Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Hudson D. Ivankor Dom 24 Jan 2016, 13:49

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]
Ficha de reclamação


— Por qual Deus deseja ser reclamado? Qual criatura deseja ser e por quê?

Hefesto

— Perfil do Personagem:

Físico: Branco, alto e barbudo. Possui o cabelo preto com pontas levemente espetadas na parte frontal. É um pouco gordo, mas seus braços são fortes – onde, em um deles, encontra-se uma cicatriz pequena.

Psicológico: Extremamente extrovertido, hiperativo e está sempre buscando os sorrisos nas pessoas a sua volta. Preocupa-se com a qualidade de vida dos outros e é um pouco medroso, mas nada que lhe impeça de fazer o quer.

— Minha história:

Quando eu era pequeno, todos me chamavam de ajudante, mas meu nome realmente era Hudson D. Ivankor. Sou de uma cidade afastada das grades metrópoles, era como um cortiço – minha família morava naquele lugar devido a nossa condição financeira, então, desde pequeno, já tentava ajudá-los no sustento, trabalhando em pequenos serviços; auxiliando em outros. Passei muito tempo conseguindo meu dinheiro assim, mas esse não era guardado ou coisa parecida. O que era estranho, pois eu trabalhava justamente para ajudar meus pais a comprar uma nova casa, mas ao invés de guardar o dinheiro, gastava-o todo na compra de equipamentos eletrônicos e alguns mecânicos. Era minha diversão favorita – passava horas ali, em um quarto bem grande que não era utilizado por ninguém.

Mantinha uma vida muito conturbada.

Não ia à escola, pois a única que havia naquela região era inviável para quem não tinha carro, nem mesmo de ônibus era possível ir. Não tinha um trabalho de verdade, fazia apenas serviços simples – como trocar as lâmpadas, arrumar computadores, entre outros; algo que eu só aprendi graças às horas que passava dentro daquele quarto. Devido a isso, recebia mínimos centavos, o suficiente para dar à minha mãe e vê-la sorrir. Minha família era somente eu e ela, por isso seu sorriso era tão importante.

Nossa vida não era uma das mais fáceis e passamos juntos por muitas dificuldades, porém no dia 16 de janeiro algo aconteceu; algo que prometia mudar minha vida.

A partir daí comecei a chamar aquele dia de o inicio de tudo.



No dia em que marcou o início de minha jornada, acordei bem cedo, abri a janela e rapidamente senti um forte odor vindo do lado de fora de casa. Estava tudo acontecendo como um dia comum para mim – eu estava agitado, como sempre. Troquei rapidamente de roupa e escovei os dentes enquanto arrumava os amassados da roupa. No café da manhã comi um pão com ovo cozido para não engordar mais e ter melhores massas musculares (algo que fazia inutilmente, já que seria perdido com meu almoço: batata e frango fritos, sem verduras ou legumes, e queijo assado). Tudo estava acontecendo normalmente até aquele momento que saí na porta de casa e meu vizinho, Isaac, veio conversar comigo:

— Ei, cara. — sussurrou — Você ficou sabendo que a nossa vizinha foi atacada por um bicho? Muito estranho, pois ninguém sabe ao certo o que foi que a atacou.

— Do que você está falando? — pensei em todas as possibilidades de um bicho atacar uma pessoa logo aqui na minha cidade e me perguntava ainda que bicho seria aquele.

Ele saiu em direção a casa de nossa vizinha e eu o segui. No caminho perguntei, curioso:

— Você sabe de mais alguma coisa?

— A única coisa que sei é que ela estava comendo lasanha com frango frito. — ele começou a rir e logo eu também, então completou: — Uma comida não muito comum não é?

Chegamos ao local e vimos uma mulher bem velha, tinha homens por toda parte, então Isaac, aflito, me pega pelos braços. Meu coração disparou pela sua ação, eu não estava entendendo nada, então um homem me olha. Ele tinha um olho estranho, parecia de uma águia e Isaac me puxou com mais força. Ele era muito mais velho e experiente que eu, portanto fiz o que mandava, sem contestar. A noite ia se aproximando e meu amigo me puxava para longe daquele lugar, mas não queria voltar para casa ainda e puxei o braço dele na direção oposta – gritando para que ele me esperasse. Ele olhou para mim e soltou meu braço, seguindo em direção a um banco perto de onde estávamos; não havia ninguém lá. Ele tirou de seu bolso um maço de cigarros de palha e me pediu um isqueiro.

— Vamos embora. — eu disse, estendendo a mão para entregar a ele o isqueiro.

Naquele momento em que nossas mãos se tocaram, senti um choque e quando olhei o contato de nossas mãos estava produzindo fogo. Algo mais extraordinário aconteceu: parecia que o tempo estava indo mais devagar, porque eu conseguia ver as coisas em quadros de frações de segundos e daquele conjunto de faíscas que saiam de nossas mãos um rosto se formou, parecendo tentar se comunicar comigo até que eu finalmente consegui escutá-lo:

— Se cuide, meu filho, pois eu estarei sempre te ajudando, mas agora você deve correr e o fogo irá te direcionar. Isaac, como você o chama, irá te ajudar nessa busca.

O fogo então mirou em direção a uma trilha e Isaac me olhou com a cara fechada. Ele sabia que havia acontecido algo além da faísca, porém com um simples olhar ele conseguiu me entender e começamos a correr juntos em direção ao que o fogo havia indicado.

Fomos seguindo a trilha, até que encontramos um velho fusca com buracos no teto. Ele aparentava não ter mais conserto e acho que nem um milagre faria com que ele voltasse a funcionar, porém Isaac pulou dentro do carro e falou:

— Você sabe mexer com computadores ou essas coisas não é?

Eu simplesmente afirmei com a cabeça, ele então bateu no para-brisa e o carro ligou. Eu estava no banco de trás – algo que nem saberia dizer se era um banco mesmo, pelo estado que ele estava. Isaac, tendo tudo sobre controle, pega umas fitas cassetes – algo impressionante de ainda existir com o carro todo naquele estado – e coloca-as no toca fitas. Nas laterais do carro começam a se estender um aparelho estranho, que nunca havia visto: era cheio de chaves, botões e alguns registros.

Eu estava completamente perdido. Não sabia qual era a função de nenhum daqueles controles e muito menos se eles ofereciam perigo. Antes de encostar em algo, ouvi duas coisas ao mesmo tempo: o grito de águias bem próximas a nós e Isaac gritando para eu atirar. Puxei a chave e uma besta apareceu em cada lado do carro. Quando vejo, ela já tem todo um mecanismo para virar ou abaixar e foi o que fiz com os registros. Mirei na águia e apertei-os, fazendo sair flechas de diferentes tipos: normal, com fogo e com um sonar. Eu ainda estava tentando entender tudo aquilo a minha volta, quando de repente uma águia acerta a lateral do fusca com uma força descomunal.

O carro saiu da estrada, eu escorreguei para o lado e caí – só conseguia gritar que não conseguiria e que era difícil lidar com tudo aquilo. Minha visão era de um banco estragado, o ar estava ficando pesado e eu sentia algo, até que então a besta de alguma forma caiu sobre meus pés e algumas flechas também saiam do aparelho. Meu corpo já estava quente, peguei a besta puxei a corda até o ferro, coloquei a flecha que não era de madeira e era rígida. Então eu mirei, atirei três na velocidade mais rápida que conseguia. Quando percebi, já estava de pé sobre o banco – foi quando eu respirei fundo e puxei todo ar que conseguia suportar em meus pulmões. Atirei, acertando a asa de um, que caiu na terra ao lado da estrada – a velocidade estava elevada, não pude reparar muito.

Havia 15 minutos que estávamos correndo e eu já não tinha muitas flechas, Isaac então colocou uma mão para trás segurando ainda o volante, girou alguns registros e apertou um botão – as flechas começam a disparam em sequência. Usou novamente os registros e as flechas foram mudando de direção horizontalmente, acertando uma águia após a outra. Algumas conseguiram desviar do ataque e o garoto, por sua vez, retorna sua atenção ao volante e diz que o comando agora estava comigo novamente. Eu não aguentava mais os gritos daquele animal, quando então Isaac fez uma curva.  Nossa velocidade elevada não dava a elas chance de contra- atacar, ajudando-nos. Foi então que recebemos um ataque do lado direito, o carro veio a mexer e com a inércia exercida na curva, fui jogado para a lateral do banco e acabei desmaiando. Acordei e já havia parado os barulhos das águias, só havia o barulho do motor daquele fusca. Então olhei para os lados e estávamos em um campo aberto.

— Você sabe que elas queriam brincar com sua carne não sabe? — Isaac disse com um tom estranho.

Acenei, afirmando. E só queria saber onde eu estava, e ele continuou:

— Você conversou com ele? — ficou calado por alguns segundos, já sabendo da resposta. — Ele é seu pai, Hefesto.

— Como você sabe? — olhei para os olhos dele e, sutilmente, apontou para minha cabeça.

Ergui o olhar, procurando o que ele indicava, e pude ver um martelo dourado girando em cima de mim.

— Você deve entrar lá — disse, apontando em direção a uma mata que se estendia no final do campo que o fusca estava estacionado. — Chama-se acampamento meio sangue. Eles vão te ajudar, eu garanto. Daqui a alguns dias eu vou para lá e te encontro.

Eu acenei mais uma vez para ele e saí do carro com um pulo, andando para lá. Para o acampamento!

HEFESTO
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alaric L. Morningstar Seg 25 Jan 2016, 00:42


Avaliação




Hudson D. Ivankor

Em primeiro lugar, queria admitir que fiquei surpreendido pelas características e até a própria história do personagem. Gostei de como saiu de todo aquele clichê de semideus belo e rico. A sua trama é algo interessante, mas devo dizer-lhe para tomar alguns cuidados com seus posts.

Logo de início eu pensei que ia te aprovar de cara. Mas, com um tempo, você acabou caindo de produção na história. Como assim? Bem, ficou meio confuso e não tanto coerente toda aquela mirabolância do carro. E, além disso, um ponto principal: a mudança verbal. Boa parte do texto estava sendo narrado no passado; entretanto, em alguns trechos, mudou para o presente. Você não pode mudar os tempos no meio de um post, jovem. Ou narra os verbos conjugados no presente ou no pretérito. Segue abaixo um exemplo disso:
Chegamos ao local e vimos uma mulher bem velha, tinha homens por toda parte, então Isaac, aflito, me pega pelos braços. Meu coração disparou pela sua ação, eu não estava entendendo nada, então um homem me olha.
Onde o mais adequado seria:
Chegamos ao local e vimos uma mulher bem velha, tinha homens por toda parte. Então Isaac, aflito, me pegou pelos braços. Meu coração disparou pela sua ação, eu não estava entendendo nada, e um homem me olhou.

Mas, ainda assim, o que pesou mais foram os aspectos positivos. Apesar de estranha, a reclamação foi abordada, junto de uma boa trama e descrição do personagem. Preste mais atenção nos detalhes abordados acima (tanto em relação ao tempo nos verbos quanto a alguns exageros de criatividade, pra acabar não sendo considerado como incoerência). Decidi te dar essa chance, você merece. Qualquer coisa, MP (ficarei grato em ajudar, não precisa ter vergonha). Bem-vindo, Tony Stark filho de Hefesto.

Aprovado
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Nathan "Nate" Megumo Ter 26 Jan 2016, 00:07

Ficha de reclamação de Nathan “Nate” Megumo
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
R: Hécate, pois sempre curti magia e gostei dos poderes que os filhos dela possuem
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
R: (Físicas: Nathan é um garoto de 15 anos de idade, com seus 1,65m de altura, ou seja, uma altura média. Nunca foi musculoso [nem pretende ser], mas tem uma força considerável e uma agilidade proporcionada pela sua alimentação saudável. Infelizmente, como a maioria dos adolescentes, tem um rosto e cabelos oleosos, ocasionando algumas espinhas. Por falar nisso, seus cabelos formam uma juba negra espessa que cobre sua cabeça e desce até os ombros, apenas deixando descoberto o rosto. Seu rosto tem feições angulosas, lábios e nariz finos e pequenos, olhos perfeitamente redondos de um verde-grama intenso. Sua pele é extremamente branca, com alguns arranhões no rosto e nos braços de suas aventuras quando criança, e está sempre mexendo suas mãos, procurando algo para fazer)
(Psicológicas: Na realidade, Nathan nunca foi muito solitário, pois tinha um grupo de amigos que andava com ele, mesmo sabendo que era “estranho”. Seu TDAH não o atrapalhava muito, já que era inteligente e esperto por natureza, e sempre guardava nos bolsos elásticos para mexer com os dedos e se distrair. Possui uma coragem sem igual, e uma capacidade incrível de fazer amigos, porém seus “poderes” geralmente fazem alguns de seus amigos se afastarem. Secretamente, possui uma natureza ligeiramente psicopata, principalmente quando se envolve em brigas, e tem medo de um dia ser controlado por sua vontade de fazer os outros sofrerem)
História:
(Prólogo: Nathan Megumo é um garoto estranho, que consegue fazer coisas estranhas quando se sente estressado ou assustado. Tem como seus amigos desde a infância Luke e Aryella, um garoto e uma garota, ambos com a mesma idade de Nate. Os três estudam juntos na mesma escola, e moram próximos um do outro, numa parte meio isolada do Brooklyn. Seus dois amigos sabem do que Nate é capaz de fazer nas situações extremas, mas pensam que é algo relacionado ao paranormal e sobrenatural. Mal suspeitam da verdadeira razão...)
História: Nathan e seus amigos haviam acabado de sair da sala de aula, no período de intervalo entre os dois turnos, e decidiram ir à biblioteca estudar, já que as provas se aproximavam. Já haviam se preparado, colocando lápis e caneta nos bolsos e o caderno debaixo dos braços. Enquanto caminhavam, Luke pergunta:
-Nate, por que você vem pras aulas? Você já está basicamente aprovado, só precisa vir pra fazer as provas e já vai pro 2º ano. Eu não te entendo, cara...
Nathan: - Sei... E quem iria ajudar vocês a estudar? Suas notas tão lá embaixo, Luke, e nem vou falar da Ary...
Aryella: - Nem começa, Nate, todo mundo sabe que eu não dou a mínima pra escola. Moro sozinha com minha mãe, tenho mais é que arranjar um emprego pra ajudar a sustentar a casa! E além disso, é graças a VOCÊ que eu tenho passado de ano desde o Fundamental II, então NEM PENSE em faltar, viu?
Nathan sorri de canto de boca e eles continuam a caminhar em direção à biblioteca, mas são parados por um grupo de valentões liderados por Benny, o “Rei da Escola”:
- Eai, otários? Cadê o dinheiro que vocês tão me devendo desde o começo do mês?
Nathan finge que não ouve, e continua seguindo seu caminho, mas Benny põe um braço na frente da passagem e solta uma risada fraca:
- Heh. Parece que o nosso amigo aqui esqueceu quem dita as normas, não é? Não pense que foi por causa daquela nossa briga há uma semana que eu vou ficar com medinho de você, Megumo!
Nathan empurra o braço de Benny e continua andando, de cabeça baixa e lentamente, enquanto Luke e Aryella apenas observam a cena com cara de espanto. Porém, indignado, Benny coloca todo seu gorducho corpo na frente de Nate e segura o pescoço dele, enquanto fecha o punho da outra mão. Nathan apenas tenta se livrar do braço que prende seu pescoço, sem muito esforço. Benny sorri maliciosamente e diz:
- Tá com medo, Megumo? Parece que entendeu que só ganhou aquela luta por pura sorte, não? Se não me der o dinheiro, vai voltar pra casa numa cadeira de rodas!
Nathan lentamente levanta sua cabeça e olha nos olhos de Benny, mas seus olhos não estão verdes. Seus olhos brilham numa coloração violeta, enquanto chamas azuis dançam em suas pupilas. Nesse mesmo instante, os lápis e canetas de Luke e Aryella flutuam no ar e se partem em dois, enquanto os materiais nos armários da escola chacoalham e fazem barulho. Nate novamente pega no braço de Benny e empurra-o, desta vez com sucesso, e continua andando em direção a biblioteca, deixando o valentão e seus amigos em choque. Depos de se recomporem, Ary e Luke correm em direção a Nathan e continuam à seguí-lo:
Ary: - Nathan... será que foi o certo fazer isso? Nós sempre soubemos do que você pode fazer, mas não é sempre que você consegue, e vai chegar uma hora que o Benny não vai mais se impressionar com isso...
Luke: - E NEM PENSE em enfrenta-lo como na semana passada. Eu vi a luta toda. Você tava com um sorriso psicopata e com o mesmo brilho violeta nos olhos, e quebrou o braço dele DE PROPÓSITO. Quem sabe o que pode acontecer com você na próxima vez? Pode acabar com um homicídio nas mãos...
Nate: - EU NÃO LIGO! Cansei de ter que aturar esse cara todos os dias da minha vida! Se eu pudesse me livrar até dessa escola... Com vocês, é claro. Nunca vou me separar de vocês! E, quer saber? A aula da manhã já acabou, vamos pra casa. Eu ajudo vocês a estudar lá.
Sendo assim, os três saem da escola, pegam um ônibus e vão todos para a casa de Nathan, numa parte pobre e isolada do Brooklyn (malz a repetição de informação). Quando descem do ônibus, se deparam logo de cara com o pai de Nathan, Leon, esperando também um ônibus, com cara de preocupação. Nate fala com ele assim que o vê:
Nathan: - Pai? O quê você tá fazendo aqui? Pensei que estaria trabalhando.
Leon: - Eu estava, mas recebi uma ligação da escola. Precisamos conversar, OS QUATRO.
Ary e Luke: - POR QUE NÓS QUATRO?
Leon: - Vão entender. Venham pra casa.
Leon, junto com os três garotos, se dirige à um antigo prédio de apartamentos, e entra no apartamento 16. (não to com tempo de fazer a descrição do apê, é tarde da noite e eu to pingando de sono, então, perdão) Todos se sentam numa mesa redonda e o pai pega uma folha de papel e começa a desenhar.
Nate: - Pai, o que houve? O que o pessoal da escola disse?
Leon suspira e olha para os três, um de cada vez:
- Filho... Eu sei que nunca te especifiquei a razão de existirem alguns símbolos mágicos na cabeceira da minha cama, ou o porquê da fixação no número 16, mas você entenderá... Já leu algo sobre mitologia grega? Deuses, titãs, semideuses, ninfas, sátiros, centauros, e tudo isso?
Nate: - Sim, claro, fazia parte de algumas aulas de história. Por quê? Você tem ligação com isso?
Leon: - Não filho, VOCÊ tem. Você é um semideus, filho de Hécate. Sei que vai ser difícil de entender, mas eu tenho certeza. Há muito tempo, antes de você nascer, é óbvio, eu conheci uma bela moça em uma biblioteca. Ela nunca me revelou seu nome, mas eu me apaixonei com ela, e na mesma noite, não me pergunte como, mas eu a convenci a dormir comigo. Nove meses depois, recebi na porta do apartamento uma cesta de palha com runas pintadas em dourado, e dentro dela havia um bebê, que era você Desde então, sempre pesquisei essas runas e símbolos, e li em um site que estão relacionados à Hécate.
Nathan: - Pai, pai pai, pensa um pouco, isso é loucura!!! É quase impossível que isso exista! Eu sei que o fato de eu controlar alguns pequenos objetos e fazer uma chama violeta brilhar nos meus olhos quando estou chateado pode parecer algo místico e tudo isso, mas a esse ponto? Duvido muito!
Leon continua desenhando em um papel, e instantes depois o desenho toma a forma de um mapa, um mapa de como chegar a um acampamento. Terminado o mapa, Leon puxa uma adaga de algo parecido com bronze de debaixo da mesa e a põe por cima do mapa, enquanto fala:
- Sei que nada parece real, mas há alguns dias tenho sonhado com esse mapa, um local chamado Acampamento Meio-Sangue. Parece que lá existem garotos e garotas como você. E, no dia que veio pra mim, esta adaga veio embaixo da cesta. Parece ser algo que fere monstros mitológicos ou sei lá.
De repente, um monstro alado penetra o apartamento pela janela e cai em cima de Leon, berrando furiosamente com olhos negros e dentes cruéis, apesar da forma ligeiramente humanoide. Sem pensar duas vezes, Nathan pega sua adaga e finca na cabeça do monstro, que se esfarela em pó. Nate suspira e diz:
- Bom, parece que é verdade não?
Leon se levanta, se recuperando do choque, e fala:
- Eu te avisei. Olha, eu preparei uma mala de viagem para você ir para lá e não morrer nem de fome nem de sede. É tudo o que posso fazer, já que não tenho carro e não posso te levar... Mas acho que é melhor ir por trás. Se tiverem mais desses, vão esperar você sair pela frente
Nate pega a mochila, coloca-a nas costas, enfia a faca no bolso e vai para a porta da cozinha, que dá na escada de emergência. Quando abre a porta, se volta para trás e olha nos rostos aterrorizados de seus amigos. Só o que pode fazer é sorrir e dizer:
- Ei, eu tô bem, e vocês também vão ficar. Não interessa de onde esteja, vou sempre escrever pra vocês, mas vou mandar pra cá, então venham na casa do meu pai sempre, se quiserem notícias minhas. Até mais. Nathan sai e fecha a porta atrás dele, deixando seu mundinho para trás e esperando o que o futuro aguarda...

Declarações finais (sempre quis escrever isso!): Sei que foi meio longa, mais tava com muita criatividade na hora. Não vou por template, porque não sei fazer isso direito. Se tiver algo ruim, ou algo fora do comum, ou até algo fora das regras, me avisem por favor, não deletem a história inteira!!
Ah sim, eu decidi que ele já chegaria no acampamento quase sabendo quem seria seu ascendente divino (só falta a reclamação oficial, que é o símbolo acima da cabeça), e decidi usar a faca inicial que vocês dão no começo direto dentro da história. Se tiver problema, avisem mesmo!!
Nathan "Nate" Megumo
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Oliver H. Greyback Ter 26 Jan 2016, 04:00


Avaliação
A mão da reprovação chega a tremer
Nathan Megumo - Reprovado

Antes de começar a apontar seus erros, gostaria de dizer que o enredo não ficou ruim e a escrita em si foi até que agradável. O que acabou gerando mais problemas foi a organização do texto no geral: tente pular linhas para cada parágrafo, não coloque o nome de quem está falando antes das falas, não use os parênteses para separar os tópicos e, principalmente, evite as observações no meio do texto (é exigida maior, digamos, seriedade para com o texto. Algo mais formal.)

Creio que saiba e tenha mais do que capacidade para fazer isso, apenas não está muito acostumado. Procure ler fichas já aprovadas, e irá perceber isso. Além da organização, outro ponto que faltou foi profundidade no escrito, por vezes. Falta de detalhamento (senti mais falta na batalha, que é literalmente você dando apenas um golpe no monstro) e emoção dificultaram um pouco. Como você mesmo disse, estava tarde e você com sono, a melhor opção seria guardar o texto e terminar outra hora (eu demorei um mês na minha ficha, mas isso é devido a minha preguiça :V: ). Tente também aprender a mexer com código de template, vai ser muito útil, mesmo que só um pouco (o comando spoiler às vezes é até exigido).

Não desanime, ainda tem muito mais para se sofrer além da ficha de reclamação. Boa sorte na príxima, Nate.
♥️ Thanks, Andy 'O' ♥️
Oliver H. Greyback
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Ficha de Reclamação

Mensagem por Bryan F. Welch Ter 26 Jan 2016, 21:56

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Afrodite. Porque ela é a deusa do amor, e por mais que muitas pessoas esnobem esse poder, ele é muito poderoso usado da maneira certa. Outro ponto que me levou a escolhe-la foi o fato de eu já ter feito vários testes de personalidade de "semideus" e sempre ser relacionado à Afrodite. E por fim, mas não sem importância: Porque eu acho ela muito forte e me identifico muito com ela.

- Características Físicas

Bryan é um jovem de dezoito anos, moreno, de cabelos lisos castanhos que chegam até um pouco abaixo de sua nuca, pele bem hidratada. Não possui um corpo musculoso, mas é parcialmente forte. Ele tem 1,75 de altura e lábios médios.

- Características Psicológicas


O garoto Frost nunca teve pai ou mãe, mas sempre foi cercado por pessoas que o amavam e admiravam, por conta disso ele nunca teve problema com magoas ou reclamações. Ele é um rapaz que tenta ser o mais justo possível em situações de seu cotidiano, é verdadeiro não importa com quem. Muito carinhoso com quem ele ama, faz de tudo para fazer os outros sorrirem. Por mais que ele seja muito bom em alguns sentidos, o seu lado perverso é bem mais forte. Bryan é vingativo e implacável, frio e calculista quando necessário, sangue frio, e quando se trata de machucar alguém que ele ama, ele se torna um psicopata que não controla suas ações.

