Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Aria Hathaway Qua 30 Dez 2015, 23:31

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Por Athena. Pois a sabedoria é a minha característica mais marcante, e sempre foi a deusa que eu mais admirei.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Características Físicas: Cabelos loiro escuros e olhos cinza como as nuvens em um dia de tempestade. O corpo magro, um pouco bronzeado pelo sol.
Características Psicológicas: Uma garota meio tímida, mas que gosta de ter as situações sobre controle. A melhor e a mais competitiva aluna da classe. Apaixonada por livros, música e séries. Faz o possível para parecer forte em frente aos outros mas no fundo é a que mais se emociona com qualquer situação.
- História do Personagem

Haviam dois meses que eu estava no hospital com meu pai. Cerca de um ano atrás ele descobriu um câncer cerebral, mas os doutores já deixaram bem claro que era tarde demais. Mas as coisas só pioraram. Tem dois meses que ele não sai do hospital e como ele é a única pessoa que eu tenho, os únicos lugares que eu vou além do hospital, é a escola e minha casa. Já fazia muito tempo que aquilo vinha me destruindo, mas eu tentava parecer forte e dizer que estava tudo bem, pelo meu pai. Ele ficaria ainda pior se soubesse que eu estava mal.
Mas nada me preparou para o que aconteceu no dia 30 de dezembro. Eu havia acabado de voltar da escola, apenas tinha passado em casa para um rápido almoço. Quando cheguei ao quarto onde meu pai ficava, vi aquela movimentação fora do comum. Eu estava espantada, e fui correndo em direção a porta, mas um médico me segurou, dizendo que meu pai não estava respirando. Foi como se meu mundo tivesse parado. Ele era a única pessoa a quem eu tinha em todo mundo, eu não podia perde-lo. Não, não e não.
Passei aproximadamente quinze minutos angustiada na sala de espera do hospital. Eu pensava no que ia acontecer. Se ele morresse, o que seria de mim? Com quatorze anos, talvez eu fosse mandada para um orfanato. Não. Eu não podia nem pensar naquilo.
Olhei para o corredor a tempo de ver o médico que tratava meu pai vindo pelo corredor.
"Não teve nada que nós pudéssemos fazer". Ele disse com um olhar triste.
Prendi a respiração por alguns segundos, enquanto tentava impedir que as lágrimas rolassem pelo meu rosto, mas não foi o suficiente. Quando eu vi, eu chorava desesperadamente.
"Ei, fique tranquila. Você vai ficar bem. As coisas dele estarão na recepção quando você quiser pegar. Eu sinto muito." Ele disse com um aceno de cabeça e saiu.
Depois de alguns segundos que levei para me acalmar, respirei fundo e fui até a recepção pegar as coisas dele e ir para casa. Chorar não ia me adiantar nada naquele momento.
A primeira coisa que a senhora me entregou, foi a bolsa com roupas do meu pai. A segunda foi uma carta. Agradeci e fui andando para casa enquanto lia a carta e chorava silenciosamente.
" Querida filha, escrevi isso para o caso de algo pior acontecer comigo, e se você está lendo, é por que aconteceu. Espero que você me perdoe por não estar com você nesse momento. A primeira coisa que eu preciso te contar, é a verdade sobre sua mãe. Você é a garota mais inteligente que eu já vi, minha querida, e tenho certeza que já leu algo sobre mitologia grega. Sua mãe é a deusa Athena e quando te encontrei deixada em um cesto na minha porta, havia junto uma carta me dizendo quem ela era e me instruindo a te mandar para um certo acampamento quando você ficasse mais velha. O nome do local é Acampamento meio-sangue. No fundo do seu guarda-roupa, você encontrará uma bolsa, com dinheiro, seus documentos e um mapa para esse acampamento. Eu espero que você junte suas coisas e vá para lá o mais rápido possível. Lá você ficará em segurança. Me desculpe por não ter te contado isso antes. Com todo amor, seu pai."
Quando terminei de ler a carta, já estava em frente a minha casa. Eu simplesmente não conseguia acreditar naquilo tudo. Mas quando cheguei ao meu quarto, eu realmente achei a mochila que ele citou em meu guarda-roupa. Decidi que eu deveria então, fazer o que ele me dizia. Peguei uma mala, coloquei todas minhas roupas, alguns livros, a carta dele e tudo mais que eu achei necessário.
Sai da casa, parei um táxi e fui. Sem nem olhar para trás. Eu tinha um acampamento para ir.
Aria Hathaway
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Chris Lopez Qui 31 Dez 2015, 02:05

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Apolo. Sempre gostei bastante de músicas, poesia e arte, se encaixa bem na minha personalidade e também me interesso pela medicina.

- Perfil do Personagem
Características físicas: Aproximadamente 1,50m de altura, corpo com porte atlético com alguns músculos aparecendo devido alguns esportes que eu praticava, cabelo curto, liso e loiro e olhos castanhos, minha pele é levemente bronzeada.

Características psicológicas: Sempre fui bastante simpático, faço amizades facilmente porque sou bastante brincalhão. Quando estou sem nada pra fazer, vou tocar piano que é minha atividade favorita ou pesquiso sobre músicas para cantar

- História do Personagem

02/04/2015

  Faltava um dia para meu aniversário de 12 anos, estava muito animado pois minha mãe disse que eu teria uma surpresa muito grande. Geralmente, eu não ganhava nenhum presente de aniversário mesmo sendo de uma família rica porque, de acordo com minha mãe, eu não precisaria de brinquedos já que eu deveria me focar nos estudos, sempre achei isso bem desnecessário embora eu e nem meus parentes conseguíamos mudar a ideia dela e o único presente que eu ganhei foi meu piano, o qual e apeguei bastante. Sempre que eu ia para a casa de meus tios, era o meu momento de diversão, pegava os brinquedos de meus primos e fazia a festa, jogava videogame, bola e outras coisas que crianças faziam.
  Ao acordar, minha mãe estava em minha porta dizendo "Já está na hora de ir pra escola, apresse-se ou vai ter que ir andando, hoje tenho uma reunião importante no trabalho e não vou me atrasar por sua causa." Minha mãe era diretora de uma importante empresa de logística aqui de Chicago, na escola eu não me sentia importante com isso já que só tinham alunos ricos estudando lá e, como eu, seus pais não tinham tempo para eles.
  Então, me levantei correndo para não atrasar minha mãe e também não chegar tarde na escola. Pela primeira vez na vida, corri para me arrumar, tomei um banho, vesti meu uniforme e desci as escadas rapidamente, quando estava saindo de casa, peguei uma maçã porque não queria passar fome e fui correndo para o carro que minha mãe já estava tirando da garagem. No caminho da escola, estava tão silencioso mas eu fiz uma pergunta "Mãe, a senhora pode me dizer qual a minha surpresa para amanhã?" Ela estava concentrada demais no transito e não ouviu minha pergunta, mas dessa vez foi diferente, eu acrescentei "É algo que meu pai deixou para mim?" com um olhar mortífero e um tom doce ao mesmo tempo ela disse  "Não é nada sobre seu pai, pare de pensar nele um pouco. Mas é algo maravilhoso, isso eu te garanto filho." Então fiquei em silêncio e fixei o olhar na maçã mordida. Minha mãe nunca falava de meu pai, nem de suas características físicas, como eles se encontraram e como ele sumiu, não sabia nada sobre ele, mas uma vez eu achei uma carta dele na gaveta, provavelmente a única lembrança que ela possui dele só que quando fui ler, ela chegou no quarto. Chegamos na escola e nem me despedi dela.
  Logo quando cheguei na escola, o meu grupo de amigos estava na porta, mas passei por eles sem dizer nenhuma palavra, estava com muita raiva porque minha mãe nunca me contava sobre meu pai, passei toda minha vida sem saber como ele era. A primeira aula era de inglês com a professora Camila, nunca gostei dela assim como ela não gostava de mim desde o primeiro dia de aula, mas ela era adorada por todos os outros alunos, quando cheguei na sala, com minha maçã ainda não terminada e ela soltou com sua voz grossa "Comer na sala é proibido Lopez."  Eu apenas guardei a maçã e guardei minha raiva para a aula de educação física que era a próxima. A aula de inglês passou mais rápido do que eu desejava, quando o sinal bateu indicando o final da aula, eu corri para o ginásio onde o professor Franklin nos esperava com a bola na mão, ele tinha aproximadamente 1,90m de altura, negro com o cabelo de dread, e muito musculoso, ele realmente me assustava mas era gente boa, gostava de mim, mas ele havia algo estranho, como se fosse forçado a gostar de mim. Logo no começo da aula ele disse que seria queimada, e ele escolheria os times Então eu já pensei "Hoje eu vou jogar bola bem forte na cara de alguém." Mas ele me colocou no time com os nerds e meninas frescas, os meninos bons ficaram no outro time. E então a partida começou e meu time ganhou milagrosamente, percebi que hoje era um dia bastante alternativo.
  O restante das aulas passaram rapidamente e mais nada ocorreu até a hora da saída. Todos os dias eu ia embora para casa andando e nesse dia não foi diferente, mas no caminho para casa um homem estranho me parou e me perguntou "Garoto, onde fica a farmácia mais próxima?" Achei estranho pois havia uma no final da rua e estava bem visível pois havia uma placa enorme indicando que havia uma farmácia, eu apenas apontei e continuei seguindo meu caminho, ao andar mais um pouco a senhora gritou "Garoto!" Quando eu olhei, ela havia se transformado em um monstro com asas de couro, garras e presas, apenas corri e gritei por socorro, mas as pessoas dentro de casa agiam como se nada estivesse acontecendo. Como estava correndo muito rápido, tropecei em meu pé e caí, e o monstro se aproximou de mim, ao tentar me levantar vi que meu amigo Carlos estava correndo em nossa direção, não exatamente correndo, mas trotando, pensei que ele havia se transformado em um monstro como a senhora e estava me perseguindo. O monstro estava em cima de mim e rasgou minha testa com sua garra e comecei a sangrar sem parar, então Carlos se aproximou e atingiu a senhora com uma espada, e ela virou pó. Essa foi minha ultima visão.

05/04/2015


 Ao acordar, já estava em casa com Carlos do meu lado e ele gritou "Srª Lopez! Ele acordou!" E então ela apareceu correndo no meu quarto com os olhos inchados de tanto chorar e me abraçou fortemente, voltou para a sala e trouxe 3 pacotes para mim e disse "Filho, estes são os presentes para você, quero te entregar antes que seja tarde demais. Sabe aquela carta do seu pai? Então, nela estava escrita que era pra eu te entregar estes presentes no seu aniversário de 12 anos." Quando abri, fiquei surpreso pois eram um arco e flecha, um lindo escudo e uma aljava com flechas, com tom de desprezo e raiva, perguntei "Mas mãe, onde vou usar tudo isso? Não sei lutar e a senhora sabe disso!" Então ela e Carlos riram, até que ele disse "Chris, você acredita nos deuses gregos? Se não, é melhor começar a acreditar porque eles serão mais presentes da sua vida do que você imagina. Você é filho de um deles, você é um semideus!" Minha mente estava confusa, cheia de perguntas, logo quando abri a boca minha mãe disse "Você é filho de Apolo, o deus da música, poesia, medicina, arco e flecha e do Sol, por isso te dei o piano de presente e ele te dando isso, mas agora filho, eu e Carlos vamos te levar para um local seguro, O Acampamento Meio Sangue, onde nenhum monstro pode te perseguir e você vai treinar para usar seu arco e sua flecha e será amigo de outros como você. Suas malas já estão prontas. Vá tomar um banho" Durante o banho, eu senti uma força estranha dentro de mim, acho que era meu pai falando comigo da maneira que podia, para mostrar que sempre estaria comigo. Durante a viagem para o Acampamento Meio Sangue, fiquei bastante nervoso, pois seria uma nova realidade pra mim e uma chance de mudar de vida.
Chris Lopez
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Ficha de Reclamação

Mensagem por Troy Nightwhisper Queen Qui 31 Dez 2015, 15:00

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

 DESEJOS? TEM ALGUM GÊNIO NO PEDAÇO? Existe gente quem é de peixes, outros de libra. Bom... eu sou de Hécate. Não é questão de desejo. Afinal, quando isso foi decidido, eu nem tinha consciência para desejar, né?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

 Falar sobre mim? Difícil, né? Certo... tive um professor de ética (se isso for uma matéria escolar de verdade mesmo) quem disse: "sobre nós que julguem os outros, pois estamos muito envolvidos no jogo para sermos júri ou juiz". Não entendi esse "discursinho" até hoje, mas parece coisa que gente elegante diria. Eu sou eu. Divertido, animado, vidrado em games (sim, games, porque jogo é coisa de criancinhas, games são para pessoas maneiras igual a mim), algumas vezes meio irônico e sagaz, talvez eu seja inteligente e finja ser burrinho, ou quem sabe sou burrinho e finjo ser inteligente? Só Atena pra saber mesmo...

 Mudando para parte sedução do tema: sou um arraso, minha pele clara, meus olhos atraentes e minha boca "fofa". Olha que não fui eu quem disse isso sobre mim. Nem te conto essa parte maluca da minha vida. Afrodite deve rir até cair no chão quando faz seus joguinhos comigo. Meu cabelo é um assunto especial, curto dos lados, cheio em cima e castanho claro. Um dia acordo com ele de um jeito, outro dia de outro jeito. De qualquer modo, ele sempre tá "incrível" do tipo inacreditável mesmo. Na escola me zoam bastante: "Tem dinheiro pra comprar um iate, mas não tem pra um pente?". Eu só tento ignorar ou levo na brincadeira, porque sei que são todos uns invejosos que merecem beijinhos no ombro. "[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]".

- História do Personagem

 NÃO SOU EGOCÊNTRICO... e é por isso mesmo que vou falar do meu pai antes de mim. "Sim senhori positoni" (citando Pink Dink Doo, porque eu tive infância e tive uma televisão com Discovery Kids), meu papai: Logan Faye Queen. O homem rico mais maluco do pedaço! Para justificar meu conhecimento sobre essa Historieta Assombrada (Tá legal, me pegou! Eu ainda gosto de desenhos infantis...), meu pai era um cara mulherengo e irresponsável até ter uma surpresa na porta da mansão!

 SER DOIDO É ARTE E MEU PAI FAZ PARTE. Para terem noção do tanto sem noção que ele era: Logan Frederick Gauss, um dos herdeiros da fortuna incalculável dos burgueses alemães Gauss, mudou seu nome em homenagem a Oliver Queen, identidade do Arqueiro Verde da DC Comics (a parte Faye do nome dele e Draken do meu contarei em outra ocasião). Nada que o dinheiro não conseguisse. Ele era muito "rodado" nas baladas e adorava heróis (combinação zoada, sorte que tenho bastante intimidade com ele pra falar disso).

 ELE TINHA QUE FAZER "UMA" BOBAGEM NESSA FASE. Com toda certeza garotos ricos se previnem na hora H para evitar posteriores golpes do baú, armações de mulheres perversas, intimidações, etc, etc, etc. Parece coisa rara, mas eu tenho só 17 anos e já vi bastante para evitar complicações com isso! Quando eu tinha nove anos, a garota quase me convenceu de que a gente iria ter um filho! EM MINHA DEFESA, EU ACHAVA QUE SEGURAR AS MÃOS PODERIA ENGRAVIDAR A MENINA! Enfim, voltando ao meu pai: ele ainda jura de pés juntos que usou proteção. Entretanto, contudo, porém e todavia, AQUI ESTOU EU! Minha mãe deve ter sido uma ninja mesmo...

 DAMA DA NOITE? AH, QUE BELEZA! Não entendam "dama da noite" errado, talvez ela me mate se acontecer! Sagacidade nem sempre é um dom pelo visto... Foco!!! Meu pai é bem atento aos detalhes (o que intensifica o perfil de maluco) e depois de voltar de uma viagem à Grécia, percebeu que estava sendo seguido até os Estados Unidos desde o aeroporto. Toda noite durante umas duas semanas, uma moça espreitava as janelas da mansão Gauss procurando pelo garanhão lunático (Nunca mais chamo meu pai assim!). Até que ele deciciu chamá-la para ter uma noite na cama king size ao invés de uma noite o observando do lado de fora da casa. Eis minha mãe que desapareceu assim que teve a noite perfeita com um jovem galã e riquinho.

 UM MINUTO KYLE! E COMO VOCÊ VOLTOU PRO SEU PAI? Dica número um: preste atenção nas câmeras de vigilância da mansão Gauss no dia 18 de novembro de 1998, especificamente a câmera do portão de entrada às 3:12 da madrugada. Você verá uma cesta com um bebê super lindo sendo entregue por... uma coruja! E como pode isso? Pergunta para minha mãe! Dica número dois: leia o bilhete falando que "H" agradece pela companhia de meu pai e estadia em seu quarto durante a noite. Ops! Espera! Não tem como você ler bilhete nenhum! Ele queimou em fogo verde segundo meu pai, o único que leu.

 CARA, VOCÊ ENROLA MUITO PARA CONTAR UMA HISTÓRIA DE RECLAMAÇÃO! Nem vem! Posso ter dislexia, mas lembro muito bem de ler que uma história precisa envolver o leitor e, cá entre nós, se você leu até aqui é porque está intrigado com algo. Além do mais, meu pai é essencial na minha vida. Eu cresci nesse contexto de maluquices e aventuras. Claro que meu pai é louco por heróis, porém eu sou por misticismo. Mitologia sempre me atraiu, mas mitologia grega... essa me fisgou pelo pescoço desde o primeiro mito: uma história sobre Medeia, uma feiticeira da noite que dominava a magia. No meu celular tem um game bem legal de mitologia grega, Gods Rush, tantos deuses e heróis gregos em versões virtuais. Viciante. Nele tem a feiticeira Medeia, uma mulher com adagas flutuantes sob seu comando, pele e cabelos azuis. Design gráfico viajado para uma feiticeira poderosa, mas muito maneiro.

 O QUE EU ACHO DISSO TUDO? Sinceramente, "eu amo muito tudo isso". Dizem que amor cega e clareia ao mesmo tempo. Minha história faz exatamente isso comigo. Me deixa com muitas respostas e o dobro de dúvidas! Sei que parece besteira, mas nunca perco uma oportunidade de saber quem é minha mãe ou "era"... às vezes sigo meus instintos e na maioria das vezes acaba em uma resposta: GRÉCIA! Realmente, essas histórias e lendas me atraem como um ímã. Já até comecei uma discussão no jornal local (tenho um amigo no editorial): HÉRACLES OU HÉRCULES? FILHO DE MAGNATA COMEÇA O DEBATE! Muitas pessoas erram esses nomes. Héracles é grego e Hércules romano. Aff! Culpa da Disney que bagunça mentes com aquele filme do Hércules! Lembra do Gods Rush? Até naquele "app" eles confudiram os dois deuses!

 QUAL SEU PONTO NO FINAL DAS CONTAS? Nenhum. Sou um garoto normal, exceto por ser rico, lindo, maravilhoso, perfeito, bem-humorado, gostar de mitos, não saber de fato quem é minha mãe e ter um pai maluquinho. Já falei da parte estranha? Aquela em que tenho sonhos estranhos com corvos, corujas e cães de três cabeças? Li uma vez sobre Cérbero, o cão-guarda do submundo. Se esse cara é igual aos cachorros dos meus sonhos, não quero nem chegar perto do mundo inferior! Apesar de não estar muito convencido na veracidade dos mitos, muitas vezes me desespero em saber quem minha mãe é e, honestamente, tenho meus palpites; porque a mitologia grega não só me atrai, ela me traz à tona imagens de um passado que me envolve, quase como memórias. Mitos, a coruja que me trouxe, meus sonhos, o bilhete de "H"... tudo deve estar conectado. Um quebra-cabeça antigo quase completo, porém algumas peças devem estar soterradas pela poeira ou desaparecidas pela casa.

 UM SONHO OU UM FENÔMENO? Agora que já te apresentei meus sonhos estranhos... VAMOS PARA O GANHADOR DE "O SONHO PIOR DO QUE PESADELO COM FREDDY KRUEGER"! Parece que foi ontem. E não é que foi ontem mesmo?! Então, vamos lá: eu tinha aparecido misteriosamente perto do Grace Cemetery, aqui mesmo (ou lá mesmo...) em Chicago. Estava no cruzamento da Southport Avenue com a Irving Park Road. O lugar é cheio de lojinhas e prédios baixos, todos feitos de tijolos vermelhos, beges, cinzas e marrons. Na esquina tinha a barbearia Floyd's (eu já tinha ido nela com meu pai uma vez, a mansão Gauss não ficava muito longe dali). De repente, um monstro gigante - com mais braços e cabeças do que eu poderia contar - apareceu depois de quebrar a vitrine da barbearia e avançou em mim! Eu só fechei os olhos e esperei desesperadamente para me ver junto com outros mortos do mundo...

 FALA ÚNICA DA ABERRAÇÃO. "TAKE UM"! AÇÃO!  - HÉCATE!!! - uma voz áspera que corroía meus tímpanos berrou (provavelmente era o monstrengo).

 DESDE QUANDO ESTOU NO PAÍS DAS MARAVILHAS? Isso me vez instintivamente abrir os olhos e acabei vendo uma cena mais pirada que o Chapeleiro Maluco fazendo o Futterwacken (aquele Passo Maluco). Havia uma mulher segurando uma alabarda de bronze e dando uma surra no bicho papão horrendo. Mas aquela pessoa, eu a reconhecia. Nunca tinha visto ela antes, porém eu tive uma sensação familiar. Sei que parece coisa tosca um sonho ser tão detalhado. Até eu não estou conseguindo me convencer dos fatos...

