Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Carolina assis Seg 15 Dez 2014, 14:40

Ficha de Reclamação

▬Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Atena

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Sou morena com californianas loiras e meus cabelos vão até ao meio das costas, olhos castanhos da cor de madeira, mas quanto mais perto, o olho fica mais claro. Tenho um 1, 75 de altura. Não procuro ter muitos amigos, pois um dos meus defeitos é ser verdadeira demais. Não mudo minhas opiniões pelo o que os outros acham dela e tenho personalidade forte.

▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Porque desde primeira vez que ouvi falar sobre mitologia me encantei pela deusa Athena. Gosto de ver como ela age em situações difíceis.

▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.
OBS: O player não é obrigado a ir ao Acampamento, mas deve narrar a descoberta de que era um semideus e o momento da reclamação- e se não foi indo a Long Island, como foi?

Nasci em Long Island, Nova Iorque. Quando tinha 8 anos meu pai faleceu em um assalto. Fiquei órfã de pai e mãe, bom isso era o que eu achava. nunca me contaram a verdade sobre minha mãe. Sempre evitavam esse assunto. Passei a morar com minha avó depois da morte de meu pai até que no meu aniversário de 13 anos, acordo com minha avó me chamando:
- Carolina, desce você tem aula hoje.
-Já vou vó, vou me arrumar e já desço.
Estava colocando o uniforme da escola, que era uma saia vermelha que ia até um palmo antes do joelho e uma blusa branca com o emblema da escola, e pensando; Porquê nunca me falaram da minha mãe? Porquê sempre evitaram falar sobre ela? Terminei de me arrumar e logo desci. minha avó estava preocupada. Perguntei o que era, mas ela disse que não era nada. Tomei o meu café. Ela me disse parabéns e falou que hoje iria para escola sozinha, pois ela tinha coisas importantes par resolver. Achei estranho, mas me despedi e fui para a escola. Enquanto estava caminhando fui sentindo pessoas me seguindo. mas sempre que olhava não tinha nada. Quando cheguei em frente a escola vi duas mulheres conversando e olhando distraídas para algum outro lugar. Uma dizia assim:
- Temos que pegá-la antes que levem ela para o Acampamento.
Até que a outra olhou em minha direção e viu que eu estava as observando. Cochicharam alguma coisa e vieram correndo em minha direção. comecei a correr até tropeçar em uma pedra e desmaiar. Quando acordei o Sr. Burns estava com pernas cabeludas olhando para minha cara calmamente.
- Finalmente você acordou.
- Aonde estamos? e porque o senhor tem as pernas tão cabeludas?
- Estamos na Colina Meio-Sangue. E eu sou um sátiro oras. Por favor me chame só de Burns.
- Porque o senhor me trouxe pra cá?
- Aqui agora é seu lar. Sua avó já foi comunicada sobre isso.
Como? Minha avó? Então era por isso que estava preocupada? E assim começa a minha jornada no Acampamento Meio-sangue.
Carolina assis
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Nírina Seg 15 Dez 2014, 23:50



ficha de reclamação

náiade



*Qual criatura mitológica deseja ser?

Desejo ser uma náiade, uma ninfa das águas.
*Cite suas principais características físicas e emocionais.

Físicas: É bem baixinha, medindo cerca de um metro e cinquenta e cinco centímetros, mas não se importa com isso. Nírina tem longos cabelos cor de mel, que descem até a sua cintura que parecem cintilar no sol. Seus olhos são amendoados e verdes, encantado a quem os fitam; sua pele é leitosa, macia e seu sorriso é brilhante, cheio de vida.

Psicológicas: Nírina é extremamente contente. Dificilmente se abate e mesmo com problemas é possível ver um sorriso em seu rosto. É visível que a ninfa é prestativa, pois está sempre ajudando os seres que vivem no lago de alguma forma. Apesar de muitas outras ninfas dizerem que ela é insistente e sem-noção demais, Nírina prefere o termo "persistente', não medindo esforços para conseguir o que deseja. É muito sentimental, o que pode não apenas torná-la fraca como fortalecê-la, porém ela terá de aprender como.
*Diga-nos: por quê quer ser tal ser mitológico?

As ninfas são puras e totalmente ligadas à natureza. São sua força e sua fraqueza - a natureza. São seres que respeitam todo o ecossistema, amam-o por fazerem parte de si e morreriam por ele. Além disso, elas tem o trabalho de ajudar a natureza da forma como puderem, tornando-as especiais e dignas de respeito.
*Relate sua história:

Uma leve névoa pairava por sobre o rio do Acampamento Meio-Sangue. As náiades que viviam ali se ajuntaram, olhando para as águas com expectativa. O bosque estava completamente silencioso, como se todos os seres vivente que habitavam ali soubessem o que se passava.

As ninfas das águas começaram a entoar baixo uma melodia alegre, que ecoava por sobre o rio. A névoa que antes pairava, começou a dissipar-se, deixando as águas tranquilas, e novamente o silêncio reinou. Elas uniram suas mãos, entrando juntas dentro d’água, pondo-se a observar.

Do centro das margens do rio, surgiu uma jovem ninfa, franzindo o cenho para as outras, que sorriam abertamente para a mais jovem. Os cabelos longos cor de mel estavam, obviamente, molhados. Os olhos – verdes como a copa das árvores em um dia de primavera – piscavam curiosos ao seu redor.

— Esperamos ansiosas para que você chegasse. – disse a mais velha, aproximando-se da mais jovem ninfa do Acampamento.

— Como sabiam que eu chegaria? – quis saber, olhando para os outros rostos femininos que a fitavam ainda sorrindo.

— Ora, menina, nós vimos os sinais! – esclareceu a mais velha.  — Todas as ninfas reconheceram os sinais, e sabíamos que no dia de hoje, nesta bela lua cheia, você chegaria.

A ninfa apenas sorriu, exibindo seus dentes brancos e perfeitos para a mais velha das ninfas.

— Qual é o seu nome? – perguntou uma das ninfas, que possuía cabelos de cor azulada.

— Nírina. – disse a ninfa, mas franziu o cenho. Não fazia ideia de como este nome surgiu em seus lábios, apenas o conhecia.

— Fizemos um vestido para você.

Nírina aproximou-se da margem, tocando o vestido que uma ninfa segurava. Ele era de um tom azulado, um tanto opaco, porém extremamente macio. As alças eram finas, trançadas e levemente delicadas.

— Vista-o! Adoraríamos saber se está de bom tamanho. – disse a ninfa mais velha, sorrindo abertamente para Nírina.

A jovem ninfa o vestiu, sentindo o tecido extremamente leve acariciar sua pele. Chegava até os joelhos, e não era muito rodado, o que agradou a jovem ninfa.

— É perfeito! – disse Nírina, sorrindo. — Obrigada.

— Foi um prazer, Nírina. Seja bem-vinda, irmã, ao Acampamento Meio-Sangue, a nossa casa e seu novo lar.




Nírina
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Samantha Johnson Qui 18 Dez 2014, 11:13



O Som DaMeiaNoiteFicha De Reclamação Atena
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Filha de Atena.
Poderiam ser alistados vários motivos, mas um dos principais são as qualidades que a deusa tem mesmo as que não são muito famosas. Desde seu nascimento ela demonstra ser uma deusa de grande importância, pois o que seria do mundo sem guerra e o que seria da guerra sem a astucia de Athena.
Quando gostamos muito de um deus mitológico, pensamos que ele é tão perfeito e tão sem defeitos e que qualquer um poderia querer ser seu filho. Imagino assim de Atena. Porque alguém escolheria ser filho de outro deus que não fosse Atena? Engraçado, cada um com suas opiniões.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Física_ Uma garota alta que devido a pratica de esportes e exercícios físicos está em boa forma. Possui cabelos ruivos ondulados que caem soltos em seus ombros que dificilmente os amarra, mas costumas quando necessário colocar apenas as primeiras mechas para trás. Apesar de pegar muito sol e não tem o apto de cuidar de si, tem uma pele clara e não usa muita maquiagem. Olhos verdes penetrantes que estão sempre iluminados e alertas.
Emocionais_ Costuma ser desnecessariamente preocupada com os outros. Já leu 189 livros e costuma guiar sua vida através de algumas frases dele. Apesar de ser muito criativa, não suporta trabalhar em equipe, mas mesmo assim o faz por sempre tentar ser legal. Tem pensamentos rápidos e lógicos e sempre está procurando agradar as pessoas, mesmo que envolva fazer algo que ela não goste. Apesar de ser aparentemente simpática demais, tem desejos profundos e tendências a depressão.
- História do Personagem
Apesar de ser incomum para boa parte da população mundial  ou de qualquer pessoa considerada normal, aquilo já era rotineiro para nossa família. Estávamos na casa de meu avô, na sala de música, onde todos os problemas eram deixados na porta e a mágica da música era posta em prova por nossos dedos e mentes. Meu pai estava em lótus sobre um tapete indiano estendido ao chão e tocando ao violão uma música agitada que falava de um casal chamado Eduardo e Mônica.

“Quem um dia irá dizer que existe razão nas coisas feitas pelo coração?”

Enquanto meu pai tocava e as pessoas cantavam, uma onda de luz parecia iluminar a sala. Aquilo estava além de nossa explicação, era algo exotérico que sempre ligava nossa família. As pessoas sorriam uma para as outras, como acontece quando temos uma lembrança em comum e nos comunicamos com os olhos. Algumas acompanhavam a melodia batendo palmas ou cantarolando.

Estar em uma reunião de família não era meu programa favorito para um domingo de manhã, mas nem por isso estraguei meu dia, afinal, ali estavam eles com suas qualidades e defeitos. Meu tio Marck, estava ali sentado em uma poltrona fumando seu Gurkha Black Dragon com um pequeno sorriso em seus lábios. Minha prima Verem – sim, esse era o nome dela – era a única que não estava sentada, se encontrava ao lado de seu namorado Isaac. Eles eram um pouco diferentes da maioria, o garoto tinha cabelos escuros compridos que cobriam metade de seu olho e ela usava cabelos curtos e ambos tinham um estilo punk. Entre outros, tinha meu tio Caio que era advogado e sim, ele estava de terno e parecia muito empolgado, o que era no mínimo engraçado. Não era todo dia que eu via um dos mais prestigiado advogado no mundo inteiro, sentado com seu Desmond Merrion batendo palmas freneticamente e cantando notas finas e agudas.

A música acabou e todos aplaudiram em reconhecimento, menos Marck que continuou com seu charuto. Assim que foi silenciado, observei que meu avô, Leopold, tinha estampado em seu rosto o sorriso Eu Tenho Um Segredo. O que me agrada muito são segredos, mas não quando vindos de um senhor de 84 anos que não deveria ter nenhum segredo.

Leopold tinha mais rugas que um bulldog e suas costas eram curvados com o peso da idade. Ele calmamente caminhou até o piano que estava ao canto da sala, sentou-se com certa dificuldade, em seguida, esticou os braços para frente uniu os dedos e estralou provocando um barulho um pouco grotesco. Por fim, pousou seus dedos em algumas teclas e antes de pressioná-las olhou em um canto de olho, deu um meio sorriso e fechou os olhos. Começou a tocar ao piano. A melodia se estendia como a coreografia de um complexo bale, cada movimento, sentimento, entonação era palpável. Uma musica linda e pequenos sentimentos de alegria se estendiam por ela, mas uma pontada de angustia entrou em meu coração sem ser convidada. Não lembrava, mas eu sentia que já conhecia aquela musica. As expressões nos rostos de todos indicaram o mesmo espanto que o meu.

Meu primo Rayan, que era maestro, ficou um pouco perdido, olhando para os lados. Talvez ele estivesse assustado por não conhecer aquela musica – ele é muito orgulhoso. Então, como que pedindo 'socorro' ele olhou para meu pai que estava com o rosto pálido. Quando os seus olhos se encontraram eu vi que sim, não era apenas eu, todos nós naquela sala conhecíamos aquela musica.

Quando acabou, um sorriso largo nunca visto naquele rosto, estava estampado no vovô Leopold. Seu maior orgulho era levar o nome do pai de Mozart, mas aquilo não tinha nada haver com sua alegria. Todos os meus tios o encaravam como se ele tivesse cometido um grave pecado, apenas meus primos e eu não estávamos expressando tanta raiva. Aquilo me deixou curiosa e um pouco insegura.

Meus tios - quatro ao todo - tinham os punhos serrados e alguns mantinham uma linha dura no maxilar de desaprovação. Minhas tias - três ao todo - estavam cabisbaixas e algumas colocavam as mãos no rosto com horror.

-Crianças, deixem os adultos aqui. – foi as primeiras palavras pronunciadas pelo tio Marck naquele dia – temos um sério assunto para falar com seu avô.

Não foi fácil tirar todos nos da sala, afinal, um bando de adolescentes curiosos não é algo fácil de lidar, mas depois de alguns minutos e muitas promessas feitas, todos nós saímos da sala e fomos para o jardim.

-Do que você acha que eles estão falando? – Prince perguntou para mim, alto o suficiente para todos os 9 primos ouvirem.

-Como vou saber? Deve ter algo haver sobre aquela musica que vovô tocou. Não lembro, mas senti que já tinha ouvido. - tentei soar indiferente.

Caminhávamos pensativos, o que era raro estarmos todos calados.

Abri a porta de vidro o suficiente para todos nós passarmos e respirei fundo. Um gramado se estendia por toda área, canteiros redondos e quadrados abrigavam uma planta aqui e ali, o que poderia parecer desorganizado para alguns, mas apenas deixa tudo mais natural. Fizemos um circulo e sentamos na grama.

“Hey Jude, don’t make in bad”

Se alguém nós observasse ali, apostaria milhões que não tínhamos nenhum parentesco. Além do casal punk, tínhamos Prince que era um garotinho mimado e de cabelos sorvetinho, Gardênia que tinha pele negra de olhos escuros, Mellie já era loira com uma mecha roxa, Paul com seus olhos verdes cabelo espetado óculos escuro e jaqueta preta no maior estilo anos 60, entre outros.

-Talvez, eles queiram matar o vovô – Verem não era a melhor pessoa para falar qualquer coisa. Ela tinha uma voz rouca e lenta que parecia aquelas de filmes de terror.

Todos rimos.

-Nada, talvez seja só aquelas ‘Coisas de Adulto’ sem importância. – Paul falava olhando para o céu. Me perguntei se ele estava dopado, o que seria fácil de saber se ele tirasse os óculos, mas ele não fazia mesmo quando estávamos dentro de casa.

“Na, na, na, na, na, na, na, na, hey Jude...”

-Concordo. Afinal nem todos da família são psicopatas como você, Verem – falou Mellie enquanto mexia no cabelo.

-Não sou psicopata... – falou calmamente, o que era assustador.

-Sério? Já se olhou no espelho hoje? - zombou a garota.

-Já. Acredite, seu eu fosse já teria te matado - um pequeno silencio se alongou, até todos cairmos na risada novamente.

O dia seguiu assim, cada um brigando com sua dupla falando dos defeitos dos outros, e eu observava rindo. Aquela ela minha linda família.

Quando o sol estava se escondendo atrás das montanhas no horizonte, eu me levantei, fui pegar meu casaco com o intuito de ir embora. Não ia ficar lá esperando meu pai eternamente. Ninguém tinha saído da sala e não ouvimos um ruído lá de dentro o que me fez encarrar a suspeita de Verem como possível.

-Já vou galera, se papai perguntar digam a ele que estarei na casa de Jess.

Todos continuaram em suas discussões e pareciam não ter me ouvido.

Caminhei pela estrada devagar, pois queria aproveitar um pouco do sol que se escondia. A paisagem era linda. Não morávamos na cidade, mas tinha uma casa aqui e ali que deixava o local habitável. O sol estava descendo pela montanha a deixando negra e pintando o céu de várias cores.

Eu havia parado em frente uma loja de disco que era a única da cidade. Era pequena, uma placa de neon piscava devido algum defeito e a frente de vidro deixando a mostra vários LPs raros que não, eu não tinha um real pra comprar aquilo. Então fiquei ali, parada, olhando para eles, sonhando...

-Ele é considerado bissexual mesmo estando casado a mais de 10 anos com a mesma mulher. – me assustei um pouco com a voz que sussurrava no meu ouvido, mas logo me tranquilizei, conheceria aquela voz mesmo a quilômetros de distancia. Não havia percebido que estava olhando fixamente para o disco Americ Idiot do Green Day.

-E afirma só ter tido relações com ela durante toda sua vida – ele deu alguns passos até ficar frente a frente com o disco. Respirou fundo, virou-se encostando as costas no vidro e ficando de frente para mim – romântico não acha?

-Eu acho que isso é no mínimo constrangedor pra esposa dele.

Ele exibiu os dentes brancos perfeitos e balançou a cabeça negativamente. Seus cabelos estavam um pouco compridos e caídos sobre a testa o que o deixava perigosamente sexy. Ele usava uma camiseta branca apertada nos braços e uma calça preta.

-Exato. Imagine como seria ser casada com um cara que é considerado bissexual... -

-Cuidado redobrado - tentei soar engraçada, mas ele apenas ficou pensativo.

-É. Confiança também, não acha? – ele fixou seus olhos negros em mim. Dei um passo a frente.
Parecia que existia um imã que nos ligava o que tornava impossível ficar longe dele. Ele me atraia de um forma incontrolável.

Aproximei minha boca de seu ouvido e falei baixinho:

-Confiança é algo que eu não tenho.

Ele pôs a mão em minha cintura e segurando firme me impedindo de sair dali.

-Você fica tão sexy quando está com a razão.

-Eu sempre tenho razão.

-Exato –
e ele me beijou. Ficamos alguns minutos ali parados, apenas sentindo o gosto um do outro. As vezes, parávamos um pouco e olhávamos para a rua para ter certeza que ninguém estava nos vendo, o que era bom morar em interior sendo que ninguém passava.

Quando pensávamos que era nosso dia de sorte, o sino na porta da loja de discos tocou e um garoto loiro, alto de olhos azuis saiu de lá. Ele ficou parado nos encarando por alguns minutos. Não o conhecia, mas ele olhou para Jess como se o conhecesse e em seguida, levantaram timidamente a cabeça em um aseno. Eu me afastei e comecei a olhar para algum ponto da vitrine.

Quando o garoto virou a esquina, e eu estava olhando novamente para o disco do Green Day na vitrine. Me debrucei e encostei a testa no vidro.

-Você quer ir pra minha casa? - me perguntou com indiferença.

-Sua mãe está lá?

Ele me imitou, apoiando a testa no vidro da loja.

-Não. Chega em uma hora.

E ficamos ali parados, até algum de nós ter coragem para ir em direção da casa dele, meu namorado bissexual.

Andávamos a passos curtos e olhando para o chão. Meus cabelos vermelhos caiam nos lados do meu rosto e eu observava que... nossa, meu tênis era ridiculamente lindo, sujo e velho.

-Faculdade... - ele falou tentando se explicar.

Certa vez eu fui em uma cachoeira, era o lugar mais bonito que já vi na vida. A água caia de uma forma agressiva e constante. Parecia que ela não gostava de ficar lá em cima e então, saltava pra baixo toda feliz e fazia isso o mais rápido possível e da maneira mais intensa, se derramava em deleite ao chão. Quando Fred falou ‘faculdade’ aquela palavra saiu de sua boca e caiu do precipício de uma forma agressiva e constante.

-Antes de te conhecer... - Ele falava frase por frase devagar e embargado. Aquilo era medo?

