estava ocupada demais inspecionando o ponto escolhido para pararem. Arriscado demais, desprevenido demais. Haviam dezenas de lugares para esconderijos do time rival poder atacar de surpresa. Zoë fez uma careta e enquanto fingia estar entretida com o próprio reflexo na adaga (ninguém desconfiaria da vaidade de uma prole de Afrodite, era típico), aguardou até que estivessem distraídos o bastante para não notarem sua ausência.

Zoë respirou fundo e afastou-se de seu grupo, fazendo o mínimo de ruído possível. Iria encontrar um novo posto para eles se posicionarem, sentindo uma sensação terrível corroer suas entranhas e pensamentos. "Não ignore suas ordens," ouviu a voz de seu pai invadir sua mente, "Elas lhe manterão de pé em batalha. Foram feitas para serem obedecidas e não questionadas". A adolescente ignorou o conselho que o subconsciente tentava forçar a ela, confiando em sua própria esperteza para tirá-la da situação em que se encontrava antes. Seus companheiros de equipe iriam agradecê-la quando vissem o quanto acrescentaria positivamente sua estratégia para a batalha uma nova sede para a bandeira, muito superior à anterior.

Isto é... se Ophelia soubesse se guiar pelo acampamento. Coisa que não fazia ideia de como fazer. Lembrou-se, tarde demais, de que não estava em Atenas. Não tinha como se guiar sem nem fazer um pequeno esforço.

E agora? A pergunta ecoava em sua mente, deixando Zoë zonza. Era claro o motivo porque nunca deveria subestimar ordens, era impulsiva até demais. Passou a respirar ofegante enquanto embaralhava as ideias, tentando repassar o caminho que percorrera até chegar ali e reencontrar os outros. O chicote parecia, para si, apenas uma linha de costura em suas mãos, tamanha era sua incapacidade de manter o foco.  Di immortales. Resmungou, estreitando os olhos para mais de uma direção e procurando o melhor caminho por onde poderia voltar.  — Fique parravda. Fique parravda. Assim eles te encontravrrão com mais facilidavde. — Se percebessem seu desaparecimento súbito, ela pensou repentinamente. Engoliu em seco e afastou a ideia, recostando-se numa árvore, fechando os olhos e respirando fundo, nesta sequência. Manteve-se atenta aos sons ao seu redor: não representavam ameaça ou tranquilidade alguma. Ouvia apenas o barulho do vento soprando a copa das árvores. Agora o clima parecia estar mais ameno – só podia estar de brincadeira.

Era como se até mesmo Éolo debochasse de sua ingenuidade.

Continuava frustrada. Os olhos azuis novamente fizeram-se marcantes em sua face e ela chutou uma pedra mediana com força, vendo-a voar através do bosque. Um berro cortou o ar e diminuiu enquanto aparentava estar cada vez mais longe, mesmo com seu início parecendo tão perto – Zoë não hesitou em instintivamente puxar a adaga do cinto e segurá-la com a mão esquerda, caminhando com passos cautelosos e calculados para emitirem o mínimo de ruído possível. Não podia aquela reação ser culpa sua, certo? Era minimamente possível ter força o bastante nos pés para chutar a rocha ao ponto de atingir alguém, a não ser que se tratasse de uma criança e, até onde sabia, não existiam sinais de crianças na divisão dos times. Sua intuição e sentidos acabaram levando-a até um local nitidamente vazio, embora a prole de Afrodite tivesse, em pura e plena convicção, certeza de que havia chegado até a origem do espalhafato. Manteve-se de pé, dando um giro e observando todas as suas direções com cautela até que constatasse uma barra limpa.

Uma expressão de confusão tomou conta de seu rosto e mal podia acreditar que também estava falhando todas as suas aulas de rastreamento. Todas pareciam ter escorrido pelo ralo do chalé mais próximo, por sinal, visto que nenhuma parte de seu treinamento parecia eficaz ali. Zoë deixou um bufo exasperado escapar de seus lábios, assim como o corpo afundar na grama, alguns metros distante de uma pilha de folhas caídas, provavelmente esquecida por alguma ninfa... ou, talvez...?

A ex-tenente levantou-se cautelosamente, procurando não emitir ruídos que denunciassem ainda mais sua posição. Manteve os olhos atentos e fugazes como os de uma águia (com as sinceras desculpas à sua genitora. Não pretendia de forma alguma insultar as pombas), enquanto dava passos leves na direção de uma árvore mais afastada do monte de folhas. Uma voz vinda do buraco disfarçado denunciou que os palpites de Ophelia estavam corretos e, por não ter pleno conhecimento de estar lidando com um amigo ou inimigo, ela teve o corpo oculto pelo tronco da planta, enquanto sua mente trabalhava em possíveis planos de como poderia descobrir aquela informação sem prejudicar a ela própria ou a seu time.

Alguns bons minutos deveriam ter se passado enquanto Zoë bolava e descartava planos em sua mente, um seguido do outro. Estratégias nunca tinham sido bem o seu forte – preferia sempre a ação e agora, mais do que nunca, praguejava sua incapacidade em elaborar algo decente. O som de alguns galhos se quebrando com passos descuidados chamou sua atenção e ela prendeu a respiração, aguardando até que eles se afastassem; aparentemente, a vítima da armadilha conseguira se livrar de seu sofrimento duradouro e agora procurava a direção de onde viera inicialmente. Zoë reconhecia a silhueta! A garota desvencilhou os fios dourados presos em alguns filamentos e seguiu o rapaz, aproximando-se discretamente até que ele percebesse sua presença. Ela não deixou de se surpreender um pouco.

— Hum. Hey. — Ela limpou a garganta antes de cumprimentá-lo cordialmente, abaixando um pouco a cabeça em sinal de respeito, por se tratar de um veterano.
— E aí? — A resposta saíra rapidamente, então era certo de que ele também a identificara como uma máquina de vencer.
— Sinto muito por não ter ajudavdo antes. Achei que pudesse ser alguém do time azul. — Explicou a mais alta com tom de arrependimento, baixo e suave o suficiente para não atrair atenção, alto e claro o suficiente para ser entendida.
— Ah, era você? Eu sabia que tinha ouvido alguém! Tudo tranquilo.
— Me desviei um pouco do nosso grrupo, então, se puder apenas me apontar parra que lado fica a base da bandeirra exatamente, eu agradecerria bastante. Mas clarro que você poderia apenas me punir pelo meu erro e não fazer nadav. — Ela apressou-se em explicar também o motivo de estar tão afastada dos companheiros. — Eu não o seguirei, caso essa seja a decisão. — Falou de maneira incisiva, baixando as armas e, caso a resposta fosse afirmativa, se prepararia para acompanha-lo até o destino de ambos. Caso contrário, ainda não havia pensado com clareza, portanto apenas pedia mentalmente daquela vez à sua mãe para que lhe ajudasse um pouco com sua lábia, nada desenvolvida para persuadir alguém. Algo que nunca fora necessário até o presente momento.

— Ah, fica para aquele lado ali... — Virou-se para indicar a direção correta, justamente a contrária que Zoë teria escolhido seguir. — Ei, ei, relaxa. Eu acabei de cair em uma pegadinha de algum dos meus meios-irmãos, definitivamente não estou na função de julgar os erros alheios. Vamos lá, antes que aquele semideus mal encarado resolva fazer alguma coisa com a gente. — Ouviu a decisão final ainda com os olhos fechados e assentiu, concordando com suas palavras e assegurando a lâmina novamente na bainha, caminhando ao lado do outro semideus, porém sem baixar completamente a guarda para possíveis ameaças.
Armas:
Poderes:
chb # no. 6 # with rhydian schwab  


Zoë Ophelia Greengrass
Zoë Ophelia Greengrass
Filhos de AfroditePanteão Grego

Mensagens :
28

Localização :
Manhattan

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lilith Doutzen Dom 07 Jul 2019, 21:34



And in their triumph die
like fire and powder, which as they kiss consume

"seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos ."
― sun tzu
    não era como
    se o destino colaborasse
    com a garotinha de batom vermelho.

Era questão de tempo para que o berrante tocasse, ainda que a posição de Lilith e Heron garantisse à dupla tempo o suficiente para conversarem banalidades – como se um dos dois realmente se importassem com aqueles dados, o que não era exatamente mentira para nenhum dos dois.

No entanto, para quem crescera num apartamento velho e embolorado na ilha de Manhattan, junto a um irmão pirado e sua namorada sádica, lidar com Heron era fácil. Tinha uma vida agitada em Wall Street e dinheiro definitivamente não era um problema, e por mais responsável que fosse, ainda tinha algo que seu irmão havia perdido ainda muito novo. Não saberia dizer se era a inocência, a leveza nas palavras ou até mesmo a sanidade, mas uma daquelas coisas definitivamente a deixava menos apreensiva. A conversa fluía bem, afinal. Ele não perguntava muito sobre seu passado e sabia como buscar assuntos leves – ainda que algum tempo depois, Doutzen viria a descobrir que o garoto era filho de Athena e lábia era uma habilidade natural. Mas não demorou muito até que sua curiosidade se sobressaísse ao socialmente aceitável.

Você cresceu aqui?


    em meio a treinos,
    bronze celestial e meia dúzia de irmãos
    havia uma filha do gelo que não gostava de tons azuis.

A pergunta a pegaria de surpresa. Sim, ela tinha crescido ali, até uma invasão da qual não se lembrava direito onde Grimmjow a pouparia e se ofereceria para salvá-la daquele lugar. Ainda que não acreditasse que precisava ser salva, aceitou a proposta. Porque tinha fé que era sua melhor opção, mesmo que com um rapaz alto apontando-lhe uma espada parecesse a única. Por muito tempo, fora apenas uma garotinha assustada a qual tinha medo de sair de casa e esperava ansiosamente pela visita de Katherine, que a teleportaria até um café, uma sorveteria ou uma pizzaria. Kate estivera lá para lhe explicar sobre muitas coisas, até mesmo para defendê-la em meio aos surtos de Grimmjow. Nos últimos meses, tudo em seu irmão mais velho a assustava. Os gritos, as discussões, os movimentos bruscos. Tudo aquilo lhe fazia querer fugir, ligar para Katherine ou pra um dos aliados e implorar por ajuda, mas nunca o fizera.

Conforme as dores pioravam, Grimm ficava mais e mais violento. Lili não ousava dormir de porta aberta, sentar ao seu lado ou esperar por qualquer que fosse o afeto, porque ele não viria – ou, ainda que o fizesse, estaria no limite da agressão. Daquela forma, com um puxão de cabelo ou um tapa, a prole de Despina não lembrava bem, que Katherine dissera que não ficaria para vê-lo definhar sem ajuda. Naquele dia, Lilith entenderia o que era estar entre a cruz e a espada, porque sabia que acompanhar a garota de Phobos a manteria sã e salva. Mas, até que Yui partisse, ficou ao seu lado, ainda que não fosse o ideal. Aquele seria o único ato de altruísmo que cometeria em muitos anos.

Sim. Depois fui morar com meu irmão até ele…morreu. Vamos lá, você consegue Lily. Um dia você terá de dizer. Ele é um estranho. Vocês vão casualmente transar e, mesmo que se vejam uma ou duas vezes em Nova Iorque, ele vai te abandonar. Como Kate e mamãe e eu. O sorriso se deformou por um curto segundo, ainda que soubesse que não passaria despercebido. Deu de ombros com uma piscadela sutil e tomou uma das facas nas mãos preparando-se para a desventura que esperava começar logo, de preferência antes que a parte da alma de Grimm presa a ela de fato a atormentasse pelo resto do dia.

O momento que se seguiu foi um silêncio constrangedor salvo pelo soar de um instrumento que não saberia dizer o nome. Com um sorrisinho travesso de quem estava aprontando, Lilith ficou na ponta dos pés e com uma ajudinha que sabia que Heron proporcionaria, roçou seus lábios contra o dele de forma provocativa, esperando por sua reação. Quando ele a beijou, deixou que fosse intenso, puxando seus fios loiros e gemendo sutilmente contra seus lábios quando ele a apertou contra si.

Boa sorte. — Zombou, esperando que os outros se juntassem conforme ele falava. Embora quisesse prestar atenção, só voltou a reagir quando ele lhe perguntou se havia visto um rapaz, e sua reação foi negar, rapidamente, mesmo que não tivesse entendido o que ele falou. Logo, se puseram a caminhar em direção ao mar, passando pela margem do rio. Embora tivesse começado há alguns minutos, tudo parecia quieto demais, especialmente graças ao silêncio que se instalara entre os dois.

O que você tá fazendo aqui? — Ouviu, assustando-a levemente. — Esse não é lugar pra você.