- História do Personagem


Eu sou Bryan Frost Welch e moro em Paris desde que me conheço por gente, ou pelo menos desde que me lembro. Fui adotado pelos meus tios maternos aos meus três anos de idade, já que minha mãe desapareceu e meu pai nunca quis ter um filho. Por mais estranho que pareça eu não sinto ódio ou mágoa de nenhum dos dois, até porque tudo que eu tinha em minha vida era ótimo, eu me sentia amado por todos que me cercavam. Eu não sabia se era aquele clima de romance em Paris ou se era algo que vinha de mim, mas não reclamava de nada, afinal tudo estava perfeito.
Isso era muito chato; eu sei que muitos gostariam de trocar suas vidas comigo, e eu faria de tudo para que isso acontecesse, mas essas coisas de ser amado e ser tudo perfeito me impossibilitavam de uma coisa primordial: VIVER. Tudo era fácil pra mim, não tinha nenhum desafio ou nada que me tirasse dos meus limites, que na real nem existiam. A pergunta que me fazia sempre era: Será que algum dia eu vou viver de verdade? Até que no dia do meu aniversário de dezoito anos, minha tia me chamou para sair.
– Bryan, se arruma. Vamos para o shopping querido.
– Já vou tia!
Abri meu armário e escolhi as roupas.
Uma camiseta azul de uma saga que eu gosto muito, calça jeans escura, jaqueta de couro. Para completar tudo isso um perfume meio doce. Não sei por que, perfume doce é os melhor para o meu olfato. Arrumei–me e corri para o banheiro escovar os dentes e dar uma ajeitada no cabelo.  Muitas pessoas me criticam e dizem que sou muito vaidoso, mas eu não vejo dessa forma.  Meu lema é “se você não se amar primeiro ninguém será o segundo”.
– Anda Bryan! Tá se arrumando para o casamento? – Minha tia chamou em um tom engraçado.
Antes de sair dei uma checada no visual e, Taram! Estava pronto para mais um dia normal, que sou agradado até me cansar. Pelo menos eu pensava, até aquele momento.
Chegando ao shopping, tudo parecia tão parado e calmo, quase ninguém passava pelos corredores. Confesso que achei o meu meio estranho à falta de movimentação. Subimos para o quarto andar onde se encontrava a praça de alimentação, escolhemos um restaurante de frutos do mar, sentamos em um lugar que ficava exatamente no meio da praça onde o teto era todo feito de vidro. Algo que me chamou muita atenção foi o fato de que minha tia não  havia dito nada depois que entramos no shopping, então pensei em puxar assunto:
– Tia você viu que não... – Fui interrompido por ela.
– Bryan, precisamos falar de algo que talvez seja assustador para você.
Ela estava bem séria, eu podia ver e sentir. Da sua bolsa ela tirou um pequeno galho com três folhas em sua porta e o colocou na mesa em minha frente.
– Tia, oque é isso? A senhora está me assustando. – Ri nervoso.
– Apenas segure Bryan, depois eu te explico. Não temos muito tempo.
Com essa frase lembrei muitos filmes de perseguição e coisas do tipo e rapidamente sem pestanejar peguei aquele galho.
Uma luz assustadoramente branca se pôs no local onde estávamos como um holofote de um programa de TV ou de um show. Ouvi um som de asas de pássaros e rapidamente olhei para o teto de vidro o qual emitia aquela forte luz e avistei uma pomba branca vindo em minha direção.
– Entregue o galho querido. – Minha tia sussurrou
Eu não fiz perguntas, apenas ergui minha mão, já que qualquer pergunta que eu fizesse teria uma chance muito grande de ser respondida com algo sem sentido.
A pomba pegou o galho da minha mão e pousou no chão bem ao meu lado. Ela começou a brilhar mais que a própria luz que nos cobria, e em um piscar de transformou–se em uma mulher linda, algo que não parecia humano, uma beleza divina. (Vou dizer a verdade: estava muito assustado, não sabia como reagir.) A mulher se aproximou delicadamente e colocou sua mão no topo da minha cabeça e desceu delicadamente até a minha bochecha.
Eu olhei para minha tia como uma criança que olha para mãe aguardando sua aprovação ou reprovação sobre algo, mas ela continuava assistindo como se tudo aquilo fosse muito normal.
– Meu filho...
Eu olhei confuso para a moça, e sim, a voz vinha dela. Eu sentia um tipo de energia muito forte por mim como se estivesse sendo eletrocutado, mas ao invés de sentir dor eu sentia uma paz.
– Moça, eu acho que você errou de pessoa. Eu...
– Ela é sua mãe. Afrodite, a deusa do amor– Minha tia me interrompeu.
– Mas tia, você disse que minha que a minha mãe tinha sumido. E deusa?! DEUSA?!
– Eu sei oque eu disse Bryan.
– E sim, deusa. Afrodite completou.
– Bryan, eu vou te fazer três perguntas e quero que me responda de coração ok?
– Ok, Afrodite. – Estava muito confuso.
– Pode me chamar de mãe – Afrodite falou seguindo de uma risada muito gostosa de ouvir. – Primeira pergunta: Você já teve algum inimigo na sua vida ou alguém que eu fizesse mal?
– Não, nunca. – Respondi
– Segunda: Qual é, segundo muitos, o adjetivo mais usado quando se trata de você?
– Vaidoso. Até demais.
– Qual o tipo de perfume que mais te agrada?
– Todos os que são mais doces.
 – Pronto! Comprovado. Você é um filho de Afrodite. Muito bom esse seu perfume alias.
– Obrigado... Mãe. – Respondi ainda meio desconfortável com a situação.
 Então tudo ficou mais estranho:
– Então quer dizer que vocês são irmãs, né?!
– Não filho. Esse é o Elyas. – Afrodite respondeu.
– Elyas?! Esse é o nome de meu tio.
 Tudo parecia mais confuso a cada momento que passava. De repente minha tia se transformou no meu tio, que se transformou no meu tio com chifres, e nariz achatado com lábios maiores, então tirei a conclusão: “É claro que eu estava sonhando!”
– Filho, esse é seu Sátiro. – Explicou a deusa.
– Sá o que?! – Perguntei sem entender absolutamente nada.
– Sátiro. É um tipo de guarda costas dos semideuses.
– Eu, um semideus?! Hahaha – Ri sarcasticamente.
– Você esperava ser um astro Pop, sendo filho de uma deusa grega? Eu achava que na atualidade existissem livros infanto–juvenis para isso. – Afrodite desabafou desapontada.
– Existe sim. Mas eu nunca me interessei por esse tipo de coisa. Agora só falta você me dizer que existe um castelo onde vou aprender a usar os meus poderes, depois lutar contra bichos do mal que se movem nuvens pretas. – Tirei sarro da situação.
– não...
– Ufa! – Desabafei.
– Não em castelo. – Continuou Afrodite – No acampamento Meio Sangue.
– Acampamento?
 Fiquei olhando para Afrodite, sem acreditar no que estava ouvido.
– Mas é claro que você tem a escolha de ficar aqui – Falou Elyas.
– EU FICAR?! Eu esperei por esse momento a minha vida toda! – Gritei entusiasmado.
– Feliz aniversário filho.
 Afrodite sorriu e me deu um beijo na testa. Fez o sinal de aprovação com a cabeça para Elyas, que se levantou. Nesse momento eu percebi que nada podia poderia ficar mais estranho, pois da cintura para baixo ele tinha pernas de bode ou algo do tipo. Mas eu nem falei nada, tudo já havia sido explicado, por mais que não fizesse sentido nenhum para mim. Ele trouxe um pacote todo enfeitado em um papel de seda. Parecia estar meio pesado, mas eu estava bem entusiasmado para ver o presente que uma deusa iria me dar no meu aniversário.
Abri o pacote e dentro tinha um colar com uma concha branca, um espelho muito bonito e um tipo de chicote, (tive vontade de rir porque pensei besteira, já que se tratava da deusa do amor) e por fim uma adaga roxa, que pelo visto estava bem afiada.
– Esses são os objetos com os quais te abençoarei, filho.
– Obrigado, mãe. – Abaixe a cabeça como forma de respeito e agradecimento.
– Hora de irmos. – Anunciou Elyas.
 Quando me dei conta, aquela luz não estava mais lá, assim como Afrodite. As minhas roupas haviam mudado para uma roupa toda branca confortável, um tecido que lembrava ceda; eu estava enfeitado com joias, uma pulseira de conchas que tinham pedras preciosas cravejadas nelas, nos meus pés havia sandálias de couro, e eu sentia meu corpo diferente mais leve, porém mais forte, meu perfume mudou para um cheiro que lembrava morango e era tão forte que até eu sentia.
 Elyas pegou uma caneta que virou um tipo de cajado o qual foi usado para criar um tipo de escada subterrânea como em uma estação de metro, mas NO MEIO DO SHOPPING! MUITO LEGAL! Descemos a escada e percebi que estávamos de uma floresta enorme. Há dois metros, uma placa de madeira com um nome: ACAMPAMENTO MEIO SANGUE, ali eu sabia que marcava uma nova fase da minha vida.
– Bem vindo, filho de Afrodite. Essa é sua nova casa.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sandor Quarrel Qua 27 Jan 2016, 13:52


Ficha de Reclamação




▬ Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Desejo ser reclamado por Hefesto, pois é o deus que melhor se adequa às características da personagem.

▬ Perfil da personagem:
— Fisicamente:
Sandor é jovem (cerca de 16 anos), alto em seus 1,82m, tem mãos grandes, duras e ágeis, apesar do tamanho. Sua pele é negra e seus olhos são castanhos.
— Psicologicamente:
Quarrel é do tipo que tenta ser engraçado, mas raramente tem êxito. Por essa razão, não é comum que as pessoas gostem de sua companhia, e isso faz com que ele acabe tendo mais facilidade em lidar com máquinas a elas. De qualquer forma, tenta ser bondoso e justo na medida do possível.

▬ História do Personagem:
Sandor não podia dizer que aquelas coisas o surpreendiam, não.

Desde muito jovem, tão jovem quanto se lembrava, os sonhos eram constantes: monstros, deuses, avisos e presságios. Podiam não ser sobre a mesma coisa, mas se situavam no mesmo universo, e isso ele sabia.

Cresceu num orfanato ouvindo sempre as mesmas mentiras: seu pai, um alcoólatra, abandonara sua mãe no início da gravidez, e ela, por sua vez, morrera ao dar à luz uma criança chorona e faminta. Tudo invenção, sim, os sonhos lhe contavam a verdade.

Quando completou 16 anos, o sátiro veio como Sandor sabia que viria. Seu nome era Marshall. O jovem semideus ouviu toda a história fingindo certa surpresa e ao mesmo tempo aceitação. Não estava passando por um dia bom, como em todas as vezes em que completava mais um ano de vida, então não queria discutir. Ali no orfanato havia uma garota também semideusa, cujo nome ele não sabia e também não quis perguntar, que juntou-se a eles e seguiram para o acampamento numa velha caminhonete.

O caminho foi tranquilo: sem ataques, sem imprevistos, tudo no tempo certo. Sequer parecia real.

Quando Sandor descia a colina do acampamento, ouvindo Marshall falar alguma coisa sobre chalé 11 e roubo de pertences, um martelo flamejante cintilou sobre sua cabeça, e nessa hora ele soube que as coisas só ficariam piores.

— Bom — Marshall disse. —, parece que você não vai precisar conhecer o chalé de Hermes agora, né? Seu chalé é o 9, filho de Hefesto.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Qua 27 Jan 2016, 22:13

Atualizado.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Leslie Lane Qui 28 Jan 2016, 12:04

Ficha de Reclamação

Por qual deus deseja ser reclamado?

Gostaria de ser reclamada como filha de Selene pois a considero uma deusa com características interessantes  e que se encaixam muito bem com a trama da minha personagem.

Características fisicas:

Penny Lane é uma garota de 16 anos que possui um rosto de feições delicadas e a pele clara como marfim. Seus cabelos são castanho escuro e eventualmente tingidos de violeta formando suaves cachos nas pontas.

Os olhos, herança da família paterna, são de um tom escuro de azul, não vivos e vibrantes como é comum as filhas de Afrodite, mas profundos e densos, quase negros como a noite. No entanto, diferente de todos os familiares conhecidos até então, quando ao luar seus olhos azuis ganham um discreto e misterioso tom prateado.

A boca é bem desenhada, o sorriso é divertido e até bonito, apesar dos caninos levemente salientes. A estatura mediana e o corpo razoavelmente curvilíneo  fazem de Penny uma jovem bonita e até mesmo atraente.

Características psicologicas:

No geral é muito bem humorada (pelo menos na maior parte do tempo) e divertida, de um modo que alguns podem achar infantil. É também um tantinho mimada, irônica e avoada, mas no fim das contas é uma boa pessoa.

Penny Lane não gosta de ser subestimada por ninguém e busca sempre provar que é capaz seja la do que for. Persistente e inteligente esta sempre correndo atrás de que as pessoas não a julguem pela cara de menina e a levem a serio apesar do nome, obra do pai que é um velho professor de astronomia e fan inveterado dos Beatles.

Historia da personagem

17 anos atras

Selene passeava pelos céus em sua carruagem puxada por belos animas brancos e imaculados, seus longos e negros cabelos esvoaçantes enchiam o céu e apesar do pensamento distante, ao olhar para a Terra não pode deixar de reparar, numa pequena cidade do interior dos Estados Unidos ignorada por todos, no jovem homem. Ela sabia que não podia ser o seu amado, milênios haviam se passado, mas ela precisava ver com seus próprios olhos.

Theodor Lane tinha acabado de montar seu novo telescópio na parte mais afastada da fazenda que herdara dos pais, falecidos em um acidente automobilistico. Perto dali apenas um pequeno chalé desabitado a anos e a casa principal, vista ao longe no horizonte.

O moreno apertou o play em seu discman e enquanto a voz dos Beatles soavam em seus ouvidos ele cuidadosamente focava o telescópio  na lua, seu astro preferido. Desde a infância costumava observa-la juntamente com o pai naqueles mesmos campos.

Era uma noite tranquila, o clima estava agradável e o aroma do campo se espalhava pelo ar. A lua encontrava-se em seu auge e esplendor, cheia, brilhante e aparentando estar mais próxima que nunca.

Theodor sentiu alguém se aproximar, levantou os olhos do telescópio e viu que caminhando em sua direção vinha uma bela jovem, saída sabe-se lá de onde, ela sorriu e olhou diretamente para ele com seus amendoados olhos prateados. Qualquer pensamento sobre o telescópio ou a infância na fazenda, foram imediatamente obliterados da mente do homem.

Ela se aproximava cada vez mais, vinha com movimentos graciosos  trajando apenas um leve vestido branco com finas alças. O jovem se esforçou em piscar e desviar os olhos, tentando reaver sua linha de raciocino normal, mas a garota parecia ter um certo magnetismo e era quase impossível não se virar para ela e fitar seus olhos.

Quando se deu conta, o desfile da garota já acabara e ela se encontrava sentada ao seu lado, sob a manta xadrez de flanela. Paul e John ainda soavam em seus ouvidos:

"...Penny lane is in my ears and in my eyes,
there beneath the blue suburban skies,
I sit and meanwhile back..."

Em seu intimo sentia o instinto de toca-la, mas contentou-se em apenas retribuir o olhar que recebia.

A jovem sustentou o olhar por um tempo maior do que seria considerado normal e Theodor acreditou ver uma certa decepção em seus olhos. Temendo que a bela fosse embora se esforçou em perguntar:

— Que... Quem é você?

Ela riu, jogando os cabelos para trás, com a forma atrapalhada e até infantil com que o homem falou, resolveu então ignorar a pergunta e fazer uma nova, pois mesmo sabendo desde o inicio que não poderia ser seu querido Endmyon, o homem havia chamado sua atenção.

— O que você esta observando? — Ela disse em sua voz profunda e suave enquanto acenava para o telescópio.

Por se tratar de suas  paixões a lua, o céu e as estrelas Theodor se sentiu mais a vontade e por consequências desatou a falar, com todo o entusiasmos possível. Explicou sobre suas pesquisas na faculdade, de como admirava a lua desde a infância e de como tudo aquilo lhe trazia uma certa paz, um sentimento bom de que a vida não é era só aquilo que podiam ver.

A jovem se sentiu atraída pela emoção e a sinceridade encontradas nas palavras que ouvira, se mostrou então interessada, acrescentando mais informações a conversa. Quanto mais a noite escurecia e os astros noturnos brilhava, mais a conversa se expandia para novos assuntos.

Passaram-se horas de conversa animada quando um reconfortante silencio os envolveu. Ambos observavam o céu concientes um da presença do outro, então a jovem tateou procurando a mão do homem, este, ao sentir o toque buscou os olhos da moça e perguntou com a voz rouca:

— Quem é você?

— Isso realmente importa? — Ela respondeu aproximando-se ainda mais e tocando-lhe a face.

Os olhos da jovem exerciam um magnetismo ainda maior do que quando chegara, e Theodor podia sentir o perfume das flores da noite exalando de sua pele.

Os ombros se tocaram e o homem se virou completamente, fazendo com que ficassem frente a frente. A bela morena por sua vez inclinou-se afagando-lhe os charmosos cabelos, que quase chegavam ao queixo. Munido de coragem e cedendo ao desejo ele a segurou pelos ombros, deixando escapar as finas alças do vestido enquanto ela o beijava ardentemente.

Os dois se amaram apaixonadamente até pouco antes do amanhecer, quando com sua voz suave e profunda ela disse em um quase sussurro:

—  Eu tenho que ir.

— Podemos tomar café da manhã na minha casa. — Ele disse com a voz preguiçosa. — Você pode ficar lá, sabe? Se quiser...

A jovem o olhou com ternura, mas repetiu firme enquanto se levantava:

— Eu realmente tenho que ir.

O homem um pouco confuso e indignado respondeu:

— Eu não entendo. Porque? — Exasperado e já de pé ele completou. — Isso é tão absurdo, eu nem mesmo sei quem é você!

De forma seca porém demonstrando sinceridade ela disse:

— As coisa não são tão simples meu querido Thed.

A bela jovem já estava de pé, vestida e prestes a se afastar. O homem, passando as mãos nos cabelos, fez uma nova tentativa quase desesperada:

— Pelo amor de Deus! Quem é você?

Ela se aproximou com um sorriso no rosto e com um ultimo beijo sussurrou em seu ouvido:

— Eu sou a Selene, deusa da lua.

Ao abrir os olhos, espantado, Theodor viu que ela desaparecia completamente, bem na sua frente.


6 meses atras

Penny estava debruçada no peitoril da janela do seu quarto, já anoitecera, e lá fora a lua cheia iluminava a floresta no limiar da propriedade. As corujas piavam ao longe e o vento frio tocava o rosto da garota, que mais uma vez pensava com curiosidade na mãe, que nunca conhecera.

O dia tinha sido cansativo, cheio de atividades domesticas, afinal, não era fácil limpar um casarão da era vitoriana situado no interior da Inglaterra. Não que a jovem tivesse feito tudo sozinha, longe disso, sua madrasta Elizabeth trabalhara  arduamente, e agora relaxava na banheira no fim do corredor.

O pai não chegara ainda, e Penny continuava encarando a lua, percebendo como ela estava presente na maior parte de suas lembranças infantis. A primeira vez que aprendera a usar um telescópio, os piqueniques noturnos que fazia com o pai na varanda, quando ainda moravam nos Estados Unidos e também os mitos e historias que o pai contava antes de dormir,  com a luz da lua entrando pela janela e servindo de abajur.

Suas historias preferidas eram as de Selene a deusa da lua. Provavelmente, o único motivo para isso, é que curiosamente era o nome de sua mãe, uma das poucas informações que o pai lhe contara sobre sua progenitora.

A verdade, é que apesar de tudo não tinha raiva da mãe, possivelmente pelo fato do pai sempre se referir a ela com carinho, nas poucas ocasiões em que isso acontecia, é claro. No entanto, tinha curiosidade e já ja jurara a si mesma que um dia descobriria toda a verdade.

Seus devaneios foram interrompidos pela voz da madrasta:

— Penny, fecha essa janela! Quer nos matar de pneumonia?

A garota se virou e a viu passar pelo corredor naquele instante, ela estremecia em seu robe escuro e os cabelos ruivos e fartos ainda estavam molhados.  Sorrindo, a menina fechou a janela dando uma ultima espiada na lua.

Elizabeth era uma mulher jovem, sequer tinha chegado a casa dos  trinta. Conhecera o marido na faculdade, ele era o professor ela a aluna. A historia era de fato clichê, mas a verdade era que o amava muito, mesmo com os vinte anos de diferença. Além do mais,  foi uma batalha chegar ao coração de Theodor Lane, fato do qual se orgulhava grandemente.

Penny sabia que Elizabeth era uma boa pessoas, não tinha duvidas quanto a alegria e o animo que ela trouxera, de volta, a vida do pai. Faziam cinco anos que os três moravam juntos e mesmo com as incontáveis situações embaraçosas, a garota se alegrava com a presença da madrasta.

O casarão da era vitoriana era da família de Elizabeth e Penny nunca entendeu porque o pai aceitara se mudar. Claro que não precisavam mais pagar aluguel e a casa era maior e melhor que o apartamento perto da faculdade, mas também sabia que o pai não era do tipo interesseiro e que ele gostava de se sentir o responsável pelo sustento familiar.

— Penny, vem logo! Eu te vi  fechar a janela, então você não pode ter sido congelada.

A garota se sobressaltou com o novo chamado da madrasta, que continuou:

— Seu pai já deve estar chegando, e hoje é dia de chocolate quente! Você não quer?

Penny desceu as escadas saltitando, os cabelos presos em um coque desleixado, a franja curta caindo sobre a testa e a voz acompanhando a musica animada que vinha da cozinha:

" ...I wanna hold your hand
 I wanna hold your hand
 I wanna hold your hand
And when a I touch you I..."

Assim que entrou na cozinha a campainha tocou e a garota foi receber o pai, enquanto a madrasta levava as xícaras fumegantes para a sala.

— Penny querida. — Disse o homem sorrindo cansado e bagunçando a franja da filha, que revirava os olhos reclamando:

— Pai! Não! E vem logo, que a Lizzy tá já tá esperando a gente.

Theodor Lane ainda era um homem atraente, estava em forma e os cabelos compridos, apesar de grisalhos e um pouco mais ralos, ainda lhe caiam bem e em conjunto com a barba crescida lhe dava um aspecto excêntrico, mas charmoso.

A filha adolescente reclamava divertida de dor nos braços, por limpar as janelas, e ele sorria levemente, vendo a esposa chamando-o da sala e oferecendo-lhe uma xícara e um lugar ao seu lado para o filme da noite.

— Vocês dois! Vamos logo, ou o chocolate esfria e eu acabo caindo no sono! - Disse Elizabeth com sua voz doce se espreguiçando no sofá.


1 semana atras

Era fim de tarde, o sol já estava quase se pondo. Theodor ainda estava na faculdade e Elizabeth recebia a visita de uma amiga de infância. Já fazia horas que Penny andava vagando pela casa, pois aquele tinha sido o ultimo dia de aula do semestre e os alunos foram liberados mais cedo.

Apesar de ser fim de ano, mais uma vezes, eles não poderiam viajar, pois Theodor foi incumbido de um projeto de férias. Penny nem se lembrava da ultima vez que tinham viajado, o pai sempre encontrava uma desculpa.

A garota nem tinha mais esperanças de convencer o pai a sair dali, apesar dele sempre dizer que gostaria de visitar a fazenda da família e de Elizabeth, invariavelmente, deixar escapar a vontade de conhecer outros países.

Quase chegava a sentir falta antecipada da escola, não que fosse uma maravilha. Na verdade era um tanto desagradável, já que até o fim do Ensino Fundamental, ela estudara em casa. Sim! Isso mesmo, a garota era esse tipo de aberração.

Penny amava muito seu pai, mas com certeza  não entendia e nem apoiava algumas paranóias dele. Por ser professor, ele conseguiu uma autorização para dar aulas à garota, que somente ia até a escola uma vez a cada seis meses para fazer as provas.

Toda essa circunstância, mais o fato de os vizinhos mais próximos e com crianças morarem a mais de meia hora da casa dos Lane, fizeram de Penny uma garota bastante sozinha e habituada a isso.  

Agora no seu primeiro ano na escola "normal", a jovem sentia que tudo estava a beira do desastre completo. Os professores não eram tão compreensivos com a sua dificuldade de atenção, e até já fora diagnosticada como tendo TDH . Os alunos eram adolescentes do Ensino Médio, que sabiam ser bem cruéis quando queriam.

Cansada de andar pela casa, Penny resolveu dar uma escapadela para a floresta, localizada na parte de traz dos limites da propriedade. O pai não costumava deixa-la ir até lá, mas a madrasta abria pequenas exceções, desde que fosse de dia e a garota desse hora para voltar.

Penny ainda usava o antiquado uniforme da escola, em tons de azul e branco, quando pegou seu Ipod, colocou os fones e saiu sorrateiramente pela porta de traz. Ela conhecia bem o lugar e pretendia apenas dar uma volta na orla, ninguém se quer perceberia sua ausência.

Após meia hora de caminhada, ao som de Taylor Swift, a noite já havia caído completamente. A lua que a garota tanto admirava e observava já estava lá, olhando para ela, brilhante e indiferente como sempre.

Penny ouviu um ruído diferente, que não era comum ali na floresta, achou estranho e começou a voltar tranquilamente. Não tinha dado sequer cinco passos em direção a casa, quando ouviu um uivo profundo e não muito distante,  que a deixou completamente estática e fez arrepiar até o ultimo fio de cabelo.

A garota sabia que existiam pequenos animais na floresta e até mesmo cervos, mas nunca ouvira falar de lobos pela região. Ela nunca teria tido permissão para passear por ali se realmente houvesse esse tipo de animais.

Tentou acalmar a respiração e se esforçando, voltou a caminhar, apressando os passos em direção a casa. Olhou rapidamente para cima e agradeceu a lua por estar em seu auge, cheia e brilhante, e nesse momento não a sentiu tão distante e indiferente.

Os pinheiros, que exalavam seu aroma pela noite, não eram tão juntos nessa parte da floresta, mas as raízes eram altas o que dificultava a quase corrida da garota. Pelos seus cálculos, nesse passo, ainda faltavam cerca de cinco minutos para sair da floresta.

Penny ouviu o som estranho novamente, e o pior, parecia estar mais próximo do que antes e se acercando com uma certa velocidade. O som não era natural e também não dava a sensação de fazer parte da floresta. A garota já estava correndo quase sem fôlego e sem sequer  imaginar o que poderia estar acontecendo.

Em meio a corrida, vindo do lado direito da garota, surgiu uma criatura que ela não acreditava estar vendo. Os cabelos eram chamas vivas e a pele branca como giz se destacava na noite, antes que pudesse prestar atenção em mais alguma coisa, a jovem sentiu aquelas orbes vermelhas fitando-a. A criatura parecia estar em duvida se atacava ou corria, seu olhos estavam  esbugalhados de medo e encarava a garota com ódio.

Penny tentou se virar e correr para o outro lado, mas acabou tropeçando em uma das raizes, seu Ipod voou aterrissando a cerca de um metro e quebrando a tela. Caída no chão, a garota percebeu que a estranha criatura tinha uma das pernas feita de metal e a outra parecia de bode, para aumentar a bizarrice ela usava um uniforme de líder de torcida.

A monstra, tomando sua decisão, partiu para cima da garota, que apesar do esforço, não conseguia se levantar e correr. Apavorada Penny sequer fechou os olhos, e assim pode ver que segundos antes de ser atacada pela criatura, a mesma, foi atingida por uma fera que saiu do meio da floresta com um pulo, derrubando a líder de torcida monstruosa.

A fera, percebendo a presença da garota se virou para ela, esse simples movimento foi o bastante para sua presa escapar e se esconder na floresta. A fera urrou de raiva, mas  de repente, não era mais uma fera, e sim, um jovem de vinte e poucos anos, com cabelos castanhos e ombros largos, que olhava com frustração para as raízes, encharcadas de sangue, onde segundos antes a criatura estivera. Numa decisão rápida ele se voltou para a garota que ainda estava caída no chão.

A floresta parecia ter se acalmado, a lua se mostrava mais brilhante do que antes, o aroma dos pinheiros invadiam os sentidos e apesar da recente ação os sons noturnos voltavam ao normal, trazendo a seção familiar de paz que Penny conhecia naquele lugar.

O jovem fitou a garota nos olhos e foi se aproximando lentamente, buscando transmitir confiança. Ele não sabia exatamente o que ela tinha visto e nem porque a Empousa tentara ataca-la. Mas a ultima coisa que queria era  queria assusta-la ainda mais.