-Há, claro – tentei transparecer indiferença. Na verdade, eu não queria falar disso. Não sei o motivo, mas não costumo gostar de conversar sobre os ex-namorados do meu namorado.

Quando chegamos em sua casa ele foi direto para o seu quarto e me deixou na sala com as palavras ‘Já volto’. Tudo bem, estava acostumada com sua casa, eu me sentia melhor lá do que em minha própria casa. Fui até a cozinha e abri a geladeira a procura do que era óbvio que estaria lá: chocolate. Peguei uma barra e comecei a comer sentada na sala.

Quando Jess apareceu, ele pôs a mão na cintura e tinha uma expressão brava no rosto.

-Eu disse pra mamãe esconder meu chocolate! - tentou soar irritado.

-Ela não fez. - cai em risada.

Ele abriu um sorriso. Agente quase nunca brigava, e quando brigava era só pra depois fazer as pazes.

-Notei – ele correu e pulou em cima do sofá gritando: ME DÁ MEU CHOCOLATE! DEVOLVE!

Eu não sabia se sorria ou se comia.

Naquele dia, rimos muito e nos beijamos bastante. Não sabia eu que, seria a última vez que eu veria ele.

-Eu tenho uma teoria – ele deslizava os dedos sobre meu rosto contornando meus lábios.

-Me fale – cada movimento dele era provocante. Suas palavras, a voz, os movimentos de seu rosto quando ele falava, a forma como ele olhava pra minha boca esperando eu falar e o jeito que ele mordia os lábios.

-Não podemos dizer que amamos alguém. Essa está entre as coisas que só podemos dizer no fim de nossas vidas. Quando analisarmos nosso passado inteiro e assim iremos saber quem nós realmente amamos, ai é que saberemos o que é o amor.

-Interessante. Também tenho uma –
ele falava baixinho, apesar de estarmos sós.

-Me fale

-Eu te amo.


Fiquei assustada. Foi a primeira vez que ele me dizia isso. Éramos namorados a quase um ano e mesmo assim...

Quando era mais jovem, tinha meus 10 anos, minha falecida avó me disse que quando eu ouvisse isso pela primeira vez e eu pensasse ‘Droga, ferrou tudo’ então, eu, definitivamente não amava aquela pessoa. Mas caso eu pensasse ‘Eu sei que você me ama’ então eu poderia responder Eu te amo mesmo tendo minha teoria.

Ela estava certa, foi a primeira coisa que eu pensei. A única certeza que eu tinha na minha vida era que ele me amava.

-Eu te amo. – respondi antes de lhe beijar novamente.

Cheguei em casa naquele dias as 9:30. Sai na casa de Jess cedo, mas resolvi passar na loja de discos antes de chegar em casa para dar uma olhada nos novos lançamentos. Passei cerca de uma hora lá. Um erro, porque quando cheguei em casa, fazia meia hora que Jess tinha se matado.

Quando recebi essa notícia, minha única reação foi: eu acendi demonstrado que tinha entendido e fui para meu quarto com um canivete que tinha achado na caixa de ferramentas do meu pai. Eu me senti destruída, parecia que todos os meus motivos para estar viva tinham ido embora junto com a vida do meu namorado. Aquilo era demais para mim. Eu o amava, não de uma forma irracional, mas de uma forma completamente normal. Eu o amava, simplesmente, sem ser necessárias explicações.

Eu estava prestes a iniciar meu primeiro corte, quando ouvi bater na porta. Parei por alguns segundos pensando em quem poderia ser, o que provavelmente seria meu pai para me da um sermão de como a vida era dura, mas mesmo assim eu deveria seguir em frente com a cabeça erguida e outras coisas que se diz pra qualquer um.

-Abra a porta! – aquela voz não era do meu pai, era do tio Marck.

-O que você quer? – minha voz saiu engasgada, deixando explicito o choro.

-Eu.. eu quero... – senti que ele estava revendo os motivos que ele tinha para ir falar comigo – falar com você... – falou enfim em um suspiro.

Aquilo era estranho, sendo que talvez tudo na minha vida seja estranho: uma família diferente como água e fogo, um namorado bissexual que se mata, meu amor por musicas e suas historias, meu ódio a tudo isso.

Então, me levantei e caminhei até a porta. Quando abri, meu tio tinha o charuto entre os lábios e sua expressão era séria.

-O que quer falar? – minha voz era incerta e senti que quem deveria estar ali era meu pai.

-Eu quero falar sobre... sobre sua mãe.

Quando ele começou a contar a historia, me esforcei bastante para acreditar em algo, mas não foi fácil. Não sabia que, aquilo seria apenas o principio da minha historia.

                       **HISTORIA DO TIO MARCK**

Eu sei que não sou a pessoa mais apropriada para falar com você sobre isso, mas não vejo outra pessoa aqui e a hora chegou. Bom, tudo começou antes de você nascer, obviamente. Seu pai tinha ido ajudar Rayan em um trabalho na Symphony Hall Birmingham e foi lá que ele conheceu uma mulher impressionante. Depois das apresentações, eles se encontraram no local onde fica os músicos, ele ajudando com alguns problemas que tinha surgido com Rayan e ela dizia ter ido parabenizar os músicos, uma vez que fez ele pensar que ela era uma mulher muito importante. Na verdade, seu pai sempre disse que foi algo bem rápido. Eles se conheceram, conversaram um pouco e já estava apaixonado por ela.

Eu sei que ele não costuma falar muito dela, talvez ele não tenha explicado muito sobre a aparência dela e eu sei mais ainda que você deva estar louca para saber esses detalhes, mas isso não importa ainda. O que importa é que, nove meses depois você nasceu.

Você era linda! Tinha cabelos ruivos cacheados... bom, logo os cachos se transformaram em ondas como são hoje. Tudo parecia perfeito, todos eram felizes e só havia cor e musica por toda a parte. Então, aconteceu. Sua mãe sumiu, deixando você com seu pai e um bilhete que dizia “Cuide bem dela. Quando chegar a hora, saberá o que fazer”

Todos ficaram assustados, e seu pai foi bombardeado de perguntas, afinal, vocês pareciam tão felizes. Foi um amor perdido, ele ficou mal por muito tempo. Não tinha animo para nada, não comia, não dormia e deixou de sair de casa. A família inteira ficou muito preocupada, principalmente com você, seu tio Caio ia lá ver seu pai constantemente para saber se ele cuidava direito de você. Mas tudo indicava que ele lhe tratava muito bem.

As coisas só pioravam e algum tempo depois, aconteceu. Ele não aguentou mais e contou para seu avô o que tinha acontecido, sobre sua mãe, sobre você, sobre mitos e deuses. Logo, todos seus tios sabiam... seu avô nunca foi bom em guardar segredos. Todos ficaram chocados e... seria razoável pensar que tudo isso era mentira, mas tínhamos motivos para acreditar. Esses motivos você irá conhece-los quando chegar a hora.

Bom, ninguém sabia o que fazer. Ele falou sobre o lugar que sua mãe tinha mencionado, acampamento meio-sangue. Quando ele mencionou esse nome, uma sombra passou sobre todos nós, parecia um fantasma nos perseguindo. Não, ninguém teria coragem para falar a você o que você era, afinal. Foi quando Leopold teve uma ideia, e compôs a musica chamada “Vitrine De Lágrimas”. Assim, você estaria familiarizada com a historia, mas... não era fácil cantar para uma garota de 2 anos que ela era filha de uma deusa do olimpo.

Aquela musica que seu avô tocou no piano, era ela. Está na hora Samantha, de você conhecer seu destino



Tudo estava confuso, parecia que aquele dia era um borrão em minha mente. Apenas vozes distantes e uma neblina passando em minhas lembranças. Mas mesmo assim, eu ouviu atentamente cada palavra, por vezes querendo interromper, mas minha curiosidade e perspicácia juntas diziam que isso não era o ideal naquele momento. Ansiava cada palavra dita por ele, e tudo pareceu iluminar minha mente. Deuses, heróis, monstros, olimpo, meio-sangue... Depois daquele longo dia, uma poltrona e chá me fez ouvir mais e mais historias de deuses olimpianos. E assim que foi oferecido eu aceitei ir ao acampamento meio-sangue.

Sabia o que estava abrindo mão, do mesmo modo que sabia o que era melhor para mim. O que mais me assustava não era a ideia de ir a um lugar desconhecido com pessoas estranhas onde eu serei uma semideusa com poderes e habilidade, o que mais me assustava era... Onde está meu pai? Quando perguntei ao tio Marck, ele apenas me disse que em breve eu iria vê-lo.

Quando as fronteiras não permitiam mais a entrada do tio Marck, ele beijou brevemente minha testa, jogou minha mochila em minhas costas e ... pensei que ele ia chorar. Mas não, afinal era o tio Mack.

-Você descobrirá muitas coisas! Mas lembre-se que tudo que fizemos foi para seu bem.

Sim, ele estava chorando. Algo em sua voz me fez acreditar que ele não se referia apenas a minha nova vida como semideusa.

Ele me entregou um papel dobrado e todo amassado, me fazendo prometer que apenas o abriria quando descobrisse quem era minha mãe. Concordei me roendo de curiosidade.

Corri subindo a colina onde ao alto estava uma enorme casa. Fui o mais depressa possível, afinal não queria chorar da frente do tio Marck. Se tínhamos algo em comum, era o orgulho, não gostávamos quando alguém via nossa tristeza. Afinal, não basta sentir dor, fazemos de tudo para essa dor não ser compartilhada.

Assim que fui acolhida por outros semideuses senti que tudo havia mudado. Era bom saber que existia outras pessoas como eu, talvez alguns deles tivessem sofrido mais que eu. Alguns dos que conheci talvez tenham se feito as mesmas perguntas que eu me fazia. Eu queria aquilo? Eu não tinha escolha. Muitas perguntas, um frio no estômago e um pesar na consciência me diziam que ainda tinham muito a ser descoberto.

Estava me dirigindo para o quarto dos indefinidos, ansiando por uma bainho quente e uma cama confortável, quando todos se viram em minha direção. OK, isso não é normal. Algo brilhava... ou não, era eu que estava brilhando... ou não, era minha cabeça! Me dei conta de que todos estavam olhando para minha cabeça. Quando observei que, lá estava uma coruja pairando em minha cabeça, o símbolo de Atena.

Me senti confusa. Atena? Minha mãe? De todos os campistas que vi aqui, os filhos de Atena foram os que mais me intimidaram. Eram inteligente, perspicazes e observadores. Pareciam bons de mais para eu ser de lá.

Quando já estava um pouco recuperada do susto da reclamação, e tinha me aconchegado em minha cama no chalé de Atena, abri o bilhete amassado e cheio de manchas. Com caligrafia marcada e tinta verde, as seguintes palavras eram pintadas no papel:

Eu sou seu pai.
        Marck


Vitrine de Lágrimas
Você vai chorar
Ao descobrir que seus parentes são os deuses
Que os monstros são inimigos mortais
Que vão tentar lhe enganar
Que o mundo vai parecer não mais girar
Mas lembre-se que terá um lugar
Que lá você encontrará
Heróis como você
Ombro a ombro com eles
Você irá se transformar
Viverá feliz
Mas continuará a chorar
Afinal, lágrimas sempre há
Mas no acampamento de heróis
Você chorará em paz


Obs:
>
Samantha Johnson
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Margo Bettencourt Lon Qui 18 Dez 2014, 15:49

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Filha de íris, porque sempre fui muito “colorido”, como um arco-íris, e amo levar mensagens por ai, acho que me identifico muito com a Deusa.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Físicas: Meu cabelo é roxo, e vive bagunçado, por mais que eu tente arrumar, meus olhos não tem uma cor definida, porém, meu pai diz que quando me viu pela primeira vez eles eram azul safira. Sou alta e bem magra, sou bem fraca, e tenho pele bem clara.
Psicológicas: Sou amigável, extrovertida, falo muito, sou dramática e bem esperta.
- História do Personagem
Morava em Nancy, na França, desde que me conheço por gente.
Mas em um belo dia, meu pai decidiu que iriamos morar em Long Island. Depois de ser expulsa de três escolas em três anos, conheci Lavinia, que veio a se tornar minha melhor amiga. No último dia de aula, eu me lembro de terem me empurrado com força no chão, quando bati a cabeça e desmaiei. Depois de dois dias – pelo que me disseram – acordei em um quarto numa casa. Olhando pela janela, vi que estava em uma colina em que vários adolescentes com camisas laranja conversavam, lutavam e brincavam. No momento em que estava observando eles, Lavinia entrou no quarto e me contou onde eu estava. Eu estava no Acampamento Meio-Sangue, lar para Semideuses e Criaturas Mitólogicas.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Maxine Mason Sex 19 Dez 2014, 10:02


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Ares. Sempre me identifiquei com o deus da guerra e tenho certeza de que com ele posso explorar muito mais o lado físico e guerreiro do meu personagem, que é meu objetivo.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

• Características físicas:

Charlie tem dezessete anos. Caucasiano, loiro, olhos claros. Possui um metro e oitenta e três de altura. Tem um corpo definido devido aos anos de prática de esportes. Ele já fez de tudo um pouco. Boxe, Judô, Muay Thay e até mesmo Jiu-Jitsu brasileiro. Por algum motivo o rapaz sempre foi aficionado por combate corpo a corpo ou qualquer tipo de coisa que o fizesse ter uma descarga de adrenalina nas veias.

• Características psicológicas:

É um rapaz centrado. Nunca causou problema para sua mãe, por mais que seu vício em brigas o tornasse o ‘’valentão’’ de todo o colégio que frequentava. Ele apenas se defendia – até demais – de todos aqueles que queriam alguma confusão. É uma pessoa comunicativa com quem conhece e até mesmo brincalhão, mas veja bem, apenas com quem conhece. Se ele não for com a sua cara, dê meia volta. Protetor, tenta sempre cuidar de todos que preza. Não aceita desaforo algum e nunca, em hipótese alguma, foge de confusão.

- História do Personagem

O dia estava tedioso. Meus passos eram largos e preguiçosos, completando perfeitamente minha postura despreocupada e – como alguns podem chamar – descolada. A mochila preta com o tecido já gasto pendia em meu ombro, apenas uma alça a impedindo de cair no chão. Sexta-feira. Ultimo dia da semana e consequentemente ultimo dia das provas semestrais. Agora eu finalmente poderia aproveitar o dia para treinar um pouco já que minha mãe havia proibido o uso de qualquer tipo de arte marcial na casa até as provas terem terminado. Suspirei. – Se ela sentisse a dor de cabeça que eu sinto quando leio mais de três páginas, ela não faria essas coisas. – Resmunguei baixo antes de me aproximar da residência. Joguei a mochila de qualquer forma no banco perto da porta de entrada não me importando se alguém aparecesse e – se eu tivesse sorte – furtasse os livros; Virei-me para entrar, mas algo chamou minha atenção. A maçaneta parecia fora do lugar, como se alguém a tivesse forçado para conseguir entrar. – Mãe? – Chamei em voz alta empurrando a porta com o ombro.  Meu queixo caiu num perfeito ‘’o’’ quando meu olhar perpassou a sala de estar. Tudo estava fora do lugar, revirado, bagunçado. Minhas pernas agiram mais rápidas do que nunca ao me impulsionar pela escada com uma velocidade incrível. – Mãe, cadê você?! – Gritei. Minha voz grossa ecoava pela casa agora vazia e completamente devastada. Ao constatar o que havia acontecido por algum motivo meu corpo ficou pesado demais e então meus joelhos cederam.

Não sei por quanto tempo permaneci ali ajoelhado aos escombros do que antes seria o armário do corredor. Meus pensamentos estavam completamente desconexos. Minhas mãos tremiam, mas porque eu as havia fechado e estava apertando com tanta força que minhas veias latejavam parecendo a ponto de estourar. Foi então que eu ouvi passos, pareciam rápidos e certeiros. Ergui-me num pulo, meus sentidos mais aguçados do que nunca. Eu não sabia quem estava ali. Seja quem fosse, policia ou se haviam voltado para terminar o que começaram. Eu senti a pura necessidade de gastar pelo menos um terço da adrenalina que corria em meu sangue. Minha visão estava embaçada, quase vermelha pelo ódio, mas ao mesmo tempo tudo estava mais claro do que nunca. E então ele apareceu. Alto, parecia musculoso, seu rosto estava coberto por um capuz já gasto. – Charlie. Você precisa ter calma agora. – Sorri. Um sorriso maníaco. Dei um passo para frente, ele deu um para trás. – Charlie. Me escuta. Precisamos sair daqui. – Passei a língua nos lábios. Eu poderia matá-lo com meu olhar se isso fosse possível. Pisquei duas, três vezes, e então explodi.

Fui em sua direção e tomei seu pescoço com uma das mãos. Rápido, fácil. Eu poderia acabar com ele ali, mas eu precisava de respostas. Minha mãe. Empurrei-o até a parede mais próxima e, com o antebraço, forcei sua garganta para que ele não escapasse. – Eu só vou perguntar uma vez. O que você fez com a minha mãe? – A essa altura o capuz já havia caído e o rapaz lutava pra respirar com o aperto que eu fazia. Seu rosto estava com uma coloração vermelha, igual seus olhos. O oxigênio estava parando de circular em seu corpo. Eu sabia, se continuasse daquela forma ele teria no máximo dois minutos antes de morrer. Percebi que ele apontava para algo, seus pés. Levantei uma das sobrancelhas e baixei o olhar apenas para avistar... Cascos. Afastei-me num segundo, largando-o e dando vários passos para trás até encontrar a parede do outro lado do corredor. – Mas... Que... Merda? O que diabos é você? – Ele demorou alguns minutos para se recompor buscando o ar quase que desesperadamente. – Você, definitivamente, é o semideus mais difícil que eu já vi. – Falou pausadamente, provavelmente com medo da minha reação. – Semideus? Você é louco? Cadê a minha mãe? E por que tens cascos de cavalo ao invés de pés? Que palhaçada é essa? – Esbravejei de uma vez. Passei a mão no rosto para perceber que estava suando frio. Após o surto de adrenalina meu corpo pareceu ficar mole e minha cabeça bombeava freneticamente. O estranho pareceu relaxar com o que acontecia o que me fez questionar se isso não seria obra dele. Estava prestes a abrir a boca para manda-lo pro inferno quando ele falou: – Olha pra cima. É mais fácil do que eu explicar e você não acreditar. E são cascos de bode, não de cavalo. – Inclinei a cabeça para o lado e pude ver uma fumaça vermelha tomando forma acima de mim. Aos poucos reconheci um machado, porém ainda não fazia ideia do que significava aquilo tudo. – Certo, homem-bode. Um machado vermelho. O que é isso? Minha previsão do futuro? – Ao perceber que eu já estava calmo ele se aproximou, ainda com cautela. Colocou uma das mãos ao redor do meu corpo ajudando-me a andar. Ele parecia saber o que estava fazendo. – Você precisa confiar em mim, Charlie. Sinto muito pela sua mãe. Eu não sei o que aconteceu com ela, mas contando com tudo o que passamos provavelmente ela... – Torci os lábios pela sua cara de piedade e o empurrei voltando a ficar de pé sozinho. – Meu nome é Thomas. Sou um sátiro. Vou simplificar, tudo o que você sabe sobre mitologia grega é real. Zeus, Poseidon, e pelo machado que apareceu na sua cabeça, seu pai é Ares, o deus da guerra. – Encarei o tal de Thomas. Incredulidade era uma palavra que estava praticamente escrita em minha testa. O mesmo deu de ombros e tornou a se dirigir a mim. – Eu fui mandado para te escoltar até um lugar seguro. Um lugar aonde você vai – confia em mim, tu precisa – aprender a controlar as tuas habilidades e até desenvolvê-las um pouco mais. Entende? Tudo isso em segurança. Só que o lugar é longe e o caminho até lá é perigoso, pode haver vários contratempos, então precisamos sair agora. – Continuei a olhar para o sátiro sem feição alguma. Apenas o encarava. Era informação demais para um dia só, sem contar que... Minha mãe. Tudo isso aconteceu por minha causa? Ela se foi por minha culpa? Por eu ser um... Semideus? E ainda por cima filho de um deus da guerra? – Eu sei que é coisa demais pra você assimilar, mas pode fazer isso no caminho. – Ele me empurrou para fora de casa e começamos a caminhar. Agora meus passos o acompanhavam, rápidos e longos. – Você vai gostar de lá. Chamamos de acampamento meio-sangue. – Apenas assenti. As pessoas passavam por nós e não pareciam ver as pernas de bode caminhando, fazendo um barulho engraçado de trote quando entrava em contato com a calçada. Respirei fundo. Agora seria só eu. Precisava começar a me acostumar com isso. – Espero que tenha comida nesse lugar. Não jantei ainda. – Comentei antes de entrar em um carro amarelo surrado. Thomas ligou o motor e acelerou. Consegui um vislumbre do que antes era meu lar, após isso me acomodei no assento adormecendo quase que automaticamente. Tudo bem então. Que venha o tal de acampamento meio-sangue.