Não era. Descobrira muitos anos depois, quando voltara pra visitar sua irmã mais nova e deparou-se com um Quíron apreensivo para lhe dar a notícia. Não era como se fosse um choque. Semideuses morriam o tempo todo, a maioria na mão de monstros ou renegados. Não era como se não esperasse por isso no fim do dia. O fato era que não havia despedidas. Um dia você colhia morangos, no outro era assassinado no meio de Nova Iorque ao tentar recuperar uma relíquia. Ao menos quando Grimm saia de casa, dizia adeus e mandava ela se cuidar.

    havia poucos adjetivos
    ao menos positivos
    para seu irmão.
    mas sensatez lhe caia bem.

Férias, — respondeu simplesmente, mas, vendo que não seria o suficiente dessa vez, levantou os olhos para encará-lo. — e você? — Sua questão demorou a ser respondida. Quando foi, os traços inocentes do garoto que conheceu mais cedo haviam desaparecido, e davam lugar à uma faceta que Doutzen imaginava que ele usava nos negócios. Quando questionou o motivo para não querê-la ali, a expressão se endureceu mais ainda.

Nada de bom.

Antes que pudesse pensar sobre o que ele havia lhe dito, seus olhos – habitualmente apurados – foram turvando por algo desconhecido. Não queria parecer a garotinha mimada que sabia ser, então reprimiu sua voz, soando quase como um gemido estrangulado, enquanto deixava a lâmina da manopla de Yuikimira se estender pelas costas de sua mão. Sabia ser uma das armas favoritas do rapaz e era a primeira que havia treinado o uso, então sabia como a utilizar.

O escuro nunca lhe foi um problema, seus medos envolviam banalidades ainda menores, mas agora agonizava por não ver o que tocaria e sofria ainda mais por não poder golpear o ar, com medo de ferir o garoto de Athena. O chamou, mas sua voz parecia falha e distante.

Queria fugir do que lhe parecia um túnel e ficou aliviada por ouvir seu nome, mas o momento durou pouco, um par de mãos tocou seu rosto e seu pescoço, puxando contra o corpo disposto atrás dela, como se quisesse forçá-la a abaixar. Tentou atingi-lo com a manopla, mas outra coisa a segurou, impedindo que tivesse como golpeá-lo, pelo menos com aquela mão.

Embora não tivesse maestria na canhota, sabia bem como segurar a faca e repetir o movimento, ainda que de forma mais lenta, ainda lhe daria um resultado satisfatório. Por isso, na primeira chance que teve, ainda que tivesse que ignorar a dor em suas pernas, forçou-se a esfaquear em direção ao próprio braço, livrando-se de um ferimento por poucos centímetros, já que o que lhe segurava antes agora parecia um sopro de pó contra a pele alva. Com a manopla livre, acertou, agora sem perigo de se matar, os dedos do pescoço, desequilibrando-se com a ausência repentina do peso.

Ainda que sua visão estivesse voltando e ela sorrisse de forma convencida em direção ao garoto de Athena, o tempo que teve para descansar foi interrompido com a visão de um garoto correndo em sua direção. Tinha consciência de que não podia ferir gravemente mas, dado ao desespero, invocou uma estaca de gelo em direção ao rapaz de Nyx. Sabia que não seria efetivo, tudo nele exalava uma confiança avassaladora, mas não imaginava ser um fracasso total.

Fechou-se no que lhe parecia um casulo e a estaca o desviou minimamente. Quando voltou a se abrir, parecia sutilmente atordoado e, com as armas já empunhadas, partiu para cima em puro ódio, arremessando uma de suas facas contra o ombro do garoto, ao tempo que Heron desferiu um golpe perfeito contra sua perna. Ainda assim, o que para LIlith seria o suficiente para fazê-la desistir, para o rapaz pareceu um arranhão, já que partia para um contra-ataque. Seu parceiro não o deixou fazer. Golpeou-o uma última vez, garantindo a derrota do inimigo com um suspiro frustrado.

Vamos Heron, vamos ver se os outros precisam de nós. — Sua mão alcançou a dele, puxando-o sutilmente para longe do corpo quase inanimado do rapaz, ainda que momentos atrás visse a fúria que costumava ver no irmão. — Heron? — Demorou algum tempo para recuperar a atenção do garoto, que parecia tentado a voltar lá e terminar o serviço. Sua cabeça tombou levemente para o lado, preocupada. — Tudo bem?

    ainda que não exalasse maldade
    não seria a primeira vez
    que heron poderia deixar para lá
    e o faria sangrar mesmo assim.

O questionamento parecia infantil, mas ela teve que parar para analisá-lo, deslizando a unha do dedo indicador por sua pele marcada na região do pescoço.

Estou bem. Não se preocupe comigo. Como você está? — Seu sorriso torto a fez respirar aliviada, ainda que não tivesse certeza de que ele estivesse bem como afirmava.

Nenhum arranhãozinho. — Piscou. Suas mãos foram contra o peito do rapaz assim que foi puxada para perto. Lilith rolou os olhos quando ele riu de seu esforço. Enquanto as mãos do rapaz passearam em seu corpo para levantá-la, deixou-se ser beijada, ainda que aumentasse sutilmente o ritmo. Foi quando gemeu contra seus lábios e sentiu ele se afastar que a realização caiu sobre si.

Achei que a gente ia ajudar o restante do grupo.

É só um jogo, eles vão saber se virar. — Tentou, ainda que soubesse que o rapaz não cairia numa dessas. Era até bom que não caísse. Afinal, alguém precisava manter o caos sob controle. — Okay, você manda. Pelo menos aqui.

Resmungou travessa, caminhando ligeiramente mais a frente em busca de algum dos campistas que estavam no seu time. Ele se apressou para acompanhá-la e, ainda que o silêncio se fizesse entre eles, admirou-o uma ou outra vez pelo canto dos olhos, com medo de ser flagrada. Se pudesse apostar, apostaria que aquele não seria o último dia que teria ele por perto.

    se pudesse
    e tinha certeza que poderia
    o faria entender
    sua devoção pelo caos

coisas que me fazem morrer menos:

Lilith Doutzen
Lilith Doutzen
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
148

Localização :
Rockefeller Center

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Asher Wilde Dom 07 Jul 2019, 21:47

ready for it?
baby, let the games begin, let the games begin, let the games begin

Embora nada importante esteja acontecendo no presente momento, permaneço atento ao ambiente em minha volta. Guardo mentalmente a localização de todos os semideuses que estão próximos a mim, e observo o terreno para identificar possíveis esconderijos e rotas de fuga.

Já ouvi vários comentários sobre os monstros que vivem na floresta, e, mesmo sabendo que estou em uma área que é protegida pela barreira mágica que cerca o Acampamento Meio-Sangue — e que teoricamente as criaturas não podem ultrapassá-la —, não ouso baixar a guarda.

Talvez o ideal fosse formar dupla ou trio com os outros campistas, mas eu não conheço essas pessoas, não sei qual é a índole de cada um e tampouco o que são capazes de fazer. Assim, só me resta observar e aprender o máximo possível sobre os meus novos companheiros.

Enquanto fito os outros quatro semideuses que estão em meu campo de visão, ouço um estranho barulho de tom grave ecoar pela clareira. Não preciso ser um gênio para deduzir que é o som produzido pelo berrante, o sinal combinado por Quíron para indicar o início da caça à bandeira.

Como diria minha amiga pessoal Taylor Swift, “baby, let the games begin”.

Que os jogos comecem!


Para minha decepção, nada acontece.

Quase desejo estar em outro subgrupo, mas a falta de disposição para entrar em uma eventual luta contra outros campistas é maior que o tédio. E, sendo honesto, o que eu poderia fazer contra eles? Mesmo indo diariamente à arena de treinamento, minhas habilidades de combate ainda são ridículas.

Já cansado de ficar parado, e com o intuito de encontrar algo interessante, decido dar uma volta pelo bosque. Tenho o cuidado de não me afastar muito de onde meus companheiros estão porque talvez eu possa ajudar de alguma forma se algo acontecer.

Bem improvável que aquela semideusa líder que parece fodona e o outro cara mal encarado vão precisar da minha ajuda, mas vai saber, né?

Como não pretendo atacar alguém impulsivamente, coloco as duas adagas nas bainhas que estão presas na minha cintura. Se for necessário, posso empunhá-las rapidamente. Afinal, os treinos têm que servir para alguma coisa, não é mesmo?

Continuo caminhando pelo terreno levemente irregular da clareira, e em determinado ponto posso ouvir de forma mais nítida o barulho de água corrente. Pelo que me lembro do mapa do acampamento — o qual consultei várias vezes para memorizar e evitar ficar perdido —, tem um riacho nas proximidades, embora eu não consiga visualizá-lo do local em que estou. O assovio de alguns pássaros também é audível, assim como os galhos das árvores sendo balançados pelo vento.

Essa combinação de sons da natureza transmitem sensações de calmaria e nostalgia. Transportam-me para uma época não muito distante em que eu passava as tardes na floresta de Salem e me levam de volta ao período em que minha vida era muito menos complicada.

Apesar de não ter muito tempo desde que fui obrigado a fugir da minha cidade, sinto uma saudade absurda de tudo o que tive que abrir mão: amigos, família, casa, trabalho e meu cantinho especial, onde eu conseguia me conectar mais facilmente à magia elemental — a qual agora está suprimida pela maldita cicatriz em forma de raio que o Conselho colocou em meu ombro esquerdo.

Respiro fundo e balanço a cabeça. Não posso pensar nisso, não agora.

Mesmo estando ciente do ambiente em minha volta enquanto vagueio, meu próximo passo me leva à desgraça.

Piso em uma parte do terreno relvado e sinto o solo ceder sob o meu peso. Antes que eu possa entender o que está acontecendo, despenco em uma cavidade profunda e aterrisso no chão com um impacto doloroso.

Simultaneamente, solto um berro involuntário — como se cair em uma armadilha do meu próprio time já não fosse humilhação suficiente. Tenho certeza que deixei a Canário Negro orgulhosa de mim; em contrapartida, contudo, meus colegas do grupo vermelho devem querer me matar nesse momento. Pensando bem, permanecer no buraco é uma boa alternativa para evitar alguns conflitos e mais constrangimento.

Tento fazer movimentos leves com minhas pernas e pés para conferir se não quebrei algo, e, graças aos deuses, parece estar tudo inteiro, apesar da dor absurda que estou sentido.

Ouço um ruído vindo lá de cima, algo semelhante a um sopro expelido com força, mas não consigo identificar se foi emitido por algum campista ou animal. Não sendo um monstro, tá tudo certo. Fico quieto, tentando ouvir melhor, entretanto o barulho não se repete.

— Tem alguém aí? — A pergunta sai em um tom relativamente controlado, já que meus companheiros talvez tenham ouvido o grito, mas ainda não sabem qual foi a origem. Ou talvez eles estejam tão concentrados em suas próprias funções que nem cogitarão averiguar o que aconteceu comigo.

De qualquer forma, não recebo uma resposta.

— Eu tô bem — asseguro, mais para mim mesmo do que para alguém que talvez nem esteja lá em cima.

Convencido de que estou mesmo sozinho, olho para o alto, pretendendo mensurar a extensão do buraco, e chego à conclusão de que deve ter aproximadamente três metros e meio de profundidade. Quanto à largura, tem espaço suficiente para duas pessoas, portanto, enquanto estou no fundo do poço, só posso torcer para não receber uma visita inesperada da Samara.

Levando em conta que meço quase 1,80 metros, não deve ser tão difícil escalar até o cume da fissura. Só preciso esperar que a dor em minhas pernas diminua um pouco.

Eu poderia tentar chamar algum dos meus coleguinhas para me ajudar a sair daqui, mas, se eles ainda não sabem que o berro foi meu, eles definitivamente saberão quando eu gritar por socorro. Ou, azarado como sou, posso atrair a atenção do time inimigo. É melhor tentar manter o resto de dignidade que ainda tenho.

Abaixo-me devagar e com cuidado a fim de encontrar algo que possa me auxiliar na subida. E é em meio à grama falsa — a qual foi usada para camuflagem, e que também serviu como amortecedor, evitando que eu sofresse graves lesões — que eu encontro um bilhete:


Aproveite a estadia, otário!
Cortesia do Chalé XI.


Recordo que hoje cedo, no Chalé de Hermes, alguns campistas estavam tramando pregar peças durante o jogo. Se eu tivesse como adivinhar que seria vítima em uma dessas pegadinhas... bem, nem sei o que eu poderia fazer, mas não seria algo bom.

Vocês não perdem por esperar, filhos da puta!

Com o propósito de atenuar o desconforto que estou sentido, sento-me no chão com as pernas levemente curvadas e faço massagem nas partes que estão mais doloridas. Nesse ínterim, elaboro um plano para escalar a parede do buraco.


Após constatar que a dor causada pelo impacto da queda não será mais um empecilho, fico em pé novamente para colocar minha ideia em prática.

A parede do buraco é lisa, sem pedregulhos ou quaisquer outros pontos que sirvam como agarras, semelhante ao obstáculo mais básico do complexo de escalada do Acampamento Meio-Sangue. No entanto, como estou desprovido dos equipamentos que facilitam a subida, terei que improvisar.