Quanto mais se aproximava, mais ele sentia aquela áurea de magnetismo que a garota exercia. Ela parecia ter uma beleza incomum e o jovem tinha a sensação de que toda a luz da lua estava sobre ela. Ele se aproximou ainda mais, e sem perceber o que estava fazendo, de modo  involuntário, sorriu e tocou o rosto da garota, colocando uma mecha de seu cabelo atras de sua orelha.

No segundo seguinte, antes que qualquer coisa pudesse ser dita, apareceu pairando sobre a cabeça da jovem o símbolo de Selene. O jovem afastou a mão e se virou soltando um palavrão, não era de seu feitio, mas o dia não estava sendo exatamente fácil. Enquanto tentava se acalmar e por as idéias no lugar, ouviu em sua mentes:

— Ajude-a. — O jovem não pode evitar a risada irônica, mas segurou as poucas e boas que teve vontade de falar para a mãe.

A garota teve dificuldade em se levantar e com a voz ainda embargada e um pouco tremida perguntou:

— O que tá acontecendo aqui? Quem? O que é você? O que é isso encima de mim? E aquela Lide...Aquela Coisa que fugiu?

O estranho se virou para a jovem tentando manter o semblante calmo. O símbolo de Selene  ainda estava lá e ela continuava fazendo perguntas. Ele percebeu que a garota usava uniforme escolar e teve ânsia de se xingar novamente.

Ignorando as perguntas feitas e se esforçando para tirar os olhos dela, ele disse tentando aparentar tranquilidade, mas parecendo seco e quase desagradável:

— Meu nome é Frederick Lewis e eu sei que vai ser difícil de acreditar mas você é, sem duvidas, filha de Selene, deusa da lua.

Antes que a garota tivesse chance de menosprezar as suas palavras ele continuou:

— Eu realmente espero que você não esteja aqui sozinha. Tem alguém te esperando em algum lugar? Você se perdeu?

Penny estava aturdida com tudo que acontecera, mal podia acreditar no que ele dizia. Se não tivesse visto aquela fera se transformar, bem na frente de seus olhos, em... bom em Frederick, esse cara bonito e atraente mas claramente estranho, ela já teria dado as costas e ignorado aquela historia completamente.

Ela estava parada, indecisa sobre o que fazer, a mente borbulhando de perguntas. O mais lógico era correr pra casa, mas a possibilidade de obter certas respostas era muito tentadora. Apesar do absurdo que aquela historia pudesse parecer, em seu intimo ela sentia que estava no caminho certo que as coisas começavam a fazer sentido.

Frederick respirou fundo e se esforçando por uma voz mais amigável disse:

— Olha, eu realmente não sou a pessoa ideal para esta situação. Deveria haver um sátiro ou uma driade... Se bem que essas coisas geralmente não acontecem por aqui. Não teria como eles saberem... - O rapaz começava a divagar em seus pensamentos, mas se concentrando continuou:  - Eu estava atras daquela criatura, que a propósito se chama Empousa, a quase uma semana. Haviam mais duas que eu dei um jeito antes de chegar aqui.

Os olhos de Penny brilhavam de curiosidade, o rapaz era estranho e mesmo com seu discurso maluco, não aparentava ser desequilibrado. Antes que pudesse pensar no qua falar, ouviu sua voz ecoando na floresta:

— Você é um lobisomem?

Frederick sorriu de canto de boca e revirou os olhos divertidos enquanto dizia:

— Não, não exatamente, bom... Mais ou menos. Mas com tanta coisa pra perguntar essa foi sua maior curiosidade?

A garota sentiu o rosto esquentar de vergonha e o rapaz continuou dizendo enquanto verificava suas armas:

— Olha, eu ainda quero ir atras daquela Empousa, mas primeiro eu tenho que ter certeza que você esta em segurança. Então, tem alguém te esperando por aqui?

Penny estava curiosa e tinha muitas perguntas, mas não podiam ficar ali parados, além do mais não queria que o tal Frederick fosse embora imediatamente. Então ela apontou a trilha que levava para fora da floresta e disse:

— Por aqui.

A garota começou a caminhar tentando tirar a terra de sua saia plissada, a mentes estava longe, na lua, na mãe que nunca conhecera, na empousa, em driades, sátiros, e num certo rapaz tocando seus cabelos.

Frederick se preparava para seguir a garota e tentava se convencer de que fazia aquilo apenas por irmandade, pelo pedido da própria mãe. Afinal ele fazia parte dos heróis, era uma boa pessoa, não é mesmo?  O rapaz engoliu em seco e desviando os olhos da garota viu um Ipod branco no chão, pegou o objeto e começou a revira-lo nas mãos enquanto caminhava, enfim disse:

— Hey, isso é seu?

— É, mas acho que quebrou. — Ela respondeu se virando e vendo o rapaz se aproximar com o aparelho.

Ele tentou ligar o Ipod, mas nem sinal.

— É, acho que já era. — A garota disse dando de ombro, ao que Frederick respondeu:

— Tenho um amigo que pode concertar. — Imediatamente o jovem se repreendeu mentalmente, estava arranjando trabalho para um amigo e se comprometendo em ver a jovem morena novamente. Aquilo decididamente não estava certo.

— Tanto faz, e a propósito meu nome é Penny, Penny Lane. — Ela falou se virando e voltando a andar.

— Penny Lane? Serio? — Perguntou o rapaz surpreso.

— Sim, como a musica, realmente hilário. — Ela debochou em tom irônico, ao que ele respondeu:

— Não, não é isso. Se bem que... — Ele disse em tom brincalhão.

Penny revirou os olhos enquanto ele completava:

— É o seu sobrenome, Lene. Por acaso você não é filha do Theodor Lane? É?

Dentro de si, Frederick torcia para que fosse apenas uma coincidência, que não fosse verdade. A garota estancou no lugar e se virou rapidamente, dando de cara com o rapaz que vinha logo atras. Com a voz um levemente vacilante e a arqueando a sobrancelha direita ela questionou:

— Você conhece meu pai?

Tentando aparentar indiferença aos olhos inquisidores que brilhavam em sua direção, o rapaz respondeu contrariado:

— Não, mas Lizzy é minha irmã adotiva.

A morena o olhou mais intensamente e com mais curiosidade e se surpreendeu ao ouvir:

— Vamos Penny Lane, vou te levar pra casa.

Apesar das muitas perguntas os dois seguiram calados pela trilha. Frederick não podia acreditar que além de tudo e contra toda a probabilidade, ainda era praticamente tio da garota. Penny repassava sua vida inteira e mesmo com todo o absurdo, as coisas pareciam se encaixar mais do que nunca.


Mais tarde naquele mesmo dia

— Sr. Lane, eu entendo a sua intenção de proteje-la, e que tem dado certo nos últimos anos, mas a garota precisa ir pro acampamento. Ela precisa aprender a se defender! — Frederick disse com convicçao.

O homem encarava  a filha, que desobedecera suas ordens. Tentava se convencer que tinha sido culpa dela, que se não fosse esse pequeno deslize, tudo estaria bem. Penny ouvia toda a conversa tentando absorver o máximo de informações, mas ignorava com veemência os olhares que o pai lhe lançava.

— Theo querido. — disse Elizabeth tentando resolver a questão da melhor forma possivel. - Pelo menos considere a questão, nós já conversamos sobre isso outras vezes, você sabe que é uma situação delicada e temos que decidir o que é melhor para a Penny, para o futuro dela.

Theodor passou as mão nos cabelos, encarando o chão. Se lembrou do dia em que descobriu que Elizabeth também podia ver através da névoas e da longa conversa que tiveram sobre a infância dela e sobre o irmão mais novo. Foi a partir  daquele dia que ele cogitou a possibilidade de, verdadeiramente, dividir sua vida com alguém e também naquele dia ele soube que esse momento ia chegar. Tentou negar e adiar a situação. Mas não podia colocar a vida da filha ainda mais em risco do que já estava, isso sem falar na esposa e nele próprio.

Frederick tamborilava a perna com os dedos demonstrando ansiedade, Elizabeth acariciava os cabelos do marido tentando passar tranquilidade, enquanto Penny se segurava pra não continuar a enxurrada  de perguntas que tinham dado inicio aquela conversa, que ja durava mais de duas horas.

Foram tantas descobertas em tão pouco tempo que a garota não conseguia organizar as ideias muito bem. Não tinha raiva do pai por ter lhe escondido  a verdade, talvez um pouco de decepção fosse a palavra certa, mas não o culpava. Não queria largar tudo naquele lugar, mas ao vislumbrar esse possível futuro sentia um mix de curiosidade, medo, euforias, apreensão e ansiedade. Apesar de tudo estava decidida, queria ir ao acampamento!

Depois de vários minutos, o silencio finalmente foi quebrado. Theodor se ajeitou na cadeira, e mesmo com dificuldade proferiu sua decisão:

— Penny  — Ele disse se voltando para a filha. — Eu realmente acredito que vai ser bom pra você aprender a se defender. Se essa for tua vontade, eu não tenho outra opção, a não ser te apoiar.

Todos pareceram respirar mais aliviado depois da decisão tomada. Elizabeth serviu algumas bebidas e os quatro passaram a noite avaliando e decidindo qual seriam as melhor e mais seguras opções.


2 dias atras

O dia tinha finalmente chegado, Penny acordara bem cedo,  a ansiedade não permitia o sono. Olhando pela janela, para a conhecida paisagem a garota pensava em tudo que fora decidido naquela noite.

O pai e a madrasta continuariam na Inglaterra por pelo menos seis meses, até que Theodor pudesse tentar uma transferência para a faculdade onde, anos atras, trabalhara nos Estados Unidos. Os dois se mudariam para a fazenda e Penny poderia visita-los sempre que fosse possivel.

Logo depois do almoço Frederick chegaria com as passagens e como solicitado pelo pai a levaria pessoalmente para o acampamento meio-sangue, localizado em Long Island, costa Leste dos Estados Unidos.

A garota revisou a mala mais uma vez e caminhou pela casa com aquele sentimento bom de nostalgia. O café da manhã foi transformado em um piquenique com o pai e a madrasta, todos brincando, rindo e ignorando que aquele era um dia de despedidas.

O sol brilhava forte e o céu estava limpo sem nenhuma nuvem, a brisa trazia da floresta o aroma de pinhos. Era um dia perfeito e o coração de Penny saltitava  de excitação  pelo futuro que se aproximava a passos largos.

Sentados sobre uma manta xadrez no quintal a pequena família passara a manha inteira por ali. O café da manhã virara almoço e enquanto desfrutavam da sobremesa, em meio a risos,  faziam planos para o futuro.

Penny ouviu um barulho, mas entretida na conversa não deu bola. Enquanto ria da piada de Elizabeth ouviu novamente, era um som estranho, ela tinha a sensação de já ter ouvido antes. Foram alguns segundo até se lembrar aonde tinha escutado aquele barulho, assustada se virou na direção do ruído. Mas era apenas uma  jovem líder de torcida, loira e alta que caminhava mancando na direção deles.

Ela deve ter se machucado no treino, foi o primeiro pensamento da garota. Theodor e Elizabeth sorriam para a recém chegada e antes que a loira pudesse dizer qualquer coisa, a filha de Selene se lembrou que estavam em período de férias. Pensou na Empousa que a atacara na floresta e no uniforme que usava, exatamente igual aquele.

Penny olhou fixamente para a líder de torcida e então de repente os cabelos loiros, de comercial de shampoo, deram lugar a uma cabeleira flamejante e a perna que mancava, se transformou em uma perna de bode com uma ferida feia e meio ensanguentada.

Ela olhou rapidamente para o lado e viu que o pai e a madrasta ainda sorriam ,para a mostrenga. O medo tomou conta da garota, que sem saber muito bem o que fazer pegou discretamente a faca do almoço e segurou atras das  costas. Penny ficou quieta e tentou forçar um sorriso fingindo que não via a verdadeira identidade da falsa líder de torcida.

O coração parecia que ia sair pela boca, o medo corria pelas suas veias e as lagrimas de desespero pareciam querer escapar. Penny teve a impressão de que se passaram horas até a Empousa chegar bem a frente da família e com uma voz doce e enjoativa, dizer, como se trouxesse uma boa noticia:

— Agora eu vou matar vocês. Primeiro esses estupidos humanos e depois você. — Ela disse encarando Penny com seus olhos vermelhos: — Sua semi-deusa nojenta que fez com que eu fosse ferida!

A criatura colocou suas garras pra fora e numa tentativa quase suicida, Penny gritou:

— Corre Pai! Corre Lizzy! — Enquanto encravava a faca na perna de bode, tentando fixar a faca bem no meio da ferida e correndo rapidamente na direção oposta, enquanto a Empousa urrava de dor e ódio.

Ao olhar para traz viu que ela tinha sido a única a correr e que os dois permaneciam sentados e sorrindo como se estivesse em transe. O desespero voltou com mais força e a garota começou a correr de volta tentando jogar tudo o que via encima da mostrenga, galhos, pedras, pratos, talheres e até a panela do arroz.

Mesmo com as distrações, assim que não teve mais o que jogar, ouviu a gargalhada maligna da Empousa enfiando suas garras afiadas nas gargantas, tanto do  pai quanto na da madrasta. As lagrimas começaram a rolar sem controle e um grito saiu do funda da garganta, se juntando a gargalhada num dueto terrivel.

Sentindo as forças sumirem, Penny caiu de joelhos a pouco mais de um metro da criatura, e convencida de que morreria ali tentou falar com a mãe que nunca conhecera, mas as palavras não saiam, eram apenas murmúrios.

A Empousa deu o primeiro passo vacilante e dolorido na direção da garota, quando um carro preto passou a toda velocidade atropelando a falsa líder de torcida. Penny abriu os olhos e viu uma espécie de garra em suas mãos, olhando pra frente viu a criatura caiada logo a diante.

Em um ataque de fúria correu a toda velocidade se jogou encima da Empousa e fincou suas recém adquiridas garras na garganta da criatura, e depois no peito e no rosto, até que ela se desfizesse em um pó brilhante. A garota chorava copiosamente, seu corpo tremia e ela continuava esmurrando o chão.

Frederick, desceu do carro rapidamente, correu até a garota a tempo de ver a monstra se desfazendo. Olhou adiante e sobre uma manta xadrez, rodeados de pratos e talheres estavam caídos de qualquer jeito a irmã e o cunhado. O rapaz engoliu em seco e voltando seus olhos para a jovem aos seus pés, se abaixou e sem dizer nada, tranquilamente foi tentando acalma-la, até envolve-la em um abraço.

Os dois ficaram ali, abraçados, por um longo tempo, até que o corpo da jovem parou de tremer e o choro foi lentamente cessando. Frederick se sentia culpado por tudo aquilo, devia ter ficado para protege-los, ter chego antes, ter feito algo, qualquer coisa.

Pensou na Empousa e em como não tinha insistido em procura-la, foi um erro, um erro terrível. O rapaz tinha estado tão ocupado em arranjar a forma mais segura de chegar ao acampamento que ignorara um fato tão obvio. Olhou mais uma vez para o corpo da irmã e uma lagrima correu, solitária, pelo rosto do jovem.

Frederick acreditava que ficar ali não ajudaria em nada então com delicadeza levantou o rosto da garota, que estava apoiada em seu ombro e olhando-a com firmeza tentou usar o tom mais suave possível:

— Penny eu acho melhor agente ir embora, continuar o plano. Você concorda?

A garota estava perdida, sem chão. O sangue nojento da criatura estava nas suas roupas, nas suas mãos, na sua pele, ela sentia como se tivessem lhe arrancado um pedaço da alma, do coração. Não queria que o choro voltasse, então ao ouvir a pergunta do rapaz apenas assentiu com a cabeça.

Frederick ajudou a jovem a se colocar de pé. Nos primeiros instantes as pernas vacilaram e ela achou que não conseguiria caminhar, mas o garoto lhe deu a mão e juntos seguiram em direção ao carro.


1 dia atras

Os quase dois dias, até chegarem ao acampamento, foram um borrão para Penny, se lembrava vagamente de um apartamento pequeno no centro de Londres, um banho rápido, havia uma driade? O aeroporto  lotado e Frederick tentando força-la a comer.

A noite em claro com lagrimas nos olhos, a lua brilhando pela janela do avião, e Frederick sempre lá, ao seu lado tentando arrancar um mísero sorriso. O aeroporto de New York ainda mais lotados e um taxi estranho dirigido por três velhas loucas, eram todas vagas lembranças.

A chegada ao acampamento se deu na parte noite, os jovens campistas cantavam musicas em volta da fogueira felizes e rindo. Quiron o centauro que comandava o acampamento, parecia ter sido informado dos fatos recente e liberou a jovem das apresentações oficiais, adiando-as para o dia seguinte.

Penny foi guiada até sua nova casa, o chalé dezoito, pela jovem monitora que após um rápido tour voltou para a área da fogueira, onde todos deveriam estar, já que o lugar parecia vazio. A garota tomou um banho rápido e se deitou na cama, sem forças pra mais nada, olhando para o abajur em forma de lua, rapidamente caiu no sono, pela primeira vez desde o acontecido.


Presente

Quando Penny acordou o sol já estava alto e mais uma vez o chalé estava vazio. Encontrou, surpresa, sua mala aos pés da cama, sem um pingo de animo a garota se preparou para sair. Queria conversar com Frederick.

Já estava de saída quando encima da mesa no centro do chalé encontrou o seguinte bilhete:

"Olá minhas e meus filhos(as), gostaram do chalé? Bom, estou orgulhosa de cada um de vocês, atenderei todas as preces e farei o possível para ser uma mãe presente, oferendas e sacrifícios serão recebidos com um sorriso no rosto, quero que saibam que eu os amo muito, só que como sou uma Deusa tenho responsabilidades e não poderei ficar com vocês sempre. Só aviso que meu coração sempre estará com vocês e sempre estarei observando cada um atentamente, quero que sejam fortes e acreditem em vocês mesmos, pois meus filhos são guerreiros da lua fiéis e tem um grande coração. Sempre que for possível, aparecerei no chalé para conversar com vocês, abraçá-los e demonstrar o quanto os amo, saibam que sua mãe aqui estará sempre ao lado de vocês, ajudando-os na medida do possível."

Se sentindo um pouco mais forte e reconfortada com a mensagem da mãe, Penny saiu do chalé procurando pelo companheiro de viajem. O que não foi uma tarefa dificil, já que o rapaz caminhava lentamente por ali. O coração da garota disparou a vê-lo chegar com sua familiar jaqueta de couro, um sorriso no rosto e uma xícara de café.

— Bom dia pequena. Vem,  vamos dar uma volta.

Os dois caminharam lado a lado por um tempo em direção aos campos de morango, Penny bebericava o café e olhava ao redor com curiosidade, o rapaz a observava discretamente, até que ele falou:

— Esta se sentindo melhor?

A garota se virou para ele e respondeu, sem nenhuma emoção na voz:

— Um pouco menos pior talvez. Consegui dormir essa noite.

— Que bom. — Frederick sorriu, passando as mãos nos cabelos e continuando meio vacilante:

— Você sabe que a tarde eu já vou embora, certo? Conforme combinamos aquele dia.

Penny o olhou chocada, tinha se esquecido completamente desse detalhe. Tentando esconder a surpresa a garota respondeu:

— Sim, claro.

Frederick sorriu levemente aliviado e completou:

— Eu sinceramente espero que você fique bem Penny, que você possa aprender muitas coisas, principalmente sobre si mesma. Eu sei que é um momento difícil e delicado, mas se eu posso te dar um conselho é para aproveitar cada dia  dessa nova fase.

Frederick não queria deixa-la, mas sabia que era o certo a fazer, enquanto falava segurou as mãos da garota nas suas e olhou no fundo daqueles olhos azuis. Sentiu o coração acelerar.

Quando o rapaz terminou de falar a garota tinha os olhos marejados e como em uma ultima tentativa, da fazer com que ele ficasse, a jovem morena aproximou-se roubando-lhe um beijo. Frederick foi tomado de surpresa e por instinto começou a retribuir o beijo de forma apaixonada. Se esforçando, no entando, afastou a garota.

Penny o olhou surpresa pela súbita mudança de atitudo. O rapaz a olhava de forma estranha e parecia ter dificuldade em proferir as palavras que se seguiram:

— Penny, você não pode fazer isso! Nunca, nunca mais! Entendeu.

A garota queria se enfiar embaixo da terra, de tanta vergonha. Com decepção na voz e quase sem conseguir juntar as palavras ela disse:

— Ma... Mas, eu achei que você também gostasse de mim Fred.

O rapaz tinha vontade de se jogar de um penhasco, mas alguém tinha que ser a voz da razão naquele momento e infelizmente ele sabia de quem era o papel. Com muito esforço e se sentindo um canalha ele disse de forma seca:

— Acho que você entendeu errado Penny, pra mim você é como uma irmãzinha mais nova. Afinal eu também sou filho de Selene e você ainda é uma menina. - As palavras saiam ásperas na boca. Mas se ele não fosse enfático, ela não iria esquece-lo.

A jovem filha de Selene o olhava com mais dor a cada palavra. Ao fim da declaração estava prestes a chorar, tentando diminuir a humilhação ela respondeu um seco:

— Boa viajem Frederick. — E se virou quase correndo em direção ao chalé.

Mais uma vezes estava aos prantos. Se sentiu uma garotinha idiota, uma garotinha orfã, idiota e que ninguém queria. A auto piedade e a raiva enchiam seu coração, quem Frederick Lewis achava que era para trata-la daquele jeito, desprezando seus sentimentos. Ele iria engolir cada uma de suas palavras.

Penny se lembrou do pai e da madrasta caídos sobre o sol da tarde, a lembrança recente, ainda doía. A garota se levantou, enxugou as lagrimas, lavou o rosto e se olhando no espelho, decidiu que seguiria o conselho recebido, aproveitaria cada dia dessa nova fase, aprenderia a lutar e a se defender de tudo. Nunca mais permitiria se sentir tão fraca e  impotente diante de uma situação.

Ao sair do chalé viu um pequeno embrulho ao lado da porta. Olhou em volta e viu Frederick se afastando lentamente com a cabeça baixa e a mochila nas costas em direção a saída do acampamento.

Abriu o embrulho com delicadeza e viu o Ipod branco enrolado no fone, ligou o aparelho e percebeu que todas as musicas tinham sumido, menos uma. A garota colocou os fones e dando o play ouviu a voz dos Batles em seus ouvidos:

"Penny lane there is a barber showing photographs
Of every head he's had the pleasure to have known
And all the people that come and go
Stop and say hello

On the corner is a banker with a motor car
The little children laugh at him behind his back
And the banker never wears a mac in the pouring rain
Very strange

Penny lane is in my ears and in my eyes
There beneath the blue suburban skies
I sit and meanwhile back..."

Sentiu um aperto no peito e as lagrimas querendo voltar, mas ignorou seus sentimentos e saiu caminhando decidida pelo acampamento, enquanto ouvia uma um musica idiota sobre uma rua idiota.
Leslie Lane
Leslie Lane
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Melanie J. Sapphire Qui 28 Jan 2016, 17:00



Crazy Ghost




                                                   
       
 ✟ ✟ ✟

-Progenitora Divina:
  Melinoe, deusa dos fantasmas e dos rituais fúnebres. É uma de minhas preferidas, talvez por me lembrar de outras entidades e deusas, de outras mitologias e religiões.
 A palavra espetacular tem 11 letras, possui 5 vogais e 6 consoantes. Ao contrário se escreve "Ralucatepse." Um de seus sinônimos é Melinoe.
E eu estou puxando saco, realmente.

- Características Físicas: A única coisa que a diferencia de um fantasma é o fato de estar viva (ou viva o suficiente para ser filha da deusa dos fantasmas.). Suas madeixas são demasiadamente compridas, loiras e lisas, com fios delicadamente penteados e colocados em seus devidos lugares.
  É dona de uma pele extremamente pálida, como a casca de um ovo, trazendo-lhe um aspecto delicado que logo é quebrado por seus olhos negros e aparentemente calculistas. Ela é incrivelmente baixa e magra para os seus 16 anos, embora tenha uma personalidade equivalente para alguém de uma idade muito mais avançada. Quase sempre está vestida de branco.
-Características Psicológicas
Talvez a menina não seja fria, talvez ela tenha sentimentos, claro que ela tem.
Só não é preciso demonstrá-los, na maioria das vezes, ela defende isso com toda a sua força. Sofre de uma repentina bipolaridade, ansiedade e uma leve (talvez não tão leve) esquizofrenia.
Ela é um poço de problemas e nunca (ênfase na palavra) aparenta ser a mesma pessoa.

Mas agora... Diga qual a necessidade de chorar por almas que já se foram? Ou então... O seu joelho ralado se curaria com suas lágrimas? Você é uma espécie de Rapunzel, aquela que deixa cair lágrimas nos olhos do príncipe encantado e eles rapidamente se curam? Báh, claro que não.
                               
-História:
                                         
✟ ✟ ✟
Talvez ela ainda se lembrasse daqueles olhos cansados e marcados por olheiras e leves rugas, com cabelos loiros e lisos quase cobrindo-os, do sorriso acolhedor e tenso ao mesmo tempo...
Talvez ela ainda se lembre do moço dono da funerária com um nome não muito criativo.
Ele era contador de histórias, amante de uma  imortal  e na maioria das vezes também era seu  pai.
                                                               
-[...]e talvez seja por isso que os cães ladram a noite, quando sentem a presença de Melinoe...

-O que é ladrar?- Aos seus pés estava uma menina minúscula, bonita e loirinha. Que estava na fase dos vestidos cor rosa e das perguntas.

-Tsc, tsc... Você faz perguntas demais para alguém de tão pouca idade. - ele sorriu, e seu sorriso era como o paraíso para ela. Logo após, levou a mão até o ouvido. -Está escutando?

-O que?- As duas pequenas palavras saíram em tom de surpresa da boca diminuta.

-Tenho quase certeza de que não tive uma filha surda, senhorita Melanie. -ele riu, com um brilho melancólico no olhar - Os cães estão fazendo barulho, talvez Melinoe esteja aqui, eita.

   Talvez ele realmente esperasse que ela retornasse para vê-lo, e um dia ela teria que cumprir a promessa.
                                                               
                                         
✟ ✟ ✟
Eram exatas 18h00min de um dia particularmente chuvoso e a garotinha loira brincava com um brinquedo (é preciso especificar, às vezes ela preferia brincar com facas ou fogo. Ou talvez com seus amigos não tão imaginários assim), talvez fosse uma boneca ou um carrinho, não era aquilo que fazia o dia merecer ser lembrado.
  E foi assim, tão rápido, em um infeliz 6 de julho.

“Por que diabos o telefone tocava tanto?”, era o que vinha em sua cabeça.

   Talvez ela tenha se levantado e caminhado para atender na nona ou décima vez de repetição sonora.
  Até hoje ela podia se lembrar da voz do policial, ou seja lá o que ele era, era rouca e autoritária, mas ao mesmo tempo trêmula e impaciente.
   Lembrava também, de como o moço lhe deixou confusa, perguntando diversas vezes seu nome, o que havia aprendido a escrever há pouco tempo.

