Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Fley D'lacqua Sex 26 Fev 2016, 21:36

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Melinoe, a personalidade do garoto entra em conjunto com os poderes que são concedidos aos filhos de Melinoe.

- Perfil do Personagem; (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)


  • Pele branca como a neve, olhos de expressão vazia, fria, lábios rosados e corpo esguio, considerado fraco, de aparência frágil e misteriosa, maxilar bem marcado e sem nenhum fio de barba ou bigode, cabelo mais branco que a pele fazia um contraste com a cor de seus olhos, azuis acinzentados com um brilho intenso que mais parecia um abismo para o mais distante vazio.




  • Possui aparência blasé, analítico, critico, mas é só aparência, na maior parte do tempo possui insegurança do seu próprio eu, tem grandes duvidas sobre tudo que o cerca e preza bastante a palavra, promessas, possui algumas atitudes consideradas frias mas nada ainda cruel.


- História do Personagem;
Corpo suado, gelado, respiração ofegante, irregular, vultos, olhos de vidro – Aaaah! – O desespero toma conta do rosto pálido do rapaz que a essa hora havia ficado quase transparente de tão assustado que o garoto estava, havia acordado de um pesadelo. Em seus sonhos estava em uma sala com mobília antiga, madeira rústica, empoeirados, aparência abandonada, mas ainda assim bem cuidada, estava parado fitando apenas uma parede enquanto almas giravam ao seu redor, assustando-o, Fley não conseguia mover o seu corpo, apenas gritar e tentar fechar os seus olhos tentando se proteger das criaturas fantasmagóricas que rondavam e passavam através do corpo do garoto. Um último fantasma veio de frente à sua face o fitando rapidamente e logo em seguida gritando – Tome o controle! – Essas foram as palavras finais antes do seu sonho se tornar realidade.

O vento sopra forte pela janela aberta, levantando as cortinas brancas e despertando o garoto do seu transe pós desespero. Fley olha ao redor, tudo parece no lugar, seu quarto estava dentro dos conformes e da mesma forma que se encontrava no dia anterior, fora realmente apenas um pesadelo. A brisa leve o lembra de que se encontrava na realidade nesse exato momento. O garoto retira o edredom de cima do seu corpo e se coloca sentado na beira da cama, calça suas pantufas de urso marrom e segue em direção ao banheiro, vestido apenas por seu samba canção listrado e uma camiseta branca de pano leve. Ao se olhar no espelho percebera o quanto havia ficado assustado e suado. Pegando sua escova de dentes e pasta parte para o banho.

“Preciso respirar um pouco de ar puro” Fley sai do seu banho e caminha até o quarto, seu cabelo molhado tão branco quanto um giz e seu corpo tão branco quanto o cabelo faziam contraste com a luz intensa que entrava pela janela. Rapidamente se vestia com uma camisa social branca, uma calça jeans preta, uniforme, e um suspensório de cor marrom, sapatos cor de barro, descia as escadas da sua residência vazia e seguia em direção a porta. O sol estava baixo, encoberto por nuvens, brisa fresca, ruas pouco movimentadas, era domingo, as pessoas normalmente ficam em suas residências assistindo tv e comendo pizza com suas famílias, para Fley os dias de domingo eram diferentes, afinal, não conhecia sua família.

Fley nunca teve contato com sua família, nunca conheceu sua mãe, os poucos contatos que teve com o pai antes do mesmo morrer foram minúsculos, sempre ficara sobre os cuidados de duas babas, seu pai era um homem de negócios, não tinha tempo para bancar o papai, muito menos ficar dando atenção ao seu próprio filho. Ele havia se tornado uma pessoa amarga com o passar dos anos. Fley não tem lembranças de sua mãe, suas babas haviam lhe dito que ele era muito bonita e que se parecia muito com o garoto, mas infelizmente sumiu antes mesmo dele completar três meses de idade, a única lembrança dela era a sensação de conforto que os seus olhos passavam.

-Parece que hoje vai ser o de sempre – Falava o garoto enquanto puxava uma carteira de cigarro do bolso e pousava um sobre à boca, acendendo, ele da uma pequena tragada e se coloca a andar em meio as ruas vazias. Passava a mão sobre as vitrines das lojas vazias nas qual já estava cansado de passar todos os dias. “OALÃS OD OHFL”era como o garoto lia a placa de cor preta pouco glamorosa presa na parte de cima da entrada. Esqueci de comentar, Fley possuía dislexia, o que dificultava totalmente a sua leitura. – Salão do Holf, quanto tempo hein!? – Falava para si mesmo enquanto adentrava o galpão. Um salão com aparência antigo, vendia coisas ligadas ao sobrenatural, ou pelo menos coisas que as pessoas achavam estar ligadas. Um enorme balcão rustico de madeira empoeirada ficava logo no começo da loja. Um homem aparentando os seus 54 anos estava atrás do balcão, Fley passa direto apenas fazendo um sinal com a cabeça e o homem imediatamente responde. O garoto segue direto para uma sala nos fundos, a sala tinha forte cheiro de alecrim.

-Achei que não fosse me visitar hoje, garoto, atrasado, está esquecendo dos seus compromissos? – Uma voz feminina cortava o silencio da sala escura de uma forma rígida, mas suave. Duas fileiras de velas se acendem rapidamente, uma na parede esquerda e outra na parede direita, a sala era aberta, tinha uma mesa de centro bem baixa, a qual se senta no chão, almofadas azuis despostas ao redor da mesa de forma aleatória, um incenso queimava bem no centro da mesa de madeira, o que explicava o odor de alecrim. – Ainda com esses truques baratos com a vela? – Perguntava o rapaz para a mulher que saia de trás de uma pequena divisória de madeira, vazada. Pele bronzeada, traços finos, mas bem definidos, olhos cor de mel, vagarosos, seu cabelo se estendia até a sua cintura, ondas de fios ruivos alaranjados. – Eu já lhe disse que não é um truque, Fley – Retruca a mulher que logo dá um sorriso com sinais de desaprovação.

O garoto se senta em uma almofada que se localiza em uma das pontas da mesa, cruza as suas pernas colocando uma sobre a outra e puxa um baralho do bolso, colocando-o sobre a mesa, a sua frente.- Fley... – Diz a mulher enquanto senta na outra ponta da mesa de frente para o garoto – Infelizmente hoje é meu último dia com você, já havia lhe preparado para isso, seu treinamento chegara ao fim hoje – Contava a mulher de cabelos vermelhos ao garoto. – Cassandra... eu não me sinto preparado, seu que se esforçou, mas ainda posso precisar de ajuda, aquilo pode voltar. – Falava Fley com um pouco de tristeza em sua voz –Vamos, deixe eu abrir o seu jogo dessa vez – O garoto entregava para Cassandra o seu baralho, eram cartas mitológicas de tarot. - The death, high priestess e the king, the magician – Lia a mulher de forma seca para Fley, ela faz um montinho com as três cartas e se levanta em direção ao garoto. – Guarde e não pense no sentido literal das cartas, elas a partir de hoje vão ter um significado especial na sua vida – Cassandra coloca as cartas no bolso da camisa de Fley.

-Parece que eu fiz tudo que podia fazer por ti, garoto, a partir de hoje você vai ser capaz de controlar a sua mediunidade, felizmente, quer queira, quer não, deixo você em vossas mãos, di immortales – As velas se apagam e reacendem novamente, Cassandra não estava mais la. – Agora Cassandra simplesmente fala que meu treinamento acabou, me confunde com o meu próprio tarot e simplesmente some com um truque barato de velas, minha vida parece ótima. – Fley pega o restante das cartas sobre a mesa e coloca dentro do seu bolso da calça, não queria misturar com as outras três cartas. Cassandra a muito tempo encontrou com Fley em um beco, assustado e sem saber o que fazer, ninguém conseguia ajudar o garoto, apenas ela, o garoto era médium e precisava aprender a controlar isso, Cassandra como sacerdotisa ajudou o garoto até onde pôde, o ensinou a ler cartas e a controlar a sua visão e audição espiritual, ela realmente foi como uma mãe para Fley durante esses 6 anos, afinal, o garoto nunca havia conhecido a sua. O que ele não imagina é que Cassandra realmente é mais do que uma mãe para ele.

Já havia caído a noite, as ruas estavam escuras, os postes dispostos pelo passeio mal conseguiam iluminar o chão, as luzes pareciam fracas, dando um ar ao local de mistério. Como de costume, as ruas estavam vazias, era engraçado, de uns tempos para cá elas andavam assim, abandonadas, era raro ver mais do que 7 pessoas andando na rua, parecia como uma cidade fantasma. Fley caminhava pelas ruas despreocupado, passos lentos e vagarosos, passava no momento em frente a um parque, várias arvores se encontravam ali, chacoalhando de um lado para o outro, criando barulhos sinistros, como se estivessem gritando com o vento frio cortando as suas folhas. O garoto sem muito o que fazer em casa e sem muito sono resolve adentrar o parque, passear por entre os bancos, perto do lago parecia uma boa ideia.

A lua brilhava no céu, estava cheia e parecia deixar toda a terra gelada, o vento passava como uma manta de gelo cobrindo tudo, era uma noite realmente fria. Fley encara a agua do lago a sua frente e logo dá um pulo para trás de susto, um rosto feminino é mostrado na agua, olhar penetrante e reconfortante, frio, pele pálida e cabelo tão branco quando a lua, algo fantasmagórico. O garoto volta para verificar novamente, mas o rosto se fora da agua. Fley se vira e logo da de cara com uma mulher alta, roupas brancas, olhar penetrante e reconfortante ao mesmo tempo. Era a mulher que ele vira na agua. Ele permanece parado, observando a mulher, ela não parecia real, parecia como uma aparição. Fley engole seco. – Quem é você e o que quer? Porque parece tão familiar? – Perguntava apressadamente – Vamos dizer que nos conhecemos a muito tempo e eu estava te observando faz muito tempo meu querido Fley. – Disse tranquilamente a mulher enquanto encarava o garoto a sua frente.

Os olhos da mulher eram frios e perfurantes, mas não assustador, eram aconchegantes, de forma como nada antes fora para Fley. – Me chamo Melinoe, como lhe disse, o observo a muito tempo, cuido de alguns pequenos detalhes da sua vida, Fley. – Pronto, agora mesmo que o garoto não estava entendendo nada. – Melinoe... como a deusa? Isso é impossível! Olha, se me der licença... – Pronunciava enquanto andava para frente e pegava no ombro da mulher para tira-la da sua frente, para sua surpresa, sua mão atravessou o corpo de Melinoe, que automaticamente revirava os olhos. Fley arregala os seus olhos e sai correndo para longe da deusa, dando de cara com uma multidão no parque. – Socorro, tem uma lunática, psicopata atrás de mim, alguém me ajude! – Gritava o jovem, mas ninguém parecia se importar, estavam todos em transe, ele tenta chacoalhar algumas pessoas, mas sua mão atravessa o corpo de todos, eram fantasmas! O garoto parte em disparada e se esconde atrás de um arbusto, exausto, respiração ofegante, assustado.

-Nossa, você está assustado, parece até que viu um fantasma! – Uma voz familiar fala ao seu lado, era Cassandra, vestia uma mortalha branca com alguns detalhes em preto, seu cabelo avermelhado solto e sua pele brilhava com a luz da lua. – Cassandra, você não sabe, eu estava andando e apareceu uma mulher, ela dizia que era... – Cassandra completava a frase do garoto – Melinoe – Fley nem percebeu e continuo a falar – Do nada vi uma multidão de pessoas, mas não eram pessoas, eram... – Completava novamente a garota ruiva – Fantasmas... – O garoto parecia cair na realidade – É, como você sabia? Cassandra, o que está acontecendo? – Pronunciava as palavras enquanto se afastava lentamente da garota ao seu lado. – Fley, vamos dar um passeio comigo – A ruiva pegava a mão do garoto que parecia feliz por não ter atravessado também o corpo dela. Cassandra não precisava explicar sobre mitologia, o garoto era bem informado e tinha grande interesse nessa área, era apaixonado pelos deuses ctônicos. –Fley, existe um mundo fora esse que muitos enxergam, você consegue ver esse mundo, consegue enxergar através da nevoa que esconde toda a realidade, você não estava louco quando enxergava criaturas estranhas ao seu redor, muito menos quando tinha visões dormindo, quando via ou ouvia fantasmas, você estava apenas tendo a visão do seu verdadeiro eu... – Cassandra deu uma pausa, os dois caminhavam lentamente pelo parque, a o braço de Cassandra sobre o ombro de Fley, que por sua vez estava hipnotizado pelas palavras da mulher, prestava atenção em tudo mas insistia em olhar para o chão.

-O que eu quero dizer é que você é especial, Fley, pode enxergar mais do que as pessoas mortais podem enxergar. – A palavra “mortal” parecia pesar nos ouvidos do garoto – O que quer dizer com mortal? Eu não sou mortal? – O estranho dessa conversa é que não parecia assustar o garoto, ela fazia o garoto ligar vários pontos da sua vida e finalmente enxergar fazendo sentido. – Fley, você é especial. Quando um deus se apaixona por um mortal eles podem gerar uma criança, essa criança é chamada de meio-sangue ou semideuses, metade deus, metade humano, existem várias dessas crianças pelo mundo, elas podem enxergar o mundo real e na maioria das vezes correm muitos perigos – O garoto parou de andar, deu dois passos se afastando da Cassandra e a olhou nos olhos. – Deixa eu adivinhar, eu sou um meio sangue – Fley perguntava em tom de deboche. – Exatamente, eu tendendo que vai ser difícil para aceitar ou acreditar, mas ligue os pontos e vai notar que faz sentido o que eu digo... – Ao terminar a frase o rosto de Cassandra começa a mudar e em fração de dois segundos, Melinoe está em seu lugar. Ela acena para o garoto com a cabeça e simplesmente some em frente ao garoto. Um corvo branco de textura semelhante a um ectoplasma desce dos céus e pousa sobre o ombro direito de Fley, se alojando e bicando amigavelmente a orelha do garoto. Fley se assusta, mas acaba não relutando, ele teria que se acostumar com essa história de fantasma, afinal agora ele sabia que era um meio-sangue.

Fley se apressa a andar para casa, o corvo ainda estava sobre seu ombro, pelo visto ele não ia embora tão cedo. O garoto estava ainda em choque e não tinha certeza sobre nada, mas afinal, sua vida inteira fora uma incerteza, o que tinha por agora era acreditar na história mais lógica, mesmo que essa envolva ele ser filho da deusa dos fantasmas. Ao chegar em casa sobre rapidamente para seu quarto e logo se lança na cama, estava exausto, seus pensamentos estavam a mil e ao mesmo tempo quase congelados. Era estranho, tudo aquilo parecia loucura, mas no momento acreditar nessa loucura era a melhor opção, para Fley naquele momento uma dormida seria decisiva, ou aquilo tudo era loucura e ele acordaria em um dia comum, sem o corvo e sem fantasmas ou simplesmente ele iria acordar como Gasparzinho no dia seguinte e aceitar a sua linhagem. Seus olhos pesam e ele logo adormece.

O dia estava claro, o garoto abre os olhos em meio a claridade, não havia sonhado, o que era estranho, já que desses tempos para cá ele havia tido uma série de pesadelos e sonhos esquisitos. Mesmo que ainda sonolento ele se espreguiça e tira a coberta de cima do corpo, pensa em ir escovar os dentes mas tem um estalo. – O corvo! – Ele olha ao redor e ele não está mais lá, nem o corvo, muito menos sinal de fantasma, parece que tudo não passou de um sonho louco. O garoto se levanta e vai em direção ao banheiro mas vê algo em cima da sua penteadeira, ele vai em direção a mesma e encontra sobre ela um pequeno embrulho, dentro dele tinha um pequeno deck de cartas pretas com desenhos em branco, era um baralho de Tarot, junto a ele um pequeno bilhete; “Um baralho digno para um filho da deusa Fantasma –Melinoe.” Pelo visto não foi dessa vez que a sua vida seria normal, ele da um suspiro, coloca o baralho sobre a penteadeira e olha no espelho, o rosto da mesma mulher se encontrava nele, Melinoe, a deusa, ele a olha direto nos olhos refletivos e respira fundo. –Agora eu sei porque Cassandra parecia como parte de minha família, afinal era a senhora, obrigado pelo baralho... e pelos cuidados... mãe. – Fley pronunciava a última palavra com pouca falta de costume. O espelho se embaçou, dissipando a imagem em seu reflexo. Deixando o filho de Melinoe sozinho com o seu corvo que acabara de entrar pela janela grasnando e pousando em seu ombro novamente. – Filho de Melinoe... – Nesse momento o simbolo da deusa surge em sua cabeça, como uma reposta para o que o garoto repetia para si enquanto dava um sorriso sem jeito e acariciava o corvo espectral que agora fazia parte de sua nova família.
Off:
Fley D'lacqua
Fley D'lacqua
Filhos de MelinoePanteão Grego

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Ficha de Reclamação

Mensagem por Carlos FireCry Sáb 27 Fev 2016, 11:16

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?

Filho De Hefesto

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.

Moreno, Cabelo preto Curto, cerca de 1,80...
Calmo, reservado tranquilo, mas... com alguns momentos de loucura.

▬ Diga-nos: por quê  quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?

Eu Acho que me encaixo bem como filho de Hefesto '-' Sou meio inquieto :/ sempre estou desmontando e remontando objetos '-'

▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.