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Ficha de Reclamação para filho de Dionísio

Mensagem por Tony Rocky Sex 19 Dez 2014, 17:44

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Por Dionísio, porque além de ser Deus do vinho é Deus da alegria.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas)

Psicológicas: Tony é muito alegre, brincalhão mas quando alguém pisa nos seus "calos" sai de baixo, ele é o amigo que protege e defende seus amigos que merecem, além de morar em uma fazenda, estuda bastante, apaixonado pela cultura do vinho.

Físicas: Tem 14 anos, 1,62 metros, 44 kg, apesar de baixinho não tem aparência de "baixinho e gordinho" é baixinho mas tem muita força.

- História do Personagem

Tony Rocky tem 14 anos, vive em uma fazenda perto da cidade de Orlando, na Flórida. Um primo distante cuida dele desde os 12 anos, quando sua mãe, Monik Rocky, morreu. O nome do primo é Nolan, aparenta ter uns 28 anos, ele diz que o pai de Tony mandou Nolan cuidar dele até ele ter idade para ir à Long Island, onde ele mora.
2 dias depois de fazer 14 anos, Nolan decidiu contar sobre o pai de Tony :
- Seu pai se chama Dionísio, ele tem outros filhos em Long Island e é o ... Deus do vinho.-Disse Nolan para o jovem.
- Mas ... Os Deuses ... Não existem ! ... Existem ?-Perguntou o garoto confuso.
- Existem, seu pai me pediu para cuidar de você quando sua mãe morreu.-Falou Nolan.
- Não pode ser, se ele é um Deus, o que você é ?-Disse o garoto com medo.
- Não se preocupe, eu sou apenas um sátiro.-Disse Nolan mostrando seus pés, ou melhor, cascos.
- O que ? O que está acontecendo ? Sai de perto de mim monstro !-Disse o meio-sangue nervoso.
- Eu não vou te machucar Tony, se eu quisesse te matar, você estaria morto com 12 anos.-Disse o sátiro tentando acalma-lo.
O semideus não quis escutar e saiu porta fora. Ao sair o garoto sai correndo entre as parreiras vinho que ao ouvir o garoto chorar de medo, se encolhiam, secavam e morriam. No meio do caminho entre a fazenda e a cidade o jovem encontra um homem alto, muito alto, com um único olho o sequestrou.
- Cheiro de vinho, eu adoro vinho, hey Lakasei venha aqui !-Disse o ciclope
- O que foi boca de bueiro ? Um filho de Dionísio, você pegou um filho de Dionísio, Rasin isso é perfeito, teremos vinho até morrermos !- Disse o outro ciclope chamado Lakasei.
Passaram exatamente 3 meses, o garoto estava sujo, e com suas roupas esfarrapadas. Ele não tomou banho durante esse tempo, pois toda água era transformada em vinho para os ciclopes. Os ciclopes tinham uma tenda gigantesca, eles moravam ali, e nessa tenda tinha espadas, escudos, lanças, arcos e flechas. Certo dia, o garoto iria fugir, preparou o vinho mais embriagante que pode, fez questão de servir os ciclopes, que ao tomar o vinho ficaram tontos, mas tomavam mais e mais do vinho, até que na vigésima taça de vinho dormiram instantaneamente. O garoto se aproveitou disso e pegou uma espada onde estava escrita Crisaor, ela era de ouro e muito pesada, mas o semideus conseguiu ergue-lá e decapitar os ciclopes que se dissolveram em pó dourado. Depois dessa aventura, Tony Rocky decidiu ir à Long Island encontrar seu pai Dionísio. Ele chegou no acampamento 1 mês depois de matar os ciclopes. Foi recebido por Quíron, já era 7:00 da noite, estava perto da hora do jantar na fogueira e ele foi reclamado como o filho do Deus do vinho e da alegria.
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Ficha de Reclamação!

Mensagem por Edmilson Rodrigues Sex 19 Dez 2014, 18:40

Ficha de Reclamação!
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Por Íris.
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Por que a íris bem importante afinal todos usam suas mensagens alem de que seus filhos são bons em lutas de espada.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas.).
Físicas: Belo, olhos azuis e cabelos castanhos.
Psicológicas: Amigável, inteligente, valente, também muito imprudente e tal como os outros semideuses tenho TDAH e dislexia.
- História do Personagem:
Essa é a minha história:
Meu nome é Edmilson Rodrigues, mas todos me chamam de Ed.        
Eu vivia com meu pai em Nova Orleans, bem mais ou menos, ele nunca estava em casa sempre me deixava com uma babá que me tratava muito mal, normalmente ele contratava um adolescente do ensino médio um tal de Remo ele era bem legal e sempre que meu pai voltava ele ia em direção ao bosque o que eu acho bem estranho. Mesmo quando meu pai estava em casa, nunca me dava atenção, o que me deixava triste embora eu soubesse que ele precisava se preocupar com o trabalho. Eu passava o tempo lendo e falando com meus amigos eu realmente adoro o celular. Sempre que eu jogo RPG eu fico com o cavaleiro, pois eu realmente gosto de espadas.

Um dia ele disse que nós precisávamos de um tempo juntos e me levou para passear em Nova York, mas quando estávamos lá surgiu um imprevisto no trabalho dele e para não ter que me levar de volta ele chamou o Remo pra cuidar de mim.

Fiquei andando por Nova York por mais ou menos uma hora até o Remo chegar quando ele chegou me levou ao Brooklin onde fomos encurralados por uma mulher-cobra. Ela começou a me atacar com suas garras e eu tentei desviar de seus golpes no inicio foi fácil, mas depois tropecei e cai ficando a mercê da mulher-cobra. Quando ela estava a menos de um metro de mim ela se transformou em um pó dourado. Quando o pó se dissipou pude ver que Remo tinha enfiado uma faca nas costas da mulher-cobra.
-O que você fez? - Perguntei. – Ou melhor, o que era aquilo?
-Era uma dracaenae nada que tenha que se preocupar - Ele respondeu, embora não adiantou, pois eu já estava preocupado. – Não temos tempo de nos preocuparmos com isso toma pegue essa perola esmague-a e pense em um lugar chamado acampamento meio sangue. Lá eu explico.
-Certo.
Então eu peguei a perola verde e a esmaguei. Uma nevoa verde me cobriu, depois de ela se dissipar fiquei meio zonzo quando foquei a visão eu estava em uma espécie de acampamento no topo de uma colina.
-Bem vindo ao Acampamento Meio-Sangue filho de Íris.
Eu iria tentar argumentar mas estava tão cansado depois desse dia que desmaiei.
Quando acordei estava em um quarto deitado e Remo estava na minha frente mas estava diferente tinha pernas de bode.
-O que aconteceu? O que estou fazendo aqui? E o que ouve com suas pernas? - Perguntei.
-Você desmaiou ao chegar ao acampamento estamos na enfermaria e eu sou um sátiro.
-você não pode ser um sátiro eles não existem são apenas seres mitológicos. – deu para perceber claramente que eu não estava entendendo nada.
-Tudo o que você tem que entender é que as coisas da mitologia grega existem e você é filho da deusa Íris.
-Mas meu pai disse que minha mãe morreu em um acidente de carro.
-Ele mentiu para te proteger afinal depois que você descobre que é um semideus sempre corre perigo, agora vamos para o tour pelo acampamento.
Então o segui e ele me apresentou o acampamento e depois o meu chalé. Não acreditei que aquilo poderia acontecer, mas assim que me deitei na cama adormeci.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Jeremy Crawley Sex 19 Dez 2014, 23:11

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Melinoe. Acho que Deusa dos Fantasmas é a que mais se encaixa na trama do personagem. E é claro que seria interessante meu personagem ser da sua prole.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

{Físicas} Dezessete anos, cabelos e olhos negros. Extremamente pálido, lábios rubros feito uma rosa. Magro, mas com corpo definido. Alto, porém esguio.

{Emocionais} Tímido, mas teimoso. Calmo, calculista e solitário. Apesar disso tem um coração bondoso e altruísta. Entretanto pode se mostrar vingativo.

- História do Personagem

-... Certo senhor Montecchio? - repetiu o dr. Edric Snow, sentado de sua mesa olhando fixamente por cima do óculos, como de costume, para Pietro Montecchio  a fio do outro lado da sala confortavelmente sentado em uma poltrona.

A sala era totalmente branca. Com exceção de alguns livros nas estantes, tudo era branco. Até mesmo a mesinha plástica de centro era. E o cheiro anticéptico do local contribuía ainda mais com o ar de loucura. Clínica Psiquiátrica Sant Mary: entre e sairá mais louco. - avaliou Montecchio

O garoto não ouviu a primeira vez que o velho doutor fizera a pergunta. Seus pensamentos estavam imersos em outra coisa, ou melhor, outra pessoa. Annabelle – pensava o jovem, mas mesmo assim murmurou:

- Certo

- E? – o médico inclinou-se para frente de uma maneira zombeteira apoiou a mão direita na coxa e fez um gesto com a mão na orelha como que para escutar melhor

Pietro engoliu o que sobrou de seu orgulho

- Sou um louco esquizofrênico que matou a própria irmã e meu tio Harold me enviou para esta clinica para não matar o resto da minha família – dizer aquelas palavras doía, não era verdade. Tudo foi armação. No entanto, a dor que antes era visível na voz do garoto se dissipou e ele pôde dizer aquelas palavras pela primeira vez tranquilamente. Quando disse aquelas palavras parecia quase... acreditar no que dissera

- Bem, muito bom –, aquiesceu Snow, e se levantando da cadeira –, pelo visto você entendeu como são as coisas – com um sorriso sarcástico deixou a sala. Filho da puta.

Doze segundos depois os enfermeiros recolocaram a camisa de força em Montecchio e o levaram novamente a sua "cela".

...

Annabelle, sua doce irmã gêmea, morrera três dias antes; empurrada do segundo andar da mansão Montecchio. Seu irmão, Pietro Montecchio fora atuado como o responsável pelo crime.
A polícia lançou provas a fim de incriminar o garoto, visto que era o único na casa no momento e que “transmitia perigo a sociedade americana”. Um pedaço de tecido, correspondente ao do suéter de Pietro e um fio de cabelo do mesmo foram encontrados na mão do jovem.

O problema é que Pietro sofrera um apagão neste dia e não soube responder o que acontecera com ele na hora do crime. O juiz decretou que o garoto deveria ser internado em uma clínica psiquiátrica.
A verdade era que Pietro amava a irmã, os dois viviam sempre juntos. Sua avó Abeona Montecchio usou isso como uma prova de que Pietro nunca teria coragem de cometer tal crime. Porém seu tio Harold deu o depoimento de que o jovem sempre se mostrou uma pessoa violenta, maltratava os empregados e a avó.
Tudo aquilo era mentira. A família Montecchio sempre fora muito ambiciosa, incluindo o pai dos gêmeos, Robert, falecido de derrame. E como os jovens juntos tinham o maior valor acionário na empresa da família. Harold viu nos problemas psicológicos dos garotos uma brecha para efetuar seus planos. Assim, ele e sua esposa mentiram no depoimento.
Desde então, o garoto sofria maus tratos na clínica, subordinada do tio para transformar o garoto em uma adolescente viu e ardiloso.

É claro que sua vó planejava ajudá-lo, mas fora acusada perante juízo de falso testemunho. Agora Pietro precisava de ajuda.

...


Após ser levado ao seu quarto, Pietro pensou novamente na irmã.
Era um dia quente de verão, os dois tinham seis anos e brincavam nos jardim da mansão. Seu pai estava bem humorado ao lado de sua mãe, Melanie. No entanto, o rosto da sua mãe estava coberto por um chapéu de sol. Ela usada um vestido verde florido e falava com marido. Annie e Pietro brincavam de fazer bolos de lama. No momento que terminaram de fazer um bolo de “amoras silvestres” correram para amostras aos pais, e no momento que o rosto da mãe levantou, não havia nada. Somente um borrão branco e forma de rosto. Pietro acordou soluçando.

...


A suíte que Pietro se encontrava era branca como as demais. Porém, era luxuosa: tinha uma TV LED, ar-condicionado e alguns livros de literatura inglesa. Um tapete “made in China” em forma de urso se entendia pelo chão. A porta se abriu e uma senhora de meia-idade de cabelos grisalhos e olhos verdes serenos entrou.

Abeona Montecchio era jovem para sua idade, 69 anos. Movia-se elegantemente e ao mesmo tempo com certo charme assim que viu o neto sorriu e virou-se para a porta. Uma bolsa estava em seu ombro esquerdo

- Por favor, tirem-lhe a camisa de força, ele é meu neto. Nunca me faria um dano se quer – disse rigidamente para quem quer que seja

Os enfermeiros entraram bufando segundos depois e retiraram a camisa de força e saíra da sala a levando consigo.

- Oi meu querido – disse a senhora se aproximando e abraçando Pietro, depois mais baixo – eles fizeram alguma coisa com você?

- Estou bem vovó – disse Pietro disfarçando, depois imitando o tom da avó – me obrigaram a dizer que matei a Belle

A velha tocou-lhe o resto e lançou um olhar terno e amoroso

- Sinto muito não ter lhe visitado antes

- Não há problema – disse Pietro levantando da cama e caminhando em direção a mesa de centro para pegar um livro – eles me deixam ler Shakespeare!

Abeona sorriu

Conversaram durante alguns minutos e quando estava saindo a doce senhora disse-lhe que já estava tomando uma providência, deu-lhe um beijo na testa e deixou a sala. Alguns minutos depois Pietro chorou.

...

Já era tarde da noite e Pietro já dormia quando ouviu a voz.

- Peter! Peter, acorde!

Pietro levantou e a figura que estava ao seu lado, era ela: Annabelle Montecchio. Estou enlouquecendo? – pensou o garoto. Não, era ela. Só podia ser.

- Calma, vim te tirar daqui – disse a garota tocando-lhe o ombro. Pietro percebeu que estava tremendo.

Annabelle caminhou até a porta e abriu com uma chave. Pietro se levantou e caminhou até junto da irmã

- É você, é você mesmo?

- Sim, sou eu. Mas não temos muito tempo.

Saíram do quarto e chegaram no corredor. A clínica estava deserta.

- Tem câmeras lá – disse Pietro

- Hoje não – disse a irmã com um sorriso malicioso

Caminharem lentamente até o fim do corredor e chegaram a uma porta. Annabelle abriu-a e passaram para outro corredor. Pietro seguiu-a lentamente admirando a irmã. Tinham os mesmos cabelos e olhos negros e pele profundamente pálida. O físico magro, quase não mostrava a grande personalidade que tinham os irmãos: força e determinação.

Estavam chegando próximos a recepção quando as luzes acenderam.

- Não é que vocês são espertos? – disse uma voz masculina atrás deles. A voz do dr. Edric
Os gêmeos viraram

- Como conseguiu sair do Submundo? – perguntou o doutor à Annabelle, raiva era visível em seus olhos. Com um sorriso como que descobrira a resposta disse – Persérfone, a Hera Inferna. Ela é uma vó molenga mesmo

- Eu irei voltar assim que acabar minha missão – disse Belle

- Que missão? – perguntou Pietro. Persérfone? Quem era Persérfone? Aquele nome era tão confuso  e estranho quando aquela situação

Sua irmã o olhou de soslaio e em seguida encarou o doutor

- O que acham de os dois irem juntos? – gritou Edric entre dentes e se transformou em um monstro com asas de morcego, cabeça de homem e corpo de leão; uma manticora. O Monstro olhou fixamente para Pietro e rosnou e correu em sua direção.

Annabelle empurrou o irmão exatamente no momento que o menino iriam colidir com a manticora. O monstro e a garota rolaram no chão.

- BELLE! – gritou Pietro caído no chão

A manticora se levantou

- Ela já está morta! – bufou o monstro. Ela morreu há três dias, se não fosse neta da rainha do Submundo, Hades a nunca deixaria voltar para te salvar.

Pietro não entendia, sua irmã estava lá viva diante de seus olhos. Levantando-se, ferida com sangue escorrendo de suas narinas devido ao impacto da queda. Os olhos de Pietro marejaram. Não podia acreditar no que sua vida havia se transformado. Será aquilo uma pegadinha? Será mais alguma armação de seu tio? Será que estava ficando louco? – perguntou-se

Uma névoa inundou o local

- PUTA! Não vão conseguir fugir de mim para sempre! – gritou o suposto dr. Edric

Annabelle apareceu na frente do irmão.

- Vamos – disse puxando o irmão pela mão

- Isso é verdade? – perguntou o garoto quando enquanto corriam

- Sim, Peter – respondeu – nós nunca tivemos esquizofrenia. Todas as alucinações eram uma habilidade natural de nós, filhos de Melinoe

- Melinoe?

- Nossa mãe – era despida a dor na voz da menina. Mesmo com sangue escorrendo de seus lábios e o cabelo batendo em seus olhos ela era forte – pensou Pietro

- Você é um fantasma então?

- Mais ou menos. Hades me permitiu sair do Mundo Inferior durante doze horas – explicou – nesses últimos dias tive sendo julgado pelos juízes do Mundo Inferior. Daí pedi uma audiência com Hades. Por sorte nossa vó estava presente e convenceu o marido.

Pietro não conseguia entender absolutamente nada. O pouco que sabia sobre mitologia era muito supérfluo. Não sabia conseguia entender quem era quem.  Não sabia quem era Hades, porém aquele nome causava-lhe um demasiado arrepio

Por fim quebrou o silêncio

- E faltam quantas horas para você voltar ao Mundo Inferior?

- Somente quarenta e cinco minutos

Finalmente chegaram ao uma porta. Na porta estava escrito:
“Armário de Limpeza”. Annabelle abriu e tirou de lá garrafas de álcool e um isqueiro.

- O que está pensando em fazer? – perguntou Pietro

- Os pacientes que estão aqui são criminosos e outros, já enlouqueceram devido aos maus tratos. Vou libertá-los do sofrimento. Hades deseja dar-lhes a devida recompensa – explicou – foi o trato que fiz com o Senhor dos Mortos.