"Melanie Sapphire Johnson. Eu sei soletrar, o senhor quer ouvir?"
, Era o que a garotinha repetia. Após poucos minutos, o moço exigiu que ela entregasse o telefone para um responsável, e naquela casa, sua tia era o mais próximo disso.
 Ele apenas queria lhe falar que o senhor Steven Johnson havia falecido em um trágico  acidente de carro, voltando da funerária, sem muitos detalhes.
 Nada demais, não?
                                                               
                                         
✟ ✟ ✟
-Meu nome é Melanie Sapphire Johnson, mas você não pode me chamar de Mel. Eu tenho 16 anos, meu pai está morto, eu nunca conheci minha mãe. E eu sou incrivelmente gostosa. -uma gargalhada seca escapou por entre seus lábios, mas logo se calou rapidamente.

-Não foi isso que eu lhe  pedi para dizer... - o homem era careca, com tufos saindo apenas pela parte lateral da cabeça. Era incrivelmente baixo, e sua sala inteiramente branca e sem graça daria agonia a qualquer um. - Agora, me diga... Qual o motivo de estar aqui, senhorita Melanie?

  -Vocês acham que eu sou louca, já deixo claro que não sou. -ela sorriu. - pode apostar que eu sou muito mais normal que você. As vozes me disseram, sabia?

  O psiquiatra analisou seu rosto com os olhos estreitos, enquanto coçava a careca.

-Como...?-foi o que saiu de sua boca, e ele assumiu uma posição mais confortável na cadeira.

 -Estou brincando, elas não me disseram isso. Oh, mas disseram coisas horríveis a seu respeito. - Ela brincou com os lábios, estalando-os. Logo após, riu baixinho- Por exemplo: O fato de você trair sua esposa com a secretária da clínica, e essas coisas.
 -Isso... Isso é uma audácia, um absurdo! Você não pode me manipular, sou um psiquiatra, eu entendo sua mente e todo esse seu comportamento-ele estava um tanto descontrolado, o que tornou tudo mais divertido.
 -Não eram apenas loucos que faziam essas listinhas?- ela olhou pras unhas, com uma risadinha irônica. - o senhor precisa rever seus conceitos.
Depois de ser muito contrariado, o psiquiatra que afirmava ter uma ótima sanidade, levantou-se e disse que ia tomar um café ou uma água. Não antes de bater a porta e ranger os dentes.

-Vai pegar um cafezinho com a secretária?- Melanie virou o pescoço para a porta, com um sorriso intensamente meigo e inocente.

-Estou decidido, colocarei soda cáustica na sua goela, sua... Imoral!- Ele bateu os pés ao sair, o que o fez parecer muito um hobbit ranzinza. Após o extremo escarcéu do moço, Melanie arrumou a postura no divã e aguardou algo que nem mesmo ela sabia o que era(dã.) Observou a mobília sem graça. Tudo era extremamente limpo, branco, cuidadosamente arrumado e  nem se precisava comentar sobre a tremenda vontade de bagunçar tudo aquilo. Uma mesa de centro branca (surpresa!) era usada pra empilhar diversos livros, todos com títulos demasiadamente chatos. Havia uma cadeira da qual nem se precisa dizer a cor e um divã, que sustentava o corpo da moçoila.

  Logo, ela soltou um suspiro e se encaminhou para fora da sala, escapando pela porta, silenciosamente. Parou então na sala de espera, onde ficou por alguns segundos olhando para secretaria ruiva em sua frente.

-Bom dia. - então ouviu a voz trêmula de um garoto, ele não parecia ter mais do que 17 anos. Os cabelos eram negros, mal penteados e encaracolados, e lhe caiam sobre os olhos cor café. A pele era pálida, mas não parecia em nada ser sólida, era turva. Também exibia uma camiseta laranja, rasgada, esfolada, com manchas bem parecidas com sangue e um buraco aberto em seu peito. Na camisa se destacava um símbolo estranho que mal podia ser visto por causa do sangue seco.

- Mas... Mas que diabos!-ela sussurrou o mais baixo que conseguiu. Já estava acostumada com mortos lhe importunando, embora isso não tornasse a situação menos dramática. Ajeitou o cabelo atrás da orelha, suspirou demoradamente e respondeu- Bom dia.

-Eu lhe disse bom dia!- um sorriso retardado brincava entre seus lábios, e seus olhos se mexiam loucamente de um lado para o outro. -Com animação!

-Aham. Com animação!Muita animação! - ela respondeu, mas seu tom de voz não anunciava a suposta disposição, muito pelo contrário. Encolheu os 4 dedos da mão e deixou a mostra o polegar, bem a frente da cara do garoto. - Mas... Mas que droga! Você tem um celular para me emprestar? Preciso ligar para minha tia, ainda não aprendi a voar.

- O que é um celular?-ele perguntou, e seus olhos pararam de se mexer, por um instante fitou  Melanie.- E eu também não seu voa... Ei! Eu acho que você é a garota que eu tenho que buscar!

-Esqueça. - A loira revirou os olhos negros, colocando a cabeça pra trás em uma tentativa de diminuir a impaciência.

-Não posso esquecer... Tenho que te levar, tenho que te levar... - Ele cantarolou, sua voz era aguda e irritante, tão irritante quanto o ritmo da pequena música. - agora.

-Ai que amor! Adoro pessoas como você, as que aparecem do nada e querem levar os outros para Deus sabe onde...mas hoje não. Estou falando sério, volte para o inferno de onde você veio!

-Mas... Moça, moça! Sua mãe exigiu que eu lhe buscasse... Com todas as letras. -ele estendeu os dez dedos das mãos, enquanto olhava fixamente pra eles. - Acho que "Você tem que buscá-la, sua criatura desprezível" tem mais de dez letras.

- Trinta e uma. -Ela respondeu, prontamente. - Espera... Minha mãe?

-Sim! Sua mãe! Acho que você também tem um pai, normalmente eles fazem as crianças juntos. - ele não parecia estar sendo irônico, apenas sorria de forma boba.
Ah, como ele era adorável!

A secretária lhe lançava olhares estranhos. Mesmo para um consultório de psiquiatria, não deve ser muito comum ver uma pessoa conversando com o nada na sala de espera.
-Vamos lá pra fora, por favor. - ela lhe chamou, não muito tranquilamente. - Ande!

-Eu estou indo, se acalme...- ele arregalou os olhos e tentou caminhar. Tomou fôlego ao chegar na calçada e recitou:- "Combater e morrer, é pela morte derrotar a morte, mas temer e morrer é fazer-lhe homenagem com um sopro servil."

-Mas que merda você está fazendo?- Ela perguntou, mas não pode evitar de sorrir e talvez dar uma pequena gargalhada.

-William Shakespeare.- e ele sorriu de lado.- " Ó doçura da vida: Agonizar a toda a hora sob a pena da morte, em vez de morrer de um só golpe e...."

-Pare, por favor. Agora me diga aonde você quer me levar. - talvez só um louco seguiria um fantasma pra onde quer que ele pretendesse ir, ainda mais um fantasma daqueles. Mas às vezes é bom não pensar tanto antes de fazer as coisas.

-Costa norte de Long Island, 3,141.- O som saiu como se ele tivesse passado horas na frente do espelho ensaiando como diria aquilo.- Talvez você saiba mais da sua mãe por lá.

-Ótimo... E como a gente vai chegar lá?- ela revirou os olhos, mas estava decidida a ir. Talvez só por vontade ou para se livrar de lavar a louça da tia, que não fazia nada mais além de sentar a bunda gorda no sofá e assistir OITNB ou qualquer outra série.

-Táxi. -ele respondeu da forma mais calma possível- da melhor qualidade.



-Eu não tenho dinheiro, talvez você ache que eu seja rica, mas vou lhe avisando que não sou. - Melanie brincou. - Você tem dinheiro?Taxis por aqui são uma fortuna. E qual o seu nome, mesmo?
- Aiden, senhora. E eu acho que tenho um dracma por aqui... - Ela observou o fantasma enfiar a mão em ambos os bolsos da calça surrada, esses estavam com diversos rasgos e furos. Podia-se ver o desespero crescer em seu rosto, até que o mesmo retirou o tênis e pescou uma moedinha redonda e dourada dentro dele. - Achei.

-Não sei se alguém lhe contou, mas não dá pra pagar táxis com moedinhas de chocolate.

-Eita.- Ele descascou o papel dourado, revelou então uma substância não muito sólida e de cor marrom. Provavelmente não estava muito bom para o consumo. Ele então tirou o tênis do pé esquerdo e encontrou outra moeda. - Acho que esse é um de verdade!

-Vá em frente. - Ela mal sabia do que estava falando. Ou nem sabia. Então o defunto de nome Aiden colocou a moedinha no asfalto

-Stêthi!-ele gritou-Ô hárma diabolês!

-Mas que merda você está... -Ela se calou quando as seguintes palavras vieram em sua mente: "Pare, Carruagem da Danação."
O asfalto escureceu e sugou a moedinha para dentro. Um lodo vermelho como sangue deu origem a um carro. Era um taxi cinza, e não havia dúvidas de que era feito de fumaça, palavras estavam escritas na porta "Mãsir Zentsitna"- Você manja das macumbas, Aiden. Parabéns.

-Duas passagens para o Acampamento Meio-sangue.-Aiden falou para o nada, sorrindo. Mas logo uma velha colocou sua cabeça careca, exceto por uns tufos grisalhos, para fora do carro.

-Você está morto. - A velha afirmou, murmurando. Ela parecia uma múmia.

-Eu sei. - O fantasma sorriu para ela e abriu a porta do carro.

                                         
✟ ✟ ✟
Resumindo, o táxi era pilotado por três irmãs completamente caducas que dependiam de apenas um olho.
Confuso, realmente.
E os nomes delas eram Ira, Vespa e Tempestade. Respectivamente.

Naquele carro, não haviam mais estômagos. Apenas gritos e reivindicações por um olho, elas subiam no meio fio e derrubavam qualquer coisa que achassem na frente.
"Onde essas velhas tiraram carteira?" Provavelmente corriam risco de vida, exceto o fantasma ao seu lado.
Elas entravam de forma violenta nas ruas, e não pareciam saber como chegar ao destino. Apenas sabiam discutir sobre aquela merda de globo ocular. Talvez Melanie estivesse disposta a retirar os seus olhos  e dividir igualmente com as irmãs.

-É minha vez. -Ira gritou. -Você está usando ele há três dias seguidos!

-Você é uma idiota. -Rosnou a velha de nome Vespa, enquanto Tempestade estapeava seu braço. -Eu só usei ontem!

 Já haviam saído do Brooklyn e atravessado Long Island, quando elas pararam entre as árvores. Uma colina podia ser vista com um monte pedras gigantescas, que juntas formavam um punho.

-O punho de Zeus. O lugar que pode lhe acariciar e lhe machucar ao mesmo tempo. - Aiden anunciou, antes de Melanie tentar lhe dar um tabefe, mas sua mão atravessou o ectoplasma. Ele abriu a porta e esperou que ela saísse. – Vamos, senhorita. Desça e caminhe! Você quer estar morta antes do 12h00min?

Ela bufou, fitando o rosto do fantasma descarado. Colocou os pés para fora do veículo, depois de Aiden lhe chamar e entregar-lhe uma simples faca de um material semelhante a bronze.

-Ok... Não estou vendo pães e manteiga por aqui. -Ela brincou. - Para que vou usar isso?

-Provavelmente você vai descobrir. - E ele lhe um sorriso brincalhão, antes da Carruagem da Danação partir, junto com as Irmãs Cinzentas e seu adorável e repugnante olho.-Nós nos veremos, senhorita!

E lá estava ela, largada no meio do mato com uma faca e um cartão da clínica de psiquiatria no bolso. Avaliou que seria sensato voltar para lá e avisar a tia... Mas desde quando Melanie J. Sapphire era sensata?
           
✟ ✟ ✟
Estava caminhando há 20 minutos, não poderiam tê-la deixado em um lugar mais próximo?
  O desejo de socar a cara do fantasma desgraçado lhe atingiu em cheio, embora a vontade de socar a própria cara fosse maior. E assim ela fez, estapeou a própria bochecha, por ter entrado em um carro feito de fumaça com três velhas cegas (exceto por um único olho, que elas não dividiam muito bem) e ser lançada no meio do nada.
 Suor banhava a testa, fazendo com que seus fios penteados de forma tão cuidadosa fossem ficando bagunçados a cada minuto. Enquanto amarrava o moletom na cintura e encurtava a calça suja até os joelhos, um barulho lhe chamou atenção, acima de um pinheiro. Algo vermelho e desfocado estava se equilibrando entre os galhos, piando de forma desagradável.
Era um pássaro? Um avião? Ah não, era uma harpia! Ou pelo menos era idêntica aos desenhos de seus livros infantis, aqueles que se pai lia.
Palavras estranhas saíram de sua boca, antes que ela pudesse impedir. Talvez fossem xingamentos proferidos na mesma língua que Aiden e as Irmãs Cinzentas falavam.
 Aiden e as Irmãs Cinzentas!
Não haviam outras criaturas que ela sentisse tanto ódio, exceto por ela mesma, do que aqueles quatro nojentinhos!
Jogar pragas no fantasma e nas velhas caducas não adiantaria em nada, e ela fez algo que adiantasse alguma coisa?

Não! Surpresa! Melanie apenas se virou e correu. Quando a harpia se aproximou, suas feições foram mais visíveis. Seu rosto parecia humano, exceto pelo bico saliente. Penas vermelhas enfeitavam todo o seu corpo magrelo e enrugado.

 -Uma mocinha branquela para o café da manhã. -ela cantarolou. - Baixinha e magrela, melhor do que carne seca.

Não podia correr mais do que estava correndo, mas também não poderia ter parado. Ao sentir as unhas afiadas da harpia entrando em sua coxa, ela teve certeza disso e deu um grito de agonia.

-Sua... Verme! Insolente!- ela gritou e passou a mão na perna para limpar o sangue. A harpia desgraçada continuava avançando e para piorar tudo, a mocinha abestada tropeçou em um galho e caiu.
Maldito galho! E maldita Melanie abestada!
A harpia chegou perto do seu rosto, tentando acertá-lo com o bico quando a menina desferiu um golpe no rosto enrugado do monstro com a faca. Ela berrou, ou talvez tenha piado, e caiu para trás com as asas sobre a bochecha sangrando. Mas logo se pós em pé, antes mesmo da garota. A única escolha de Melanie era correr, e estava quase enxergando uma placa em sua frente, se não fosse pela miopia e a visão turva.
"Acampamento Meio-Sangue", provavelmente estava escrito.
Sua coxa lhe trazia dificuldade para correr, e ela já havia batido o corpo  em três árvores durante a fuga. A harpia estava lhe alcançando, com ódio crescendo em seus olhos avermelhados e fundos.
Ninguém sabe o que deu naquela cabeça de mértila, mas na hora do desespero, ela resolveu virar e atirar a faca em uma das asas da harpia, mal pegou de raspão.
Tcharam! Agora estava desarmada, com uma coxa sangrando e um pé provavelmente torcido por conta das várias quedas. Já estava pensando em flexionar os joelhos e rezar para Deus, Zeus, Odin, Shiva ou qualquer um que estivesse disposto a ajudá-la naquele momento.
 Foi quando uma flecha extremamente certeira atravessou o corpo da mulher-pássaro e ela caiu no chão, sem vida, logo uma nuvem de pó amarelado se dissipou.
"Katniss Everdeen?" Foi o que veio primeiramente na sua cabeça, mas quem estava atrás dela era um garoto bonitinho e loiro, que não tinha mais que 13 anos e trazia um arco em suas mãos. Logo outros adolescentes se juntaram a cena.

-Melinoe! -Uma garota ruiva e sardenta gritou ao ver o Gasparzinho, O Fantasminha Camarada flutuar na cabeça da menina. Brincadeira, Gasparzinho estava ocupado sendo camarada com outras pessoas.
A verdade foi que uma névoa densa envolveu o corpo pálido de Melanie, até que foi possível flutuar uns 7 centímetros do chão. Dois minutos depois, para sua extrema felicidade, ela desabou e perdeu os sentidos.
Que já não eram muitos.

                                     

Armas usadas:
Poderes Ativos:
Poderes Passivos:
Considerações Finais:


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Vitor S. Magnus Qui 28 Jan 2016, 21:54


Avaliação
Bryan F. Welch


E
ntão carinha, achei a tua história um pouco confusa desde o começo. O lance do Bryan ser "órfão" e ter tudo o que quer até aí tudo bem. Mas o lance de Afrodite ter aparecido pra ele daquela forma no meio do shopping e o sátiro tomar formas humanas... Isso ficou meio sem sentido.

Primeiro: são raras as vezes os deuses interferem na vida dos filhos, geralmente eles reclamam um filho só marcando o símbolo mesmo.

Segundo: Sátiros não tomam formas humanas. E tu disse que o sátiro era tanto o tio do Bryan quanto a tia. Como Bryan não percebeu isso desde o começo?

Terceiro: Escada subterrânea? Tem que ir com calma, carinha. Tem coisas que precisam ter uma certa coerência.

Fora esses pontos têm detalhes bem importantes pra comentar. Cuidado com a ortografia - não conta muito na reclamação, mas pratica desde já porque conta muito em outras coisas. Estrutura do post, se for colocar muitas falas faz de uma forma que não fique tão desestruturado, prefira narrar mais coisas do que mais falas. Dá mais explicações da história do teu personagem e procura colocar coerência nos fatos.  

Acho que é só isso. Procura a ajuda dos monitores e dos players mais experientes pra tu crescer no joguinho.

Por enquanto, reprovado. Não desista.

Sandor Quarrel

Sandor... Eu expliquei superficialmente os erros pra tu, mas vamos pro partes.

Tua história foi mais ou menos assim: "Eu já sabia de tudo, um dia veio o sátiro e sou filho de Hefesto."

Pô, beleza, é uma história. Mas seria muito injusto te passar com tantos detalhes faltando. Por que o Sandor já sabia de tudo? Por que ele não se surpreendia com os sonhos/visões que tinha? Por que ele não foi procurar saber os significados? De onde ele é? Quais as dificuldades que enfrentou até completar a idade que foi pro acampamento? Isso e várias outras perguntas que podem refinar tua ficha, sacas?

Se quiser ajuda, os monitores estão disponíveis e jogadores experientes também. Tu tem uma boa escrita e já sabe estruturar o post, então o resto é moleza... Se seguir essas dicas tu passa de certeza.

Por enquanto, reprovado.


Qualquer dúvida, reclamação, stress... Só enviar MP


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoya Bryonia Sáb 30 Jan 2016, 05:17

— Por qual deus deseja ser reclamado e por quê? Ursulla carrega traços que Nêmesis preza, como a justiça e equilíbrio, sendo o fator principal da escolha de sua reclamação. Por outro lado, eu não vejo qualquer outro deus regendo minha personagem, já que desde as escolhas a personalidade foram moldados em volta deste progenitor divino. E por fim, as habilidades e presentes de reclamação que fizeram eu me agradar imensamente de ter escolhido a respectiva deusa.

Cite as características físicas e emocionais de seu personagem: Corpo estreito, porte alto e uma pele branca e macia. Possui cabelo longo, liso e loiro, normalmente partido ao meio. Seus dedos são levemente tortos, detêm de sardas nas maças do rosto e em seu nariz. Calma, costuma ser um tanto robótica, demorando para mostrar seus sentimentos ou as vezes nem sequer os mostrando. Fala apenas quando pedem, assim como sua opinião, o que entra em conflito por ser justiceira e defender os oprimidos ou injustiçados. Tem o talento de perdoar com facilidade, e conseguir ver o melhor das pessoas, sendo normalmente isso que a faz sorrir.

— História de Ursulla Hetrovich Nadeaushka Tolegovnah:

A princípio, Ursulla soube que era semideusa desde que se entende por gente, diferente do clichê caso de pais que escondem dos filhos a magnificência que corre em suas veias para "protege-los". Tem como mãe biológica e progenitor divino a deusa Nêmesis, contudo teve sua criação pela esposa de seu pai biológico, que adotou a menina de sobrenomes complicados sem questionar. E assim tornou-se a primeira de sua família a ser reconhecida como semideus, um bastardo aceitável.

Seu pai era Tovinn Tolegovnah, de 32 anos e um dos melhores advogados da época, proporcionando todo os mimos e a riqueza de sua família. Trabalhava  em Nova Iorque, e lá residia em um bairro nobre com sua família, e apenas a deixava enquanto fazia curtas viagens a trabalho.

Logo no início de sua adolescência os mimos e privilégios tornaram-se constantes na vida da garota, e foi quando aflorou uma das heranças de seu progenitor divino: o equilíbrio, sabia como o dinheiro e o poder levavam a loucura e não queria sofrer a consequência. Com isso tornou-se simples, humilde e colocou a qualidade de equilibrar as coisas em praticamente tudo de seu cotidiano.

A maioria dos semideuses são frequentemente atacados por criaturas mitológicas, como se fossem um imã de monstros, no entanto Ursulla nunca sofreu destes ataques. Claro que isso parece incoerente e que o universo deve ter errado quanto a isso, porém sua mãe garantia que nenhuma criatura iria toca-la enquanto estivesse com ela.

Tolegovnah sabia da existência do Acampamento Meio-Sangue, porém seus familiares asseguravam que não havia a necessidade de passar as férias de verão lá, já que não acreditavam que algum mal pudesse acontece-la. E de fato assim foi, até seus dezesseis anos.

(...)

O inverno havia chegado, e com ele a selva de pedras que chamavam de New York estava coberta de neve. Ursulla não presenciou que estava nevando na noite anterior, portando o frio fluiu rápido feito um raio em seu corpo coberto apenas pelas vestes de dormir. Contudo, não foi o clima gélido que a acordou, e sim o som nada conveniente de rodinhas de mala deslizando pelo chão de madeira do corredor. Levantou com um pulo, calçando suas pantufas e dirigindo-se a cozinha, onde sua mãe devia estar preparando a costumeira e deliciosa refeição matinal.

— Eu ouvi som de mala, vamos viajar? — questionou a semideusa enquanto adentrava a cômodo da cozinha. Viajar foi a primeira explicação que veio a cabeça da jovem, afinal era quase véspera de natal e os Tolegovnah sempre viajavam naquela época.

No mesmo momento a mãe de Ursulla, Derllla que preparava ovos, virou-se demonstrando seu clássico sorriso de classe alta. — Bom dia querida! — respondeu a mulher — Infelizmente não... Seu pai foi a pouquíssimos minutos para uma conferência, em Connecticut.

A loira desanimou-se no momento, balançando os ombros e sentando-se a mesa.

— Não desanime meu docinho! Eu preparei algo especial para nós fazermos enquanto seu pai está fora: Acampamento das garotas! — falou Derlla forçando uma voz animada.

— Sem o papai? Nós seremos comidas por ursos, eu aposto... — respondeu a garota.

— Ah, vamos lá! Somos mulheres fortes e independentes, não precisamos de homens para nós assegurar, certo? — a mãe usou da ideologia da filha para convence-la a participar da atividade.

Ursulla riu junto da mãe e então acenou com a cabeça, aceitando a proposta. Orgulhava-se de ter uma mãe não biológica tão legal, conhecia casos de madrastas que odiavam seus filhos.

(...)

A princípio era apenas um acampamento de mulheres, porém a viagem tornou-se mais longa, indo a Long Island e lá começando uma caminhada as cinco horas da tarde. Derlla tomou a linha da frente e conduziu sua filha pelo trajeto, que  começou de dentro da floresta e foi levado até colinas que os galhos não alcançavam. A neve já não caia mais, contudo ainda havia muito dela para afundar o pé.

— É ali, eu te trouxe! — A madrasta disse com uma mistura de alivio e felicidade no rosto, mas tudo isso desapareceu quando sua pele desfez como a troca de pele de cobra e uma casca cinza e escura substituiu o seu antigo tecido natural. Sua mão tremia sem cessar, porém era fácil distinguir que ela apontava para o portão de pedra que estava logo a frente de Ursulla, neste havia marca de símbolos gregos. — Entre sua imunda, o que você está esperando!? — completou aos berros.

A gerade de Nêmesis pois-se a disparada contra o portão, adentrando e revelando a visão de um acampamento. Medo, fúria e confusão se misturavam na cabeça da garota, mas ela conseguiu então descobrir qual lugar era aquele. O Acampamento Meio-Sangue.





Abra, por favor <3:
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Max King Sáb 30 Jan 2016, 18:31


Character
Ficha de Reclamação


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
 Apolo:
  - Eu sempre gostei de mitologia grega desde pequeno, e Apolo e Ártemis, sempre me chamaram a atenção, seria por serem gêmeos, não sei, mas sempre gostei dos 2.
  - Usuários de arcos e música, duas coisas que eu amo.
  - Podem dar buffs para aliados. eu quase sempre crio supports em RPGs, então não seria diferente.

- Perfil do Personagem: (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
> Características físicas:
Maximilian King, tem 15 anos, cabelos louros, e lisos que caem levemente pelo seu rosto, olhos azuis arroxeados como o céu no fim da tarde, um corpo atlético distribuído em um metro de oitenta e três de altura, sua pele é um pouco bronzeada, usa sempre um pingente em forma de sol feito tem topázio imperial dado pela sua mãe antes de morrer.
> Características psicológicas:
Max como comumente é chamado, é um garoto alegre e divertido, consegue colocar o sorriso no rosto de várias pessoas com o seu jeito engraçado e extrovertido de ser e se sente bem desse jeito, "afinal a vida é tão curta, por que não aproveitá-la da melhor maneira?", sempre foi um garoto belo e que chamava a atenção, e não só das garotas, sempre fiel a seus amigos, não tolerava que ninguém os ferisse de qualquer forma, característica que fez com que Max ostentasse um olho roxo por uma semana ao brigar com Marcus Smith, um brutamontes encrenqueiro, conhecido na escola como Red Head, pela coloração castanho avermelhado dos seus cabelos, coisa que não afetou seu charme, pois agora todos queriam cuidar de seus ferimentos.
Mas toda essa alegria e vontade de fazer os outros felizes, partiu de um momento sombrio de sua vida, antes da sua mãe morrer de câncer, ela deu para Max um pingente em forma de sol e falou, que ela sempre estaria com ele todos os dias, e que era para ele sorrir, e fazer todos sorrirem pois esse seria o melhor presente que ele poderia dar a ela.