 DISNEY MARCANDO VIDAS! VALENTE! Eu tentei me aproximar da moça. Assim que dei o primeiro passo, ela desapareceu e reapareceu ao meu lado enquanto sussurrava: "fuja". Tudo virou noite, como se a luz do luar incidisse por uma fresta entre a escuridão sobre o mundo iluminando apenas onde eu estava e nada além disso. Um caminho de chamas surgiu na minha frente (parecia a trilha de fogos-fátuos da princesa Mérida do filme Valente). Pela trilha eu vi uma floresta e atrás de mim não dava mais para vê-los, mas eu sentia os dois batalhando. Corri para o caminho mais seguro, longe da cena de Mortal Kombat.

 AGORA VAI ENTENDER O PORQUÊ DE EU NÃO SABER SE ESTOU MAIS EM CHICAGO! No final da trilha, avistei uma Colina e não fazia ideia de onde estava! Sentei perto de uma árvore grande com muitos galhos e folhas deslumbrantes (se eu fosse membro de um clube de observadores de "árvores", pararia para admirá-la). PODE APOSTAR QUE ME BESLIQUEI UMAS DOZE VEZES! Mas eu não estava mais sonhando. Chorei preocupado: e meu pai? Minha escola? Meus amigos? Até dos meus games estava sentindo falta no momento... Ouvi passos. Congelei por um momento. Pensei em subir na árvore e me esconder, só que era tarde demais.

 MAIS UM ATOR-MONSTRO COM FALA ÚNICA! - Você! - Tenho certeza de que aquilo era um homem, porém com um traseiro de cavalo! Se eu não estivesse a ponto de transformar cuecas brancas em amarelas, teria pensado: "UM CENTAURO!". Ele não precisou falar mais nada para resultar em um "Kyle desmaiado à la effrayé (assustado)".
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Hazel E. Flores Sex 01 Jan 2016, 15:53


Reclamação
Son of Nêmesis
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Por Nêmesis; Eu estava pensando cuidadosamente o que se encaixaria na história do meu personagem, já que é com dor e sofrimento, além de uma vingança para alguém que fez tudo que fez com a sua família (Isso será explicado na história). Assim, depois de muito questionamento vi que a deusa Nêmesis era a que mais se encaixaria, além dela ser uma deusa muito... fodástica, daquelas que prendem sua atenção para com a sua história. E por isso decidi ser filho dela.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Características Físicas - O Simon tem cabelos pretos e longos, sendo cacheado. Esses cachos caem sobre seus ombros de uma forma suave, não se bagunçando facilmente.
Seus olhos são negros como o breu, igualmente sua barba, que se caracteriza por um bigode um tanto diferente, igual aos da sua família na Alemanha, um tanto "V de Vendetta". Sua pele é branca, como giz, coberta de tatuagens em algumas partes do corpo, sua altura acaba chegando a 1,74m e como seu peso é de 70 kg, ele acaba sendo muito magro, porém musculoso.

Características Psicológicas - "O jovem é sombrio" - É assim que as pessoas na pequena cidade em que ele mora dizem sobre o garoto. O que é realmente a verdade, Simon viu sua família ser morta por um Damphyr a ordens de um deus desconhecido e isso acabou despertando uma sede de vingança sem igual, além de um senso de justiça maior do que já era. Herondale tem medo do que se esconde dentro de sua alma, ele não é bom nem mau, mas é justo e a justiça é uma face de dois gumes, que tanto corta quando entra e tanto corta quando sai. Ele gosta de música boa e isso acalma seu ímpeto durante a batalha e até mesmo fora dela, assim ele consegue se dar bem com todas as pessoas que não estejam fazendo nada de errado. Com seu TOC para arrumação, as vezes pode parecer paranoico para quem não o conhece, já que a todo momento ele está afiando sua faca enquanto canta baixo uma ladainha judaica, que aprendeu na Alemanha enquanto sua família era viva.


- História do Personagem

"Que dia bonito". Era o pensamento do Simon enquanto saía da mansão no Rio de Janeiro com a sua família, que também sorriam com o sol que se fazia naquela cidade do calor. Os Herondale era uma família antiga na Alemanha, que havia conseguido escapar durante o Holocausto e depois voltaram para fazer a economia alemã renascer, assim eram ricos e bem de vida, logo podiam se dar o luxo de viajar para o solo brasileiro em pleno inverno europeu.
Era o último dia da família na linda Rio de Janeiro e por isso estavam se preparando para ver um clássico do futebol local: Flamengo vs. Fluminense, que faziam aquele amistoso para ajudar uma cidadezinha no estado de Minas Gerais. A família do Simon não perdeu tempo em dar o patrocínio para o jogo além de estender a estadia na cidade para mais algum tempo a fim de ir assistir a partida. Jace, irmão de Simon, encarou seu irmão enquanto iam para o Maracanã no SUV comprado na cidade.
- Você parece muito bem, Simon. - Comentou o garoto que ao contrário do irmão, tinha cabelos tão louros que chegava a serem brancos.
- O dia está bonito. - Respondeu Simon, sorrindo para o irmão.
Os dois haviam se aproximado mais enquanto estavam no Brasil, mesmo tendo brigas constantemente eram agora melhores amigos e ambos sabiam que podiam confiar um no outro. A mãe dos dois, Maryse Herondale sorriu para os filhos enquanto apertava a mão do marido, Gabriel, era bom ver a família unida daquele jeito.

Parte II


O jogo foi maior alegria e essa alegria ainda contaminava Simon enquanto a família adentrava na sua mansão em que estavam na zona sul da cidade do Rio de Janeiro. A partida tinha acabado empatada em 8 à 8, que mesmo se tratando de uma partida amistosa era um placar bem alto. Simon ficou feliz em ver todas aqueles brasileiros juntos e se divertindo em uma época tão triste para o país, essa alegria ainda estava correndo pelo corpo de Simon enquanto ele andava na direção do seu quarto para arrumar as coisas e tomar um banho antes de pegar um jato para voltar a Berlim.
O banho acabou sendo um pouco demorado, pois o menino tinha que ajeitar sua barba antes de sair, além de olhar mais uma vez para as tatuagens que ocupavam uma parte do seu corpo. Mesmo tendo apenas 15 anos, o menino parecia ter 19, já que seu tamanho, sua maturidade e todos os outros fatures com relação a ele indicavam isso. Desde dos 13 anos já comandava uma das empresas do pai em Florença, na Itália, apesar de ter conselhos dos sócios do pai, era ele que comandava. Ao sair do banheiro, tratou logo de arrumar a mala antes mesmo de se arrumar, deixando todo o quarto e suas coisas arrumadas de uma forma impecável, que só ele conseguia fazer. Se arrumar em seguida foi fácil e simples, colocando uma calça jeans preta, uma camisa dizendo: "Não mate o sátiro, ele é um amigo", tênis All-Star's de cano longo e de couro, além de colocar a corrente que era  presente da mãe envolta do pescoço, com o pingente de proteção da Nossa Senhora de Fátima, uma santa brasileira.
Ao sair do quarto, Simon percebeu que tudo estava um silêncio danado, até ouvir um grito:
- NÂO! – Era sua mãe, que gritava desesperadamente enquanto um som de carne rasgando preenchia o ar. O jovem começou a correr na direção da escada que levava ao Hall da entrada e ao ficar no topo da mesma percebeu que não adiantava fazer mais nada.
Sua família estava toda morta por um ser que parecia um vampiro, com as presas a mostra, as unhas parecendo garras e um olhar como um felino que esteja caçando. O pai de Simon estava sem a cabeça e o irmão do menino não era visto por ali, mas a mão estava tendo seu sangue sugado quando o Simon apareceu, atraindo a atenção do vampiro.
- Olha olha, era você que eu estava procurando. - E em velocidade impressionante que deixou o Herondale estupefato - Filho de Nêmesis.
Ao acabar a frase, o monstro pegou o menino pelo pescoço o trazendo para o Hall enquanto seu corpo estava suspenso no ar, jogando o Simon assim que chegou no Hall, lançando-o em um caixote de vidro onde o pai do garoto guardava sua melhor arma, um gládio de prata. Assim que caiu em cima do caixote, o semideus percebeu que o vidro se quebrou em suas costas cortando a mesma em diversas partes. Só que algo estava tomando conta do corpo do menino, um senso de justiça que ele sempre teve só que agora maior ainda, pois se tratava de um senso de vingança. Rolando sobre o corpo ignorando a dor nas costas, o meio-sangue pegou a gládio ficando de pé em seguida enquanto encarava o vampiro, que não estava mais no Hall.
- Me procurando? - Perguntou o mesmo, que agora estava atrás do Simon. Antes que o jovem pudesse fazer alguma coisa, levou um chute nas costas o jogando para a frente desequilibrado e se apoiando na parede, conseguiu se recuperar sem muitos danos a não ser a dor alucinante que estava em suas costas devido aos ferimentos com o vidro.
- Seu monstro. Porque está fazendo isso comigo? - Perguntou o Simon, enquanto arquejava.
- Semideuses novatos nunca sabem o que está acontecendo. - Disse o vampiro, sentando em cima da mesa da sala de estar. - Você é filho de um deus com um mortal, nesse caso, filho de uma deusa muuuito chata. Outro deus mandou eu acabar com seu sossego, vindo aqui matar toda a sua família incluindo você. Mas chega de papo, você está com uma cara de merda e eu o quero morto.

O vampiro correu na direção do Simon, que estava mais assustado com toda aquela história de deuses, de morte e de sua vida envolvida nisso tudo. "Use os poderes que têm dentro de você." A voz na mente do Simon o ativou, trazendo à tona toda a raiva que estava guardada.
O menino então percebeu de onde vinha o golpe do vampiro, que estava direcionando sua mão na direção do seu rosto e por isso o jovem se abaixou enquanto dava uma estocada na barriga do vampiro, que completamente surpreso arquejou vendo a lâmina adentrar no seu corpo. Só que ele não iria deixar barato, aproveitando que o garoto estava abaixado deu uma joelhada acertando em cehrio o rosto do garoto que acabou deixando a gládio no corpo do monstro enquanto caía para trás.
Mas ele tinha que aproveitar já que a casa era toda decorada de armas e isso incluía o Hall. Atrás dele tinha uma lança de dois metros com uma lâmina de 60cm, capaz de matar um Javali, segundo seu pai dizia. Assim o Simon se levantou rapidamente, enquanto o monstro vinha andando calmamente com um sorriso nos lábios, aproveitando disso o garoto pegou a lança se colocando em posição de defesa apontando a lança para o vampiro. Ele não tinha a ideia de como usar a arma, sabia apenas que tinha que usar a ponta da mesma, então ao ver que o monstro ainda se mostrava com a sua arrogância, Simon Herondale correu deixando o monstro com uma expressão de surpresa e ficando a lança bem no peito deste, jogando-o no chão com a forma do impacto.
- Procure Hécate. - Foi a última palavra do Damphyr, enquanto morria pela lança no peito, a espada na barriga e o sangue que saia de sua boca o sufocando. E rápido assim, o pesadelo só havia começado na vida do Simon.

Parte II



Assim que viu que o homem-monstro-vampiro estava morto, Simon correu na direção de sua mãe que por incrível que pareça ainda estava viva. Ela respirava com dificuldade e a mordida no pescoço da mesma sangrava constantemente, fazendo com que a vida dela se esvaísse rápido.
- Meu filho. - Disse a Maryse abrindo os olhos enquanto o seu filho sentado a pegava no colo ignorando toda a dor nas costas e nas feridas que estava pelo corpo, principalmente um dedo quebrado que ele só percebeu naquele momento quando pegou a mãe no colo. - Eu... Eu... preciso... te contar...
- Não mãe, não fale. - Disse o Simon, começando a chorar vendo a mãe naquele estado tudo por conta de seres que ele nem se quer acreditava que existia.
- Pegue... pegue a carta... nas minhas coisas... ela irá explicar tudo. - Maryse com lágrimas nos olhos encarou seu filho dizendo a frase que marcaria a vida do menino. - Eu te amo.
E assim, a vida se esvaiu de seu corpo de vez, deixando o Simon Herondale chorando completamente enquanto abraçava a mãe de uma forma que apenas um filho consegue abraçar, chorando de uma forma que apenas um filho consegue ao ver a perda de sua mãe. A dor havia entrado agora em lugares do seu corpo que nunca mais sairia.


Horas se passaram com o Simon ali, até que a polícia do Rio de Janeiro chegou juntamente com as ambulâncias, mas nada disso o Simon lembra pois apenas o rosto de sua mãe estava em sua mente, com as frases ditas tanto por ela tanto pelo monstro. Mas ele se lembra apenas de um fato : Pediu a carta que estava nas coisas da mãe, que a polícia civil prontamente deu ao garoto sabendo a dor que ele estava sentindo, um Alemão que veio o Brasil apenas para ter a família morta, por alguém que eles constaram se tratar de um facção da cidade .
Só que o filho de Nêmesis sabia a verdade e essa verdade ofuscava tudo, deixando as coisas transcorrerem como se ele não estivesse ali. Ele voltou a si mesmo quando se viu em um quarto de hotel, com os ferimentos tratados e o dedo engessado. Simon havia acabado de sair do banho e não estava nem com uma toalha envolta do corpo, pois ele não se importava com nada disso naquele momento, ele queria ler a carta que a mão havia deixado para ele, dizendo tudo que ele precisava saber à partir de agora. O jovem sabia que tinha tudo que precisava, sendo agora o herdeiro da família considerando que o Jace havia sumido e a polícia não havia encontrado nada do menino, nem as suas malas, fazendo com que ele se tornasse o culpado daquilo que havia acontecido. Mas o Simon não se importava, sabia que o irmão não era assassino, assim apenas sentou na cama molhando a mesma com a água que escorria pelo corpo enquanto pegava a carta da escrivaninha ao seu lado. Sem perceber, já estava lendo com a velocidade incrível e então havia acabado, fazendo com que ele começasse a ler a mesma de novo, dessa vez com calma.

Carta escreveu:Meu querido filho,
Se provavelmente está lendo essa carta é porque as coisas estão muito ruins e você já sabe que não é meu filho e sim filho de uma deusa. Sim, você é filho de uma deusa, sabemos disso pois seu pai verdadeiro, na qual morreu de infarto, deixou também uma carta dizendo tudo que havia acontecido na vida do mesmo enquanto te entregava para o orfanato na qual o adotamos em Londres, Inglaterra. E agora também te falo mais uma verdade: Você é inglês.
Mas agora preciso dizer a verdade sobre a sua vida - Você nasceu na Inglaterra, em Londres. Seu pai acabou se envolvendo com uma deusa grega, que estava em Londres por algum motivo especial estava na cidade. Os deuses existem, os velhos deuses gregos que eu te falei quando era pequeno, aqueles mesmos que você se impressionava e ficava feliz só em ouvir falar deles, isso já mostrava o sangue divino que corria em sua veias. Assim como o senso de justiça que você sempre teve, lembra-se quando seu irmão teve problemas com alguns meninos na escola e mesmo eles estando coma superioridade você foi brigar com eles? Era a sua verdadeira mãe dentro de você, Nêmesis, Deusa da Justiça, da Vingança distributiva. Seu pai, seu pai se chamava Yoren Lightwood, um homem que era juiz, que ao ser abandonado por sua mãe acabou entrando em depressão, bebendo muito e morrendo de infarto quando você tinha apenas dois anos.

Apesar disso tudo, quero que você saiba o quanto eu e o Gabriel o amamos, para nós, você sempre foi nosso querido filho mais novo. E por isso mais um conselho: Vá para os Estados Unidos. Procure o Acampamento Meio-Sangue em Long Island.
Eu te amo.
Maryse Herondale.

E como tudo naqueles momentos, Simon não percebia o que estava acontecendo ao seu redor, muito menos o que estava acontecendo contigo e por isso se surpreendeu com as lágrimas que rolavam molhando a carta.
Simon Herondale tinha agora um novo objetivo, tinha uma família em seu peito, mas ele precisava de mais respostas. E por isso iria para Nova Iorque.

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♦ Thanks, Andy 'O' ♦ Obrigado, Oliver. -q Peguei emprestado.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Camden Navarre Sáb 02 Jan 2016, 19:59

Avaliação


Aria Hathaway - Então, eu li toda a sua ficha, alguns erros de posição de vírgula, concordância verbal e nominal. Além disso, eu achei muito curta a sua ficha, sem muita descrição e muito simples, além de ter nenhuma batalha - Você é uma filha de Athena, não é normal uma filha da sabedoria passar despercebida. Portando como se trata de uma ficha para ser filha de Athena na qual a avaliação é mais rigorosa, você foi: [/justify]

[b]REPROVADA
Boa sorte da próxima vez!

Chris Lopez - Hi, boy! Então, sua ficha tem uns erros de concordância que eu acho que você deveria ter mais atenção enquanto escreve, logo no começo você coloca vírgulas nos lugares errados, que se você tivesse usado um corretor possivelmente ele te mostraria que estava errado. Em seguida você começa a errar coisas simples como a pontuação, os parágrafos e as falas, que deveriam ser colocadas depois dos dois pontos e com o travessão. Esses erros vão se repetindo, até que na luta tudo piora:
Quando eu olhei, ela havia se transformado em um monstro com asas de couro, garras e presas, apenas corri e gritei por socorro, mas as pessoas dentro de casa agiam como se nada estivesse acontecendo. Como estava correndo muito rápido, tropecei em meu pé e caí, e o monstro se aproximou de mim, ao tentar me levantar vi que meu amigo Carlos estava correndo em nossa direção, não exatamente correndo, mas trotando, pensei que ele havia se transformado em um monstro como a senhora e estava me perseguindo. O monstro estava em cima de mim e rasgou minha testa com sua garra e comecei a sangrar sem parar, então Carlos se aproximou e atingiu a senhora com uma espada, e ela virou pó. Essa foi minha ultima visão.
Essa foi sua luta. Perceba que a descrição que você dá é de uma Fúria, um ser monstruoso e tão perigoso que te mataria facilmente, além do mais, a espada que o Carlos usou não existe aqui no fórum, que seria de Bronze Celestial. A luta foi sem coerência nenhuma e isso é mostrado quando você diz que ninguém percebia nada - Ainda que se trate de uma batalha com seres monstruosos, os mortais veem outras coisas invés do verdadeiro, assim eles também entraria em pânico ao te ver gritando. Ainda assim, esse foi o momento que me fez te reprovar, apesar dos erros recorrentes.
Dessa forma, te desejo boa sorte na próxima vez, use um corretor e se atente a esses erros recorrentes. [/justify]

REPROVADO
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Taylor Von Springs Dom 03 Jan 2016, 12:23


Ficha de Reclamação
Taylor Von Springs | | The Dutch Beast

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Por quê?

Herácles, o mais célebre dos heróis da mitologia greco-romana. Tamanha foram suas conquistas que Zeus o arrebatou para a imortalidade e fizeram-no dele o mais lembrado de todos os semideuses existentes. Além dos poderes caiberem bem com a personalidade de Taylor, acredito que existe muita trama possível para se desenvolver com tal prole.

▬ Perfil do personagem

Físicas: Taylor possui um metro e oitenta e dois centímetros de altura, pesados em oitenta e cinco quilos. Sua pele é morena, seus cabelos são negros e seus olhos azuis. Seu corpo é musculoso e definido, em um ar totalmente atlético. Geralmente utiliza um corte de cabelo curto e sua barba quase sempre fica por fazer.

Psicológicas: Taylor é como qualquer jovem de vinte anos. Possui várias dúvidas à sua cabeça e suas emoções mudam conforme a situação. Ainda assim, tende na maioria das vezes ser explosivo, volátil e acaba resolvendo boa parte de seus problemas com as mãos. No geral, tem prazer em estar em uma luta e entusiasmo em enfrentar adversários melhores que ele. De uma forma geral é um tanto quanto egoísta e sem tanta educação.

▬ História do personagem

A multidão estava eufórica, gritavam e pediam o fim daquele combate. Taylor, a besta holandesa, castigava com ferocidade o adversário, que teimava em não ficar no chão. Os flashs dos celulares realçavam a disputa entre aqueles gladiadores do mundo moderno. Von Springs parecia possuir a força de um touro, cada golpe que aplicava, era como se uma bala de canhão atingisse o oponente. Sem surpresas: Nocaute.

-X-

— Como dizíamos no anúncio, dez mil dólares. — Falou o dono da casa noturna. Sentado em seu escritório, atrás de sua mesa, ele entregava o dinheiro da premiação de seu torneio amador. — Sabe, poucas vezes vi alguém lutar boxe tão bem. Poderia ganhar dez vezes mais que isso em uma luta da WBA, eu tenho uns contatos, podemos providenciar uma estreia profissional. — Sugeriu, enquanto o campeão contava o dinheiro rapidamente.

— Não tenho interesse. Valeu pela grana. — Respondeu friamente o pugilista, pondo o prêmio dentro de sua mochila e partindo.

Trajando um terno, o semideus saía daquele local com sua mochila às costas. Ele esperava conseguir carona até Nevada, onde outro torneio amador estaria para acontecer. Já no estacionamento da boate, ele se dirigia à saída. Em meio a cumprimentos e felicitações pela vitória, um rosto conhecido se destacava, do outro lado da rua. George vestia suas típicas roupas largadas, sempre apoiado em suas moletas e com um boné a esconder seus chifres.

— Eu até lhe parabenizaria, se você tivesse enfrentando bons adversários. — Ironizou o sátiro, já com ambos distantes da multidão.

— Se você achar um bom adversário me avise. — Retrucou Taylor. Sua feição permanecia séria, até certo ponto, carrancuda. — O que está fazendo aqui? — Indagou.