Embora a maioria das pessoas goste de fingir que ganhar poder é apenas um bônus adicional no final de qualquer conflito, o poder na verdade é a única coisa de que qualquer pessoa quer. Essas criaturas que surgiram do nada, no inicio eram pessoas normais que sempre estavam por perto e me observando, mas agora percebo que tudo que eles queriam era me matar, não sei o motivo talvez por causa dos poderes fanáticos que faz alguns dias q eu descobri. Parece que quando você tem alguma habilidade especial, você se torna uma das duas coisas para eles: um homem morto, ou um inimigo que rapidamente será destruído.
Pessoalmente, eu gosto de ficar vivo, e não pretendo morrer para aqueles que destruíram o meu lar, do qual eu agora mal me lembro. Desde aquele dia minha mente está à maior confusão, não consigo lembrar muita coisa.
E sim, eu tinha dito poderes e que por causa deles eu nunca poderei ter uma vida normal novamente... Pelo menos é oque eu acho... Vivo sendo perseguido, agora mesmo estou tendo que fugir, corro por uma floresta em busca do acampamento meio sangue.
Percebo que eles estão a se aproximar...
Fecho os olhos. Estou cercado.
É o fim.
Fim coisa nenhuma.
Abro os olhos e repentinamente um deles surge vindo em minha direção na mesma hora invoco uma bola de fogo que atravessa seu tórax, outro aparece a minha esquerda, então faço com que minha mão seja revestida com fogo e acerto o seu crânio com um soco, a minha direita surgem mais dois esses eu incinerei a distancia fazendo-os fugir até se tornarem cinzas logo em seguida,também fiz algumas bolas de fogo voarem em direção daqueles que vinham entre as arvores, continuo nesse ritmo ate o momento que sobra apenas um, ele é diferente é maior e mais forte que os outros. Em um momento de insanidade percebo que ele é o sangue que deve ser derramado por mim para que eu avance e chegue até meu objetivo. Ele é o único que me separa da “liberdade”.

Esses meses da minha vida se resume a uma eterna fuga não, minhas lembranças do passado ainda estão confusas... Mesmo com a mente confusa lembro-me das ultimas palavras de minha mãe, a mais marcante delas é uma frase “Sempre Soube Que Esse Dia Iria Chegar... Filho Fuja e Encontre o Acampamento Meio Sangue”. As vezes eu perco o controle e uma insanidade toma conta de mim, quando me dou conta muitas coisas ruins aconteceram...

Enquanto ele se preparava para correr em minha direção meu corpo era consumido por fogo, ao ver isso a criatura se afasta um pouco, mas logo volta a avançar em minha direção não fico parado... Avanço para cima de uma criatura acertando-a no joelho fazendo a criatura gritar de dor, nesse mesmo momento enquanto eu olhava para a criatura com o corpo em chamas lentamente a queimava seu corpo causando muita dor, não aponto de matá-la, mas sim para que ele sofra lentamente até a morte. Volto à consciência e vejo a criatura gritando totalmente coberta de chamas  dou as costas a esta cena,enfim posso chegar ao meu objetivo... Começo a caminhar e mais a frente vejo o acampamento.
Mãe... Finalmente Cheguei...
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Donald Thurwulf Sáb 27 Fev 2016, 15:36

Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

Desejo ser reclamado por Hécate. Representa a luz, a lua, herbologia,as diversos caminhos, bruxaria e feitiçaria, fogo, juntamente tudo isso me interessa, além de um de seus símbolos ser o canino , o tipo animal que mais gosto.


- Perfil do Personagem

Físicas: Afro,1m e 72,biotipo forte (fitness), mãos e pés grandes, cabelo negro raspado como corte militar, olhos negros que brilham ao luar, nariz afinalado e boca grande, orelhas pequenas e pontudas, nunca raspa seu cavanhaque espesso. Alterna entre camisetas com desenhos psicodélicos e impactantes, geralmente verde escuro ou preto, cobertas sempre por uma jacketa ou camisa de botão. Calças pretas,azuis escura ou cinza jeans ou algodão. Gosta de boot estilo alpinista.

Psicológias: Bastante sério,observador e ouvidor. Atento sempre a tudo a sua volta,brinca pouco e é altamente imparcial com quem não conhece e não gosta. Prefere a distância que discussões. Preza altamente por amigos de verdade que se assemelham a família, e se sente sente mais seguro e solto perto dos mesmos. Prefere na maioria das vezes animais, lugares selvagens e quietos, com poucas pessoas por perto. Altamente prestativo,viril e capaz com tarefas e funções que julga necessário e faz de tudo para concluí-las da melhor forma possível.


- História do Personagem

Serpentes, cães, pipocas e
minha vida muda drasticamente


           

A primeira coisa que se vem a cabeça quando se é um garoto de 16 anos, e existem 3 valentões querendo te dar uma surra daquelas, é:
Sim, você acertou se pensou em sair correndo. É a melhor opção possivel, numa situação dessas. Porém, eu não tenho a fama de fazer a melhores escolhas nas horas de necessidade, muito pelo contrário , tomo as piores.
Como a vez em que Conery , um detestável garoto da minha turma de terceiro ano, (cujo também estava correndo atrás de mim) , jogou um cachorro- quente na minha nuca. Eu explodira em raiva e atirei-o um também, recheado de tempero picante, que acabara parando na cara do Diretor e eu levara uma suspensão por 1 semana. A questão era , ao invés de correr como se minha vida dependesse disto, eu fiquei absolutamente parado , alguns metros da escola, esperando os três delinquentes chegarem mais perto.

Você esta morto peste negra! — disse Conery.  — Nem sua mãe vai te reconhecer depois de hoje!

Sim, eu tivera diversos apelidos durante todos os meus anos em diversas escolas ao redor de Massachusetts, nunca me importei muito pois sempre fui bem esportivo com brincadeiras ,porém, peste negra foi o único que me deixara muito irritado.

Manda braza cara de lata .— disse fazendo cara de despreocupado, ele possuia aparelho dentário torto como cercas velhas e não gostou do que eu disse.

Um dos mequetrefes partiu para cima de mim com um soco , tentando acertar meu estômago , eu gingei, desviei para o lado e o chutei nas costelas fazendo-o cair em cima de um bando de lixo. Conery e seu amigo pularam logo em seguida em cima de mim, conseguiram me agarrar.

— Me soltem seus estúpidos! — disse eu, sendo segurado pelos braços enquanto o outro garoto levantava , repleto de lixo em sua camisa e cabeça.

E então , quando o outro garoto se preparara para me dar um soco daqueles na barriga, algo acontece. Uma mulher, aparentava ter entre 25 e 30 anos, me deixa boquiaberto quando , com uma das mãos torce o braço de um dos garotos exatamente na hora em que seu punho ia encostar em mim, com o outro torce o braço de Conery e chuta o outro moleque bem nas nádegas,( oque fora engraçado na hora), o jogando alguns metros a frente, de cara na grama da escola, na qual acabara de ser fertilizada contra pragas e tinha uma placa de plástico , com uma caveira desenhada e escrito em vermelho:

NÃO ENCOSTE NA GRAMA!

O garoto saiu gritando para dentro da escola , com a cara coçando e cheia de bolotas vermelhas. Achei que estava ficando maluco quando ouvi algumas sibiladas rápidas enquanto a mulher segurava de um jeito muito forte ,Conery e seu amigo.

Me solte , Aaaaarhhg! Me solte! Está doendo muito! — exclamava o garoto , com muita dor e todo contorcido por conta do braço .

— Claro crianssça , porque não? — disse ela , com uma cara que parecia que estava adorando aquilo e estava prestes a fazer mais,

E fez, Conery que estava com seu braço esquerdo contorcido leva uma rasteira , e cai com a cara no chão. E então a mulher arremessa o outro garoto no latao de lixo, que , ao bater , faz um enorme barulho. Neste momento ela se vira para minha direção, e sua expressão era de que ia fazer o mesmo ou pior comigo, porém, nesse mesmo instante o Diretor aparece correndo para fora da escola, com o amigo de conery, que estava com a cara cheia de bolotas inchadas e chorando, tentando coçá-las freneticamente.

— O que esta acontecendo , senhor Donald?! Exigo uma explicação para isto neste momento! — Afirma o diretor com raiva e segurando o garoto pelo braço.

— Donald estava batendo na gente senhor, nós só estávamos querendo ir para casa quando ele bateu na gente sem motivo algum! — exclamou Conery, segurando seu braço e tentando se levantar.

— Não é verdade! Eles estavam tentando me bater, Conery e seus 2 amigos imbecis! — exclamei. — essa mulher está de prova! Ela viu tudo e ela bateu neles!— disse eu me girando a cabeça para tras como se a mulher estivera ali ainda, porém quando me virei ela não estava mais ali, sumiu como poeira ao vento.

— Muito bem senhor Donald! Já chega! Essa é a última de suas façanhas que pretendo aguentar! O senhor está expulso da Ware Public High School!

E foi basicamente isto. Fora expulso por ser defendido por uma mulher misteriosa que sibilava, de um ataque de 3 garotos de colegial. Assim que meu pai chegou e assinou a papelada da expulsão, me levou para dar uma volta de carro.

— Sua quinta expulsão e só faltava pouco tempo para você concluir Don! Sexta feira as 18:00 h! Você sabe como foi difícil para mim sair do trabalho essa hora para vir aqui?— disse-me meu pai com um pouco de raiva e me olhando seriamente.

]— Olha , não foi culpa minha ok? Eles vieram me bater e eu me defendi! — Exclamei com mais raiva ainda.

— [color#663300=]E você acabou com aqueles garotos , um deles estava com a cara horrívelmente feia.[/color] — exclamou meu pai, mas não pude deixar de soltar uma risada. — Isso não é engraçado Don. Quantas vezes já te disse para não bater nas pessoas? Você quase os feriu seriamente. — me olhando seriamente agora.

Pai mas não fui eu — disse. — ]Então, quem foi? A mulher misteriosa? Por favor Don , assuma seus erros como um homem. — exclamou ele, porem não fiquei nada satisfeito.

— Pai , você pode não acreditar em mim, tem todo esse direito, mas eu não menti sobre a mulher , ela viera até mim e deu uma surra naqueles garotos. Ela tinha olhos e sorriso sinistros e... — por um momento parei e meu pai disse:

— O que? O que mais ela tinha? — disse ele com um olhar preocupado.

Meu pai sabia que muitas coisas ruins e estranhas aconteciam comigo , principlamente durante a escola. Coisas se movendo sozinhas, professores trancados na sala de aula , entre outros , e tudo sempre recaía sobre mim.
Mas ele sabia também que eu não era nenhum mentiroso, ele acreditara em mim muitas vezes , porém agora parecia muito desconfiado e inseguro, com certeza não acreditaria se disesse que enquanto a mulher dava conta dos garotos eu ouvia sibilados , semelhantes aos de cobras.

— Nada. Ela tinha um cabelo muito comprido era isso. — disse eu omitindo.

— Tudo bem filho. Olha , eu sei que você tem problemas e muitos, acredito nisso. Porém você tem de dar o seu melhor para não se meter em confusão ok? — disse-me meu pai, agora com um tom compreensivo como sempre fora.

Ficamos quietos por algum tempo, Exatamente um grande pedaço da West St, até chegarmos ao início da Homecrest Eve (nossa rua) , quando meu pai dera o retorno e seguira reto ate o Philips Plazza .

— Aposto que você vai gostar agora. — disse-me meu pai.

Ele sabia que eu adorava dar voltas a noite, não me pegunte por que mas a noite me deixava muito confortável, animais também, cachorros principalmente. Mas como morávamos em um pequeno apartamento não podíamos ter cachorros, logo, o que me contentava era ir na loja de animais. Me aliviava o peso do mundo, das responsabilidades escolares que nunca conseguia cumprir sem junto ser um ímã de confusão. Sempre que brincava com um ou simplesmente os via das vitrines, me sentia bem. ( não que goste deles nas vitrines, isso era ruim).

Comemos 2 pizzas e como não gostamos muito de refrigerantes, tomamos 2 sucos de laranja. Vimos um filme ,não tão bom sobre robôs que atiravam e se batiam. Depois, fomos ao topo do predio, no estacionamento para ver o céu. Eu adorava ver a lua no céu ,era a melhor coisa após qualquer coisa para mim, especialmente depois de ver animais e ser expulso é claro.

— Filho, você é especial sabia? Não se sinta mal por ser expulso ok? Você está dando o seu melhor, porém essas coisas acontecem. — disse-me me meu pai com um olhar como se entendessse perfeitamente o meu mundo caótico.

— Tudo bem pai, eu sei que você me entende. Mas sabe , é difícil ter uma vida tranquila com todas essas coisas acontecendo,simplesmente parece que não sou desse mundo. — disse a ele , olhando incansávelmente para lua.

Meu pai sempre soubera que era dislexo e tinha défict de atenção. Simplesmente não conseguia me concentrar nas aulas, nenhuma se quer ,somente as de latim, herbologia e historia greco- romana. E mesmo assim ja era bem difícil.

— Sua mãe era assim como você, por onde passava o caos reinava solto. Ela era simplesmente linda , e as coisas mudavam em torno dela em um passe de mágica. — disse-me meu pai , com um olhar de saudades.

Ele nunca dissera muito sobre a mamãe. Tudo que sempre soube foi que ela havia nos deixado quando eu era pequeno, para fazer uma viagem à trabalho e nunca retornara. Eu gostaria muito de saber como ela era, sempre que pensava nela , principalmente a noite, sentira um repuxo e uma sensação quente por dentro. Era como se ela estivera ali me olhando e me acariciando.

Logo descemos para os andares de baixo, pegando o elevador do estacionamento, e foi quando quase tive um ataque.
A mulher que supostamente me defendera dos três valentões da escola, estava ali , na beira da escada de incêndio , debruçada como se estivesse se arrastando pela parede, nos olhando e juro por tudo que é mais sagrado, que vi seus olhos brilhando amarelo e sua cara , ao reluzir na luz da lua, se tornando escamosa. Fiz uma cara de susto e com certeza fiquei pálido naquele momento.

— O que foi Don? Algo errado? — disse-me meu pai, um pouco preocupado.

Ele me conhecera bem e sabia exatamente como era a minha cara de preocupação e medo , e quando sentia algo muito estranho acontecendo.

— Pai, acabei de ver a mulher que te disse mais cedo, a que bateu nos garotos da escola! — exclamei a ele.

— Aonde? Aqui em cima? — perguntou-me com uma cara de preocupação e diria que pânico.

— Sim pai, bem ali na escada de incêndio, ela parecia estar se arrastando pela parede e sua cara ficou escamosa e seus olhos amarelos! — disse a ele com um olhar bastante amedrontado.

Ele passou a mão sobre a cabeça, esfregando o suor do rosto, foi quando o elevador simplesmente parou por alguns minutos e logo em seguida as luzes se apagaram. Por cima do teto do elevador ouvimos algo , algo como se fosse duas cobras se arrastando e logo :

TUM! TUM! TUM! TUM! SSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSSS!!

Batidas muito fortes e uma sibilada como se fossem mil cobras juntas com um megafone.

— O que e isso? O que é isso pai? Estamos sendo atacados por uma cobra gigante? Mas como?— exclamei tremendo de medo.

— Don! Temos que sair daqui o mais rápido possível! — disse-me ele com um olhar de pânico, nunca vira meu pai deste jeito.

Tremi de medo e meu pai também, deu para ver em sua expressao. Logo, ele pegou uma chave comum de seu bolso e começara a enfiar no painel de acesso do elevador com muita pressa. Eu só pude fechar meus olhos. Senti uma vontade imensa de gritar e: Plim!
A porta do elevador se abrira num clarão de confusão e faíscas, nós saimos correndo pelo último andar de compras do shopping. Haviam seções e corredores diferentes, formando um tipo de encruzilhada.

— Por aqui! — disse a meu pai e o agarrando pelo braço.  

Simplesmente soubera por onde ir em direção a escada, não sei o porque. Em diversas situações que haviam caminhos distintos, eu soubera o caminho  certo a se pegar. Logo descemos a escada rumo ao 12º andar, quando o sibilar e um rastejar alto e irritante foram se aproximando e rápido como uma flecha. Já no final do corredor corremos e nos deparamos com uma pet shop , a única loja aberta de toda a seção. Era uma loja comum , com duas vitrines grandes com uma porção de cachorros ja não filhotes. Duas pequenas luzes um pouco escuras por dentro , como tochas emparelhadas. Neste momento ouvimos um grande: CLANC! E porta da escada de incêndio vôou sobre uma seção de cinema fechada que havia ali. Depois disso juro que foi difícil não sentar e chorar como uma criancinha. A mulher que eu vira estava ali, com uma cara escamosa e olhos amarelados ,duas presas enormes e garras também . Porém isso não era o mais assustador, aonde deveriam ser suas pernas, estavam dois corpos e caudas de serpentes de mais ou menos 3 metros de comprimento, ela olhava diretamente para mim. Meu pai olhou e disse:

— Dracanae! — eu não acreditara no que via, porém não acreditava mais ainda que meu pai também estivesse vendo aquilo.

Lembrei-me das aulas de história, na qual Dracanae era o nome de uma espécie de mulheres metade serpente demoníacas.  A parte inferior de seu corpo possuía, dois troncos de serpentes no lugar de pernas, tem olhos felinos e seu prato favorito somos nós, humanos. Mas como era possível algo como aquilo realmente existir? Mas estava perplexo demais e logo perguntei ao meu pai:

— O que? Você também está vendo isso pai? M-mas, mas como? — indaguei , quase sem voz e com nó na gargante.

— Corra Don! Corra o maus rápido que puder! — exclamou ele apalpando os bolsos.

Não vou deixar você pai! — exclamei. — Não mesmo!

— Ela quer você filho e não eu! Corra , ande!

Eu entao corri o mais rápido que pude, o monstro fora para cima de meu pai que preguejava deveras sobre a criatura , corri para um pet shop aberto no final do corredor , porém não ia abandonar meu pai. Ao entrar na loja , não me deparei com ninguém a princípio, fiquei encantado pois haviam diversos cachorros negros ali, nunca vira uma pet shop assim. E então ,uma mulher linda, alta, com cabelo escuro avermelhado, e olhos que alternavam entre um brilho escuro como a noite e claro como a lua cheia, se aproxima.

— Por favor! Me ajude! Preciso chamar algum segurança ou alguma coisa do tipo! Uma cobra gigante! — disse-lhe ofegante pois havia corrido muito.

A mulher me olhara, abrira um sorriso e disse:

— Lindos, não? Todos eles. São cães de caça natos. — disse ela apontando para os cachorros, que logo percebi , que eram Mastiffs Inglêses de tamanho médio, em jaulas muito grandes mesmo.

Algo nela e naquela cena me fez vagamente esquecer que estava sendo atacado por uma mulher cobra gigante , era estranho mas era bom. Porém logo lembrei de meu pai sendo atacado por aquela víbora e não pude esquecê-lo.
A mulher olhou diretamente para meus olhos, e disse-me:

— Pense sempre que você tem uma família. Em uma matilha ao ser atacados todos os caninos se juntam para auto defesa de sua família, o seu bem mais precioso. Você é um jovem de muita força e destreza. — seus olhos pairavam sobre mim e isso me deu uma imensa coragem.