Uso a adaga comum para fazer pequenos buracos na parede de terra — começo mais ou menos na altura dos meus joelhos e vou até o ponto em que meu braço esticado alcança —, objetivando ter onde colocar os pés e, consequentemente, dispor de apoio durante a subida. Tenho o cuidado de deixar um espaço de aproximadamente sessenta centímetros de largura entre uma cavidade e outra, intercalando-as em ziguezague.

Satisfeito com o meu trabalho, pego a adaga curva com a mão livre e me preparo para iniciar a escalada.

Coloco o pé direito no primeiro buraco, em seguida cravo a adaga da mão direita em um ponto acima, entre uma fenda e outra; depois repito o processo com o lado esquerdo. Posteriormente, executo todos os movimentos novamente, repetindo a ordem já estabelecida. Tendo manter a calma para não desequilibrar e cair, porém não posso ficar muito tempo no mesmo local porque os buracos podem ceder.

Em determinado momento, após ter passado da metade da subida, cravo as adagas em uma parte da parede em que a terra está muito solta e perco o equilíbrio. Não consigo ser rápido o suficiente para fincar as armas em outro local e evitar a queda, mas dessa vez atinjo o chão com um pouco mais de graciosidade, sentindo apenas uma leve pontada nas pernas anteriormente machucadas.

Puta que pariu, os deuses devem me odiar, né? Ou sou apenas inútil mesmo? Os humilhados continuam sendo humilhados, penso, frustrado, e tenho vontade de soltar um berro — intencional, dessa vez —, mas consigo me controlar o suficiente para extravasar minha raiva desferindo um chute na parede. Super racional, eu sei.

Inspiro e expiro profundamente, tentando acalmar meus nervos, e, quando julgo que estou mais tranquilo, começo a repetir as ações de escalada. Dessa vez, testo rapidamente o local em que fincarei as adagas, optando pelos pontos em que a terra é mais resistente.


Quando finalmente consigo alcançar a abertura do buraco, jogo as adagas para fora da fissura e uso minhas mãos para suspender meu corpo.

Recupero minhas armas assim que saio da cavidade e, mais uma vez, coloco-as nas bainhas. Minha roupa está imunda, e há vários arranhões espalhados pelos meus braços. Devo estar com a aparência de alguém que estava no fundo do poço — ah, espera, era exatamente onde eu estava.

Não devo ter ficado muito tempo lá embaixo, contudo, como quero evitar problemas com meu time, decido voltar ao local que me foi designado inicialmente. Durante o trajeto, tenho o cuidado de olhar com atenção redobrada para o chão.

Uma semideusa se aproxima de mim em determinado momento do percurso. Coloco as mãos sobre as adagas, pronto para sacá-las, mas relaxo assim que reconheço a garota. Bem, na verdade eu não a conheço, mas a identifico como uma das campistas que está no mesmo subgrupo que eu.

Putz, será que ela ouviu meu berro? Que micão!

— Hum. Hey — diz, após pigarrear. Ela inclina um pouco a cabeça, e eu respondo com o mesmo gesto, embora normalmente não cumprimente as pessoas desse jeito.

— E aí? — retruco sem saber exatamente como conduzir essa conversa.

Olho mais atentamente para a semideusa e noto o quanto ela é bonita. Olhos azuis claros, cabelos dourados, traços finos e delicados. Mesmo não sendo alosexual, sinto os efeitos da aparência dela sobre mim. A atração estética é mais forte do que o normal. Por mais que eu esteja no acampamento há algumas semanas, ainda não consigo identificar a ascendência dos semideuses apenas com um olhar, porém não tenho dúvida de que essa garota é filha de Afrodite.

— Sinto muito por não ter ajudado antes. Achei que pudesse ser alguém do time azul. — Percebo que ela tem um sotaque diferente, contudo não sei de onde é.

— Ah, era você? Eu sabia que tinha ouvido alguém! Tudo tranquilo — asseguro, julgando-a sensata por não se revelar tão facilmente. Se fosse mesmo alguém do time azul, ela poderia ter se metido em encrenca se tivesse respondido.

— Me desviei um pouco do nosso grupo, então, se puder apenas me apontar para que lado fica a base da bandeira exatamente, eu agradeceria bastante. Mas claro que você poderia apenas me punir pelo meu erro e não fazer nada.

— Ah, fica para aquele lado ali... — falo enquanto aponto para a direção em que pretendo seguir.

— Eu não o seguirei, caso essa seja a decisão — diz ela, não parecendo muito animada com a possibilidade.

— Ei, ei, relaxa. Eu acabei de cair em uma pegadinha de algum dos meus meios-irmãos, definitivamente não estou na posição de julgar os erros alheios. Vamos lá, antes que aquele semideus mal encarado resolva fazer alguma coisa com a gente.

Sem esperar por uma resposta, retomo minha caminhada para o local próximo à base da bandeira.







    ADENDOS
  • Primeiramente, obrigado por ler até aqui.
  • Ainda não terminei de definir a trama pessoal do Rhydian, então precisei ser um pouco vago quanto ao passado dele. Não quero deixar furos na linha temporal do personagem e tal, então achei melhor fazer uma intro mais genérica mesmo.
  • Creio que tenha ficado claro, mas vou ressaltar: a dificuldade não-combativa envolveu a queda e a saída do buraco.
  • A garota no final é a player Zoë Ophelia Greengrass, combinamos essa interação.
  • As cores dos diálogos são conforme a legenda dos grupos no fórum. Os diálogos sem cores é por motivos de a) npc coadjuvante sem importância ou b) semideus não reclamado ou c) o progenitor não foi mencionado.
  • É isso. Até logo e obrigado pelos peixes!



Arsenal:
Habilidades:




song: ready for it?, taylor swift || turno: 002 || companion: team red

are you ready for it?
Asher Wilde
Asher Wilde
Filhos de HermesPanteão Grego

Mensagens :
145

Localização :
NYC.

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ayla Lennox Dom 07 Jul 2019, 22:44


Atalaia
Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos.

[sun tzu]

Ayla mantinha os passos firmes mesmo que não tivesse certeza absoluta quanto ao seu destino final. O lugar ideal para esconder a bandeira estava em sua mente, um mero reflexo do seu histórico de batalhas, ausências e eventos onde ambos atos se misturavam.

Não que estivesse perdida. O Acampamento não era e jamais seria um labirinto. Parecia ter sido projetado de maneira instintiva para que os demais, ao desbravá-lo contando apenas com achismos, não se desencontrassem em níveis catastróficos. Era fácil se orientar pelo simples fato de que tudo – do gramado uniforme mesmo com o tapete de folhas secas até a copa das árvores em um desalinho controlado – estava em seu devido lugar.

Até que um elemento não estava.

Parou, a bandeira e sua haste metálica paralelos ao corpo imóvel. O filho de Ares que a seguia parou também. Em frente aos dois, um semideus de costas apoiava-se debilmente em um tronco seco, a respiração errática e corpo encurvado.

Ayla hesitou. Trocou um breve olhar com a prole da guerra, como se indagassem um ao outro quem era aquele e, caso fosse do time adversário, como havia chegado ali tão rápido. Só havia uma maneira de descobrir. Do bolso interno da jaqueta tirou uma faca curta e deu um passo à frente.

— O que quer aqui? — Questionou em tom alto suficiente para que fosse ouvida apenas pelo rapaz. Sem fúria ou intimidação, apenas a exigência de uma explicação lógica.

Assim que recebeu atenção do garoto, percebeu nele um olhar perdido, como se em cada segundo que passasse, o foco fosse mais distante e impossível de se manter estático. Tinha a camiseta do acampamento e trajes comuns para patrulha das fronteiras. Deu um passo à frente, dois, e então caiu.

Chris deu de ombros. Aparentemente era um novato de seu chalé que havia sido designado para a guarda no dia anterior e talvez estivesse procurando alguém que pudesse render seu turno. Sua última refeição foi feita doze horas atrás.

— Vamos embora, ele deve levantar em alguns instantes.

— Mason, além da hipoglicemia ele pode estar desidratado. — Explicou Lennox, o que não pareceu despertar muita preocupação no rapaz. — E o quadro pode piorar bem rápido. — Prosseguiu. Ainda nada. — Ele está em nosso território e nós certamente seremos culpados por qualquer merda que aconteça a ele.

— Não sou um maldito curandeiro, garota. — Bufou o filho de Ares.

— Não estou pedindo que leve ele até uma enfermaria, isso poderia entregar nossa localização. Seria burrice. — Disse ela enquanto guardava a faca e ajoelhava-se ao lado do campista. — Vamos dar água e alguns segundos pra ele levantar.

Ainda que não muito satisfeito, Christopher afastou-se enquanto analisava os arredores. Resmungou algo sobre as raízes serem superficiais, proximidades com os riachos e começou a chutar a terra e ganhar distância. A cria de Selene arrastou o rapaz pelos tornozelos até a sombra de um dos pinheiros mais próximos, fazendo um pequeno amontoado de pedras para que os membros inferiores do semideus permanecessem elevados e guiassem o sangue necessário para que o cérebro devolvesse ao garoto os sentidos.

Mason havia retornado com um pedaço de trapo encharcado. Com dois tapas no rosto desfalecido, abreviou o despertar do meio-irmão e a lupina conteve o riso. Torceu o pano na boca do garoto, que começou a balbuciar palavras que oscilavam entre pedidos de desculpa e agradecimentos.

— Sua forma de agradecer vai ser ficando quieto. — Disse Chris, impaciente. — E desaparecendo nessa mata.

Então a semideusa franziu o cenho. Não era uma mata qualquer. Ficou de pé e procurou pelo tronco de carvalho mais jovem e saudável nas redondezas, recebendo um olhar confuso dos outros garotos. Dríades passeavam por ali, mas não poderia sair batendo em cada uma das árvores como uma espécie de Testemunha de Jeová cuja real fé cega que carregava era a de que seria atendida rapidamente e de bom grado pelos residentes do lugar onde estava. Precisava pensar e agir de maneira rápida e eficiente.

E não havia nada tão rápido e eficiente quanto a violência.

Sacou a lâmina novamente e preparou-se para fincá-la naquele pedaço nobre de madeira quando sentiu uma mão agarrar seu pulso. Falanges esverdeadas pertencentes a uma garota de olhos castanhos e uma coroa de flores enroscada a seus cabelos.

— O que pensa que está fazendo?! — A dríade estava visivelmente irritada. E com razão.

— Chamando sua atenção. — Ayla deu de ombros. — Precisamos de um favor.

— Malditas competições de semideuses! Eu me recuso a ajudar vocês. Não vou enroscar os pés do inimigo, não vou dizer por onde estão vindo e muito menos tomar lados. — Disse o ser da natureza.

— Precisamos que leve o garoto até a enfermaria. — Mason aproximou-se, o timbre grave e compassado, como se montasse uma ameaça invisível entre uma palavra e outra. — E esperamos que faça isso, ou...

E finalizou a frase em um sussurro ao pé do ouvido da dríade, que ajustou sua postura e apressou-se em ajudar o campista a ficar de pé, devolvendo à dupla ali presente a bandeira enquanto passava por ali. Retomaram o caminho que estavam seguindo em um ritmo mais intenso.

— O que disse a ela? — Lennox estava genuinamente interessada.

Christopher riu de canto. Era um ótimo negociador ou um perfeito mentiroso. Pouco importava naquele instante, pois tinham uma missão a cumprir.
MÁQUINAS DE VENCER:

Ayla Lennox
Ayla Lennox
Filhos de SelenePanteão Grego

Mensagens :
1155

Localização :
[nômade]

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Jimmy Maddox Dom 07 Jul 2019, 23:15


radioactive
in the dark
Como todo herdeiro do deus da guerra, Mason não estava completamente contente com a situação em que se encontrava ao defender a retaguarda. A estratégia ia contra todos os seus impulsos de batalha, ele tinha prazer em sentir a adrenalina em frente ao campo de combate, exercendo seus ataques fatais. Por isso, enquanto seguia a morena responsável por conduzir o grupo, torcia silenciosamente para que seu pai o escutasse não para pedir a vitória, mas para prometê-la ao deus.

Assim sendo, lembrou-se das próprias palavras proferidas durante a reunião com os vermelhos: a força bruta é só metade do jogo. Ele puxou o ar da clareira com intensidade para dentro do peito e adiantou os passos, atravessando o caminho até a líder, já que queria estar a par de qualquer plano que estivesse passando pela cabeça da jovem.

— Eu não pretendo perder... sem chances, tudo aponta pra nossa vitória. Confio em poucos, por isso sugeri essa divisão, todos vocês que me parecem experientes estão em cada área do jogo.