— Três anos sem me ver e é assim que cumprimenta?! — Disse George, enquanto Taylor permanecia o encarando em silêncio. — Na verdade eu vim te ver e dessa vez não é para te pedir favores. É para retribuir um favor antigo.

— Não quero nada que venha de você. — Colocou Von Springs.

— Eu sei que errei com você cara, mas o que tenho com certeza chamará sua atenção. É sobre sua mãe... — Falou, enquanto retirava um papel de um de seus vários bolsos. — É uma pista sobre quem a matou. — Complementou, entregando-lhe um papel. O silêncio dominava aquele momento, enquanto a prole de Herácles abria as dobras do bilhete e o lia.

— Onde arrumou isto? — Indagou Taylor.

— Não posso falar, mas a fonte é confiável. — Respondeu o ser mitológico.

— Se isto não for real, juro que vou te achar e entortar ainda mais suas pernas. — Ameaçou.

— Eu dou minha palavra que é real. De qualquer forma você precisa contatar o oráculo e até onde sei, ele está no Acampamento Meio-Sangue. — Dava resposta.

— Long Island? — Perguntou, enquanto George acenava positivamente a cabeça. — Harry me alertou que algum dia acabaria tendo que ir até lá.

— Se estiver disposto a seguir em frente, acho que vai precisar disso. — Disse o sátiro, enquanto retirava dos bolsos um mapa e uma chave e entregava os itens para Taylor. — Este mapa contém mais ou menos a localização do Camping. Apenas semideuses ou criaturas da natureza poderão lê-lo. — Complementou.

— E o que seria essa chave? — Questionou a besta holandesa.

— É a chave da casa em que você e sua mãe moravam em Haia, na Holanda. Na verdade, esperava te dá-la quando soubesse que você estaria pronto para voltar. Mas talvez não haja momento para volta e não sei se voltarei a te ver também. — Respondeu. Enquanto o neerlandês segurava aquela chave com força.

— Minha mãe era uma ótima semideusa, com certeza uma das melhores filhas de Hecáte que poderei ver. Ela me ensinou a conviver com meus poderes, a controlar minha força e mesmo que combate corpo-a-corpo não fosse sua especialidade, ela me foi uma ótima professora. Jamais vou me esquecer os momentos que passei com ela, de como ela me ensinou a disfarçar o cheiro de semideus utilizando ervas e das histórias que ela me contava sobre seus feitos. Nossa casa era segura contra qualquer monstro, éramos felizes e não fazíamos mal a ninguém, ainda assim aqueles homens invadiram nosso lar e a mataram-na. Talvez ela pudesse vencê-los, se não eu não fosse tão inútil e ela não tivesse de me proteger deles. — Relembrava, enquanto uma sensação de dor invadia o peito do jovem, ao ter aquele item em mãos.

— Não se culpe, você só tinha treze anos, era uma criança, nunca havia precisado lutar. — Consolou o sátiro.

— Eles irão me pagar George, pelos deuses como vão. — Murmurou, dando às costas.

— Boa sorte Taylor e espero que consiga o que tanto quer. — Desejou o ser mitológico.

Taylor perdeu a mãe após ela ser assassinada por três prováveis semideuses que invadiram a casa onde ele cresceu e nasceu, na Holanda. Sua mãe deu a própria vida para impedir que os inimigos tocassem no filho de Herácles, ao qual jamais escondeu suas ascendências divinas. Dias depois, Harry, um filho de Dionísio, o encontrou desmaiado em sua casa, ele levou o garoto para um lugar seguro e o tratou, para posteriormente descobrir que Taylor era um semideus. Junto de George e outros semideuses, os garotos viveram aventuras por toda a Europa, até acabarem desfazendo seu grupo, depois de um trágico acidente. O que o destino revelaria para Taylor ainda era um mistério, mas com certeza o jovem pugilista usaria os punhos para obter sua justiça.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 122-ExStaff Dom 03 Jan 2016, 16:16








ficha de reclamação — avaliação


T
roy Giles Auraguard — Reclamado como filho de Hécate

Então, oi q Olha, eu gostei muito da sua ficha. Não encontrei nenhum erro gritante que eu pudesse comentar aqui, seja de ortografia ou pontuação, essas coisas. Creio que já tenha experiência com a escrita e por isso tenha se dado tão bem na hora de escrever a ficha.

Também gostei do modo como estruturou ela, separando meio que por acontecimentos. Outra pessoa poderia achar mal organizado, sendo que havia pouca informação em cada divisão, mas eu gostei bastante porque ficou criativo e inovador, já que ninguém faz desse modo.

De erro, só quero salientar para tomar cuidado com a coerência: pelo que entendi, Hécate que apareceu para derrotar o monstro e indicou o caminho para o acampamento. É muito raro um deus aparecer para seu filho ou tomar qualquer partido sobre a vida dele, portanto preste atenção nisso.

Como sua ficha ficou muito boa apesar do descuido, resolvi reclamá-lo. Parabéns!





Simon Herondale — Reclamado como filho de Nêmesis

Sinceramente, achei meio estranho o monstro dar o ponta pé na sua descoberta, falando sobre o mundo dos semideuses e tal. Mais estranho ainda era ele saber de quem você é filho, mas creio que isso será explicado na sua trama, já que a ficha começou com um resquício de tal.

Fora isso, nada demais a declarar. Nenhum erro de pontuação, mas vi que em uma parte você escreveu "nâo" no lugar de "não". Provavelmente um erro de revisão que eu não considerei.

Por fim, só queria pedir para você dar espaço entre os parágrafos, porque isso ajuda na organização e na leitura.

Parabéns, filho de Nêmesis!





Taylor Von Springs — Reprovado

Cara, sua ficha ficou muito maneira, sério. Fugiu um pouco dos padrões originais, e o único erro que consegui encontrar foi a palavra "caiberem" no primeiro campo, o que eu acho que deveria ser caberem. Fora isso, nada.

Mas existe esse ponto obrigatório: O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Bem, você não fez isso. Ok que você contou resumidamente o que rolou, mas a reclamação do personagem, ou seja, quando ele descobriu que era filho de Héracles, não estava na ficha. Inclua essa informação na ficha e tenho certeza que será reclamado.
This is about justice

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Aaron B. Crawford Qua 06 Jan 2016, 18:58


FICHA DE RECLAMAÇÃO
The winter is coming...



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Despina. Existem muitos fatores, por que ela é uma deusa fria que muito me agrada e nunca vi um fórum oferecendo ela como matriarca divina, então já fiquei interessado, além disso, ela concede perícia com arcos o que é uma paixão minha além de ter uma espada com “ o inverno está chegando’ gravado em sua face. Tudo conspira ao favor de ser filho da deusa do inverno.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Fisicamente

Um garoto de doze anos com um corpo muito fortalecido pelas atividades de caça que sempre está fazendo com seu pai e pelo desenvolvimento natural de um semideus,  têm cabelos loiros e olhos azuis como o céu, além de inicialmente um sorriso que esbanja felicidade para todos que olham. Quando enfim ocorre o acidente familiar ele passa a ter semblante mais gélido e um pouco menos de brilho e emoção nos olhos, dando espaço para um semblante mais frio.

Psicologicamente

Um garoto que antes de saber que era um semideus só sofria com os problemas básicos como dislexia e déficit de atenção, só que com o acontecido com seus familiares, desenvolveu problemas para dormir com pesadelos bem estranhos e começou a ver com maior frequência através da Névoa.  Por isso o jovem mudou de uma felicidade radiante, sempre animado e positivo para um menino um pouco sem vida e risadas altas, sem aquele ânimo de mudar o mundo ou vontade, tudo isso deu lugar aos olhos gélidos e misteriosos, racionalidade muito mais presente que emoções que foram seladas no coração de gelo, por mais que educadamente ele sempre se mantenha com sorriso para que não gere sentimento de pena em ninguém.  Existe um grande problema que é saber e conversar com sua mãe sobre tudo, logo ele gerou certa repulsa pela figura materna e um pouco de insubordinação e falta de crença nos deuses que deverá ser trabalhada com o tempo.

- História do Personagem
Aos olhos de Aaron, caçar é uma arte.  O jeito que ele e seu pai esgueiravam o corpo escolhendo o melhor momento para produzirem algo, como eles escolhiam seu alvo, um cervo saudável e forte que fosse mostrar algum desafio, como eles escapavam da trajetória do ar que levassem seus cheiros às narinas do animal, o modo que o jovem escolhia uma flecha de madeira com ponta metálica afiada e depositava em seu arco feito manualmente com cordão bem resistente e retesia aos poucos até ter a mira perfeita.  Depois de tudo pronto era só esperar o seu pai ficar na sua posição com uma lança longa para terminar o que o filho começasse e mesmo com os flocos de neve caindo e a temperatura abaixo de zero, Aaron se mantinha estático e preparado para o golpe letal.

O jovem não fazia ideia que era a última vez que mataria um animal com seu pai Edmond, talvez se tivesse essa noção teria errado o dardo ou assustado a criatura para que tivessem mais minutos juntos, só que ele não podia ver o futuro e falhar era algo inaceitável pelo seu pai quando se falava de caça, por isso disparou a flecha com precisão cirúrgica alojando o dardo afiado no pescoço do animal. O cervo então partiu em velocidade na direção oposta de onde escutara o ruído da vibração do arco, sentindo fortes dores e dificuldade de respirar com o canal que transmite o oxigênio aos pulmões perfurados e no desespero de tomar um fôlego e fugir não vi uma vara de dois metros transpassar seu corpo e o abater, tirando a vida dos olhos vívidos do mamífero quadrúpede.

O mais velho tomou a criatura pesada com força pelas patas e levou até uma clareira enquanto abria o seu ventre para retirar as entranhas e vísceras do animal, não saborosas como a carne magra e suculenta que assada com ervas e sal grosso daria uma iguaria inigualável para o paladar da família Crawford, que residiam nas florestas densas de uma das cidades mais frias dos Estados Unidos, International Falls. Edmond Crawford era gerente numa loja popular no centro da cidade e curtia os finais de semana com o filho se aventurando no seu hobby predileto que era caçar, já que sustentava sua mulher Clarisse Banes Crawford e sua filha mais nova além do Aaron chamada Sarah Banes Crawford com seu salário, deixando sua amada apenas com os trabalhos domésticos.  
-Pai, vai retirar a carne dele aqui ou em casa?- Comentou o menino com o arco ainda na mão.
- Em casa... solte o cordão do arco como tanto te ensinei, isso fica flexionando a madeira por mais tempo que o necessário... Vamos lá...

Depois de fazer o que o pai ordenara, os dois começaram a arrastar pela floresta o animal pesado que era o maior que Aaron já tinha visto nos três anos que caça com seu pai, já que aprendeu a manusear o arco com habilidade com nove anos.  O garoto de cabelos loiros vestindo um casaco até singelo de couro que pegara do pai ia seguindo o seu patriarca até a casa confortável e espaçosa que tinham numa clareira, com apenas uma trilha aberta no mato que levaria até a rodovia e assim a cidade há dois quilômetros de distância.  Logo uma menininha toda coberta de panos densos saiu correndo quase que caindo na neve até o colo do mais jovem e pulou o beijando com ternura:
- Maninho caçador... que bicho grande esse...- Falou a fofa da casa Sara de apenas 4 anos, fruto do casamento de Edmond, porém não era irmã de mesma mãe com Aaron, quem nunca conheceu a misteriosa mulher que lhe deu a luz.- Esse ai também é cevo?
- Cervo Sara... Tem um R no meio... Estava fazendo o que?
- Desenhando. Desenhei nós todos de novo... ficou bonitão- Falou a criança se mexendo toda para pular do colo do irmão e saltar no do pai mesmo com ele carregando o animal morto, obrigando ao mais velho se ajeitar todo para segurar a menina.

O garoto carregou a caça para dentro de casa direto para a cozinha, onde Clarisse preparava o resto da comida que seria servida no jantar. Os dois nunca trocaram muitas palavras, isso por que a mulher tinha grandes ciúmes da mãe de Aaron, quem fora a mais amada pelo seu marido e isso despertava certa inveja na loira de olhos verdes como o mar. O jovem galgou pelas escadas até seu quarto para pegar uma muda de roupa e toma rum banho, se limpando das folhas e galhos que ficaram presas no corpo, indo para a cama logo depois e tirar um logo cochilo até o horário da comida.  O loiro se levantou quando a escuridão tomava conta de sue quarto pequeno, nem percebera que passara tanto tempo e com isso vestiu uma calça jeans, camisa negra de mangas longas e uma toca que ele adorava usar deixando apenas o topete loiro para fora do gorro, calçando as botas e descendo para a mesa do jantar.

O menino achou sua família entre risadas e saudações para que ele se juntasse a mesa, podia ver a carne assada e bem temperada sobre a mesa e a fundo o couro do animal aberto e limpo sobre uma cadeira para ser levado no outro dia a cidade para costurar e quem sabe estofar por que era um exemplar único.  Ao tomar seu lugar e descansar o corpo na cadeira, pode ver seu arco e suas flechas afiadas ao lado de uma lança com ponta metálica ainda suja de sangue, talvez Edmond não tivera o zelo de lavar sua arma e com certeza sobraria para o mais novo, que torceu o lábio pensando no trabalho extra que teria, só que toda a harmonia familiar foi interrompida por fortes batidas na porta.  Naquele momento tudo se calou, eles moravam longe demais da cidade para alguém aparecer ali de repente e nunca ninguém fazia isso no meio de uma noite tão fria, por isso Edmond tomou em mãos a faca de caça de sua cintura, uma fiel escudeira, e foi até a porta, enquanto Aaron sentia algo estranho naquele momento, tentou até alertar o pai quando a porta foi rebentada.

Dois homens altos que deveria medir dois metros cada um entraram com roupas negras como motoqueiros perdidos, só que a pele deles era muito mais vermelha que o comum e tinha tatuagens estranhas pelo corpo, além de manejaram clavas e terem dentes serrilhados como de tubarões. Edmond não se moveu, tentou manter alguma cara de confiança e temor enquanto estendi a mão com a grande faca de caça serrilhada e disse.
- Quem são vocês e por que entraram na minha casa? Saiam agora.
-  Não vamos sair sem pegar o garoto ai, adoramos semideus para jantar...- Disse o maior deles girando a clava ao redor do pulso e depois disse.- Jackson, vá pegar o garoto que eu cuido da família.

Naquele momento um turbilhão de coisas aconteceu ao mesmo tempo.  O monstro líder saltou contra o patriarca da casa, quem cravou a faca de caça com força no peitoral dele e o empurrou para a cozinha, enquanto Jackson passava correndo quebrando a mesa com uma pancada só de sua clava e tentando pegar o garoto com suas fortes mãos, todavia o jovem foi mais rápido e rolou pelo solado. Sabia que eles o queriam e o chamaram de semideus, o que não significava muito, afinal ele já lera os poemas de Homero e esse era o nome de filhos de deuses e homens o que era apenas uma mitologia grega e ficção artística, será que ele estava lidando com góticos loucos e psicopatas? O menino sabia que eles o queriam e pensou que saindo da casa atrairia a atenção dos dois, por isso pegou sua aljava e arco e num impulso rápido passou pela janela de vidro a quebrando e mesmo com cortes pelo corpo, caiu de pé sobre a camada de gelo que se formara do lado de fora e olhou para trás, vendo que o monstro partira o resto da janela e vinha em seu encalço.

Aaron estava com muito medo e preocupado, tentava manter a respiração controlada, porém escutava os passos de seu perseguidor logo atrás, mesmo que o jovem mudasse o rumo pela floresta tão conhecida, passasse por folhagens e galhos, troncos retorcidos ele sempre o achava.  O garoto tinha de colocar o cordão no arco se quisesse atirar no seu agressor, por isso foi até uma árvore que ele conhecia bem por tantas vezes a ter escalado e num movimento só saltou contra seu forte caule e subiu até o galho mais forte, tendo poucos instantes para preparar sua arma.  Escutou que de baixo o grande homem gritava para ele descer ou ameaçava tombar a árvore e como Aaron achava impossível, ele terminou seu serviço com o cordão e chegou a sacar uma flecha quando escuto a madeira romper com a força do ser que teria de ser algo maior que um humano para conseguir aquilo.

O loiro esperou a árvore estar o mais próximo possível do chão para saltar do seu galho rolando na neve sem se importar com o frio, nunca fora tão afetado pelas baixas temperaturas e achava que era assim por ter sempre vivido no frio extremo. O jovem equilibrou o corpo o mais rápido possível e puxou a corda de seu arco atirando uma flecha que penetrou o peito do motoqueiro que vinha com toda velocidade para esmagar o menino com sua arma, todavia o adolescente saiu de lado como uma vez fizera ao ser atacado pro um javali e preparou um novo dardo. A agilidade de suas manobras com arco era eminente, seu treinamento de três anos aliado à sua admiração ao armamento e já havia deixando correr pelo ar mais duas flechas, uma nas costas do agressor e outra no ombro. O homem parecia não ceder muito a dor, só que com três flechas ele diminuiu o ritmo até que se aproximou devagar demais permitindo uma flecha penetrar seu crânio o tombando. Para a surpresa de Aaron, ao invés de ter um corpo moribundo como todos os animais que eram caçados naquelas florestas, o ser se desfez em poeira deixando para traz apenas uma clava e um casaco, assustando ainda mais o garoto, eram demônios aqueles seres?

O jovem correu o mais rápido que podia, sentia algumas dores na perna pela queda anterior e o pulmão estava doendo pelo esforço exagerado, só que esqueceu todos os problemas quando viu sua casa em chamas. Mesmo com as bolas da paixão saindo pelas janelas, o garoto entrou no local para ver onde estava sua família e viu o que era o resultado de uma briga feroz. Havia móveis rasgados ou quebrados, um pedaço da lança de seu pai jazia no chão e quando foi tocá-la viu que uma mulher estava caída na escada com uma criança no colo. O coração de Aaron bateu descontrolado ao ver que as duas estavam inertes, a garota exibia o crânio aberto por um golpe e a mulher tinha buracos no peito provocados provavelmente pelas partes pontiagudas da clava. O menino permitiu que lágrimas corressem pelo seu rosto sujo e pela pele alva como a neve com a tristeza, sentia uma imensa culpa, pois aqueles monstros estiveram ali para pegá-lo e não sua família, com isso ele gritou:
- Por que isso? Não...
- Filho?- Ouviu o garoto a uma voz fraca que vinha da sala, com isso ele teve ainda uma leve esperança de ter ao menos um familiar ainda vivo, porém viu que o pai exibia a clava contra seu corpo e muito sangue.
- Pai, o que houve? Onde está o monstro?
- Ele morreu... eu o matei.. Eu vou morrer filho, muito sangue... Saiba que você é único nesse mundo, sua mãe me disse isso. Ela é alguém muito importante, uma deusa grega...  Tudo que leu naqueles livros de Homero que eu trouxe para você existe, por isso que pedi que lê-se. Sua mãe disse que com treze anos você deveria ser levado para Nova York... Mas acho que terá de ir agora... pegue meu dinheiro, compre uma passagem de avião e procure um novo lar... eu te amo.  

O homem deu seu último suspiro nos braços do filho e com isso morreu, deixando Aaron agora sozinho e com tantas dúvidas e novidades que ele não conseguia digerir tudo.  Ele estava cansado pela luta e com fome, sobrava quase nada da casa e o incêndio estava consumindo todo o local então deveria agir rápido. Pegou no bolso do pai sua carteira e também a pele do cervo que seria útil para passar a noite, a chama estava quase o alcançando quando ele passou pela sua irmã e ainda chorando lhe beijou a bochecha com toda ternura e percebeu que no bolso de seu casaco tinha seu último desenho, toda a família feita em riscos negros e infantis e um te amo escrito sobre o nome do irmão. Tomou o papel e amassou contra o bolso e saiu do local antes que tudo fosse resumido a cinzas.  Correu pela trilha indo a rodoviária, porém nenhum carro passava e a perna doía cada vez mais, provavelmente quebrara um osso e só agora que a adrenalina passou que ele sentia o incômodo a cada passo, por isso cobriu o corpo com o couro do animal e na beira da estrada caiu nos braços de Morfeu.

No outro dia acordou escutando o barulho de algo se aproximando, ouviu os galhos se partindo e a folhagem da beira de estrada farfalhar e com isso agiu com extremo reflexo pegando o arco que estivera ao lado do corpo e colocando uma flecha já pronto para atirar. Viu um adolescente como ele, vestido com um casaco de lã verde escuto e um cachecol no pescoço, o menino tinha pele branca e algumas sardas, além de cabelos negros rebeldes e chifres. Sim, o menino olhou duas vezes para confirmar os chifres e reparou que ele também tinha pernas peludas e cascos no lugar dos pés como um bode. Com isso ele lembrou o nome que fora dado aquele tipo de criatura nas escrituras de Homero e outros livros que leu.
- Você é um sátiro? O que quer comigo? Vou te matar em dez segundos caso não fale.
- Calma, meu nome é Dean, sou um sátiro sim e você é um semideus, sei pelo seu cheiro. Eu senti o seu cheiro de longe e também de dois lestrigões.
- Lestrigões?
- Sim, gigantes humanoides canibais.
- Eu os vi. Matei um e outro matou minha família toda e morreu pelas mãos do meu pai.
- Pelos deuses... – Comentou o sátiro levando a mão na bolsa tira colo que tinha feita de couro negro e pegando um pedaço de bolo dourado e disse. – Eu procuro pelo mundo semideuses para levar ao Acampamento Meio Sangue em Nova York.
- Nova York? Meu pai falou que eu deveria ir até lá.
- Sim... É seguro... Este bolinho é ambrosia, comida dos deuses que cura semideuses. Eu posso ver que está com dificuldades para sustentar o corpo em uma das pedras. Coma.
- Como vou saber se está envenenado ou não?
- Você não tem como saber, mas eu posso te ajudar e levar para um lugar seguro.