- História do Personagem:
Era um dia normal na Ouran quando tudo começou, era um dia de inverno, e nós não víamos o sol a mais de uma semana, isso me incomodava, me fazia pensar que nunca o veria novamente e isso me deixava um pouco triste, mas o pingente da minha mãe me lembrava, que deveria ser feliz sempre em sua memória, eu precisava me apressar eu era o presidente do clube de boas-vindas e festividades da Ouran School e eu não poderia de dar os retoques finais na festa de boas-vindas aos calouros e transferidos.
Saí do meu quarto no dormitório masculino e segui para o pátio de cerimônias, os outros membros do clube estavam lá, junto com membros voluntários de outros clubes, em sua maioria meninas, elas gostavam de estar ao nosso redor, mas haviam alguns meninos também, e entre eles Marcus, o Red Head, sim, o garoto que havia me dado um soco no olho semanas atrás, a diretora queria expulsá-lo por aquilo, era a 5 advertência dele e a escola só tolerava 3, eu conversei com a diretora e pedi que não o expulsasse, mas sim que o mesmo tivesse que ajudar na preparação do evento, ela concordou e ele parecia que preferiria ser expulso a me ajudar em alguma coisa.
Era Hora de Abrir as portas e deixar os alunos entrarem, eram muitos, mas pouco a pouco nós membros do clube, nos apresentamos e verificamos se todos estavam bem, mas um dos garotos me chamou a atenção. Kurt Meu melhor amigo, me seguia feito uma sombra, perguntei a ele várias vezes o que ele estava fazendo ou o que ele queria, ele só me respondia que poderia ser mais útil perto de mim, pois assim ele conseguiria assumir o controle da festa assim que eu fosse para o coreto, não perguntei mais, continuamos conversando sobre tudo e como nós éramos ao entrar na Ouran, vários sentimentos me vieram a memória naquele momento.
O evento ocorria bem, o clube de música tocava no Coreto que existia no centro do jardim, eu não estava lá pois estava organizando o evento, mas participaria de uma apresentação no meio do evento, faria participação como violinista, perdido entre os convidados, só percebi que era hora da minha apresentação quando Kurt veio até mim, e me alertou, segui para o coreto, e começamos nossa apresentação de as quatro estações de Vivaldi, todos olhavam para nós, e o sol parecia querer apreciar a música que tocávamos pois naquele momento as nuvens não existiam mais e o céu estava limpo, tocávamos cada nota com perfeição e alegria, todos se mantinham atentos, nos 2 minutos finais, com o ritmo mais acelerado, meu coração também acelerava, e ao final da apresentação, o som da salva de palmas invadia o local.
Minha apresentação havia acabado, e alguns dos veteranos vieram me parabenizar pela apresentação junto com a diretora, me despedi deles e fui em direção, a Kurt, que estava um pouco apreensivo, perguntei para o mesmo, qual era o problema e o mesmo me respondeu que havia perdido Marcus de vista, olhei em volta e não avistei Marcus também, ele com certeza estava colocando alguns dos calouros sobre sua influência amedrontadora, As crianças mal haviam chegado e aquela deveria ser uma experiência perfeita, não deixaria ninguém estragar aquilo, não na festa que eu me esforcei tanto para criar.
Falei com Kurt para que ele cuidasse, de tudo enquanto ia atrás de Marcus, o mesmo insistiu em ir comigo, até que eu não suportei mais e o deixei vir, falei para Ariadne que ela estaria no controle da festa enquanto estivéssemos fora, ela sempre quis aquilo, era a oportunidade que ela tinha de estar no controle, e ela não iria negar isso nem por um milhão de dólares, fomos para os corredores anexos, olhando cada sala para verificar o que estava acontecendo, encontramos Mung Son e sua namorada em uma das salas quase no ato, fechamos a porta o mais rápido possível e seguimos, até que ouvimos uma discussão. Existia uma voz desconhecida e a outra parecia a de Marcus mas parecia que ele estava chorando, ele falava em meio a soluços que não sabia, que não era para machucá-lo e então foi que ela gritou.
- Onde está o Filho de Apolo!
Ao ouvir isso, olhei para Kurt tentando entender o que estava acontecendo, mas o mesmo estava suando como nunca, ele puxou o meu braço e falou que nós deveríamos sair Dalí agora, não entendi, mas se aquela mulher estava ameaçando Marcus e ele estava mesmo assustado, deveríamos ajudar, olhei para Kurt e falei.
- Vamos Ajudar.
- Ah Não.- Dizia Kurt com pesar na voz. Pulamos para o corredor onde estavam a mulher e Marcus, e foi quando eu gritei.
- Senhora, o que está fazendo com ele, isso é crime, violência psicológica ou física, nós somos testemunhas e a senhora pode ser presa.- a mulher se virou ela tinha uma bolsa grande prateada e um guarda-chuva da mesma cor, vestia um vestido verde apertado no corpo cheio de curvas e um salto preto. Olhou para mim, e colocou a língua para fora, Kurt me empurrava assustado, ela gora olhava para mim como uma leoa faminta olha para a sua presa, meus pés estavam presos no chão, então Kurt Gritou.
- Corre Max!
Com aquilo eu acordei, pisquei os olhos algumas vezes e a mulher não era mais uma mulher, bem não mais da cintura para baixo, ela um tipo de cobra digna de um filme da anaconda, corri diretamente para onde nós tínhamos vindo, Kurt estava alguns passos atrás de mim e ele falou, para irmos para o clube de Arquearia, olhando mais uma vez para trás, olhei para suas mão e não havia mais guarda-chuva ou bolsa, mas sim uma espada e um escudo, ela dizia em voz alta.
- Que Sorte, minha primeira vítima será um filho de Apolo!
Estávamos chegando perto, era só mais uma curva para a esquerda, e eu não consegui mais saber o porquê ela me chamava de filho de Apolo, ele era um deus da mitologia grega, mas sinceramente não conseguia pensar em nada mais que fugir daquele monstro naquele momento.
Ao chegar no clube de arquearia, fechamos a porta colocamos um armário na frente da porta e ele falou.
- Pegue seu equipamento Max!
Peguei o meu kit de arco e flechas prendi a aljava nas minhas costas o mais rápido que nunca, era um campo, muito grande, para a prática de arco e flecha, Kurt me levou para perto do muro que separava os limites do colégio e fez uma concha com as mão para que eu pudesse pular, então, eu parei e perguntei.
- O que está acontecendo? tem um monstro no colégio e nós não vamos avisar ninguém?
- Ela está atrás de você e eu tenho que te proteger, então vamos pular esse muro logo?
- Porque ela está atrás de mim?
- Sim, eu explico tudo depois.
- Tudo bem mas você vai me explicar tudo.
Ele me subiu para cima do muro e depois eu o ajudei a subir, fomos para o meio do bosque que cercava o instituto, paramos em uma clareira, quando ele falou que nós deveríamos, estar seguros ali.
- Agora você vai me responder tudo!
- Tudo bem só se acalma, não é minha culpa!
- Tudo bem - Me tranquilizando falei em um tom mais baixo - Primeiro, O que era aquilo?
- Aquilo era uma Dracaena.
- E o que é uma Draecanea?
- Dracaena, é um monstro metade mulher metade cobra.
Isso eu poderia deduzir pelo que eu tinha visto, mas não era hora de brigar com o Kurt, ainda sim algumas coisas me intrigavam.
- Como você sabe o que ela era? Porque sabia que ela estava atrás de mim? E porquê... porque ela estava atrás de mim.
- Bem digamos que eu e você fazemos parte do mundo delas, nós estamos todos no mesmo barco e ela estava atrás de você porque você é um semideus, filho de um dos deuses mais especificamente, Apolo.
Isso é impossível, minha mãe falou que o meu pai era um viajante.
Uma luz muito forte vinha de um lugar perto da clareira, Kurt desviou o olhar e eu também desviei, não sabia o motivo mas sentia que deveria. depois de abrir os olhos um homem de pelo menos 20 anos bem bronzeado, mas não parecia artificial, roupas estilosas e cabelos loiros, iguais aos de algumas pessoas da Califórnia, chegou na clareira, eu não sabia o porquê, mas sentia que ele não me machucaria pelo menos não de imediato, então ele falou.
- E ela não mentiu para você garoto! Deixe-me adivinhar, ela falou que seu pai deu a volta ao mundo muitas vezes e falou para ela de muitos lugares que ele visitou?
Eu estava impressionado de como ela sabia disso? Era algum tipo de vidente? Olhei para Kurt e ele parecia mais espantado que eu daquele homem estar ali. Então eu perguntei.
- Quem é você?
Ele olhando para mim, foi como se duas flechas estivessem sendo miradas para mim, mas ao mesmo tempo sentia um calor agradável em mim.
- Não consegue reconhecer o próprio pai? Que vergonha. Eu mesmo mandei ela falar isso para você.
- Então você é... Apolo?
- Ding ding ding! Resposta Correta!
- Essa coisa dos deuses gregos é mesmo real? - Olhava para Apolo sem ao menos acreditar.
- Sátiro? Leve ele direto para os avós dele Ok? - Dizia ele para Kurt - E garoto? - Olhei para ele, assustado, muitas informações estavam passando pela minha cabeça. - Seu "Verão" estava muito bom...
Ele voltou para a mata e uma luz ofuscante mais uma vez inundou o bosque, quando recobrei a consciência, olhei para Kurt que agora estava tentando me ajudar a levantar, e pensei no que o homem havia falado.
- Kurt, você é mesmo, meio bode?  
- O Termo correto é Sátiro
- Ok, Ok...Espera! Meus avós sabiam disso?
- Sim, eles sabiam desde o momento que... aconteceu aquilo com sua mãe. Afinal eles eram os responsáveis por você e não queriam deixar você ir para o acampamento.
- Acampamento?
- O lugar para onde vamos... Acampamento Meio-Sangue.
Então saímos daquele bosque, eu, felizmente, estava com minha carteira, então seguimos para Nova York, onde meus avós moravam, no caminho perguntei a Kurt que se apolo era mesmo aquele cara e se ele era mesmo meu pai, por que que o mesmo não nos ajudou a chegar em Nova York, e ele me explicou que Deuses não podem ajudar seus filhos, coisa que eu achei uma afronta a ideia de uma família, chegando na casa dos meus avós, descobri que eles realmente sabiam sobre tudo e era por isso que eles optaram por uma escola que ensinasse Arquearia, música e tudo mais, fiquei super irritado, coisa que não acontecia com frequência, mas eles havia escondido isso de mim a minha vida toda eu me sentia traído, e uma coisa que eu não tolerava era traição.
Eles concordaram que eu deveria ir para o tal acampamento meio-sangue e então meu avô pegou sua Picape Strada Modelo 2014 Vermelha, e nos levou até Long Island, durante todo o caminho, eu fiquei de boca fechada, não dei uma palavra com meu avô, apesar de ter me despedido da minha avó, eu ainda me sentia traído, Kurt no banco de trás junto comigo me passava mais informações sobre mundo que eu passara 15 anos sem saber nada, fomos seguindo pela estrada até o local que Kurt mandou meu avô parar. No fundo eu sabia que eles tinham feito aquilo para me proteger, então desci do carro e meu avô desceu também, então dei um abraço nele, aquilo significava que eu havia entendido que eles fizeram aquilo para o meu bem, dei um beijo em seu rosto e ele deu um em minha testa como ele sempre fazia quando eu era pequeno. Me virei e lá estava Kurt com as calças na mão, literalmente, ele ostentava sua bunda peluda, que me tirou um riso de canto de boca e então subimos a colina juntos, no topo da colina parei, olhei para onde meu avô estava, olhei para o meu futuro, tirei o pingente de debaixo da minha camisa e dei um beijo, se essa era minha nova vida, seria o mais feliz que eu pudesse ser, em memória da minha mãe.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Oliver H. Greyback Sáb 30 Jan 2016, 23:50


Avaliação
A mão da reprovação chega a tremer
Ursulla - Aprovada

Sua ficha ficou interessante, principalmente a resposta às primeiras questões (exceto que não dividiu características físicas de psicológicas). Na história, porém, houve alguns erros que após se acostumar melhor com o fórum devem desaparecer. Sucintamente: erros de digitação bobos, a maioria deles acentuação errada (maças ao invés de maçãs; nós ao invés de nos), e a falta de detalhamento no enredo. Você cita, e explica (o que não é errado) o passado, porém ao falar do que mais importa, o faz de maneira muito concisa, deixando lacunas sobre como algumas coisas acontecem. Mesmo assim, a falta de descrição não foi suficiente, a meu ver, para que fosse reprovada. Bem-vinda, filha de Nêmesis.

Max - Reprovado

Sua história, apesar de ter sido bem desenvolvida contém muitos erros, que impossibilitam sua reclamação por hora. Dentre eles, o principal foi a escrita confusa, devido aos períodos muito grandes e recheados de vírgulas, que faz com que a leitura fique corrida, problema esse agravado pela extensão dos parágrafos (também tente colocar linhas entre eles para que a leitura fique menos pesada). Faça uma revisão de seu texto, para notar como a narração parece apressada (bem como para corrigir erros de digitação que passam despercebidos). Indico-lhe a ler outras fichas, que foram reclamadas, para que tenha uma ideia melhor de como deve escrever.

Além disso, houve alguns pontos de incoerência no texto, o mais importante deles sendo a  aparição do deus Apolo, uma vez que deuses raramente aparecem para seus filhos a não ser em sonho. Com essas dicas, creio que conseguirá passar da próxima vez e se tornar um escritor melhor.
♥ Thanks, Andy 'O' ♥
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Dom 31 Jan 2016, 21:18


Avaliação




Obs: O link para a ficha dos semideuses se encontra junto ao nome dos mesmos.

Penny Lane

Olá, moça. Sua ficha me trouxe um pouco de confusão, e não me refiro ao seu tamanho extenso. Apesar de contar com uma história bem estruturada, houveram erros que se repetiram no decorrer da narrativa e alguns problemas de coerência que necessitam ser revistos. Muitas palavras deixaram de ser acentuadas, assim como foram também recorrentes problemas com pontuação e de palavras escrita de forma errônea ou indevida (por exemplo: "se quer" no lugar de "sequer", "agente" no de "a gente", "traz" quando o correto seria "trás" e "concerto" em vez de "conserto")- algo que uma revisão ajudaria. Em alguns trechos houve repetição de termos, o que dificultou a compreensão, como nos seguintes:

"[...]já ja jurara a si mesma que um dia descobriria toda a verdade."
Mas a ultima coisa que queria era queria assusta-la ainda mais."

Contudo, não foram apenas os erros acima citados que comprometeram para a minha decisão, mas sim os relativos à coerência. Em primeiro lugar há licantropia de Frederick, um poder acessivo a poucos filhos da Lua por necessitar de um level bem alto. Na verdade, não se trata de um erro de fato, mas sim um comentário, dado que nada impede do semideus ser bem treinado e suficientemente poderoso - mas volto a ressaltar que é algo raro. Quanto ao bilhete, peço perdão pelo meu equivoco, mas o anteriormente dito sobre a interferência direta e contatos dos deuses com seus filhos segue valendo.

Apesar de você possuir uma história interessante, os motivos apontados me fizeram optar por reprová-la - por pouco, admito. Porém, não desanime: como disse, a história da sua personagem é boa e, uma vez corrigidos os erros, basta postar a ficha novamente. Seja bem-vinda e boa sorte!

Reprovada


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Então, moça, serei bem objetiva. Não pude encontrar erros significativos na sua ficha que mereçam algum comentário. Pelo contrário, tudo saiu muito bem, desde a sua forma de narrar a personagem e a sua personalidade quanto a história em si. Assim sendo, parabéns, filha de Melinoe.

Aprovada



Dúvidas, comentários ou qualquer coisa em que eu possa ser útil de alguma forma basta contatar-me por mp.

Obs: Avaliação refeita em parte e repostada após constatação de erro na mesma.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Seg 01 Fev 2016, 21:37

Atualizado.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Yuki Maru Seg 01 Fev 2016, 23:02



 Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
A minha vontade de reclamar esse Deus é justamente porque ele é um dos meus preferidos na mitologia grega. Ser o filho do Deus do Sono é simplesmente incrível (as habilidades que eu consigo com isso me agradaram bastante) ainda mais depois de acompanhar a aparição dele no anime Cavaleiros do Zodiaco (também no Lost Canvas)

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas)
Características Físicas > Yuki possui treze anos de idade com as expressões faciais características de sua idade. Cabelos longos e finos de coloração dourada, seus olhos azuis como o céu dão contraste para a cor do cabelo. Vestindo uma roupa tipica da Igreja em que morava na Itália, um manto preto com detalhes dourados e uma corda roxa que firma seu manto. Imagem Para Referencia

Características Psicológicas > Durante sua vida, Yuki, sempre foi um garoto gentil e atencioso com todos, gostava de fazer amizade por mais difícil que isso fosse parecer para ele. Tal forma de tentar agradar todo mundo as vezes parecia bastante irritante para alguns o que trazia a dificuldade em fazer bons amigos. Sabia apreciar os pequenos bons momentos e admirava qualquer tipo de arte sendo um grande fã de pinturas.

Historia
Algumas humanas buscavam prazeres mas nada obtinham. Era um rigoroso inverno na Itália, uma pobre mulher, linda mas que não era valorizada por homem algum buscava o amor com seu próprio corpo, seus pensamentos na noite fria eram de puro libido que transbordava em forma de suor por todo seu corpo. Adormeceu com aquilo em mente enquanto o Deus do Sonho observava seus atos e seu sonho e aquilo tudo despertava seu interesse. Sua vinda para o mundo dos humanos foi por puro prazer, a fecundação de um ovulo mortal era proposital para gerar um amado filho, um Semideus. Cayla, como era chamada a futura mãe do Semideus, não sabia diferenciar a realidade do sonho e os prazeres que sentia ficavam como frutos de sua imaginação, porem, as consequência viriam apenas meses depois.

x

Os primeiros sintomas foram aparecendo e a mulher descuidada ignorou durante os primeiros cinco meses. Os sintomas eram mais claros ainda, a barriga de Cayla crescia e a mesma já sabia o que estava acontecendo, enfim recorreu a seus últimos amantes nesses cinco meses antes da gravidez, porem, todos eles negavam a paternidade e a mesma se desesperava pensando em aborto. Usou os métodos mais básicos, tais como o uso de remédios para abortar, porem, o sangue de Semideus protegia a criança no útero , seu pai não deixaria um amado filho morrer nas mãos de meros mortais. Forçada a dar a luz para uma criança que não queria, Cayla, após o parto de Yuki, o levou para uma Igreja em um vilarejo na Italia, acolhido pelos padres do local o mesmo seria criado e educado com as crenças locais.

x

O padre Lienel o alimentou, cuidou, educo e sempre o tratou como um discípulo. Hipnos, observava seu filho crescer, incapaz de ter contato com o mesmo e ensinar ele mesmo o caminho de um Semideus, foi enviado para os sonhos do Padre Lienel uma mensagem de que Yuki deveria seguir o caminho dos Deuses, um pingente foi enviado para a Igreja, enviado pelo próprio Hipnos para seu filho como uma lembrança de sua herança. No sonho de Lienel, Hipnos, contava tudo o que havia acontecido, os acontecimentos com a mãe de Yuki e as providencias que o Padre deveria tomar. Yuki deveria receber o colar quando estivesse pronto para ser enviado a treinamento no acampamento.

x

Enfim seus quinze anos haviam chego e Lienel achava que estava na hora de enviar Yuki para o acampamento, porem, no dia da viagem o vilarejo inteiro parecia vazio, um clima frio e solitário ecoava pelos cantos e parecia mais uma grade cidade fantasma. Uma sombra na luz da lua, aquilo parecia um exercito mas a realidade era que uma grande Hydra estava destruindo tudo o que encontrava. O padre precisava agir, sua função naquele lugar era guiar o filho de Hipnos para seu caminho como Semideus. - Fuja, Yuki!! - O padre desesperado se pós frente a Hydra mas a grandiosidade da criatura era impossível de ser controlada por um mero mortal, tão incontrolável que em apenas um movimento, Leniel, teve seu corpo esmagado por uma das patas do monstro. O objetivo da criatura era claro ali, eliminar o Semideus. Ela sentia o desespero do jovem Yuki e o perseguiu até a Igreja. Atrás do alta, Yuki, parecia rezar e a Hydra furiosa corria destruindo diversos pilares da Igreja. A Hydra atingia Yuki em cheio, seu corpo se quebrava e sua imagem era uma perfeita pintura feita pelo padre Lienel, aquele que ensinou Yuki a gostar de arte e os ataques da Hydra trouxeram como consequência a fragilização da estrutura de toda a Igreja. Yuki notava a ação do monstro e corria para fora da Igreja buscando se esconder dentro da floresta enquanto toda a Igreja desabava em cima do monstro.

x

A vida seguiu para longe daquele lugar mesmo com a morte do Padre Lienel. Carregando o pingente mandado por Hipnos, Yuki, seguindo na floresta por alguns dias tentando sobreviver. Sua presença foi sentida por enviados de Hipnos que encontraram o menor desmaiado em uma árvore. Carregado para o desconhecido, Yuki acordou dentro de um acampamento, descobriu que agora estava no Acampamento Meio-Sangue.
Yuki Maru
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Max King Seg 01 Fev 2016, 23:25


Apolo
Ficha de Reclamação


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Apolo:
- Eu sempre gostei de mitologia grega desde pequeno, e Apolo e Ártemis sempre me chamaram a atenção. Seriam por serem gêmeos? Não sei. Mas sempre gostei dos dois.
- Usuários de arcos e música, duas coisas que eu amo.
- Podem dar buffs para aliados. Eu quase sempre crio supports em RPGs, então não seria diferente.

- Perfil do Personagem: (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
> Descrição física:
Maximilian King tem dezessete anos, olhos azuis arroxeados como o céu da tarde, pele bronzeada pelo sol e cabelos loiros dignos de um californiano (mesmo sendo um nova-iorquino e nunca ter pisado o pé na costa oeste). Seu corpo é magro e atlético, mesmo sem nunca ter ido á academia com muita frequência em sua vida.
Tem uma proporção boa entre seus um metro e oitenta e três centímetros de altura e seus setenta e cinco quilos. Sempre usa roupas estilosas, preferindo os tons de vermelho, amarelo e laranja; usa um pingente em forma de sol, feito em topázio imperial dado pela sua mãe de presente.

> Descrição Psicológica:
Max é um garoto extrovertido, feliz e brincalhão, não suporta a sensação de traição e por isso sempre foi fiel e sincero. Protege todos os seus amigos com unhas e dentes, coisa que já o fez entrar em muitas brigas, porém sua habilidade é mesmo notada em se sair de situações de forma amigável (sempre usando seu charme e beleza para se safar de tais momentos.)

História:
--- O Sonho ---
Um homem e uma mulher, uma praia que eu nunca havia visto.
Suas mãos estavam dadas, muito provavelmente um casal.
A pele bronzeada do homem contrastava com a palidez da mulher, ela tinha olhos negros como a noite.
Agora eu a reconhecia! Aquela era minha mãe!
Já tinha visto nas fotos que minha avó havia me mostrado, e ela aparecia em meus sonhos constantemente.
Minha avó dizia que isso era prova de como ela ainda tentava me proteger, mesmo após a morte.

Então aquele ao seu lado seria o meu pai? Não saberia dizer. Nunca vi o seu rosto, nem por fotografias, não havia nenhuma.
Eu não conseguia vê-lo, por mais que tentasse enxergar o seu rosto, a luz do sol as suas costas ofuscavam  minha visão. Senti-me frustrado, sabia que era um sonho, mas não queria levantar.
Queria continuar ali perto da minha mãe, do meu pai, da minha família.
Infelizmente fui acordado, senti uma pressão em meu rosto e quando abri meus olhos, estava de volta no sofá da minha casa. Sentia a minha bochecha quente e via a minha frente meu melhor amigo Kurt e minha amiga de infância, Ariana. Esta estava vermelha de raiva enquanto Kurt não parava de rir, atrás dela.

— Por que você me deu um tapa? —Perguntei  para Ariana.

—Porque o senhor — Falou, com ênfase —Está atrasado para nossa apresentação no "POP Factory.” E é hoje à noite!

Levantei o mais rápido que pude, tinha me esquecido completamente sobre a apresentação de hoje. Fiquei tanto tempo estudando para o vestibular da BCM que acabei pegando no sono.

Aliás, que falta de educação. Nem me apresentei, não é mesmo?
Sou Maximilian King, mas pode me chamar de Max.

Depois dessa confusão na minha casa, entramos no carro de Ariana, que era a única da banda que tinha um automóvel.
Sim! Eu, Ariana, Becky e Cammy temos uma banda!
O nome é "Oracle". Legal, né? Quem deu a idéia do nome foi o Kurt.

Tocávamos em algumas festas de colegas nossos e na formatura do ano passado, nada muito grande. Mas agora, depois de muitas tentativas, nós estávamos prestes fazer uma apresentação no "POP Factory", o melhor bar de Nova York para apresentações Pop.
É um sonho sendo realizado! O lugar é sempre cheio.
O pior da história era que eu ainda chegaria atrasado, por estudar demais para o vestibular da Berklee, mas valia a pena.
Berklee é uma das melhores faculdades de musica dos Estados Unidos.

—Chegamos.
—Entrem logo! —Dizia Becky na porta do bar.

Não perdi tempo. Peguei minha guitarra, entrei no bar e fui logo para os bastidores. Kurt sentou em uma das cadeiras da frente, ele sempre fazia isso. Ariana e as meninas estavam terminado de arrumar seus cabelos, então fui me trocar.
Coloquei minha camisa "I ❤ NY" de uma tonalidade cinza. Junto com ela, uma jaqueta vermelha de couro falso, calça jeans e um coturno negro completavam meu figurino de vocalista/guitarrista.
Ariana, a tecladista, usava seu cabelo longo e platinado num rabo de cavalo alto. Estava vestindo um conjunto com cropped e mini shorts prateados, que combinavam com seu Roland Ax-7 no melhor estilo anos 80.
Becky, a baterista, penteou seu cabelo castanho claro e encaracolado em um rabo de cavalo baixo com tranças nas laterais. Também usava bodysuit branco e curto com um trançado no decote e saltos exageradamente grandes e extravagantes.
Cammy, a baixista (ou "Camaleoa", como gostávamos de chamá-la) não estava mais com o cabelo rosa da semana passada, ela agora exibia um cabelo curto, chanel, com mechas verdes. Seu vestido mais parecia que uma festa de aniversário tinha explodido em seu corpo:  vários cupcakes pequenos estavam estampados no tecido branco, e uma tiara com um cupcake de pelúcia enfeitava seu cabelo. Mas esse era o estilo dela, extravagante e engraçado.

Estávamos conversando, quando o organizador das apresentações veio nos falar que entraríamos em 10 minutos, nunca me senti tão nervoso em toda a minha vida e via o mesmo sentimento estampado no rosto de minhas amigas.
Aqueles últimos minutos passaram como se fossem segundos, e sem perceber já estávamos em nossos lugares e as luzes do bar haviam sido desligadas.
Peguei  meu pingente e o levei aos lábios, beijando-o. Sabia que minha mãe estava ali, me apoiando em minha jornada. Eu e as garotas juntamos nossas mãos e  nos olhamos nos olhos.