Disse aquilo lembrando-se de uma curta interação com Heron, o filho de Atena, extremamente inteligente e até mesmo mais orgulhoso do que o próprio tatuado, ao menos aparentava. Não eram amigos, mas tinham o mesmo objetivo. Sem que ninguém percebesse, trocaram palavras rápidas antes de estabelecerem o plano do grupo. Deveraux ficaria responsável por constatar se havia, de fato, traidores entre os betas e gamas na defesa central. Juntos chegaram à conclusão de que se fosse preciso, lutariam entre si dentro do grupo, mas ninguém os atrapalharia. Christopher abriu um sorriso e o escondeu por baixo do elmo ao vesti-lo na cabeça.

— Se posso confiar em você, seremos uma bela dupla. — Afirmou, mantendo os olhos azuis rentes aos dela por baixo da máscara sorridente.

O ritmo de caminhada foi quebrado quando a filha de Selene cessou seus passos, olhando fixamente para um semideus quase que desfalecido próximo ao tronco de uma árvore. Mason apertou o punho ao redor do cabo de seu machado, recebendo um olhar interrogativo de sua companheira, que em seguida se aproximou da figura.

Christopher não se importava se aquilo não lhe ajudasse a vencer, o que muito obviamente seria o caso. Sugeriu para que ambos continuassem a adentrar pelo campo, mas foi interrompido com diversos termos sobre o que o rapaz poderia estar passando — desidratação, hipoglicemia, papo de saúde e outras bobagens. Lhe foi designada a heroica tarefa de buscar água para a princesa adormecida. Perder tempo com aquilo o havia irritado, pois provavelmente todos de seu time estavam empenhados em vencer e ali estava ele, como um mordomo para o primeiro que caiu em seu caminho.

Não precisou dar mais de trinta passos para encontrar uma fina parte do riacho que cortava aquela área. Arrancou uma tira de tecido de sua roupa e mergulhou-a na água corrente, afastando um cardume de pequenos peixes que circulavam despreocupados. Sempre atento ao redor, o filho de Ares não baixou a guarda nem por um instante.

Ao retornar, viu a semideusa pingar o líquido contido no trapo para a boca do campista, que retomava seus sentidos aos poucos. Christopher não tardou em tentar despachá-lo rapidamente, mas foi impedido de livrar-se do garoto novamente pela filha da lua, que agora saía cutucando os troncos dos arredores curiosamente. Após alguns instantes, uma dríade apareceu e começou a brigar com a semideusa. Mason aproximou-se e colocou-se de frente para a criatura da natureza. Seu olhar de ira transformou-se em uma expressão de cautela perante a atitude intimidadora do rapaz.

— Precisamos que leve o garoto até a enfermaria, esperamos que faça isso... — aproximou-se ainda mais, para que somente ele e a criatura da natureza pudessem ouvir —  Se você não sumir com este desgraçado daqui em cinco minutos eu meto fogo nesta floresta com você e ele dentro... — ameaçou, mantendo a voz firme e o olhar focado. Tirou de seu bolso um isqueiro vagabundo e o acendeu frente ao rosto da dríade.

O pedido foi uma ordem.

— O que disse a ela? — questionou a companheira enquanto seguiam caminho com a bandeira.

— Pedi com educação. — respondeu o garoto, rindo com o canto dos lábios. Uma ameaça boba não fazia mal a ninguém, ainda mais se a vítima não tinha noção de que era uma mentira.

Passivos:
Armas:
Jimmy Maddox
Jimmy Maddox
Mentalistas de PsiquêPanteão Grego

Mensagens :
1787

Localização :
Long Island

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por 153 - ExStaff Seg 08 Jul 2019, 19:58




CAÇA A BANDEIRA — GRUPO AZUL


Com os oponentes derrotados nas primeiras bases, os que conseguiram passar despercebidos ou que obtiveram sucesso no embate, agora corriam para defender – ou atacar.

DIRETRIZES GERAIS


— Segundo round!

— Os que estão em ataque: Vocês podem agora optar por uma dificuldade combativa ou não. Os oponentes disponíveis estarão dispostos logo abaixo.

— Os que estão em Meio-campo: Vocês deverão narrar uma dificuldade não combativa de sua escolha. Em grupo, dupla, trio ou sozinho, como preferirem. Lembrem-se: a dificuldade deve ser condizente com o nível de vocês.

— Aos que estão em defesa: O primeiro ataque parte de seus oponentes.

— Sejam convincentes em seus turnos, porém cuidem com as certezas de suas ações.

Oponentes


Eles devem ter seu nível e possuírem:
— A faca de reclamação,
— Os que tiverem grupo extra, com suas armas de grupo,
— Os restantes terão uma espada e um escudo comum.
— Os oponentes disponíveis agora estão por conta de vocês. Se preferir, você pode lutar com seu parceiro/trio ou grupo, mas o nível do oponente deve ser a soma de vocês + 5 níveis.

Informações adicionais


— Evento: Caça a bandeira

— Condições climáticas: Primavera, 23º.

— Local: Acampamento Meio-Sangue.

— Data e hora: 4 de julho, 11:00

Regras gerais


— Não utilize cores cegantes e/ou templates com menos de 500px de largura.

USO DE ITENS COMPRADOS OU RECUPERAÇÕES EFETUADAS APÓS 01 DE JULHO, 22:22 SERÃO INVALIDADOS.

— Poderes (com nível, separados por ativo e passivo) e armas em spoiler no final do texto.

— Prazo de postagem até 23h59, segundo o horário de Brasília, do dia 11/07/2019

— Mapa utilizado aqui

— Qualquer dúvida, consulte seu narrador.

— Aos players que não postaram no primeiro turno: Sua justificativa deve ser enviada por MP em até 24 horas ao seu narrador para que não sofra as punições cabíveis.

— Boa sorte.

STATUS



Bianca H. Somerhalder —Nível 44
HP: 530/530
MP: 482/530 [-48]

Christopher Mason — Nível 34
HP: 430/430
MP: 430/430

Vitor S. Magnus — Nível  34
HP: 430/430
MP: 430/430

Ayla Lennox— Nível 33
HP: 410/420
MP: 410/420

Peter Lost — Nível 33
HP: 410/420
MP: 358/420 [-52]

Lavinia S. Larousse — Nível 30
HP: 390/390
MP: 363/390 [-27]

Lilith Doutzen — Nível 30
HP: 390/390
MP: 330/390 [-60]

Aurora R. Bailey — Nível 30
HP: 390/390
MP: 372/390 [-18]

Heron Devereaux — Nível 18
HP: 270/270
MP: 249/270 [-21]

Murtagh S. Leclerc — Nível 6
HP: 125/150
MP: 116/150 [-3]

Lyanna MacMahon — Nível 4
HP: 110/130
MP: 90/130

Zoë Ophelia Greengrass — Nível 2
HP: 110/110
MP: 110/110

Rhydian Schwab — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


JUSTIFICADA A NÃO POSTAGEM

Dan Baizen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


É DE VOSSA RESPONSABILIDADE POSTAR O PRÓXIMO TURNO CUMPRINDO TODAS AS DIRETRIZES DO TURNO PERDIDO.

PASSÍVEIS DE PUNIÇÃO POR ABANDONO


Leonard Crawford — Nível 3
HP: 120/120
MP: 120/120

Anthony Marxen — Nível 1
HP: 100/100
MP: 100/100


PUNIDO POR ABANDONO


August Budreau — Nível 2
HP: 55/110
MP: 55/110



153 - ExStaff
153 - ExStaff
Ex StaffPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
188

Localização :
Highway To Twilight

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ash H. Kierkegaard Qua 10 Jul 2019, 22:16

I FEEL SO ALIVE

Transformando novamente a katana em um isqueiro ornamental, guardou-o no bolso enquanto Peter se aproximava pela sua direita. O amigo também havia vencido seu oponente e, mesmo que estivesse um pouco sujo, nenhum ferimento podia ser visto em seu corpo. Sorrindo, a lupina deu de ombros e mostrou os olhos púrpuras para o semideus.

— Fazer o que se somos incríveis, né... — deu de ombros. Logo em seguida, analisou o ambiente em que estavam e subitamente percebeu que precisavam continuar. Tinham que pegar a maldita bandeira, afinal, já que não sabiam como estavam se sucedendo seus aliados. Aproximando-se do filho de Zeus, inclinou a cabeça na direção do campo inimigo. — Você parece bem. Pronto para continuar?

Peter precisou pensar por alguns bons segundos antes de responder Bianca, de modo que esta imaginou que ele tentava planejar algo um pouco mais complexo do que simplesmente andar sem rumo. Ao ouvir suas palavras, ponderou as opções que tinham e aquela realmente pareceu a melhor. Poderiam cobrir mais território caso se dividissem, aquilo era fato. Por causa disso, acenou brevemente e piscou para o amigo, afastando-se pela esquerda logo depois.

— Te vejo daqui a pouco, então.

Ao ficar sozinha, teve finalmente um momento para pensar. Não parecia ser tão difícil assim pegar a bandeira adversária, pelo menos não enquanto ainda não chegara o momento de o fazê-lo. Por causa disso, permitiu-se pensar no depois: ficaria no Acampamento Meio-Sangue? Se sim, por quanto tempo? Não tinha respostas para tais perguntas, embora as quisesse desesperadamente. Para ficar mais tranquila, pensou que teria tempo para decidir após o jogo; queria a opinião de Ayla sobre a situação, no fim das contas.

Por estar tão distraída com seus pensamentos — e por não saber que o caminho apresentaria dificuldades —, acabou pisando em um local que não deveria: coberto por grama e poeira, invisível a olhos desatentos, estava uma corda com um nó perfeito, feito para prender quem quer que pisasse ali. Assim que seu pé direito se posicionou em cima do objeto, a amarra subitamente se apertou em volta da canela da lupina, puxando-a para cima com força.

Suspensa e de cabeça para baixo, e bastante irritada com a situação, Somerhalder parou alguns segundos para respirar. A movimentação inesperada havia lhe tirado o fôlego, fazendo-a pensar que sentia falta do mundo real, onde dificilmente ficaria pendurada por uma corda. Cerrando a mandíbula para se concentrar, tentou erguer o tronco, de modo que suas mãos chegassem aos pés. Entretanto, em sua primeira tentativa, não teve força o suficiente para realizar a ação, voltando novamente à estaca zero.

Suspirando profundamente antes de tentar de novo, lançou-se com a maior força que tinha. Daquela vez, contudo, conseguiu fazer com que as mãos chegassem até a corda, segurando-se ali com certo esforço. Agradeceu mentalmente a si mesma pela sua flexibilidade, mas ainda assim teve de admitir que sentia certa dor. No momento em que teve que soltar um dos braços para pegar o isqueiro ornamental no bolso, o esforço que fazia praticamente dobrou.

Com dificuldades, alcançou o objeto e o transformou numa katana. De todo modo, antes de cortar a corda, ainda tinha um problema: como cair sem que sua cabeça batesse no chão? Pensando por alguns segundos, teve uma súbita ideia e percebeu que teria que se esforçar. Manteve a mão direita segurando logo acima do seu calcanhar, enquanto a esquerda usava a espada para cortar alguns centímetros mais abaixo. Quando o fez, rapidamente soltou a arma, deixando-a cair no chão, e pressionou ambas as palmas na parte do cabo que não havia sido cortado.

Desse modo, o corpo pendeu para baixo com agressividade, mas as mãos fizeram o serviço de mantê-la no ar. Respirando descompassadamente, porém não mais de cabeça para baixo, soltou a corda e caiu no chão agachada. As palmas ardiam um pouco devido ao esforço, e o coração ainda batia acelerado; no entanto, recompôs-se com rapidez, recuperou a katana do chão e a limpou. Atente-se ao caminho agora, Somerhalder.

pormenores:
Ash H. Kierkegaard
Ash H. Kierkegaard
Filhos de SelenePanteão Grego

Mensagens :
822

Localização :
Manhattan

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Peter Lost Qui 11 Jul 2019, 12:00

ϟ
Caça a Bandeira
Peter Lost  
ϟ
Evento
Time vermelho é o melhor <3
{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho - Página 2 HeOg5gr

"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]
I made a plan...
A cada minuto que passávamos na floresta, mais inquieto eu me sentia. Pela nossa localização, não havia como saber se nossa bandeira ainda estava segura ou se precisavam de ajuda para defendê-la. Em momentos como aquele, eu teria que aceitar que não podia estar em vários lugares ao mesmo tempo e deveria focar no objetivo final.

Encarei a filha da lua, mesmo após uma batalha a garota exibia uma aparência impecável. Eu, por outro lado, estava sujo de terra, folhas e grama presa aos cabelos escuros. Aparentemente ela havia se virado melhor contra seu oponente do que eu. Felizmente ambos estávamos inteiros e – ao que tudo indicava – sem ferimentos graves. Não podia dizer se era eu que havia enferrujado ou se eram os campistas que estavam mais bem treinados.

Acho que você se deu bem com a mocinha ali, não? — Indaguei em um tom sarcástico, apontando para onde Bianca havia batalhado com sua oponente.

