História sem nome. q

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História sem nome. q

Mensagem por Luana C. Feither Qui 19 Jul 2012, 17:50

Prólogo


Era uma vez.

Não, esse não seria o termo correto para iniciar-se essa história, porque ela está longe, muito longe de um conto de fadas. Na realidade, é a última coisa que essa história é. Na realidade... Ela é um drama daqueles em que há batalhas, aqueles contos medievais entre princesas e príncipes, mas que não há necessariamente um final feliz. Ou talvez haja. Depende do seu ponto de vista. Essa ainda não tem um final, mas posso bem dizer por onde começa. Ou por onde eu deveria começar. Começarei com o termo mais utilizado, mesmo que ele não seja tão apropriado. Então, vamos lá.

Era uma vez...

Um castelo, um comum castelo, feito de pedras cinzentas, com torres altas e cercada de guardas de armaduras. Várias hastes eram impostas ao redor do local, com uma bandeira vermelha e um símbolo dourado, o símbolo do reino de Avalon. Aquela ilha havia sofrido um enorme golpe na última semana. O rei Richard e a rainha Meredith[Pelo menos nesse nome, me ajudaram, né?] haviam sido assassinados por um batalhão de Anjos nas guerras etéreas, onde os guerreiros de Yahweh e sua consorte, Shekinah, lutavam contra qualquer que ameaçasse seu reinado. Desde deuses de mitologias há muito quase esquecidas e extintas à feiticeiras em ilhas pela terra. Em tal batalha, Avalon foi mantido ao plano etéreo com a derrota do rei Richard e seus aliados. O que Yahweh havia esquecido é que havia uma herdeira do trono, uma menina que, embora por seus pais forem contra o “Céu”, ele amava e planejava um destino que ele perderia o controle em breve. Seu nome era [nome a ser definido], e embora fosse muito pequena, era uma grande mulher, e seria ainda mais bela e forte do que já era, em breve. E era exatamente nisso que Yahweh estava pensando quando seu filho Gabriel, o arcanjo, interrompeu-o adentrando na sala do trono.

▬ Pai? Perdoe-me por interromper seus devaneios. – Gabriel ajoelhou-se perante o trono dourado do Senhor, colocando a lâmina de sua espada para baixo, contra o chão. A Flagelo de Fogo, uma das armas mais temidas por todo o universo. ▬ Todos os anjos voltaram a seus respectivos postos, esperando mais ordens suas. O que deveremos fazer?

▬ Não há nada mais a ser feito, meu filho. – respondeu Yahweh, aquele tom bondoso era sempre bom de se ouvir, e o arcanjo imaginou como viveria se não pudesse mais ouvi-lo. ▬ Agora, acho que mereço algum repouso.
▬ Mas... Pai... Ainda restam ilhas e mundos no outro plano a serem destruídos, não deveríamos voltar e exterminar o que resta? – indagou, erguendo a cabeça para olhar o Pai, engolindo em seco.

▬ Repouso, Gabriel. Não há mais nada que necessite ser feito... – repetiu o Senhor, mirando seu jovem filho alado, com curiosidade. ▬ O que teme, meu menino? Vir aqui não foi ideia sua, foi?

Gabriel voltou a abaixar a cabeça, levantando lentamente e voltando a embainhar Flagelo de Fogo. Não, não havia sido ideia dele. Ele era o mais diplomático dos arcanjos, gostava da humanidade como ninguém, porém quando se houve necessidade de destruir as ameaças que armavam um complô contra seu pai, ele não pensou duas vezes antes de obedecer. Era um guerreiro tão bom quando Miguel, seu irmão, embora nunca houvesse arriscado travar uma batalha com ele, sabia que jamais poderia vencê-lo. Esse mesmo que havia o convencido de forma tão prudente a ir falar com o Pai e tentar convencê-lo a iniciar-se uma nova batalha contra as entidades que sobraram. A princípio, Gabriel não concordou com a ideia, mas sempre fora obediente aos irmãos, e Uziel juntamente com Miguel aprovavam a ideia, então não houve alternativa a não ser ceder. Ele não ousou a olhar para o Senhor, apenas fitou Shekinah em um canto desperto da sala, em que mal poderia ouvir a conversa, a não ser que quisesse. Ela e seu pai eram como um só.

▬ Não, Pai, foi Miguel. Ele e Uziel acham que devíamos terminar o que começamos, para ninguém poder ameaçá-lo. – respondeu, por fim, sentindo-se culpado por ter sido covarde para culpar os irmãos, no entanto aquele olhar de seu Pai fazia-o dizer a verdade, sempre.

▬ E o que você acha, meu filho? – Yahweh realmente parecia preocupado com a expressão tão abalada de seu filho.

▬ Acho que deveríamos ficar onde estamos. Perdemos mais guerreiros do que era o estimado nessa guerra, e nem a vencemos. Não há mais necessidade de lutar, estamos fracos, e eles também.