Virei-me quando todos os cães latiram freneticamente para mim e subitamente a mulher não estara mais ali. Senti uma presença morna e o mesmo repuxo que sentia quando pensara na minha mãe durante as madrugadas a dentro. E então ouvi um grande:

SSSSSSSSSSSSSSSSSSS , Ssssssua vezzzssss chegou mortall!!

Era a mulher cobra com certeza atacando meu pai, podia sentir isso, podia sentir o seu medo. Aquilo me deixou com muita raiva, ouvi pequenos: Plics!Plics! As trancas das jaulas haviam sido abertas sozinhas, e os Mastiffs inglêses , soltos ,corriam atrás de mim em direção à mulher cobra. Não sabia mesmo como iria lutar com aquela coisa, mas com os cachorros atras de mim me senti mais confiante que nunca. Ao chegar no corredor vi a mulher cobra erguendo meu pai com um de seus braços e pronta para dar-lhe um bote, quando me viu  parou subitamente.

— SSssssssssssssssss diversssssssssão finalmente! Voltaste para o ssssseu fim meio-sangue! — exclamou a mejera.

Meio-sangue? O que seria isso? Porquê essa mulher cobra estara nos atacando ,e porquê me chamara de meio-sangue? Mas não tinha tempo para isso , tinha de salvar meu pai, ou pelo menos tentar.

Ela largou meu pai no ar que simplesmente bateu no chão, e incrivelmente se levantou e com um gesto de arremesso gritou:

— Don! Pegue isto! — ele arremessara uma faca de bronze de 24 cm de lâmina que rodopiou e por incrível que pareça consegui pegá-la no ar pelo cabo.

Papai nunca gostara que eu manuseasse facas , sempre dissera que era muito perigoso e eu poderia me machucar ou machucar alguém. De qualquer forma, como ele tinha uma faca daquelas no bolso e eu nunca percebera? Mas isso não era importante, a criatura estava a poucos metros de meu pai, e eu corria incansávelmente para cima dela com 4 Mastiffs Inglêses atrás de mim.

Um dos cachorros foi direto em sua cauda/perna e desferiu uma mordida que doeu até em mim. Nesse meio tempo o outro puxou meu pai pela perna da calça para o fim do corredor, eu pulei desordenadamente tentando lhe desferir um golpe com a faca, eu nunca lutara de faca mas senti uma grande fluência com a mesma, como se já soubesse lutar a séculos com aquela arma.

— AAAAAAAAAARHSSSSSSSSSSSSSSSSSSS — gritou e sibilou a criatura após a mordida

O grito foi insurrecedor até para os cães, ela o pegou com a outra cauda e o jogou para longe, e me agarrou com a suas garras pela camisa quase rasgando meu peito. Abriu sua imensa boca para me dar um bote , quando um dos Mastiffs a mordeu no braço e ficou pendurado no mesmo. Ela deu outro berro com sibilo e balançou seu braço para tentar o livrar , mas sabe como dizem dos Mastiffs , quando mordem dificilmente soltam. Eu , aproveitei o tempo para cortar-lhe a mão com a faca, que logo em seguida, me deixou cair e sua mão juntamente, evaporando ao bater no chão.

O cão jogado para longe primeiro , correu para o início do corredor atras de nós e latia em frente ao cinema no qual a porta de incêndio pairava. Enquanto a Dracanae tentava tirar o Mastiff grudado de seu braço, os outros dois a rodeavam desferindo mordidas , arranhões e cabeçadas. Eu escorreguei por entre suas pernas e fui em direção ao cinema fechado.

— SSSSSSSSSSSSSSSSSSS , vocsssssssssssê é meu!! — Gritou e sibilou a criatura.

Se arrastando rapidamente até mim , mesmo com o Mastiff agarrado em seu braço, e tentando com suas caudas afastar os outros dois. Fiquei em frente ao cinema , porém não via o porque do cachorro estar chamando minha atenção para lá , não haviam pessoas, nem armas, muito menos algo que me ajudasse a acabar com aquela criatura. Só haviam as vitirines para compras de ingressos, a entrada do cinema, o balcão com as máquinas de pipoca e refrigerante, porém o cachorro continuara latindo para lá.

A Dracanae se aproximava rápido o suficiente para me dar um bote violento, o Mastiff em seu braço, já cansado fora jogado para perto , todos eles formara um círculo me rondeando como se eu fosse um grande pedaço de carne e ela quisesse roubá-lo deles. Ela se inclinou como uma mola , assim como as cobras fazem para quando vão dar um bote mortal, ergueu suas garras grandes e afiadas e deu seu bote. Eu em um reflexo sem igual juntamente com os cães pulei para dentro do cinema, na hora exata que ela passara voando e colidindo com a parede atrás de nós. Meio tonta por bater forte com a parede, estava desferindo golpes com a cauda, e garras no ar. Foi quando eu tremendo de adrenalina , pelo menos o que eu achara que era adrenalida , gritei:

— Aqui bafo de píton! Venha me pegar!

Ao ouvir minha voz ela se esgueirou e arrastou como uma verdadeira cobra e em segundos ja estava próxima ao balcão de guloseimas. E logo minha coragem se torna preocupação pois estávamos numa parede sem saída , a unica forma de escapar era pela porta ou pelo corredor das salas de cinema, ambas obstruídas pela Dracanae. Então ,pensei. Pensei que estava acabado, pensei em minha mãe e que nunca a conhecera, pensei na minha vida e que tudo que tentei fazer deu errado, e agora estara ali , encurralado por um monstro prestes a morrer, e isso, me deu muita mas muita raiva mesmo. Subitamente , as máquinas ligaram sozinhas ,e por um tempo se aqueceram e estavam oscilando entre mínimo e máximo, até a própria criatura desviou o olhar, e em um frenesi começaram a atirar centenas de pipocas amanteigadas e litros de refrigerante para todo lado, a mulher cobra que, pairava na direção exata das máquinas, sentira a pressão de um jato imenso de pepsi e coca em sua cara, milho e pipocas sendo disparado sobre ela como se fossem metralhadoras juntamente com um jato de manteiga.

Ela ficara toda gosmenta, afogada , sendo bombardeada por milhos e pipocas e se debatendo para se desgarrar de tudo isso. Os Mastiffs sem pensar duas vezes a morderam cada um em uma extremidade de suas duas caudas o que dificultou dela se mover mais ainda , e algo , algum impulso , me fez correr , me esgueirando das pipocas , jatos de refrigerante , deslizando pela manteiga no chão como uma pista de patinação , me aproximei bem dela e cravei com toda minha força a faca de bronze em seu peito , que ao reludir e brilhar a fez sibilar cada vez mais alto , parecendo estar ofuscando sua visão , enquanto ela se debatia e estribuchava enquanto eu enfiara cada vez mais fundo a faca.
E em um, Zaz! ela se desintregrara em uma pilha de cinzas cobertas de manteiga , refrigerante e milho.

Voltei ao meu pai no fim do corredor, que estava ótimo a não ser por sua calça jeans preta favorita , estar mastigada e babada por conta do Mastiff que o arrastou em segurança para perto da loja. Ele estava pasmo , ferido levemente , mas nada de grave. Se levantou com uma cara de surpresa quando me viu vivo , claro, um pouco rasgado , coberto por gordura, o que não o impediu de me dar um enorme abraço e dizer:

— Graças aos deuses Don! Você esta bem! Mas e a Dracanae? — perguntou-me com um olhar nervoso.

Acabei com ela pai , não sei como mas acabei! — disse-lhe de uma forma surpresa e pela primeira vez na minha vida entusiasmado com algo.

Os cachorros latiram alto:
AU ! AU ! AU! E eu disse:

]— Quer dizer, acabamos pai! Esses grandes heróis me salvaram de virar comida de cobra. — disse-lhe eu , apalpando e fazendo carinhos nos animais que estavam em torno de mim, como se eu fosse o seu melhor amigo a séculos.

— Eles me salvaram também, mas como e onde você achou esses cachorros filho? Não tem nenhuma loja de animais por aqui. — disse meu pai, e foi quando percebi que onde era a o pet shop , na verdade era uma loja de chaves.

— Claro que tinha pai, e uma mulher, uma mulher linda de cabelos negros avermelhados, com olhos lindos, ela deixara eles para me ajudar de alguma forma.. E eu ...

E antes de terminar de falar , saindo do elevador , uma sombra, com os olhos claros como a lua e negros como a noite , mudando de forma. Já sentira isso antes, era aquela mulher da loja. Mas mais que isso, agora podia senti-la muito mais forte que antes. Era como se quase a pudesse ver claramente. E então , senti aquela fisgada por dentro e aquela sensação morna que parecia milhares de carícias , a mesma de quando me lembrara de minha mãe. E por sua vez algo aconteceu:
Um simbolo roxo escuro , pairou sobre minha cabeça girando , como se fosse um holograma, e dentro dele haviam duas tochas emparelhadas, assim como as luzes da loja estiveram. Meu pai desabou em lágrimas e alegria, ao mesmo tempo um olhar que nunca vira nele. Dentro da minha cabeça , pude ouvir uma voz, serena, calma porém poderosa:

— Prepare-se meu filho, ja está na hora. Sua vida está prestes a mudar.

E em por um segundo aquilo ecoou como se fosse milênios, e enfim percebi , ela era minha mãe. Sua voz me fez ter lembranças de quando era bebê, de quando ela passara suas doces e calmas mãos sobre mim. Olhei para o meu pai e percebi sua expressao, de que ele também ouvira a mesma coisa que eu. Olhei para os Mastiffs , que me deram uma saudação de lambidas e pulos e quando tentei olhar para a porta do elevador , ela havia se fechado ,e quando olhamos para o corredor os cachorros juntamente haviam sumido.

Na volta para casa , eu e meu pai tivemos uma enorme conversa sobre deuses serem reais,monstros,sobre eu ser filho de uma deusa com um mortal e por isso era chamado de meio-sangue. Assim como heróis antigos como ,Héracles,Teseu, etc. Disse-me também que minha dislexia era na verdade, que ,minha visão não era adpatada para inglês e sim grego antigo e que meu défict de atenção , era na verdade, reflexos e agilidade , que me mantém vivos durante o combate. Isso explicara as proezas que fizera enquanto brigava com a Dracanae e até contra garotos na escola por todo esse tempo. Disse-me também que diversos monstros já haviam tentado me atacar , e essa era a razão de sempre esta nos mudando, meu pai ja me trocara diversas vezes de cidade , essa também era a causa das minhas muitas expulsões escolares. A ficha caiu e tudo se ajustou perfeitamente. Eu era um semi-deus, era mortal como humano porém tinha a força e habilidades de um deus greco-romano. Aquilo me deixara perplexo, inacreditávelmente , mas no fundo de meu ser sabia que era verdade, e sabia também que aquele mundo,cheio de perigos, mágica e lutas era o que me esperava, era o que eu gostaria de viver por toda minha vida.

Ele me explicara sobre um acampamento , Acampamento Meio-Sangue. Um lugar no qual, monstros não poderiam invadir pois era protegido , era um lugar onde eu treinaria e aprenderia a me defender e usar meus poderes. Eu assenti em ir , claro , com uma faca no meu peito pois meu pai era tudo que eu tinha de família e de algum modo família é algo muito importante para mim. Porém eu não poderia defendê-lo se não soubesse como me defender. E então partimos para Nova York , onde ele me deixara no acampamento. Nos despedimos com um enorme abraço, e dizendo que voltaria para casa assim que pudesse, algumas lágrimas saíram de sua parte.
Subi a colina olhando para trás, passando por um pinheiro enorme, e quando adentrei não pude mais o ver, e sabia que minha vida de meio-sangue havia começado.


Donald Thurwulf
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Heron Devereaux Sáb 27 Fev 2016, 20:46


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Leslie C. Dickens — Reprovado — Então, cara... A ficha tava muito boa. Perfeitinha. Não vou comentar sobre a pontuação, porque eu acredito que tenha vindo de suas influências literárias. Aliás, esse nem é, de fato, o problema. O que me impediu de te reclamar foi o fato de não haver reclamação na ficha. A reclamação, como especificado em PJO, é quando o símbolo de seu progenitor brilha sobre a sua cabeça. Pode acontecer a qualquer momento e em qualquer lugar. Então, basicamente foi isso.

Também preciso falar sobre a aparição de Hermes no texto. O que acontece é que os deuses não têm permissão para interferir na vida de seus filhos. Para ser sincero, na maioria das vezes eles sequer se importam. Não que eles não possam aparecer. Mas, geralmente, eles aparecem por algum motivo de extrema importância.

Acho que isso é tudo. Peço que, por favor, você corrija os problemas apontados e reposte essa ficha maravilhosa que me fez dar boas risadas. Boa sorte, semideus. :D


Fley D'lacqua — Reprovado — Repito o que eu acabei de dizer para Leslie: os deuses não têm permissão para interferir na vida de seus filhos. Para ser sincero, na maioria das vezes eles sequer se importam. Essa, com certeza, foi a maior incoerência de sua ficha. Ainda assim, eu não posso deixar de citar algumas coisas como, por exemplo, esse corvo que aparece do nada e cai no seu ombro (e que desaparece logo em seguida, quando você decide se jogar na cama). Também tenho a leve impressão de que você chegou ao Salão de Holf pela manhã e, quando saiu dele, já estava de noite.

Também houveram alguns problemas na ortografia, como a falta da acentos e crases em algumas situações. Em certo momento você também colocou "despostas" em vez de "dispostas" e "tendendo" em vez de "entendo". Caso você sinta dificuldade quanto a isso, experimente utilizar o Office para escrever, já que ele conta com um corretor ortográfico.

Por fim, cito o problema da pontuação do texto. Você sabe onde pontuar, mas acredito que se confunde na hora de decidir entre a vírgula e o ponto final. Deixo como exemplo o seguinte trecho:

Trecho original: "Em seus sonhos estava em uma sala com mobília antiga, madeira rústica, empoeirados, aparência abandonada, mas ainda assim bem cuidada, estava parado fitando apenas uma parede enquanto almas giravam ao seu redor, assustando-o, Fley não conseguia mover o seu corpo, apenas gritar e tentar fechar os seus olhos tentando se proteger das criaturas fantasmagóricas que rondavam e passavam através do corpo do garoto."

Foram praticamente três linhas de texto se sequer um ponto final. O que eu te sugiro é que você leia o texto em voz alta, utilizando a pontuação. Isso, geralmente, ajuda a notar o que parece certo e o que parece errado.

Não desista, rapaz. Sei que se você for capaz de corrigir os problemas que eu apontei aqui, se dará muito bem o fórum. Boa sorte, semideus. :D
Heron Devereaux
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alaric L. Morningstar Dom 28 Fev 2016, 01:33


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Carlos FireCry

Primeiramente, lhe recomendo que vá mais fundo nas descrições e tudo mais. Tente passar uma imagem do que tá sendo narrado. Na parte das características físicas e psicológicas eu não vi quase nada. A história ficou vaga demais, sem nada surpreendente e nem sequer foi abordada a reclamação. Além disso, houve incoerência no fato de você ter usado diversos modos da pirocinese e até coisas mais avançadas, sendo que aqui no RPG você ainda é nível 1, não tem essas coisas. Isso tudo sem falar de uns deslizes de escrita (lembre-se que não pode usar abreviações de internet) e na pontuação, como no trecho abaixo:

não sei o motivo talvez por causa dos poderes fanáticos que faz alguns dias q eu descobri
Aqui o certo seria:
não sei o motivo, talvez por causa dos poderes fantásticos que faz alguns dias que eu descobri

Sugiro que leia outras fichas para ter uma base (e não copiar). Qualquer coisa, só me mandar uma MP que poderei ajudar.

Reprovado



Donald Thurwulf

Apesar do enredo um tanto comum, achei interessante a história. Mas, bem, você também cometeu alguns erros.

A primeira coisa que se vem a cabeça quando se é um garoto de 16 anos, e existem 3 valentões querendo te dar uma surra daquelas, é:
Sim, você acertou se pensou em sair correndo. É a melhor opção possivel, numa situação dessas. [...]
Como a vez em que Conery , um detestável garoto da minha turma de terceiro ano, (cujo também estava correndo atrás de mim) , jogou um cachorro- quente na minha nuca. [...]

— Você esta morto peste negra! [...]

— Manda braza cara de lata .— disse fazendo cara de despreocupado, ele possuia aparelho dentário torto como cercas velhas e não gostou do que eu disse.

Um dos mequetrefes partiu para cima de mim com um soco , tentando acertar meu estômago , eu gingei, desviei para o lado e o chutei nas costelas fazendo-o cair em cima de um bando de lixo. [...]

— Me soltem seus estúpidos!
Nos trechos acima, é possível encontrar pontuação inadequada (em alguns momentos o excesso de vírgula; em outros, ausência), acentuação e gramática. Sobre as vírgulas, leia seu texto num tom que dê pra você mesmo ouvir, e então vai pontuando quando achar que precisa de uma pausa curta (vírgula) ou longa (ponto). Sobre os outros dois problemas, sugiro que use um corretor online ou apenas uma revisão no texto. Segue abaixo o que seria mais adequado:
A primeira coisa que vem à cabeça quando se é um garoto de 16 anos e existem 3 valentões querendo te dar uma surra daquelas é:
Sim, você acertou se pensou em sair correndo. É a melhor opção possível numa situação dessas. [...]
Como a vez em que Conery, um detestável garoto da minha turma de terceiro ano (que também estava correndo atrás de mim), jogou um cachorro-quente na minha nuca. [...]

— Você esta morto, peste negra! [...]

— Manda brasa, cara de lata. — disse, fazendo cara de despreocupado. Ele possuía aparelho dentário torto como cercas velhas e não gostou do que eu falei.

Um dos mequetrefes partiu para cima de mim com um soco, tentando acertar meu estômago. Eu ginguei, desviei para o lado e o chutei nas costelas, fazendo-o cair em cima de um bando de lixo. [...]

— Me soltem, seus estúpidos!

Além disso, em alguns momentos você troca o tempo verbal, transita entre presente e passado. Não se pode fazer isso num post; ou os verbos ficam num tempo ou no outro. Por fim, a parte que mais pesa: incoerência. Como/por que as jaulas abririam sozinhas? E por que os cães atacariam a dracaena e te protegeriam? Você não deu uma razão coerente pra isso, assim como o final da luta: máquinas ligando sozinhas e um monstro sendo derrotado por um bando de pipoca cuspida do nada? Olha, não é que você seja mal, mas tenta dar uma ajeitada nisso. Qualquer coisa, MP.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Victoria Hayes Dom 28 Fev 2016, 14:29

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Desejo ser reclamada por Despina, pois de todos os deuses, ela é quem mais combina com Victoria.