Não pude deixar de soltar uma risada com o comentário de Somerhalder e acenti com a cabeça em resposta à sua pergunta, exibindo um semblante divertido. No fim das contas a garota sabia como manter o humor mesmo em momentos decisivos.

Franzi a testa, enquanto olhava ao redor e tentava criar imagem mental do mapa nos apresentado no começo do evento. Eu sentia o campo eletromagnético da terra, o que denunciava minha posição em relação ao norte, permitindo-me montar um rápido plano de ação.

Se me lembro bem, tem uma clareira naquela direção. — Comentei, enquanto demonstrava com o indicador o local ao qual me referia. Em seguida voltei-me para Bianca, pensativo. — Acho que teremos mais chances de encontrar a bandeira inimiga se nos separarmos. Eu vou seguir pela direita e acho que se você seguir pela esquerda deveremos nos encontrar na clareira em alguns minutos. O que acha?

Minha companheira não precisou de muito tempo para pensar no assunto e aderir ao plano, ela era uma mulher forte e independente, portanto logo me deu um adeus e seguiu seu caminho. Não era uma ideia brilhante, mas se quiséssemos ganhar aquele jogo, precisaríamos ser mais agressivos e nos arriscar mais. Finalmente soltei um suspiro cansado e segui na direção contrária e Bianca, eu não tinha certeza se conseguiríamos nos encontrar novamente, mas a lupina era poderosa e conseguiria se virar mesmo estando sozinha, eu mesmo não gostaria de estar contra ela naquele jogo.


I could use some help over here
O sol era quase que completamente coberto pela copa das árvores, de forma que apenas alguns feixes de luz conseguiam chegar ao solo, que estava coberto por galhos e folhas. Meus olhos se mantinham atentos a qualquer tipo de movimentação, enquanto que os sentidos extremamente aguçados provindos de minha descendência divina procuravam algum sinal de tropas inimigas ou da bandeira.

Cada vez mais eu me sentia dentro de uma prova, Quíron quisera que eu testasse minha habilidades contra os campistas e agora eu via o motivo. Eu estava desleixado e minhas habilidades em combate estavam extremamente inferiores ao que foram um dia. Ignorei aquela ideia, enquanto minha mente viajava por pensamentos que, devido à situação em que me encontrava, não deveriam estar ali para me distrair.

Bastou um breve momento de falta de atenção para que a simples tarefa de procurar uma bandeira se tornasse algo substancialmente complicado. Uma fina linha se extendia próxima ao chão, camuflada pela falta de luminosidade e folhas mortas. Presa entre duas árvores não tão distantes, a armação ficava invisível para qualquer olhar desavisado. Deixe que eu me apresente novamente:olhar desavisado.

Pisei na linha sem perceber, ativando um elaborado mecanismo. No instante seguinte meus reflexos me permitiram apenas piscar, enquanto uma rede era arremessada em minha direção e se enrolava por todo o meu corpo – limitando meus movimentos –, ao mesmo tempo que jogava-me ao chão.

Enquanto jazia sob o monte de folhas mortas e o terreno sujo da floresta, precisei de alguns segundos para perceber o que havia acontecido. Eu caíra na armadilha mais antiga do mundo. Praguejei em grego antigo, tentando forçar a corda, mas logo ficou claro que não seria fácil.

Por Zeus, será que nunca vou ter um sossego?” indaguei, olhando para o céus com ar de reprovação.

Minha mente começou a trabalhar a todo vapor, enquanto meu coração se mantinha acelerado. O primeiro pensamento que tive fora gritar por ajuda, se Bianca estivesse perto ela poderia vir me ajudar, contudo segurei aquele impulso, tentando não alertar possíveis inimigos de que eu estava ali. Por fim, admiti que estava sozinho naquela situação.

Minha Gládio estava embainhada em minha cintura, de forma que meus braços, presos ao corpo, não conseguiam alcançá-la. Por sorte, minha luva poderia se transformar em uma lâmina e, se eu fosse cuidadoso o suficiente, conseguiria cortar a rede. Sem pensar duas vezes, transformei Perdição em uma espada e, com movimentos calculados, balancei a munheca de forma consistente e sistemática, passando o fio da arma contra um curto fragmento de corda.

Longos minutos se passaram antes que o primeiro pedaço da rede se partisse, mas consegui sentir que as amarras se afrouxaram quase que imediatamente. Não era o suficiente para que eu pudesse me soltar, mas era o suficiente para me dar esperanças. Eu sabia que cedo ou tarde alguma patrulha passaria por ali para inspecionar a armadilha, portanto não me dei ao luxo de descansar.

O processo foi demorado, custando-me diversos minutos para que finalmente conseguisse me desvencilhar das amarras inimigas. Minha testa estava molhada de suor e meu pulso parecia cansado do trabalho repetitivo, mas agora eu estava livre e pronto para continuar minha busca.

Se a bandeira estivesse por perto, eu estava determinado a encontrá-la!
Se ta em spoiler, não é pra abrir:
Peter Lost
Peter Lost
Filhos de ZeusPanteão Grego

Mensagens :
307

Localização :
Lost...

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Padma Isolde Beaufort Qui 11 Jul 2019, 20:40




It disturbs me so; Everybody tried to put me; Try to put me down; All messed up, hey everyone; I've already had all my fun; More troubles are gonna come; I'm an outsider; Outside of everything
Outsider






"Não é preciso ter olhos abertos para ver o sol, nem é preciso ter ouvidos afiados para ouvir o trovão. Para ser vitorioso você precisa ver o que não está visível."
— Sun Tzu

“Merda!”
O garoto suspirou, as pernas estavam rijas de tanto andar. Ele havia conseguido se perder naquela bosta de floresta a um tempo e o tédio já estava começando a rastejar para dentro de si.
“Cadê todo mundo?”
A exasperação de não ter dado de cara com mais ninguém desde o projeto de surfista estava levando o menino a loucura. Era verdade que ele entrara no joguinho infantil sem muita vontade e querendo apenas ficar na sua, no entanto ele agora precisava se provar para a arrogante da irmã e a estúpida da matriarca, e para isso ele precisava arregaçar alguns cus azuis. Com essa linha de pensamento o menino procurava alguém, literalmente qualquer um, no meio daqueles matos. Os sons distantes de lutas e gritos não o deixavam menos ansioso, mesmo que ele nunca conseguisse chegar nas fontes da zuada.

Atravessando um pequeno riacho o garoto ouviu um ruído logo a frente a esquerda, não tardando de ir para lá.
“Até que enfim.”
O Murta esperava um inimigo, ou uma luta, ou até o maldito papa, mas não a cena que se escondia por trás dos arbustos altos. Um casal se encontrava encostado em uma árvore, agarrados e tecnicamente em pé. Infelizmente eles não estavam se pegando, seria divertido demais e Murphy nunca permitiria o moreno de ter esse prazer. Com sérios machucados e pequenos filetes de sangue escorrendo em várias partes dos corpos, eles tentavam se manter em pé, um se apoiando no outro, ainda que a incapacidade de dar mais um passo dizia quão bem aquela tarefa estava indo. — Que porra vocês estão fazendo? — As palavras ditas em tom de indignação não conseguiram ser contidas pelo filho de Zeus, pulando de sua língua assim que foram pensadas.
“Você poderia ter ido embora, ele não tinham te visto, babaca.”
Suspirando, o rapaz tentou se controlar, se eles fossem do outro time ele ainda poderia dar um chute na cara deles e seguir seu caminho.
“Héroi, lembra?”


Ambas as figuras abriram os olhos ao mesmo tempo, ainda que apenas três iris se fixaram na figura de cabelos escuros. O par de pedras verdes pertencia a uma garota com curtos fios loiros, o corpo delgado parecia ser bem definido, ainda que fosse difícil dizer sob as roupas rasgadas e os dois cortes, um no ombro direito e outro no tronco logo acima do umbigo. Sob uma juba de mais madeixas loiras uma outra esfera, de coloração acinzentada, se abria ao lado de uma inchada e roxa pálpebra que obstruia a abertura do olho esquerdo, aroxeamento esse que se repetia largamente no braço e perna direita e possivelmente ao redor do talho no membro inferior direito. — Por favor, nos ajude. — A voz que alcançou seus ouvidos parecia rachada, meio suspirada como se alguma coisa arranhava a garganta e dificultasse a fala. A primeira coisa que o burguês pensou foi que eles tinham passado por maus-bocados na mão de alguém mais forte… e violento. A segunda foi que eles realmente precisavam da assistência dos curandeiros. Suspirando mais uma vez, o Leclerc lançou um olhar irritado para as belezuras a sua frente. — Os pombinhos tem certeza que querem a minha ajuda? Sabe, eu tenho um histórico de piorar as coisas. — A piadinha estúpida do bastardo do Olimpo foi recebida por silêncio. Um suspiro escapou do garoto quando ele se moveu para a frente.

Colocando o corpo do outro garoto por sobre seu ombro, Murtagh tentou ajudar a garota a caminhar. O casal não era nenhum pouco falante, isso ele percebeu em poucos minutos. A garota se agarrava firmemente ao seu braço direito, o que apenas criava mais problemas do que soluções quando ela tropeçava nas pedras e raízes escondidas no solo escuro da mata, contudo ao menos ela conseguia andar em um ritmo normal, o que era mais que a prole de Zeus esperava. O jovem loirinho, em contraponto, não parecia estar em condições de caminhar, com o corte em uma das coxas e a outra perna machucada. Ainda que talvez a decisão do Sal de carregar o outro como um saco batatas sobre o ombro esquerdo não estava mais aparentando ser uma ideia muito boa, ele estava sendo muito mais pesado que o esperado. — Na próxima vez que quiser que eu lhe salve, manere nos salgadinhos, combinado? — O comentário meio sarcástico novamente ecoou no silêncio de seus companheiros, levantando mais uma vez a pergunta do por que ele estar ajudando aqueles bastardos ingratos.

Eles estavam andando a um certo tempo já, ainda que o menino não tivesse muita certeza para onde ia — seu foco seria ir para a borda da floresta e deixar eles se virarem a partir daí —, quando ele sentiu seu antebraço direito ser puxado com força para baixo. A queda da menina fora feia o suficiente para desequilibra-lo um pouco, o forçando a cair sobre um joelho no chão da floresta para se impedir de ganhar uma máscara de terra expressa junto com o loiro. Grunhindo para se levantar com o peso extra no ombro, a prole de Zeus se encaminhou para colocar sua “trouxa-humana” encostado em uma árvore enquanto ele ia ajudar a desastradinha. — Você está bem? — As palavras acompanharam o movimento de se ajoelhar ao lado da loira, logo se pondo a desprender o pé que fora seguro por uma raiz seca. A resposta que ele a tanto tempo esperava não veio do modo tradicional entretanto, ainda com os lábios selados a menina falou, porém em sua mente. — Desculpa. Sei que o estou atrasando um pouco, mas é que estou tentando contactar uma amiga. Ela é curandeira, e meu irmão precisa de ajuda urgente. Ele parece estar perdendo muito sangue. —A voz em sua mente era leve e quase canora, perfeita para uma artista ou cantora, o único problema era que o belo som ecoava em seus neurônios e não tímpanos.

Tentando se focar nas coisas importantes, como a revelação da moça que ela estava tentando localizar ajuda, Murtagh suspirou e se voltou para a menina, ambos ainda no chão. — Teve alguma resposta dela ainda? Não dá pra ficar passeando com ele por aí. — O olhar do jovem se voltou para a figura do menino, que encostado no tronco da árvore com os olhos fechados parecia estar mais desmaiado do que acordado. A voz voltou a soar na sua cabeça. — Eu sei, mas precisamos. Eu consigo sentir ela mas ainda não consigo falar com ela. — Sem entender muito como aquela comunicação funcionava, o moreno queria apenas achar a tal curandeira, não só para se livrar dos dois encostos loiros, porém também para voltar à ação. Ele já estava arriscando muito indo tão longe de “sua área de atuação”. Bem, não é como se fossem sentir falta dele, mas ainda assim seria pior precisarem dele e ele não estar lá.
“Ou eu perder um encontro com a maninha.”


Ajudando a menina a se levantar, o mimadinho foi até o outro rapaz, novamente o colocando sobre o ombro. Sem perder muito tempo o trio logo se pôs a andar, um ritmo mais lento sendo imposto pela telepata, que parecia ficar mais fraca a cada minuto que passava. Contudo a tortura grupal demorou apenas mais alguns minutos, eles haviam andado pouco mais de dez metros quando uma mão firme apertou os músculos do membro superior direito do Salem, que logo revirou os olhos na direção da jovem. Ela se encontrava de olhos fechados de forma que parecia estar em algum tipo de transe, o maxilar cerrado indicada que ela fazia um esforço além da conta, e o menino só pode torcer que ela conseguisse abrir o google maps mental ou semelhante para mandar a localização deles para a curandeira. Alguns alguns segundos em pé com um peso em um ombro e uma atriz do Inception no outro, Murta decidiu que era melhor sentar e não cansar tanto assim sua beleza. Colocando o corpo do moleque no chão, e se encostando em uma árvore com a outra se ajoelhando ao seu lado, o menino suspirou. Aquele dia estava sendo mais longo do que ele gostaria. — Consegui falar com ela, ela está vindo para cá. — Os dedos indicadores voaram para as têmporas, massageando levemente o lugar. Só restava então fazer uma coisa agora. — Vamos esperar então.