O jovem baixou o arco sentindo confiança na voz do Dean e comeu o bolo que tinha gosto de bolo de chocolate com nozes que sua madrasta fazia uma vez por mês e arrancava elogios da família toda. O semideus se deliciou com o resto que tinha e sentiu um ardor em sua perna, porém era bom já que logo conseguiu pisar com maior facilidade. Ele fitou o sátiro que agora sorria e com isso ele guardou a flecha na aljava e o arco contra o corpo.
- Minha perna... Achei que tinha quebrado...
- Provavelmente só caiu de mau jeito ou algo assim, se tivesse quebrado não teria curado tão rápido assim, levaria alguns dias talvez. Temos de ir, outros monstros podem nos achar.

O jovem confirmou com a cabeça e seguiu o sátiro, sabia que agora sua vida havia tido uma mudança drástica como na vida de todos os semideuses e agora com tantas perguntas, quem era sua mãe, deusa do que, o que era o tal acampamento ou por que existia tudo isso de mitológico que Homero descrevera, queria muitas respostas, mas sentia a dor da perda de sua família, porém deveria buscar um futuro melhor no Acampamento Meio Sangue.


OBS: Levar em conta que como filho de Despina o jovem teria perícia em arcos além do treinamento que ele teve toda a vida. Por isso a facilidade com a arma.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Qua 06 Jan 2016, 20:01

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Ficha de reclamação

Mensagem por America Hale Qua 06 Jan 2016, 23:07

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Íris

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Um pouco difícil de se fazer amizades ,mas depois e se conhece a entende melhor,cabelos claros e longos,olhos verdes claros,magra e 1,68 de altura

▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Gosto muito pelo fato de Íris ser a deusa do arco-íris sempre gostei, principalmente porque amo as cores

▬ Relate a história da sua personagem.
Dia 17 de dezembro de 1998,naquela época do ano nunca se via um pingo de verde no chão,sempre coberto pelo branco da neve.Ali perto um orfanato para garotas no exterior da frança, duas garotas que aparentavam ter 5 anos observavam a neve pela janela e se maravilhavam com aquilo.
-Olha como a neve se parece com algodão-disse a garotinha de cabelos negros completamente inocente na vida.
-mais algodão é rosa-disse a ruiva observando atentamente.
-oh e mesmo,Madri Charlotte neve chora?-Madri Charlotte era a encarregada por tudo ali
-oque disse querida?
-a neve...ela chora?-perguntou inocentemente
-não querida, neve não chora
-mais aquela ali chora-a garota apontou para um pano branco com desenhos de arco-íris na porta
Charlotte não respondeu, mas só de ver sua cara de espanto pensou:como alguém tão baixo a esse nível poderia deixar uma criança incapacitada no chão apenas com um pano que contra o frio não fazia a menor diferença
-OH MEU DEUS-disse irmã Alice atras das garota também observando "a neve que chora"-Charlotte pegue um casaco e um lençol AGORA
Charlotte apenas obedeceu,as duas pegaram a criança no colo e a levaram para dentro onde era bem mais quente e confortaveis
-quem poderia fazer uma coisa dessas?-perguntou indignada
-ela tem cara de méri-disse uma das garotinhas
-não!ela deveria ter um nome começando com A!
-A?
-Sim!ela veio envolvida em um pano com desenhos de arco-íris,ela deveria ter um nome com A.
-America! é um lindo nome-disse Madri Charlotte
-America do que?
-olha!ela veio com um colar esta escrito...H-H-ale Hale! America Hale
-então você sera America Hale-sorriu
America Nunca se queixou de nada, nem mesmo tinha curiosidade de saber quem era seus pais era uma garota alegre sempre disposta adorava o céu depois que chovia,principalmente arco-íris ela amava as cores.
Agosto de 2004.
-America! America você pegou de novo os lápis de cor Ame-AMERICA oque você fez com as paredes!
-P-Pintei
-pintou?!
-fiz um arco-íris eles trazem sorte tia Char-disse inocentemente
-Oh America a cadernos para isso,veja só o estado das paredes,cheias de arco-íris America!
-Desculpe Madri Charlotte,não fiz por mal-fez bico
-ah...tudo bem mais na próxima vez use folhas esta bem?
-tudo bem-disse com um sorriso de orelha a orelha
-Irmã Charlotte!-gritou Lydia uma das ajudantes do orfanato
-Sim?Oque foi Lydia?
-uma carta, com o nome de America
-America? mas só nos sabemos o nome dela
-eu sei mas...mas...olhe aqui falou para a senhora abrir
-eu?-pegou a carta com pressa-vou para o escritório leve America para o quarto
Charlotte aflita e insegura abriu a carta se deparando com um pedido:Olá Madri Charlotte,agradeço por ter cuidado de America,mas estou aqui por um motivo mais grave,vou lhe fazer um pedido.
-u-um pedido?-perguntou confusa e desconfiada
:quando America completar 17 anos alguém ira buscá-la para seu próprio bem,America não é uma garota normal,por isso peço que dobre a guarda com ela,America não é Órfã America é filha de uma Deusa,ah um motivo para que ela goste tanto de arco-íris,elá é filha da Deusa Íris como já diz um nome.America tem talentos especiais isso requer cuidados especiais. Atenciosamente Acampamento meio-sangue.
-OQUE!ISSO É UM ABSURDO-gritou rispidamente
Irmã a senhora está bem?-perguntou irmã Alice
-Sim sim estou...saia por favor
S-s-sim-fechou a porta cuidadosamente
-meu deus isso é INCRÍVEL e também UM ABSURDO, então ela é especial! Oh pobre garota.
Depois da quele dia America se sentia estranha, sentia como se todos a sua volta estivessem mentindo,percebia como se foce feita de vidro, e que se alguém se descuidasse iria acabar quebrando.
17 de Dezembro de 2015
-parabéns pra você,nessa data querida.Muitas felicidades,muitos anos de vida! FELIZ ANIVERSARIO AMERICA!-hoje era o decimo sétimo aniversario de America,na verdade ela não se conformava por não ser adotada ainda,se sentia triste mais ao mesmo tempo feliz por ainda estar com as pessoas que lhe acolheram.
-olha Méri fiz isso pra você-disse Margot uma das crianças do orfanato lhe entregando um simples desenho, mas de coração.
-Oh,obrigada Margot-sorri-eu adorei
Toc Toc Toc,se ouviram duas batidas na porta
-...
-Madri Char? tudo bem?-perguntou America
-hm...oque?você me perguntou algo America?-disse perdida em seus pensamentos.
-parece aflita oque ouve?
-America vá para seu quarto e arrume uma bolsa com as coisas básicas...vá
-oque? está brincando?-sorri
-não! vá...eu vou atender a porta
Charlotte foi se encaminhando ate a porta em paços lentos sabendo já do que se tratava,quando abre a porta encontra um garoto que aparentava ter entre 18 ou 19 anos,magro mais de corpo definido,loiro,um garoto normal aos olhos de Madri Charlotte.
-p-pois não?
-Madri Charlotte? Vim buscar America Hale que se diz filha de Íris-disse curto e rápido
- Ah...mas já? não podem esperar até amanhã?
-Desculpe eu sei que é difícil para você que conviveu com ela ate seu primeiro dia de vida mas infelizmente só estou seguindo ordens.
-Oh sim claro...ela já está vindo
-Irmã Char eu já es-quem é ele?
-esse é...
-Miguel
-Oh sim Miguel,ele vai te levar até um lugar seguro-disse triste
-OQUE?! me levar? mas eu não quero ir a lugar algum!
-eu sei querida mais é preciso,ah pedido dos seus pais.
-meus pai?! eu sou órfã...AQUI é um orfanato não é?
-desculpe mas temos que ir
-America me prometa uma coisa está bem? seja obediente, seja forte acima de tudo e muito, mais muito feliz-sorri já lacrimejando
-não quero ir-disse chorando
-você ficara bem, prometo escrever a você Ok? vá...até mais America-sorriu observando sua querida méri partir.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kalled C. Almeida Qui 07 Jan 2016, 01:24

Aaron B. Crawford – Reprovado.

Cara, eu achei sua estória muito interessante, mas o motivo pelo qual você não está pronto pra ser reclamado é porque sua ficha possui erros de concordância verbal e erros de coerência, ora você está narrando uma interação ou qualquer outra ação e do nada descreve as características do personagem que está com você sem se quer separar o fato da descrição.

Meu conselho é que use vírgulas na próxima vez; outro conselho que lhe dou é que leia seu texto em voz alta antes de postar, acredite ajuda muito; e por fim senti falta de sua reclamação como filho da deusa em questão, sendo que você narrou sua ida até o Acampamento e não narrou sua reclamação ou um fato que lhe ajudasse a descobrir que era filho de Déspina. Revise seu texto e sua estória, e poste novamente quando achar que está pronto. Lembre-se que a ficha para essa deusa é avaliada de forma rigorosa.

America Hale - Reprovada

Bem, você escreveu um texto mal estruturado e sua estória ficou incompreensível, ao menos para mim. Iniciou orações com letras minúsculas, usou hífens no lugar de travessões, não construiu parágrafos e sim orações e você não usufruiu de coesão, coerência e organização em seu texto. Meu conselho é que você leia outras fichas de reclamações que tenham sido aprovadas e tente extrair uma concepção de um texto bem estruturado e que também melhore sua estória para que ela se torne mais compreensível para quem for avaliar você.
Kalled C. Almeida
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Ficha de reclamação

Mensagem por Margot Dilaurentis Qui 07 Jan 2016, 15:32

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Atena

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Pode parecer meio antissocial pelo fato de preferir um livro à uma pessoa(é um fato), isso não a impede de tagarelar com todos por ai ,cabelos Ruivos ,olhos cinzas ,magra com curvas na medida certa e 1,70 de altura.

▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Me identifico muito com Atena, pelo fato de gostar de sua História, principalmente por ser a Deusa Da sabedoria e estratégia em Batalha.

▬ Relate a história da sua personagem.
Vamos falar um pouco da minha adolescência, que como todos sabem é uma época de turbulência para qualquer um, a minha então nem se fala. Cresci em uma cidade no Texas junto a meu pai. Na minha escola eu era conhecida como beto carreiro antissocial...o motivo? Eu era uma encrenqueira de carteirinha, serio qualquer coisa rude falada para mim era motivo de briga, e na maioria das vezes era por causa de meu pai, não que ele tenha culpa disso mais dês de que minha mãe foi em bora ele só sai pra se embebedar, chega em casa as duas da manhã com uma cara de taxo, de cachorro sem dono e isso virou motivo de piada na escola. Pra mim já era difícil ter que seguir a vida sem minha mãe ,mais nada era comparado com oque meu pai sentia.

Na verdade eu tentava acreditar em qualquer mentira que meu pai me falava sobre ela e tentava levar uma vida absolutamente normal. Na escola não me enturmava de mais pois preferia um livro em vez de uma pessoa, poderia passar horas fazendo a mesma coisa. Nunca tive problemas com notas ou coisa do tipo, mais isso começou a mudar por volta de meus 15 anos. Professora Edileuza era aquela professorinha de história e Mitologia Grega que de algum modo parecia sempre mal humorada, era má o suficiente para expor sua vida pessoal a toda escola. Na verdade eu adorava as aulas dela, sim , pode se dizer que minhas notas nunca foram abaixo de 8, eu amava a Mitologia Grega, achava fascinante, mais mesmo assim tive problemas com notas. Isso começou quando percebi ter um certo problema em enxergar ou ler qualquer coisa. Meu pai é claro não tinha dinheiro o suficiente para pagar um Oftalmologista, deve ser por isso que trabalho em uma padaria toda a segunda e quinta então tive que usar meu próprio dinheiro. O doutor disse que era dislexia ou déficit de atenção, agora me pergunto, como pude ter isso só agora?!
Toda a aula sobre mitologia pra mim agora era um tédio, já podia ate ver minhas notas indo de 10 pra 0, eu não conseguia ler absolutamente nada, o estranho era que quando via uma frase em grego era como se eu conseguisse traduzi-la.

-Senhorita Dilaurentis?-olhei rapidamente para professora Edileuza
-Ãn...sim?
-sabe o motivo para Atena e Poseidon se odiarem tanto?
-Bom, Segundo a lenda, o rei Cecrops precisava escolher qual seria divindade patrona da cidade que acabara de fundar (divindade políade). Os dois deuses particularmente interessados eram Poseidon e Atena. Ambos se apresentarem diante do rei que lhes pediu um presente que fosse de grande valor para a cidade .E...quem ganhou foi Atena, depois disso Poseidon passou a odiá-la.
-Correto-disse satisfeita
Ficava tranquila pelo fato de que meus estudos do ensino médio tinham valido a pena, por que se dependesse de agora já estava completamente reprovada!.

-Margot poderia me seguir ate a biblioteca, preciso de ajuda com os livros que serão usados próximas nas aulas.
-Claro -sorri- me levantei e segui minha professora pelos corredores, aviam pilha e pilhas de livros, grades escadas eram posicionadas em cada prateleira
-Ãn professora? Onde estão os li-professora?
Ouvi uma grande risada medonha ecoando pela biblioteca ou melhor 3 risadas medonhas, não parecia uma risada de um humano parecia uma risada de...UMA PARCA?!
-Oque?! Não é possível! Vocês não podem existir! podem?-perguntei confusa e assustada
-Oh pobre menina você já deveria saber oque é, não é mesmo? Filha de Atena!-disse uma das parcas
-Oi? Filha de Atena você tá gozando com a minha cara né!-perguntei com um tom de deboche
-Aaaaaaa!-as três vieram pra cima de mim e com um movimento só me esquivei do ataque rolando pelo chão...espera! eu estava lutando com uma criatura mitológica grega?! Eu sempre fui boa em brigas e coisa do tipo, mais PARCAS? O meu deus primeiro vem a minha déficit de atenção, meu primeiro 6 em Mitologia Grega e agora isso!? Ah não...isso não!
De repente ouso alguém atrás de mim, primeiramente pensei em correr mais se eu sou realmente filha de Atena eu devo fazer algo não é?. Sem pensar suas vezes acertei a “coisa” atrás de mim com uma joelhada
-Au! Caramba garota! Tá maluca?!-era um menino, graças a Deus alguém normal
-Desculpa eu pensei que...
-PARCAS! Ah não isso não, vem rápido!-o garoto me puxou rapidamente pelo braço me levando até o lado de fora da escola
-...Aqui elas não vem- disse recuperando o folego
-Então é verdade?
-Oque? Que você é filha de Atena? Sim, é.
-Nossa-disse o mais espantada possível
-Eu sei que é muita coisa pra processar... mas precisamos ir até seu pai.
-Meu pai? Ele sabe disso?!
-Sabe...vamos ,não temos muito tempo, eles nos acharão mais rápido do que você pensa.

Atravessamos a rua com o máximo de medo e rapidez possível, afinal nos não sabíamos do que realmente estávamos fugindo. Descemos ate o metro e entramos no trem, o bom de morar em um prédio cheio de pessoas alcoólatras e idosas de acordo com o garoto era que escondia o cheiro...de algum modo.
Chegamos no prédio e subimos as escadas rapidamente( obvio que não íamos pagar 1.000 Dólares a mais para ter um elevador)

-Pai! Pai! O senhor está ai-disse abrindo a porta de uma vez só
-Filha? Miguel?
-Olá senhor Dilaurentis, ela precisa ir agora!-disse o tal “Miguel”
-Oh sim eu compreendo
-Estamos indo aonde?-disse sem entender nada
-Só você querida, existem mais pessoas como você, você é uma pessoa especial.
-Isso é culpa dela né?! Da minha mãe –disse nervosa
-Entenda isso filha-disse triste
-Temos que ir, não temos mais tempo, é nessa idade que eles ficam mais expostos.
-Filha vá, eu prometo te escrever todos os dias-disse sorrindo
-Tudo bem...Vou sentir sua falta-disse chorando e o abraçando
-Eu também filha
Depois de me despedir de meu pai, Miguel pegou seu carro (que idade ele tem pra ter carteira?)e fomos para o tal acampamento, eu já sabia que isso não tinha mais volta, mais sabia que a oportunidade era única.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sunner Memphis Qui 07 Jan 2016, 15:58


Ficha de personagem - Sunner Memphis
If the target think I deserve, universe knows my address
->Por qual Deus você deseja ser reclamado? Por quê?

Apolo, deus da juventude, das artes e da luz. A história de Apolo é uma das mais interessantes de toda mitologia e particularmente, a lista de poderes é bem legal. Acho que o personagem cabe bem não só com os poderes, mas com as personalidades casuais de filhos de Apolo.

-> Características Físicas

Sunner é afrodescendente americano, seu cabelo é crespo e de cor negra e seus olhos são castanhos escuros. Mede um metro e oitenta e cinco centímetros e pesa oitenta e sete quilos. Seu dorso é atlético, seu abdômen definido e seus braços rígidos. Em algumas partes do corpo, possui pequenas cicatrizes, derivadas de diversos acidentes. Prefere deixar um cavanhaque ao rosto, com bigode e barbicha, além de ter como um traço característico seu sorriso largo. Também possui furos para brincos nas duas orelhas.

-> Características Mentais

O filho de Apolo é despreocupado de um modo geral. Costuma não se dar bem com suas obrigações, da mesma forma que adora curtir a vida, em qualquer momento da vida. Seu senso de humor é muito forte, o que o faz sempre ter uma piada ou tirada, independente da situação. É um rapaz alegre, com fortes tendências a fugir de compromissos.

-> História

De todos os bairros da Filadélfia, Kensington com certeza era um dos menos admirados. A periferia da Pensilvânia era repleta de cortiços, pontos de drogas, becos e ruelas com pouca iluminação. O local era um dos mais violentos de toda a cidade e qualquer um que não fosse dali, pensaria duas vezes antes de fazer turismo por lá. As escolas eram sucateadas, os mercados possuíam escopetas embaixo dos gabinetes e as ruas tinham a peculiar decoração de grafites e pichações. Para Sunner, no entanto, Kensington era seu lar, foi ali que ele nasceu, cresceu e morou por toda a vida. A história do jovem Memphis não divergia muito das dos vários outros afrodescendentes do bairro: Nunca conheceu o pai, não tinha um emprego e seu objetivo primário era o de estar vivo por mais um dia.

Sunner frequentou a escola até os treze anos, quando a abandonou. Ele poderia dar como desculpa sua dislexia ou seu TDH, mas a grande verdade era que as ruas eram muito mais interessantes do que as salas de aula. Festas, bebida e muita curtição, eram o que motivavam o rapaz, que nunca teve grandes responsabilidades. Ana Memphis, tinha Sunner como seu único filho, a mulher era faxineira em um edifício na região nobre da cidade. Ela ganhava pouco e trabalhava muito, por sorte, seu vizinho Edgar, um senhor que tinha as pernas tortas, ajudava-a a cuidar do garoto. Edgar era uma espécie de conselheiro de Sunner, foi graças a ele que o rapaz não acabou se envolvendo em alguma gangue da região ou utilizando no fim alguma droga mais pesada. No geral, a vida era perfeita para o adolescente. Mas aquilo iria mudar, afinal de contas, um semideus não consegue manter-se tanto tempo longe dos desafios, oriundos de suas origens. O prédio onde a família Memphis morava, era um dos mais pobres do bairro. Qualquer um que não estivesse acostumado, passaria mal com o odor de fumaça e álcool que seu interior possuía. Não era surpresa, vários apartamentos serviam de local para venda e uso de diversas substâncias químicas.

Naquela noite em especial, Sunner foi a uma festa com os amigos, do outro lado de Kensington. Devido a guerra constante entre gangues, não era comum que moradores de uma área circulassem por outra, porém, por sorte, nada aconteceu com os rapazes, até aquele momento. Passada duas horas da manhã, o grupo caminhava de volta para suas residências, com as ruas vazias e com eles levemente alterados pela bebida.

— Cara, aquele filé estava horrível. Amanhã vou descarregar tudo no banheiro do Sunner. — Comentou um dos companheiros de Memphis, nitidamente embriagado. Ele, Sunner e mais outros dois amigos, seguiam seu trajeto de retorno, em meio a risos e piadas.

— Não sei se estarei em casa amanhã. Marquei de dar uns pegas na tua mãe. — Respondeu Sunner, arrancando gargalhadas de todos.

O percurso continuou, em meio as zombarias, até que finalmente os garotos chegaram na rua onde moravam. Cada qual, resolveu adentrar sua respectiva residência e descansar, exceto Sunner, que sentou sobre as escadas de seu prédio e resolveu fumar um cigarro antes de entrar.

— Parece que a noite foi boa hein?! — Indagou Edgar, após abrir a porta do edifico e aproximar-se do rapaz.

— Ah... Boa noite seu Edgar. — Cumprimentou Sunner, após ver o velho encostado sobre a mureta das escadarias. — Sabe como é, Kenisngton sempre reserva surpresas. — Colocou.

— Nem sempre tão boas. — Adicionou.

— A grande verdade é que eu não saberia como viver fora de Kensington. Aqui ao menos não sou tratado como um qualquer, sou um membro da comunidade. Então, não ligo quando acontecem coisas ruins por aqui, isso ocorre em todos os lugares do mundo afinal. — Dizia Memphis, enquanto fumava seu cigarro.