- Perfil do personagem.

Victoria é bem tímida com as pessoas, porém quando faz amizade se solta. Inteligentíssima, com estratégias perspicazes e um jeitinho um tanto quando maluco. Misteriosa, é difícil ela contar algum segredo para alguém, mesmo assim é muito fofa e uma excelente amiga, sempre com um conselho na ponta da língua.

Victoria tem cabelos castanhos e encaracolados, quase sempre soltos. Seus olhos são azul claro, quase violeta e a pele é bem pálida.

- História do Personagem.

Muitos dizem que uma pessoa só morre quando seu coração para de bater, o que geralmente acontece em uma idade mais avançada ou por um terrível acidente. Eu discordo. Arthur Hayes, meu pai, morreu no momento em que se casou. Não uma morte de alma, mas de sentidos. Isabella Caleigo era a mulher perfeita. Doce, delicada, gentil. Um perfeito exemplo e comigo sempre mostrara ser uma mulher muito materna. Quando olho para trás posso ver as pequenas fissuras em sua máscara, mas, criança leiga que eu era, como adivinhar que meu pai estava levando para casa um monstro que chamavam de princesa?

Nos primeiros meses após o casamento tudo ocorreu tão maravilhosamente bem que quase me esqueci da pergunta fantasma que repetia todas as noites: quem é minha mãe e onde ela esta? Aos poucos as coisas foram mudando. A mulher que era doce foi se transformando em uma pessoa fria, cruel, egocêntrica. Nos mudamos para Nova Iorque. Uma cidade belíssima de acordo com Isabella. Não tanto na minha opinião. Eu sentia falta da minha casa, dos meus avós, as únicas pessoas além de mim que realmente viam quem era a nova Sra. Mendell, da ilha. De tudo.

Mais acima de qualquer coisa: eu sentia falta do meu pai. Sentada em uma mesa escrevendo as poucas memórias que me restam de uma vida dolorosa, eu ainda me permito divagar para as tardes de verão onde íamos até a praia. Eu, ele, meus avós, meus primos. Andando com pés descalços sobre a areia, contando histórias e lendas sobre Athanasía e a torre dos relógios. Das corridas, brincadeiras de conchas, das inúmeras risadas ao lembrar de minha querida tia Emma. Não tenho palavras para descrevê-lo como é agora, ou como era quando o vi pela última vez. Sempre jogado no sofá, uma garrafa de vodka na mão, bêbado demais até mesmo para entender que eu era sua filha , sua garotinha, e que não estava tentando fazer mal algum a ele, que era o que ele insistia em gritar enquanto me batia em suas piores noites, geralmente quando Isabella saia acompanhada pela porta por homens ricos, nascidos em berço de ouro, segundo ela.

Acredito que minha vida mudou completamente na noite em que meus avós morreram. De tudo o que havia me acontecido até aquele momento, aquilo foi definitivamente o mais doloroso. Isabella ao receber a noticia ria, descontrolada… Histérica. E meu pai, embora houvesse acabado de perder duas das pessoas que ele mesmo dizia serem as mais importantes em sua vida, continuava bebendo como se a notícia não fosse nada que valesse seu tempo. Naquela noite sozinha no telhado eu chorei como nunca havia chorado até então. Meus pilares eram os meus avós e se eu continuei viva até aquele momento era porque eles existiam, a querida Isabella não queria que boatos ruins sobre sua adorável pessoa circulasse em Messina.

O relógio badalou. Uma, duas, três vezes e meu inferno começou nesse segundo. Isabella surgiu e, com uma força que eu jamais acreditei que ela teria, saiu me arrastando escada abaixo. Meu pai apesar de ter sido levemente abalado pela cena não fez nada, absolutamente nada que mostrasse que no fundo se importava. Nem mesmo enquanto a sua querida esposa gritava desaforos sobre como eu era ingrata e como minha mãe provavelmente devia ter visto o monstro que havia parido para ter me abandonado. Não lutei contra, não respondi, não fiz nada. Apenas me deixei ser arrastada no meio da noite para um beco, onde ela me largou após ter avisado para não voltar para a entrada do inferno que chamava de casa. Apesar de não ter o que temer eu não retornei, não naquela noite, nem nas seguintes. Daqueles dias só o que tenho são memórias borradas, que não faço questão de me lembrar.

Minha primeira experiência fora do comum foi quando depois de vários dias sem comer, estando faminta, sedenta e suja me deparei com algo no mínimo estranho. Estava passando por um beco, havia avistado uma velha senhora que sempre me ajudava, quando vi um pouco mais a frente uma menina. Diria que ela era mais nova do que eu, com algo parecido com uma adaga em mãos, lutando contra um cão enorme. Porque só podia definir aquilo como um cão. Fascinada eu observei quando ela enfiou a adaga em um dos olhos da criatura e em poucos minutos ela se transformou em pó. A garota caiu. Estava tão machucada e eu queria tanto poder fazer algo. Corri até dois policiais que estavam sentados em frente a uma cafeteria algumas ruas atrás e os levei até o beco explicando tudo o que havia visto, mas quando chegamos lá não havia nenhuma garota, ou sangue. Não havia nada. Me taxaram de louca. Ir parar em uma clinica psiquiátrica foi inevitável após isso.

St. Salutem era tudo o que um hospital não deveria ser. Localizado perto de Long Island ele se assemelhava muito a uma fortaleza na beira do mar. Perdi a conta de quantas vezes recebi o tratamento de choque dado a todos os internos, de quantas atividades para reestabelecimento social tive que fazer, de quantas pessoas vi ir e voltar nos corredores sujos daquela prisão de ninguém. Em um momento passei a acreditar que de fato era louca, que a menina e o cão eram alucinações de minha mente fraca após semanas vagando pelos becos imundos de Nova Iorque debaixo da neve. Se não fosse por um descuido da enfermeira eu até hoje estaria decifrando figuras e observando os flocos brancos caindo através de minha pequena janela.

Foi em um dia de tempestade de neve que fugi. Meu quarto era no alto de uma das torres e a enfermeira acreditando que eu estava dormindo foi buscar minha dose noturna de remédios. O pior erro dela e a minha salvação foi sua falta de atenção ao fechar a porta que ficou entreaberta e me permitiu correr até estar sentindo o ar noturno em cima de um dos longos muros.

A morte pode ser vista de várias formas. A insolente que leva pobres almas para joga-las em um mundo duvidoso. A amiga que acolhe debaixo de seu manto aqueles que sofrem durante sua monótona existência. A dissimulada que promete aos delirantes um novo conto rodeado de fantasias juvenis. E a manipuladora que arrasta lentamente os suicidas na beira do abismo até as profundidades pútridas do subsolo. Para mim ela era uma libertadora, que carregaria minha alma pelos reinos de Morfeu.

A única coisa que pensei enquanto ouvia os gritos das enfermeiras e me lançava em direção ao mar foi porque mamãe havia me deixado, tão sozinha, com um pai morto e em um lugar tão, tão escuro.

Uma semana depois, quando acordei na enfermaria do lugar que se mostraria um lar como achei que nunca mais teria, a primeria coisa que vi foram flocos de neve neros flutuando acima da minha cabeça, o que pocuo minutos depois descobri ser o símbolo de reclamação de Despina.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Qymnus Dom 28 Fev 2016, 18:52

Por qual criatura mitológica você quer ser reclamado?

Quero ser um sátiro. Não há muita exploração na cultura das criaturas mágicas, apenas nos semideuses em si (acredito eu). Logo, creio que seja legal construir algo sobre essa galera, enxergando as coisas de outra vista, se não a dos filhos de deuses problemáticos.

Características físicas:

Qymnus é um garoto alto, de pele clara e cabelo castanho-escuro longo arrumado em dreadlocks. Com cerca de 1 metro e 80 centímetros, pesa setenta e dois quilos e carrega um porte físico consideravelmente bom. Não é musculoso, mesmo que seja definido. Os pelos das pernas de bode são tão castanhos quanto o cabelo e os olhos do rapaz, que também compartilham da cor marrom.

Características psicológicas:

É um sátiro prepotente, às vezes arrogante e extremamente sarcástico. Contudo, por mais que seja superficialmente ruim e aparente não se importar com as pessoas, tem uma boa índole e acaba, quase sempre, fazendo o que é certo. Bebidas, cigarros, jogos e coisas assim são grandes atrativos a ele, mas nada supera sua líbido. Não se constrange fácil e dá em cima de seja quem for, desde que o interesse. A fala também é boa, como um bom contador de histórias, e busca usar isso a seu favor.

História

Qymnus não imaginava o quão longe aquele combate iria. Os guerreiros digladiavam-se sobre o piso de pedra escura que construía as muralhas do castelo. À esquerda a criatura serpentária rastejava em uma ofensiva, seu rabo de cobra ziguezagueava em um movimento rápido e sútil. O cabelo verde-escuro contrastava com a pele escamosa verde-limão que vestia uma couraça batida de couro marrom. A besta tinha a cabeça de um ofídio enorme como elmo, com as presas do animal ladeando o rosto. Os olhos amarelos tinham riscos pretos, como os olhos de um réptil, e a língua bifurcava escapava pelos lábios hora sim, hora não. Nas mãos, levava uma lança de bronze estilizada construída com cobras de bronze que se enlaçavam. Um cansado homem-bode de cabelo escuro com o tronco desnudo e tacape em mãos batalhava. Descia de um pulo para bater a clava na cabeça do monstro que se defendeu com a haste da arma e gingou à direita, forçando o bronze contra a madeira para arremessar a criatura da natureza longe, emendando um corte longo no processo por todo o tórax. Com o homem caído, o homem-cobra ergueu a mão e sibilou palavras antigas que incitaram as sombras a se erguerem. Riscos negros uniram-se na frente do palmo estendido da criatura e formaram uma esfera grande, escura e bruxuleante. Quando o oponente dos cascos firmou sua arma no chão para ficar de pé, a esfera foi arremessada e atingiu o moreno sem dó, nem piedade. Vencido, ele foi atirado lá trás. Sua queda foi demorada, lenta, cada segundo representava um minuto. "K.O.!" uma voz grossa e masculina gritou, o homem-bode manteve-se desacordado no chão e o homem-cobra adotou uma pose de efeito.

"Porcaria!", resmungou Qymnus logo após grudar a ponta da botina suja de lama no fliperama. A imagem do jogo estava congelada, com a frase "Insert one more coin!" piscando em vermelho. O homem pegou sua cerveja que descansava em um suporte ao lado e foi embora enquanto despejava xingamentos em grego a torto e a direito. Sair da loja de jogos fez com que desembocasse em um beco no Bronx, um lugarzinho que cheirava a lixo em decomposição, prostitutas baratas e perfume doce. Ele odiava aquele lugar, deuses! Como odiava! Contudo, entre sobreviver arriscando-se por crianças de merda e por a vida fora por uma causa perdida e viver em um lugar daqueles, com humanos estúpidos que sequer enxergavam o mundo em que viviam; que não diferenciavam o real do irreal, ele viveria naquilo. Lembrar da vida no acampamento deixava-no triste, mesmo que as lembranças viessem da infância. O cheiro limpo da floresta cheia de mangueiras, laranjeiras, macieiras, os arbustos fartos e farfalhantes com dríades risonhas, o céu... o céu era limpo, cheio de estrelas. Qymnus olhou para cima e viu fumaça, um céu quase invisível. "Deuses", ele deixou escapar, "esse lugar é uma bosta."

"Você sabe que pode sempre voltar.", uma voz falou logo atrás, como se o dono tivesse aparatado às costas de Qymnus. Qymnus, por sua vez, virou-se para ver quem era. Ver quem estava lá, em uma mensagem de Íris, fê-lo fechar a cara em algo que mesclava o desânimo e a descrença.

...

Hope estava perdendo as esperanças, não via mais saída para sua situação. Não entendia de onde diabos aquelas pessoas haviam saído, nem o que havia acontecido com elas. As mulheres de corpo verde, cobertas de raízes, gavinhas e musgo não paravam de atacá-la! Elas tinham orelhas pontudas, olhos negros como poços de piche fresco e dentes gigantes que escapavam dos lábios. A menina de onze anos havia escapado do primeiro ataque, sabe-se lá como, mas conseguira fugir. Despistara as mulheres, mas parecia que elas sempre sabiam onde encontrá-la, como se estivesse marcada. Montando em sua bicicleta, a criança de cabelos louros e olhos verdes pedalou pelas ruas do Bronx e deixou sua casa para trás. A porta da casa 2421 da rua Butler Pi, um lugarzinho pequeno e modesto, mas bem cuidado, explodiu com uma enxurrada de plantas espinhosas. As criaturas estranhas saíram correndo e gritando, urrando como monstros. Com uma pontada na espinha, Hope sentiu os pelos da nuca arrepiarem... não pelo frio da noite e pelo vento batendo no rosto, mas pela quase certeza de que se não escapasse, morreria.

...

"Eu me recuso", Qymnus respondeu sério, enfiando as mãos nos bolsos das calças largas de cor cinza. Uma enorme tela enevoada dançava no ar. Nela, viam-se as mangueiras, macieiras e laranjeiras. Os vagalumes voavam, pontilhando o breu da floresta. Ouvia-se o som da água corrente e o vento assoviando nas folhas. No centro da imagem, um homem gordo, pançudo e barbudo sorria com um ar bêbado. O cabelo bagunçado era crespo e farto. Uma dupla de cornos imensos saia da cabeça, ambos amarelados do tempo. "Sálamus."

"Ora, não seja assim tão duro, meu jovem.", Sálamus ponderou, erguendo um cantil de vinho e bebendo um gole grande. "Seja razoável, venha logo para casa."

"Para quê? Jogar minha vida fora por essas criaturas irritantes?", Qymnus respondia com uma pontada de raiva na voz, apesar de manter-se (quase) impassível. "Eu não... eu não vou fazer isso! Não acabarei do mesmo jeito qu", o sátiro mais novo começou, mas escutou o que dizia e mediu as palavras, calando-se. "Vê se me esquece, Sálamus."

"Qymnus, eu insisto que retorne! Eu jurei pelo rio Estige que cuidaria de você!", o sátiro mais velho tentou outra vez. "O mundo de fora é perigoso, meu garoto! Você está correndo perigo!"

"Nós nunca fomos alvos, velho. Você sabe que a corja do Tártaro prefere as crianças, não nós. Que comam todas.", Sálamus escutou aquilo arqueando as sobrancelhas. Estava surpreso.

"Você... você não pode estar falando sério! Qymnus, nós... você não as deixaria morrer. Está no seu sangue. Seu pai foi um ótimo buscador."

"Meu pai está morto."

"Mas... mas você! Você não pode ser assim, garoto!"

"Ser assim?", ele falou rindo, divertindo-se com as palavras. "Ser assim é ótimo. Ser assim garante que eu me mantenha vivo."

"Garoto, pense no que está dizendo!", o senhor barrigudo parecia alarmado. "Ser assim fará apenas com que você se perca! E se acha que o mundo é seguro para você, pense duas vezes!"

"Como é?", Qymnus perguntou franzindo o cenho.

"Há algo de errado. As ninfas... elas estão desaparecendo. Nós estamos sumindo, vários buscadores saem e não retornam. As náiades do Central Park resmungam de algo que circula a noite e rouba suas irmãs. As dríades... as árvores estão morrendo. Pense!", Qymnus não sabia como reagir. Decidia se escolhia responder ou com descrença, ou com sarcasmo. Acabou simplesmente suspirando.

"Velho. Eu acho bem legal que queira me levar, proteger, mas entenda que...", e sem mais, nem menos, Qymnus abanou o ar e fechou a mensagem. "Velhos.", caçoou ele e continuou a caminhar. Estava afundado em sua jaqueta de camurça marrom sobreposta em uma camisa regata branca. Colares e penduricalhos adornavam o pescoço e os pulsos, além de um coque alto que escondia os chifres pequenos que nasciam. Tateou o fundo do casaco e puxou um maço de cigarros, pegando um deles e acendendo-o com um isqueiro barato de plástico vermelho. Tragava-o com prazer até que algo, novamente, atrapalhou sua vida: um grito desesperado.

...

Hope estava caída no chão, com o aro dianteiro da bicicleta torto e a condução amassada contra latas de lixo. A menina estava com os braços ralados por causa da queda. Com uma camisa amarela estampada por uma flor rosa, calças jeans e tênis rosas. A menina chiava por conta dos machucados ardidos. Ficou perdida por alguns segundos, pensando no que havia acontecido, até que se deu conta do principal: suas perseguidoras!

No começo da rua, as três mulheres estranhas olhavam-na com um rosto sem expressão. Os olhos de piche e as bocas eram realmente assustadoras. A menina loura refletiu sobre o que fazer e optou pelo mais óbvio: correr. Sem olhar para trás, levantou-se e deu no pé. As mulheres moviam a cabeça em curvas sinuosas, como cobras testando a reação da presa, e desataram a correr atrás. Hope sempre se achou rápida, mas viu que existiam seres bem mais rápidos. Um tanto curvadas, as mulheres verdes corriam atrás da menina, como bestas. Antes que se desse conta, a menina se viu quase cercada pelos monstros. Uma das três, com cabelos vermelhos como as folhas do outono, fez com que garras crescessem no lugar das unhas, como espinhos de plantas. Ela cortou a menina que tentou desviar, mas não conseguiu por completo. Um corte enorme apareceu no ombro, surtindo uma dor que a criança nunca sentira antes. O grito foi uma resposta automática e veio do fundo da alma, atingindo uma boa porção de espaço.

Com as lágrimas aparecendo nos olhos, ela tentou correr, mas viu as pernas serem amarradas por algo que crescia no concreto. Gavinhas enroscavam-na em uma velocidade surreal, ela mal teve tempo de reagir. De cabeça para baixo, ela pendia como uma lagarta em um casulo. O cabelo balançava no ar.