- Mas e os funcionários? Morrer queimado não é muito cruel? – abismou-se Pietro

- São estupradores e torturadores baratos – disse Annabelle com desgosto entortando a boca, um sinal visível de desprezo -, merecem morrer!

Um enorme grito inundou o local e Annabelle olhou na direção oposta a do Armário
- Vamos – disse carregando as garrafas de gasolina e dando as de álcool e o isqueiro para Pietro carregar
Demorou um tempo para enxerem o local do combustível.
- Onde será que o doutor Edric se escondeu? – perguntou Pietro
- Saberemos em breve. Agora precisamos sair daqui

- Me chamaram? – disse o monstro - estava maior e mais determinado - Não vou deixar este meio-sangue escapar.  – continuou o monstro e com uma voz delicada: - Annabelle volte para a porra do Mundo Inferior e prometo não machucá-lo muito.

Os irmãos se afastaram do Monstro e tentaram correr

- Por que vocês sempre fazem isso?! – gritou a manticora correndo logo em seguida atrás dos semideuses, pulando por cima deles e bloqueando sua passagem

- Pelo visto terei que te matar – disse Annabelle entre dentes, tirando do cinto a faca. Virando-se para Pietro – corra, Peter! Corra! – em seguida, se jogou em cima da Manticora

A pata do animal tentou agarrá-la, mas Belle se esquivou. Pieter primariamente evitou correr, mas lembrou das palavras do monstro: “ela já está morta”. Seus olhos arderam e começou a correr.

- VAGABUNDA, Ele está escapando! – gritou o monstro tentando se livrar da semideusa
Annabelle cambaleou para trás quando uma garra quase à atingiu. Pietro continuou correndo, seus tênis encharcando de liquido inflamável.

- O ISQUEIRO PETER. – grito Belle e Peter virou-se para trás. A manticora vinha a todo vapor atrás dele – Use-o Peter. Eu já estou morta. Não vai doer nada – gritou soluçando histericamente

Peter continuou correndo até a recepção. A chave. Esqueci da chave! – lembrou-se Peter. A recepção assim como todos os corredores e cômodos principais fedia a gasolina e álcool. Peter tentou arrombar a porta, mas foi inútil. Estava encostado na porta quando ouviu o monstro.

- Enfim em sós! – grunhiu a Manticora a aproximadamente dez metros dele. Era o fim, só podia ser o fim – desesperou-se ofegante o garoto e virou-se para encarar uma última vez o Monstro. Seu hálito começou a congelar. Não saberia dizer o que estava acontecendo, porém no momento que percebeu que gasolina estava no corpo do animal, ascendeu o isqueiro e jogou no animal.

Fogo se espalhou pelo local, até mesmo queimando o tênis de Pietro e subindo por sua calça. A manticora em uma tentativa de atacar o garoto vôo até a porta. E a quebrou. Chamas ainda queimavam o tecido e até a pele das pernas de Pietro e assim que a porta se quebrou se jogou e rolou pelo chão em uma tentativa bem sucedida de apagar as chamas. Viu o monstro uivar de dor e se desintegrar em pó dourado.

O meio-sangue olhou para trás e viu todo o hospital em chamas, Annabelle se fora. Começou a tossir devido a forte fumaça e rastejando de dor começou a se afastar da clínica. Quando ficou a distância suficiente para não tossir muito olhou as pernas. Não estava tão queimada, mas precisava urgente de cuidados. Os pés também estavam na mesma situação. Começou a por os bofes para fora. Ficou um bom tempo vomitando, sentindo os membros já espicaçados ficando cada vez machucados. Chorou lembrando-se da Annabelle e de tudo que acontecera.

- Irmão? – era a Belle

- Belle – disse com a voz manhosa

- Estou indo, o tempo acabou – disse ela sentando ao seu lado – o acordo também era um grupo de Sátiros levá-lo ao acampamento Meio-Sangue

- Hã? – O semideus não conseguia entender. Quando ela se levantou – quem te matou?

Annabelle resfolegou e por fim disse

- Nosso tio, Harold Montecchio

- Filho da... - Pietro tentou se levantar

- Acalme-se, não faça esforço – disse a Annie preocupada

Pietro notou que ela começou a desaparecer

- Adeus Annabelle! – disse soluçando

Annabelle desapareceu. Sirenes soavam vindas de alguma parte da cidade até a clínica. Pietro não via nada, sua vista estava turva. Ouviu passos.

- Oi você é Pietro?

- Sim – disse limpando as vistas. Por um momento tinha um grupo na sua frente e o garoto que lhe fizera a pergunta tinha pernas de bode. Por fim tudo começou a escurecer e Pietro sofreu um apagão.

...

Pietro acordou duas horas depois em um carro indo possivelmente para o Acampamento Meio-Sangue. Não via rostos familiares. Estava no banco do carona, no lado da janela esquerda. Uma menina de cabelos louros, sentada a sua direita disse

- Oi, Pietro não é?

Pietro recobrou a consciência.

Quando as pessoas que nós amamos e a esperança são tiradas de nós, só nos resta uma coisa: vingança. - pensou Montecchio - Não, meu nome é Jason Starling - respondeu a garota.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 097-ExStaff Dom 21 Dez 2014, 01:51


Avaliados por Eos


Douglas Averril - Aprovado


Pequenos erros de digitação e pontuação, mas nada que comprometesse a leitura/ entendimento. Em termos de coerência, cuidado com algumas coisas - sendo filho de Dionísio ou não, se a relação com a mãe é tão boa quanto tenta fazer com que pareça, seria muito improvável deixar uma criança/adolescente beber desse modo. Outro ponto é que a resistência às substâncias é adquirida apenas em níveis maiores - então, ainda sentiria o efeito disso. E mesmo o passivo, de se sentir bem com o álcool, só é ganho no primeiro nível - ao se fazer a ficha, o personagem teria acesso, no máximo, às características passivas de nível um (independente de seu nível como indefinido) - você basicamente está usando o que não possui, o que em uma missão pode render descontos grandes o suficiente para que seja morto (e isso durante todo o texto!). Outro ponto é a "fuga" - a mãe não foi procurá-lo, ninguém o reconheceu? É estranho porque você descreve que ficou na cidade. A incoerência também se fez presente no novo ataque das harpias - de onde surgiram os móveis que voaram? Quem os jogou? No navio, novamente - e a comida para três semanas? Você descreve restos de frutas e coisas roubadas, mas isso ainda seria insuficiente para dois adolescentes se manterem. Podem ser detalhes, mas afetam o resultado final. Na batalha com os minotauros, alguns adendos: primeiro, que há apenas um minotauro; é uma criatura única, não uma espécie; segundo, que vários trechos ficaram confusos, como por exemplo:

Percebendo que era muito difícil acertá-los, os dois homens bois se voltaram para a senhora – louca – e – manca. Uma breve troca de olhares e ambos já sabiam o que deveriam fazer: Cada um foi atrás de um homem boi.

Por mais que no fim ficasse compreensível que se referia a Doug e Diane, pelo contexto, pela estrutura deixa a entender que quem trocou olhares foram os monstros, resultando em uma sensação de confusão/ estranheza.

Das lutas, cuidado com alguns pontos. Primeiro, que as armas do fórum não provocam morte instantânea com apenas um corte - é delimitado isso ou facilitaria muito os combates - com mais dificuldade o foco narrativo do combate é maior. Assim, armas comuns provocam dano reduzido em monstros, armas sagradas (as de reclamação) provocam dano normal e armas celestiais (especiais) provocam dano levemente superior. Também não exagere habilidades - O primeiro combate foi bom, apesar de algumas falhas (quando a harpia cai no chão, você descreve como se a torturasse, mas esquece que, apesar de estar sem poder voar, ela ainda pode se locomover por terra, tem as garras e bico e não ficaria parada se não estivesse presa); já o segundo com as outras harpias a simplificação do movimento das harpias deixou brechas, e o terceiro foi exagerado, ainda mais que um minotauro é um monstro poderoso (e a visão dos monstros é diferente no fórum do que ocorre nos livros, lembrando que o livro exagera coisas para ter emoção e prender o leitor, enquanto que minimiza ou ignora outras como os poderes dos semideus, para focar em outros pontos).



Sophie R. Romanov - Reprovada


Me doeu não aceitar sua ficha, ainda mais por não serem erros grandes, então, antes de tudo, peço que não desista - apenas arrume alguns detalhes, já que de resto, está ótima e sua narração é muito boa!

Primeiro, devo dizer que gostei muito da caracterização, tanto física quanto psicológica, por fugir do lugar comum, ainda mais a um filho de Melinoe.

Agora, no texto: cuidado com a digitação, já que apresentou algumas falhas bobas (em quanto/ enquanto) - apesar que isso não interferiu no resultado (explicarei adiante). Eu achei sua narração ótima, mas alertaria para alguns pontos: primeiro, a questão da fúria: fúrias seguem diretamente a Hades. Elas são monstros de nível muito alto e de grande importância, e não perseguiriam novatos sem motivo. No livro mesmo, foram atrás de Thalia por causa do juramento que Zeus quebrou, e de Percy em parte pelo mesmo motivo, com relação à Poseidon, e em parte por acharem que estava com o raio, mas não costumam se envolver nos assuntos mais mundanos e nem teriam motivos para empreender grandes perseguições - a menos que haja uma trama que justifique isso; o segundo ponto, que realmente foi definitivo para o resultado é a questão da reclamação da personagem: isso não ocorreu. Um sátiro pode realmente distinguir o cheiro de um semideus em comparação a um humano comum, mas você "pulou fases" por assim dizer, ao colocar o sátiro se referindo ao personagem como filha de Melinoe sem a reclamação (se reparar, isso não foi descrito do texto, e é um requisito da ficha). Isso sim foi o que determinou o resultado. No mais, explorar a reação da personagem poderia complementar a narrativa, ao menos no que se refere a ir ao acampamento, em vista da relação com o pai.

E um último adendo: por favor, utilize letras tamanho 12 ou 13 (até 14, caso seja uma fonte naturalmente muito pequena). Fica muito cansativo de ler quando são fontes menores. Também atente-se à largura do template.



Aragorn Holmes - Aprovado


Ok. Primeira coisa: o que é um cabelo "sorvete"? Na escrita: cuidado com a construção de algumas frases (Mas mesmo, eu me sentia seguro na escuridão, onde ninguém sentia pena de mim ou onde ninguém me olhava com pena. - Perceba, "mas" é adversativo, e aí parece deslocado - não há uma contradição para que ele faça sentido. Além disso, a posição da vírgula está inadequada, quebrando o andamento da leitura). Alguns erros de digitação (vez/ fez - normal) e confusões de sentido (a ver/ haver - estar em haver é estar em falta, devendo algo - logo, a pessoa não tinha nada a ver com a história). Você repete a questão da construção novamente em outro trecho ("Mas mesmo, ele pareceu ajuntar todas as suas forças para um último ato, saltou sobre mim.") - percebe que faltou algo? "Mas mesmo assim, ainda assim" seriam mais adequados, utilizados dando continuidade, ao invés de iniciar uma nova frase. A narrativa em carta é permitido sim - apenas tome cuidado para manter o estilo narrativo - não variar o narrador ou tempo. No mais, bem vindo!



Ronan - Aprovado


Tritão! Adoro fichas de seres da natureza! Enfim: avaliação. Cuidado com a formulação das frases - ficaram brechas em alguns pontos (A cidade em que o jovem Ronan estava prestes a ser tomada pelos exércitos de Poseidon - perceba que faltou palavras - a cidade em que morava, ou a cidade de Ronan estava prestes... - já que o verbo "estar" aí se refere à situação sitiada da cidade, e não ao posicionamento do tritão). Naiádes são de água doce - elas se encontram no mesmo tópico pois são espíritos da água, com os mesmos poderes, mas há essa diferenciação de localização; ninfas de água salgada são apenas as nereidas. Na pontuação, não use o underline para delimitar as falas. Se não conseguir fazer o travessão em seu teclado, prefira utilizar o hífem para delimitar os diálogos. Outras falhas de construção ("Eles haviam um exército de pouco mais de três mil homens" - perceba o uso inadequado do verbo - o ideal seria tinham ou possuíam ou similar, mas haver não se enquadra como sinônimo nesta frase) e de digitação, além das apontadas - então, só peço que tome cuidado futuramente e revise o texto para evitar isso. No mais, bem vindo!



Caius Abernathy - Aprovado


Cuidado com a digitação (confusões como a ver/ haver - estar em haver é estar pendente, em falta; a expressão seria "ter a ver"). Cuidado para não deixar as coisas confusas - a narração indireta livre pode provocar isso se não construir o texto com cuidado, como na parte em que fala da deusa, inserindo pensamentos do personagem no meio da narração - é sim aconselhável que o faça, para aprofundamento, mas revise para não deixar confuso. Cuidado com a pontuação e coesão das frases. Alguns detalhes mais técnicos também (a denominação de chalé, por exemplo). A falha principal aí envolve a deusa: primeiro que como uma deusa "esquecida" Despina não teria este contato com o Acampamento ou Dionísio - mas, o principal: ela não poderia ter com você, não desta forma. Deuses podem dar dicas, travar conversas, mas em geral isso se dá em meio a missões, ou em locais extraordinários (como o Acampamento); um deus não poderia ir até a casa de um semideus, raptar um parente e fazer o que ela fez - se isso não é uma intervenção direta, não sei o que mais seria. Reclamado, mas fique atento a isso no futuro.




Brandon Scutten - Aprovado


Olá! Adorei a sua história: foi curta, simples, mas fugiu do lugar comum. Respondeu o suficiente para cobrir os pontos exigidos: quem é, de onde veio e como descobriu ser o que é. Eu só peço encarecidamente: não use letras pequenas. A base do fórum é fonte tamanho 12. Caso a fonte escolhida ainda seja naturalmente pequena, 13 ou mais podem ser aceitáveis, se próximo do padrão, mas letras que fujam muito disso para mais ou para menos atrapalham imensamente a leitura. No mais, parabéns e bem vindo, filho de Íris!


Avaliados por Éris


Nina Mellie - Reprovada


Nina, você deve saber que somos rigorosos ao avaliarmos futuros filhos de Nyx, então vamos lá. O que eu percebi logo no comecinho da ficha foi o erro básico de todo novato, o famoso "oque" -- aliás, a partir de hoje você sabe que ele é separado ("o que") e vai usá-lo apenas dessa forma.

"Nada pode entrar no caminho dela, se não ela faz o que faria com uma pedra: pega e joga longe." Eu meio que consertei esse trecho de seu texto, perceba. Você também usou e abusou muito de certas palavras, como por exemplo: "prima", "cão" e "ela" -- creio que poderia tê-las substituídas por palavras equivalentes e, em alguns casos, até mesmo retirá-las da frase sem causar dano ao sentido (e isso serve para todas as palavras que repetir em excesso, ok?). Veja:

"Ela corria pela floresta tentando despistar o cão, parecia impossível despistar ele já que o cão corria o mais rápido que Nina já tinha visto antes. Ela teria visto o cão quando resolveu andar um pouco na floresta já que não havia muito oque fazer. O cão a pegou de surpresa quando pulou em cima dela e por pouco ela não perdeu a cabeça." Veja como, praticamente, todo esse parágrafo foi cansativo de ser lido. Na hora em que escrevemos, talvez não percebamos, mas ao ler você percebe que essas repetições desvalorizam seu trabalho.

Nina, procure ler fichas de players com mais tempo no fórum, de preferência daqueles que também optaram ser filhos da deusa. Conserte esses erros e, se puder, acrescente mais emoção aqui e ali. Boa sorte.




Alywin - Aprovada


Uma ficha razoável para uma náiade, um motivo simples para ter ido ao acampamento, não complicou tanto as coisas. Só uns erros ínfimos como a falta da vírgula (usa-se a vírgula entre uma fala e o nome do sujeito a quem está sendo proferida) e falta de atenção, como aqui: "Ele se chamada Jake, e era filho de Ares [...]". Bem, só isso, erros normais cometidos por qualquer player. Parabéns.




Carolina assis - Reprovada


Antes de tudo, seu nome está inadequado, poste [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] e deixe-o de acordo com os requisitos do fórum. Bem, somos rigorosos com aqueles que procuram ser filhos de Atena. A explicação das características da sua personagem foi algo muito simples, uma resposta vazia, sem detalhes que instigassem o interesse na garota, entende? Isso também serve pra história, faltou detalhes e emoção, foi algo muito resumido e chato. Deixe a sua criatividade fluir, faça algo com calma, demore dias se for preciso, mas faça algo que deixe o leitor com vontade de ler uma continuação. Se baseie em fichas de players mais experientes -- mas pelo amor, não cometa plágio -- e faça algo digno de uma filha de Atena. Boa sorte.




Nírina - Aprovada


Sem muita coisa a dizer, Nírina, uma boa ortografia e uso de palavras. Só peço que coloque cores nas falas, ok?




Samantha Johnson - Aprovada


Senhorita Johnson, você de novo. Garota, você melhorou desde a última ficha que fez, admito isso. Gostei da história -- embora tenha ficado EXAGERADAMENTE enorme o-o -- e não vi motivos para reprová-la, pelo contrário. Creio que, com o passar do tempo, você irá se aprimorar cada vez mais na arte de escrever e me sinto grata por não cortar suas asinhas logo no começo. Mas, só pra constar, é American Idiot, ok?


Avaliados por Orfeu


Margo Bettencourt Lon - Reprovada


Bem, não foi boa o suficiente. Na história da personagem, eu esperava muito mais, em questão de detalhes principalmente e explicações. Eu sugiro sinceramente que você dê uma olhada nas outras fichas.
Pra te ajudar, pensei numas perguntas que seria interessante você explicar na próxima tentativa, lembrando de descrever, não apenas citar isso, ok?
Explique como era o relacionamento com seu pai. Como a ausência de uma mãe te afetou? O que seu pai falava sobre ela? Como era seu relacionamento com Lavínia? Como você foi desmaiada? Como era esse quarto, o que havia nele que lhe era estranho? Esses adolescentes mencionados, eles lutavam como, com armas, poderes, quais poderes? Como você recebeu a notícia de estar num local para semideuses? Alguém te explicou o que são semideuses? Como Íris te aceitou como filha, você fez algum ato de bravura ou simplesmente a deusa te reclamou quando você acordou?
Responda todas essas perguntas, e boa sorte.




Charlie Lewis Völker - Aprovado


Além das características e da resposta, eu gostei da história. A única coisa que sinalizo é que comece um novo parágrafo sempre que tiver uma nova fala, pois deixá-los em meio ao parágrafo confunde um pouco as coisas, além de não ser o mais indicado. Também, em termos de estrutura, o último parágrafo ficou grande demais, algo que seria resolvido caso você tivesse dado enter após cada fala. Ou seja, sempre que um novo personagem for falar, inicie um novo parágrafo, como é feito nos livros.




Tony Rocky - Reprovado


Tony, primeira coisa de tudo e que me irritou bastante durante a narrativa: não há espaço antes de um sinal de pontuação. Isso é uma falha que pesa bastante numa avaliação, e são pontos que normalmente se garante fácil.
Não ficou explicado também como foi esse sequestro, e lapsos temporais poderiam ser melhor indicados.
Faltou explicar como chegou no Acampamento, como fugiu... Muita coisa faltou, Tony. Detalhe mais essas passagens.
Mais sorte na próxima vez.