— De forma alguma você é um qualquer. Existe... Existe uma grandeza em você que nenhuma pessoa nesse bairro ou em qualquer outro tem. Você é alguém muito especial, por assim dizer. — Comentou Edgar, enquanto mantinha-se apoiado sobre a mureta. O velho vizinho era uma espécie de protetor do garoto. Desde que podia se lembrar, Sunner sempre teve Edgar ajudando-o nos diferentes momentos da sua vida. O homem de moletas seria a figura mais próxima que o rapaz tinha de uma figura paterna.

— Eu sei, afinal não é qualquer pessoa que consegue "mandar" uns raps que nem eu. — Riu Sunner.

A conversa entre os dois tinha muito potencial para fluir a noite inteira. No entanto, uma figura no horizonte chamou a atenção do velho. Foi como se ele pudesse ter notado algo com o olfato. Em questão de segundos ele puxou suas moletas e demonstrou uma agitação incomum.

— Sunner, precisamos subir agora. Agora! — Exclamou, enquanto encarava o estranho homem na esquina.

— Eu vou terminar meu cigarro e logo subo, não se preocupe, a noite está tranquila. — Falou, extremamente calmo.

A criatura no horizonte logo começava a correr na direção de ambos. A cada metro em que se aproximava, ele deixava de ser um vulto e sua nitidez ia ficando mais clara. Surpreendentemente era como se ele aumentasse o tamanho a cada poste de iluminação que passava. Quando finalmente tomou sua forma: Um homem extremamente alto com apenas um olho. Sunner olhava para o cigarro, como se o que estava vendo fosse fruto de alguma substância contida nele.

— Sunner, entre no prédio agora. — Ordenou Edgar, saltando o muro das escadarias com extrema perícia.

O velho caía em pé e segurava suas moletas como bastões, sem precisar apoiá-las no chão. O garoto ficava paralisado, estranhando toda a situação. Não demorou para que a criatura de um olho só partisse em direção de Edgar. O velho o golpeou no rosto, utilizando uma de suas moletas. Mas foi arremessado do outro da rua, com um tapa extremamente forte que recebeu do oponente.

— Bagulhinho do capeta esse hein?! — Murmurou o garoto, encarando seu cigarro.

Mas foi surpreendido pelo inimigo, que o agarrou pelo pescoço e o ergueu.

— Um sátiro e um semideus! A noite está sendo produtiva. — Bradou o ciclope, enquanto sufocava Sunner.

Logo podê-se ver a moleta de Edgar sendo quebrada na cabeça do monstro, o fazendo largar a Memphis. Em ira, a criatura voltou-se para o velho, que astutamente cuspiu no olho do inimigo, o fazendo gritar de dor. Edgar aproveitou o momento para tirar suas calças e revelar suas fortes pernas de bode, enquanto levantava Sunner que havia ido pro chão.

— Precisamos subir, vamos rápido. Ele não ficará cego por muito tempo. — Explicou, praticamente puxando o jovem para dentro do edifício.

A dupla adentrou o prédio em velocidade. Um grito em Kensington era mais que normal, não era como se alguém fosse sair de seus apartamentos para prestar alguma ajuda. Chegando a residência de Edgar, o sátiro abriu as portas às pressas, a trancando, após os dois estarem dentro. Indo em direção a seu quarto, ele vasculhava algo nas gavetas.

— Velho, eu to ficando louco ou coisa do tipo? Aquele louco lá embaixo tem um olho só ou eu vi de menos? — Questionou o jovem.

— Ele é um ciclope, não é um dos maiores, por sorte à nossa. — Explicou, enquanto retirava uma adaga dentre suas roupas e a dava para Sunner. — Tome isto, ele não irá desistir agora que sentiu nosso cheiro. — Disse.

— Vamos recapitular tudo. Tem um maluco de um olho só lá embaixo, com a força de um cavalo. Você não precisa de moletas para andar, tem pernas de bode e eu não estou "brisado"? — Perguntou o confuso rapaz.

— Quando eu disse que você era alguém especial, eu não estava apenas te apoiando, você realmente é especial. Seu pai é Apolo, um deus olimpiano, um dos mais poderosos por sinal. Assim que nasceu, eu como um sátiro, fui designado a proteger você e sua mãe, até que você tivesse idade para ir ao Acampamento Meio-Sangue, um local onde semideuses vão para treinarem suas habilidades naturais e aprenderem como se protegerem de criaturas como estas. Esse é o destino natural de boa parte de seus primos e meio-irmãos. No entanto, Ana queria algo diferente para você. Optamos para que tentasse ter uma vida normal, eu a adverti que isso era bem improvável, mas ela não me escutou. — Detalhava o protetor, enquanto buscava embaixo da cama uma espécie de flauta.

— Tá... Se eu não estou chapado, tenho certeza que você está. — Riu Memphis.

— Esse tempo todo, o odor dessa espelunca cobriu seu cheiro natural contra os monstros. Fora daqui, você teve sorte de não ser perseguido por um cão infernal ou algo do tipo. Sorte é até um termo relativo, praticamente um milagre nesses dezessete anos, você não se deparar com os perigos derivados das suas origens. — Complementou o homem-bode.

— É claro, prevejo que daqui a pouco vai entrar vários gnomos pela porta e irão nos levar para Gnomolândia. — Caçou Sunner.

Foi então que a porta do apartamento era posta abaixo, com um chute do ciclope, visivelmente mais irritado. Antes da dupla poder fazer algo, ele os atacou ferozmente, logo que os avistou. Primeiro, a criatura deu uma ombrada em Memphis, que teve a queda amortecida pela cama e depois o oponente desferiu um soco em Edgar, que foi lançado ao ar e teve às costas chocadas contra o batente da janela. O inimigo então aproveitou-se de Edgar caído para erguê-lo e preparar-se para jogá-lo da janela para a rua. Mesmo zonzo e sem dar muitos créditos aquilo tudo, Sunner levantou-se e cambaleando, pegou a faca que o vizinho tinha dado e que havia caído no chão e a fincou nas costas do ciclope, no lugar do coração, fazendo a fera evaporar em pó.

•••

O apartamento da família Memphis estava em silêncio. Após ouvir a verdade sobre sua história e explicações mais detalhadas não só de Edgar, como da boca de sua própria mãe, Sunner se apoiava sobre a parede, ainda esperando a ficha cair. A manhã havia acabado de começar, mas os eventos da noite anterior ainda perturbavam a mente do rapaz. Sobre a cama, Edgar descansava, com as costas envoltas por ataduras. O sátiro havia recebido dois bons golpes e seu dorso estava bastante machucado. Memphis também teve algumas esfoliações pelo corpo, mas nada que alguns curativos pudessem resolver. O protetor e Ana comentavam que talvez fosse a hora de Sunner se juntar a seus semelhantes..

— Quando eu era menor e nunca perguntei pelo meu pai, foi por que pensava que ele era só mais um que havia fugido, igual a tantos de Kensington. Agora eu descubro que ele é um deus grego e não é no sentido figurado. — Falou o garoto, após quebrar seu silêncio.

— Me desculpe Sunner. Você é a única coisa nessa vida que realmente me valeu a pena. Eu não quero perder você. Eu não sabia como te contar e até hoje, tínhamos conseguido viver bem sem tudo isso. — Retrucou Ana, indo aos prantos.

— A senhora jamais vai me perder mãe, não importa onde eu esteja. — Respondeu Sunner, abraçando sua progenitora.

— Eu sei que existem muitas dúvidas na sua cabeça Sunner, quase todas poderão ser respondidas por Quíron, o centauro. Você deve ir ao Acampamento Meio-Sangue o mais rápido que puder, deverá treinar suas habilidades, ficar forte, mas acima de tudo seguro. — Colocou Edgar, sobre a cama.

— E quanto a você Edgar? Não posso deixá-lo nesse estado. — Questionou o garoto Memphis.

— O cheiro das drogas e álcool deverá cobrir meu rastro, enquanto eu estiver aqui em cima. Quando estiver com Quíron, fale sobre mim, ele deve ter algum servo de Asclépio capaz de consertar minhas costas. — Respondeu o sátiro.

— É isso mesmo que procura meu filho? — Perguntou a mãe, enquanto beijava o rosto do filho.

— Não, a não ser que tenha umas festas loucas lá. — Adicionou o rapaz, enquanto sorria e sua mãe fazia cara de brava. — Eu pretendo mantê-la segura e o meu futuro aqui, bem, não deve ser diferente do meu presente, bem pior sabendo que existem carecas de quase três metros de altura correndo atrás de mim. Eu voltarei quando puder e sempre que puder. Não importa quem seja meu pai, meu tio, avô e etc. Para mim, a senhora é a única família que tenho. — Completou, usando um tom raramente sério.

— A faca que te dei, ele é uma arma do Acampamento, leve-a com você. Criaturas mitológicas só podem ser destruídas por materiais específicos, como é o desta arma. — Aconselhou Edgar.

O sátiro ensinou ao jovem como deveria fazer para chegar ao Acampamento, embora mesmo com aquelas informações, era certo que Sunner não tinha uma localização certa de onde ele ficava. Após uma despedida longa, Memphis pôs sua bolsa às costas e partia. Em seu bolso, um carteira de cigarros e o dinheiro de uma passagem de ônibus para Nova Iorque. Em sua mente, várias dúvidas, incertezas e piadas prontas. Em seu coração, um estranho desejo de seguir em frente e não olhar para trás. A vida de Sunner tinha sido de uma forma que jamais voltaria a ser a partir daquele dia. Mas talvez, ela fosse ficar ainda mais divertida.

A Considerar:
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kalled C. Almeida Qui 07 Jan 2016, 16:04

Margot Dilaurentis - Reprovada

Vou arriscar e dizer que você fez essa ficha pelo celular, pois em alguns trechos você escreveu a palavra “deus” com o “D” sendo que o correto seria o “d”. Porém isso não seria motivo o suficiente para reprovar você, no entanto outros erros foram mais severos tais como: “dês de” no lugar de “desde”; “de mais” no lugar de “demais” .

Outro erro cometido foi a falta da concordância verbal, vou citar apenas um trecho para exemplificar:
Meu pai é claro não tinha dinheiro o suficiente para pagar um Oftalmologista, deve ser por isso que trabalho em uma padaria

Note que você iniciou a narração falando de um acontecimento passado e após a vírgula narrou no tempo presente, sendo que o correto seria substituir o “trabalho” por “trabalhava” para que ambas as orações estivessem concordando. Você também narrou uma luta contra as parcas e isso por si só já é incoerente já que as parcas tecem a vida de todos os semideuses e mortais comuns e são aliadas dos deuses, logo não faria sentido elas atacarem uma semideusa qualquer (com todo o respeito) em um local público.  

No fim a estrutura do seu texto não está adequada, você não dá espaço entre as linhas e se atrapalhou um pouco no uso de travessões. Então você está reprovada, mas não desanime, releia sua postagem e reescreva-a corrigindo seus erros citados e os demais que puder encontrar, lembre-se que Atena é uma deusa rigorosa na seleção de seus filhos. Boa sorte semideusa e até uma próxima.
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sobre a ficha de reclamação

Mensagem por Margot Dilaurentis Qui 07 Jan 2016, 16:21

Não!eu não escrevi pelo celular e alem disso gastei um tempão fazendo isso pra no final da nisso(penso que se for assim muitos vão ficar indefinidos) já fui reprovada 2 vezes e no final falam que ficou bom se ficou realmente não sei por que foi reprovada né -.-
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kalled C. Almeida Qui 07 Jan 2016, 16:34

Sunner Memphis - Aprovado

Você cometeu alguns erros ortográficos, porém nada que uma boa revisada não resolva. No mais você foi bem e por isso pode se juntar à prole de Apolo, meus parabéns.
obs:
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Ficha de Reclamação ( Chris Smith )

Mensagem por Chris Smith Qui 07 Jan 2016, 19:47


SON OF WAR

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser um semideus, reclamado por Ares. Bom sempre quando eu entro para algum fórum, fico na dúvida entre qual escolher, mas o meu coração sempre bateu e pulsou mais forte por Ares, por ele representar a Guerra, ter a personalidade forte e querer resolver suas coisas sozinho que nem sempre é o correto, porém é o meu estilo em off. Então além de tentar ver poderes, ou qualquer outra coisa, o escolho, pois é o qual mais admiro e o que posso vir a melhorar na interpretação de um personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris, é uma montanha, como muitos o apelidaram ao longo de sua jornada, ele mede 1m85, músculos são aflorados por causa dê seu esporte favorito desde novo, (boxe), cabelos curtos estilo militar, seus olhos castanhos são bem expressivos, quando está com raiva qualquer um que o olhe saberá de longe a sua fúria pulsando, sobrancelhas bem feitas e boca carnuda são os traços da mãe refletindo no menino.
Graças a luta, aprendeu a controlar seu temperamento forte, vivia sempre estressado de mal com a vida, querendo chutar tudo que vinha pela frente, a mãe do garoto achou o esporte como uma boa opção para acalma-lo.  Antes de saber que era um semideus também sofria com os problemas de dislexia e déficit de atenção

- História do Personagem:

1998, o ano que o mundo ficou mais colorível, sim foi o ano que eu nasci, tenho 18 anos me chamo Chris Smith, moro nos EUA Chicago, lá na avenida Michigan, vou narrar minha história para vocês, minha vida nem sempre foi lá das melhores, mas eu não tenho muito que me queixar, existe uma mãe maravilhosa cuidando de mim que se chama Helena R Smith, cuidou de mim do meu irmãozinho, John S. Smith, sozinha.
Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John.  Ela com seu sorriso admirável, e cabelos avermelhados procurava sempre distorcer o assunto e nos repudiava dizendo, - Sua mãe foi burra, errei com você quando cedi aos encantos de seu pai, e em seguida após 2 anos, não resisti a persuasão do pai de John -. Conseguia vê nos seus olhares expressivos, a tamanha tristeza que sentia, deixava quieto e seguia a minha rotina do dia.

Vou ao banheiro, do apartamento onde era pequeno, mas aconchegante, adentro ao banheiro no lado esquerdo tem o vaso, sempre estava com a tampa levantada e molhada com urina, para desespero de mamãe, de frente quando se entra tem uma bancada improvisada de madeira feita por mim e pelo meu irmão caçula, em cima a torneia, no canto em cima da mesa potes que armazenava escovas, puxo a minha de cabo verde escovo os dentes e começo a pensar na vida.



Devo agradecer muito a minha rainha, por eu ser um homem mais concentrado, pois quando eu era mais novo vivia sendo expulso de colégios e cursos técnicos, por causa das brigas. Muita gente me zoava por eu não saber ler rápido como eles, ou por não ter um pai, daí acabava batendo neles, então para eu poder ficar mais calmo minha mãe resolveu me colocar no meu esporte predileto, o boxe, após alguns anos de treinamento consegui controlar a minha fúria e descarregar as energias nos treinos.

O dia mais tenebroso para mim sempre foi e será o dia dos pais, eu não tinha pra quem mandar cartinha, fazer brinquedos ou algo de garoto com uma família normal, quando chegava esta data, meus olhos enchiam de lágrimas o coração acelerava demasiadamente, não apenas por mim, mas também pelo John, eu o amava e queria ser um pai para ele, mesmo sabendo que o jovem se virava bem, ele era bonito, loiro, forte, estava sempre rodeado de meninas,  não tinha muito problemas com brigas, porém caso alguém implicasse com o pequeno Smith, teria que se resolver comigo.

Após o meu escovar de dentes mais demorado o qual já tenho realizado, saio do banheiro vou em direção a primeira porta a direita, onde era o quarto da bagunça, ou seja dos meninos, pego a primeira camisa que vejo amontoada em cima da cama de baixo do beliche, onde a de cima era do loirinho, era uma camisa gola V bem apertada verde escuro, onde marcava os meus músculos, troco de calça, a que vestia era uma marrom, iria parecer uma arvore na rua, coloco uma toda preta  que não fosse tanto colada, calço minha bota marrom e vou em disparada a minha primeira parada do dia, a academia.
- A benção mãe, cadê o pirralho?  - já pergunto indo em disparada a porta para sair, minha mãe estava na cozinha ao lado direito da porta de saída, o apartamento realmente era humilde. - Deus te abençoe meu filho, olhe lá como fala do seu irmão em mocinho, filho já viu a hora são 10h, esta hora o meu docinho tá no colégio. Que a propósito ele ficou triste por não leva-lo na escola, ele te chamou e você não acordou. Ande logo para não se atrasar no seu treino.

Só escutei que minha mãe dizia, fiquei imaginando enquanto ia para a aula de boxe que era de frente para o prédio onde eu residia, se ela fosse no colégio e chamasse John de meu docinho, a eu iria dar altas gargalhadas. Desço as escadarias do prédio correndo, atravesso a rua, por sorte sinal estava fechado, empurro a porta da academia, são aquelas grandonas, estilo porta de cinema, ao entrar na academia, de cara tem um ringue de outros lados sacos de pancadas, a academia não é grande, conta com poucos funcionários e pugilistas.  Connor Muller, é o meu coach, um senhor de idade com 60 anos, porém com o físico em dia, cabelos grisalhos e olhos pretos, ao me ver entrando no espaço, já grita.
Chriiiiiiiiiiiiis !!! Cadê suas coisas, roupas, luvas cadê? Seu doente, vem cá que eu vou te socar um pouco, e vá pegar umas roupas suas que você esqueceu no vestiário, tem uma faixa lá, pode usar é minha. Eu espantado ao ouvir meu treinador me gritando, olho para baixo, realmente percebo que eu me preparei para tudo, menos para treinar; Ergo a cabeça respondendo, indo para o lado direito onde ficava um armário com todos os pertences esquecidos, onde ele cisma de chamar de vestuário, para mim é mais um amontoado. – Haha, até parece seu velhote, já foi tempo, estou indo aí, vai se alongando, só cuidado para não morrer antes do meu treino. – Dou aquela risada simpática para Connor, já éramos amigos a anos, ele era a figura mais próxima de pai para mim, como de costume não sou tão organizado, não é novidade para ninguém, e por sorte disto tenho umas roupas lá no armário, chego perto pego um short grande de treino branco, uma camiseta vermelha que deixará por lá, e começo a enfaixar a mão com uma faixa preta do velhote.

Puxo uma corda, jogada no canto direito do amontoado, começando por ali mesmo meu treinamento, 3 séries de 12 pulos. Observando o local, ao mesmo tempo que treinava vejo um jovem, por volta de uns 15 anos, atrás do ringue, onde nunca havia visto por ali, o mesmo usará roupa de faxineiro cinza escuro, continuo minha série e ao terminar me dirijo até ele. - Olá, prazer meu nome é Chris Smith, qual o seu? – Ele meio amedrontado me olha de cima em baixo, respondendo sem olhar nos meus olhos * Me chamo, Jake Wash.* desviou seus olhares para esquerda e direita. – Tudo bem, seja bem-vindo a academia No Pain, No Gain.- Fico encucado com tamanho medo do rapaz, me viro para deixa-lo confortável, sigo para o ringue onde o meu amigo treinador estava me aguardando. – Bora montanha, mais força, quero força, já que você não é tão ágil, quero seu físico perfeito. 50 flexões aqui no ringue, bora! -  
Havia acabo de começar, não estava nem um pouco cansado ao entrar no ringue já me posiciono para fazer a flexão do início da minha série de 50, ouço um barulho de ranger as portas centrais do estabelecimento, infelizmente inclino a cabeça para cima para ver quem está entrando, vejo uma loira muito linda, acabo me desequilibrando e dando de peito ao acolchoado do espaço. Ela ao entrar, parece desesperada, - Cadê o moço mais forte daqui tenho uma mensagem para ele -. Ao escutar eu saio correndo, deixando quem estava ao redor rindo. – Sou eu, prazer Montanha, aliás Chris Smith -, ela me retribui um lindo olhar dizendo, - Tenho que conversar com você no particular -. Logo falo comigo, vou me dar bem haha.

Começo a caminhar, conduzo a moça na sala ao lado do vestiário, onde é a sala do Connor, porém ele nunca trancava esta porta, abro e me lembro dela não ter falado o nome para mim, ao adentrar na sala com a menina do sorriso mais encantador, pergunto. – Senhorita qual é mesmo o seu nome? -  Antes que ela pudesse falar, seus olhos começam a sumir, se tornando um só, o seu tamanho já não é mais o mesmo começando a se esticar, a criar músculos. Espantado eu começo a falar, - aaaaaaaaaaaaa xô satanás, que isso, saí, - começo a correr espantado, porém este troço me pega pela camisa e joga em cima da mesa de madeira, onde havia no centro da sala.