"Me soltem!", gritou, amedrontada. "Eu quero ir embora! Me deixem em paz!", falou outra vez, mas o trio parecia não compreendê-la. Pareciam vazias, sem consciência. Mas estavam lá, de pé, bem ativas. Ativas até demais. "Alguém me ajude!" e um novo grito que emendava um choro. Ninguém ajudaria, ela sabia disso. As coisas estranhas... aquilo, ela preferia acreditar que fosse um pesadelo e que acordaria a qualquer momento. A qualquer momento... e então o pesadelo acabou com o som de um estouro. Um som oco, seco.

Ela fechou os olhos, esperando estar em seu quarto e, para sua surpresa, ou nem tão surpresa, não estava. Continuava imobilizada, sem o que fazer. A única diferença na cena era que, agora, havia uma mulher a menos, e um homem a mais. Um sujeito com a cara fechada que repetia sem parar "Eu não devia estar aqui, não devia estar fazendo isso", como um mantra, segurava um tacape revestido de bronze. Hope boquiabriu-se, estarrecida. O homem resmungão de cabelo grande e roupas sujas e largadas olhava de um lado para o outro, martirizando-se por estar ali, sabe-se lá o porquê. Contudo, quando deu uma boa olhada em quem eram as mulheres, pareceu surpreender-se tanto quanto Hope.

"Dríades? O... o que aconteceu com vocês?!", ele perguntou, arregalando os olhos. As duas mulheres, as chamadas dríades, abriram as bocas e gritaram, pulando contra o rapaz. Ele gingou para a esquerda para desviar de uma, mas foi arranhado pela outra que vinha pelo lado oposto. Aquilo pareceu machucá-lo, pois ele resmungou algo em uma língua estranha. "Que porra aconteceu com seus rostos?!", ele perguntou e elas se limitaram a chiar e pular outra vez. Agora, no entanto, ele foi mais rápido e subiu a clava em um golpe que pegou um membro da dupla no queixo, a criatura com cabelos pueris, como areia escorrendo continuamente. A pancada deu um estouro imenso, deslocando a mandíbula e jogando a mulher longe. A mulher, na visão de Hope, desapareceu em uma nuvem de poeira dourada, como se fosse alguma fábula. "Isso vai fazer ela aprender...", contemplou sua obra.

"Cuidado! Atrás de você!", a loura gritou e o guerreiro esquisito percebeu algo vindo pelas costas, um borrão que pulou e o abocanhou no ombro. A última dríade, uma criatura cujo cabelo era um conjunto de galhos emaranhados, como se fosse um arrepiado curto, afundou as presas triangulares bem fundo na carne. O rapaz gritou de dor, um grito tão alto quanto o que Hope havia dado há pouco, e tentou se soltar. Ele balançou o corpo para frente e para trás, em uma espécie de golpe de judô, pegou-a pelas costas e a jogou por cima, contra o chão. Ela bateu no concreto, mas pareceu nem ter sentido. Ergueu-se novamente e estendeu as mãos contra seu alvo, o que julgava ser uma ameaça maior, e cipós foram arremessados contra o dono da clava. Ele correu à esquerda, ou foi o que pareceu. Uma corrida estranha, uma espécie de trote. Os cipós passaram reto, sem tocá-lo. O homem simplesmente avançou pelo lado, o mais rápido que podia, e grudou a clava no rosto da última besta. Um novo som oco apareceu, o som de algo se rachando. Após isso, a mulher desapareceu, tal como as outras haviam desaparecido. A constrição de plantas que segurava Hope murchou e a menina caiu no chão sem leveza, nem jeito. Machucou-se um pouco, mas estava impressionada demais para ligar.

"Quem é você?", perguntou Hope. Ele ficou quieto, pensando se respondia ou não.

"Eu sou Qymnus."

...

Qymnus martirizava-se por dentro. Por que caralhos havia salvado uma criança? Devia tê-la deixado morrer. Devia... foda-se o que devia. Sem prévio aviso, saiu caminhando. Deixou a criança lá no chão, sozinha. A loura espremeu os olhos, sem compreender o que se passava, ergueu-se e foi caminhando atrás do rapaz.

"Ei! Ei! O que é você?!"

"Não te interessa."

"Você é um monstro?", perguntou, com ar de curiosa.

"Sou um...", começou, mas logo após pensou novamente. Não teria aquela conversa. "Não te interessa."

"O que eram aquelas coisas?!", ela disse e ele parou, sério, amedrontador. Colou o rosto no dela, praticamente, e a olhou no fundo dos olhos.

"Vaza, pirralha. Eu não trabalho de babá."

"M-mas!", ela contestou e ele saiu caminhando, sem esperar que continuasse a conversa. "Ei, você me salvou!"

"É, e não se acostume com isso."

"M-mas!"

"Vá procurar sua turma.", ele disse e puxou um cigarro. Acendeu-o e continuou caminhando.

"Você vai simplesmente me deixar aqui?!", ela perguntou, gritando de modo histérico. Ele se virou para ela, sorriu de modo gentil e respondeu:

"É, vou.", e saiu caminhando, feliz. Contudo, enquanto caminhava, algo pareceu errado. A menina continuava reclamando, ocupando a audição do Qymnus. Porém, mesmo com os ouvidos cheios, o nariz do sátiro não o enganava. No final da rua, às costas de Qymnus, ele pode sentir a chegada de várias pessoas. Virando-se, a menina se calou e sorriu, achando que estava sendo escutada. Além dela, contudo, Qymnus via uma multidão de dríades monstruosas, com presas e garras à mostra. Intercalando o olhar entre a loura e os monstros, as únicas palavras que saíram de Qymnus foram: "Ai, merda".

Pelo visto, pensava ele, aquela noite seria extremamente longa.
Notas:

I. Espero ter sido o suficiente, já que um sátiro não é "reclamado", ele simplesmente nasce e cresce assim. Busquei apenas introduzir um pouco do que se passa com ele (e espero que tenha deixado claro, ou quase).
II. Quanto aos travessões. Desde que li "O Menino do Pijama Listrado" estou com a mania das aspas, desculpem. É um país livre.
III. Acabei fazendo algumas mudanças nas dríades que serão explicadas na continuação dessa historinha marota. É parte do plot.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Fley D'lacqua Seg 29 Fev 2016, 03:54

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Melinoe, a personalidade do garoto entra em conjunto com os poderes que são concedidos aos filhos de Melinoe.

- Perfil do Personagem; (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)


  • Pele branca como a neve, olhos de expressão vazia, fria, lábios rosados e corpo esguio, considerado fraco, de aparência frágil e misteriosa, maxilar bem marcado e sem nenhum fio de barba ou bigode, cabelo mais branco que a pele fazia um contraste com a cor de seus olhos, azuis acinzentados com um brilho intenso que mais parecia um abismo para o mais distante vazio.




  • Possui aparência blasé, analítico, critico, mas é só aparência, na maior parte do tempo possui insegurança do seu próprio eu, tem grandes duvidas sobre tudo que o cerca e preza bastante a palavra, promessas, possui algumas atitudes consideradas frias mas nada ainda cruel.


- História do Personagem;
Corpo suado, gelado, respiração ofegante, irregular, vultos, olhos de vidro – Aaaah! – O desespero toma conta do rosto pálido do rapaz que a essa hora havia ficado quase transparente de tão assustado que o garoto estava, havia acordado de um pesadelo. Em seus sonhos estava em uma sala com mobília antiga, madeira rústica, empoeirados, aparência abandonada, mas ainda assim bem cuidada. Estava parado fitando apenas uma parede enquanto almas giravam ao seu redor, assustando-o. Fley não conseguia mover o seu corpo, apenas gritar e tentar fechar os seus olhos tentando se proteger das criaturas fantasmagóricas que rondavam e passavam através do corpo do garoto. Um último fantasma veio de frente à sua face o fitando rapidamente e logo em seguida gritando – Tome o controle! – Essas foram as palavras finais antes do seu sonho se tornar realidade.

O vento sopra forte pela janela aberta, levantando as cortinas brancas e despertando o garoto do seu transe pós desespero. Fley olha ao redor, tudo parece no lugar, seu quarto estava dentro dos conformes e da mesma forma que se encontrava no dia anterior, fora realmente apenas um pesadelo. A brisa leve o lembra de que se encontrava na realidade nesse exato momento. O garoto retira o edredom de cima do seu corpo e se coloca sentado na beira da cama, calça suas pantufas de urso marrom e segue em direção ao banheiro, vestido apenas por seu samba canção listrado e uma camiseta branca de pano leve. Ao se olhar no espelho percebera o quanto havia ficado assustado e suado. Pegando sua escova de dentes e pasta parte para o banho.

“Preciso respirar um pouco de ar puro” Fley sai do seu banho e caminha até o quarto, seu cabelo molhado tão branco quanto um giz e seu corpo tão branco quanto o cabelo faziam contraste com a luz fraca do final de tarde que entrava pela janela. Rapidamente se vestia com uma camisa social branca, uma calça jeans preta, uniforme, e um suspensório de cor marrom, sapatos cor de barro, descia as escadas da sua residência vazia e seguia em direção a porta. O sol estava baixo, encoberto por nuvens, brisa fresca, ruas pouco movimentadas, era domingo, as pessoas normalmente ficam em suas residências assistindo tv e comendo pizza com suas famílias, para Fley os dias de domingo eram diferentes, afinal, não conhecia sua família.

Fley nunca teve contato com sua família, nunca conheceu sua mãe, os poucos contatos que teve com o pai antes do mesmo morrer foram minúsculos, sempre ficara sobre os cuidados de duas babas, seu pai era um homem de negócios, não tinha tempo para bancar o papai, muito menos ficar dando atenção ao seu próprio filho. Ele havia se tornado uma pessoa amarga com o passar dos anos. Fley não tem lembranças de sua mãe, suas babas haviam lhe dito que ele era muito bonita e que se parecia muito com o garoto, mas infelizmente sumiu antes mesmo dele completar três meses de idade, a única lembrança dela era a sensação de conforto que os seus olhos passavam.

-Parece que hoje vai ser o de sempre – Falava o garoto enquanto puxava uma carteira de cigarro do bolso e pousava um sobre à boca, acendendo, ele da uma pequena tragada e se coloca a andar em meio as ruas vazias. Passava a mão sobre as vitrines das lojas vazias nas qual já estava cansado de passar todos os dias. “OALÃS OD OHFL”era como o garoto lia a placa de cor preta pouco glamorosa presa na parte de cima da entrada. Esqueci de comentar, Fley possuía dislexia, o que dificultava totalmente a sua leitura. – Salão do Holf, quanto tempo hein!? – Falava para si mesmo enquanto adentrava o galpão. Um salão com aparência antigo, vendia coisas ligadas ao sobrenatural, ou pelo menos coisas que as pessoas achavam estar ligadas. Um enorme balcão rustico de madeira empoeirada ficava logo no começo da loja. Um homem aparentando os seus 54 anos estava atrás do balcão, Fley passa direto apenas fazendo um sinal com a cabeça e o homem imediatamente responde. O garoto segue direto para uma sala nos fundos, a sala tinha forte cheiro de alecrim.

-Achei que não fosse me visitar hoje, garoto, atrasado, está esquecendo dos seus compromissos? – Uma voz feminina cortava o silencio da sala escura de uma forma rígida, mas suave. Duas fileiras de velas se acendem rapidamente, uma na parede esquerda e outra na parede direita, a sala era aberta, tinha uma mesa de centro bem baixa, a qual se senta no chão, almofadas azuis dispostas ao redor da mesa de forma aleatória, um incenso queimava bem no centro da mesa de madeira, o que explicava o odor de alecrim. – Ainda com esses truques baratos com a vela? – Perguntava o rapaz para a mulher que saia de trás de uma pequena divisória de madeira, vazada. Pele bronzeada, traços finos, mas bem definidos, olhos cor de mel, vagarosos, seu cabelo se estendia até a sua cintura, ondas de fios ruivos alaranjados. – Eu já lhe disse que não é um truque, Fley – Retruca a mulher que logo dá um sorriso com sinais de desaprovação.

O garoto se senta em uma almofada que se localiza em uma das pontas da mesa, cruza as suas pernas colocando uma sobre a outra e puxa um baralho do bolso, colocando-o sobre a mesa, a sua frente.- Fley... – Diz a mulher enquanto senta na outra ponta da mesa de frente para o garoto – Infelizmente hoje é meu último dia com você, já havia lhe preparado para isso, seu treinamento chegara ao fim hoje – Contava a mulher de cabelos vermelhos ao garoto. – Cassandra... eu não me sinto preparado, seu que se esforçou, mas ainda posso precisar de ajuda, aquilo pode voltar. – Falava Fley com um pouco de tristeza em sua voz –Vamos, deixe eu abrir o seu jogo dessa vez – O garoto entregava para Cassandra o seu baralho, eram cartas mitológicas de tarot. - The death, high priestess e the king, the magician – Lia a mulher de forma seca para Fley, ela faz um montinho com as três cartas e se levanta em direção ao garoto. – Guarde e não pense no sentido literal das cartas, elas a partir de hoje vão ter um significado especial na sua vida – Cassandra coloca as cartas no bolso da camisa de Fley.

-Parece que eu fiz tudo que podia fazer por ti, garoto, a partir de hoje você vai ser capaz de controlar a sua mediunidade, felizmente, quer queira, quer não, deixo você em vossas mãos, di immortales – As velas se apagam e reacendem novamente, Cassandra não estava mais la. – Agora Cassandra simplesmente fala que meu treinamento acabou, me confunde com o meu próprio tarot e simplesmente some com um truque barato de velas, minha vida parece ótima. – Fley pega o restante das cartas sobre a mesa e coloca dentro do seu bolso da calça, não queria misturar com as outras três cartas. Cassandra a muito tempo encontrou com Fley em um beco, assustado e sem saber o que fazer, ninguém conseguia ajudar o garoto, apenas ela, o garoto era médium e precisava aprender a controlar isso, Cassandra como sacerdotisa ajudou o garoto até onde pôde, o ensinou a ler cartas e a controlar a sua visão e audição espiritual, ela realmente foi como uma mãe para Fley durante esses 6 anos, afinal, o garoto nunca havia conhecido a sua. O que ele não imagina é que Cassandra realmente é mais do que uma mãe para ele.

Já havia caído a noite, as ruas estavam escuras, os postes dispostos pelo passeio mal conseguiam iluminar o chão, as luzes pareciam fracas, dando um ar ao local de mistério. Como de costume, as ruas estavam vazias, era engraçado, de uns tempos para cá elas andavam assim, abandonadas, era raro ver mais do que 7 pessoas andando na rua, parecia como uma cidade fantasma. Fley caminhava pelas ruas despreocupado, passos lentos e vagarosos, passava no momento em frente a um parque, várias arvores se encontravam ali, chacoalhando de um lado para o outro, criando barulhos sinistros, como se estivessem gritando com o vento frio cortando as suas folhas. O garoto sem muito o que fazer em casa e sem muito sono resolve adentrar o parque, passear por entre os bancos, perto do lago parecia uma boa ideia.

A lua brilhava no céu, estava cheia e parecia deixar toda a terra gelada, o vento passava como uma manta de gelo cobrindo tudo, era uma noite realmente fria. Fley encara a agua do lago a sua frente e logo dá um pulo para trás de susto, um rosto feminino é mostrado na agua, olhar penetrante e reconfortante, frio, pele pálida e cabelo tão branco quando a lua, algo fantasmagórico. O garoto volta para verificar novamente, mas o rosto se fora da agua. Fley se vira e logo da de cara com uma mulher alta, roupas brancas, olhar penetrante e reconfortante ao mesmo tempo. Era a mulher que ele vira na agua. Ele permanece parado, observando a mulher, ela não parecia real, parecia como uma aparição. Fley engole seco. – Quem é você e o que quer? Porque parece tão familiar? – Perguntava apressadamente – Vamos dizer que nos conhecemos a muito tempo e eu estava te observando faz muito tempo meu querido Fley. – Disse tranquilamente a mulher enquanto encarava o garoto a sua frente.

Os olhos da mulher eram frios e perfurantes, mas não assustador, eram aconchegantes, de forma como nada antes fora para Fley. – Me chamo Ilda, como lhe disse, o observo a muito tempo, venho até você em nome de Melinoe – Pronto, agora mesmo que o garoto não estava entendendo nada. – Melinoe... como a deusa? Isso é impossível! Olha, se me der licença... – Pronunciava enquanto andava para frente e pegava no ombro da mulher para tira-la da sua frente, para sua surpresa, sua mão atravessou o corpo de Ilda, que automaticamente revirava os olhos. Fley arregala os seus olhos e sai correndo para longe da deusa, dando de cara com uma multidão no parque. – Socorro, tem uma lunática, psicopata atrás de mim, alguém me ajude! – Gritava o jovem, mas ninguém parecia se importar, estavam todos em transe, ele tenta chacoalhar algumas pessoas, mas sua mão atravessa o corpo de todos, eram fantasmas! O garoto parte em disparada e se esconde atrás de um arbusto, exausto, respiração ofegante, assustado.

-Nossa, você está assustado, parece até que viu um fantasma! – Uma voz familiar fala ao seu lado, era Cassandra, vestia uma mortalha branca com alguns detalhes em preto, seu cabelo avermelhado solto e sua pele brilhava com a luz da lua. – Cassandra, você não sabe, eu estava andando e apareceu uma mulher, ela dizia que vir em nome de uma Melinoe... – Cassandra rapidamente interrompia o garoto. – Fley, vamos dar um passeio comigo – A ruiva pegava a mão do garoto que parecia feliz por não ter atravessado também o corpo dela. Cassandra não precisava explicar sobre mitologia, o garoto era bem informado e tinha grande interesse nessa área, era apaixonado pelos deuses ctônicos. –Fley, existe um mundo fora esse que muitos enxergam, você consegue ver esse mundo, consegue enxergar através da nevoa que esconde toda a realidade, você não estava louco quando enxergava criaturas estranhas ao seu redor, muito menos quando tinha visões dormindo, quando via ou ouvia fantasmas, você estava apenas tendo a visão do seu verdadeiro eu... – Cassandra deu uma pausa, os dois caminhavam lentamente pelo parque, a o braço de Cassandra sobre o ombro de Fley, que por sua vez estava hipnotizado pelas palavras da mulher, prestava atenção em tudo mas insistia em olhar para o chão.