Pika, pika, pikachuuu!:






with whole lotta ppl | Listening to Green Day | At the Forest
Padma Isolde Beaufort
Padma Isolde Beaufort
Filhos de ZeusPanteão Grego

Mensagens :
119

Localização :
hunting

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Heron Devereaux Qui 11 Jul 2019, 21:10

Violent Delights
These violent delights have violent ends

"Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos."
— Sun Tzu

×××


U
ma brisa marítima partiu do Atlântico, subindo pelo riacho e bagunçando os cabelos dourados do filho de Atena. Quando conseguiram reunir todo o subgrupo separado pela batalha, os semideuses retomaram a tarefa de defender a fronteira que dividia os terrenos azul e vermelho. Exibiam, com orgulho, as marcas do combate em seus corpos. Atestados de que eram homens e mulheres prontos para lutar pelo acampamento, pelos deuses e por si mesmos.

Heron levou uma mão até o pescoço, dedilhando a gargantilha arroxeada que o envolvia. Um presente do filho de Nyx.

— Dói? — Lilith quis saber. Suas sobrancelhas se arqueavam, deixando transparecer um pouco da preocupação.

— Quê? — Ele virou o rosto para Doutzen, antes de perceber que ela se referia aos hematomas em seu pescoço. — Não — ele respondeu. Era verdade. Ainda assim, incomodava. Ainda podia sentir a mão se fechar em volta do pescoço. As digitais pressionando as artérias carótidas, os músculos do pescoço se contraindo e a palma da mão pressionando a traqueia. Sufocante.

Ele afastou os dedos dos hematomas e balançou a cabeça, tentando dissipar os pensamentos. Os seixos rangiam a cada novo passo dado às margens do Zéfiro. Heron levantou o olhar outra vez, até que ele encontrasse a filha de Despina. Os cabelos platinados balançavam a cada delicado movimento da semideusa. Pensou outra vez no filho de Nyx. O bronze celestial apontado para o rosto dele. Heron não era o tipo de homem que se entregava àquele tipo de sentimento. “Não é? Que tipo de homem você é, afinal?” Não conseguiu responder. Em vez disso, pensou no que viu no rosto de Doutzen. “Acho que você é esse tipo sim. Qual o problema disso?”

Heron fez sinal para que o grupo interrompesse a caminhada. Uma pequena pausa para que recuperassem o fôlego e uma desculpa para que se aproximasse da filha de Despina.

— Ei! — Começou, enquanto diminuía a distância entre os dois. — Desculpa pelo que aconteceu lá atrás. Já faz algum tempo desde o meu último combate amistoso. — Pensou no que dizia e decidiu que era verdade. Não conseguia se lembrar da última vez que havia lutado por prazer. — Não sou esse tipo de pessoa.

“É sim. Você sabe que é.”

— Tá tudo bem. Meu irmão também não era muito de brincar de luta. — Heron inclinou a cabeça. “Era”, foi a palavra que ela usou. Mas se havia qualquer sinal de curiosidade no rosto do filho de Atena, ele o escondeu. Não queria forçar entrada por uma porta que Lilith, talvez, não estivesse disposta a abrir. — Não seria a primeira vez. Eu estava mais preocupada com nossa desclassificação.

Heron balançou a cabeça, concordando. Um sorriso nos lábios, porque castigos muito piores caíam sobre aqueles que matavam dentro dos limites do acampamento. Deixou que ela se aproximasse um pouco mais. Seus braços a envolveram num abraço, enquanto ela repousava o rosto em seu peito.

Quando decidiu que já haviam descansado por tempo o bastante, Heron reuniu o grupo outra vez. Avançariam em direção ao território azul. Os primeiros pés já se equilibravam sobre as pedras maiores no caminho do riacho, quando ouviu Lilith chamar sua atenção.

— Não ouvi nada. — Sussurrou a resposta, sincero. Ele virou o rosto, em direção à floresta densa. Tudo quieto lá dentro. Sentiu Lilith se afastar do abraço. Seriedade em seu rosto. Confiava na palavra da filha de Despina. — Quer ir dar uma olhada?

Quando Doutzen concordou com a sugestão, o filho de Atena acenou para o restante do grupo. Deixou os menos experientes no riacho, apertou a guarda da espada e começou a atravessar o caminho de cascalho em direção à escuridão da floresta. Os passos se tornaram silenciosos, quando os seixos deram lugar à terra úmida que cobria o chão abaixo das árvores. Lilith o seguia de perto, indicando o caminho à frente. A sombra que as copas formavam não era um problema. Seu olhar se adaptava à baixa luminosidade.

Deram mais alguns passos em direção ao interior da floresta, antes que o chão escapasse de seus pés e uma rede metálica se fechasse em volta deles. Os elos das correntes machucavam o corpo do filho de Atena, elevado a pelo menos uma dezena de metros de altura. Sentia o corpo de Lilith sobre o seu. Não era pesado. Ainda assim, empurrava suas costas em direção às correntes de metal.

Heron agitou-se, tentando encontrar uma posição confortável. Quando percebeu que essa era uma tarefa impossível, interrompeu os movimentos.

— Desculpa — sussurrou para a mulher sobre ele. — Você pode… — Não terminou o pensamento. Antes disso, colocou as mãos em volta da cintura dela, puxando-a um pouco mais para cima. — Assim tá melhor.

Ele suspirou, enquanto deixava a cabeça repousar sobre a rede. Seu olhar passeou pelos elos de ferro e atravessou a linha de corda que subia, até se enroscar num galho alto. Pensou por um instante, antes de decidir que não conseguia encontrar uma saída viável daquela armadilha.

— Não é tão ruim assim — disse, enquanto sorria para a mulher. — Posso me acostumar com isso. — Seus rostos estavam separados por apenas alguns centímetros. Conseguia ver cada pequena mudança nas expressões de Doutzen. Ele franziu o cenho, confuso. — Você tá bem?

Os dedos da semideusa deslizaram lentamente pelo rosto de Deveraux, pouco antes dos lábios tocarem os seus. O beijo era tão delicado quanto a própria Lilith e se desenrolava de forma lenta. Um carinho que destoava do último beijo, quando haviam derrubado o filho de Nyx em combate. Os movimentos lentos foram gradualmente ganhando intensidade, enquanto ela deixava seu corpo roçar contra o dele.

Heron colocou suas mãos sobre a cintura da mulher. Sabia quais eram as intenções de Doutzen. Dessa vez, não pretendia impedir que elas se concretizassem. Ele deixou que as mãos deslizassem para baixo, antes que ele puxasse o corpo da filha de Despina contra o seu.

Ouviu o riso de Lilith, antes que ela encerrasse o beijo com um selinho. Viu a garota se apoiar contra seu corpo e apontar as mãos para o chão, antes de fazer surgir uma quantidade exagerada de neve que atravessava os elos das correntes e pousava no chão úmido da floresta. Ele sorriu, franzindo o cenho.

— Pra que isso? — Não ouviu resposta. Em vez disso, a filha de Despina se esticou em direção ao céu. Uma faca na mão, prestes a romper a única coisa que os separava da queda livre. Ele juntou os pontos, ciente do que a semideusa pretendia fazer. — Espera um pouco. Vamos pensar melhor nisso.

Ouviu um estalo quando a corda se rompeu. Heron, Lilith e as correntes de ferro despencaram sobre uma densa montanha de neve que já começava a derreter sob os 23 graus Celsius do verão americano. Devereaux sentiu os elos da rede martelarem suas costas. Ele grunhiu, trincando os dentes, antes de rolar pela neve. Lilith caiu ao seu lado, evitando despejar todo o seu peso contra o filho de Atena. Ele se contorceu ao sentar-se sobre a neve fofa. Os olhos se voltando para o local onde Lilith havia caído. A semideusa se divertia com a situação, enquanto o outro fechava a cara.

— Se machucou? — Ela quis saber. Alguns hematomas no ego, talvez. Fora isso, estava bem. Ele balançou a cabeça, respondendo à pergunta, enquanto aceitava a ajuda de Lilith para se levantar.

— Ouviu o que eu disse sobre repensar o plano? — Perguntou, estreitando o olhar. Ela acenou com a cabeça, segurando o riso. — E seguiu com ele, mesmo assim? — Lilith não conseguiu conter as gargalhadas.

Ela tentou remediar a situação com um selinho no canto da boca do filho de Atena. Antes que pudesse escapar, no entanto, Heron apanhou a semideusa pela cintura, carregando-a montanha de neve abaixo. Um sorrisinho no canto da boca que ele tentava disfarçar. Suas risadas sinceras contagiavam Devereaux; a aura de caos que a envolvia, também.

Considerações:
Heron Devereaux
Heron Devereaux
Filhos de AtenaPanteão Grego

Mensagens :
1065

Localização :
Madison Avenue, Manhattan, NY

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lilith Doutzen Qui 11 Jul 2019, 21:25



And in their triumph die
like fire and powder, which as they kiss consume

"seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos ."
― sun tzu


Lilith ajeitou novamente uma mecha de sua franja que insistia em cair contra seus olhos. Encaixou-a atrás da orelha e usou sua faca para encarar o próprio reflexo como a filha da puta vaidosa que era. Embora o cansaço, e os pequenos hematomas que a sombra havia deixado contra a lateral de seu rosto, parecia intacta. Sua maquiagem borrara muito minimamente abaixo dos olhos, e molhou a ponta dos dedos no rio para desfazer os traços irregulares que marcavam sua pele clara.

Já estivera mais bonita, constatou, mas conforme encontrava o resto de seu pequeno time, sentiu seu ego inflar assustadoramente. Estava bem, ainda que não em seu melhor estado.

Aos poucos, o time todo se reunia, todos contentes com o sucesso que obtiveram. Lilith não sabia se sentia o mesmo. Sabia que a luta não havia sido fácil e que no fim tinha lidado com aquilo com menos maturidade do que deveria, mas o que vira nos olhos de Heron deixava claro que não era apenas um jogo para ele. Ainda que ele não dissesse nada, sua chateação foi o suficiente para que entendesse que, em qualquer outra situação, o final teria sido muito mais sanguinário.

Dói?

Nem mesmo acreditou quando ouviu sua voz ou quando sua mão pequena tocou a dele como se precisasse trazê-lo de volta para a Terra. Sua resposta curta a fez franzir ainda mais o cenho, como se não acreditasse no que ele dizia; ainda assim ignorou, como a boa irmãzinha de Grimm faria. Afinal, nem mesmo se lembrava da última vez que falou com Yui sem receber uma resposta mal educada ou algo pior. Na maioria das vezes, o pior.

Não era como se não esperasse pelo pior em se tratando do irmão. Com cuidado, retirou a manopla da mão direita, jogando-a de qualquer jeito próximo à beira do rio. Seu pulso pálido exibia um hematoma grande, ainda que abstrato, graças à pouca habilidade que possuía com a arma, seu peso e a força aplicada pelo que quer que fosse que havia a atacado. Logo, o violeta se espalhava como aquarela em uma tela e decidiu que odiava aquela arma com todas as forças.

Ei! — Heron se aproximou, fazendo-a soltar o pulso direito ao lado do corpo. — Desculpa pelo que aconteceu lá atrás. Já faz algum tempo desde o meu último combate amistoso. Não sou esse tipo de pessoa.

Talvez aquela fosse a frase mais longa que ele dissera, e para Lilith não fazia diferença se fosse verdade ou não. Seu irmão era aquele tipo de pessoa e ela o amava incondicionalmente. Não era como se não pudesse fazer o mesmo com Devereaux.

Tá tudo bem. Meu irmão também não era muito de brincar de luta. — Foi com o gesto de Heron que havia percebido o que havia falado. Mas, se ele não perguntasse, estaria em terreno seguro. Portanto, voltou a falar, casualmente sorrindo no ato. — Não seria a primeira vez. Eu estava mais preocupada com nossa desclassificação.

Aproveitou a aproximação do rapaz para encostar a cabeça contra seu peito, envolvendo-o com os braços e aproveitando a pequena pausa para descansar enquanto aguardava as ordens. Esperava não precisar lutar novamente, mas suas preces não foram exatamente atendidas. Heron os mandava avançar em direção ao campo inimigo. Enquanto acariciava suas costas, pôde ouvi-lo chamar seu nome para que ela o largasse. Estava prestes a resmungar sobre o quanto queria desistir naquele momento quando um barulho a fez erguer o rosto e ficar na ponta dos pés para espiar por cima do ombro do homem. Ele voltou a falar qualquer coisa, mas ela deslizou o indicador por seus lábios.