Aquilo estava acontecendo mesmo!Nosso sonho estava prestes a virar realidade! Ariana começou a tocar e as meninas também, as luzes se acenderam e o show estava começando.

(...)

"Hey...

I know what I came to do
And that ain't gonna change
So go ahead and talk your talk
Cause I won't take the bait
I'm over here doing what I like
I'm over here working day and night
And if my real ain't real enough
I'm sorry for you, bae"

(...)

A música que cantamos primeiro foi "Focus", e quem compôs foi nossa baixinha,  Ariana. Depois cantamos mais 2 musicas e saímos.
Afinal, era hora de outra banda se apresentar, mas conseguimos deixar o publico lá em cima. E para nós não havia coisa melhor.
Depois disso, deixei as garotas nos bastidores e  peguei a minha mochila, pedi para que Ariana me entregasse a guitarra na segunda e me preparei para sair.
Elas iriam continuar no bar, mas eu tinha que ir para casa, pois eram 23:45 e eu estava muito cansado.
Quando estava saindo Kurt disse que iria comigo, falei para ele curtir o sábado, mas o mesmo disse que não iria me deixar voltar sozinho. Ficamos conversando sobre várias coisas aleatórias, não sabíamos como pulávamos de um assunto para o outro, mas era uma coisa nossa. Já estávamos há 15 minutos andando e eram exatamente 00:00, foi quando recebi uma ligação da minha avó:

—Alô, vó.
—Onde você está?
—Já estou voltando da apresentação.
—Como foi? Vocês foram bem?
—Foi ótimo! Todos gostaram e nos aplaudiram de pé quando saímos.
—Que bom, está com alguém?
—Estou com o Kurt.
—Voltem logo, vocês dois.
—Tudo Bem, tchau. —Eu estava feliz por tudo que estava acontecendo, mas o Kurt parecia apreensivo, ele sempre ficava assim quando eu pegava o celular.

--- Choque de Realidades ---

—Você tem que atender sempre quando sua avó liga?
—Bem, ela é a minha avó e cuida de mim desde que minha mãe morreu, então... Sim.
—Tudo bem Max, eu entendi. É que eu me preocupo com você.
—Preocupa-se com o que? Uma ligação? Não vou pegar um câncer no cérebro por isso. Dramático.
—Tudo bem, tudo bem.

Andamos por mais 2 quarteirões, continuávamos a conversar aleatoriedades.
Passamos na frente de um Nigth Club chamado “Elísios”, esse tinha um fila enorme.
Na porta haviam dois brutamontes gigantes, tinham pelo menos 2 metros de altura e trajavam  ternos negros e camisas formais de cor branca.
Parecia um club muito bom, daqueles que recebem as celebridades e famosos.

Passamos pelo club e alguns metros a frente, na esquina, viramos a direita.
Várias mulheres passaram por nós, todas falando muito alto sobre como iam ficar loucas na Elísios. Porém  ouvi uma voz mais intimidadora e seca, vinda de trás de mim, dizendo:
—Filhote de deus—
E parecia que eu não era o único que havia ouvido, pois  Kurt olhou para mim assustado. Pegou-me pelo braço e me puxou descendo a rua o mais rápido possível, só parou num beco que havia mais a frente.

—Porque você tinha que atender aquela ligação? —Dizia Kurt, desesperado e falando para o céu.
—Isso de novo?
—Droga, nós temos que ir para a casa da sua avó, urgente.
—É você está certo. Se eu chegar um pouquinho mais tarde minha avó cortará minha cabeça.
—É uma pena, mas vou ter que negar esse prazer à sua avó.

Então uma voz penetrante e intimidadora se fez ouvir  no beco.
Procuramos  a fonte mas não achamos.
Aos poucos uma mulher foi saindo das sombras do beco escuro, ela tinha um guarda-chuva prateado em mãos. Vestia um cropped metálico e usa saia justíssima de cintura alta, verde. Era muito bonita para estar num dos becos de Nova York.

Ela se aproximou de nós lentamente, Kurt e eu demos alguns passos para trás. Pelo que ela falou antes, estávamos atrapalhando os negócios dela.
Era situação estranha, e de situações estranhas eu entendia muito bem. Sempre caia em muitas, mas graças a isso me tornei mestre em me desvencilhar delas.
Abri a boca e disse:

—Desculpe. A senhora deve estar esperando alguém, não é? Então... Eu e meu amigo vamos indo, boa noite.
—Sim, garoto. Estava esperando por você.

Então ela avançou com o guarda-chuva em direção ao meu rosto, minha reação foi me abaixar na hora.
Senti o vento passando pelos meus cabelos e ao voltar a olhar para a mulher, ela não era mais uma humana. Era um monstro digno de um MMORPG: Sua parte de baixo era agora uma cauda reptiliana e  esverdeada, cheia de escamas. O guarda-chuva havia se transformado em uma espada de aço.

O monstro desferiu um golpe na vertical. Desta vez, com uma agilidade que nem eu sabia que tinha, rolei para o lado em direção a Kurt. Ao olhar para meu amigo, este esticou sua mão para mim e entregou uma faca grande com um material semelhante a bronze. Ele esperava que eu lutasse com aquilo? Não sei como explicar, mas eu me sentia capaz de fazê-lo.
A besta atacou novamente, e desta vez  eu pulei para cima de um deposito de lixo do edifício ao lado. O monstro parecia estar com raiva por ter seus planos frustrados e desferiu vários golpes em seguida. Horizontalmente, visando cortar minhas pernas fora. Pulava toda vez que sentia que deveria, e no final funcionou. Estava incrivelmente tranquilo, Não sabia o porquê


—Parece que você não quer que eu fuja mesmo, hein?

Porque eu falei aquilo?

O monstro tinha uma ira imensa em seus olhos. Olhei para os lados e Kurt havia sumido, ainda bem que ele se salvou.
Agora era vida ou morte. Mais um ataque vertical foi aplicado pela mulher, eu desviei e sua espada ficou presa no metal por algum tempo do deposito de lixo. Desci para o chão e a mulher-serpente conseguiu retirar a espada da lixeira.
Agora demonstrava  querer desferir um ataque em diagonal contra mim. Então era a hora de agir. Avancei contra a besta quando seu braço ainda estava no alto. Enquanto a mesma traçava seu golpe, segurei em seu braço e o cortei.

Para minha surpresa, o sangue verde que esperava que saísse de seu antebraço não veio, mas sim um monte de areia dourada.  Mesmo assim eu havia causado algum dano, pois com o reflexo a serpente deixou sua espada cair com um baque surdo no solo. Ainda abaixado e do lado direito da mulher, vi patas de algum animal caprino acertar suas costas. Não demorei a correr para cima dela e cravar a faca em seu peito, como se fazem com os vampiros em filmes.

Agora estava montado em cima de um monte de areia dourada, não sabia como aquilo era possível. Olhei para o local onde havia vindo a ajuda. O que uma cabra estaria fazendo em um beco de Nova York?
Para a minha surpresa, era Kurt. Mas não exatamente, pois Kurt era metade cabra. Apesar de surpreso, aquilo não me assustou, pois havia acabado de "matar" uma mulher metade serpente.
Daqui para frente tudo era possível, eu acho.
Kurt foi para a rua e pegou os sapatos dele e sua calça,  voltou para perto de mim e começou a se disfarçar novamente. Descobri então, os segredos de Kurt.  Ele era um ser mágico, coisa que eu não poderia nem imaginar que existisse segundos atrás. Kurt me ajudou a levantar, tentei entregar a faca novamente, mas ele  falou para eu mantê-la comigo pois iria precisar.
Guardei a faca em minha mochila que estava no chão do lado do deposito de lixo com a tampa cortada. Voltamos para  nosso caminho como se nada tivesse acontecido e não falamos nada por vários metros, o silencio liderava, até que eu decidi quebrar o gelo com perguntas:

—Eu sabia que você tinha uma bunda peluda, mas não tanto assim. — Ele riu e o objetivo estava completo, o gelo entre nos dois havia sido quebrado
—Tem muito pelo aqui em baixo, mesmo. Você não sabe o calor que faz no verão.
—Então você é metade bode?
—O termo correto é “sátiro”, S-Á-T-I-R-O.
—Como nos mitos Gregos?
—Você está me vendo, e somos amigos há bastante tempo para ser chamado de mito.
—Verdade, desculpe. Então... O que era aquilo lá atrás, e por que ela estava atrás de nós?
—Aquilo é uma dracaena, e ela não estava atrás de nós, estava atrás de você.
—De mim?
—Sim, você lembra o que  ouviu quando as mulheres passaram por nós perto do clube Elísios?
—Ouvi alguma coisa como “Filhote de deus”, ou “Filho de deus”. Algo assim
—E você ainda não ligou os pontos?
—Eu sou o filho de deus que ela falava?
—Sim...


Continuamos conversando sobre esse novo mundo até chegarmos na minha casa, não sei se era por participar desse universo  diferente ou pelo que tinha acabado de acontecer, mas ouvi todas as informações de forma calma e atenciosa.

--- A revelação ---

Eu e Kurt entramos na sala, minha avó tinha acendido alguns incensos e o cheiro havia invadido todo o local. Eu já estava acostumado com o cheiro, ela fazia isso todos os dias.
Ela olhou para a porta quando chegamos, com certeza iria me dar uma lição de moral por ter chegado tarde em casa. Se não fosse por Kurt, eu estaria preso em um discurso de 2 horas. Já estava preparando as minhas desculpas quando Kurt foi até a minha avó e falou com ela em um tom mais baixo, mas mesmo assim eu ouvi:

—Clarisse, chegou a hora. Nós temos que falar.
—Do acampamento?
—Sim, eu prometi que só falaria do acampamento se te avisasse antes. E estou te avisando.
—Mas porque agora?
—Max foi atacado hoje, por sorte eu estava com ele. Na verdade foi ele que cuidou de quase tudo sozinho.


Minha avó olhou para mim, não sabia o que ela sentia no momento.
Todos nós sentamos no sofá e na poltrona e começamos a conversar. Eles me explicaram sobre o acampamento e sobre as situações que poderiam acontecer se eu continuasse em minha casa ou se  fosse para lá. Também me explicaram que eles tinham decidido respeitar a minha opinião de querer ir ou não para o  tal “Acampamento meio-sangue.”

—Então, amor. A decisão é sua.
—Minha?
—Como eu sempre disse, eu sempre vou te amar em qualquer lugar que você estiver. Do jeito que você for, o mais importante é que esteja feliz e seguro.
—Mas e a senhora?
—Eu vou ficar bem.
—Eu não quero me separar da senhora.
—Seu bobo, o Acampamento é em Long Island, 1h daqui! Você não quer largar a barra da minha saia, não é mesmo? —
Todos rimos um pouco, mas logo cessamos. Eu olhava pro chão e a indecisão tomava conta da minha cabeça. Se ficasse, iria por não só a minha, mas também a vida de minha avó em perigo.
—Tudo bem, eu vou.
—Boa escolha, Max.
—Disse Kurt
—Agora vamos dormir, estou cansada.

Dei um beijo de boa noite nele, que subiu as escadas para dormir. Agora eu sabia o motivo de tantos livros sobre cultura grega na casa da minha avó, o motivo era eu ea minha origem.

Kurt deitou no sofá e em poucos minutos estava dormindo também. Comecei a pesquisar; li vários livros, e neles vi algumas das criaturas que Kurt havia falado.
Entre eles o Sátiro, que em sua ilustração parecia bem mais feio e aterrorizante do que na vida real. Com o tempo caí no sono, domínio de Hypnos.

—Acorda, Bela-Adormecida! Está na hora.
—Ahn? Ah, ok. Vamos. —Eu fui para parte de fora da casa  quando Kurt me guiou até a cozinha em meio a bocejos.
—É hora do café-da-manhã, não de ir embora.

Ao chegar na cozinha, minha avó tinha feito panquecas. Ela colocou-as em 3 pilhas e derramou mel sobre elas. Todos comemos, mas parecia que Kurt ainda estava com fome, pois comeu 1 garfo e 1 faca como lanche. Coisa que  deixou minha avó e eu boquiabertos. Em seguida fomos para a garagem, entramos na Kombi Volkswagen azul e branca da dona Clarisse. Minha avó nos levou até Long Island seguindo as instruções de Kurt até chegarmos em uma Colina com uma árvore no topo.

Todos desceram  do carro, dei um longo abraço em minha avó, que não parava de me dizer pra tomar cuidado com tudo e eu apenas concordei. Na verdade, queria que aquele abraço não acabasse mais, que eu pudesse ficar ali para sempre.
Só em pensar em me separar dela me deixou mal, mas eu tinha que ir.
Desvencilhei-me de seus braços, ela entrou na kombi e dirigiu de volta.
Lembrei de quando  fez isso também quando eu fui para a escola pela primeira vez, descobri depois de anos que ela não queria que eu a visse chorando. Voltei-me para Kurt e ele me guiou até o topo da colina.

—Bem vindo ao acampamento meio-sangue

--- O Acampamento ---

Ao chegar ao acampamento fui apresentado a Quíron, o guia de atividades do acampamento e mestre de vários heróis.
Kurt havia falado sobre ele antes, mas tinha esquecido de mencionar que ele era um centauro!

O acampamento era realmente muito bonito, o cheiro de frutas frescas era latente e eu não tinha visto gramados tão verdes na minha vida. Kurt me apresentou cada local; a parede se escalada (que para mim deveria se chamar muro do suicídio,) da qual sentia uma vontade estranha de escalar até o topo.
Os estábulos; onde ficavam os cavalos mais lindos que eu já havia visto, e pégasos são realmente criaturas maravilhosas. As forjas, onde pude ver alguns campistas trabalhando em construção de armas, Kurt falou que quase todos eram filhos de Hefesto. O pavilhão de jantar, onde sempre comiam o café, almoço e jantar.
O espaço no meio era para a grande fogueira de sacrifício para os deuses.

Ele ainda me deu um aviso, "Lembre-se que o sacrifício é sempre a melhor parte". Falou sobre a enfermaria, e sobre os chalés. Eu ficaria no chalé de Hermes por enquanto, e me deu uma dica
—Os filhos de Hermes são pessoas legais, mas cuidado com as suas coisas perto deles. Deus dos ladrões, lembra?—.

O monitor do chalé de Hermes me explicou como tudo funcionava, parecia até que ele fazia isso de forma automática. Quando adentramos o chalé, me senti entrando numa taverna medieval. Todos eles pareciam ladrões, saqueadores e afins. Impressão que passou com o tempo dentro do chalé, eles eram muito hospitaleiros.

O tempo correu  e chegou a hora do jantar, todos fizeram o sacrifício e estavam preparados para comer. Eu, como sempre fazia antes das refeições, retirei o meu pingente dei um beijo, falei o nome da minha mãe e o coloquei de volta debaixo da blusa.
Alguns filhos de Hermes me perguntaram o que era e eu disse que é um colar especial para mim, porém eles queriam saber mais sobre o assunto. Disse que era um assunto um pouco indigesto, então poderia falar com eles em outra hora.

Dito e feito. Assim que chegamos ao chalé de Hermes, tudo que eu queria era deitar e dormir, mas meus colegas de quarto não deixaram.

—Se eu falar a história do colar, vocês vão me deixar dormir? - Alguns fizeram  que sim com a cabeça, outros olhavam para o pingente com uma espécie de cobiça, lembrei da dica de Kurt. Hermes é deus dos ladrões.
—Esse colar era de Harley King, minha mãe.
Eu nasci em 11 de junho de 1998, dezessete anos atrás. Minha mãe viajou por um tempo depois de se formar na faculdade de fotografia. Ela viajou por todo território nacional, fotografando cada parte interessante da viagem. Minha avó me contou que ela conheceu o meu pai na Califórnia, 1 mês antes de voltar para Nova York.
Eles tiverem um relacionamento curto, minha mãe voltou para cá grávida de mim e com esse colar em mãos. Minha avó achou estranho ela estar feliz por estar grávida de um homem que conheceu numa viagem durante tão pouco tempo, mas apoiou da mesma forma.
Ao fim dos nove meses normais, eu nasci. Mas não foi uma semana feliz para a família. Na mesma semana, 4 dias depois do meu nascimento, minha mãe foi atropelada e internada no hospital com quadro grave. —
As pessoas sentiam o que viria a seguir — 3 dias depois ela morreu e deixou para mim esse pingente junto com um bilhete. Minha avó os entregou para mim há  2 anos. Era uma pequena carta para, dizendo que era para eu ser feliz em memória dela. Pois ela foi muito feliz me tendo como filho.

Algumas lágrimas escorreram  pelo meu rosto no final da história. Era a minha história, afinal.As pessoas se dispersaram aos poucos, alguns me davam um acalento no ombro, outros apenas saíram. Deitei-me e dormi, o desgaste físico e emocional dos últimos dias foi muito para mim, em 2 minutos eu já estava dormindo profundamente.

As semanas seguintes foram ficando mais e mais normais com o tempo, as apresentações musicais do chalé de Apolo me faziam lembrar as minhas amigas.
O que elas estariam fazendo? Seguiriam com a Oracle sem mim? Provavelmente, mas não poderia esperar que as pessoas parassem suas vidas por mim.
Ariana tinha uma voz muito boa, ela poderia ser a vocalista.

A aula que eu mais gostava era de Arco e flecha, os filhos de Apolo eram muito bons, e eu não ficava atrás. Sempre gostei muito de arquearia, mas nunca pude praticar de verdade. Minhas aulas eram usualmente com membros veteranos do chalé do deus do sol, mas a próxima seria com próprio Quíron. Já havia  me preparado para ver o famoso Quíron em ação, queria aprender com cada movimento dele.

Cheguei mais cedo na aula de arquearia naquela manhã, para não perder nenhum minuto. Alguns campistas de Apolo já estavam lá. Alguns desenhando, outros tocando instrumentos, e outros  praticando com o arco. Sentei em uma pedra ali por  perto e esperei, mas esperar me deixava ansioso.
Eu tinha que fazer alguma coisa, então comecei a cantarolar musicas que costumava cantar com a minha banda. O tempo passava mais devagar e eu vagueava pelas lembranças, enquanto alguns filhos de Hefesto, Hermes e Afrodite chegaram. Coisa que me fez lembrar da música que vinha da chalé 10 semana passada.

(...)

Tô pretérita, mulher!
O bofe é meu. Ta, querida?
É muita audácia, né?
Se manca, gata!

Quem nasceu piriga, nunca vai ser diva
Quem nasceu piriga, nunca vai ser diva
Já nasci no salto 15 sambando nas inimiga
Já nasci no salto 15 sambando nas inimiga

(...)



Enquanto cantava a metade do Refrão, percebi que todos olhavam para mim, até Quíron, que não tinha percebido que havia acabado de chegar. Talvez eu estivesse cantado muito alto? Estava morrendo de vergonha.
Percebi então que era uma coisa diferente, eles não olhavam para mim exatamente, mas para o topo da minha cabeça. Havia alguma coisa brilhando ali, em tons de laranja, Ao olhar para cima pude perceber era o símbolo de...

—Apolo! Deus da luz, da cura, da música e da razão, Senhor das profecias, Inspiração dos poetas. Salve Maximilian King, Filho do Deus do Sol. — Falou Quíron em voz alta para todos ouvissem.

Alguns amigos, que eram filhos de Apolo também vieram me abraçar e parabenizar. Assim como meus amigos filhos de Hermes, que tinham me acolhido até então.
Eu era um filho de Apolo?! Nem acreditava.
Quando troquei de chalé, fui muito bem recepcionado pelos meus irmãos.

Depois de me acomodar peguei meu pingente e percebi que estava na minha cara o tempo inteiro. O pingente em topázio imperial em forma de sol eram mais que um presente, era um pista da minha mãe. Beijei-o como era de costume, mas dessa vez falei:

- Obrigado mãe.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Calum Ross Qua 03 Fev 2016, 21:38


Por qual deus você deseja ser reclamado e por quê?
Sugiro que isto seja lido depois do texto, já que ler algo sem spoilers é mais legal. Contudo, se fizerem questão, podem encontrar lá embaixo, nas anedotas e considerações finais.

Características físicas e psicológicas
Calum é um garoto alto, de 1 metro e 80 centímetros, com cerca de setenta e dois quilos bem distribuídos. Apesar de não ser corpulento, o corpo é definido e firme. Os cabelos são louros, cacheados e curtos. Os olhos são chamativos, sedutores por si só, e passeiam do verde ao castanho com facilidade, divergindo opiniões. A estrutura óssea bem marcada do rosto dá-lhe o visual estereotipado de ascendência nórdico-europeia.

É um sujeito bacana, moderadamente sincero, bem-humorado, às vezes sarcástico, mas sempre de boa índole. Se necessário, não vê problema em ser sensível e mostrar que sente. No campo amoroso é flexível e atirado; impulsivo. Às vezes tende a ser infiel, ou apenas perde o interesse na pessoa, mas isto talvez possa ser resolvido com o par certo. Além de galante, é inteligente e tem um bom olho para as artes.

História

1.

Nova York é um lugar grande. Para todo o canto que Hol olhava, via ou prédios grandes e cinzas, ou prédios espelhados e com fachadas coloridas ou espalhafatosas. Os carros que circulavam variavam em cor, modelo e o quão caros podiam ser. O garoto não os conhecia bem, mas sabia o quão poluentes e degradantes eram ao meio-ambiente. As pessoas vestiam-se de modo chamativo, entupiam-se de perfumes e penduricalhos. Pareciam competir pela atenção uns dos outros quando, na verdade, deviam aprender que o que realmente importava era estarem bem consigo mesmos; estarem bem com a natureza.

A natureza chorava na grande Manhattan, como fazia em toda parte asfaltada do mundo. As árvores e arbustos podados revelavam dríades machucadas, danos psicológicos e físicos que talvez nunca fossem reparados. As náiades nos leitos d'água encaravam os humanos com olhares em parte tristes, em parte brabos. Dentro daquela selva pedregosa, Hol circulava com roupas batidas, agasalhos velhos e largos que cabiam bem. O moletom laranja estampava o logo de um centauro arqueiro, marca conhecida no mundo real, o mundo que a névoa escondia dos mortais. As calças marrom eram largas nas bocas e as botas de caminhada que o homem calçava eram mais largas ainda. Na cabeça, um gorro cinza escondia bem mais que os cabelos encaracolados e escuros. Mal-humorado, cansado e um tanto indisposto, ele bufou e desejou estar dentro da floresta; estar junto do seu povo. O garoto pigarreou e pôs um cigarro na boca.

— Cadê você? — ele deixou que as palavras escapassem enquanto espremia os olhos, tentando enxergar algo, ou alguém, que não encontrava.

2.

Um fato curioso sobre Calum: ele não consegue resistir ao interesse alheio. É impulsivo, às vezes bobo, mas uma troca de olhares é o suficiente para disparar um reagente no estômago do rapaz que faz com que borboletas disparem e digam "Ei, cara, avança lá!". Como bom ouvinte, ele as escutava sempre.

Lá estavam os dois: ela e ele. A música alta estremecia as paredes de madeira da casa velha. Calum e a garota estavam em um quarto com uma cama enferrujada sem lençóis, apenas com um colchão rasgado cujas molas saltavam para fora e se misturavam com uma camada de poeira. A janela à esquerda estava quebrada e a luz da lua misturava-se com a luz da lâmpada fraca. À direita, um espelho velho e retangular refletia a cena calorosa que se passava: a menina afundava as unhas na nuca do rapaz, enlaçando os dedos nos cabelos loiros dele. Ela se contorcia enquanto os corpos roçavam um no outro e a boca do garoto deslizava pelo pescoço dela em beijos bem colocados, cada qual com a maldade necessária para deixá-la sem folego. Quando a mão dele deslizou pelo vestido justo e preto que marcava o corpo esculpido e encontrou as partes íntimas da jovem, ela arregalou os olhos e ele sorriu. Sorriu como sempre fazia quando queria algo, um sorriso que conseguia tudo. Ele a encarou e ela relaxou, afundando o rosto no peito dele, deixando a coisa prosseguir. Eram apenas duas crianças em busca de diversão, no fim das contas. Contudo, o que nenhum dos dois percebeu é que enquanto a garota acariciava-se e Calum rasgava um envelope pequeno e prateado, o espelho não respondia à situação. O reflexo do rapaz, ao invés de copiá-lo e fazer o que ele fazia, encarava-o estatelado nas bordas do objeto. Encarava-o com desejo. Não líbido, nem algo do gênero. Algo agressivo e aterrorizante. Na imagem, as íris vermelhas, tais como as do diabo, mediam o espaço e tramavam algo. Sem dar bola, ou sequer notar, o casal apenas deu continuidade à pegação.

3.

O tempo passou de modo prazeroso. Quando saíram do quarto, a camisa mal-abotoada e o cabelo loiro pós-foda do garoto denunciavam o que se passara lá dentro. Ele ajeitava a braguilha da calça enquanto piscava para a menina que, desconsertada, um tanto corada e envergonhada, caminhava porta a fora. Ele não sabia o nome dela, ou onde morava, mas sabia que era flexível e que os seios firmes encaixavam-se bem nas palmas das mãos dele. Ele a perdeu de vista logo em seguida, quando ela dobrou no corredor. O corredor do casarão, tal como o quarto, era antigo e mal cuidado. O assoalho rangia — ele sabia que rangia, mesmo que não escutasse devido a música — e as paredes desbotadas descascavam. Algumas pessoas grudavam-se nos cantos e um moleque estava caído, apagado e bêbado, com uma garrafa vazia na mão. Calum desceu as escadas e encontrou uma multidão dançando sob um lustre pomposo cheio de teias de aranha. As pessoas riam, algumas dopadas, outras apenas felizes. Era uma noite boa e ele estava a deriva, até que sentiu uma mão boba apalpando-lhe o traseiro. Foi pego em seguida por um abraço que lhe envolveu o pescoço.

— Ótima festa, não? — perguntou a pessoa. Isabelle, uma amiga, dançava a batida eletrônica que enchia os ouvidos. Em uma saia preta plissada e uma regata vermelha repleta de brilho, a menina parecia uma modelo — o que, de fato, era. O corpo esguio, os olhos claros bem marcados em sombra escura e o cabelo castanho sedoso e ondulado faziam dela uma ótima visão.

— Melhor, impossível — ele rebateu, encarando-a. — Mas me diz ai. Me contaram que a anfitriã 'tá se atirando em qualquer um. O que 'cê sabe disso? — Calum completou com um olhar inquisidor. Ela riu, uma risada levemente alterada por conta da influência do álcool, mas nunca sem perder a compostura. Um bar improvisado contava com caras trajados como mágicos em roupas justas e pequenas — mágicos saídos de um filme erótico, diga-se de passagem — para atender o pessoal. Ao lado das escadas, em um palco improvisado, um cara que mesclava um visual tecno-gótico, com cabelo moicano espetado e verde, colete prateado e óculos escuros imensos, mixava a mesa de som. As caixas de som e os cabos ficavam por ai, largados.