- Não sei o que você é, mas mexeu com a pessoa errada-. Minha mão começa a tremer de fúria, mas ao mesmo tempo sei que não posso chegar muito perto, por ele ser maior que eu, dou um soco onde estava a junção do pé da mesa de madeira, para poder retirar uma perna, fazendo como se fosse uma arma de longa distância. – Vem seu monstrengo, hoje é seu dia de azar -  o ser esquisito vem em minha direção com toda a força, eu deixo ele dar um encontrão no meu ombro esquerdo, deixando o meu lado direito livre, mesmo com o impacto da força consigo encravar o pé de madeira nas costas do bicho, o escuto uivar de dor.
Escuto outro barulho, dessa vez de passos, logo em seguida um grunhido de bode, em seguida a porta se abre, aquele novo ser estranho da academia, ficou mais estranho ainda, seria o faxineiro sendo metade bode e metade humano, como isto será possível, eu me pergunto e dou um grito. – OUTRA ABERRAÇÃO? VOCÊS VÃO PAGAR, EU NÃO ESTOU LOUCO-  rapidamente, Jake fala, não sei como, pois estava se borrando de medo, mas fala. – Sou béeerr, sou um sátiro, ajudo meios-sangues como você, não há tempo de explica agora bééeeeeee, ele é um ciclope tem que mat.. – Antes que o ser humano animal terminasse a frase, este ser abominável se vira contra ele dando uma forte investida jogando o bode pro alto. Percebo o melhor momento para atacar, o monstro estava de costas para mim e nem percebera, pego minha “segunda arma”, o outro pé da mesa, pulo cravando no pescoço do monstro, ouço seu grunhido bem intenso, desta vez ele se ajoelha no chão, mas parece estar a se recuperar. – Tome garoto, apenas com este tipo de arma se pode matar uma criatura destas. – O sátiro joga uma faca, no cabo havia sua assinatura Jake acampamento meio sangue.  Enfio a faca, na garganta do monstro deslizando para baixo, rasgando o pescoço e transformando em pó.
Olho espantado sem entender nada para o Sátiro, - Você disse meio o que? -  com a faca ainda na mão me preparo para qualquer coisa, atacar esse outro monstrengo.  O menino bode parece estar mais tranquilo. – Você é um Semideus, olha, olha, olha pra cima, bem que eu imaginei, forte deste jeito só poderia ser dele.  Nervoso com raiva olho para cima devagar, a visto uma áurea vermelha, - Sou filho do demônio? Que coisa vermelha é essa.  Começando a rir o sátiro me explica que sou filho de Ares o deus da guerra e tudo que se há para saber quando se é reclamado. – Mas, mas, eu tenho um irmão Johnzinho, devo ir até ele para contar tudo isso, Acampamento meio-sangue? Terei que realmente ir pra lá? Quero ver o meu irmão! – Estressado o bode me repudia. – Vai ter que ir direto para este Acampamento, estão precisando de você lá, depois a gente encontra seu irmão.-Ambos saímos da sala, da academia, partindo direto para este tal de Acampamento, mas não levo nada, apenas minhas pernas e punhos.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Chris Smith Qui 07 Jan 2016, 20:34

Chris Smith escreveu:

SON OF WAR

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser um semideus, reclamado por Ares. Bom sempre quando eu entro para algum fórum, fico na dúvida entre qual escolher, mas o meu coração sempre bateu e pulsou mais forte por Ares, por ele representar a Guerra, ter a personalidade forte e querer resolver suas coisas sozinho que nem sempre é o correto, porém é o meu estilo em off. Então além de tentar ver poderes, ou qualquer outra coisa, o escolho, pois é o qual mais admiro e o que posso vir a melhorar na interpretação de um personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris, é uma montanha, como muitos o apelidaram ao longo de sua jornada, ele mede 1m85, músculos são aflorados por causa dê seu esporte favorito desde novo, (boxe), cabelos curtos estilo militar, seus olhos castanhos são bem expressivos, quando está com raiva qualquer um que o olhe saberá de longe a sua fúria pulsando, sobrancelhas bem feitas e boca carnuda são os traços da mãe refletindo no menino.
Graças a luta, aprendeu a controlar seu temperamento forte, vivia sempre estressado de mal com a vida, querendo chutar tudo que vinha pela frente, a mãe do garoto achou o esporte como uma boa opção para acalma-lo.  Antes de saber que era um semideus também sofria com os problemas de dislexia e déficit de atenção

- História do Personagem:

1998, o ano que o mundo ficou mais colorível, sim foi o ano que eu nasci, tenho 18 anos me chamo Chris Smith, moro nos EUA Chicago, lá na avenida Michigan, vou narrar minha história para vocês, minha vida nem sempre foi lá das melhores, mas eu não tenho muito que me queixar, existe uma mãe maravilhosa cuidando de mim que se chama Helena R Smith, cuidou de mim do meu irmãozinho, John S. Smith, sozinha.
Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John.  Ela com seu sorriso admirável, e cabelos avermelhados procurava sempre distorcer o assunto e nos repudiava dizendo, - Sua mãe foi burra, errei com você quando cedi aos encantos de seu pai, e em seguida após 2 anos, não resisti a persuasão do pai de John -. Conseguia vê nos seus olhares expressivos, a tamanha tristeza que sentia, deixava quieto e seguia a minha rotina do dia.

Vou ao banheiro, do apartamento onde era pequeno, mas aconchegante, adentro ao banheiro no lado esquerdo tem o vaso, sempre estava com a tampa levantada e molhada com urina, para desespero de mamãe, de frente quando se entra tem uma bancada improvisada de madeira feita por mim e pelo meu irmão caçula, em cima a torneia, no canto em cima da mesa potes que armazenava escovas, puxo a minha de cabo verde escovo os dentes e começo a pensar na vida.



Devo agradecer muito a minha rainha, por eu ser um homem mais concentrado, pois quando eu era mais novo vivia sendo expulso de colégios e cursos técnicos, por causa das brigas. Muita gente me zoava por eu não saber ler rápido como eles, ou por não ter um pai, daí acabava batendo neles, então para eu poder ficar mais calmo minha mãe resolveu me colocar no meu esporte predileto, o boxe, após alguns anos de treinamento consegui controlar a minha fúria e descarregar as energias nos treinos.

O dia mais tenebroso para mim sempre foi e será o dia dos pais, eu não tinha pra quem mandar cartinha, fazer brinquedos ou algo de garoto com uma família normal, quando chegava esta data, meus olhos enchiam de lágrimas o coração acelerava demasiadamente, não apenas por mim, mas também pelo John, eu o amava e queria ser um pai para ele, mesmo sabendo que o jovem se virava bem, ele era bonito, loiro, forte, estava sempre rodeado de meninas,  não tinha muito problemas com brigas, porém caso alguém implicasse com o pequeno Smith, teria que se resolver comigo.

Após o meu escovar de dentes mais demorado o qual já tenho realizado, saio do banheiro vou em direção a primeira porta a direita, onde era o quarto da bagunça, ou seja dos meninos, pego a primeira camisa que vejo amontoada em cima da cama de baixo do beliche, onde a de cima era do loirinho, era uma camisa gola V bem apertada verde escuro, onde marcava os meus músculos, troco de calça, a que vestia era uma marrom, iria parecer uma arvore na rua, coloco uma toda preta  que não fosse tanto colada, calço minha bota marrom e vou em disparada a minha primeira parada do dia, a academia.
- A benção mãe, cadê o pirralho?  - já pergunto indo em disparada a porta para sair, minha mãe estava na cozinha ao lado direito da porta de saída, o apartamento realmente era humilde. - Deus te abençoe meu filho, olhe lá como fala do seu irmão em mocinho, filho já viu a hora são 10h, esta hora o meu docinho tá no colégio. Que a propósito ele ficou triste por não leva-lo na escola, ele te chamou e você não acordou. Ande logo para não se atrasar no seu treino.

Só escutei que minha mãe dizia, fiquei imaginando enquanto ia para a aula de boxe que era de frente para o prédio onde eu residia, se ela fosse no colégio e chamasse John de meu docinho, a eu iria dar altas gargalhadas. Desço as escadarias do prédio correndo, atravesso a rua, por sorte sinal estava fechado, empurro a porta da academia, são aquelas grandonas, estilo porta de cinema, ao entrar na academia, de cara tem um ringue de outros lados sacos de pancadas, a academia não é grande, conta com poucos funcionários e pugilistas.  Connor Muller, é o meu coach, um senhor de idade com 60 anos, porém com o físico em dia, cabelos grisalhos e olhos pretos, ao me ver entrando no espaço, já grita.
Chriiiiiiiiiiiiis !!! Cadê suas coisas, roupas, luvas cadê? Seu doente, vem cá que eu vou te socar um pouco, e vá pegar umas roupas suas que você esqueceu no vestiário, tem uma faixa lá, pode usar é minha. Eu espantado ao ouvir meu treinador me gritando, olho para baixo, realmente percebo que eu me preparei para tudo, menos para treinar; Ergo a cabeça respondendo, indo para o lado direito onde ficava um armário com todos os pertences esquecidos, onde ele cisma de chamar de vestuário, para mim é mais um amontoado. – Haha, até parece seu velhote, já foi tempo, estou indo aí, vai se alongando, só cuidado para não morrer antes do meu treino. – Dou aquela risada simpática para Connor, já éramos amigos a anos, ele era a figura mais próxima de pai para mim, como de costume não sou tão organizado, não é novidade para ninguém, e por sorte disto tenho umas roupas lá no armário, chego perto pego um short grande de treino branco, uma camiseta vermelha que deixará por lá, e começo a enfaixar a mão com uma faixa preta do velhote.

Puxo uma corda, jogada no canto direito do amontoado, começando por ali mesmo meu treinamento, 3 séries de 12 pulos. Observando o local, ao mesmo tempo que treinava vejo um jovem, por volta de uns 15 anos, atrás do ringue, onde nunca havia visto por ali, o mesmo usará roupa de faxineiro cinza escuro, continuo minha série e ao terminar me dirijo até ele. - Olá, prazer meu nome é Chris Smith, qual o seu? – Ele meio amedrontado me olha de cima em baixo, respondendo sem olhar nos meus olhos * Me chamo, Jake Wash.* desviou seus olhares para esquerda e direita. – Tudo bem, seja bem-vindo a academia No Pain, No Gain.- Fico encucado com tamanho medo do rapaz, me viro para deixa-lo confortável, sigo para o ringue onde o meu amigo treinador estava me aguardando. – Bora montanha, mais força, quero força, já que você não é tão ágil, quero seu físico perfeito. 50 flexões aqui no ringue, bora! -  
Havia acabo de começar, não estava nem um pouco cansado ao entrar no ringue já me posiciono para fazer a flexão do início da minha série de 50, ouço um barulho de ranger as portas centrais do estabelecimento, infelizmente inclino a cabeça para cima para ver quem está entrando, vejo uma loira muito linda, acabo me desequilibrando e dando de peito ao acolchoado do espaço. Ela ao entrar, parece desesperada, - Cadê o moço mais forte daqui tenho uma mensagem para ele -. Ao escutar eu saio correndo, deixando quem estava ao redor rindo. – Sou eu, prazer Montanha, aliás Chris Smith -, ela me retribui um lindo olhar dizendo, - Tenho que conversar com você no particular -. Logo falo comigo, vou me dar bem haha.

Começo a caminhar, conduzo a moça na sala ao lado do vestiário, onde é a sala do Connor, porém ele nunca trancava esta porta, abro e me lembro dela não ter falado o nome para mim, ao adentrar na sala com a menina do sorriso mais encantador, pergunto. – Senhorita qual é mesmo o seu nome? -  Antes que ela pudesse falar, seus olhos começam a sumir, se tornando um só, o seu tamanho já não é mais o mesmo começando a se esticar, a criar músculos. Espantado eu começo a falar, - aaaaaaaaaaaaa xô satanás, que isso, saí, - começo a correr espantado, porém este troço me pega pela camisa e joga em cima da mesa de madeira, onde havia no centro da sala.

- Não sei o que você é, mas mexeu com a pessoa errada-. Minha mão começa a tremer de fúria, mas ao mesmo tempo sei que não posso chegar muito perto, por ele ser maior que eu, dou um soco onde estava a junção do pé da mesa de madeira, para poder retirar uma perna, fazendo como se fosse uma arma de longa distância. – Vem seu monstrengo, hoje é seu dia de azar -  o ser esquisito vem em minha direção com toda a força, eu deixo ele dar um encontrão no meu ombro esquerdo, deixando o meu lado direito livre, mesmo com o impacto da força consigo encravar o pé de madeira nas costas do bicho, o escuto uivar de dor.
Escuto outro barulho, dessa vez de passos, logo em seguida um grunhido de bode, em seguida a porta se abre, aquele novo ser estranho da academia, ficou mais estranho ainda, seria o faxineiro sendo metade bode e metade humano, como isto será possível, eu me pergunto e dou um grito. – OUTRA ABERRAÇÃO? VOCÊS VÃO PAGAR, EU NÃO ESTOU LOUCO-  rapidamente, Jake fala, não sei como, pois estava se borrando de medo, mas fala. – Sou béeerr, sou um sátiro, ajudo meios-sangues como você, não há tempo de explica agora bééeeeeee, ele é um ciclope tem que mat.. – Antes que o ser humano animal terminasse a frase, este ser abominável se vira contra ele dando uma forte investida jogando o bode pro alto. Percebo o melhor momento para atacar, o monstro estava de costas para mim e nem percebera, pego minha “segunda arma”, o outro pé da mesa, pulo cravando no pescoço do monstro, ouço seu grunhido bem intenso, desta vez ele se ajoelha no chão, mas parece estar a se recuperar. – Tome garoto, apenas com este tipo de arma se pode matar uma criatura destas. – O sátiro joga uma faca, no cabo havia sua assinatura Jake acampamento meio sangue.  Enfio a faca, na garganta do monstro deslizando para baixo, rasgando o pescoço e transformando em pó.
Olho espantado sem entender nada para o Sátiro, - Você disse meio o que? -  com a faca ainda na mão me preparo para qualquer coisa, atacar esse outro monstrengo.  O menino bode parece estar mais tranquilo. – Você é um Semideus, olha, olha, olha pra cima, bem que eu imaginei, forte deste jeito só poderia ser dele.  Nervoso, olho para cima devagar, avisto uma áurea vermelha, - Sou filho do demônio? Que coisa vermelha é essa.  Começando a rir o sátiro me explica que sou filho de Ares o deus da guerra e tudo que se há para saber quando se é reclamado. – Mas, mas, eu tenho um irmão Johnzinho, devo ir até ele para contar tudo isso, Acampamento meio-sangue? Terei que realmente ir pra lá? Quero ver o meu irmão! – Estressado o bode me repudia. – Vai ter que ir direto para este Acampamento, estão precisando de você lá, depois a gente encontra seu irmão.-Ambos saímos da sala, da academia, partindo direto para este tal de Acampamento, mas não levo nada, apenas minhas pernas e punhos.


Chris Smith
Chris Smith
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Peter Lefurgey Sex 08 Jan 2016, 01:43


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Peter Lefurgey
Meu pai

Sou filho de Hefesto. Acho que é o que mais se encaixa na minha personalidade.

Minha personalidade
Infelizmente, dizem que eu sou chamativo. Eu nunca gostei muito de ser o centro das atenções, porém por algum motivo, isso não impede de eu sempre ser o principal assunto. Não digo isso com modéstia, não me entendam mal, até porque não é o holofote que a maioria das pessoas gostaria de estar sob. Não é como se os outros gravitassem ao meu redor ou como se eu fosse o queridinho, o favorito. Talvez seja pela minha personalidade, talvez seja porque sou (ou pelo menos me considero) simpático, ou simplesmente porque eu falo o que penso e não tenho vergonha do que acredite ou sinta. Pode ser também por eu ser bissexual. Independente do motivo, esse chamariz que tenho é estranho e me incomoda um pouco.

Eu sempre me pergunto o porquê disso. Me olho no espelho e vejo um garoto comum. Nada em mim destoa do resto dos garotos com quem convivo. Tenho cabelos castanhos bem lisos, raramente os deixo crescerem demais, e meus olhos são de um verde vivo, assim como metade dos californianos que conheço. Com meus um metro e setenta, não sou nem alto e nem baixo.

Meu corpo também não é lá grande coisa. Sou meio magro, com poucos músculos. Talvez um pouco mais do que o normal para um menino de 14 anos, mesmo assim não é nada fora do normal. Tenho a pele morena, do tom de quem toma muito sol e vai muito à praia, mesmo que eu raramente faça qualquer uma dessas coisas. Quando me veem, todo mundo jura que eu sou aqueles garotos caiçaras que passa o dia inteiro no mar surfando. Não posso culpar ninguém por isso. Realmente pareço um protótipo de surfista, contudo esse não é nem um pouco quem sou. Nunca gostei do mar, muito menos surfar.

Um dia ainda vou entender o porquê de eu ser o primeiro a desconfiarem, o primeiro a se meter em encrenca. Queria muito entender.

Minha Trajetória


Bom, vou contar um pouco da minha história para vocês agora. Não é lá grande coisa. Até eu me surpreendo com algumas coisas que me acontecem. Vivo me perguntando o porquê de ser comigo. Vamos lá, por onde começo?

Eu nasci na Califórnia, na cidade de San Diego, no dia 25 de Janeiro de 2001. Eu nunca conheci nenhum dos meus pais. Pelo menos, não tenho nenhuma lembrança deles. A Irmã Maria que cuidou de mim dos dois aos cinco anos de idade disse que minha mãe me deixou na porta da Pier Church quando eu era apenas um bebê.

Eu cresci, então, junto com vários outros órfãos, de todas as idades. Meu primeiro orfanato foi o da própria Igreja. Foi aí que meus problemas começaram. Os mais velhos viviam pegando no meu pé. Eles faziam todo o tipo de coisa. Quebravam estátuas de santos, entupiam os canos do órgão com meias, alagavam os banheiros. Eles realmente faziam de tudo. Depois, claro, a culpa caía sempre em mim. Como as freiras achavam que uma criança de cinco anos podia fazer tudo isso?

Com cinco anos, fui transferido. Fui para o Poplawski Center, também em San Diego. Lá as coisas não foram muito diferentes. Eu comecei a ficar revoltado. Apanhava dos mais velhos, vivia fugindo das garotas que queriam me maquiar e me chamavam de princesa, e ainda por cima ficava de castigo pelo que eles haviam feito comigo.

Passei por mais dois orfanatos em San Diego, até que em 2011, com 10 anos, me mandaram para Los Angeles, para o quinto orfanato, Marywhale Orphanage. Não me adaptei lá também, claro. No entanto esse foi o pior de todos. Nenhuma criança gostou de mim. Eu não gostei de nenhum dos outros órfãos.

Eu gostava de ficar na minha. Gostava de ficar criando coisas, imaginando como seria minha vida. Ficava, na maior parte do tempo, no meu quarto. Juntava tralhas e criava meus próprios brinquedos. Eles nunca duravam muito, afinal, todo mundo queria os brinquedos para si. Os funcionários também começaram a se aproveitar das minhas habilidades manuais. Eles tomavam as coisas que eu fazia e vendiam, porém eu nunca via esse dinheiro. Foi o primeiro orfanato do qual não fui transferido, afinal, eu era lucrativo. Passei a maior parte do meu tempo em Marywhale chorando. Claro, quando eu podia chorar.

Eu tinha me tornado praticamente um escravo. Eles haviam industrializado minha produção. Passava dezesseis horas por dia fazendo mil objetos diferentes. Eu fazia de tudo carrinhos, esculturas de metal, bonecas, peões, de tudo mesmo. Mas, nada que eu fazia ficava pra mim. Assim que terminava, colocava aquilo que eu fazia em uma caixa e no final do dia o Senhor Donovan, chefe da ala que eu ficava, vinha e levava tudo embora. Depois, ele voltava, me levava para o meu dormitório e me trancava lá até de manhã. Eu estava perdendo o gosto pelas coisas que eu mais amava fazer: criar e construir.

Quando completei 14 anos, eu estava farto daquela rotina. Havia passado quatro anos fazendo a mesma coisa todos os dias. Não tinha folga. Não tinha para quem pedir ajuda. Os adultos que vinham visitar o orfanato achavam “lindo que o menino cria tanta coisa bonita”, eles diziam. Certo dia, decidi que bastava e esperaria a melhor oportunidade para pôr meu plano em prática. O Sr. Donovan, um homem com uma barriga enorme, olhos minúsculos e que parecia não ter pescoço e que estava sempre suado, veio buscar o caixote com as “mercadorias” que eu havia produzido naquela tarde, eu vi minha chance. Ele deixou a porta da sala destrancada. Como ele demorava por volta de dez minutos para voltar, eu sabia que tinha que aproveitar. Me levantei da cadeira, peguei um pedaço de metal afiado semelhante a uma faca, alguns pregos, um martelo e uma marreta pequenos, coloquei o metal e os pregos nos bolsos e saí correndo em direção à porta.

O orfanato era grande, era um dos mais antigos de Los Angeles. A construção que hoje o abrigava tinha sido a Casa Grande de uma fazenda, cheia de quartos, salas e banheiros. Eu estava no primeiro andar da casa e meu quarto ficava no último, no terceiro piso, do outro lado da casa. Eu conhecia só um pouco do lugar, não via muito além dos corredores e escadas entre a sala em que passava a maior parte do tempo e o lugar em que eu dormia.

Eu não tinha muitos pertences, afinal não tinha muita história além dos orfanatos em que eu vivi. porém eu precisava voltar até meu quarto. A Irmã Maria havia me dado um colar de ouro quando eu era mais novo, ela disse que estava comigo quando ela o encontrou. Eu tenho certeza de que foi um presente do meu pai.

Coloquei minha cabeça para fora, espiando se vinha alguém no corredor. Era tarde, devia ser perto das dez da noite, não deveria ter mais ninguém andando por aí, todavia não custava conferir. Como esperava, o corredor estava vazio. Com calma, tentando não fazer barulho, saí de mansinho. Pé atrás de pé, cheguei até a escada mais próxima. O suor tomou conta do meu rosto e minha cabeça latejava a cada batida do meu coração. Subi as escadas depressa. Eu não tinha ideia de onde o Sr. Donovan estocava os meus “produtos”, então, sabia que precisava me apressar. Assim que cheguei ao segundo piso, ouvi o ruído da porta abrindo. Corri e me escondi atrás de um balcão do lado oposto a escada. O som dos passos foi aumentando, aumentando cada vez mais até eu sentir que ele estava na frente do balcão. Eu agarrei com força a marreta que ainda estava na minha mão, pronto para acertar quem quer que fosse que estivesse do outro lado.