Yahweh nada falou, e Gabriel soube que era hora de retirar-se. O Pai fechou os olhos, voltando seus pensamentos à Princesa [nome a ser definido] e em como ela brigava com um dos cavaleiros de sua tia que tentavam trancá-la no quarto para dormir. Gabriel acenou com a cabeça para Shekinah e subiu as escadas para beijar a face de seu Pai, e acabou vendo as mesmas imagens que ele via. Recuou tão rápido que tropeçou nos próprios pés, embaraçado. O Senhor voltou a abrir os olhos e encarou o filho, com curiosidade, alterando todos seus planos. Que em breve alteraria todo o universo.

▬ Quem é a menina? Uma humana? Ela é tão bonita quanto um anjo. – comentou aleatoriamente, de um certo modo comovido com a imagem dela em sua cabeça, sua voz que nunca mais sairia de sua mente.

▬ Descobrirá em breve, meu filho. Agora, retire-se e fale com Miguel. – respondeu, sereno, como o habitual.

Gabriel curvou-se em uma reverência e cruzou o portal de volta ao sexto céu, onde seus irmãos o aguardavam, sem, em momento algum, tirar a pequena da cabeça. Shekinah aproximou-se do trono de Yahweh, fitando um vazio anteriormente ocupado pelo arcanjo. Olhava seu senhor com ternura, e em poucos segundos decifrou o que pensava e segurou sua mão, sumindo junto a ele no mesmo instante. Na mente dos dois, uma promessa de que logo voltariam a ver Gabriel. O arcanjo que mal sabia que aquela seria sua última noite no paraíso.

▬ Até breve, Gabriel. – sussurrou o Pai, em seu recanto que jamais alguém poderia encontrá-lo. Não, por ora.

E na ilha de Avalon, a princesa [nome a ser definido] conseguira fugir do quarto e enganar o guarda, seguindo para os aposentos de sua tia, a rainha regente enquanto a menina ainda não alcançava a maioridade para reclamar o trono. Nos dias que haviam seguido, houve muitas discussões sobre quem regeria o trono por [nome a ser definido], e a maioria não aprovava [nome a ser definido], porque, na verdade não era uma feiticeira da ilha, havia sido adotada há muito pelos pais da rainha, entretanto o voto da princesa garantiu sua permanência no trono. Ela não queria ser separada de sua tia, era sua única família agora. Por fim, chegou ao quarto de sua protetora, jogando-se na cama enquanto a aguardava. E ela não tardou tanto a chegar e [apelido a ser definido] – como gostava a princesa de ser chamada –, só percebeu sua presença ao ouvir aquele riso contido que ela dava toda as noites quando pegava a princesa a sua espera.

▬ Não deveria estar em seu quarto, minha menina? – perguntou [nome a ser definido], virando-se para colocar alguns papéis e uma pena sobre a escrivaninha perto da porta.

▬ Consegui convencer o cavaleiro a me deixar vir aqui, tia. – disse [nome a ser definido], contendo um sorriso.

▬ Deveria voltar às aulas de línguas, eu não recordava que “convencer” era sinônimo de “fugir”. – riu sua tia, caminhando até a cama e deitando ao lado da princesa. ▬ Aqui é desconfortável, minha princesa, você deveria estar no quarto de sua mãe, que agora pertence a você.

▬ Não, eu gosto daqui. Aqui tem aquele... Não sei, aqui tem você em todo lugar, de alguma forma. E eu gosto de ficar mais perto de ti, tia... – falou em um tom de desculpas, o que não era, necessariamente.

▬ Tudo bem, sabe que pode vir aqui quando quiser. – [nome a ser definido] abraçou ela, enquanto a menina encostava a cabeça em seu ombro. ▬ Pode dormir.

[nome a ser definido] se mexeu confortavelmente contra o corpo de sua protetora, com os olhos já fechados, quase pegando no sono de tão cansada. Havia sido um dia longo passeando por Avalon.

▬ Não vai mandar levarem-me para o quarto quando eu dormir?

▬ Não se você não desejar, minha pequena.

[nome a ser definido, tia] acariciou os cabelos de ouro de [nome a ser definido] até ela finalmente dar seu último suspiro cansado e ir para o mundo dos sonhos. Deu-lhe um beijo no topo da cabeça antes de se levantar e sentar-se ao lado da cama, voltando sua atenção para os papéis. Ela mal sabia que logo pela manhã acordaria com uma confusão das grandes na porta do castelo porque um garoto havia dormido no jardim real, e ninguém o conhecia, e ele mal sabia quem era também. Era um garoto magrelo, pequeno, da idade da Ashley, talvez um ano mais novo, com cabelos muito preto tais como seus olhos. E que era o mesmo com quem ela havia sonhado desde criança. E ela mal sabia também que ele era um arcanjo.


Sim, eu roubei o nome das espadas do Eduardo Spohr, mas era tão foda que foi inevitável. ç_ç Enfim, me ajudem aí com os nomes restantes. D: E um nome para o arcanjo caído, que vai ser um nome de mortal, né. E também para o príncipe humano com quem a menina vai casar. E um nome para uma amiga do menino arcanjo. LOL
Eu estava realmente em dúvida sobre qual Arcanjo cairia, mas o Gabriel sempre foi meu preferido, então usei ele.
Luana C. Feither
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