Edmilson Rodrigues - Reprovado


Começando que a sua justificativa não foi boa e as características deixaram a desejar, Ed, você cometeu alguns erros de gramática e estrutura. Faltaram vírgulas em vários períodos, assim como pontos em outros. O texto diversas vezes ficou corrido, como na primeira frase do terceiro parágrafo.
A ideia de usar a pérola até foi boa, mas você fez tudo como se fosse muito normal. À narração em si, faltou corpo, faltou eu saber mais sobre o Ed, faltou detalhes... Por isso, boa sorte na próxima. o/




Jason Starling - Aprovado


CARA! QUE HISTÓRIA!
Cê ainda comete umas falhas narrativas, tipo em gramática e estrutura, ou seja, erros de vírgula e pontuação, assim como "Persérfone", sendo que o correto é "Perséfone". Procure revisar o texto num corretor, como o Word. Sugiro também um table ou template pra deixar a postagem mais organizada.
Mas, fora isso, MANO! Sua história foi, tipo, sinceramente, muito boa. Muito mesmo. Eu gostei e fui lendo ela, e mesmo meio grande, eu li numa boa e facilmente.
Sinceramente, tu tem um bom potencial, só não deixe ele ser escondido por esses errinhos bobos que citei no começo.


Desculpem a demora, sérião. Amo vocês, beijão.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Aimée Masney Dom 21 Dez 2014, 03:44

parente divino e razões} Hipnos seria o parente divino ideal para esta personagem, porque... Bem, Hipnos é o rei das terras dos sonhos, e deus supremo do sono.  Recorrendo às características citadas abaixo é bem possível perceber que tais são bastante parecidas – ou remetem muito – com o conceito trabalhado por esta figura divina. Sem contar que eu, como pessoa, sempre admirei o deus e seus supostos filhos, os oneiros. Sinceramente, eu desejava que esta personagem fosse filha de Phantasos, mas esta opção não consta na lista, então tive de recorrer a Hipnos, que é bastante parecido, pelo menos.
 
características físicas} Dona de pernas torneadas e um físico escultural. Não tão magra quanto a moda dita, talvez, mas com seios fartos e uma cintura fina. Os ombros eram largos e, logo acima da clavícula direita, existia ali uma marca de nascença que muitos diziam parecer uma chama. Cobrindo parte do desenho, caíam-lhe as ondas capilares; as madeixas possuíam um tom alaranjado, não tão escuro para ser extremamente vermelho e também não tão claro para ser loiro; um meio termo. Pele tão clara quanto o brilho do luar – bem, nem tanto. Sobrancelhas bem definidas, mas que raramente eram postas a mostra, pois a franja de fogo cobria tais. Olhos sempre marcados por um lápis preto mostravam que ela possuía orbes castanho-claros que, dependendo da posição, eram tidos como caramelos. Uma beleza única e não-convencional que sabia agradar àquelas pessoas que não queriam seguir, de forma alguma, o senso comum da sociedade.
 
características psicológicas} Extremista, perfeccionista, detalhista, badernista e estes são só os “istas”. Teimosa, manhosa, carinhosa, orgulhosa e misteriosa, sem contar os outros “osas”. Tudo se mistura quando se fala da francesa que possui um dos sotaques mais belos diante a enorme quantidade de americanos e britânicos no país em que morava atualmente. Seus sonhos são tão despertos quanto sonolentos e é muito difícil diferenciar quando está no mundo real e quando está em seus planos imaginários. Se possuísse um nome relacionado à Lua, com certeza seria chamada de Lunática – como se já não fizessem isso mesmo não tendo nada a ver com o satélite natural do planeta! Seus olhos sempre se perdem nas imagens e sua loucura é tão grande que, às vezes, se confunde com os mistérios da vida. Adoradora de metáforas e de novas amizades, vê o mundo ao seu redor como se tudo não se passasse de um extenso período de sono, onde a alma se desprende do corpo para viajar pelas terras dos Oneiros. Protetora ao extremo, tenta defender todos que ama com unhas e dentes. Fervorosa, como todos aqueles que nasceram e foram criados no país mais arrogante do planeta, está sempre a discutir sobre como tudo aquilo que gosta é mais importante do que aquilo que para os outros é especial – afinal, como dito anteriormente, seu orgulho batia na taxa mil quando era para falar de algo que admirava. Anjo para alguns e Diabo para outros. Não se importava muito quando a questão era sua reputação e a opinião alheia – bem, pelo menos essa era a imagem que tentava passar –, afinal, como até mesmo sua mãe lhe dizia, sua terra não era ali. Sua terra era um mundo completamente seu. Um mundo criado de pensamentos. Criado de éter. Criado de sonhos.
 
Olhei ao redor, procurando por alguma fotografia que pudesse me remeter ao passado que há pouco havia deixado apenas nas páginas frágeis da vida. O ambiente não carregava em si nenhuma característica semelhante à sala de visitas de minha antiga casa. Aquela que largou na França, lembrou-me um de meus pensamentos amargos. Caminhei a esmo pelo espaço livre que existia entre os sofás e a mesa de centro, sabendo que pequenas recordações poderiam ser encontradas na pequena caixa – meramente decorativa, recordava-me das falas de Klaus – ornamentada no meio da mobília de vidro.
Ajoelhei-me em frente a tal e abri-a com extremo cuidado, tentando fazer o mínimo de barulho possível. Meus pés doíam e minha mente se quebrava em lembranças de viagens à Paris, que não me custavam tanto tempo ou dinheiro, ou de relacionamentos amorosos que tivera nas terras francesas. Um conjunto de fotos se fazia visível e apressei-me para retirá-las dali, investigando-as com dedicação e curiosidade alarmantes.
A primeira mostrava Narcisa, aquela que eu insistia em chamar pelo nome, mesmo com tamanho amor materno que havia recebido na infância e na adolescência – na qual ainda me encontrava –, ao lado de um homem de aparência perfeita. Seu queixo dava-lhe uma expressão altiva, mas seus olhos brilhavam com aquilo que julgou ser paixão. Atentei-me melhor aos detalhes de seu rosto, lembrando-me do meu próprio; formato dos olhos e nariz, leveza nos lábios finos e nas linhas faciais. Senti meu sangue correr mais rapidamente com a expectativa que havia criado silenciosamente ao perceber que seu sorriso lunático era idêntico ao que eu carregava todos os dias.
Passei a fotografia, colocando-a novamente dentro de seu recipiente de origem – por favor, alguém me explica o porquê de colocarem memórias tão preciosas em caixas? – e meu corpo inteiro amoleceu ao ver os dois novamente juntos, agora em frente à casa da família, em Reims, beijando-se em uma expressão de puro amor. Perguntei-me quem havia tirado aquelas fotos, esquecendo-me por um instante a adrenalina que percorria meu corpo com as inúmeras possibilidades de quem poderia ser aquele rapaz. Virei-a procurando pelo nome do homem que parecia encher o coração de minha mãe, e nela, com uma caligrafia que reconhecia como a de meu tio, havia escrito “H. et sa bien-aimée”.
Lembrei-me do significado de meu nome e a razão por ter sido me dado de tão bom grado. Amada. H. e sua amada. A relação entre as duas frases fez com que conectasse o H. com meu suposto e desaparecido pai. Nunca haveria a menor chance de ter aquele nome, não fosse pela forma extremamente carinhosa pela qual meu desconhecido progenitor tratava minha mère.
“Que diabos você pensa que está fazendo?”, gritou um homem logo ao meu lado, um que apareceu do meio do nada. O susto que levei foi o suficiente para me levantar e fazer o resto das revelações voarem por trás de mim – o pulo dado me fizera jogá-las por cima do ombro direito, como se fosse resolver de alguma coisa o fato de eu agir como se desprezasse segredos de meu tio.
“Você aparreceu dos inferrnos, foi?”, perguntei, tentando mudar o assunto de forma repentina, como se quisesse esconder os fatos tão óbvios para o observador silencioso que tivera não sabia há quanto tempo. Meus olhos encontravam-se arregalados por conta da maior injeção de adrenalina e meu corpo inteiro parecia pronto para fugir; provavelmente, pela expressão que ele tinha em seu rosto, eu parecia mais medrosa do que qualquer outra coisa. Mas que bobeira! Medo de ser pega olhando fotos que nem são assim tão especiais?, repreendeu-me a parte mais racional do meu cérebro.
“Não! Eu não apareci dos infernos, mas falando deles, o que infernos deu em você para mexer nas minhas coisas?”, ele berrou a última sentença, certificando-se de intensificar seu tom na palavra minhas. Algo dentro de minha mente fez com que eu me recordasse da última vez que o vira tão bravo com alguma coisa – não parecia motivo, afinal eram apenas papéis fotográficos – e tentei não trazer à tona o medo que eu havia sentido naquele dia, quando, aos sete anos, na sua primeira apresentação musical, ele explodira com a mãe, falando algo sobre deuses e crenças politeístas e, acreditasse ou não, até de bruxaria.
“Você está mesmo com o capeta parra ficarr falando coisas assim, hein? Não poderria xingarr como uma pessoa norrmal?”, novamente a minha tentativa falha de mudar de assunto. Eu tremia, por motivo algum. Queria me acalmar, mas meu corpo não obedecia a comandos que minha mente consciente fazia. Respirei profundamente e expirei o ar de forma lenta e ruidosa antes de tentar responder o homem que já não tinha mais a atenção voltada para mim e sim para as memórias em imagem que se esparramavam pelo chão. “Okay. Eu estava prrocurrando memórrias da Frrança. Sinto saudades de casa.”, aquelas frases pareciam verdadeiras e realmente o eram. O olhar cansado abateu-se por cima do homem que me acolhera em sua casa americana e um sorriso fraco dançou em meus lábios.
“Se sente saudades de casa, por que veio?”, soltou ele, recolhendo a última fotografia do carpete, levantando-se da sua posição curvada para olhar-me com seus orbes azulados que puxara de minha avó. “Não me diga que foi porque me ama; essa não cola.”
“Eu vim pelo sucesso. Sabe que é muito mais fácil fazerr sucesso aqui do que na Frrança. Eu querro seguirr a carreirra musical e é complicado o fazerr em um país tão pequeno. Pelo menos com o tipo de música que eu toco.”, segui seus orbes até a foto que fora colocada como privilegiada acima das outras, aquela com a legenda atrás – a legenda que intrigara-me por completo. “Esse é o meu père, não é?”
“Sim, é sim. Ele era um cara genial. Dava um pouco de sono – quer dizer, muito – mas era um amor de pessoa.”, ele levantou a imagem e me entregou-a, como se agora fosse permitido que eu observasse melhor suas feições apaixonadas enquanto seus lábios se encontravam com os de minha mãe. “Ele era um louco apaixonado. Ficou simplesmente devastado quando teve de largar sua mãe grávida.”, ele dizia, com um ar sonhador, como se o fizesse bem se lembrar da época em que sua irmã – e melhor amiga – sentira-se verdadeiramente feliz.
“Ele parrecia amá-la. Porr que a deixou?”, meus orbes ainda se recaíam pela imagem, tentando compreender quão amada sua mãe se sentia dentro dos braços daquele homem. Algo dentro de mim fez com que não conectasse tão bela cena com o abandono de uma mulher grávida; com a ausência perpétua na vida de uma filha que ele nunca chegou a conhecer. Não havia sentido em tanto amor e nenhuma ponta de sentimento em relação a uma criança que também era dele.
“Ele a amava muitíssimo. E é complicado lhe explicar o porquê de ele ter ido embora. Parece até loucura. Eu pensei mesmo que o fosse quando descobri.”, ele falou isso em um tom que possuía um toque gentil de loucura e percebi algo em seus olhos que me dizia que ainda estava são. “Eu, sinceramente, demorei anos para acreditar que ele era o que era.”, parecia uma cena de um filme mítico ou um livro sobre magia e meu coração já se preparava para receber a notícia que eu era uma bruxa e que nos Estados Unidos a escola de bruxaria aceitava alunos a partir de seus dezessete anos. O medo se desfez por completo e meu ser tremia de curiosidade; não sabia como poderia estar tão feliz com algo que poderia ser tão normal, mas a literatura fantástica costuma criar dentro dos mais fracos o pensamento de que, algum dia, eles serão mágicos e poderosos também.
Et ce qu'il était?, a ansiedade me fez esquecer que eu estava na América e voltou-me para a língua que me era materna. Meus olhos brilhavam na expectativa e ele, em sua seriedade, parecia se assustar com a forma que eu levava a ideia de meu pai ser algo sobrenatural. Algumas pessoas simplesmente não entendem como é chato viver no mundo real, esperando para ser algo especial, meu ser invisível, aquele que a tudo observava como uma terceira pessoa, sussurrou em meu ouvido.
“Seu nome era Hipnos.”, meu coração deu um pulo. “E ele era um deus grego.”, e eu quase tive um ataque cardíaco.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 124-ExStaff Dom 21 Dez 2014, 04:07

— Aimée Masney: reclamada como filha de Hipnos.

Cara, eu gostei da sua ficha. De verdade, eu achei bem interessante o modo como você descreveu suas lembranças e emoções ao vê-las depois de tanto tempo. Também gostei do jeito que você descreveu sua relação com seu tio. Sua ortografia é boa, não achei nenhum erro digno de citação, mas você podia pelo menos traduzir suas falas em francês para o leitor — isso aumenta a fluidez do seu texto, dando mais facilidade ao leitor entender o que se passa na cena. No mais, você me surpreendeu. Seja bem-vinda ao fórum, filha de Hipnos!
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Ficha de Reclamação

Mensagem por Pierre Keuchler Dom 21 Dez 2014, 13:43

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Afrodite.

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
[Físicas] Keuchler, como prefere ser chamado, é um jovem alto, com 1m70cm, pele clara e olhos multicoloridos, característicos da prole de Afrodite. Seu cabelo é liso, repicado e negro, geralmente bagunçado. O corpo não é muito magro e nem muito gordo. Sua massa muscular, mesmo que pequena, é bem definida. É coberto por tatuagens, principalmente em seus braços completamente preenchidos e tórax. Possui um piercing no nariz e alargadores pequenos e negros nas orelhas, condedendo-lhe um visual alternativo e fora do padrão perfeito dos filhos da deusa, porém não menos belo. Possui uma barba rala, com enfase em seu cavanhaque. O rosto é composto por traços suaves.
[Psicológicas]O desdobramento da personagem Mônica (apresentada na história) tornou-o uma pessoa, de certo modo, cabisbaixa e menos fútil. Força sorrisos e aparências, sendo tão amigável e natural quanto possível, mesmo que esteja triste e emocionalmente recluso, bloqueado. A solidão, por sua vez, tornou-o reflexivo.

▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.
O mundo não é o que realmente parece e, cara, isto me acertou como um golpe na boca do estômago. É uma história triste, que não me agradam os fatos, mas posso contá-la se assim é necessário. Nasci em Manhattan, Nova Iorque. Sou filho de Paul Keuchler, um fotógrafo de moda e, bem... Não conheço minha mãe. Não a conhecia até pouco tempo atrás. Meu pai costumava falar que ela era uma mulher "estonteante e amorosa". Deve ser mesmo, ela nos amou tanto que deu um chute na bunda do meu velho e nos largou, comigo recém nascido. Era algo que eu não compreendia, mas ele sempre abrandou a situação. Bem, hoje em dia eu até entendo. Me esforço para entender, pelo menos.

Os meus tempos de pirralho foram legais, apesar de todas as complicações. Com seis anos fui parar na The John Melser Charrette School, localizada em Greenwich Village. Lá, fui atestado como disléxico, uma pessoa com dificuldades na área da escrita, leitura e soletração. Em outras palavras, um burro incapaz de ler e escrever direito. Agora some isto ao distúrbio de défict de atenção que também encontraram, vulgo DDA, e bang! Você terá a receita que usaram para me criar. Ano após ano era um sufoco, pois o conteúdo entrava por uma orelha e saia pela outra e meus olhos não ajudavam a memorizar a matéria, já que frases como "eu amo batata" eram lidas "ue moa tabata", ou algo do gênero.

Contudo, o DDA e a dislexia eram compensadas pela minha pinta. Sou um cara maneiro, tenho que admitir. As pessoas sempre eram cativadas pela minha aparência, coisa que, segundo meu pai, puxei de minha mãe. Valeu, mãe. Em algo a senhora tinha que contribuir. Começou quando pequeno, se não me engano. Meus olhos a cada ano tornavam-se mais coloridos, de modo que  era difícil atribuir-lhes um rótulo. Minha voz enrouquecia e atingia as pessoas facilmente, estimulando-as. Meu físico tonificava-se sem explicação, mesmo eu nunca tenha me preocupado com isto. Meu cabelo, mesmo que bagunçado parecia bom e tudo o que eu fazia, ou vestia, ficava perfeito, mesmo que desleixado. É, eu tinha o swag.

O.k. Paremos de falar sobre minha aparência e avencemos um pouco. As coisas tendem a piorar conforme fico mais velho. Meu pai, por mais que não fosse muito presente por conta do trabalho, sempre me dava uma ligada. Passei pelo ensino fundamental com bastante esforço, recuperações e uma chorada lá que outra com os professores. A história de filho disléxico abandonado pela mãe vem a calhar quando preciso. Aos quinze anos, dois anos atrás, fui para a A. Philip Randolph Campus High School. O ensino médio é algo agradável, pô. Garotas, liberdade, pessoas novas. Já falei garotas? Não demorou muito para que eu me enturmasse. Arranjei um grupo maneiro e um amigo legal, Travis Guardarm. Um retardado que me ajudou bastante.

Passemos para o primeiro incidente: Mônica. Bem, não era ela o incidente em si, mas foi a melhor parte dele. Era uma garota bonita, cabelos ruivos e pele clara. Os olhos verdes dela atiçavam alguma coisa em mim. Nunca fui lá de me apegar a alguém, deve ser outro presente da minha mãe, ou um espelho do que ela fez com meu pai. Enfim, hormônios, cara. A palavra chave é "hormônios". No final do ano estávamos na parte de trás do estacionamento da escola. Ela escorada no muro. Eu, com o palmo sobre ele, ao lado da cabeça dela. Nossos corpos estavam bastante próximos, praticamente colados. Falávamos um pouco, sorrisos ali e aqui. Envolvi sua cintura com o palmo livre e então um beijo. Um beijo longo, ficamos um bom tempo ali. Paramos ao escutar a lataria de um carro sendo amassada. Quando me virei, um cara bem grande com um pedaço de viga de cimento nas mãos estava nos encarando. Voltei-me para a garota com uma das sobrancelhas arqueadas e, após um pigarro, perguntei:
- Ex-namorado?
Ela somente negou balançando a cabeça. Estava assustada demais. Dava pra entender. O cara, que eu pude jurar parecer um monstro gigante de um olho só por meio-segundo jogou o pedaço de cimento em nós. Peguei Mônica pela mão e corri para a direita, deixando a viga se estatelar no muro.
- Ei, cara! Que merda é essa? - Perguntei, apontando o dedo indicador contra ele.
- Vocês! Seus cheiros são fracos, é por isso que eu nunca senti no meio dos outros! Ha-ha! - Ele ria, pondo as mãos na barriga. Ele devia estar falando de Mônica. Se era uma gíria, ou cantada, eu não entendi. Bem, ela estava em pânico. Eu estava me preparando para partir pra cima do grandalhão quando vi Travis cruzar a esquina, correndo e gritando. O grandão deu uma olhada para eles e depois riu ainda mais.
- Bode feio. Ha-ha. - Ele disse, apontando para Travis, mas não entendi a referência. O cara era um ogro. Pelo menos aparentava, era bastante feio e devia tomar anabolizantes para ter toda aquela força.
- Corra com ela daqui, Keuchler! - Travis gritou. Ele costumava me chamar pelo sobrenome, preferiam assim. Bem, eu também preferia - Ela está muito assustada, você precisa tirá-la daqui!
- E esse monstrengo? - Eu perguntei, gritando.
- Eu vou dar um jeito nele, pode deixar! -  Mônica não falava. Estava abraçada em mim e, bem, deixá-la ali daquele jeito... É, acatei as palavras dos dois e saí correndo, era o melhor.