Lentamente, os passos se afastaram, atravessando o corredor. Outra porta se abriu e pouco depois ouvi-la fechando. Cauteloso, eu levantei meus olhos para espiar por cima do balcão. Qualquer que fosse a pessoa, ela não estava mais lá. Em seguida, o barulho da tampa da privada caindo sobre o vaso me acalmou um pouco. Eu continuei seguindo o corredor, em busca da escada que daria ao terceiro andar. Uma porta entreaberta me chamou a atenção. Uma luz saía de dentro, oscilante como a do fogo. A minha curiosidade foi maior do que meu medo.

A sala parecia um escritório. A luz que despertou minha curiosidade vinha de uma lareira no canto esquerdo da sala. Na minha frente, uma escrivaninha antiga de madeira e com detalhes em ouro ocupava boa parte do cômodo. Grandes janelas coloniais atrás da mesa deixavam a luz da lua entrar e ocupar o chão, iluminando o tapete persa e misturando-se com a do fogo. Armários enormes se estendiam por todas as paredes, suas prateleiras estavam cheias de livros que pareciam do século passado.

— Que lugar diferente ‒ sussurrei a mim mesmo. Caminhei até a poltrona que estava atrás da escrivaninha. Sentei-me e abri uma das gavetas. Dentro, haviam diversos envelopes pardos, daqueles que você vê em séries policiais, escrito “ultrassecreto”. Porém, nesses não tinha nada, apenas nomes. Eles estavam organizados por ordem alfabética. Em um dos primeiros, reconheci o nome de um dos garotos mais velhos: “Craig, John”. Ele era um garoto de quinze anos. Seus pais haviam sido assassinados em sua frente quando ele tinha apenas cinco anos. Continuei folheando os envelopes. Encontrei um com a etiqueta: “Lefurgey, Peter”.

Ouvi um estalo vindo do corredor. Alguém andava sobre as tábuas de madeira. Os pelos do meu braço subiram e um arrepio percorreu minha espinha. Olhei pela janela e logo me arrependi amargamente. Era alto. Muito alto. Odeio alturas, sempre odiei. Nada se compara ao solo firme, forte e seguro. Estava desesperado. Não pularia da janela nunca, mas não tinha onde me esconder. Segurei a marreta com força e pedi a Jeová, Buda, Alá, qualquer divindade que estivesse ouvindo, que eu acertasse, caso aparecesse alguém.

— Peter! ‒ um grito abafado ecoou por todo orfanato. Era a voz de Sr. Donovan e vinha do primeiro andar. Logo em seguida, um alarme disparou.

— Merda ‒ exclamei. O funcionário havia voltado para a sala onde eu deveria estar e soara o sinal que alertava todos sobre a fuga de uma das crianças. Eu havia falhado. Não haveria como escapar sem ser percebido, agora que todo mundo sabia do que eu estava tramando. Naquele momento, quase entreguei o jogo. No entanto, algo em mim, me fez continuar. Não sei ao certo, pareceu uma voz me encorajando. Comecei a ouvir uma gritaria. Pessoas corriam para todos os lados. Isso me lembrou de quando, pouco depois que eu cheguei, uma garota fugiu. Nunca a encontraram, mas o estardalhaço que foi feito naquela noite parecia muito com o de agora.

— Só espero que tenha o sucesso dela ‒ murmurei para mim mesmo. Guardei o envelope entre a calça de moletom e minha barriga e fui até o corredor. Ele estava um caos. Via as “Tias”, que era como elas pediam para ser chamadas, apressadas. Algumas ainda vestiam seus roupões, outras não tiveram tempo de tirar os bobes do cabelo. Uma delas usava uma daquelas máscaras de argila verde dos comerciais da TV. As crianças não ficaram paradas também. Corriam de pijama com mochilas nas costas ou arrastavam as fronhas com seus pertences dentro. Uma delas, acho que seu nome era Claire, quebrou a janela e saltou para fora, pendurando-se em uma corda de lençóis.

O caos estava instaurado. Aquela era minha chance. Praticamente desde que eu cheguei, eu fiquei confinado à “Sala de Brinquedos”, maneira que os funcionários chamam, ou “Senzala”, como eu apelidei. Ninguém quase me conhecia. Eu não tinha os mesmos horários que as outras crianças. Comia apenas quando o Sr. Donovan me deixava, dormia e tomava banho nas mesmas condições. O único que realmente saberia quem eu era seria ele. Precisava sair antes que ele me avistasse.

Sai correndo em meio ao tumulto. Cheguei até a escada do terceiro andar. John descia a escada. Ele levava uma mala preta nas costas, usava uma jersey antiga e surrada do L.A. Kings e uma calça preta de moletom rasgada no joelho. O garoto gordinho era ruivo e tinha os olhos azuis. Ele parou e nós ficamos nos olhando por alguns segundos.

— Boa sorte, Peter ‒ pela primeira vez, vi John sorrindo ‒ valeu pela chance.

— Va-valeu ‒ eu não consegui não gaguejar. Ele, quando podia, me infernizava, mas agora estava lá, me desejando boa sorte ‒ pra você também.

Ele acenou com a cabeça e saiu correndo na direção oposta.

— Ah, use preto. Fica mais fácil de se esconder no escuro ‒ ele falou e sumiu em meio ao caos.

Eu subi as escadas e no topo me deparei com uma cena pior do que eu esperava. A maioria das portas que dava ao quarto dos órfãos havia sido arrombada. Crianças e adolescentes corriam por todas as partes, segurando todo o tipo de objeto.

Corri ao meu quarto. Eu era o único que não dividia meu dormitório com ninguém. A porta estava, como eu esperava, trancada. Sem nem pensar duas vezes, acertei repetidamente com a marreta na maçaneta, até que ela cedesse.

Meu quarto era o menor de todos, provavelmente tinha sido adaptado do que um dia foi um banheiro. Ele era todo branco, tinha apenas uma cama de metal, com lençóis também brancos (o que sempre me remetia a um leito de hospital), uma arca de madeira, onde eu guardava minhas coisas, e um abajur tão velho quanto a casa em si que nunca funcionou.

Abri o baú, tirei uma mochila laranja, coloquei as duas mudas de roupa que eu tinha dentro dela e coloquei o envelope. Precisava ler o que tinha dentro, no entanto faria isso depois. Peguei o colar de ouro dentro de uma sacola de veludo vermelho. O colar era lindo; uma corrente que lembrava um cabo de aço dourado e com um pingente, em forma de bigorna feita de ouro vermelho. Atrás da bigorna estava escrito: “Para Peter, com amor, de seu pai”. Era a única relíquia que eu tinha de meu pai. Só possuía aquilo dele. Nada mais. Coloquei o colar em meu pescoço e o pus para debaixo da camiseta. Infelizmente, eu não tinha nada preto.

Sai do meu quarto correndo. Nunca gostei daquele lugar e com certeza ele não deixaria saudades. Desci as escadas na outra ponta da casa. Eu desesperadamente precisava chegar ao térreo, ao primeiro piso da casa. Imaginei que descendo por onde eu não passei as chances de eu encontrar Donovan eram menores.

Desci os dois lances de escada tão rápido que não sei como não tropecei ou cai. Chegando ao primeiro andar, lembrei que no final do corredor tinha uma janela igual a que vi no escritório, mas essa dava direto na grama. Seria minha salvação. Disparei pelo corredor, ansiando pela liberdade. Eu estava a uns 10 metros da janela, a marreta e o martelo já mão para quebrá-la quando Donovan apareceu na minha frente. Ele saiu de uma das salas.

— Te procurei em todos os lugares, seu moleque! ‒ o homem espumava pela boca. A camiseta pingava com o suor. Ele arfava. Com certeza não estava acostumado a correr.

— Eu não serei mais um escravo! Eu não nasci para isso e você não pode me impedir! ‒ as palavras não tinham a força que eu queria. O funcionário gargalhou.

— Duvido você passar por mim, pirralho! ‒ ele abriu as pernas e os braços, tampando quase todo o corredor. Agora sim, eu tinha que concordar. Não tinha como eu passar por aquele homem. Ele era enorme. Mesmo estando a uns 5 metros de mim, se ele desse dois passos, ele me agarraria. Atrás de mim, ouvi a comoção das “Tias”, elas perceberam que eu era o moleque que Donovan procurava.

”É agora ou nunca”, pensei, rezando para que meu plano desse certo. Só tinha uma tentativa. Se eu falhasse… Não queria nem pensar no que aconteceria se eu falhasse.

Respirei fundo tentando me acalmar e me concertar. Não tive muito sucesso. Minha mão tremia. Levantei o braço, colocando o na minha frente, o martelo firme na minha mão direita. Balancei a ferramenta duas vezes, mirando bem nos pequenos olhos de Donovan. Arremessei com toda a força que consegui. Passei a marreta para a outra mão, onde o martelo estava agora há pouco, me preparando para usá-la. Mas não precisei. Ouvi um baque e logo depois o chão tremeu. Donovan estava caído na minha frente, totalmente descordado. Não conseguia acreditar. Eu tinha acertado.

Olhei para trás, sorri para as “tias” e saí correndo. Eu estava finalmente estava livre. Quebrei a janela com a marreta e voei pela grama.




Eu corri pelo que pareceu uma hora. Estava agora no centro de Los Angeles. Confesso, não tinha ideia do que faria ou para onde iria. A primeira coisa que passou na minha cabeça foi: “preciso sair de L.A. o quanto antes. Não posso correr o risco de ser pego”. Fui andando sem rumo. Sabia que precisava sair daquela cidade, porém não tinha recursos para tal.

”O envelope!”, recordei que tinha posto ele na minha mala. Após alguns minutos caminhando, entrei em uma cafeteria 24 horas. Me afundei em um dos sofás que estavam disponíveis. Estava exausto. Apoiei minha mochila na barriga, abraçando-a e, de repente, estava dormindo.

Acordei com uma moça me chacoalhando. Ela vestia o avental da loja. Os primeiros raios de sol da manhã iluminavam o rosto dela e davam vida a tudo em minha volta.

— Ei, garoto! Já está de manhã. Fiquei com dó de te acordar antes, mas estou indo embora agora e não posso mais te deixar dormindo aí.

— Ah sim. Obrigado, de verdade. ‒ ainda estava acordando. Não tinha entendido direito o que ela falou.

— Toma aqui ‒ ela segurava uma sacola de papelão em uma das mãos e um copo de isopor na outra ‒ tem uma bagel e um sanduíche aqui dentro e aqui está um café. Não deve estar muito quente, mas acho que isso já vai te ajudar. Sobrou de ontem e íamos jogar fora, porém achei que você ia fazer um melhor proveito. ‒ ela sorriu e me entregou os pacotes. Não tive tempo de responder ou agradecer. Ela foi depressa para a cozinha do estabelecimento.

Ainda meio desnorteado de sono, me espreguicei, me levantei e saí da loja. Vaguei pelo centro de Los Angeles por um tempo. Sem saber o que fazer, sentei em uma praça. Apoiei a mochila aos meus pés e engoli a bagel que a atendente me dera. Estava faminto. Aquela moça tinha salvado minha vida e nem sabia. Enquanto descansava, lembrei-me do sonho estranho que tivera. Já não me lembrava de boa parte dele, porém sonhei que um pássaro vermelho em chamas lutava contra crianças aladas.

— Cara, que sonho bizarro ‒ falei comigo mesmo, enquanto dava uma mordida no meu sanduíche ‒ será que significa alguma coisa? Nah, provavelmente não.

Abri minha mochila e de dentro dela tirei o envelope. Finalmente teria tempo para ler. Soltei a fita que prendia a abertura e apanhei os papéis que ele guardava. O primeiro era uma espécie de ficha. Tinha minha foto de quando cheguei em Marywhale, meu nome, minha data de nascimento e a data de admissão. Logo abaixo do meu nome, estava escrito: “filiação: Elisa Lefurgey e…”. Havia um borrão que me impossibilitava de ler. A minha frustração foi inimaginável. Saber o nome da minha mãe não me importava. Ela nunca havia ligado para mim. Me abandonara na primeira oportunidade que teve. Mas, meu pai, meu pai não. Meu pai era diferente. Ele deixara um presente pra mim. Ele se importava comigo.

Naquele instante, desatei a chorar. Não sabia por que estava chorando, entretanto não conseguia conter as lágrimas. Eu queria tanto saber o motivo pelo qual meu pai também havia sumido. “O que eu fiz de errado? Eu só queria ser amado”.

Consegui, finalmente, me controlar e parei de chorar. Continuei folheando as páginas. Eram muitas. Com minha dislexia, era difícil entender tudo, porém a maioria eram relatórios, informes sobre minha conduta. Eu ainda não acreditava que achavam que eu realmente conseguia fazer tudo aquilo tendo apenas cinco anos de idade. A última página me chamou a atenção. Era bege, como um pergaminho, e estava escrito em dourado. No meio, havia um envelope vermelho. O que me era mais estranho era que eu conseguia ler aquelas palavras sem dificuldade.

Estava escrito ”από: μπαμπά. μείνετε καλά. φροντίσεις” e meu cérebro automaticamente traduziu para “de: papai. fique bem. se cuide”. Aquilo me chocou. Guardei o pequeno envelope, a primeira e última folha e joguei fora o resto. Me levantei e decidi que iria procurar alguma forma de sair daqui. Podia até voltar a San Diego, no entanto não ficaria em Los Angeles. A cidade passou a me dar calafrios. Necessitava de sair de lá.

Andei por horas, procurando alguma ideia que pudesse me tirar daquele lugar. Tudo em vão. Eu já estava me desesperando. Enquanto andava, cheguei até uma estação de ônibus. Resolvi entrar, não custava. Lá dentro, no piso principal, havia uma grande tela com vários horários e cidades. E então, finalmente, entendi meu sonho. “Los Angeles, CA → Phoenix, AZ”.

— É claro! ‒ gritei. Uma senhora olhou confusa para mim. Disfarcei e continuei com meu pensamento., agora falando baixo para mim mesmo ‒ A fênix é um pássaro mitológico que fica em chamas. Pelo menos, acho que é isso, me lembro de ter lido isso em algum lugar. E os anjos. “City of Angels”. É isso! Tenho que ir para Phoenix! Ou, acho que tenho. Melhor do que ficar aqui, com certeza.

Empolgado saí correndo para um balcão de uma das empresas que faziam o trajeto.

— São 22 dólares, querido. Você já é maior que treze anos, certo? ‒ a atendente era baixinha e estava encolhida na cadeira giratória. Não sei como ela conseguia me ver.

Eu revirei minha mochila atrás do dinheiro. Não havia um tostão. “Agora seria uma boa hora para eu ter recebido por todos aqueles brinquedos e esculturas”, pensei. Enquanto eu mexia na mochila, o envelope vermelho caiu no chão e ouvi um barulho que parecia ser de moedas chacoalhando. Apanhei-o do chão e  abri. Agradeci aos céus com um gesto e murmurei “obrigado, pai”. A moça deve ter me achado louco. Mas não me importei. Dentro do embrulho havia uma nota de cinquenta dólares e algumas moedas douradas esquisitas. Entreguei a nota à mulher, peguei meu troco, guardei o cartão e as moedas em um bolso interno da minha mochila. Assim que o bilhete estava impresso, corri até a plataforma H37 de onde sairia o meu ônibus.

Faltava meia hora para o ônibus partir. Mesmo assim, entrei e me dirigi até o meu assento. Estava fresco lá dentro. O ar-condicionado já estava ligado, provavelmente por causa do calor que fazia em Los Angeles no meio de Julho. Eu encostei a cabeça no vidro e adormeci.




Acordei quando o ônibus estava entrando na cidade de Phoenix. Pela janela, eu podia ver o Deserto de Sonora se estendendo dos dois lados da Papago Freeway. Sua paisagem típica acompanhava onde quer que eu olhasse. O lugar era quase totalmente plano, salvo algumas montanhas que via ao fundo. Arbustos baixos, retorcidos e sem folhas pipocavam ao longo de toda areia. Ao contrário do Mojave, não haviam muitos cactos. Eram quase sete horas da noite, contudo o sol ainda ardia no límpido céu azul.

Pouco depois, o ônibus estacionava na plataforma de desembarque. Como só tinha minha mochila, assim que desci, já me direcionei para a avenida. Agradeci o motorista velhinho e tomei meu rumo. Ia precisar de algum lugar para dormir e também de alguma coisa para comer. Minha barriga roncava. A última coisa que eu comi foi o bagel e o sanduíche. Já passava de doze horas sem comer nada.

Andei por pouco tempo até encontrar uma viela estreita, entre dois prédios. Resolvi entrar nela na esperança de ter alguma coisa para comer. Ainda mais porque o sol não batia nela. Estava quente e eu também não tinha água. Não era uma boa ideia ficar perambulando pelo calor do asfalto e suar até a desidratação.

A viela estava vazia. Não via ninguém passando por ela. Mas, um trailer, a mais ou menos um quarteirão, me chamou atenção. Senti o cheiro de cachorro-quente de longe. Meu estômago gritou de felicidade. Apertei meus passos, ansioso pela comida que me aguardava.

”Giganta1 Hot-dogs”, o nome era estranho e o lugar era sujo, sem dúvida, todavia eu estava morrendo de fome e era um cachorro-quente barato. No cartaz estava escrito: “Completo: $5; Simples: $2”.

— Olá… – esperei alguém vir me atender. Passado um tempo, chamei de novo.

— Desculpe a demora – um homem apareceu atrás do balcão. Ele era quase careca, tinha apenas um tufo de cabelo saindo do meio de sua cabeça. Sua voz se assemelhava aquela de quem fala com a boca cheia. Era uma voz grossa e profunda. Dava um certo medo. Ele devia ter quase dois metros, o trailer ficou pequeno na sua presença. O vendedor estava cheio de óleo e algo que parecia graxa. Pensei, ”Céus que cara sujo. Só desesperado para comer aqui”, mas mesmo assim continuei, afinal eu estava realmente sem muitas outras opções.

Busquei o dinheiro e o cartão dentro da minha mala.

— Eu vou querer o completo, com o desconto – fiz o pedido enquanto mostrava o cartão que havia encontrado no envelope.

— Ah sim. É pra já – por um instante pareceu que ele havia visto algo muito suculento, pois ele salivou e lambeu os lábios. Ele desapareceu dentro do trailer, o que para mim era impossível e eu fiquei aguardando na frente do balcão.

Eu senti algo estranho. Um calafrio percorreu minhas costas e eu tremi. Estava quente demais, não podia ser de frio. Resolvi ignorar. Podia ser a fome, o sono, qualquer coisa, não tinha porque me preocupar. Olhei em volta. O lugar estava deserto. Só faltava uma daquelas bolas de feno rolando.

Esperei por volta de dez minutos e nada do homem. Resolvi chamá-lo de novo. Perguntei se estava tudo bem. Sem resposta.

De repente, um braço enorme saiu de dentro do trailer e me acertou em cheio. Eu fui arremessado com tudo nos tijolos da parede do prédio que se ampliava na frente do vagão.

— Você é meio magro, no entanto faz muito tempo que eu não como um semideus. O gosto é incomparável ao dos mortais.

Eu não tenho certeza se ouvi direito. A pancada tinha sido forte, entretanto podia jurar que ele falou semideus. Eu tentei me levantar e alcançar a minha mochila, mas ela não estava mais nas minhas costas. Ela tinha voado longe com o golpe do homem. Sem minha marreta ou a faca improvisada não tinha muito que fazer contra… Na mesma hora, percebi que o vendedor tinha apenas um olho.

—Aaaah! ‒ Um grito de horror escapou. O que era aquele… ou melhor, aquilo?

O monstro gargalhou. Ele havia saído do trailer e, como mágica, tinha ficado ainda mais alto. Ele deu dois passos e me alcançou. Ele era gigante. Muito maior do que o cara mais alto do mundo, com certeza.

— Você poderia entrar no Livro dos Recordes, sabia? ‒ arrisquei uma descontração, numa tentativa, claramente falha, de me acalmar.

— E você poderia entrar no meu estômago

Ok, eu realmente tinha falhado na tentativa. O brutamonte salivava. Ele me pegou pelos pés e me arremessou longe. Cai em cima de umas lixeiras e sacos de lixo.

— Ainda não sei como vou preparar sua carne, pivete, mas primeiro preciso te desacordar. É sempre o primeiro passo.

Ele estava quase tendo sucesso na sua empreitada. Minha cabeça latejava e meu corpo todo doía. O monstro se aproximou de novo em poucas passadas, pronto para me agarrar de novo. Nesse momento, senti saudades de Donovan. Achei que nunca pensaria isso, contudo o ditador do orfanato era melhor do que essa criatura, sem sombra de dúvida.

O ogro investiu com seus braços robustos. Em um momento de lucidez, eu consegui me esquivar e corri para perto de minha mochila. A fera berrou, descontente com o que eu havia feito. Consegui chegar onde a mala estava. Abri e peguei a faca e a marreta. O bruto virou-se e me olhou. Seu único olho cheio de raiva. Eu estava ferrado, tinha certeza. Ele avançou de novo na minha direção. No momento, rezei para acertar o golpe, como fizera no orfanato. Arremessei com toda minha força e, novamente, atingi bem na cabeça do monstro. Torcendo para que ele caísse, me encolhi no canto próximo a parede. Porém, não foi como esperava. Aquilo só havia irritado ainda mais.

— Você me paga! ‒ ele vociferou.

”Estou morto”, pensei, “acabou para mim”. Eu desviei minha cara, semicerrando meus olhos, tentando me proteger da pancada que viria. Ele havia pegado um pedaço de madeira do chão e eu tinha certeza que ia usar contra mim. Naquele mesmo momento, algo veio assobiando por trás dele e o acertou no ombro. O brutamonte rugiu e virou-se para ver de onde viera. Ao virar, eu consegui ver que era algo que se assemelhava a uma flecha.