-O que eu quero dizer é que você é especial, Fley, pode enxergar mais do que as pessoas mortais podem enxergar. – A palavra “mortal” parecia pesar nos ouvidos do garoto – O que quer dizer com mortal? Eu não sou mortal? – O estranho dessa conversa é que não parecia assustar o garoto, ela fazia o garoto ligar vários pontos da sua vida e finalmente enxergar fazendo sentido. – Fley, você é especial. Quando um deus se apaixona por um mortal eles podem gerar uma criança, essa criança é chamada de meio-sangue ou semideuses, metade deus, metade humano, existem várias dessas crianças pelo mundo, elas podem enxergar o mundo real e na maioria das vezes correm muitos perigos – O garoto parou de andar, deu dois passos se afastando da Cassandra e a olhou nos olhos. – Deixa eu adivinhar, eu sou um meio sangue – Fley perguntava em tom de deboche. – Exatamente, eu entendo que vai ser difícil para aceitar ou acreditar, mas ligue os pontos e vai notar que faz sentido o que eu digo... – Ao terminar a frase o rosto de Cassandra começa a mudar e em fração de dois segundos se encontrava em uma forma ectoplasmica. –Inclusive garoto, esqueci de falar, temos um parentesco, meio irmão. Minha mãe é Melinoe –  Fley se assusta, mas acaba não relutando, ele teria que se acostumar com essa história de fantasma, afinal agora ele sabia que era um meio-sangue. –Parece que você compreendeu tudo, eu preciso ir, amanhã me certifico de que você aceitou a sua situação. Por sinal, ser meio sangue tem suas vantagens e um kit de poderes ótimos. – Completava Cassandra enquanto se transformava em um corvo de textura de ectoplasma, branco e brilhante. A ave parte para o ombro de Fley, bicando carinhosamente a orelha do mesmo e logo parte em voo em meio às arvores.

Fley se apressa a andar para casa, os seus olhos pesavam de sono e cansaço. O garoto estava ainda em choque e não tinha certeza sobre nada, mas afinal, sua vida inteira fora uma incerteza, o que tinha por agora era acreditar na história mais lógica, mesmo que essa envolva ele ser filho da deusa dos fantasmas. Ao chegar em casa sobre rapidamente para seu quarto e logo se lança na cama, estava exausto, seus pensamentos estavam a mil e ao mesmo tempo quase congelados. Era estranho, tudo aquilo parecia loucura, mas no momento acreditar nessa loucura era a melhor opção, para Fley naquele momento uma dormida seria decisiva, ou aquilo tudo era loucura e ele acordaria em um dia comum, sem o corvo e sem fantasmas ou simplesmente ele iria acordar como Gasparzinho no dia seguinte e aceitar a sua linhagem. Seus olhos pesam e ele logo adormece.

O dia estava claro, o garoto abre os olhos em meio a claridade, não havia sonhado, o que era estranho, já que desses tempos para cá ele havia tido uma série de pesadelos e sonhos esquisitos. Mesmo que ainda sonolento ele se espreguiça e tira a coberta de cima do corpo, pensa em ir escovar os dentes mas tem um estalo. – O corvo! Quer dizer, Cassandra – Ele olha ao redor e ele não está mais lá, nem o corvo, muito menos sinal de fantasma, parece que tudo não passou de um sonho louco. O garoto se levanta e vai em direção ao banheiro mas vê algo em cima da sua penteadeira, ele vai em direção a mesma e encontra sobre ela um pequeno embrulho, dentro dele tinha um pequeno deck de cartas pretas com desenhos em branco, era um baralho de Tarot, junto a ele um pequeno bilhete; “Um baralho digno para um filho da deusa Fantasma –Melinoe.” Pelo visto não foi dessa vez que a sua vida seria normal, ele da um suspiro, coloca o baralho sobre a penteadeira e olha no espelho, o rosto da mesma mulher se encontrava nele, Melinoe, a deusa, ele a olha direto nos olhos refletivos e respira fundo. –Agora eu sei porque Cassandra parecia como parte de minha família, obrigado pelo baralho... mãe. – Fley pronunciava a última palavra com pouca falta de costume. O espelho se embaçou, dissipando a imagem em seu reflexo. Deixando o filho de Melinoe sozinho com o seu corvo que acabara de entrar pela janela grasnando e pousando em seu ombro novamente. – Filho de Melinoe... – Nesse momento o símbolo da deusa surge em sua cabeça, como uma reposta para o que o garoto repetia para si enquanto dava um sorriso sem jeito e acariciava o corvo espectral que agora fazia parte de sua nova família.
Fley D'lacqua
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Xeyun Seg 29 Fev 2016, 15:43



 
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Poison

 
Nome: Poison lily



Idade: 20



Raça: Dríade



 
With the taste of your lips, I'm on a ride. You're toxic, I'm slipping under. With the taste of a poison, I'm in paradise. I'm addicted to you. Don't you know that you're toxic?
 
Características Físicas e Psicológicas!

Raça:
Dríade – Porque elas combinam com a personagem que estou tentando criar.

Físicas:
Poison é uma dríade de feições quase perfeitas, somente melhorando quando está em contato com a natureza. Seus seios fartos e seu quadril largo em contraste com sua cintura fina atraem olhares de longe. A única coisa que cobre o seu corpo são os as vinhas e folhas de sua erva-mãe, em forma de um maiô.

Sua pele é branca com tons esverdeados, que vão desde o verde limão, até o verde bandeira. Algumas folhas enfeitam seu cabelo, o que poderia parecer feio e desarrumado para qualquer garota normal, mas nela funciona perfeitamente. Seus olhos verdes combinando com sua pele dá uma aura mística a dríade.

Seus cabelos são ondulados e volumosos, e sua coloração vermelha, faz com que chamem ainda mais atenção. Seus lábios são naturalmente vermelhos como o caule de sua planta, dando a impressão que a ninfa tenha nascido maquiada, por um profissional.

Na névoa ela parece com uma mulher muito bonita com um cropped verde e um short jeans escuro de mesma coloração, com uma maquiagem verde nos olhos. Seus cabelos continuam vermelhos, com prendedores em forma de folhas na cor prateada. Usando uma pequena luva com os dedos cortados, e saltos altos negros que cabem como uma luva.

Psicológicas:
Poison foi rejeitada e discriminada pelas outras dríades, por ter nascido de uma erva daninha e venenosa. Mas se encontrou em meio aos semideuses, que sempre estão ao seu redor, afinal era uma das mais bonitas dríades de todo a acampamento.
Ironicamente tem uma personalidade venenosa. Escolhe muito bem as palavras podendo aplacar ou causar dor com elas. Sabe o poder das palavras e como utilizá-las perfeitamente. É vingativa e atrevida, e uma ótima atriz, coisa que já virou o jogo a seu favor muitas vezes.

Não gosta de ser usada ou que a mandem fazer alguma coisa contra sua vontade. Ela geralmente segue as próprias regras e não deixa que ninguém fique em seu caminho. Assim como toda boa dríade Poison odeia pessoa que poluem o meio ambiente e é bem rígida com as pessoas que o fazem.

 
What's your history?


Há 20 anos, no acampamento, na terra fértil dos meio-sangues. Em uma clareira, perto dos chalés, nascia uma pequenina planta, de folhas peculiares. Ninguém deu importância para seu nascimento, as dríades estavam muito ocupadas fugindo dos sátiros e os filhos de deuses não entravam tanto na mata para que a vissem.

Uma planta pequena e insignificante como aquela passava despercebida em meio a árvores tão grandes ao seu redor, carvalhos de vários tipos e até um pau-brasil que havia sido trazido alguns anos atrás. Mas a pequena muda de Hera Venenosa crescia à sombra das outras árvores, e crescia rapidamente.

A primeira vez que foi notada foi com 13 anos de vida, suas vinhas já tinham se espalhado por metade da clareira que havia nascido. Uma das ninfas da floresta, pela primeira vez, dava atenção para a planta que crescia naquele local, sua pele era morena avermelhada e seus cabelos negros como a noite, seu nariz era empinado e sua postura perfeita. Mas o olhar não era convidativo, ou afável, pelo contrário, era de repulsa, como se não se importasse que alguém queimasse aquela erva daninha até as cinzas.

E assim a erva cresceu, com a ajuda da terra, da água e do sol, depois de mais 3 anos. E agora já havia sido notada por todas as dríades em volta da tal clareira. Suas videiras estavam se espalhando pelo chão em muitos metros, se enroscava nas pedras e em outras plantas também, suas folhas transformavam o chão em um tapete verde, mas seus múltiplos caules estavam por baixo como veias em um corpo.

Foi então que quando o Arbusto de Hera Venenosa completou 18 anos de vida. Que uma mulher, de pele branco-esverdeada e cabelos vermelhos, nasceu no meio da clareira. Era uma noite de verão, e a lua brilhava num céu sem nuvens, iluminando a recém-nascida dríade.

Sua beleza era inigualável, os filhos de Afrodite falavam que ela foi naturalmente maquiada pela natureza, seus olhos eram verdes como as folhas que cobriam seus segredos. Sua “roupa”, se poderíamos chamar aquilo de roupa, afinal eram apenas folhas. Elas encobriam o seu tronco em forma de um maiô, dos mais sensuais.

Suas mãos e antebraços também eram preenchidas por folhas, dando a impressão que Poison havia vestido longas luvas verdes. Assim também como seus pés, que diferente das suas irmãs dava a entender que tenham saltos altos.

Pela manhã algumas ninfas foram ver o que havia acontecido, e descobriram a nova dríade que havia nascido da Hera Venenosa. Ficaram encantadas pela sua beleza, mas julgavam-na pela sua origem, afastaram-se assim que a mulher acordou. E fizeram questão de não perguntar nada mais que o seu nome, coisa que a jovem dríade respondeu como se já soubesse, como se aquela informação viesse diretamente da sua alma “Poison lily”.

E assim se seguiu pelos próximos 2 anos, sendo discriminada e admirada, Sepre dividia opiniões e não só entre as ninfas. Poison Lily sempre se misturava com os semideuses. Afinal suas iguais não a aceitavam, e os semideuses a adoravam, não importando sua origem.  Bonita, sexy e perigosa, uma combinação que atraia muitos dos filhotes de deuses para seu lado.

Os sátiros que ouviam as conversas das outras dríades raramente ousavam tentar se envolver com ela. Havia um boato que seu beijo era tóxico, por conta de sua planta-mãe, e que quem a beijasse morreria em instantes. Esses rumores se espalhavam e de tempos em tempos vários garotos e sátiros vinham ao seu encontro querendo saber sobre a veracidade dos boatos.

— É verdade que seu beijo é mortal? — Eles sempre perguntavam a dríade com dúvida e descrença.

— Eu não sei, mas podemos testar essa teoria se você quiser. — Ela respondia, sempre em tom provocativo e sexy. Na verdade, ela sempre achava muito engraçado quando alguém vinha perguntar sobre esse assunto.

Todos eles fugiam assim que seus lábios estavam pertos o suficiente um do outro, o medo da morte fazia com que eles fugissem, mas sempre voltavam, não conseguiam se manter longe de lily. Ela também não conseguia se manter longe deles, afinal eram seus companheiros, as únicas pessoas que ligavam para ela.

Dentro do acampamento Lily geralmente ajuda a servir o jantar para os semideuses, mas ao contrário das outras, ela permanece no local e participa do evento junto com os filhotes de deuses. Geralmente sentada no colo de um dos garotos e alimentando-o de forma provocativa.

Também é responsável por cuidar dos morangueiros, usando sua empatia com as plantas para ajudar no trabalho e identificar quais as necessidades de cada morangueiro e cuidar dos mesmos da melhor forma possível. É o único lugar que ela se sente bem e feliz e bem, a plantação tira o seu stress e a deixa muito calma, o que virou uma piada entre os semideuses que a ajudam “Se ela fica calma junto aos morangos, deve entrar em coma perto dos maracujás”.

 
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kwang Sun Hee Seg 29 Fev 2016, 22:10

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamada por Despina, pois acho-a muito fascinante, sem falar que combina perfeitamente com Sophie.

- Perfil do Personagem.

Características físicas: Dona de feições extremamente delicadas , quase como as de uma boneca, Corinne, ou Cori, como prefere ser chamada, nunca foi muito vaidosa. Possui curtos cabelos castanhos, que caem na altura dos ombros em cachos perfeitos, e tem a pele impecavelmente macia e extremamente branca. Seus modos graciosos chamam atenção, mas o que realmente prende a atenção das pessoas são seus olhos azuis gélidos.

Características emocionais: Posso dizer que Corinne é, sempre foi e sempre será uma boa garota. Seus pensamentos sempre foram mais maduros do que o de muitas garotas de sua idade, o que fez dela uma menina um pouco... isolada.

Porém, ela nunca se incomodava de ficar sozinha, estava acostumada... mas às vezes, ficava deprimida por não ter alguém pra conversar.

Desde sua infância era muito otimista, porém com o passar do tempo, ela deixou de criar expectativas ao perceber como as pessoas realmente são.

- História do Personagem.

Em um dia cinzento e frio na cidade do amor, um bebê nascia. Uma menina. Uma linda menininha de cabelos castanhos, olhos azuis como lagos congelados e branquinha como a neve.

Os anos se passaram e ela cresceu, se tornando uma criança encantadora, mesmo não tendo conhecido a própria mãe. Foi uma das primeiras crianças na classe a aprender a ler, aos quatro anos e meio, mas só começou a falar aos cinco, o que foi uma grande surpresa para seu pai e toda a família, já que achavam que a menininha era muda.

Até seus cinco anos de idade, morou em grande casarão em Paris, que era herança de Jean, seu pai, mas ele mudou-se pra Hempstead junto de sua filha, motivado por uma ótimo oferta de emprego, e é claro, havia mais um motivo: ficava há trinta minutos de Long Island.

Corinne não gostou muito da mudança, pois estava acostumada às manhãs mornas de Paris, o lindo pôr do sol, o cheiro de amor no ar... mas de uma coisa ela gostou bastante: desde pequena, era habituada a ler, então seu cômodo preferido era seu novo quarto: todo rosa e preenchido com muitas estantes, que continham centenas de livros. Se refugiava de tudo e todos em meio aos livros.

Ao longe, todos a admiravam, e ela se mantinha aparentemente sempre alegre, mas a verdade era diferente. Ela sentia falta da mãe. Da mãe que não conhecera. Da mãe que sonhava que um dia apareceria e a embalaria nos braços, pedindo desculpas por ter sumido. Basicamente, sentia vontade de TER uma mãe.

Não tinha lembranças da mulher que lhe deu a luz, só um relampejo de longos cabelo negros e um sorriso genti. Tudo o que sabia dela, que era muito pouco, soubera pelo pai.

- Ela era uma mulher incrível. Mas teve de nos deixar alguns dias depois de você nascer, mon ange - era o que Jean sempre dizia. Mas nunca dizia o motivo de ela tê-los abandonado - Sem mais perguntas, querida. Que tal um sorvete ?

Corinne tinha muitas perguntas em mente: qual o nome de sua mãe? Teria ela, morrido? Se não, onde ela estava? E se estava em algum lugar, por que não voltava pra casa? Eram perguntas que a jovem não tinha coragem de fazer.

E sabia que no momento não obteria respostas... mas um dia, iria saber.

Aos seis anos, coisas estranhas começaram a acontecer: pela primeira vez, ela foi expulsa da escola. Não sabia o porque, ou sabia?

Alguns meses antes do acontecido, ela começou a apresentar comportamentos estranhos e mudava de comportamento constantemente. Então, se irritou com uma coleguinha da escola que implicava com ela, e de algum modo a fez tropeçar em gelo e bater a cabeça com força. A colega foi internada, e Sophie expulsa, denunciada pela outra garota.

Seu pai se preocupava, pensando que a filha podia reprimir uma personalidade violenta. Perigosa. Mas só mantinha isso na mente, por não querer relembrar o que sua pequena filha realmente era: uma semideusa. E os sintomas da verdadeira Corinne estavam apenas começando a vir à tona.

Dos seis aos nove anos, foi expulsa de cada escola que se matriculou: em cada escola em que passava, coisas estranhas aconteciam, vezes que até a garota não tinha nada a ver, mas a culpa sempre se voltava pra ela.

Corinne simplesmente não conseguia ter paz, não conseguir ser normal. Se sentindo culpada, ela não falava mais com ninguém: se trancava no quarto e voltava ao mundo dos livros, a única coisa que a mantinha calma e sob controle, a única coisa que a distraía.

Jean se desesperava com o passar do tempo: sabia que não tinha mais muito tempo para passar com a filha. Sua ida ao Acampamento Meio Sangue? Totalmente inesperada. Deixe-me te contar... ou melhor, deixe Corinne lhe contar:

Tudo começou numa tarde ensolarada de março: o dia estava perfeito, o céu azul tão claro quanto os olhos de papai, livre de nuvens. Eu caminhava tranquilamente pelo quarteirão.

Papai sempre dizia para não me afastar muito de casa, e dizia com tanta preocupação que às vezes eu até achava que me escondia algo terrível. Nunca perguntei sobre isso, tinha medo da resposta.

Enfim... Eu estava acompanhada de meu único e melhor amigo, Woody. Ele tem a mesma idade que eu, não é muito alto, e tem a pele cor de chocolate, assim como olhos e seus cabelos cacheados, que pendem por sobre os ombros, e usava muletas, por causa de sua perna atrofiada, ou assim ele dizia.

Eu vestia um simples vestido florido e sapatilhas, e Woody vestia calça jeans e camiseta, como quase sempre.

A brisa balançava nossos cabelos e roupas, e conversávamos alegremente, como no resto dos outros dias. Não demos muitas voltas no quarteirão, até porque não tivemos tempo pra isso.

No meio da conversa, fitei o céu, a princípio distraidamente. Então avistei duas aves voando em círculos sobre mim e Woody, a uma boa altura. Não, definitivamente não eram aves. Eram... não, eu não sabia o que eram. Forcei meus olhos a enxergar o que não conseguia, e me aterrorizei, travando no mesmo lugar. Segurei forte o pulso de Woody, em um gesto avisando para que ele seguisse meu olhar.

As criaturas eram metade ave, metade mulher. O tronco e cabeça eram humanos, as feições feias, ainda mais na careta de raiva que faziam, e tinham pés com garras afiadas o bastante pra poderem machucar alguém, um longo rabo e asas enormes, e a plumagem era negra como carvão.

Engoli em seco, apertando ainda mais o pulso de Woody, pois elas olhavam em nossa direção, com o olhar maligno.