O ano escolar acabou. Com a ajuda de Travis e Mônica consegui ser aprovado. Descobri que Mônica também é disléxica e tem DDA. O estranho é que ela também tem parentes desaparecidos, mas acho que foi um fato que apenas nos aproximou e, bem... Acabamos engatando um namoro.
Passando um pouco mais para frente. Dezesseis anos. Licença para dirigir e um presente do meu pai: Uma Harley-Davidson Street 750 novinha. Outra história que funciona bem: Um filho disléxico abandonado pela mãe que possui um pai ausente e se culpa por isto. Por mais que eu já tenha falado pra ele não se estressar com essa coisa, ele insistia. Ela era preta, brilhante. Só não soltei uma lágrima ao vê-la por que, bem, eu tenho uma imagem a zelar. Mas agradeci o velho e sai rua afora com a moto. Dirigi-a até a casa de Mônica para contar a novidade e lá estava ela, linda: Os cabelos presos num rabo de cavalo solto, uma camisa branca e uma bermudinha jeans. Quando a abracei senti um leve perfume de rosas, adocicado na medida certa. Saímos para dar uma volta por Manhattan e paramos em numa cafeteria. Ela me contou que se sentia perseguida e vigiada nesses últimos dias, mas tentei acalmá-la falando que era apenas a imaginação dela. O problema é que eu também me sentia assim.

Durante as férias Travis e eu demos uma geral na moto. A levamos para a garagem da casa do pai de Mônica para lavar e polir. Meu pai estava em Madrid fotografando para uma revista famosa. Lá, naquela garagem, aconteceu o segundo fato estranho. Estávamos no cômodo com a grande porta de metal da frente aberta. Haviam prateleiras repletas de caixas de ferramenta, potes com pregos e correntes espalhadas por tudo quanto é canto.
- Cara, você deu muita sorte. Seu pai acertou em cheio com esse presente! - Travis falou. ele estava se empoleirando numa estante para pegar um pote de cera. Eu estava bisbilhotando as coisas por lá, dando uma geral nas correntes agora.
- Ela é realmente bem bonita. - Falou Mônica. Ela estava lá, com nós, mesmo que não entendesse, ou não se importasse com a moto. Contudo, ter a presença dela por perto me animava.
- É, é verdade. - Concordou Travis.
- Pra que servem essas correntes aqui?
- Para trancar as coisas. Meu pai gosta de levá-las quando sai de bicicleta, para acorrentá-la caso dê alguma coisa.
- Seu pai é meio paranói-AAAAA! - A fala de Travis foi cortada por um grito, que caia da pilha de caixotes que com o pote de cera de bunda no chão. Pouco depois, do topo da estante uma caixa de ferramentas despencava. Ia acertá-lo em cheio. Num impulso que até pouco tempo atrás eu não sabia de onde havia surgido, peguei a corrente e agitei o braço, chocando o metal que se desdobrou até a caixa e a chicoteou pro lado, fazendo-o cair no chão. Arregalei os olhos após o momento de adrenalina e larguei o objeto. Travis e Mônica se olharam, mas não falaram nada. Travis cortou o silêncio com algumas brincadeiras até que eu relaxasse de novo, mas... É, era definitivamente estranho.

As aulas haviam retornado e o ano seguiu-se. Pessoas estranhas insistiam em perseguir Mônica e eu. Certa vez no centro da cidade, comigo e outrora na saída do escritório do pai, com ela. Conseguimos nos safar em todas as vezes, mas os ataques misteriosos ficavam cada vez mais frequentes e suspeitávamos que algo estava acontecendo. Novembro havia chegado e Travis, certo dia, falou que precisava conversar comigo. Comigo e Mônica, na verdade. Era um assunto bem importante. Arqueei as sobrancelhas, mas respondi um "beleza". Marcamos para após a aula, no centro da cidade. Após a aula Mônica e eu subimos na Harley e fomos em direção ao Instituto de Artes de Detroit, o ponto de encontro. Havia um jardim que ela gostava por lá e, bem, não me importava de ficar observando-a. Não demorou muito para Travis aparecer.
- E aí, galera. - Ele nos cumprimentou, mas estava um pouco tenso. Mônica e eu estávamos num banco de pedra enquanto ele estava em outro bem em nossa frente.
- E aí, cara.
- Oi, Travis.
- Preciso falar com vocês. É uma coisa bem importante e remete a muitas descobertas! Mas preciso ser rápido, pois acho que estamos sendo seguidos. A aura de vocês está ficando muito forte, mesmo que sejam dos menores. Vocês amadureceram e estão prontos.
- Aahm?
- Que papo é esse, cara? - Perguntei. Aura? Seguidos? Ele estava se drogando e não me contou nada? Pô, o cara estava maluco! Mas então o sol foi bloqueado por uma sombra de várias curvas. Olhei para trás com Mônica e lá estava uma mulher, nos encarando com um olhar diabólico.
- Criançasss por aqui. Que maravilha. - Ela disse. Ela puxava a palavra numa espécie de síbilo, pensei que fosse russa.
- Precisa de ajuda, senhora? - Mônica falou, com um sorriso no rosto. Quando Travis viu a mulher parecia que ia ter um infarto pela expressão que apresentou.
- Ssssim, menina. Poderia ajudar a mim e minhas irmãssssss? - Ela abriu um sorriso ao falar aquilo. Mônica abraçou-me o braço e olhou para mim, como quem diz "ei, se pronuncie".
- Ah, o que precisa, moça? - Falei, coçando a nuca.
- Necesssssito que nos acudam. Roubaram-nos e esssstamosss lá, paradas. Poderia me acompanhar para averiguar, jovem? - Ela falou e saiu a caminhar, mesmo sem eu concordar. Travis fez que não com a cabeça, mas Mônica se levantou e me puxou. Travis nos acompanhou, tirando algo do bolso. Não vi direito na hora, mas podia jurar que era uma flauta. Fomos atrás e cruzamos uma, duas esquinas. Chegamos num beco sem saída e encontramos a mulher, com duas outras. As três eram iguais, gêmeas. Senhoras velhas, como rosto não muito bonito. Somente se diferenciavam pelos vestidos: Um azul, um rosa e um amarelo. Eu já estava achando aquilo bem estranho. Mônica parecia acuada, mas nada demais.
- E então, moça, o que roubaram? - Mônica falou, um pouco atrás de mim.
- Aaaah, nossssssa comida, jovem semideussssa. Mas já a recuperamosssss. - Uma delas falou. A de amarelo. Semideusa?
- Iiih, tranqueira. Keuchler, Mônica, corram! - Travis gritou e colocou a flauta na boca. Sim, ele tinha uma flauta. Achei aquilo estranho e nem reparei em minha frente. Minha atenção só foi chamada quando uma das mulheres saltaram contra mim. Ergui o pé e carimbei a sola no peito dela, empurrando-a para trás. Olhando bem, as três começaram a se transformar. Sua pele tornava-se verde, como se tivessem escamas. Já não tinham mais pernas. As pernas foram substituídas por caudas de cobra e suas mãos ganharam garras, assim como os dentes presas.
- Acho melhor escutarmos o Travis. - Mônica falou, dando alguns passos para trás.
- É, eu também acho melhor. - Falei, puxando-a numa corrida. Escutei uma espécie de galope logo atrás de mim. Um trote. Quando me virei, vi Travis sem os tênis e com cascos no lugar dos pés. Mônica deu um grito agudo ao vê-los e, ao ver as mulheres-cobra serpenteando ao nosso encontro, deu outro.
- O que é isso, cara?! E que merda é essa nos seus pés?! - Era muita informação para assimilar ao mesmo tempo. Meu amigo tinha pés de cavalo e senhores que se pareciam com serpentes nos perseguiam. Com certeza não estava preparado pra isso, mas não podia vacilar agora.
- Ei, são cascos! Não fale assim! E elas são Dracaenaes. Mulheres cobra! Eu falei que a aura de vocês estava ficando mais forte. Vocês começaram a ser percebidos agora, preciso tirá-los daqui! - Ele falava e tentava tocar a flauta de bambu, mas estava muito nervoso. Ao dobrarmos uma nova esquina, para então chegar na última rua que daria na principal, fomos surpreendidos por uma nova Dracaenae. Ela mordeu o braço de Mônica com suas presas, mas consegui soltá-la da menina com um soco nas cara que, aparentemente, não teve muito efeito. Aquelas escamas eram duras e deixaram meu punho doendo. Travis deu-lhe um coice-pontapé, jogando o monstro em cima das outras três que dobravam o caminho. Com isto, conseguimos correr para a moto.
- Vamos rápido! - Gritei, sentando-me no banco do passageiro. Travis sentou-se atrás de mim com Mônica entre nós dois. Ela me abraçou e Travis a segurava. Ela estava quente e pálida, um sinal não tão bom.
- Isso é veneno de Dracaenae! Mau dia, mau dia. Vamos, vamos!
- Preciso levá-la pro hospital! - Falei, dando a partida na moto.
- Não, eles não tem nada lá contra veneno de monstro! Eu sei de um lugar melhor! - E assim foi. Segui conforme as indicações de Travis e saímos rodando. O caminho deu-se até Long Island. Durante a viagem ele pingava algumas gotas de algo que aparentemente surtiu uma melhora em Mônica, contudo, não era o bastante. Segurei-me para não fraquejar em frente a ela. Ela já estava mal, não podia me ver mal também.
- E-esta tudo bem... E-eu estou bem.
- Já estamos chegando! Não estamos, Travis?! É só aguentar mais um pouco! - Eu disse, mas ela já estava fechando os olhos de novo. Quando chegamos em certa parte de uma estrada, Travis falou para eu entrar na floresta. Não tinha nada lá, porém não importava. Eu vi meu amigo com pés de bode. Eu vi mulheres-cobra. Eu vi elas picarem Mônica. Não tinha tempo para surtar, ou questionar. Subimos uma espécie de colina e ao atingirmos o topo, fiquei boquiaberto. Uma espécie de acampamento surgiu magicamente diante de nós. Eu desliguei a moto no sopé do morro após atravessá-lo enquanto Travis gritava pelo tal "chalé de Apolo". Deitei Mônica no chão, ela estava quase partindo. Dois garotos de cabelos loiros vieram correndo, alegres e com a cara debochada. Algumas outras pessoas também vieram, curiosas. Quando os dois garotos viram a situação ficaram quietos, encarando-nos. Se prontificaram ao redor da garota, analisando a situação.
- Acho que... descobrimos o... motivo da perseguição. - Ela falava de modo pausado. Uma flor holográfica despontou em sua cabeça. Todos arquejaram, pronunciando "Perséfone" num cochicho.
- É, descobrimos. - Eu falei e ela fechou os olhos. Abracei-a chorando e demos um beijo. Um último beijo. Meu corpo brilhou num todo. Minhas roupas foram trocadas. Eu vestia uma uma espécie de vestimenta grega, branca, com uma armadura cobrindo-me o peito e uma espécie de capacete. Meu cabelo havia crescido, tornado-se crespo e negro como a noite, perfeito. Alguns outros murmuraram em arquejos "Afrodite".

Este foi o dia em que fomos reclamados. Foi o dia em que minha mãe revelou-se como a deusa do amor. Foi o dia em que eu perdi o meu verdadeiro amor.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Adelliny Dom 21 Dez 2014, 15:18


         I don't need faith, I need wins.

— Qual criatura deseja ser e por quê?
Espírito da natureza, sendo específica uma náiade. Poucos veem o que há de especial em ser um espírito da natureza, por não ter tantos atributos quanto de um semideus. Contudo, caso tenha uma trama bem elaborada e cheia de mistérios, suspenses, visada com diversos objetivos, talvez surpreenda tanto o leitor quanto o próprio autor.

— Perfil do Personagem:
Tão branca como a neve, com madeixas claras como as nuvens, possuidora de belos olhos azuis acinzentados tão marcantes quanto os lábios avermelhados, incrivelmente naturais. Dócil, mais do que deveria ser, tem como qualidade e ao mesmo tempo defeito a ingenuidade na qual pode arruinar os seus objetivos principais, podendo ser ou não influenciada facilmente, um dos medos que lhe conturba, pelo fato de não saber quando falhará por ter tanta confiança nos humanos quanto consigo mesma. Procura sempre ser honesta, todavia, a paciência é a sua feição principal.

— História do Personagem:
O sol tornava sua pele avermelhada, o que lhe irritava em partes. O longo cabelo loiro platinado encontrava-se em uma trança embutida na lateral direita, as pernas estavam desnudas, tal qual os braços e os olhos semicerrados por causa dos raios solares que iam contra o seu rosto. Seus passos não eram lentos, a cada vez que ultrapassava uma árvore ao seu redor acabava aumentando a velocidade, iniciando uma corrida cansativa porém importante, se quisesse chegar ao acampamento sã e salva. O lago onde vivera metade de sua vida estava sob uma ameaça na qual resultaria sua morte. Suas escleróticas estavam um tanto vermelhas devido ao choro que não cessara se quer por um segundo, a mágoa em ter pedido metade do que amava era intensa, feria o seu coração ingênuo. Desejava um término para seus sentimentos de angústia, de medo ou então pavor, era um tanto improvável, sentia-se sozinha naquele momento, ou talvez não.

Esquivou o olhar por trás de seu ombro esquerdo, avistando um homem correr em sua direção, parecia nunca se cansar, havia uma energia de sobra. O suor escorria pelo seu pescoço, tinha cheiro de água doce ao contrário do suor humano. Estava um tanto perdida ao correr por entre as árvores, não queria morrer tão jovem, pelo menos não até alcançar o seu destino, seria inútil morrer por causa do homem que lhe perseguia sem cansar, armado com apenas um machado na mão ou seria apenas uma ilusão? Freou seus passos velozes, parando em frente a uma árvore gigantesca. Piscou os olhos freneticamente, parando o olhar em sua pele que se encontrava completamente ressecada. Três dias de tanta correria sem a mesma se banhar, em questão de horas ela poderia falecer ali mesmo, precisava recuperar suas forças perdidas a minutos atrás, um descanso merecido, era disso que necessitava.

O medo a dominava, a preocupação quanto a sua própria vida a cercava em tudo o que fazia, lhe enfraquecia em decisões importantes, portanto a única coisa que fez após frear seus passos foi deslizar o seu corpo pela árvore à frente e pedir auxílio através dela, achava que fosse uma árvore de uma dríade qualquer, contudo o seu pedido não foi respondido, a planta ficou parada como uma árvore comum. Então sentou na grama esverdeada, virada de frente para o caminho que percorreu por todo esse tempo, vendo que o homem que a perseguira não estava presente, o que lhe causou espanto. Tentou erguer o corpo, porém sua visão ficou turva e sua mente processou diversas imagens aleatórias, tanto da sua vida quanto a de um outro alguém, curioso é que o que via não era nada de seu passado, e sim, do seu futuro que lhe aguardava.

Entrelaçou seus braços no tronco da árvore atrás de si, conseguindo levantar com um impulso dos pés que pareciam formigar, semelhante à câimbra. As imagens desapareceram de sua cabeça e logo tudo o que enxergou era o que os olhos alcançavam, as coisas estavam voltando ao normal, infelizmente não para Adelliny. Correu com dificuldade em zigue-zague na tentativa de confundir o homem que lhe perseguira, mas será que ele ainda estava ali? Improvável. De perto avistou a entrada do acampamento meio-sangue, ou seja, estava próxima da colina, isso lhe causou uma certa felicidade mas ao mesmo tempo desconforto, para ela sua vida estava acabada, em questão de minutos ou então segundos poderia ter um fim ali mesmo, tudo o que queria era uma fonte para se molhar e restaurar seus poderes além de sua energia vital.

Obteve sucesso alcançando a colina, e em seguida, sem hesitar, continuou com seus vagarosos passos, sentindo uma forte dor dentro de seu estômago, parando em frente ao acampamento meio-sangue, não conseguindo adentrar ao enorme local onde vivia os semideuses e espíritos da natureza enquanto sua visão que se encontrava há algum tempo turva começou a escurecer. Tudo o que era colorido ficou, digamos, negro. Seu corpo leve desabou no chão de forma bruta, seus pensamentos carregados por diversas imagens e informações pareceu dar um reset, tudo o que continha zerou, comum em um desmaio. De repente a sua mente processou uma imagem não muito agradável, a sua talvez breve morte, diferente de uma morte comum. Uma espada atravessava o seu peito esquerdo que, ao ser retirado, não saiu apenas o sangue esverdeado — comum em alguns espíritos da natureza —, mas sim, o órgão que a mantinha viva, o coração. O verdadeiro culpado da morte não aparecera, contudo o que seria inevitável transpareceu na mente de uma náiade.


Segundos após o ocorrido, um grupo de semideuses acompanhados por um sátiro se depararam com a náiade no chão, aparentemente morta para eles. A semideusa prole de Afrodite presente se desesperou, não estava acostumada com gente morta no chão, deveria ser uma novata como qualquer outro campista. Escondeu-se atrás do sátiro, com medo de que alguém tivesse a atacado antes da mesma alcançar o acampamento. Um prole de Poseidon ajoelhou-se em frente ao corpo da náiade, checando os seus batimentos cardíacos, que estavam um pouco críticos. O garoto recuou alguns passos, dando atenção ao sátiro que os acompanhava.

— Ela está viva, Rhaegar. — disse o semideus, preocupado com o estado da ninfa. O sátiro aproximou-se da jovem náiade, deslizando os braços por baixo do seu corpo frágil e leve, vendo o quão branco sua pele transparecia. Sangue esverdeado escorria pela sua narina direita, a morte estava próxima, o contato da água era crucial para Adelliny. Rhaegar, o sátiro, limpou o sangue com uma folha caída no chão, identificou de cara que era uma ninfa, não especificadamente uma náiade, embora tivesse todos os aspectos físicos para dar de cara de que era um espírito da natureza aquática. Pronunciou então o sátiro: — Ela está morrendo.

Keyla, a tal prole de Afrodite que tivera se espantado com a náiade caída, caminhou lentamente até o espírito da natureza aquática, tocando a sua face com total cuidado. — Devemos levá-la à enfermaria. — sua voz saiu firme, sem medo algum. Engoliu em seco com o pensamento do que poderia ter a levado à desmaiar tão estranhamente, embora não tenha visto como desmaiou e o que realmente causou o desmaio. Suspirou, se afastando de ambos os seres não semideuses, segurando na mão de Aidan, o prole de Poseidon. Os dois estavam nervosos, uma preocupação enorme invadiam as cabeças dos dois semideuses, tão ligados à uma desconhecida que se quer sabiam qual era seu sangue real, se de um semideus ou um espírito da natureza, enquanto apenas o sátiro soubesse.

Outros dois semideuses, ambos proles de Selene e que no caso eram gêmeos, se pronunciaram. — Temos de ir agora, deixe-a e alguém irá socorrê-la, precisamos chegar lá ao anoitecer, quando a lua pairar bem no alto do céu. — disseram em uníssono, olhando um para o outro. Uma discussão logo iniciava-se e antes que um desse a palavra final, o sátiro se meteu na discussão, elevando o tom de voz. — Silêncio! Ela não merece morrer por causa de vocês.