Mantive meus olhos semicerrados procurando ver de onde viera aquilo. Uma garota com cabelos loiros segurava algo em sua mão. Olhei melhor, era um arco, daqueles que os arqueiros usam. Do lado da menina, um garoto empunhava um pedaço de ferro. Não. Era uma espada.

— O que cazzo está acontecendo, senhor? ‒ suspirei. Devia ter sofrido uma concussão ou traumatismo craniano devido a pancada, porque nada do que eu escutava ou via estava fazendo o menor sentido. De qualquer forma, resolvi correr. Aqueles dois pareciam estar bem mais preparados para o que quer que fosse aquilo. Me disparei na direção oposta, desejando mentalmente boa sorte aos dois. Eu definitivamente não estava preparado para aquela luta.

Corri como correra na noite em que fugi. Parecia anos atrás, no entanto não fazia nem dois dias. Tanta coisa havia acontecido em tão pouco tempo, era difícil processar. Me sentia um covarde por ter fugido. De novo, comecei a chorar. Eu nunca tive medo de expressar o que eu sentia, no entanto em tão pouco tempo tinha chorado tanto que estava até me fazendo mal. Chorava por estar confuso, por não saber o que estava acontecendo, por ter deixado aqueles adolescentes lá, por sempre ser comigo.

Parei a mais de vinte quarteirões da viela. Entrei em um parque. Enquanto corria, a noite havia caído. Sem forças, caí na grama e apaguei.




Quando acordei, um vira-lata lambia meu rosto. O sol estava a pino. Por quanto tempo tinha dormido? Não tinha ideia. Eu tentei levantar, porém estava fraco demais. Continuava sem comer desde que saíra de Los Angeles. A fadiga e a fome me abateram. Instintivamente, eu sorri. Escapara de Donovan, escapara do homem de um só olho, contudo morreria aqui, jogado em um parque, por inanição. “Que triste fim, Peter Lefurgey”. Não sabia por que, porém agora eu gargalhava. Scar estava certo, “a vida não é justa, não é?”.

Em seguida, para piorar tudo, começou a garoar. “Claro, tem que chover quando se está prestes a morrer”. Fiquei estatelado, sem forças para me mover, apenas esperando a morte. Minha visão estava um pouco embaçada e, do nada, as nuvens e o céu começaram a tremeluzir. Ainda sorrindo, falei baixinho:

— Será que é assim que as pessoas morrem? Com tudo tremeluzindo?

Alguns segundos depois, um círculo de arco-íris apareceu na minha frente. Dentro dele surgiu um homem barbudo.

— Olá, me chamo Quíron. Você está recebendo esta mensagem, pois dois de nossos acampantes me avisaram sobre o que ocorreu há três dias.

— Três dias? Como assim? Eu desmaiei por três dias? ‒ Não conseguia acreditar no aquele homem estava falando, três dias era muito tempo ‒ Calma aí. Quíron? Esse não é nome daquele homem-cavalo que ajudou vários heróis da mitologia grega? Que nome engraçado para servir de homenagem.

— Vejo que você tem bom humor ‒ replicou Quíron ‒ entretanto não é uma homenagem. E o nome correto é centauro, por favor.

— Como assim não é homenagem? ‒ eu voltei a gargalhar, aquele homem estava louco. Pensando bem, eu estava louco. Estava conversando com um homem imaginário através de um arco-íris. ‒ Isso só pode ser uma ilusão, um delírio pré-óbito, com certeza.

— Não, isso não é nenhum tipo de alucinação. Eu sou real, bem como essa mensagem. Você é um semideus. Filho de algum dos deuses da mitologia grega. Te explicarei melhor quando chegar aqui no acampamento.

— Então eu ouvi o caolho direito? Semideus?

— Sim, o ciclope estava certo. Você é sim um filho de alguma divindade. Argos já está a caminho para te buscar. Ele deve chegar em pouco tempo. Te explico melhor quando vocês voltarem.

A imagem sumiu, restando somente a chuva. Aquilo tinha sido mais um dos vários sustos que tinha tomado nesses últimos dias. Ainda dolorido, sucumbi e desmaiei de novo.



Quando retomei consciência eu estava deitado em um dos bancos da parte traseira de uma van. Um homem com uniforme azul de segurança dirigia a van. Ele mantinha os olhos fixos na estrada e suas mãos seguravam com firmeza o volante. Me levantei e logo percebi que parte da minha força havia voltado.

— Você deve ser Argos, certo?

— Fique deitado, o néctar que eu te dei não foi suficiente para recobrar suas forças. Você deve descansar até o acampamento. Em poucas horas chegaremos lá e você poderá tirar todas as suas dúvidas.

Ele estava certo. Ainda não tinha me recuperado totalmente. Isso não me impedia de tirar as dúvidas que tinha enquanto descansava. Olhei pela janela. A paisagem havia mudado completamente. Os arbustos espinhosos foram substituídos por árvores robustas e com as copas bem verdes e a grama tomara o lugar do que antes era areia.

— Quíron então não era uma ilusão minha? ‒ instiguei o motorista. No mesmo instante, observei os braços dele e vi que ele possuía olhos em toda a extensão, das costas de sua mão até onde a manga da camisa cobria o bíceps. Havia um olho fixo em mim em sua nuca. ‒ Ah! Você tem vários olhos! Céus!

Argos manteve a seriedade. O olho na nuca piscou.

— Para suas duas perguntas, sim, você está certo. Me chamo Argos Panoptes, em grego, isso significa Argos de muitos olhos. Sou responsável pela segurança do acampamento e de seus acampantes, que, como você, são semideuses.

— Você é o terceiro que me diz isso! Como vocês tem tanta convicção do que estão falando? Isso é impossível.

— É tão impossível quanto eu ter vários olhos e Quíron ser um centauro. Você entenderá tudo com o tempo. Agora, quanto a você ser semideus, eu não sei como o ciclope que você enfrentou ou Quíron tem certeza, apesar de eu nunca contestar o velho. Eu, por outro lado, tenho certeza, porque você bebeu néctar, a bebida dos deuses, e não morreu. Mortais que fizeram isso instantaneamente pegaram fogo. Você, como pode perceber, está bem vivo.

— Cara, como vocês viajam. Não é possível. Eu conseguiria uma boa grana vendendo o que vocês usam lá em Marywhale, com certeza.

— Não negue o que você vê. Não o culpo, deve ser estranho tudo isso. Já faz tanto tempo que eu nem me lembro direito como foi para mim.

— É óbvio que é estranho. Até ontem eu era um simples órfão… ‒ Argos me interrompeu.

— Um simples órfão disléxico e hiperativo, que nunca conheceu o pai, não sabe nem o nome dele, ao contrário de sua mãe. Um órfão que sempre causou problemas onde quer que passasse. Um garoto que apesar da dislexia consegue ler grego perfeitamente.

— Como você sabe tanto da minha vida? Ai meu deus! Socorro!

— Acalme-se. Repare bem no que está escrito em meu uniforme ‒ ele apontou para a gola da camiseta, abaixo do olho na nuca.

— Ué, está escrito “segurança”.

— Eu disse para você reparar bem, garoto ‒ o motorista estava impaciente.

Eu estreitei meus olhos, na tentativa de ver melhor, e subitamente o escrito mudou: “ασφάλεια”. Eu prendi meu fôlego com o susto.

— Tá vendo. Está escrito em grego. A língua que, para semideuses, é a mais natural é o grego.
De novo, ele estava certo. Estava realmente bordado em grego. Aquilo não era possível. Nada disso era. Personagens da mitologia grega existiam de verdade? Não, eu devia estar bêbado. Ou drogado.

— Isso é efeito dessa droga que você chamou de “néctar” ‒ falei enquanto gesticulava, formando aspas com os dedos.

— Se isso é tudo efeito de alguma droga, como sei que você acabou de fazer um gesto com as mãos?

— Pelo retrovisor, é cla… ‒ Todavia, logo percebi, não havia retrovisor na van ou qualquer outro espelho. Ele também não havia virado a cabeça para trás

— Você é teimoso demais, porém tenho certeza que você sabe que não estou mentindo.

Agora tinha ficado difícil de duvidar. Aquele olho em seu pescoço realmente enxergava. Então, todo o resto devia estar certo. Ainda confuso, olhei pela janela. A noite caía. O tempo voou enquanto conversávamos e logo vi que passávamos por Nova York.

— Uau – deixei escapar. A cidade era linda. As luzes dos prédios iluminavam o horizonte laranja.

— Veja o Empire State. No topo dele, no andar 600, fica o Monte Olimpo atual.

— Eita! O Monte Olimpo não fica na Grécia?

— A montanha fica, porém conforme a civilização muda o centro de poder, os deuses e seres mitológicos também mudam, seguindo a principal nação ou país. Como agora a maior potência é os Estados Unidos, o Monte Olimpo, onde a maioria dos deuses reside, se mudou para cá.

— Que incrível – depois da longa conversa, eu havia mudado de cético para completamente maravilhado.

Passamos por NY e agora estávamos em Long Island. O lugar era plano, salvo alguns pequenos morros e era todo recoberto por uma grama bem verde. Todo esse tempo, toda essa conversa e eu sequer havia me perguntado onde Argos estava me levando. De repente, a van saiu da estrada e subiu um dos pequenos montes. Não haviam muitas árvores em volta, mas uma delas me chamou atenção. Era um pinheiro bem alto, no topo de um dos morros, ele estava lá, solitário e imponente.

Fiquei olhando para a árvore e não me toquei que Argos já havia parado o carro ao lado de uma casa. Não tenho ideia de onde surgira aquilo.

— Pode sair já. Chegamos. Seja bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue, Peter.

— Meio-Sangue? – perguntei, não entendendo direito o nome.

— Sim, esse é outro nome dado para semideuses. Quíron está te aguardando na Casa Grande. Ele vai te explicar melhor.

Acompanhei Panoptes até a varanda da Casa Grande. Era um lugar lindo, singelo e ao mesmo tempo passava confiança e se impunha. Antes de entrar, eu me vi perplexo. O lugar, o tal de Acampamento Meio-Sangue era enorme. Havia um bosque cheio de árvores ao leste, mais ao sul havia um lindo campo cheio de morangos. Na minha frente, diversas cabanas se erguiam na grama. Algumas lembravam muito construções gregas, outras cabanas de campo. Havia uma toda pintada de vermelho-sangue, outra escura como a noite, uma terceira estava repleta de flores. Eram todas muito diferentes, porém, simultaneamente, alguma coisa nelas era semelhante demais. Espalhado pelo campo, tinha também uma quadra de vôlei e um lugar que me lembrou muito um teatro, ele era repleto de mesas. “Deve ser o refeitório”, chutei.

Finalmente, acompanhei Argos para dentro da casa. O lugar estava vazio. Não via nenhum sinal de Quíron na casa. Era um lugar bonito, me lembrava daquelas casas de campo. Uma lareira estava acesa, iluminando e aquecendo o interior do lugar. Dois sofás estavam dispostos ao redor da lareira, formando um L, e no centro um tapete verde claro se estendia pelo chão. Em cima da lareira, havia uma onça pendurada na parede, típico troféu de caça. A visão me incomodou. Eu sempre odiei caça por esporte. Me perguntei de onde vinha aquela cabeça, até onde sei não existem onças na América do Norte.

— Argos, não tem ninguém aqui – falei, no entanto foi em vão. Não tinha reparado, mas o segurança não me acompanhara para dentro da casa. Ouvi um barulho estranho, meio metálico, vindo de outro cômodo. Pouco depois, um homem em uma cadeira de rodas entrou na sala.

— Me desculpa, estava lendo. Você deve ser Peter. Vamos, me acompanhe. Está quase na hora do jantar.
O homem cobria suas pernas com uma manta xadrez vermelho e preto. Ele vestia um terno vinho e uma camiseta azul claro por baixo do blazer. Ele tinha uma barba espessa que cobria toda a parte de baixo do seu rosto. Seu cabelo castanho escuro estava comprido e caia sobre os ombros.

— Você não deveria ser um centauro? Sabia que era tudo uma loucura minha.

Ele me ignorou, deslizou com sua cadeira de rodas por mim e foi em direção à sacada.

— Vamos, me acompanhe. Eu realmente não quero perder o jantar e duvido que você queira também, não é mesmo?

Eu realmente estava morrendo de fome. Fazia tanto tempo que não comia nada que nem lembrava quando tinha sido. Provavelmente, mais de uma semana. Argos disse que o néctar que ele me dera enquanto estava desmaiado me impediu de morrer por inanição. De qualquer forma, eu desejava algo para comer. Decidi que seguiria o cadeirante, afinal, já tinha vindo até aqui. Deveria estar morto se não fosse por Argos e por ele, então resolvi dar um voto de confiança. Não tinha como nada ficar mais bizarro do que já estava mesmo.

Assim que passamos pela porta, eu me arrependi. Claro que tinha como ficar mais bizarro. Quíron, de repente, começou a se mexer na cadeira e magicamente começou a se levantar. A manta que cobria seus pés desapareceu, revelando patas de cavalo. Quando ele levantou, o corpo e as patas de trás da metade cavalo do centauro saíram da cadeira.

— Eita carai – Não consegui me conter – desculpa, não quis ofender – completei.

— Sem problemas, meu jovem. Essa reação é mais normal do que você pensa.

Em instantes, o centauro estava na sua forma real. O pelo do cavalo era castanho como seu cabelo. Ele tinha ficado enorme, muito mais alto que uma pessoa normal. Seu torso fundia-se com o torso do cavalo, onde ficaria a cabeça.

— Ah, a liberdade – exclamou o treinador – É sempre bom quando saio da cadeira de rodas – As suas patas se movimentaram como se o cavalo relinchasse. Fiquei esperando o som característico do relinchar, entretanto Quíron continuou quieto, me olhando. Ele começou a andar em um trote lento. Eu o acompanhei. Fomos andando pelo acampamento. Passamos por uma trilha que dava nas cabines. Elas eram ainda mais magníficas de perto.

— Essas são as cabines em homenagem aos deuses. Quando você for reclamado, você dormirá em uma delas.

— Reclamado? O que isso significa?

— A reclamação é quando o pai ou mãe do semideus “assume” seu filho. Em geral, ocorre pouco depois que o meio-sangue descobre sua origem divina. Alguns, acabam demorando um pouco mais, outros são reclamados ainda bem jovens.

— Ah… E como saberei que fui reclamado?

— Você saberá, com certeza.

Naquele momento fiquei pensando em quem poderia ser meu pai. Talvez fosse Apolo, dizem que ele é o Deus do Sol e eu estou sempre moreno. Ou talvez seja Ares. Sempre me meto em encrencas, seria fácil para um filho do Deus da Guerra violenta. Zeus com certeza não é. Morro de medo de alturas, não poderia ser filho do deus que governa os céus. Não sabia muito sobre mitologia, então, por ora, decidi não especular mais.

Após passarmos pelos chalés, chegamos ao refeitório. Um monte de crianças e adolescentes estavam reunidos em várias mesas. Algumas estavam mais cheias que outras. Nas mesas de mármore, todos os tipos de comida estavam servidas. Hambúrgueres, coxas de frango assadas, costelas, donuts, bolachas. Tinha de tudo. Instantaneamente me vi babando, de boca aberta. Nunca tinha visto tanta comida assim na minha vida.

No meio do refeitório, iluminando todo o lugar, uma fogueira alta estava acesa. A chama subia por mais de três metros. Alguns jovens iam até ela, fechavam os olhos, e atiravam refeições inteiras. A fumaça, ao contrário do que eu esperava, cheirava muito bem. Tinha cheiro de bacon e ovos fritos.

— Tá aí algo que eu gosto. Fogo. – comentei comigo mesmo, baixo o suficiente para ninguém ouvir. Tentei lembrar das coisas que tinha lido sobre a mitologia grega, mas não conseguia lembrar de nenhum Deus relacionado ao fogo.

Sentei me em uma mesa vazia. Quíron me dissera que lá era onde, em geral, aqueles ainda não reclamados sentavam, já que as mesas eram separadas pelas divindades. Não me incomodei, estava morto de fome. Comi tudo que podia. Devorei quase um pernil inteiro, dois cachorros-quentes, vários camarões e três bifes de filé mignon. Nunca tinha tido uma refeição tão boa na minha vida. Nem ficado tão cheio assim. A comida dos orfanatos era insossa e sempre a mesma gororoba estranha. dois donuts e um milk-shake de caramelo. Estava feliz. Agora, depois de comer, tinha certeza que não era uma ilusão.

Peguei um prato de prata, separei duas costelas suínas ao molho barbecue, um risotto de funghi e alguns doces e levei até a fogueira. Não sabia o que meu pai gostava, então peguei o que queria ter comido, contudo não tive espaço no estômago para colocar pra dentro.

Fui até a fogueira, fechei os olhos, numa tentativa de imitar os outros. Não sabia direito o que estava fazendo. Sinceramente, não tinha a mínima ideia do que eu estava fazendo. Mesmo assim, resolvi tentar. Foquei nas melhores lembranças que tinha. Pensei no papel com escritas em grego que meu pai me deixou. Pensei na felicidade que tive quando fiz meu primeiro brinquedo. Segurei meu colar, também presente do meu pai. O calor do fogo no meu rosto me agradava. Comecei a projetar em minha mente imagens dos objetos e sensações que mais me agradavam. O toque gelado do metal. O barulho do martelo batendo no prego. Uma fogueira numa noite fria de inverno.

— Pai, não sei como funcionam essas coisas. Se você me conhece sabe que nunca fui religioso, então essa é a primeira vez que faço isso na vida. Espero que você esteja me ouvindo. Obrigado pelos presentes. E ah, espero te conhecer um dia. Sei lá. Acho que é isso… – sussurrei para mim mesmo, abafado pelo som da madeira estalando ao fogo – Até mais. Não sei se é assim que se termina uma oração, mas é isso aí.

Falei sem muita segurança de que estava fazendo do jeito certo. Ao terminar, joguei tudo que havia no prato na fogueira. Instantaneamente, a comida foi consumida pelas chamas. O cheiro agridoce do barbecue encheu o ar.

Voltava para a mesa quando reparei que todos me olhavam. Limpei a boca, achando que podia ser isso, porém não era. Quíron também me fitava. Seus olhos ainda estavam sérios, porém ele esboçava um sorriso.

Percebi que uma luz vermelha intensa brilhava no rosto e refletia pelos olhos dos semideuses. Meu braço também estava iluminado, no entanto eu estava de costas para o fogo. Não havia como a luz ser proveniente dele.

Quíron gesticulou, apontando para algo acima da minha cabeça. Ele se aproximou no mesmo instante.

— Isso é a reclamação, Peter. Seja bem-vindo a uma nova vida, Filho de Hefesto.

Alguns acampantes aplaudiram, outros acenavam. A mesa dos meus meios-irmãos vibrava.

É claro! Hefesto! O Deus do fogo, das forjas, dos escultores, dos artesãos. Tudo que eu mais gosto. A bigorna feita da mistura de ouro e cobre.  Não tinha como ser diferente. Isso explica tanta coisa.

— Obrigado, pai – olhei para o fogo, sorrindo de orelha a orelha, infinitamente feliz e grato.

Por um momento, pude jurar que o fogo sorrira de volta.
Peter Lefurgey
Peter Lefurgey
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Sex 08 Jan 2016, 12:59

Chris Smith - Não reclamado.
Bom dia Chris. Tudo bem? Espero que sim.
Rapaz, vamos lá. Sua história não foge dos clichês da personalidade dos filhos de Ares e tudo mais, mas seu texto contém inúmeros erros. A começar pelo uso excessivo de vírgulas. Só vi pontos nos finais dos parágrafos, e ele deve ser usado para indicar cada final de período. Por exemplo a seguinte frase -> "Realmente não sei como ela conseguiu, tal façanha, pois mesmo sabendo que não havíamos pais, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada, perguntava a Helena, qual era a do meu progenitor, por onde ele andava ou até mesmo do John." <- poderia ser reescrita, separando todos os períodos -> "Realmente não sei como ela conseguiu tal façanha, pois mesmo sabendo que não tínhamos um pai presente, nenhum de nós facilitou para a pobre coitada. Sempre perguntei a Helena quem era meu pai, ou por onde ele andava. Perguntei até mesmo sobre o pai de John."

Vi, também, palavras que foram colocadas no lugar errado. "[...] que não haviamos pais [...]". No caso, você quis dizer que não possuíam pai, pois se você diz "pais", dá a entender que não possui mãe e pai (pelo menos para mim).

Procure se informar a respeito de pontuação em blogs ou sites de língua portuguesa (menos Wikipédia, por favor). Recomendo o Brasil Escola ou similares, pois são muito bons. 

Ah sim. Tome cuidado com o double post. Você pode sofrer punições caso isso venha a se repetir. 

Conserte sua ficha e tente novamente. Estarei à disposição em caso de qualquer dúvida ou desabafo. Até lá, REPROVADO.


Peter Lefurgey - Reclamado como filho de Hefesto
Céus Peter, que ficha enorme. Mas a cada linha que lia, queria saber a seguinte. Sua fluência é boa, seu estilo é divertido. Como diria um amigo "não sei se faço sua avaliação ou te cubro de elogios". Apenas achei que deveria ter explicado melhor sobre o fato de querer ser filho de Hefesto no campo "Qual o seu progenitor divino e por quê?", mas a qualidade de sua ficha me fez aprová-lo. Meus parabéns!
Zoey Montgomery
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Re: Ficha de Reclamação

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