- CORRE! - gritou ele, largando as muletas e levantando a calça um pouco, facilitando a corrida, me puxando pelo pulso.

E eu não sabia com o que ficar mais assustada: com o fato de que existiam mulheres-ave ou com o de que Woody tinha cascos.

- Mas que diabos... - ia começar a perguntar, mas ele interrompeu, correndo loucamente em direção à avenida movimentada, me deixando em seu encalço.

- Woody... - choraminguei, mas ele balançou a cabeça, determinado a não dizer nada.

- Só fica quieta e me segue ! - disse ele, nos levando em direção ao ponto de táxi, justamente quando um ficava livre. O bode, ou seja lá o que Woody fosse, me jogou no banco de trás, sentando-se ao meu lado e dando informações ao motorista para onde nos levar.

Long Island ? O que iríamos fazer logo lá ? Era o eu que me perguntava.

Ele torcia a barra da camisa nervosamente, como se estivesse confuso, e eu continuava fitando-o com desespero, à espera de explicações. Outro fato curioso é que ninguém parecia ter percebido seus cascos de bode, exceto eu.

- Woody , o que está acontecendo? - perguntei, com meu coração parecendo um tambor, de tão alto que eram seus batimentos.

- Vou te explicar tudo. Não interrompa, não faça perguntas - disse ele, num tom de voz calmo, mas forçado.

Então, ele me explicou... tudo. Tudo que eu não queria saber. Me explicou sobre os deuses do Olimpo ainda estarem vivos, me contou sobre a névoa que impedia os mortais de verem o que não deviam, me contou sobre o Acampamento Meio-Sangue, para eu onde estava sendo levada, sobre ele ser um sátiro (meio-homem, meio-bode), e sobre eu ser uma semideusa.

Foi nessa parte que senti meu estômago se revirar. Então, eu era filha de uma deusa. Woody disse que não sabia de quem eu era filha, mas que descobriria quando chegasse ao acampamento, mas eu ainda estava assustada. Queria voltar para casa, para meu pai, para minha família. Ele continuou me contando coisas sobre tudo, durante os trinta minutos que demorou para chegar até Long Island, e eu ouvi com atenção. Não tivemos mais problemas com as harpias, de algum jeito, conseguimos despistá-las.

Então assim eu cheguei no acampamento. Completamente confusa e assustada, e com uma vontade imensa de voltar pra casa, embora ter sido relcamada e saber finalmnte um pouco mais sobre minha mãe sja algo estranhamente reconfortante.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Lavinia S. Larousse Ter 01 Mar 2016, 11:13



Avaliação

Victoria Hayes - Punida por Plágio

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Será enviado uma MP ao player com a comprovação do plágio e os procedimentos cabíveis serão tomados pela administração.


Qymnus - Aprovado como Sátiro


Amo avaliar fichas que não são para semideuses. Você desenvolveu muito, muito bem sua história! As características foram exploradas de forma mais do que correta e eu pude visualizar exatamente como seu personagem é. A personalidade do Qymnus fica exposta em grande parte da história e coerentemente, o que não é tão fácil de se fazer.

Sobre a parte de ortografia apenas pequenos erros de digitação e acentuação, como "líbido" no lugar de "libido", "deixava-no" no lugar de "deixava-o" e outras coisinhas não muito graves.

Não tenho mais nada para apontar além de congratulações. Espero que consiga desenvolver seu personagem no fórum e e tornar um grande sátiro, parabéns!


Fley D'lacqua - Aprovado como filho de Melinoe


Olá Fley! Olha, se não estou enganada você já postou um par de fichas por aqui. Vamos ver se esta é aprovada:

Primeiramente, eu sempre considero muito importante a motivação que você teve para ser filho de um deus. "Gosto dela", "gosto dos poderes", "é o que mais me identifico" e derivados realmente não cola pra mim. Poderia ter falado sobre a deusa, sobre a história dela, sobre coisas que ela fez, e aí sim justificar sua escolha com base nestes quesitos.

A segunda coisa também me chama muito a atenção e eu já falei neste tópico algumas vezes: O uso correto de travessões nas falas. Além deste erro, você usa o diálogo junto com o parágrafo todo, coisa que não fica tão legal para a estrutura. Um exemplo:

Um último fantasma veio de frente à sua face o fitando rapidamente e logo em seguida gritando – Tome o controle! – Essas foram as palavras finais antes do seu sonho se tornar realidade.

Poderia ser:

Um último fantasma veio de frente à sua face (vírgula) o fitando rapidamente e logo em seguida gritando:

— Tome o controle! — (minúscula) essas foram as palavras finais antes do seu sonho se tornar realidade.

Você nunca pode usar um simples hífen (-) para indicar fala, já que este não é a função dele. É como se colocasse uma vírgula no lugar de um ponto final. Use sempre o travessão (—) ou então aspas (") para indicar começo e final de diálogo. Entrando neste assunto, não entendi o motivo de ter mudado do hífen para aspas, já que você deve estabelecer um padrão por todo o seu texto — e, caso tenha sido pensamento, poderia ter especificado ao lado para evitar confusão.
“Preciso respirar um pouco de ar puro”(vírgula) pensa Fley, saindo do seu banho e caminhando até o quarto [...]

Sobre colorir falas: É um hábito antigo do PJBR e uma escolha de cada player, mas dispensável. Imagino o trabalho que todo mundo tem pra fazer isso. Enfim, não encontrei mais nada além do citado e espero que siga as dicas que tentei passar. A parte da reclamação foi descrita e, portanto, bem vindo ao chalé de Melinoe!


Ainda restam duas fichas para avaliação.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Annabelle J. Lynch Ter 01 Mar 2016, 15:22

Ficha de Reclamação
Filha de Despina



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Despina. A escolha se deu através de questões de pura afinidade com a deusa e toda a sua história. Creio que ser filha de uma progenitora como ela é uma grande chance de criar e jogar com um personagem bem pouco explorado. Ser prole de de um deus ou deusa menor é algo que poucos buscam, mas é uma escolha totalmente compensatória e que acarreta em grande fascínio por aqueles que a escolhem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Características Físicas: Loira com os cabelos lisos, a jovem Annabelle nunca foi exatamente 'alta' em comparação as pessoas a seu redor. Não que se considerasse muito baixa, mas os seus longos 1,60 pareciam não ser o suficiente para alcançar lugares muito elevados. Com olhos grandes e brilhantes e bochechas quase sempre rosadas a jovem menina mulher, apesar de apreciar as próprias curvas, nunca foi de se exibir com roupas extravagantes ou decotes exagerados... Mas isso não significa que não goste de se cuidar. Raras são as ocasiões em que os lábios carnudos não estejam avermelhados, mesmo que muito fracamente. Bom, para resumir, a filha do gelo não é exatamente vaidosa, mas também não deixa de se arrumar quando pede a ocasião.

Características Psicológicas: Estressada, carinhosa, chata, meiga, implicante, divertida, descuidada, animada, boba... Bem, em uma única palavra Annabelle é extremamente camaleônica. Seu temperamento muda drasticamente em questão de segundos e o que poderia ser um encontro fofo pode passar a ser uma discussão ampla sobre toda e qualquer coisa do universo. Mas a jovem não muda sem motivos. Ela mesmo se define como um diamante de várias faces que é visto de acordo com a posição do observador. Cada um pode ter um prêmio dependendo da 'chave' que usa.

- História do Personagem

- Hey... Você pode me ouvir? - No fundo eu tinha consciência de quão idiota eu deveria parecer... Mas acho que aqueles garotos e garotas já estavam acostumados - A senhora não sabe o quão estranho é jogar minha comida na fogueira enquanto meu estômago ronca e falar sozinha enquanto os outros me olham... Mas eu estou fazendo, não estou? Estou fazendo por... - Por ela? Não, eu não estava fazendo isso pela mãe que me abandonara quando eu era pequena e que nunca viera me visitar. Não estava fazendo isso pela mulher imortal que se sentara em seu trono e me vira rezar dia após dia para que ela estivesse bem quando ainda era muito pequena... Já fazia muito tempo que eu deixara de fazer tudo por ela. Eu fazia isso por mim. Estava fazendo isso para que quando eu me deitasse esta noite em algum lugar quente, onde outros jovens de minha idade também se deitavam sem remorso ou ódio, eu não tivesse que ouvir os lamentos pelo abandono ou os choros de saudades... Estava fazendo isso para que pelo menos uma vez em minha vida eu pudesse simplesmente dormir. Sem pesadelos, sem memórias, sem nada. Apenas dormir. - É, eu estou mesmo fazendo isso por mim. - Completei com os olhos baixos, suspirando com certo cansaço. Por que tinha que ser assim? Por que eu não podia ser normal? Por um momento uma pequena faísca de ódio brilhou em meu peito... Não ódio por minha mãe, mas ódio pelo que eu era, mas eu não seria assim se não fosse por ela. - Sabe, eu não me importo de ser egoísta dessa vez. Não me ocupo em negar e dizer que estou fazendo por ti e por todo o amor que tenho em meu peito... Até por que você sabe quando estou mentindo, mas não me preocupo com isso. Por que? Porque quando eu era muito pequena fui abandonada pela senhora na casa de meu pai. Por alguns anos funcionou bem e tudo mais... Acho que ele tinha remorso de me deixar.. Mas o álcool serve pra isso não é? A bebida curou o remorso e depois que ele se foi não sobrou nada. Meu pai, se é que posso chamá-lo assim, me largou na frente do orfanato. Eu cresci la, sabia? As crianças tinham medo de mim. As funcionárias tinham medo de mim.. E quando eu era adotada as famílias me devolviam! Sabe por que? POR TEREM MEDO DE MIM! - As palavras escaparam em um turbilhão e várias imagens tomaram minha mente. O homem barbudo de hálito quente e cabelos negros me olhando pela janela do carro antes de se afastar do orfanato, a mulher de roupa branca que me levara para uma sala pequena e me fizera perguntas sobre tudo em mim, as primeiras crianças que tocaram minha pele e perceberam que ela era fria, o primeiro quarto que dividi com alguém, meu primeiro aniversário naquele lugar, minha primeira adoção, minha primeira devolução... Fora tudo extremamente rápido.

Um pouco impaciente usei a mão direita para arrumar uma mecha atras da orelha antes de voltar a falar, tomando fôlego com certa decepção - Sabe mãe... Eu perdi coisas demais, tive que me despedir de pessoas demais. Você se lembra não é? Tive um ou outro amigo no orfanato, mas sempre que alguém me aceitava acabava sendo adotado e eu nunca mais o via. Quando era adotada me devolviam em menos de uma semana e depois de tudo ainda tinha você. Antes eu rezava todas as noites para que você viesse me buscar ou para que simplesmente estivesse bem.. Mas você nunca respondeu, não é? Nunca tive qualquer vislumbre de que você ainda era viva ou qualquer sinal de que me ouvia. Em troca eu recebi outra coisa não foi? É, você sabe que sim. Hoje é meu primeiro dia de acampamento e não sei bem o que eu devia fazer... Na maioria dos acampamentos você vem de ônibus ou coisa assim... Mas eu tive que vir carregada por um sátiro, não é? Tive que ver o orfanato sendo queimado por aquela mulher-cobra idiota e eu não pude fazer nada... O sátiro a chamou de dracaena, sabe.. Não sei se significa algo para você, mas para mim parece um nome idiota. - Um sorriso desanimado tocou meus lábios e meu olhar se voltou para as chamas. Até que não parecia tanta loucura assim. - A única casa que tive algum dia agora não passa de cinzas e as únicas pessoas que conhecia acreditam que eu sou uma criminosa revoltada. Não que eu me importe com o que as pessoas pensam, mas não sei se essa é uma boa fama para cultivar. - Murmurei dando de ombros para a ultima parte. - Bom... Parece que agora você teria que me 'reclamar' ou algo do tipo... Um sinal, sabe? Quer dizer, claro que sabe... Mas não faz mal avisar. Olha mãe, você não é exemplar. Você não é carinhosa, não é atenciosa, não é amorosa e não chega nem perto de ser responsável, mas eu não tenho ódio por ti. Acho que deveria saber disso enquanto decide se vai se revelar ou não... Bom... Tem mais alguns 'sem-teto' por aqui, então acho que eu vou me sentar. Hum... Amém? - A palavra soou quase como uma pergunta enquanto minhas sobrancelhas se arqueavam para o fogo. - Não sei se devo ou não falar amém, então eu vou falar ok? Bom... Não demore ok? Acho que talvez eu precise sim sentir o gostinho de como é ter mãe. Han... Amém. - O 'amém' ja não era uma pergunta. Mas também não parecia religioso... Era como uma espécie de despedida, sendo a ultima palavra pronunciada antes de eu me afastar, andando para a mesa de Hermes poucos segundos antes de ver a projeção de um floco de neve ampliado girando sobre minha cabeça. Sem reação apenas voltei a encarar o vermelho vivo das chamas, boquiaberta com a 'agilidade' de minha progenitora, e assentindo com um gesto de cabeça muito leve para todos aqueles que me davam tampinhas mas costas ou coisas do tipo. Vagamente pude ouvir o centauro que me se apresentara como o diretor de atividades do Acapamento falando sorridente - Despina! - Dissera ele. O resto do jantar passara como um borrão e a ultima coisa que pude ver foi o teto azul claro do chalé para o qual eu havia sido mandada, dormindo quase instantaneamente em meio aos outros filhos da deusa de gelo.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alaric L. Morningstar Ter 01 Mar 2016, 17:12


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Poison Lily

Antes de tudo, queria dizer que achei interessante o fato de querer ser um espírito da natureza, já que a maioria aqui quer ser semideus (sem falar que a Poison Ivy, cara... ♡). Você descreveu tudo direitinho, tanto nas características quanto na história, gostei disso. A própria trama em si já é algo bem legal. Mas, claro, não posso deixar de apontar os deslizes que infelizmente você acabou cometendo.

Seus olhos verdes combinando com sua pele dá uma aura mística a dríade
Okay, vamos lá. Esse primeiro trecho revela um erro em relação à crase. Você a utiliza geralmente quando se refere a um nome (substantivo, etc) feminino. Pra matar isso, só pensar que o gênero oposto (masculino) seria "ao". No caso, ali em cima, seria "à dríade" (assim como "ao sátiro", por exemplo).

Também encontrei erros de pontuação, principalmente em questão da vírgula. Um exemplo disso pode ser visto abaixo:
Seus cabelos são ondulados e volumosos, e sua coloração vermelha, faz com que chamem ainda mais atenção. Seus lábios são naturalmente vermelhos como o caule de sua planta, dando a impressão que a ninfa tenha nascido maquiada, por um profissional.
Acima há o excesso de vírgulas. Quanto a isso, sugiro que releia o trecho em voz alta. Cada vírgula é uma pausa. Abaixo você poderá ver como seria corrigido:
Seus cabelos são ondulados e volumosos; sua coloração vermelha faz com que chamem ainda mais atenção. Seus lábios são naturalmente vermelhos como o caule de sua planta, dando a impressão que a ninfa tenha nascido maquiada por um profissional.

Escolhe muito bem as palavras podendo aplacar ou causar dor com elas. Sabe o poder das palavras e como utilizá-las perfeitamente.
Aqui, além da ausência da vírgula, há a repetição de "palavras". Você poderia substituir tal parte por o que segue abaixo:
Escolhe muito bem as palavras, podendo aplacar ou causar dor com isso. Sabe o poder delas e como utilizá-las perfeitamente.
Mais uma vez, sugiro que revise o texto antes de postar.
Sugiro também que leia outras fichas para ter uma base (e não copiar). Qualquer coisa, só me mandar uma MP que poderei ajudar.

Por último, quero chamar sua atenção para uma outra coisa. Não se deve mudar o tempo verbal na narração, como aconteceu no final da história, onde do passado os verbos foram pro presente.

Apesar disso tudo, repito o que disse no início. Mesmo com os deslizes apontados ali em cima, a ficha foi boa.

Aprovada



Corinne Villeneuve

Então, moça, vamos lá. Vou ser sincero: sua ficha foi boa, sério. Não encontrei erros de ortografia, objetividade ou coesão, nem pontuação. Apenas um erro de digitação no final do post (o que poderia ser corrigido com uma revisão), mas nada demais.

Só queria chamar a sua atenção pra duas coisas. Em primeiro lugar, aconselho você a não mudar a forma da narração durante um texto (como houve quando você mudou da terceira pra primeira pessoa. Narre apenas em uma das duas). Outra coisa, que foi o que pesou pra tua reprovação: você não colocou o momento em que era reclamada. O tópico se chama "ficha de reclamação", e uma das regras é essa. Consiste em mostrar, através da tua história, o porquê, como e quando foi reclamada. Sério, se não fosse por isso, eu te reclamaria. Mas infelizmente... é isso. Não desanime e nem desista. Corrija isso que falei e tente de novo. Qualquer coisa, só me mandar MP. Não vai incomodar, tiro dúvidas, ajudo no que puder, okay?

Reprovada


Como já cumpri minha cota mensal de duas fichas, a última (Annabelle) está disponível para outro monitor.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 139-ExStaff Ter 01 Mar 2016, 18:08

Atualizados. O monitor Alaric L. Carter receberá a recompensa ao postar no painel.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Charles de Rye Qui 03 Mar 2016, 01:37

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Desde os 14 estudo quiromancia, tarô e ocultismo. Melinoe tem uma personalidade muito parecida comigo e do personagem quem quero interpretar no fórum. Me faz sentir que as coisas das quais acredito não são coisas da minha cabeça.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Cabelo preto, pálido, olhos fundos e magro. Gosta de coisas sombrias e estranhas e apesar de ser filho de Melione, não simpatiza muito com os espíritos, o que cria um conflito emocional. Tende a ter vícios para aplacar a ansiedade.