Todos se calaram e então, sem ninguém contradizer o sátiro, o mesmo adentrou ao acampamento com a ninfa em seus braços e os semideuses por trás deles, os gêmeos bufando por não conseguirem ir no tempo em que queriam, mas pelo menos mantiveram o silêncio para não começar uma briga desagradável como quase sempre aconteciam com eles.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Pablo C. Deathstalker Dom 21 Dez 2014, 22:24

Nix
Eu trabalhei as características deste personagem pensando em Nyx e como deve ser a personalidade de um deus primordial. Todo deus primordial não possui uma forma física fixa, então é bem complicado criar algo assim. A parte emocional, por sua vez, é algo bem instável, já que possui várias personalidades distintas. Bem... É assim que imagino os deuses primordiais e foi com esta base que montei este personagem e minha base foi nas histórias e não somente no que tio Rick escreveu.



Físico
Pablo possui uma estatura mediana - 1,75m, para ser mais exato -  e um corpo de uma magreza bem maior do que o normal, dando a impressão que possui alguma doença ou algo assim. Sua pele é levemente bronzeada, tendo um contraste pouco perceptível com onde ele não toma sol e seu rosto é algo simples, sem muitos segredos: singelo que escondia uma beleza diferente e obscura. Cabelos negros e quase opacos causavam um contraste único em seus olhos heterocromáticos e, mesmo sendo do tipo setorial, olhos azuis com uma radial amarelada chamam muito a atenção.

Psicológico
Instável. Palavra perfeita para descrever alguém como Pablo. Ninguém espera, em sã consciência, qualquer coisa que venha dele. Sua instabilidade emocional é tão grande que ele pode, em menos de trinta segundos, amar e desejar bater com a cabeça de uma pessoa na parede mais próxima. É extremamente passional, seguindo o que seu coração acredita com uma extrema fidelidade.
Tal maneira de ser acarreta em outras características notáveis: é sincero demais e também consegue arrumar o que chama de BPS - brigas por segundo - com a forma como não se importa em dizer que considera alguém "podre demais para viver no mesmo mundo que ele".
Por outro lado, é confiante e passa isso muito mais do que se espera em primeira instância e, embora prefira ficar parado numa sombra, observando friamente tudo que o cerca, nada o impede de, quando consegue, fazer amigos que colocariam a mão no fogo por ele. Foi isso que o manteve vivo por tanto tempo no mundo perigoso em que vive.
Falando em mundo perigoso, Pablo possui um trauma muito forte com objetos cortantes: o desespero toma conta do garoto assim que vê fio em qualquer coisa e, como prova disso, possui seis cortes no antebraço que este tenta esconder a todo custo. Não, não são cortes físicos mas sim algo que sempre vê em seu braço, como lembrança do período em que sofreu nas mãos de quem mais acreditou.

Observação:




Turno



Era minha primeira noite naquele lugar esquisito. Criaturas fantasiosas e bem esquisitas passavam por aquele lugar com uma frequência desnecessária. Evitei, o dia todo, ficar perto das pessoas e somente quando não vi mais ninguém por perto, decidi ir até algo que me chamou a atenção: uma fogueira que muda completamente de cor por algum motivo ainda desconhecido.

Chegando ao tal lugar, observei que não estava sozinho. A ruiva, que vira mais cedo, estava sentada ali, olhando para o fogo e viajando em seu próprio mundo e, nesse instante, se lembrou de que ela havia feito um pedido e, naquelas condições, bem que poderia atendê-lo. " Sabe... Não sou o tipo de pessoa que costuma falar muito mas abrirei uma exceção para você, ragazza. Digo, garota! ARGH! Eu odeio quando falo desta forma e me olham com uma expressão confusa." dei um leve suspiro, tentando encontrar forças em algum lugar para falar das partes difíceis da minha história. "Eu só não sei por onde começar mas vamos lá: Sou de Siracussa, na Sicília. Minha família é de mafiososs e convivi com este submundo desde pequeno. Quando tinha sete anoss, meu papa... Fezz coisass ruinss comigo." .

Já ouviu falar em arrependimento instantâneo? Então, foi com isso mesmo que sofri. Por mais que o odeie, odeio ainda mais o que fez comigo e lembrar de como era doloroso estar ao lado do mesmo por tanto tempo, por mais que fosse minha única forma de sobreviver. "O que ele fez de tão rruim?". Fechei os olhos com força para espantar as lágrimas que queriam se formar e continuei, tentando ignorar a pergunta. "Com oito anos, eu..."

"O que ele fez de tão rruim?". Fecho novamente os olhos, tentando não gritar, e cerro o punho, visivelmente irritado, por, depois de me pedir para que contasse a história, ser cortado por conta de algo que o fazia tão mal. Ao olhar em seus olhos, pela primeira vez, senti que não era como se estivesse fazendo algo errado contando meu passado para alguém e que, para ela, poderia dizer qualquer coisa sem hesitação. "Ele me batia quando não fazzia o que era pedido. Uma vezz pegou meu braço e fez seiss cortess com uma faca enquanto um de seuss capangas mantinha uma arma em minha cabeza."

"Isso é horrrível." Disse ela, parecendo mal por forçar a barra. Continuei, sem pensar em parar: "Eu vivi muito tempo com ele e aprendi a ser forte assim. Por mais que ele tenha sido malvado, não acho que deva reclamar tanto. Estou vivo, não? ". Sorri com uma gentileza maior que o costume. Na verdade não costumo sorrir mas deixemos isso em off. "Até o meu décimo quinto aniverssário, vivi com eles e então fugi. Foi bom viver daquela forma, pelas ruas, lutando por minha vida a cada dia. Anos difíceis, assumo, mas me fortaleceram, mostrando-me que não possso confiar em ninguém além de mim e minha própria força."

Nunca pensei que aquilo seria tão pesado de dizer para alguém, principalmente uma ruiva que só encontrei uma vez na vida. "Me desculpe por não confiar em ninguém. Mesmo que sinta que você é melhor que os outros, digo, diferente..." . O calor em meu rosto significava, essencialmente, que estava corado, um grande problema naquele momento. Olhei para as chamas da fogueira e assisti, confuso, as chamas irem de um vermelho ardente para um rosa que causaria vômitos em qualquer um que fosse "anti-rosa". A situação piorou em meu rosto e preferi olhar para o céu. "Eu ainda não me sinto seguro."

"Não sei o que dizerr...". Tentei parecer ignorar. Estava bem preocupado sobre como meu coração estava tão acelerado quanto quando corria por horas pelas ruas de Siracusa. Naquela época me sentia vivo, feliz... Quando fui tratado como uma criança fraca e trazido para cá, perdi toda minha alegria e pela primeira vez a senti de volta. Com tal sentimento, a raiva veio de brinde. "Olha garrota... Você me irrita.". Eu estava perigosamente perto, quando me dei conta. Parte de mim sabia que eu deveria me afastar e manter uma distância respeitosa, mas por outro lado... "Você me tira do serio, ragazza. Você...". Fechei os olhos, aproximando meus lábios do daquela garota que mexeu tanto comigo em tão pouco tempo. Era certo? Não. Era justo? Não. Era perigoso e inconsequente? Sim. O que minha lei de vida para aquele exato momento disse? Seja perigoso e inconsequente.

Deveriam faltar alguns milímetros pois sentia sua respiração saindo pela boca e tocando a minha de forma que tudo que queria era eliminar aquela distância o mais rápido possível. Finalmente conseguiria aquilo. Finalmente beijaria uma garota e seria daquelas que eu poderia beijar minha vida inteira, mas foi quando aconteceu. Senti um frio na espinha que me fez ficar com uma postura rígida e, quando abri os olhos, vi uma aura preta em torno de mim. Não, preto não seria a cor correta. A aura era A escuridão. Era algo assustador e agradável. Mudava seu molde no meu corpo de forma irregular, como se brigasse com ela mesma para ter uma forma fixa.

Senti vontade de correr e gritar de pavor, mas ao mesmo tempo quis mergulhar naquela coisa escura em que me senti tão familiar. A garota estava bem assustada, presumi assim que olhei para seu rosto. Era sombrio e eu entendia o medo dela. A aura era forte, também. Senti-me parte dela, parte da escuridão, parte de toda a escuridão do mundo. Aquilo era instável, vinha de mim e era assustadora, em primeira instância. "Gostei.".

Olhei para cima, instintivamente e tudo o que via era a escuridão. Sorri. Aquilo era bom, agradável... Era  tudo que poderia imaginar naquele momento. "Sou pertencente à escuridão. Achei mama... Sou filho da noite. Sou filho dela...". Nyx, pensei. Sou o filho da deusa da Noite, da magia primordial e dos céus noturnos. Só me deixa triste você me deixado tanto tempo sozinho, mama... Não viu o que papa fazia comigo? Você não deixou barato, não é? Por isso fugi. Eles me culpariam de algo e não seria bom, né?

Aimée tinha se apavorado e eu deveria fazer algo sobre. Faria depois... Depois de abraçar mama e sentir seu beijo reconfortante em meu rosto. Abracei as sombras. Abracei minha mãe.

E pela primeira vez em dezoito anos, chorei.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Einarr A. Louche Dom 21 Dez 2014, 22:58



On the path of a cloudy weathera girl who forgot her umbrella is fearfully walking in the rain.
Por qual deus deseja ser reclamado e por quê? Gostaria de ser reclamada por Melinoe, a deusa dos fantasmas. Eu admito que adoro fantasmas, e imagina só como ia ser legal controlar o fantasma de, sei lá, Napoleão? Ia ser como uma marionete, e quem não quer ter um exército de fantasmas raivosos para matar seus inimigos de susto (vamos deixar claro que é bem provável que a minha personagem não chegue nem perto de controlar um só fantasma, muito menos um exército)? Outra coisa, eu queria revolucionar um pouquinho essa 'regra' que diz que filhos de Melinoe tem que ser depressivos, quietos, calmos, frios e todas as coisas de uma legítima Mary Sue em um anime de tragédia.

Perfil do personagem. Einarr é uma garota bem superficial. Seus olhos, que deveriam ser de uma cor negra que já foi muito bonita em seu rosto, são cobertos por um par de lentes roxas. Seu olhar é afiado, e pode muito bem intimidar alguém quando usado para encarar com raiva — embora a garota normalmente seja bem contrária a isso. Seus cabelos também foram modificados — antes, eram de um tom castanho escuro, que era deixado preso em um rabo de cavalo na maioria das vezes. Agora, tingidos de um branco surpreendente, mais belo do que a neve, que quase sempre é visto solto. Sua pele é bem pálida, devido a quantidade de roupas que ele veste e também o tempo limitado que passa em contato com o sol. Tem uma altura mediana, embora seja considerada baixa para algumas pessoas.

Alexia é uma menina brincalhona e irônica que usa o sarcasmo demais para o seu próprio bem. Muita vezes — a palavra chave sendo muitas — age sem pensar, e algumas poucas, ela pensa tanto que se esquece de agir. Não consegue fazer mais do que uma coisa ao mesmo tempo sem se confundir, e não é facilmente aborrecida. Sua verdadeira natureza e a de um soldado diligente e pontual, embora seus maus modos normalmente a escondem. Normalmente espirra quando está entediada, um hábito que pegou de seu irmão, e é muito fácil achá-la distraída quando realizando tarefas mais complicadas.

História do Personagem. Ludwig Louche, um soldado em treinamento que pretendia entregar-se por completo para o exército alemão, acabava de ser interrompido por uma criança animada que balançava seu corpo freneticamente, com o propósito de ter sua atenção somente para ela. — Bruder, Bruder, sabe o que o incrível eu fez hoje? Hoje Vater me ensinou a lutar! — a pequena garotinha mostrou um sorriso animado para seu irmão. — Vater me emprestou uma espada, sabia? Sabia? Daqui a pouco tempo eu sei que eu vou ganhar de você! Eu vou ir pro exército, igual a Vater, e vou virar um general!

O mais velho deu uma risada, afagando os cabelos castanhos da mesma. — Einarr, você sabe que mulheres não podem se juntar ao exército.

A pequena inflou as bochechas. — Pois eu vou mudar isso, viu! Um dia você vai ter que chamar o incrível eu de meister e vai me obedecer que nem você obedece a Vater! — fez uma pose de herói, levantando uma espada imaginária para o alto. Ignorou a risada que continuava a escapar da boca de seu irmão mais velho. — Espera só, Bruder! Vou me tornar o melhor soldado do mundo inteiro! — ela abriu os braços, estendendo-os o máximo que podia, como se para representar o mundo.

Com isso, ela deu uma rodopiada e voltou em seu caminho, seguindo para onde seu pai estava, um desejo maior ainda de continuar seu treino, como um jeito de provar para o irmão e para o pai também que ela seria melhor do que eles.

the ghost.
Ela não lembrava mais. Quantas noites ela havia passado com aquele uniforme velho e quente em seu corpo? Quantas noites ela havia passado com aqueles sapatos extremamente desconfortáveis, com aquela faca velha que estava a ponto de quebrar? O que ela sabia era que depois de um tempo, começou a alucinar. Começou a ver formas que de longe pareciam humanas. E olha que essa não é a parte estranha: a maioria das vezes, ela tinha uma boa risada com esses seres. Eram as coisas que mantinham sua sanidade. Que irônico.

Einarr espirrou. Já era a segunda vez que fazia isso no dia, mas sabia muito bem que aquilo não era nenhum tipo de doença — isso é, se você não considerar tédio uma doença. — Esse bando de americanos ricos são muito irritantes, sabe. Ahn...como você quer que o incrível eu te chame? — o espírito — que já havia mencionado antes que não queria ser chamado de fantasma — mostrou um sorriso — se é que espíritos podem sorrir.

Pode me chamar de Eleanor, m'lady.

Pois bem. A propósito, eu já te falei pra não me chamar de m'lady, só Einarr está muito bom. Mas vamos continuar. Você já viu o que eles fazem? A maioria ignora o incrível eu, nem presta atenção nessas roupas que eu passei tanto tempo tentando roubar! E eles nem me ajudaram, nem uma única vez. Esses americanos são todos um bando de idiotas, mas também duvido que teria sido melhor lá na Alemanha. — cuspiu um pouco de saliva para o seu lado, uma expressão raivosa no rosto. — Conte-me algo sobre você. Eu quero acabar com essa raiva, daqui a pouco ela se torna em fome, e eu não tenho nada para comer também.

O fantasma — digo, espírito — pareceu pensar um pouco. — Nada muito interessante aconteceu na minha vida, Senhorita Einarr. Eu vivi ela toda aqui em Nova York, a muito tempo atrás, quando ainda nos protegíamos de guerras e de bombas atômicas vindas de outros países. Eu gostaria de saber um pouco mais sobre você também. — disse, uma expressão curiosa adornando seu rosto.

Einarr riu alto. — Meu nome é Einarr Alexis Louche, e tome cuidado, porque sou tão hostil quanto pareço. Tomar mais do que a quantidade prescrita pode levar a efeitos colaterais desagradáveis, por isso não deixe de ler o manual de instruções. — deu uma piscadela para o espírito, um sorriso brincalhão no rosto. — E eu passo mais da metade do meu tempo tentando deixar esse uniforme aqui, — apontou para a roupa — confortável.

Não parece uma vida muito boa, Senhorita Einarr. Digo que minha vida não foi nem um pouquinho mais agitada do que a sua. Mas, você pode conversar comigo, e me ver, algo que nem todas as outras pessoas podem. Isso certamente prova que você é especial, não é? — Eleanor indagou, definindo que tentaria animar a humana.

A garota espirrou, apoiando a cabeça nas mãos. — Quem sabe. A última vez que eu chequei sou só uma garota normal. Embora eu não ia ficar tão triste assim se fosse diferente. — piscou para o espírito outra vez, levantando-se do chão com um pulo. — Aaah, aqui é tão tedioso. Que tal um concurso de piadas, Eleanor? Você sabe algumas piadas, não sabe?

O espírito mostrou um sorriso triste. — Me desculpe, Senhorita Einarr, mas eu acho que as que sei não vão te fazer menos entediada. — desculpou-se, abaixando-se em uma reverência. A garota suspirou, rodopiando em círculos, como se aquilo fosse a entreter. O que, obviamente, não aconteceu.

Então eu começo contando. Eleanor, se eu vendesse meu tédio, quanto dinheiro eu faria?

Não sei,  Senhorita Einarr.

Eu ficaria rica, mais rica do que esse bando de burros que ficam comprando computadores ao invés de comida.

the runaway.
Eleanor, quantos anos você tem?

O espírito passou um tempo sem responder, flutuando atrás da garota enquanto andava nas ruas vazias, procurando algo para comer. — Eu não sei muito bem, Senhorita Einarr. Eu sei que estou vagando por aqui a muito tempo. — Einarr se abaixou, vasculhando os arredores de uma lixeira. Ela riu silenciosamente.

Quem pensaria que o incrível eu iria se rebaixar tanto que passa as noites procurando comida em lixos. — murmurou baixo, processando a resposta do espírito enquanto o dizia. Arqueou as sobrancelhas para alguns restos de sanduíche jogados próximos a lixeira. Vamos adicionar outra coisa a lista: além de mal-educados — piores que ela —, os americanos eram burros, não cuidavam do maldito meio-ambiente, e acima de tudo, tinham uma mira horrível. Mas isso era bom. Quer dizer mais comida para ela. — Uhn.

O espírito aquietou-se, observando as feições da mais nova.

Você é alemã, não é, Senhorita?

Einarr deu de ombros. — Mais ou menos. Sim, eu vivia na Alemanha, mas meus descendentes eram nobres na antiga Prússia. — pegou o sanduíche e enfiou-o na boca, esperando que aquilo satisfaze-se sua fome. O gosto era até decente, mais decente do que esperava. — Vamos voltar, Eleanor. Já estou cheia. — ela virou-se, caminhando sem um rumo decidido, o fantasma — digo, espírito — flutuando atrás de si. — Você não come, não é?

Na verdade, não.

the soldier.
Naquele dia, ela acordou sem fome, algo que era bem raro. Percebeu que o espírito de Eleanor não estava mais do seu lado. Comum. Ela provavelmente apareceria em alguns minutos, enquanto a alemã comia qualquer resto que encontrasse jogado por ali. Levantou-se, soltando um bocejo. Era bem cedo. O sol somente começava a nascer. Soltou um espirro, limpando o nariz logo em seguida. — Que sono. Ia ser bom se Eleanor estivesse aqui também. — mostrou um bico.

Senhorita Einarr, tem alguém atrás de você.

Mostrou um sorriso, se virando. — Waaah, você me assustou, Eleanor. — brincou. — O que disse? — voltou a seu caminho anterior, procurando algum tipo de comida — sua dislexia sinceramente não estava ajudando muito —, sem muitos resultados. O espírito suspirou, mas logo sua expressão mudou-se para uma mais preocupada.

Senhorita, tem alguém te seguindo.

Eu sei, sua boba. É você. — comentou, ignorando quase que completamente o que a mesma havia falado.

Realmente, eu ouvi rumores que você era louca, mas você não é muito nova para estar falando com você mesma? — ouviu atrás dela, e finalmente levou em consideração as palavras de Eleanor. Virou-se rapidamente, um pouco cautelosa. Se aquela pessoa sabia sobre ela, quer dizer que queria algo. E esse algo poderia ser várias coisas. Variando de querer matar ela para querer lhe ajudar. E para o bem de sua comida, ela preferia acreditar que era o último.