Shh, você ouviu? — Sussurrou, desviando minimamente do abraço para encarar a parte mais fechada da floresta. Sua resposta a fez estreitar os olhos, buscando por qualquer movimentação. Ele questionou e, se fosse sincera, responderia que não e sugeriria algo mais indecente para fazer do que brincar de caça à bandeira. Mas, decidindo manter a pose de boa moça, deu de ombros. — Claro.

Sua mão inconscientemente encontrou a do rapaz conforme entravam na parte mais escura da floresta. Sua visão levou poucos segundos para se adaptar à penumbra e quando o fez, percebeu que seria muito difícil encontrar o responsável pelo barulho, já que agora captava o som dos animais, ninfas, o farfalhar inquietante e sons os quais nem saberia identificar.

Porém, nem teve tempo de se virar para checar se havia algo atrás deles, já que no segundo seguinte, viam-se presos numa armadilha ridícula. Similar ao que costumava aparecer nos desenhos dos anos noventa, uma rede os mantinham suspensos há pelo menos uns dez metros do chão. Porém, diferente da proposta das animações, a rede era feita de aço, estava bem claro que não daria para cortar o galho que os segurava e provavelmente não sairiam invictos de um tombo daqueles. Bem, talvez Lilith, que estava por cima do rapaz, em uma posição sutilmente constrangedora para quem havia se conhecido há uma ou duas horas.

Duas pessoas não estavam no planejamento da armadilha. Foi o primeiro pensamento da garota, enquanto ela encarava a expressão sôfrega de Heron. Não era como se tivessem espaço para se ajeitarem, então esperou que ele desistisse e sorriu malandra quando ele a posicionou em seu colo. Deslizou as mãos para a lateral da cabeça dele, fornecendo apoio para seu corpo para não pesar tanto em seu colo. Foi desviando o olhar do rosto bonito do garoto de Athena que Doutzen teve sua segunda constatação sobre a armadilha.

Não era hora de entrar em pânico, sabia bem disso. Mas, como bem havia identificado a filha de Phobos que convivia com ela, altura era de longe seu ponto mais fraco. Ergueu o tronco sutilmente e focou sua atenção em cada detalhe do rosto do rapaz. Nos olhos acinzentados como um céu tempestuoso, nos fios claros da sua sobrancelha, nas poucas sardas que marcavam a pele clara do rapaz. A técnica de Katherine funcionava, afinal. Heron era uma boa distração.

Não é tão ruim assim — ouviu, dando meio sorriso em resposta. Não tinha certeza de como sua voz soaria naquele momento, então esperou que ele continuasse falando para que não se lembrasse dos muitos metros abaixo de si — Posso me acostumar com isso. — Lilith riu, nervosa. Encaixou os joelhos na lateral do corpo do rapaz, Trocando o ponto de equilíbrio — Você tá bem?

Acenou positivamente. Com uma das mãos, acariciou a face do rapaz, descendo o corpo sutilmente para beijá-lo. Sem urgência ou malícia daquela vez. Deixou que seus lábios se tocassem preguiçosamente, culpando a altura por não tentar sair do local. Aos poucos, a intensidade aumentava e não demorou muito para que a garota deixasse o corpo roçar no dele ainda que muito levemente. Já que ele não podia fugir dessa vez, uma pequena vingança não faria mal algum.

Quando sentiu Heron ceder à provocação, riu, voltando a se apoiar nos joelhos e deixando um selinho sutil contra seus lábios antes de se afastar. Sabia que ele não cederia fácil assim, então revirou os olhos e esticou o tronco, deixando que seu quadril mantivesse o contato provocativo enquanto suas mãos a ajudavam com a criação do montante de neve. Direcionou o olhar para baixo, em uma checagem rápida, e, vendo uma quantia quase absurda de neve, sorriu.

Pra que isso? — Sabia que ainda assim iria cair e que a altura não ia sumir, mas suspirou e jogou o corpo para a lateral, evitando ao máximo que seu corpo sobreposse o de Devereaux.— Espera um pouco. Vamos pensar melhor nisso.

Sacando uma de suas facas, esticou o braço para fora e com cuidado, cortou a corda. O baque foi completamente amortecido pela neve – ou isso, ou era muito leve para se machucar numa queda daquelas. A neve foi um alento pro seu corpo cansado, e só se levantou quando Heron grunhiu insatisfeito. A expressão debochada de Lilith durou uns poucos segundos, até que explodisse em risada enquanto encarava um Heron emburrado sentado sobre a neve.

Se machucou? — Perguntou, esticando as mãos para ajudá-lo a se levantar. Seus lábios tremiam sutilmente, já que segurava a risada, mas sabia que ele não estaria tão bem humorado assim, portanto se controlou. Deixou seus braços enlaçarem o rapaz pelas costas, encarando-o em sua carranca.

Ouviu o que eu disse sobre repensar o plano? — Ouviu-o questionar, dando de ombros sutilmente. — E seguiu com ele, mesmo assim?

Lilith não conseguiu se conter. Sua risada ocupou o silêncio do ambiente por alguns segundos. Deu-lhe um selinho rápido, com a intenção de fugir dele antes que a vingança viesse, mas ao invés disso, foi apenas envolvida pela cintura, acompanhando-o em passos largos e fingindo não perceber que ele também sorria.


coisas que me fazem morrer menos:

Lilith Doutzen
Lilith Doutzen
IndefinidosPercy Jackson RPG BR

Mensagens :
148

Localização :
Rockefeller Center

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Ayla Lennox Qui 11 Jul 2019, 23:29


Atalaia
Seja extremamente sutil, tão sutil que ninguém possa achar qualquer rastro. Seja extremamente misterioso, tão misterioso que ninguém possa ouvir qualquer informação. Se um general puder agir assim, então, poderá celebrar o destino do inimigo em suas próprias mãos.

[sun tzu]

Havia certa familiaridade naquela vigília.

Não do tipo que a cobria com um manto de pertencimento ou segurança, mas uma que corroía seu peito em ansiedade e transbordava inquietação pelos olhares. A singela flâmula repousava no esconderijo escolhido e ela, ainda que distante dos seus companheiros, não estava a guardá-la sozinha no meio daquele campo – ou quase isso – de batalha.

Não existiam inimigos ou perigos reais, o próprio centauro usara de palavras claras para guiar a conduta naquele evento. Sua mente, contudo, ainda precisava ser convencida quanto a tais suposições.

não é uma situação de vida ou morte

não é uma situação de vida ou morte

não é uma situação de vida ou morte


Sentada em um dos galhos mais baixos de um pinheiro, questionou brevemente se algum dia seria capaz de levar as coisas um pouco menos a sério e baixar a guarda por dentro e por fora. Era certo que não, mas cogitar aquela possibilidade era um passo mais simbólico que real no que dizia respeito à possibilidade de forjar paredes de calmaria ao seu redor.

Era uma possibilidade distante, contudo.

Sentiu suas pernas serem envolvidas e pressionadas contra a madeira maciça progressivamente por um toque frio e gélido, puramente instintivo e bruto a ponto de ser identificado rapidamente como animalesco. Franziu o cenho e encontrou duas serpentes de cor marrom enroscadas entre seus membros inferiores.

Teve dúvidas quanto à possibilidade de serem venenosos, então escolheu não mover-se de maneira abrupta. Ainda que incerta quanto à natureza das criaturas, não hesitou quanto à certeza de que o acaso não era responsável por tê-las colocado ali. Eram fruto de um chamado.

Saindo de sua palma, três pequenas esferas de luz começaram a pairar acima do corpo esguio das cobras. Uma das orbes de energia atraiu as criaturas até os pés da semideusa tal qual uma presa viva e quente faria. Uma vez que a distância era segura, fez com que os globos se expandissem em uma pequena explosão suficiente para afastar definitivamente as serpentes.

Não teve tempo para comemorar. Viu um clarão e, logo em seguida, sentiu o tronco do pinheiro tremer e lentamente ceder às ordens da gravidade.

Esperou o momento oportuno e saltou, chegando ao chão com uma graça não tão felina quanto era capaz de demonstrar, mas suficiente para evitar danos maiores. Estava de pé, encarando um rapaz moreno e com o cabelo preso em um coque alto que carregava consigo apenas um escudo redondo e uma espada. Parecia fisicamente forte, mas tinha uma postura desleixada e poucas marcas no corpo, como se tivesse saído do acampamento poucas vezes e desconhecesse uma luta real.

— Eu esperava um desafio maior da defesa nesse time. — Falou um rapaz, aproximando-se e erguendo a lâmina. — Mas te vi de longe e acho que encontrar você foi um bom sinal, deve significar que estamos perto da bandeira...

O ataque veio rapidamente. O semideus avançou com agilidade, levando a espada em posição horizontal, deixando claro que seu objetivo era um talho generoso na região de seu abdome. Ayla não se deixou intimidar pela postura do rapaz. Era um blefe. Não poderia ser ferida de maneira significativa. Eram as regras e, acima disso, o fato de que sua jaqueta não era uma simples peça de roupa.

Focou sua energia nas mãos, que logo assumiram uma aura prateada e uma sensação fria no tato. Tinha um plano.

Com os pés separados, criou uma base de apoio suficiente para receber o impacto do escudo contra o seu tórax sem que caísse. Sentiu a lâmina deslizar contra a mistura grossa de couro e mitral, sem sofrer um arranhão sequer, e segurou o pulso que brandia a arma com sua mão esquerda.

O toque frio fez com que o rapaz, em puro reflexo, abrisse a mão e soltasse a arma. Com a destra, a garota tocou o antebraço que sustentava o item defensivo. A mesma dor gélida percorreu o membro superior do adversário, fazendo com que afrouxasse a segurança nas tiras de couro que sustentavam o escudo.

O arco superior de madeira encontrava-se na altura do queixo do campista, o que era uma estratégia razoável de combate por permitir que tivesse cuidado com sua região torácica e, ao mesmo tempo, preservasse a visibilidade. Concentrou-se então em um único flash intenso e cegante para deixá-lo vulnerável e criar a abertura que precisava.

A luz se fez presente e, em um breve segundo, já não tinha mais contato com o oponente. Inclinou o tronco para trás, tomando um pequeno impulso e então empurrou com o ombro o escudo com toda força que pôde reunir. O encontro seco da madeira com a face do garoto, junto ao baque surdo de seu corpo no chão chegou aos ouvidos da lupina de maneira melodiosa. Estava confuso e cuspia sangue, ainda sem conseguir levantar-se de maneira ideal.

— Talvez não tenha sido tão bom sinal

Cerrou os punhos e deu um passo para trás. Estava incapacitado. Era o suficiente para aquela ocasião.
MÁQUINAS DE VENCER:

Ayla Lennox
Ayla Lennox
Filhos de SelenePanteão Grego

Mensagens :
1155

Localização :
[nômade]

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Dan Baizen Qui 11 Jul 2019, 23:48

{Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho - Página 2 Fire-i12
Take the Flag

Máquinas de Vencer - Time Vermelho


II. Fight!

O time vermelho estava com sangue nos olhos e Dan estava nervoso. Era um dos menos experientes em seu grupo e queria mostrar seu valor, mostrar que poderiam vencer aquela competição. Assim, quando a trombeta soou e a equipe de ataque avançou, Dan se moveu devagar e esperou até o momento exato para ir de encontro ao seu combate.

Spencer Ackerman. Aquele filho de Atena extremamente pretensioso vinha do outro lado com aquele ar de quem sempre sabia exatamente o que estava fazendo. Era ele. Dan se vingaria da última vez que os dois tinham se enfrentado e agora venceria. Para isso, esperou e não tomou nenhuma atitude precipitada como antes, deixou que Ackerman viesse primeiro e desse o primeiro golpe.

— Bom te ver de novo, Spencer. Já descobriu quem é você, afinal de contas? — Provocou, referindo-se à estranha falta de memória que o outro tinha sobre sua própria identidade.

— Vamos ver se você já aprendeu a lutar sem parecer que está dançando um carnaval!

O filho de Atena atacou e Dan se defendeu prontamente, agindo completamente diferente de como fizera na última vez que enfrentara o rapaz. Estava muito mais seguro de seus movimentos agora, muito mais firme e não seria derrotado. Spencer pareceu um tanto surpreso com a evolução combativa do ruivinho, de modo que esse elemento surpresa foi crucial para que Dan o colocasse totalmente na defensiva.

As investidas do filho de Apolo, certeiras e com força, causaram doloridos hematomas em Spencer, deixando-o cada vez mais fraco. Dan sentiu um estranho prazer ao derrotar o rapaz de forma tão humilhante. O filho de Atena mal conseguiu arranhá-lo, causando apenas pequenos cortes que não interfeririam em nada para seu desenvolvimento no restante do jogo.