— Sei que ela é uma ótima pessoa — ela disse, envolvendo a cintura do menino com os braços e dando um beijo afável na bochecha dele. — E que já é crescida — completou ela, soltando-o e puxando uma garrafa de vodca sabe-se lá de onde.

— E essa casa?

— Consegui com um amigo. Gostou, né? Eu sei que sim! — ela disse, exclamando algo e esticando os braços para o alto. A música mudou para Love Me Like You Do, de Ellie Goulding, e Isabelle comemorou com um pequeno grito. — Eu AMO essa música! — ela falou e puxou o garoto pelo pulso. — Vem, vamos dançar!

E ambos se perderam entre danças, pessoas e mãos. Rindo e pulando, Calum não imaginava que aquela era a última noite dele como um alguém comum.

4.

O espaço era aberto conforme Calum passava, um movimento quase involuntário; uma reação em cadeia. Os grupos seguiam-no com o olhar: uns resmungavam, apontando e encarando, outros acenavam e flertavam. O salão de entrada era grande e branco, decorado em tons pastéis. Viam-se sofás, vasos de planta estilizados e lustrosos. Televisores eram estrategicamente distribuídos e exibiam cenas de desfiles, artigos e reportagens sobre moda e a vida nas passarelas. A recepcionista, Gretel, ficava no canto direito. Era bonita, mas não o suficiente para o padrão elitista. O cabelo loiro armado em um coque ornava com a maquiagem bem aplicada. As roupas eram pretas e seguiam o padrão social. Na parede atrás de Gretel, como se já não bastasse o anuncio posto na fachada, lia-se: "LUFT MODELING: THE BEUTY UPON THE BEUTY". Dando cara à agência, os modelos haviam sido estampados nas paredes, emoldurados em quadros imensos e envidraçados. Um deles era Isabelle. Ela posava de costas, com as costas nuas. O rosto inclinado à esquerda revelava a maquiagem que mesclava azul e roxo. A garota usava uma máscara que lembrava a época Veneziana. Os cabelos estavam presos, um preso frouxo, na lateral. Os lábios haviam sido desenhados em preto. Em outro quadro, ao lado, uma jovem de cabelo curto e platinado armado em um topete posava com as mãos descansadas nos quadris. A expressão, ou falta de expressividade, dava-lhe um ar glacial. O vestido branco sem alças que usava tinha um corte diagonal cuja borda fora trabalhada com babados também brancos. Ao lado, viu a melhor imagem: um rapaz loiro, com o tronco nu e calças de algodão marrom. As barras das calças estavam dobradas até pouco abaixo do joelho. Ele posava bem, parecia ter tanta intimidade com a câmera quanto um pássaro com o céu. Calum via a si mesmo na imagem.

— Querido! Querido! — ele escutou alguém o chamando. Saiu do devaneio artístico, procurando pela pessoa, e encontrou uma senhora acenando. Um aceno classudo. Apesar da idade, a mulher era bonita. O cabelo escovado, loiro e ondulado ia até os ombros. Uma camisa jeans azul clara havia sido sobreposta por um blazer azul marinho. A camisa estava enfiada de modo despojado em calças brancas e o visual ornava com sapatos de salto pretos. Um cinto marrom discreto arrematava a composição. Ela caminhava até Calum, um caminhar digno de alguém que já estivera nas passarelas. — Venha cá, amor. — deu-lhe dois beijos rápidos no rosto e lançou um sorriso branco ao garoto.

— Senhora Luft, a senhora está cada vez mais linda.

— Ora, deixe de bobagens — ela riu, estapeando o ar.

— Nunca é bobagem quando se trata da senhora — o garoto falou e deu uma piscadela. Ela riu e eles conversaram algo rápido, batido. O jovem acabou intimado a uma bateria de fotografia que a agência teria à tarde, uma campanha que seria obrigado a representar. Após concordar, o garoto despediu-se e avançou por um corredor espelhado de ambos os lados, com o chão coberto por um parquê claro. O jovem viu-se nos espelhos, estava despojado, simples: uma camiseta jeans escura sobre uma camisa branca. Vestia calças verdes com a barra discretamente dobrada, de modo que os tornozelos ficassem à mostra, e tênis de um azul acinzentado. Uma bolsa carteiro de alça marrom e bagagem azul vinha consigo. Os cabelos estavam bagunçados, um bagunçado arrumado.

Conforme caminhava, uma sensação esquisita apoderava-se do rapaz. Uma espécie de bruma, aura ou vudu maligno tentava sufocá-lo. O mundo da moda era competitivo, ele sabia, mas não pensava que chegasse a tanto. Continuou caminhando sob aquela situação desagradável, tentando ignorá-la. Cada movimento ficava cada vez mais pesado. As coisas estavam estranhas e o ambiente parecia desconexo. Não, não o ambiente, apenas os espelhos. Por um momento, ele viu que o reflexo dele no espelho parara de segui-lo, mantendo-se estático, apenas observando-o. Os olhos tinham íris vermelhas, desejosas. Calum continuou caminhando, desconsertado e assustado, até encontrar a porta do camarim. Abriu-na e entrou, fechando-a em seguida. Respirou fundo e saiu para o corredor, desconfiado, para checar os espelhos. Estavam tão normais quanto possível. Fechou os olhos e suspirou, fechando a porta uma vez mais e puxando a bolsa para jogá-la em qualquer lugar. Contudo, ele parou o movimento quando encontrou uma criatura parada lá dentro, jogada no sofá cinza.

— E aí — falou o homem com agasalhos largos e uma touca desfiada e antiga. Os agasalhos e botas faziam jus nenhum à moda. Era uma combinação infeliz e aleatória de roupas. O sujeito fumava um cigarro tão barato que apenas de cheirar o odor do tabaco no ar já causava um câncer pulmonar.

— E aí? — Calum respondeu a pergunta com outra pergunta. — Posso ajudá-lo? Suas roupas me dizem que você não é o figurinista — ele falou, usando-se de um tom sarcástico e brincalhão. Jogou a bolsa em uma cadeira e recostou-se em uma parede, cruzando os braços em seguida.

— Eu preciso conversar com você — o homem do gorro falou, relaxado.

— Eu conheço você?

— Não.

— E sobre o que você quer falar?

— Sobre você — ele disse e Calum arqueou as sobrancelhas, como se tivesse entendido tudo.

— Senhora Luft não me contou que eu tinha uma entrevista agendada antes da bateria. Pra qual revista 'cê trabalha? — o loiro perguntou, sentando em uma cadeira junto à penteadeira.

— Não — o homem falou. Ainda mantinha o ar despojado. Puxou o cigarro e soprou a fumaça ao alto, fumaça que se espalhou em um borrão abstrato. — Não sou jornalista, colunista, ou qualquer coisa.

— Então o que... — o garoto seguia com a fala, mas ela foi cortada por um grupo que conversava de modo alegre e esganiçado. Eram dois maquiadores e uma figurinista que se vestiam com roupas coloridas e penteados chamativos.

— Oi, amor! Falando sozinho? — o homem mais velho do trio, com óculos escuros de armação rosa choque e um rabo de cavalo curto e grisalho perguntou.

— Não, não. Com esse cara aq... — Calum começou a falar, justificando-se. Virou em direção ao sujeito para indicá-lo, mas nada, se não o sofá vazio, estava lá. O rapaz franziu o cenho e ficou encarando o ponto vago, esperando que, a qualquer momento, o homem fosse surgir e dizer "Ei, aqui, meu chapa". Tendo a atenção chamada, o loiro começou a ser maquiado e arrumado. Desconfiado de talvez estar louco e certamente incerto do real e irreal, ele seguiu com o dia no limite da sanidade.

Se era possível ter alguma sanidade àquela altura.

5.

Calum seguia pensativo para casa. O dia havia sido estranho e tendia a piorar. A sensação de ser perseguido e observado apenas aumentava com o passar do tempo. Encarar não apenas espelhos, mas qualquer superfície reflexiva dava-lhe certa agonia. Hora ele via o que sempre havia visto, um rapaz boa pinta e simpático, hora algo diferente, um predador psicopata. As ruas de Manhattan estavam sempre cheias, observou, mesmo à noite. Eram cercadas por prédios luxuosos e clubes com fachadas em neon, com seguranças enormes em ternos pretos guardando as portas. O garoto seguia com o pé afundado no acelerador, movido ao som de Far East Movement. O volume estava tão alto dentro de seu carro que o estofado tremia em virtude dele.

Em certa altura, após ruas curvas e retas, ele parou diante de um sinal fechado. Aproveitou a pausa para regular o rádio e trocar a estação. Após o ajuste do aparelho, subiu os olhos ao espelho retrovisor para arrumá-lo. Ao ver o espelho, o corpo do homem pareceu ter sido eletrocutado. Ele não gritou, pois as palavras fugiram-lhe da garganta ao ver a cena. Ele estava no banco do motorista, estático e pálido. Atrás dele, nos demais banco, uma cópia estava sentada. A cópia sorria de modo diabólico, com as íris vermelhas e pele pálida. Ele se virou o mais rápido que pode para encará-la, mas não encontrou nada. Os bancos estavam vazios. O garoto perdeu-se nos pensamentos, mas foi trazido à realidade quando alguém buzinou, reclamando pela demora do avanço, já que o sinal havia aberto. Calum desligou o rádio e seguiu o resto da viagem em silêncio, abraçado em toda fé e rezas que já havia aprendido, se é que havia aprendido alguma na vida.

6.

O apartamento estava escuro. Calum chamou pelo pai, mas não recebeu resposta. Em virtude disso, foi dividido entre a alegria e a apreensão. Estava em casa e nada é mais seguro que a própria casa — talvez um posto policial, mas isso estava indisponível no momento —, e apreensivo por estar sozinho. Ele ligou as luzes e caminhou após trancar a porta atrás de si.. O jovem jogou-se no sofá da sala e ficou lá, morgado e cabisbaixo, cercado pela decoração colorida e festiva. O piso branco era decorado com um tapete azulado enorme e felpudo. À direita tinha uma enorme parede espelhada, do chão ao teto, com um corredor que desaguava nos quartos e banheiros. Na parede ao lado, à esquerda desta, as janelas imensas davam visão ao jardim da área externa. Era uma paisagem boa, considerando o ângulo superior do segundo andar. O sofá laranja fazia curvas, como se fosse uma onda, e uma mesa redonda de vidro fora posta em uma destas curvas. Na extremidade oposta, tinham-se mais cadeiras coloridas e a estante com a televisão. O tempo passava e o cansaço dominava o garoto aos poucos que, quando não aguentou mais, sucumbiu ao sono.

Acordou na penumbra tempos depois; a luz estava desligada. O loiro levantou, esfregando os olhos e bocejando, e checou o celular. Eram quase quatro horas da manhã. Chamou pelo pai outra vez e outra vez não teve respostas. Revirou os olhos e bufou, caminhando para o corredor. Acionou o interruptor, mas nada aconteceu. "Ótimo. Sozinho, sem luz e com uma pequena paranoia de perseguição", pensou ele, gozando da situação.

O apartamento era iluminado apenas pelo luar que, por sorte, estava cheio e estampava um céu limpo e estrelado. A luz atravessada as janelas, sombreando os móveis e dando aspectos macabros a eles. Calum, receoso, escutou um ruído que ecoou por toda a casa. Ele estremeceu, mas procurou manter a calma. Quando chegou às portas dos quartos, um estrondo partiu da cozinha. Pelo som, o rapaz imaginou várias panelas caindo. O loiro armou-se com a primeira coisa que encontrou, um guarda-chuva preto, e caminhou pé por pé. Na entrada da cozinha, ele esticou a cabeça porta a dentro para ter visão do cômodo e não encontrou coisa alguma. Estava vazio. As paredes brancas estavam intactas, bem como a geladeira e o fogão. O que lhe chamou a atenção, contudo, foi que os gaveteiros estavam abertos, revirados, e as portas dos armários estavam escancaradas, com o conteúdo que armazenavam espalhado pelo chão. O garoto espremeu os olhos e voltou à sala. Lá, alguém estava de costas para ele, encarando a parede espelhada. Calçava sapatos azuis acinzentados, calças verdes e camisa jeans escura por cima de uma camiseta branca. Calum viu a tudo embasbacado, pois a pessoa usava roupas iguais as suas. Não, não apenas as roupas. A pessoa era igual a ele, como um reflexo. A cópia virou-se e sorriu maliciosamente, piscando em seguida como o próprio Calum fazia. O reflexo do garoto ergueu a mão esquerda em um aceno, revelando uma faca grande empunhada. Atropelando as palavras, o original tentou falar algo.

— Você, quem — falou o rapaz, balançando a cabeça e organizando a sentença mentalmente. Os olhos estavam vidrados no ser surreal que via. — Quem é você?

— Eu sou você — a cópia riu e apertou os dedos, forçando os nós e as juntas. Ele deleitava-se, testando aquele corpo; aquela forma. — Você... não, melhor, EU sou lindo, devo admitir. Não resisti a este corpo. Tão simples, tão fácil.

— Do que você...

— CALE-SE, SEMIDEUS IMUNDO! — o clone rugiu entre os dentes, apontando a faca na direção do outro jovem. Por uma fração de segundo, os olhos da cópia refletiram as íris vermelhas, o que permitiu que Calum reconhecesse-o como seu perseguidor. Parecia ilógico, bobo, mas considerar a possibilidade de tudo ser real deu ao homem uma onda de pavor. A imitação afundou a cara no palmo livre, rindo descontrolado até retomar a compostura. — Sua espécie é a pior. Ficam com o mundo para si, como putas para os deuses — falou, carregando ódio nas palavras — Mas farei bom uso do seu corpo — completou, dando um passo em frente. Em resposta, Calum deu um passo para trás. O clone riu outra vez e continuou, cada vez mais encurralando o loiro na cozinha. O original piscou algumas vezes para tentar acordar do pesadelo, caso aquilo fosse um pesadelo, e a cópia aproveitou para avançar. Em questões de segundos ela estava quase colada no semideus que, em defesa, usou o guarda-chuva para bater em sua imitação; uma pancada de cima para baixo. A imitação usou o braço direito como defesa, erguendo-o em guarda, e o objeto espatifou-se quebrado. Pela expressão do atingido, o golpe surtiu alguma dor, mas nada significativo. O clone rangiu os dentes, raivoso, e usou a mão esquerda para estocar o ombro direto de Calum com a faca. O garoto atacado tentou sair da rota do golpe, mas não foi rápido o suficiente. A ponta da lâmina passou rente à carne e foi se aprofundando conforme o gume crescia até o cabo. Calum gritou e seu agressor riu, riu como havia rido até agora. Ferido e sangrando, o loiro tentou correr, vitimado pelas fisgadas torturantes que cresciam na área do corte. Quando viu a tentativa de fuga, a cópia pegou o menino pelo pulso e o segurou para, em seguida, cravar a faca na coxa esquerda do semideus. Sangrando como nunca, o garoto caiu no chão gritando, enquanto o agressor observava a obra que havia feito. O carpete azul e o piso branco eram empapados de vermelho conforme o sangue escorria.

— Eu podia te comer agora... — o clone falou e lambeu o lábio superior. — Em tantas maneiras diferentes — completou e deu um sorriso sacana, pisando nas costelas do rapaz machucado em seguida.Calum grunhiu por conta da pressão que o pé fazia e escutou um suspiro. A cópia revirou os olhos e pegou seu alvo pelos cabelos, levantando a cabeça do original para ficarem cara a cara. — Mas você já tem um destino traçado, e isso é uma pena — o maníaco falou, dissimulando uma pontada de tristeza. A imitação arrastou sua vitima pelos cabelos até a parede espelhada. O maníaco tocou o espelho e fechou os olhos, murmurando uma prece em grego, e expeliu um pulso magnético; uma onda energética que se manifestou em tudo na casa. Executar aquilo pareceu desgastá-lo, pois ele arfou e exibiu uma expressão cansada, mas não menos sadista e excitada. — Veja, semideus! É chegada sua hora! — exclamou de modo eufórico e afundou a mão na parede, como se os espelhos fossem uma superfície gelatinosa. Pequenas ondas manifestaram-se a partir do punho e o cenário que era refletido modificou-se: agora via-se um mundo construído em rochas cristalizadas, grandes blocos de cristais lilases e espelhados, e pedaços imensos de arenito. O céu e a terra invertiam-se, fazendo com que a parte inferior da imagem exibisse uma imensidão vermelha e gasosa, como uma bruma de sangue, e a parte superior apresentasse o chão de terra escura, batida e árida, como o teto de uma caverna. Pedregulhos de arenito com partes cristalizadas flutuavam dispersos, como ilhas que desafiavam as leis da gravidade, e refletiam cenas diferentes de todos os cantos do mundo, cada qual com uma imagem: alguns mostravam Paris, outros Veneza; viam-se casarões e quartos comuns. Pulando de pedregulho em pedregulho, massas cinzentas observavam o possível jantar. Elas chiaram, sibilaram e abriram bocarras com dentes enormes. — Você servirá de alimento aos meus irmãos e irmãs! — a cópia exclamou, esticando o braço à imagem como se anunciasse o começo de um espetáculo. — Bem-vindo a Antanáklasi, o mundo inverso! — o copiador disse e jogou a faca para longe. O clone agarrou Calum pelas costas da camisa, preparando-se para jogar o jovem ferido espelho a dentro. Porém, momentos antes de isto ser feito, um milagre aconteceu.

Pode ser chamado de milagre, acaso, coincidência ou de um cara em roupas feias aparatando com cuspe na sala de estar, porque foi isto que aconteceu. Calum estava sangrando, contorcendo-se para evitar ser jogado, tentando bater na cópia. O ombro doía e a perna machucada surtia uma sensação pior que a do ombro. As bestas preparavam-se do outro lado do espelho, prontas para o alimento que teriam. Contudo, antes que elas tivessem a fome saciada, um borrão cortou o espaço. Vinha da rua, rápido e corrosivo. Passou pelo vidro da janela como se ele não fosse nada e se grudou à nuca da cópia que soltou o garoto original — agora zonzo pela perda de sangue — e começou a gritar. A pele queimou como se ácido tivesse a tocado. Bolhas ergueram-se no clone e tanto a queimadura, quanto a substância que o queimava, exalavam um fedor horrível.

Calum tentou virar o corpo para ver o que se passava, mas a dor fez com que se movesse pouco. Algo pulou janela a dentro, um borrão ainda maior, e quebrou o vidro que caiu em uma chuva de cacos. A cópia gritou e em seguida correu atrás da faca. As bestas alarmaram-se e se preparavam para saltar, atravessar a passagem que ligava os dois espaços, mas foram frustradas por uma clava coberta por bronze que golpeou a estrutura e estilhaçou o portal. Os pedaços do espelho, grandes e pequenos, caíam no chão. — Besta imunda! — o clone gritou. Munido com a faca, o maníaco correu e tentou açoitar o rapaz do gorro que também fez alguma prece em grego e baixou a cabeça, parecendo estar pronto para receber o golpe. A cópia desceu uma facada para acertar o topo da cabeça do homem que, sorrindo, ficou parado. Da cabeça do recém chegado saíram chifres segundos antes da punhalada. Os chifres cresceram e tomaram proporções alarmantes, além de serem bem afiados. Um dos chifres acertou o pulso do clone que gritou e largou a faca sem sequer acertar o alvo.

— Ultimas palavras? — perguntou o garoto da clava, usando-se de um tom irônico. Calum mal via a cena, estava com a visão turva. Como um trator potente, o homem das roupas feias agarrou a cópia pelos braços e correu com ela, empurrando-a contra a parede da cozinha. O chifre perfurava o braço do copiador gradualmente e, por mais que o clone resistisse, estava sendo vencido. Quando ambos trombaram contra a parede, os cornos do guerreiro afundaram-se no peito da criatura imitadora que grunhiu e desapareceu, desfazendo-se em pó dourado. O homem se ajeitou, alongou os braços e olhou Calum. O salvador estranho caminhou até o rapaz ferido e parecia mancar durante seu avanço. Calum, não sabendo mais no que acreditava, perdeu a consciência. A última visão que teve foi um rosto de traços hispânicos, o rosto do homem da clava, colado ao dele.

6.

Calum acordou na cama, estava um tanto cansado, dolorido. Os olhos encontraram o teto branco. A colcha azul cobria-no do pescoço para baixo. Os sonhos estranhos que tivera na noite passada ainda estavam frescos na cabeça dele: um homem estranho; uma cópia sua; espelhos. O loiro espreguiçou-se e sentiu o ombro e a coxa fisgarem. Arregalando os olhos, eles destapou as pernas e viu que os lençóis estavam sujos de sangue. Ele estava com ataduras, tanto na perna, quanto no tronco desnudo. O garoto começou a hiperventilar, descontrolado, pensando no que havia acontecido. Apesar da situação em que se encontrava, a atenção do loiro foi atraída por três batidas na porta. Girando um anel estranho que usava no dedo indicador, lá estava ele: o hispânico. Ele entrou sem falar palavra alguma e Calum seguiu-o com os olhos.

— Oi — o hispânico falou de calmo tempos depois. — Quer café? — perguntou, mas não teve resposta. — Acho que 'cê não quer, né?

— Quem... quem é você? — o loiro perguntou, confuso.

— Pode me chamar de Hol.

—  Por que você está aqui? — ele perguntou, desconfiado. Hol suspirou e sentou no chão, com as costas apoiadas na parede e os braços sobre os joelhos. Parecia que já tinha um discurso ensaiado, algo que já havia contado antes. Ele explicou algo fantasioso sobre um mundo em que monstros existiam, bem como os deuses gregos. Neste mundo, os deuses tinham filhos com os humanos mortais e estes filhos eram chamados de "semideuses", além de algo sobre ser um protetor. Quando Calum escutou aquilo, a lembrança de seu clone tratando-o por "semideus"surgiu de modo involuntário. Aquilo não fazia sentido para Calum, que ponderava sobre o assunto. O garoto percebeu que, na verdade, nada fazia sentido. Nem a história, nem ser quase morto por um gêmeo mau.

— E aquela coisa... O que era aquela coisa? — o semideus perguntou.

— Um Duplo.

— Duplo?

— São monstros que roubam formas, quase como metamorfos. Eles tomam o lugar de quem roubam, como ia fazer com você — Hol contou como se fosse algo normal; cotidiano.

— E você espera que eu acredite nisso tudo?!

— Sinceramente? Não de primeira — ele respondeu de modo franco. Puxou um maço de cigarros do bolso e pegou um dos cigarros, acendendo-o com um isqueiro. De propósito, tirou as botas que calçava chutando os garrões dos calçados. Calum boquiabriu-se quando viu que Hol tinha cascos no lugar dos pés.

— SEUS PÉS! — gritou e se arrependeu por isso, pois uma fisgada de dor surgiu.

— Meus pés! — Hol falou, imitando o semideus com um tom de falsa animação. A voz estava abafada por conta do tabaco que tragava.

— São cascos!

— É, eu falei que existia esse tipo de coisa...

— Mas não disse que VOCÊ era uma coisa! —  o garoto enfatizou bem a palavra "você".

— Ei, ei. Coisa não. Sátiro.

Após isto, os dois ficaram em silêncio encarando um ao outro. Hol fumava com uma expressão tão serena que se podia acreditar que Buda havia reencarnado e estava usando o corpo do cabrito para meditar. A mente de Calum pensava e tentava juntar as peças. Era ilógico, mas até que se encaixava. Nunca havia conhecido a mãe e duvidava que o pai fosse algum deus. A mãe havia morrido quando ele era muito pequeno, pequeno o suficiente para não se lembrar dela. Contudo, ele via fotos dela pela casa e elas faziam com que Calum discordasse da possibilidade de ela ser uma deusa. Nas fotos que vira, o loiro enxergava uma mulher bonita, mas comum. Às vezes posava com o pai, às vezes sozinha e até mesmo, às vezes, com um bebê. Quando Calum tentava conversar com o pai sobre ela, o assunto era desviado e ele notava que o tópico era doloroso para o velho. Em virtude disso, o semideus conformou-se ao longo do tempo. Toda aquela informação, aquela duvida, enchia o peito com uma sensação estranha. Duvidar de sua própria vida era difícil, machucava.

— Sabe, eu sei que pode ser complicado — Hol falou, balançou a cabeça em negação logo que disse e corrigiu a frase. — Eu sei que é complicado, sério. Mas quanto mais cedo aceitar a verdade, mais fácil será.

— Não! — Calum protestou, desolado. — Não pode ser verdade.

— O.k. Me dê uma explicação para você ter sido quase morto por você mesmo, ter encarado um portal dimensional e meus pés serem cascos — o sátiro falou de modo impassível. Puxou o cigarro da boca e soprou a fumaça. O loiro abriu a boca para falar algo, tentar bolar uma desculpa, mas não conseguiu coisa alguma. Os olhos encheram-se de lágrimas e, sem motivo algum, ou com todos os motivos do mundo, ele começou a chorar. Chorou como se fosse uma criança pequena. Afundou o rosto nas mãos e ficou lá, sentado na cama, chorando. Após um tempo, sentiu o colchão afundar e um braço ser posto ao redor dos ombros. O cheiro do tabaco era tão forte que arrumava espaço forçosamente nas narinas do rapaz. Contudo, ele não se importou. precisava ser um abraço e deixou o sátiro abraçá-lo. Viu Hol de relance. O hispânico encarava-o.

— Calma, calma. Dá pra resolver. Pensa que, pelo menos, 'cê vai conhecer sua mãe — ele disse, tentando consertar as coisas. Em uma resposta rápida, uma espécie de símbolo holográfico apareceu na cabeça do menino. Uma pomba branca girava de modo lento. O sátiro arqueou as sobrancelhas e riu. Uma risada silenciosa. Calum não o escutou, mas pode sentir o corpo do homem chacolhando. — Ela sempre adora entradas dramáticas — ele comentou e Calum franziu o cenho, confuso. — Sua mãe. Ela está dando oi.

— Minha mãe? — perguntou, não entendendo.

— O símbolo — o sátiro falou, indicando-o com o queixo. O sinal se enfraquecia, perdia-se no ar como se fosse fumaça. — É o símbolo de Afrodite.

7.

Os dois saíram do quarto mais tarde e passaram pela sala. Calum viu os estragos, as manchas de sangue e as paredes quebradas. Os cacos estavam no chão. O loiro olhou aquilo tudo e pensou em como explicaria para o pai. Pensou aonde, diabos, havia se metido o homem. Como resposta, encontrou um papel caído, um bilhete. O garoto agachou-se e o pegou, lendo-o:

"Vou dormir na Deb.
Não me espere acordado.
Com amor,
papai"


Calum riu. O homem ainda insistia para que fosse chamado de papai. Além da risada, alegrou-se, pois o velho escolhera a melhor noite para ir dormir na casa da namorada. Após o pensamento, outro surgiu na mente, uma lacuna, e ele gritou a Hol que estava na cozinha.