Mas claro, a ideia de ter algum psicopata querendo a matar parecia muito mais interessante, então ela preferiu ficar com ela. Dane-se a comida — na verdade, não —, agora ela não ia mais ficar entediada até sua morte! — Por acaso você é algum psicopata que quer me matar? — direto ao ponto.

Que?

Esquece. Pode falar.

O outro tinha cabelos cacheados bem grandes, mas ela só conseguiu ver um pouco deles, pois estavam cobertos por uma touca vermelha. O que ela achou bem estranho, porque afinal, eles estavam no verão. O que ela não daria para tirar aquele uniforme desconfortável e desfilar somente de roupa íntima para o resto da sua vida, e agora ela via um americano idiota que aparentemente não era um psicopata e que usava touca no meio do verão. Deixe a parte de americanos serem burros em negrito.

De qualquer jeito, ele não parecia nem um pouco suspeito.

(Sim, isso era ela sendo sarcástica.)

Você cheira mal.

Pensando bem, o que a iria impedir de socar aquele maldito na cara? Ela sabia disso, não tomava banho a mais de um ano. — Dummkopf. — murmurou, cruzando os braços. — E daí?

Você vai atrair monstros. Então, eu preciso que você vá para o acampamento.

Alexia encarou o mesmo por alguns segundos. — Meu amigo, para mim, o louco aqui é você, e não eu.

Você precisa de me ouvir, Einarr! Você já está em perigo. Se você não vier comigo, você com certeza vai morrer. Sabe porque você tem dislexia, e todas essas coisas? Sabe porque você nunca conheceu sua mãe? É porque sua mãe é uma deusa! Você é uma semideusa, Einarr! E se você ficar aqui sem nada para te proteger, você não vai durar mais um pouco. Seu cheiro está lentamente ficando pior. Os monstros estão começando a notar você. Eu tive que matar um ou dois no caminho para aqui!

Como ele sabia seu nome? De qualquer jeito, aquilo não importava. Havia uma grande oportunidade de tornar sua vida interessante bem na sua frente, e se esse tal de acampamento fosse realmente um acampamento, então é bem provável que ela tenha comida para comer e uma cama confortável para dormir. Além do mais, ela poderia tomar banho, se livrar daquele uniforme militar volumoso, tirar aqueles sapatos que machucavam e eu já disse que ela teria comida para comer? Aquilo era matar seis pássaros com só uma pedra. Seis.

Então, repassando, você não é um psicopata querendo me matar, certo?

the dreamer.
E aqui estava ela, naquele tal de acampamento, que aparentemente, era sim um acampamento, e ela já percebeu que tinha comida. E ela percebeu também que tinham várias casas que pareciam bem aconchegantes. Principalmente aquele chalé negro com tochas e caveiras! Aquele com certeza era o mais confortável de todos eles.

(Sim, isso é seu sarcasmo novamente.)

De qualquer jeito, aquele sátiro era um mentiroso. Até agora, nada heroico ou digno de um filme havia acontecido com ela, e ela ainda tinha certeza que ficaria rica com seu tédio. Porém, naquele dia, várias pessoas — e eu digo várias — haviam apontado para sua cabeça várias vezes, tanto que teve que perguntar para Eleanor qual era a causa de tanta bagunça. E ela admite que ter um holograma com o desenho de um fantasma — desculpe-me, espírito — flutuando bem em cima de sua cabeça é um pouco digno de um filme.

(Há, sarcasmo.)

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Pierre Keuchler Dom 21 Dez 2014, 23:20

Somente completando a primeira pergunta. Fui notar só agora, durante a noite, que a justificativa não foi enviada com as demais informações.

Peço desculpas pelo erro.

▬ Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Por que ela se enquadra entre meus preferidos. Eu venho há  tempos com vontade de interpretar algo dentro do campo mitológico, buscando uma ideia para desenvolver e decidi apostar em Afrodite. Minha proposta é criar um filho diferente, apreensivo e pouco ligado as questões afetivas-amorosas.

Spoiler:

Obrigado.
Pierre Keuchler
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 124-ExStaff Seg 22 Dez 2014, 02:03

— Pierre Keuchler: reclamado como filho de Afrodite.

Hm... não tenho muitos comentários sobre sua ficha, Pierre. Gostei do jeito como você a narrou, como se contasse seu passado para o leitor, e também achei o final bem interessante. Achei alguns erros de ortografia e outros de gramática, a maioria envolvendo vírgulas e preposições, mas nada muito gritante. Portanto, tudo o que tenho a desejar a você é meus parabéns. Seja bem-vindo!

— Adelliny: aprovada como náiade.

Adelliny, eu fiquei bastante inclinado a reprová-la. Encontrei diversos erros de português em seu texto, muito mais do que o normal, e sua narrativa foi confusa e pouco fluída, cansativa de ler. Apesar disso, decidi lhe dar uma chance. Você tem potencial e logo se vê que pode melhorar, além de que não é muito comum ver um ser da natureza com trama própria pelo fórum. De qualquer forma, seja bem-vinda!

— Pablo Deathstalker: reclamado como filho de Nyx.

Vi em sua ficha quase o mesmo do que eu vi na da Adelliny, Pablo. Muitos erros de português, uma narrativa bastante confusa e pouco atraente, que com certeza poderia estar melhor se você tivesse se esforçado um pouco mais. De qualquer forma, tal como dei a ela, dou uma chance a você. Acho que você tem sim potencial, visto que também encontrei alguns pontos interessantes em sua ficha (como a frase final), e talvez possa melhorar se continuar treinando sua narração. Portanto, seja bem-vindo!

— Einarr A. Louche: reclamada como filha de Melinoe.

Para resumir minha opinião quanto a sua ficha, Einarr, ela me deixou bastante interessado. Gostei da sua personagem e do modo como você mistura sua narração com a personalidade dela, gostei da sua tentativa de introduzir os fantasmas à realidade os tratando como alucinações, gostei de quase tudo. Você narra muito bem, meus parabéns, mas também tenho algumas coisas a criticar (como você própria pediu). Seu português é bom, mas eu não diria "ótimo". Encontrei diversos erros bobos em seu texto, como o uso de 'a' para indicar tempo passado (o certo seria 'há', como em "Fiz isso há dois dias") e algumas falhas no uso de proposição e tempos verbais (como em "A última vez que eu chequei sou só uma garota normal", onde o certo seria "Da última vez que eu chequei era só uma garota normal"). Tente também descrever um pouco melhor a situação, porque eu demorei para entender onde sua personagem estava no capítulo "The Ghost". Tente mostrar que você já está em NY logo no primeiro parágrafo, porque de início parecia que você ainda estava na Alemanha. No mais, parabéns pelo resultado e seja bem-vinda!
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Carylin S. Ogtöller Seg 22 Dez 2014, 14:13

Ficha de Reclamação
Death is the solution



▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?

Desejo ser reclamada por Thanatos


▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.

Características Físicas:
Carylin possuiu cabelos rosa claro que vão até o seu ombro e olhos azuis da cor do mar. Com 16 anos sua altura é considerada baixa e sua pele é branca, mas não chega a ser pálida. Os traços de seu rosto são delicados e possuem algumas sardas espalhadas por si. A garota poderia se destacar entre várias outras se não tivesse a mania de tentar não chamar atenção, apesar dos cabelos coloridos.

Características Emocionais:
A garota tem esquizofrenia, e mesmo assim lhe foi proporcionada uma infância solitária. Sua mãe e o padrasto a criaram dando mais atenção ao dinheiro que tinham de sobra do que à própria filha. O irmão gêmeo, que fugiu de casa quando eles tinham 12 anos foi o único que ela amou de verdade, e depois disso Carylin se tornou uma pessoa fria. Agora, com 16 anos, a garota é meiga aos olhos dos outros, mas por dentro contém ódio e sede de vingança maior que todos os sentimentos que poderia ter.

▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?

Tenho uma teoria de que a morte não é nada mais, nada menos do que a passagem de um estado de vida para outro, como se tudo que você fizesse vivo iria pagar na morte. A maioria das pessoas quando morrem são instantaneamente consideradas boas pelas pessoas ainda vivas, mas isso é somente culpa por continuar aqui enquanto o outro foi embora. Tudo se paga quando morto, pois a morte é justa. E por isso desejo ser filha de Thanatos.


▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.

Carylin estava em uma loja de roupas com a mãe e seu padrasto, quando ouviu um barulho estranho. Ficou curiosa, então se dirigiu à porta do estabelecimento para ver o que era. Surpreendeu-se ao ver um monstro - chamado minotauro, que ela reconheceu das suas aulas de mitologia grega - enorme vindo em sua direção, e soube na mesma hora que ele estava à procura dela. Sabia disso, pois diariamente era perseguida por eles, o que seria uma coisa bem estranha para os outros, mas já normal para ela.

A garota ficou desesperada, e sabia que os pais não iriam ajuda-la, então correu. Correu para fora da loja, já esperando o padrasto vir atrás, mas sem nem se importar. Sempre que ela tinha algum de seus frequentes surtos tanto ele quanto a mãe ficavam desesperados, e Carylin achava graça nisso, pois quem não soubesse de toda a história, acharia que eles realmente se importavam come ela.

- Carylin! Volte aqui! – ouviu-o gritar.

Ela o ignorou, e continuou a correr com todas as suas forças, o que sinceramente não era muita coisa, mas o suficiente para que conseguisse não ser pega. A garota olhou para trás por um instante, para ter uma noção do quanto estava longe, e quando voltou o olhar para frente novamente, viu que no seu caminho tinha um homem segurando algumas caixas, e por não ter tempo de desviar, bateu nele.

- Desculpe! – gritou Carylin, já ficando com raiva.

Nesse momento o padrasto a alcançou, e ele aparentava estar com muita raiva quando segurou o braço da garota com força, fazendo-a se sentir ameaçada. Geralmente, ele sempre estava irritado, mas quase nunca era com tamanha intensidade.

- O que acha que está fazendo? – rosnou ele.

Carylin olhou para trás, e surpreendentemente não viu nenhum monstro, só o fluxo normal de carros e pessoas. Aquela avenida era bem movimentada, e por isso a pequena confusão que ali acontecia não passou despercebida. Algumas pessoas olhavam confusas, enquanto outras balançavam a cabeça como se desaprovassem o que estava acontecendo.

O padrasto a olhava, e podia-se encontrar ódio em seus olhos. Subitamente ele saiu andando, e puxou consigo a garota, que ainda tinha o pulso segurado. Ela não queria ir, mas não teve outra opção senão essa. Temia que se grudasse onde estava era capaz de ter seu pulso arrancado.

Chegaram à loja novamente e encontraram Jade, a mãe da garota, com um olhar surpreso, mas trocando-o por uma expressão nervosa assim que avistou o braço do marido segurando o pulso da filha com força. Geralmente ela não se irritava quando Carylin cometia outro de seus surtos, mas assumia uma expressão fria, que fazia a garota se estressar e querer jogar um abajur na mãe.

Sem dizer nenhuma palavra, a mulher passou pelos outros dois, sendo seguida no mesmo instante, e os três se dirigiram ao carro. Continuaram em silêncio o percurso todo até onde moravam, mas essa paz acabou assim que fecharam a porta da residência com força.

Jade queria saber o que acontecera e o padrasto, ainda fervendo de raiva, explicou a ela o surto de esquizofrenia de Carylin. As alucinações eram bem frequentes. Enquanto as auditivas aconteciam todo dia, as visuais tinham um período de quatro a cinco dias entre elas. Quando não estava em surtos, Carylin era perfeitamente normal, mas mesmo assim os pais não gostavam dela, tendo somente que atura-la.

Sem dirigir uma palavra aos parentes - que agora conversam sobre qualquer coisa desinteressante – a garota subiu para seu quarto, e se deitou para dormir. Aquele com certeza tinha sido um dia cansativo. A única coisa que a confortava era que poderia dormir até tarde no dia seguinte, e isso se dava pelo fato de que ela não estudava, pois os pais tinham medo dela surtar e atacar alguém, embora isso tenha acontecido apenas uma vez.

Então Carylin encostou a cabeça no travesseiro e dormiu profundamente.

***

Carylin acordou assustada com as vozes em sua cabeça. Elas a atormentavam diariamente, mas naquele dia estavam muito mais altas e nítidas. Algumas sussurravam ameaças de morte e outras a incentivavam a praticar sua vingança a muito planejada, mas nunca realizada.

A garota sentou-se na cama e passou as mãos pelos cabelos, em uma tentativa falha de organizar seus pensamentos enquanto observava seu quarto. Suas paredes já foram totalmente pretas um dia, mas atualmente estava toda grafitada com desenhos abstratos que Carylin fizera. Ao lado da porta, havia um guarda roupa cinza em que ela colara vários papeis sobre coisas sobrenaturais, e depois de um espaço vazio – que era exatamente o meio do quarto – ficava a cama dela, com uma escrivaninha ao lado. Na parede do lado esquerdo, estava localizada uma estante enorme, cheia de livros que ela nunca iria ler. Não por preguiça, mas porque ela tinha dislexia, e era quase impossível ler alguma coisa muito grande.

Quando a garota ia se deitar novamente, ouviu um barulho vindo da janela - e desistindo de ir dormir - foi verificar o que estava acontecendo dessa vez. Ela se levantou e dirigiu-se até o lugar, e chegando até lá, abriu o vidro único que protegia seu quarto. Sentiu a brisa da noite acariciar o seu rosto, e inspirou fundo tentando adquirir a calma que ela não possuía no momento. Olhando para baixo, não viu nada, pois estava totalmente escuro, mas teve a impressão de que alguma coisa se movimentava agitadamente.

Cogitou suas opções, e decidiu que desceria até a rua. Geralmente ela imaginava estar sendo seguida ou coisa parecida, e aprendera a ignorar tais coisas. Mas havia vezes que os fatos eram nítidos demais, e Carylin simplesmente não conseguia deixar de lado. Como naquela tarde, quando ela imaginara estar sendo seguida por um monstro, ou como naquele momento. Tudo podia fazer parte da imaginação da garota, mas ela persistia em descer para ver o que era, pois alguma coisa a dizia que era real.

A garota apoiou-se no parapeito da janela, e se impulsionou para frente, e enquanto caía, desejou ser sempre livre, como se sentia agora. Seus pés se chocaram na calçada silenciosamente, e em um movimento rápido ela se virou, mas não viu nada além da parede da própria casa.

Por um momento a garota ficou decepcionada, mas uns cinco segundos depois, escutou seu nome vindo do outro lado da rua, e atravessou para ver o que era. Chegando lá, encontrou um garoto moreno e alto, que sorria para ela.

- Quem é você? – perguntou Carylin

- Eu quero te ajudar a fugir deles. – o garoto apontou para a casa dela. – Sou Jacob. Venha comigo.

Carylin achou estranho um garoto querendo ajudá-la, mas depois de pensar, viu que ele parecia bem mais legal que seus pais, e que na verdade, ela não tinha nada a perder indo com ele.

- Por que quer me ajudar?

- Vou lhe explicar tudo, mas precisa vir comigo.

Jacob se levantou, e ofereceu sua mão a menina, que aceitou sem questionar mais nada. Eles caminharam sem nenhum descanso para um lugar que Carylin não conhecia, mas que seu acompanhante dizia ser maravilhoso.

No caminho, a garota ficou sabendo de tudo que os pais tinham escondido dela durante toda a sua infância. Jacob a contou sobre os deuses, monstros, semideuses e espíritos da natureza. E depois de saber de tudo, Carylin se sentiu aliviada, por saber que ela não era a única pessoa diferente ali, considerando que ele tinha pernas de bode. De certa forma, ela cresceu com a impressão de que não pertencia àquele mundo, mas agora ela sabia aonde pertencia. Ela finalmente teria um lar.

Eles chegaram a uma colina, onde tinha um pinheiro bem grande, e enquanto Carylin observava o lugar com admiração, percebeu que Jacob olhava para ela. Não exatamente para ela, mas para cima de sua cabeça. A garota também olhou, e surpreendentemente viu uma foice já desaparecendo.

- Thanatos. – resmungou ele. – Você é filha de Thanatos.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Seg 22 Dez 2014, 15:31

Carylin S. Ogtöller, reclamada como filha de Tânatos.
Sinceramente, nem há muito a comentar. Você escreve bem e, numa primeira lida, não consegui encontrar nenhum erro perceptível, ainda que tenha achado ligeiramente estranho como ela simplesmente foi com o tal Jacob - mas pra mim ficou claro que ela odiava os pais, então interpretei como justificativa.
De crítica, acho que só saliento o fato da ficha ter sido feita seguindo os moldes antigos. Atente-se quanto a isso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Edmilson Rodrigues Seg 22 Dez 2014, 19:10

Ficha de reclamação
- Por qual deus deseja ser reclamado / qual criatura deseja ser e por quê?
Íris. Pois ela é muito importante, é minha deusa favorita e acho que combina mais com meu personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
-Psicológica: Edmilson é filho único e seu pai nunca está em casa o que o tornou responsável e o ensinou a cuidar de si mesmo, também é calmo, inteligente e valente, gosta de ler, adora jogos de todos os tipos, o que o torna muito competitivo.
-Físicas: tem cabelos loiros, olhos azuis, é forte, mas não concorda com as pessoas acharem que os músculos são mais importante que o cérebro, é belo, mas não se importa muito com isso e tem apenas 16 anos.

- História do Personagem:
Hoje para mim era só mais um dia comum em Nova York, meu pai foi trabalhar, como, aliás, ele faz toda noite, o que me deu a responsabilidade de tomar conta da casa como qualquer outro dia normal. Como eu sempre faço fui falar com meus amigos Marcos e Tyler pela internet. Marcos era vegetariano e também o tipo de cara que faz tudo pela natureza, mês passado ele se amarrou a uma árvore no meio da praça para ela não ser cortada. E Tyler era o tipo surfista que adora o mar, ele passava tipo 24 horas na praia, às vezes eu achava que eles eram aas únicas pessoas que me compreendiam.

O dia começou normal, mas ele mudou depois de nove horas quando uma mulher com roupas de advogada apareceu na porta do apartamento.

- Preciso falar com você – Ela disse como se eu devesse satisfação a ela.
- Quem é você? - Perguntei.
- Não é da sua conta. Apenas venha comigo. – Tentei ficar calmo, mas essa moça estava me tirando do sério.
- Eu não vou. – Respondi, mas percebi que deveria ter ficado calado.
- Então você não me dá escolha – Ela virou um tipo de morcego zumbi de 80 centímetros e me atacou.

Eu sabia que estava ficando maluco não tinha como aquilo ser verdade, mas desviei de seu primeiro golpe e peguei a primeira coisa que vi para jogar nela, só depois de jogar que eu percebi que eu tinha jogado uma almofada, o que, só a deixou mais furiosa, achei que estava perdido, mas Marcos e Tyler apareceram e Tyler esfaqueou o bicho e ele se transformou em cinzas douradas. Eu enlouqueci.

- O que era aquilo? – Perguntei. Já dava para ver que eu estava histérico eu não entendia nada.
- Aquilo era uma Fúria. – Respondeu Marcos.
- Uma fúria tipo da mitologia grega? Isso é impossível. Nada disso é real. Eu devo estar sonhando. – Não conseguia me conformar com a ideia de que aquilo era real.

Então Marcos me explicou tudo sobre a minha mãe, a mitologia e que eles eram um sátiro e um tritão e que eu teria que ir ao Acampamento Meio Sangue então eles ligaram para o meu pai e ele se despediu de mim e falou que eu deveria ir com eles. Então segui as ordens de meu pai e fui ao tal acampamento.
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