III. Ahead!

Em seguida, Dan correu adiante, a fim de derrotar mais soldados azuis. Não queria deixar que avançassem e faria o que pudesse para ajudar o pessoal da defesa a manter os atacantes adversários bem longe da área da bandeira. O que o rapaz não esperava, contudo, era um golpe causado por um filho de Íris do time oposto. Uma intensa explosão com as cores do arco-íris atirou Dan para sabe-se lá quantos metros longe de onde ele estava e o cegou momentaneamente. O garoto tateou em volta, tentando descobrir se havia alguém por perto, mas não conseguia ver nada.

Foi absolutamente desesperador. Tudo ficara colorido, então claro e, por fim, completamente escuro. A audição também estava abafada pelo barulho da explosão, então Dan caiu desequilibrado algumas vezes antes de finalmente tornar a ouvir normalmente. A visão não queria voltar tão facilmente e, embora o garoto já tivesse com a audição normal, percebia que tudo parecia muito distante.

Quando os olhos finalmente voltaram a enxergar alguma coisa, Dan se viu no meio de várias árvores, completamente fora da área combativa e com uma intensa dor na cabeça. Ao levar a mão ao local que parecia ser a origem da dor, o filho de Apolo sentiu seus cabelos empapados e, em sua mão, viu sangue.

— Que merda...

Adendos:

.:: narração :: falas :: pensamentos :: falas de outros ::.

Dan Baizen
Dan Baizen
Filhos de ApoloPanteão Grego

Mensagens :
12

Localização :
Chalé de Íris

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Lavinia S. Larousse Qui 11 Jul 2019, 23:59



winning machines

SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS.

[SUN TZU]


A batalha anterior não havia sido tão complicada quanto Lavinia pensara que seria. Toda aquela atividade estava em um ritmo diferente do que a mentalista imaginara, pois até aquele momento não tinham conseguido nem um sinal da bandeira azul, apenas semideuses do outro time.

Seguiram focados abrindo caminho pela floresta, vez ou outra escapando de uma armadilha ou evitando combates desnecessários que os atrasariam. Trocaram algumas palavras em meio aos passos apressados, pois até aquele momento não se conheciam realmente. Lavinia deu breves esclarecimentos sobre si mesma e o longo tempo em que estava no Acampamento.

— Estou aqui já fazem mais de cinco anos, me acostumei completamente. É minha rotina, não sei nem tirar férias de toda essa loucura. — respondeu ao questionamento do filho de Ares. Por mais que às vezes quisesse sumir daquele ambiente, sempre desistia na última hora.

Como sempre, possuía uma flecha posta na corda do arco pronta para ser puxada ao breve sinal adversário. O problema era: faziam alguns minutos que não viam ninguém pela frente. Os únicos sons que poderia ouvir com clareza eram o farfalhar das árvores e os galhos sendo quebrados em baixo de seus pés. Ao fundo, bem longe, o tilintar de espadas se fazia presente. Alguém estava em batalha.

Seu companheiro fez menção de mudar a rota, então a monitora sugeriu que fossem pelo caminho que mais se afastava da luta. Era bom saber que Vitor estava focado no objetivo de vencer aquela atividade, não estava ali somente para brigar com outros, como geralmente os filhos de Ares são.

Uma quebra na paisagem pacífica mudou a realidade onde estavam. Em vez de um caminho livre em frente, como estavam acostumados, agora um cenário digno de filme de faraó se apresentava. Um corredor de obstáculos mortais se fazia presente, com lâminas, buracos, espinhos, esmagadores, projéteis prontos para serem lançados e tudo mais que poderia existir.

A primeira ideia de Lavinia foi a mais roubada possível: desviar daquilo tudo. Começou a se aproximar da borda do corredor verde, mas a vegetação ali era estranhamente densa. Desviar lhes custaria andar ao menos um quilômetro a mais, não tinham esse tempo. Olhou para o meio-sangue que encarava incrédulo tudo aquilo e o encorajou a passar pelo desafio.

Por sorte, conhecia bem suas habilidades e sabia que Psiquê a abençoara com um poder que agora lhe cairia muito bem. Já havia usado algumas vezes a capacidade de deixar o tempo mais lento para si mesma — entretanto, na percepção dos demais, nada se modifica. Fechou os olhos e se concentrou, sentindo que os sons ao seu redor agora pareciam desacelerados. Ao olhar para frente novamente, suas orbes estavam brilhando em um tom azul claro, e as armadilhas dançavam através do corredor em um ritmo lento.

Guardou o arco e a aljava novamente na forma de adornos e tomou impulso para lançar-se no desafio. Conseguiu passar pelas lâminas com facilidade, pois todas saíam do caminho quase que juntas, com diferença de milésimos de segundo. Teve de rolar no chão para desviar de um peso gigante de concreto que esmagaria sua cabeça, pulou por cima das toras cheias de espinhos e correu em uma sequência de passos quase que como uma dança. Ao chegar perto do final, filetes de lava a deixaram desconfiada daquilo tudo.

O filho de Ares conseguira seguir seus passos de maneira estupenda. Parecia cansado no final, como se tudo aquilo tivesse exigido horas de esforço. Lavinia não apresentava uma gota de suor escorrendo de sua testa, já que sua temperatura corporal operava de maneira diferente dos demais semideuses. Era difícil que aparentasse estar cansada ou com calor, já que sua pele ficava constantemente gelada. Querendo brincar um pouco com o garoto, falou para ele que achou fácil — e de fato foi.

Estavam prontos para seguir quando Lavinia transmutou seu arco de volta, intrigada com uma ideia em sua mente. Não era possível que o Acampamento ou, mais improvável ainda, o time azul tivesse montado todo aquele esquema bem no meio da floresta, onde claramente alguém poderia se ferir gravemente.

Colocou a flecha na arma e a lançou na direção da entrada do corredor. Nada. O projétil atravessou a lâmina giratória como se não existisse e fincou-se no chão alguns metros após. Ambos caíram na armadilha mais óbvia que existia.

— Não acredito que não percebi que era uma droga de uma ilusão. — disse ao companheiro, revirando os olhos. — Pelo menos andamos um monte e isso serviu para aquecer um pouco.



OBSERVAÇÕES:

MONTY

Lavinia S. Larousse
Lavinia S. Larousse
Filhos de DespinaPanteão Grego

Mensagens :
700

Localização :
Long Island

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Vitor S. Magnus Sex 12 Jul 2019, 00:00

TAKE THE FLAG!
"SEJA EXTREMAMENTE SUTIL, TÃO SUTIL QUE NINGUÉM POSSA ACHAR QUALQUER RASTRO. SEJA EXTREMAMENTE MISTERIOSO, TÃO MISTERIOSO QUE NINGUÉM POSSA OUVIR QUALQUER INFORMAÇÃO. SE UM GENERAL PUDER AGIR ASSIM, ENTÃO, PODERÁ CELEBRAR O DESTINO DO INIMIGO EM SUAS PRÓPRIAS MÃOS."

[SUN TZU]

D
eixando os derrotados para trás, Vitor e Lavinia prosseguiram mais calmos agora.

— Então, qual o seu nome mesmo? – Ele não era tão bom em socializar, mas naquele momento ela era uma aliada, e ele não via problema nisso.

Ela não parecia tão interessada em conversar quando ele perguntou, mas deu de ombros e começou a falar um pouco sobre ela: o nome, a progenitora, a idade, coisas básicas.

— E você já se acostumou com todo esse mundo de deuses, semideus e criaturas esquisitas? — Perguntou, sincero.

— E temos escolha? — Ela respondeu, meio sem vontade, mas o olhar deixava claro que ela não parecia gostar tanto daquela vida, por muitas vezes, estressante.

Eles seguiram cada vez mais rápido em busca do prêmio. A confiança do semideus estava nas alturas depois da batalha anterior. Mais atento, mais aquecido e mais sedento, ele corria entre as árvores como se sua vida dependesse daquilo. Esse prêmio é nosso! Ao longe, ele conseguia escutar o som de lâminas batendo, os brabos das lutas que estavam acontecendo, e isso só o deixava mais ansioso para achar a próxima vítima.

Minutos se passaram, e os dois não acharam absolutamente nenhum adversário, nem sequer a bandeira estava à vista.

— Isso tá estranho! — Vitor falou. — Será que devemos fechar mais o perímetro?

A filha de Despina parou bruscamente e olhou ao redor, atenta a qualquer movimento e som ao longe. Ela apontou para noroeste.

— Não tem batalha pra lá, com sorte passaremos sem ser vistos. Vamos!

Sim, cap.

O semideus, estrategicamente, foi na frente, focaria tudo à sua frente, investindo o mais rápido possível no que quer que viesse. Lavinia seguia entre as árvores com o arco pronto, vigiava as laterais e retaguarda. Até que faziam uma boa dupla.

Eles conseguiram avançar uma boa parte da floresta, os sons se distanciaram, realmente. Quando estavam seguros que não iam achar nenhum mal, o inesperado aconteceu: fileiras de obstáculos separavam os dois da vitória. Dezenas de lâminas mecânicas girando, madeiras com espinhos enormes balançando para lá e para cá, espinhos e projéteis, se não bastasse tudo isso, alguns locais ardiam em lava convidando-os a um salto totalmente arriscado de executar.

— Alô, Quíron… Isso é permitido? — O filho de Ares abriu os braços tentando entender o que estava acontecendo.

— Vamos ter que seguir. — Ela falou. — Vamos conseguir!

Ela não esperou duas vezes, seguiu em frente, desviando de forma fantástica e saltando os obstáculos. Parecia estar dançando balé. Vitor arregalou os olhos e, sabendo que não adiantava pensar demais, guardou as armas e seguiu.

Parecia um circuito do suicídio. Ele passou correndo por duas toras com espinhos que estavam sendo balançadas por correntes, a velocidade era constante, parecia existir um mecanismo no galho grosso da árvore que fazia tudo aquilo acontecer.

Passado o primeiro obstáculo, eles se encontraram frente a frente com cinco fileiras de espinhos. A armadilha fazia os espinhos subirem e descerem de forma ordenada, mas eles não sabiam o tempo entre cada uma delas. Tentar pular? Era um risco fatal, visto que o tamanho deles era de mais ou menos dois metros cada. Ficaram alguns segundos observando a sequência e entendendo como aquela coisa estranha funcionava.

Eles se entreolharam, confirmando a ideia de terem entendido tudo.

— Um… Dois… Três! — A garota falou.

Eles começaram a passar pelos obstáculos, pedindo aos deuses para não terem calculado errado. A primeira fileira foi moleza, passaram a segunda respirando fundo, o coração foi na mão quando pularam para a terceira e os espinhos da segunda subiram. Deram pulos rápidos da quarta para quinta e conseguiram atravessar sem danos.

Não havia tempo para respirar. À frente, um rio de lava corria e borbulhava, mas não derretia o terreno, misteriosamente. Para chegar nele, tinham que passar por dezenas de lâminas giratórias. Eram troncos de madeira com lâminas, não tinham altura regular, muito menos a velocidade do giro.

Ele engoliu em seco, mas não diminuiu a velocidade.

Os dois semideuses desviavam das lâminas com uma agilidade incrível. Vitor rolava e pulava quando necessário; saltava entre as lâminas e até ousou usar uma como impulso. Após esse momento de tensão o verdadeiro desafio veio: o grande rio de lava.

Ele nem estava mais pensando, não iria parar para pensar em outra maneira de atravessar, não tinha tempo para isso. Apenas acelerou o máximo que podia, e, quando chegou a poucos centímetro da borda, usou a perna direita para dar impulso, como um atleta, usou seus braços e pernas para dar mais altura e distância. A aterrissagem não foi das melhores, caiu bem na beirada da margem e quando foi rolar para amortecer a queda, acabou ficando sentado no chão pelo desequilíbrio.

Ele respirava pesado, contente de tudo aquilo ter passado. Mais uma batalha vencida, mas não a guerra.

— Acabou, né? — Ele tentava controlar a respiração e olhou para a Lavinia.

Plena, tranquila e sem nenhum suor pingando, a filha de Despina sorriu de leve para ele.

— Achei fácil.

O semideus ficou indignado, mas preferiu não falar nada.

Eles olharam para trás. Por um segundo, o filho de Ares achou que estivesse sonhando, depois que a filha de Despina confirmou, a ficha realmente caiu. Não tinha nada atrás deles. Tudo foi uma mera ilusão.


Armas:

Poderes:




Vitor S. Magnus
Vitor S. Magnus
Filhos de AresPanteão Grego

Mensagens :
384

Localização :
Chalé de Ares

Ir para o topo Ir para baixo

Re: {Caça a Bandeira} — Grupo Vermelho

Mensagem por Conteúdo patrocinado

Conteúdo patrocinado

Ir para o topo Ir para baixo

Página 2 de 3 Anterior  1, 2, 3  Seguinte

Ver o tópico anterior Ver o tópico seguinte Ir para o topo

- Tópicos semelhantes

Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
:: Topsites Zonkos - [Zks] ::