— Estranho que ninguém apareceu ontem, apesar do barulho.

— Eles apareceram. Vários: vizinhos, a polícia — o sátiro falou, saindo da cozinha com uma maçã. Encheu a boca com uma mordida e continuou encarando o menino. — Eu dispensei eles.

— Dispensou? — Calum falou, não acreditando muito. Porém, logo que disse, pensou que não tinha motivos para não acreditar em Hol.

— É. A névoa. É algo fácil quando se pega o jeito — o bode falou como se fosse a coisa mais normal e esclarecedora do mundo, mesmo que não fosse. Outra pergunta surgiu na cabeça do filho de Afrodite que mancava até o sofá, agora vestido com seu pijama azul e branco.

— Na agência.... — o semideus começou a falar, chamando a atenção do hispânico. — Como fez para desaparecer?

— Eu nunca estive lá — o hispânico respondeu, dando de ombros.

— Nunca?!

— Não fisicamente, ao menos —  Calum franziu o cenho para a resposta, visivelmente confuso. Hol ergueu a mão em resposta e mostrou o anel que usava, uma peça estranha e colorida. Em seguida, o sátiro baixou a mão e nada disse, como se, novamente, apenas aquilo respondesse todas as perguntas. Cansado, o loiro apenas balançou a cabeça e se sentou. Hol sentou-se ao lado dele.

— Eu não sei o que eu faço agora — o jovem modelo falou com uma pontada sincera de tristeza na voz.

— Você pode vir comigo — o hispânico disse, em resposta. Havia terminado a maçã, comido inclusive o talo. — Ou melhor, você deve vir comigo.

— Ir com você?

— Agora que foi reconhecido por Afrodite, é bem simples te apontar como semideus. Os ataques vão apenas crescer e não vão ser só os Duplos — ele falou, gesticulando. — Lestrigões, ciclopes, dracaenae. Toda a corja do Tártaro está solta pelo mundo. Não digo que todos são ruins, mas a maioria é. Você precisa aprender a se defender. Precisa de segurança... e eu tenho um lugar que oferece os dois — ele terminou, encarando Calum fundo nos olhos. A maioria dos nomes não fazia sentido algum ao jovem, mas ele não fez menção de citar tal fato.

— Que lugar?

— O Acampamento Meio-Sangue! — ele falou com um sorriso no rosto. Os olhos brilharam de modo juvenil e Calum pensou que, pela empolgação do rapaz, devia ser um lugar ótimo. Os dois ficaram parados: Hol fumando e Calum decidindo o que fazer da vida.

Após tudo que passara, o semideus sabia que não era mais uma criança em busca de diversão. Pelo o que parecia, a diversão encontraria-o por conta própria, sem esforço algum.

Anedotas e considerações finais:

1. Desejo ser reclamado por Afrodite, pois venho bolando algo já há algum tempo e, caramba, é Afrodite.
2. Espero que eu tenha esclarecido o necessário para o entendimento, mesmo que alguns vários pontos tenham sido pouco tocados, ou não tenham sido completamente explicados (ex.: anel do Hol, o pai de Calum, a namorada do pai). Foi proposital e, sei lá, não havia a necessidade de serem explicados agora.
3. Eu dei uma pequena mexida nos Duplos, acrescentando algo aqui e acolá para criar uma atmosfera de terror (ou tentar, desculpa se não deu). Olhos vermelhos são legais e eles são metamorfos, podem trocar de formas e tal. Sei lá, me julguem. É um país livre.
4. Espero que eu tenha eliminado todo e qualquer erro de gramática, pontuação e acentuação. Se eu não o fiz, foi mal ai.
Calum Ross
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sadie Bronwen Sex 05 Fev 2016, 11:59

Yuki Maru


Oi, Yuki! De cara, o que se percebe no seu texto é a questão de virgulação: você utiliza períodos extremamente longos, com as vírgulas nos locais inadequados - ora faltando, ora sobrando algumas. Isso dificulta muito a leitura, quebra a fluidez e fluência e, adicionalmente, deixa o texto confuso - pontuação é algo extremamente importante para o entendimento do texto e, em alguns casos, pode mudar completamente o sentido do que esta sendo dito. Se fosse em apenas uma ou outra frase, seria aceitável, mas é algo frequente.

Outros erros de digitação apareceram também, mas creio serem mais por falta de revisão, assim como algumas coisas de concordância (puro libido/ pura libido - libido é uma palavra do gênero feminino, então, a concordância deve seguir isso).

Na batalha, o texto ficou extremamente confuso, com partes repetitivas/ desestruturadas, como este trecho:

Ela sentia o desespero do jovem Yuki e o perseguiu até a Igreja. Atrás do alta, Yuki, parecia rezar e a Hydra furiosa corria destruindo diversos pilares da Igreja. A Hydra atingia Yuki em cheio, seu corpo se quebrava e sua imagem era uma perfeita pintura feita pelo padre Lienel, aquele que ensinou Yuki a gostar de arte e os ataques da Hydra trouxeram como consequência a fragilização da estrutura de toda a Igreja. Yuki notava a ação do monstro e corria para fora da Igreja buscando se esconder dentro da floresta enquanto toda a Igreja desabava em cima do monstro.

Neste pequeno trecho há os todos os aspectos que abordeu antes, com o adicional da confusão: o que a hidra (minúsculo, com "i")acertou? Como o semideus escapou sem nenhum problema? (Como não há detalhes, o que se imagina é que um monstro deste tamanho não teria dificuldade nenhuma de ignorar o desabamento - e, como localizam semideuses pelo olfato - poderia continuar a perseguir o semideus).

Outros detalhes são importantes: Você quase não fala sobre a reação do semideus - ele descobriu nos sonhos ser filhod e Hipnos ou o padre contou o que ele era? Como ele reagiu? Note que em momento algum você cita a reclamação dele - algo obrigatório e que automaticamente anula a ficha.

Outros pontos: Semideuses na Europa possuem mais dificuldades, dado que o local é mais perigoso a eles e os deuses estão mais distantes, então, como foi a vida do personagem antes? Nada além dos sonhos? Os enviados fazem sim sentido, mas mesmo neste ponto faltou detalhamento: como levaram ele? Quanto tempo durou a viagem? Mesmo que só enha acordado no Acampamento, neste caso qual a reação sobre isso?

Lembre-se de que o avaliador não sabe o que você planejou ao personagem, dependemos unicamente do que está escrito. Outro ponto: Como pretende levar o personagem para o Acampamento, você podepostar nas atividades internas (como arenas, escalada e etc) mesmo sem ser reclamado, mas não poderá usar presentes de reclamação nem poderes - você treinaria como um humano comum. Além de poder adquirir xperiência, auxiliaria na escrita ao receber dicas de outros avaliadores. Utilizar um corretor ajuda a minimizar certas falhs, bem como ler em voz alta o próprio texto pode ajudar a identificar as pausas - e, se feito com atenção - serve de revisão.

Você tem boas idéias (como a concepção no sonho) mas peca no desenvolvimento.

Então, pelos motivos apontados, reprovado.





Max King


Max, encontrei algunserros, que não são tão graves mas são repetitivos, então, necessitam de atenção (uma ou outra palavra sem acentuação adequada; falta de espaçamento na pontuação - em especial entre o travessão e a fala em si). Alguns erros de concordância (a luz do sol ofuscava - luz é singular e na frase é com ela que o verbo deve concordar). Outro erro (bem comum, mas um pouco mais chato): não se usa "o mesmo" como sinônimo de pronome. Por exemplo, aqui: "Quando estava saindo Kurt disse que iria comigo, falei para ele curtir o sábado, mas o mesmo disse que não iria me deixar voltar sozinho." Caso ficasse repetitivo, então, seria necessário uma reformulação (e neste caso existem várias possibilidades). Erros similares apareceram em outros trechos (conjugação errada de um verbo, falta de pronome em uma frase, etc). Aqui, outra frase estranha (pela ordem das palavras): "Agora era vida ou morte. Mais um ataque vertical foi aplicado pela mulher, eu desviei e sua espada ficou presa no metal por algum tempo do deposito de lixo."

Em um trecho você trocou o tempo da frase - cuidado com isso, porque se narra no passado, deve tomar cuidado para manter assim, não ficar oscilando. Mais especificamente, foi essa frase: "Daqui para frente tudo era possível, eu acho."

Aqui, uma dica: cuidado com diálogos. Pense nos textos que lê; raramente são colocadas apenas as frases. Como o personagem está enquanto fala? Como era seu tom de voz? Seus gestos? Ele tem algum maneirismo? Isso deixa a narrativa mais dinâmica e evita aqueles blocos de texto separado entre narrativa/ fala. Por exemplo (incrementando sua própria narrativa):

"Já estava preparando as minhas desculpas quando Kurt foi até a minha avó e falou com ela em um tom mais baixo, mas mesmo assim eu ouvi:

— Clarisse, chegou a hora. Nós temos que falar.
— Do acampamento? - Ela franziu o rosto, preocupada
— Sim, eu prometi que só falaria do acampamento se te avisasse antes. E estou te avisando. - Kurt parecia mais calmo e sério do que de costume, falando com ela com uma intimidade que nunca demonstrou antes.
— Mas por que agora? - Ela ainda parecia não aceitar, sua voz estava trêmula.
— Max foi atacado hoje, por sorte eu estava com ele. Na verdade foi ele que cuidou de quase tudo sozinho. - Eles se encararam em silêncio por um momento, mas Kurt parecia decidido.

Minha avó então olhou para mim, não sabia o que ela sentia no momento."

Outro ponto, sobre organização: ou você pula as linhas entre todos os parágrafos (o que é mais indicado, deixa a aparência mais limpa e facilita a leitura) ou não pula em nenhum, mas não faça isso de forma aleatória como fez (lembrando que cada travessão, cada fala, também é um novo parágrafo).

Não vejo nesses erros motivo para reprovação: ao todo, a história foi coerente, coesa e a leitura fluiu relativamente bem. Apenas tome cuidado no futuro, pois isso certamente interferirá em outras avaliações.

No mais, reclamado como filho de Apolo!





Callum Ross


Não tenho muito o que dizer aqui (no máximo, você esqueceu algumas pontuações, ao alternar entre diálogo e narrativa, e a troca de minúscula/ maiúscula no mesmo caso). Dos pontos: não há problemas em alteraçoes que sejam explicadas, quando interferem em jogabilidade/ avaliação. No mais, bom equilíbrio entre desenvolvimento e descrição necessários para reclamação (adorei o sátiro!), e trama.

Reclamado como filho de Afrodite.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Justin McCain Sex 05 Fev 2016, 19:45

Ficha de Reclamação
para filho de Nêmesis



Por qual deus quer ser reclamado?

Nêmesis, a deusa da justiça e da vingança.

Perfil do personagem:

Psicológico:
Justin é agressivo e de caráter tortuoso na maior parte do tempo. Afirma que a justiça não existe e, por ter sofrido desde muito cedo, é revoltado e busca vingança. Culpa a mãe por tê-lo abandonado com um pai descontrolado e aprendeu sozinho a se defender dos mais fortes, ao mesmo tempo que passou a ser bruto com os mais fracos, a exemplo de seu pai.

Físico:
Cabelos loiros, olhos selvagens e escuros, sorriso maldoso e pele bem branca. É magro e alto, 1,79m, mas mais forte do que aparenta ser, esguio e rápido.

História do personagem:

É tarde, já passa da meia-noite quando passo pela surrada porta de madeira. Está tudo escuro, mal iluminado e o fedor azedo faz minhas narinas arderem. Eu odeio esse lugar, mas não tenho onde passar à noite, então acabo voltando.

— Moleque! A casa está um lixo! — Ele tinha a clássica voz engrolada dos bêbados. — E você vai limpar tudo!

Merda... Eu me pergunto o que fez esse gordo alcoólatra ter um filho se iria tratar-me assim. Suspeito que tenha a ver com a minha mãe, afinal ele reclama dela todos os dias. Seja como for, mais uma vez decido por ignorá-lo e seguir para o cubículo que chamo de quarto enquanto ele esbraveja, tenta se levantar e falha miseravelmente caindo no chão, todos os dias a mesma coisa. Todos os dias sinto aumentar o ódio pelo homem que deveria chamar de pai. Justiça não existe.


Acordei num sobressalto, encharcado de suor. Nem depois de deixar aquele antro as lembranças iam embora, era como viver num maldito replay de tudo que queria deixar para trás.

Havia fugido de minha casa no Kansas havia... céus, eu nem me lembrava mais. Tinha passado por diversos lugares, roubado e ameaçado sabe-se lá quantas pessoas no caminho e adquirido uns bons cortes e escoriações fugindo de caras do governo que queriam me levar para o reformatório.

Tudo que eu tinha para me defender era uma faca mal afiada e minha cara de pivete perigoso de rua que eu havia aprendido a exercitar. Não fazia ideia de para onde estava indo, apenas seguia o que meus instintos me mandavam seguir.

Tudo estava indo bem — bem até demais, ah, se eu soubesse — até eu chegar em Nova Iorque. Tinha conseguido uma faca nova (não me pergunte como eu consegui, ok?), então sentia-me um tanto mais seguro. Esse foi o meu erro.

O Sol tinha acabado de nascer quando as duas apareceram. Duas mulheres lindas de camiseta e saião florido surgindo à "porta" do meu beco isolado com sorrisos nem um pouco inocentes. Não podia imaginar o que queriam, mas, como eu imaginava, não era coisa boa.

— O que vocês querem? — Perguntei rispidamente, tão ameaçador quanto uma voz engrolada de sono saindo de um rapaz descabelado pode soar.

O que se seguiu foi a coisa mais estranha que eu já tinha visto até então. Antes que eu percebesse, a mulher da esquerda golpeou minha faca para fora de minha mão e me chutou bem no meio do peito, causando uma dor bastante inesperada.

Chutou não é bem a expressão correta. Na verdade ela me deu uma rabada ou sei lá como se chama quando uma serpente chicoteia a cauda em alguém. Por debaixo das enormes saias floridas, viam-se corpos de cobras, o que explicava o fato de elas deslizarem em vez de andar.

— Vocccccccê é o que queremossss! — Ambas sibilaram ao mesmo tempo, revelando línguas bifurcadas e aproximando seus corpos híbridos cada vez mais.

Elas tinham garras, notei, e apesar de carregarem grandes lanças às costas, não faziam uso delas. O espaço nesse beco é pequeno demais, pensei comigo mesmo, tentando inventar uma maneira de recuperar minha arma.

Acabei resolvendo fazer o impensável. Utilizando-me do elemento surpresa, mergulhei entre elas para causar-lhes espanto e recuperar minha faca. Como isso deu certo? Honestamente eu não sei. Era como se eu tivesse certeza que aquela era a única tática de batalha que daria certo, e eu tinha certeza que não havia aprendido isso na rua.

Já com a faca na mão, voltei-me para elas e fiquei de costas para o resto da cidade. Em algum lugar do meu subconsciente pensei em como ninguém tinha visto as mulheres-cobra se aproximarem. Será que não havia uma única pessoa que enxergasse aquilo?

— Vocccccccê é um ssssssemideusssss esssssperto. Massss não essssscapará da morte, filho dosssss deusssseeeeessssss!

Elas partiram com tudo para cima de mim, mas ainda sem as lanças. Instintivamente desferi dois arcos longos com a faca, ferindo-as nos braços e fazendo jorrar um líquido bastante estranho de suas feridas. E aí eu saí correndo.

O sangue pulsava forte em minhas veias, meu coração batia tão forte que eu o ouvia mais do que o som dos carros na agitada Nova Iorque. Nunca, desde que tinha passado a viver na rua, eu tinha golpeado alguém. Tinha aprendido bem demais a ameaçar e impor medo às vítimas de meus furtos, mas nunca tinha precisado ferir.

Valores? Não, nenhum. Eu só não queria o risco de aumentar minha pena caso os tiras me pegassem. Porém, a sensação que senti ao golpear as mulheres-cobra foi como se de repente eu estivesse funcionando verdadeiramente. Como se uma parte importante de mim tivesse passado minha vida inteira desligada e agora finalmente havia despertado.

Precisei interromper meus pensamentos quando achei um carro antigo estacionado numa rua isolada. Lá estava eu outra vez, repetindo o processo de acertar o vidro não blindado do velho Chevrolet, empurrar a ponta da faca na ignição e sair a toda velocidade possível para o próximo destino — que eu não sabia qual era. A diferença foi que, dessa vez, cometi um atropelamento.

Semideus, filho dos deuses, mas o quê? Minha mente girava. Mal consegui crer que roubara o carro a tempo, o fedor do hálito ácido delas ao me jurarem de morte ainda fazia minhas narinas arderem, mas eram as palavras que me intrigavam.

Como era possível que eu fosse um filho dos deuses? Do que elas estavam falando, afinal? Ao mesmo tempo, depois de ver aquelas coisas me seguindo — e, por sinal, elas continuavam deslizando atrás de mim, criando um caos entre os veículos —, nada mais poderia ser irreal.

Cheguei a uma estrada mais isolada. Estava me afastando da cidade de Nova Iorque. O rio corria ao meu lado e a selva de pedras ia dando lugar à vegetação. As mulheres-cobra empunhavam suas lanças agora e se aproximavam do carro cada vez mais... Ou, eu tinha esquecido um pequeno detalhe.

— Ah, não... Não! — Claro, num mundo onde há monstros humanoide-ofídicos que me perseguem e me chamam de semideus, um problema trivial como a falta de gasolina não deveria existir!

O carro ia ficando mais lento. Ver o velocímetro cair juntamente com o nível de gasolina acabava com minha animação, mas eu precisava cair fora dali logo. As criaturas sibilavam atrás de mim com olhar faminto e cheio de ódio. Eu não podia esperar mais.

Com o carro ainda em movimento, me atirei para fora com a adaga na mão e rolei perigosamente antes de conseguir me erguer e correr. Nunca corri tanto em toda a minha vida, mas eu sabia que estaria morto se parasse.

O chão de terra foi ficando apinhado de folhas secas e galhos caídos, ao meu redor as árvores ficavam cada vez mais numerosas. Nada, porém, impedia as criaturas de se aproximarem.

Eu já estava ao alcance delas quando senti o impulso de me virar e golpear. Bem a tempo, pois duas lanças estavam preste a serem cravadas em minhas costas. Me senti como aqueles ninjas que se defendem sem precisar olhar o ataque, embora eu não fizesse ideia de como desenvolvera um reflexo tão bom.

Tornei a correr, mas agora não conseguia tomar muita distância. A todo momento precisava desviar e atacar, ainda que já tivesse recebido uns dois ou três cortes nas costas, que ardiam terrivelmente. E como se não bastasse, o solo ficava cada vez mais íngreme! Parabéns, esperto. Você tá fugindo de monstro velozes subindo uma montanha, eu me xingava mentalmente.

O ar foi ficando mais quente, o que me fez concluir que as mulheres-cobra estavam fungando em minha nuca. Provavelmente só não tinham me matado ainda devido à diversão que seria me ver morrer de exaustão. Arrisquei um olhar para trás e... elas ainda não tinham me alcançado.

De onde viria aquele calor, então? Ouvi o som das lanças cortando o vento e dei um salto para frente, me livrando por pouco de ser fincado ao chão, mas não escapando de um corte profundo no tendão do tornozelo, o que me fez desabar.

Se eu fosse um semideus, como elas disseram, eu só esperava que minha fraqueza não fosse naquele tendão, igual Aquiles. Me pus de pé com dificuldade, me sustentando no outro pé, mancando de costas para continuar subindo, desferindo arcos descoordenados com a faca na tentativa de me manter vivo.

Minha visão começou a escurecer e meus dedos das mãos ficaram dormentes. Mal consegui resistir quando uma das monstras jogou minha faca longe, sorrindo com desdém. Era isso. Era o fim.

Tentei dar mais alguns passos, mas a dor lancinante me enfraquecia mais e mais. As criaturas apontaram suas lanças diretamente para o meu peito e duas flechas passaram dos lados de minha cabeça, acertando-lhes o peito e fazendo-as instantaneamente se desfazerem um fedorento pó amarelo.

E não vi mais nada.

* * *

Acordei num cômodo estranho com paredes cheias de vinhas, uma máquina de fliperama do Pac-Man, máscaras de teatro da Grécia Antiga, uma garotinha de cabelos castanhos e olhos verde-mar, e uma cabeça de leopardo que agarrava salsichas no ar, jogadas por um cara metade homem, metade cavalo.

— MAS QUE... Que lugar é esse? — Me sentei assustado, o que foi um erro terrível, pois minha cabeça quase explodiu de dor.

— Boa noite, Justin McCain. — O homem-cavalo disse calmamente. Como era o nome correto mesmo...? Centauro. Ai caramba, tinha um centauro na minha frente!

— Como sabe meu nome? Quem é você?

Ele sorriu de maneira piedosa, como se já tivesse passado por aquilo várias vezes. E ele disse "Boa noite"? Quanto tempo tinha dormido?

— Estávamos esperando por você. E, bom, nosso oráculo se encarregou de vislumbrar seu nome, já que você demorou a acordar.

Franzi o cenho. Oráculo?

— Não respondeu minha pergunta.

— Este lugar é o Acampamento Meio-Sangue. Único lugar seguro para os filhos dos deuses gregos, os semideuses. Justin... Você é um semideus. Seu pai ou sua mãe é um deus ou deusa do Olimpo.

Fui tomado por uma onda de ódio. Com certeza aquele velho bêbado no Kansas não era um deus grego, então... minha mãe era? A mesma que me largou com aquele louco? A mesma que nunca foi atrás de mim?

— Que espécie de brincadeira é essa?! — Meu coração martelava meu peito de maneira dolorosa. Odiosamente dolorosa. Me levantei, ignorando os pontos pretos diante de meus olhos. — Está me dizendo que minha mãe é uma deusa grega?! MAS QUE MERDA É ESSA?

O centauro fechou os olhos, novamente de maneira piedosa, e suspirou fundo. Eu estava ofegante, tomado de ódio e de uma sensação que havia muito tempo eu me proibira de sentir: vontade de chorar.

Eu tinha ódio da misteriosa mulher que era minha mãe. Ali, na frente daquele centauro, ouvir que ela era uma deusa grega aumentava tanto a injustiça do abandono que eu me sentia novamente como uma criança maltratada por um louco, enquanto todos os coleguinhas da escola corriam para a mãe com desenhos e presentinhos.

— Justin, eu entendo a confusão que isso deve gerar em sua cabeça. Mas é a verdade. Sua mãe, pelo que diz, é uma deusa, assim como os deuses dos mitos antigos. Bom... Não são mitos. Os deuses ainda hoje existem e tem filhos. Você é um deles. O acampamento é um refúgio para vocês, cada um em seu lugar. Um chalé para cada deus. E eu sou Quíron, o mentor destes heróis.

— DANE-SE QUEM VOCÊ É! — Esbravejei. Talvez não estivesse sendo justo com o mentor, mas e daí? Desde quando justiça existia em meu mundo? — Se está me dizendo que minha mãe é uma deusa grega, quer dizer que ela tinha poder suficiente pra ir me ver pelo menos uma vez em toda a minha vida! Ela podia estar perto! Podia ter me trazido pra cá ao invés de me largar com um bêbado imundo que deveria ser meu pai!

Quíron tinha um olhar assustado. Eu continuava gritando mil blasfêmias sobre a ausência da tal deusa quando percebi que estava envolto numa aura vermelho sangue. Alarmado e agora calado, olhei ao meu redor e acima de mim, notando uma figura holográfica de roda defeituosa. Faltava uma seção no formato de uma fatia de pizza.

O centauro "ajoelhou-se" respeitosamente em minha frente e me olhou de maneira alarmada, como se aquela incômoda luz vermelha e o estranho holograma fossem um perigo para o mundo.

— Ave, Justin McCain. Filho de Nêmesis, a deusa da justiça e da vingança.

Deusa... da justiça? JUSTIÇA?! Só podia ser brincadeira! Tinha que ser brincadeira! Era um truque de mágica, qualquer coisa! Aquilo não podia ser real, era o cúmulo da ironia com tudo que eu havia passado!

De repente, a garotinha de olhos verdes (que tinha uma cara de "sou criança, mas não mexa comigo") chamou o centauro, preocupada:

— Quíron... Nêmesis? Tem certeza? Não não temos nem mesmo um...

— Quieta, criança!
— Quíron alertou. Não tinham nem mesmo um...? O quê? Ele ficará no chalé XI.

— O que é chalé XI? O que vocês não têm? E qual é o problema com Nêmesis, além de tudo que ela me causou, é claro?

A garotinha e o centauro se entreolharam e travaram uma discussão silenciosa. Por fim, Quíron deve ter decidido que eu saberia o que era mais cedo ou mais tarde, então era melhor contar logo.

— Justin... É que nós... não temos um chalé para Nêmesis...

Senti como se tivesse engolido um tijolo. Se não havia um chalé para Nêmesis, não havia chalé para mim e nem havia outros filhos de Nêmesis no acampamento? A vontade de chorar retornou e lutei com ela outra vez, mas eu estava começando a perder. Minha voz embargou quando busquei a certeza.

— Então... Eu estou sozinho? É isso que você está me dizendo? Tem lugar para todos, cada um em seu lugar, mas não tem lugar pra mim? É isso...? E você diz que Nêmesis é a deusa da justiça?! É assim que ela é justa com os filhos dela?

Nenhum dos dois sabia como me responder. Quíron pareceu intimidado por meus questionamentos, envergonhado talvez. Ele não tinha resposta. Eu era um filho da justiça que havia sido injustiçado a vida toda e continuava sendo!

Eu não pertencia àquele lugar. Tinha ido parar lá instintivamente só para ter mais uma decepção! Sem me deter nem mais um minuto, saí em disparada daquela sala, pegando meu casaco, pendurado numa cadeira, no caminho.

Ao sair, vi-me diante de um casarão grego enorme em branco e azul bebê. Uma fogueira queimava no meio de um conjunto de construções um tanto singulares — os chalés —, uma paisagem incrível podia ser vista, e um dragão indicava a saída do acampamento, envolto num pinheiro enorme.

Meu coração foi completamente tomado pelo ódio. Lágrimas queimavam meu rosto enquanto eu caminhava decidido para fora, jurando que jamais voltaria ali, a menos que fosse para destruir tudo e acabar com a injustiça dos deuses. Eu me vingaria. Me vingaria de toda a tristeza que foi minha vida.

Quíron chamou os semideuses de heróis. A história sempre é contada do ponto de vista dos heróis e dos "mocinhos". Eu estava absolutamente decidido a mudar isso. Eu seria um vilão. E começaria destruindo minha mãe.


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