- História do Personagem

O bar cheira a fumaça e bebida derramada, um leve toque de vômito. Atravesso o hall em direção às banquetas do fundo, a penúltima é minha favorita. O barman acena com a cabeça enquanto pendura o pano de pratos no ombro. Sento-me e acendo um cigarro. As luzes piscam. Típico.
- Não costumam aparecer por aqui – murmuro para a figura que sinto atrás de mim. Não posso vê-la, mas, minha intuição diz que é uma mulher.
- É impor... importante. – sussurra ela. A voz é fantasmagórica e fria.
- Tenho certeza que pode esperar. – rebato pouco humorado quando vejo Austin passar pela porta de entrada. – Não estraguem nada dessa vez, ele é importante.
A sensação da criatura atrás de mim não some e tento parecer sorridente enquanto o garoto se aproxima. Austin tem seus vinte e poucos anos e apesar de nos conhecermos pouco, tem me ajudado ao máximo com os detalhes da exposição de arte que farei no próximo mês. Está com um casaco longo descomunal e muito bem engomado e traja luvas grossas. Sinto-me um lixo perto dele. Sempre usando meu velho casaco de couro, coturno e jeans rasgado. O orfanato não me ofereceu muitas coisas quando tive que me mudar e o emprego de vendedor não ajuda meu poder aquisitivo. Mas a exposição de arte pode mudar meu futuro e as telas podem render um bom lucro.
- Falando sozinho, Charles? – o rapaz se senta à minha frente e gesticula para o garçom. Parece animado.
- Costumo conversar comigo mesmo de vez em quando, colocar as ideias em dia. Faz bem para alma – sorrio sinicamente sabendo que a aparição continua atrás de mim. O garçom se aproxima e Austin pede uma água tônica. Recuso qualquer coisa sabendo que não há um tostão furado em meu bolso.
- Não bebo nada alcoólico – me informa Austin – Não durante a semana. Você não parece confortável aqui. Algum problema?
- Costumo me sentar só – digo querendo direcionar minha insatisfação à mulher, mas, creio que Austin entendeu mal. Tento relaxar – Costume artístico – minto.
- Você nunca me contou muito sobre sua vida, Charles. Por que?
- Não tenho nada feliz a contar – sinto-me irritado por um momento. Não gosto que se intrometam  – Longa história, alias.
O garçom se aproxima e entrega o pedido. Austin parece amigável a luz fraca do ambiente e me sinto cansado. A figura atrás de mim geme. Eu queria contar, mas, se o fizer, perderei a exposição. Austin sorri entre dentes – perfeitos, para variar.
- Tenho tempo – Ele encosta confortável no banco e semicerra os olhos. Suspiro e relaxo enquanto junto minhas memórias. Não quero esconder nada dele.
- Meu sobrenome, de fato, não é Rye. Eu não tenho sobrenome algum. Rye é uma cidadezinha ao norte do estado, lugar onde morei até alguns meses atrás em um orfanato: o Dicksons and Dicksons – Orphan House. Então, para efeito, sou como Tales de Mileto, somos de algum lugar e não de alguém.  Fui abandonado quando tinha por volta de três meses e cresci com ensino católico, mas, sempre acreditei em algo mais. O horror que você em minhas telas vem dessa crença. Aos cinco tive aulas de jardinagem, mas veja só, nada que toco floresce. Aos sete tentei desenho artístico, mas, apesar do talento, pintar coisas belas nunca foi meu forte. Aos oito, entretanto, uma cigana, uma mulher muito pálida e de roupas estranhas veio passar um dia no orfanato. Nenhuma criança pareceu gostar dela, exceto eu. Ela pareceu gostar de mim também, inclusive, me deu um presente. Era uma tábua ouija. Os reitores a expulsaram no mesmo momento e destruíram meu presente. Os mortos sempre me fascinaram, a pós-vida sempre chamou minha atenção. Sempre amei as artes escuras. Então me isolei do mundo. Sem família, sem amigos, sem uma alma viva. E cá estou eu.
- E desde quando fala com eles? – Austin indaga e engulo em seco. Ele sabe. Como ele sabe?
- Conte – murmura a mulher atrás de mim – Conte.
- Desculpe. O que disse? – tento disfarçar. Minhas mãos tremem e minha boca está seca. Creio, estou mais pálido que o habitual.
- Um mundo invisível, só você vê. As luzes piscam, a temperatura diminui e tudo o que é belo se desfaz a sua volta. Eu sei o que você é, Charles. E eu posso te contar sobre sua mãe – meus olhos lampejam excitação. – Muito simpática ela, alias. Tem um pequeno problema com cães – Austin ri.
- Eu não estou entendendo, me desculpe.
A mulher atrás de mim se levanta em caminha lentamente para se posicionar atrás de Austin. Tem cabelos longos, rosto pálido e roupas brancas e grandes. Parece ter sido morena em vida. Ela sorri.
- Você gosta de mitologia, Charles? Vou te contar uma historia. Há muito tempo uma deusa chamada Perséfone deu a luz a uma filha, Melinoe. A questão nunca ficou clara quem era o pai, alguns dizem que Zeus – aquele danado – se transfigurou no irmão, Hades, e se deitou com Perséfone. Outros dizem que o próprio Hades é o pai. Não vem ao caso agora. Acontece que Melinoe nunca foi muito... viva? – ele pareceu procurar as palavras certas – Enfim, assim como vários outros deuses, Melinoe tem alguns filhos espalhados por aí. Você é um deles. Por isso vê coisas, sente coisas e faz coisas estranhas. Você é diferente. Um semideus.
As luzes do bar piscaram. Instintivamente olhei para o fantasma da mulher. Ela balançou a cabeça.
- Tentei te avisar, não é seguro aqui – ela começou a desaparecer – Fuja! Sua mãe pediu para... – disse de ultimo instante.
- Precisamos sair – levantei mais rápido que de costume e me sento zonzo, mas, foco na porta. Apesar dos pesares, os fantasmas sempre me protegeram. Austin já estava de pé, bem ao meu lado tirando o que parecia uma adaga do bolso falso de dentro do casaco. Não questiono de onde aquilo vinha, minha intuição grita para me segurar a ele. Passamos as portas do bar e entramos depressa no carro de Austin estacionado na entrada.
- Precisamos sair daqui, o mais rápido possível – seu tom é alarmante.
- O que está havendo? – pareço mais desesperado do que quero soar. As luzes da rua apagam, mas, Austin esta veloz o bastante para virar o carro, sentido à rodovia.
- Você é um semideus, Charles. Existem criaturas que sentirão o enorme prazer em te matar. Só existe um lugar seguro. Vou te levar até lá.
- Quem é você, afinal? – Indago, mas por um momento me senti estranho. Há uma luz em mim, uma marca.
- Eu sabia! Meu nome é Itanos, sou um semideus assim como você. Filho de Perséfone, mais ou menos meio-tio seu. Bem vindo à família.
Itanos acelera o carro e passa por um radar que mostra a velocidade: 122 km/h. Em outras circunstancia teria mandado parar, mas, alguma coisa em mim diz que ele estava certo. Alguma coisa me diz que Melione é mais que uma personagem da mitologia. É minha mãe.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Qui 03 Mar 2016, 13:00


Avaliação




Annabelle J. Lynch — Aprovada como filha de Despina

Bom dia Annabelle, tudo bem? 
Bom, vamos à sua avaliação: seu texto foi deveras interessante, diferente (o um anel, o que traria o equilíbrio para a força, a bala que matou Lennon, a maçã que envenenou Branca de Neve  q) e bem escrito. Apenas algumas coisas: tente separar melhor os parágrafos do seu texto; deixá-los muito grandes pode tornar-se cansativo a quem lê, ok? E a cor da fonte de suas falas estão muito claras. Tente deixá-las mais escuras — pessoas como eu, que tem problemas de vista (mais de cinco graus de miopia q) acabam tendo dificuldades para ler. 

Sua fluência é boa, e não tem aquela quebrada no ritmo do texto. Erros ortográficos são praticamente nulos. 

No demais, bem vinda ao Acampamento!



Charles de Rye — Reprovado

Moço, moço... Primeiramente bom dia! Tudo bem com você?
Enfim, vamos lá: pelo que consegui captar de seu personagem, sua história me parece interessante. Mas como para Melinoe a ficha é rígida, tenho pontos a acrescentar e explicar os motivos de sua reprovação. 

Antes de tudo, o ponto das "Características Físicas e Psicológicas": você deveria ter descrito cada uma separadamente, com um embasamento melhor, explicando como é seu personagem, tanto na aparência quanto mentalmente. 

Beleza. Vamos ao seu texto: primeiro de tudo: templates não são de uso obrigatório, mas quando for postar um texto sem template, peço que justifique e separe os parágrafos uns dos outros, ok? Visualmente ele fica mais bonito e melhor de ler. Confesso que eu não encontrei erros em sua coerência, mas você pecou em alguns pontos do texto, como colocar pontos finais em lugares que podia ter colocado uma vírgula, quebrando a fluidez, como no parágrafo citado abaixo.

"O orfanato não me ofereceu muitas coisas quando tive que me mudar e o emprego de vendedor não ajuda meu poder aquisitivo. Mas a exposição de arte pode mudar meu futuro e as telas podem render um bom lucro."

Ou colocando vírgulas onde poderia não ter colocado:
"- Precisamos sair daqui, o mais rápido possível – seu tom é alarmante."

Outro ponto importante: você diz que há uma luz em você, uma marca, sem dizer especificamente qual. Deveria ter especificado melhor sobre a marca, o símbolo de reclamação de Melinoe.

Não desanime por ter sido reprovado! Tente novamente, ok?
Precisando de ajuda, estamos aqui :)



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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Robert Lefebvre Qui 03 Mar 2016, 13:12

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar esta imagem]

O começo de tudo


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamado por Hermes. Acho ele o deus mais legal de toda mitologia grega e da série de PJ. Hermes, o mensageiro dos deuses, tem uma história muito legal; no primeiro dia de vida fora capaz de criar um instrumento musical do casco de uma tartaruga e das tripas de ovelhas, roubou o gado de seu meio-irmão Apolo com magnífica inteligência e conseguiu criar o fogo. E, além disso, gosto muitíssimo dele ter ajudado vários mortais em suas histórias. Príamo, rei de Troia, foi um destes. Hermes fez com que ele passasse invisível por entre o acampamento dos gregos até Aquiles, onde o rei recuperou o corpo de seu filho.

O deus também ajudou seu pai, Zeus, quando este último pediu que livrasse uma de suas amantes da mão de sua esposa Hera.

- Perfil do Personagem

Características físicas: Julian é marcado por sua bela face, de ternas feições. Seus olhos, grandes e brilhosos, são de um tom claro de verde que iluminam a pele branca, sedosa e cheia de pintinhas que possui. Uma barba rala e clara se vê presente em seu rosto e pescoço.

Duas sobrancelhas grosas e cheias acentuam sua testa, ainda que bem aparadas entre uma e outra. O cabelo longo e castanho chega ao fim de seu pescoço, lhe proporcionando uma harmonia sobre todo o conjunto.

Embora Julian não tenha um corpo perfeito, típico dos deuses gregos, possui uma estatura esguia com músculos espalhados proporcionalmente aqui e ali.

Características Psicológicas: O menino não importa-se muito com seus sentimentos, nem tanto com os de outras pessoas. Se o mundo fosse ser destruído amanhã, nada mudaria para ele. Não existe alguém que ame ou que o ame. Nunca importou-se com o amor, embora saiba o usar ao seu favor. Tudo não passa de uma trivialidade para ele, refugo.

O que realmente importa são os seus objetivos, nada mais que puro egoísmo. Fará o que for preciso para completa-los e usará o que puder para isso. Se ele precisar ser gentil, doce e até mesmo amoroso para atingir sua meta, bem, podemos ter certeza de que alguns corações irão ficar em pedaços.

Mesmo que ele não seja um "anjo" ou um "príncipe encantado", Julian não passa de um garoto sonhador, que busca mais que tudo um meio de se proteger deste mundo cruel.

- História do Personagem

O lugar estava caindo sobre minha cabeça, as paredes tremiam e o teto rangia, meu estômago se revirava toda vez que o prédio balançava, era agora que iria partir dessa para uma melhor.

Bem, você deve estar se perguntado o que está acontecendo e porque alguém como eu, inteligente e bonito, muito bonito, estaria numa situação dessas. Irei te explicar o que aconteceu comigo ao decorrer deste post, mas antes de começarmos tenho algo para dizer a vocês. Nunca, nunca ande sozinho em Los Angeles depois das duas da manhã.

Na noite antes do ocorrido. 28|02|2016

Passei pelos seguranças que vasculhavam a parte de trás do local, a maioria homens grandes e fortes, escondido atrás de uma senhora corpulenta.

Eles prestavam bastante atenção no lugar a sua volta, não deixavam nada passar em branco. Contudo, quando uma mulher gordinha voltou-se para lá para fazer uma ligação, todos que estavam ali se viraram para o outro lado, pois não queriam incomodar a senhora Adele.

Nesse momento, passei por de trás da cantora sem ela me ver e adentrei o recinto. Dei-me de cara com um pequeno corredor que fazia uma curva no final, passei por ele e um pouco a frente da curva havia uma porta entreaberta, luz irradiava de lá. Espiei pela brecha e vi o quão maravilhoso estava à festa. Realmente tinham caprichado o teatro com enfeites e tudo mais para a distribuição dos Oscars este ano.

Pessoas entravam e se alojavam em suas cadeiras, sorrisos e abraços podiam ser vistos em todos os lados para qual olhasse. Sylvester Stallone, Ryan Reynolds e Leonardo Dicaprio conversavam próximos da entrada principal do teatro, algumas vezes paravam para darem risadas e cumprimentarem os outros atores que chegavam.

Rapidamente me escondi nas sombras do Teatro Dolby, ficando atrás das últimas colunas que projetavam-se do chão até o teto. Se fosse pego ali, bem, os policias iriam me ver novamente nessa semana. Será que Gordon tinha parado de comer tantas rosquinhas ? Já não conseguia me acompanhar nas perseguições, logo não conseguiria nem sair do lugar.

Pelo menos vestia um terno para a ocasião. Quando minha mãe foi a óbito, e como meu pai também já havia adormecido na morte, as únicas coisas que ela tinha me deixado era um bom terno e incontáveis dívidas.

Não odiava minha mãe, também não a amava, mas ela pelo menos podia ter deixado um pouco de dinheiro para mim, ao invés disso ela preferiu gastar toda a grana em drogas e bebidas. Contudo, o terno que vestia era muito bonito. Ele era de cor preta e riscado por linhas pontilhadas em branco, seu corte era italiano e cabia perfeitamente em mim. Se ninguém reparasse muito na minha pessoa provavelmente não perceberiam que era um penetra.

Depois que todos já estavam acomodados em suas cadeiras e tinham parado de conversarem, o que demorou muito por sinal, finalmente o evento começou. Chris Rock, o homem que inspirou o seriado Todo mundo odeia o Chris, foi o presidente do espetáculo e deu um enorme show.

Muitos filmes que gostava não haviam ganhado se quer um Oscar, Star Wars: O despertar da Força era um destes, no entanto, Leonardo Dicaprio enfim ganhou a sua primeira estatueta. Pensava que iria ter filhos antes disso acontecer e sentia até mesmo pena dele. Claro, ainda que ele fosse mais rico e bonito do que eu.

Bem, deixe-me dizer que não estava lá simplesmente pela grande exibição, mas porque precisava ganhar uma certa aposta. Com um celular, que não era meu, tirei algumas fotos dos artistas sem eles perceberem, junto de umas selfies minhas lá dentro. Hoje, ganharia uma grana preta.

Depois que minha mãe partiu, minha casa foi tomada pelo banco e eu fui deixado para morar na rua. Em três dias, consegui encontrar uma casa abandonada para ficar. Felizmente não havia nenhum mendigo ou morador de rua instalado ali. Então comecei a ganhar meu dinheiro em um negócio ilegal; muita gente rica gostava de apostar em cavalos, números da sorte e algumas vezes em mim. O sistema era o seguinte, se eu conseguisse entrar no lugar que mandavam, na maioria das vezes era quase impossível, as pessoas que tinham apostado que eu conseguiria ganhavam, se não conseguisse entrar em tal lugar, bem, os outros que apostaram contra mim eram os vencedores. De todo modo, eu lucrava um pouco de dinheiro, embora ganhasse muito mais se conseguisse entrar em tais lugares. Para isso servia as fotos, provando que tinha conseguido vencer o desafio.

Antes do término do evento, saí pelo mesmo lugar em que havia entrado e novamente me deparei com os seguranças. Contudo, dessa vez eles pensaram que eu era provavelmente um ator convidado para à festa e não fizeram nada contra mim, isto é, estavam de costas para mim como fizeram com a última convidada que havia decidido usar o local para dar um telefonema. E, desse modo minha fuga foi deveras fácil demais. Quando voltaram a olhar para onde estava anteriormente, só encontraram o vazio e silêncio de antes.

Um sorriso estava escancarado em meu rosto, mas não era de felicidade por ter estado tão perto de tantas celebridades, ou por ter visto um evento importante sem ser convidado. O sorriso nada mais era do que uma farsa, pois não tinha sentimentos de verdade. Só sorria para que outras pessoas não me incomodassem ou visse que era um ser humano desprovido de tais emoções. Somente importava o dinheiro naquele momento, nada a mais ou menos que isso.

Na madrugada do ocorrido. 29|02|2016

Já estava chegando no ponto de encontro, Jefrey, o homem por trás do sistema de apostas, me esperava num café no bairro South de Los Angeles. Não demorou muito para que eu conseguisse avistar o Coffee Dimy's, afinal o lugar era irreconhecível. Pichado numa parede verde ao lado de fora do café estava a palavra "vadia" em vermelho, junto de uma dançarina mostrando a calcinha. Dentro havia algumas cadeiras e mesas, todas velhas e rabiscadas, e uma bancada de ferro com alguns petiscos em cima. As paredes por dentro estavam pintadas de branco, embora todas estivessem aos pedaços. Ao menos as garçonetes eram umas gracinhas, acho que por isso o lugar fazia tanto sucesso por lá, além de ficar vinte e quatro horas aberto.

Jefrey estava sentado na última mesa ao lado da janela, passei por dois caras conversando e fui me sentar com ele. Quando viu uma pessoa se aproximando dele, largou o jornal e pousou os olhos em mim.

— Julian, meu querido. Como você está? — perguntou, embora não passasse de mera formalidade.

— Estou ótimo — disse, já sentando em sua frente. — Hoje, consegui vencer o desafio. Espero que bastante pessoas tenham escolhido que eu não fosse conseguir, pois assim ganho mais dinheiro.

Jefrey soltou uma risada, pegou sua xícara de café e deu um longo gole. O homem devia estar na meia idade, provavelmente tinha uns trinta ou quarenta anos. Seus cabelos curtos eram uma mistura de preto com alguns fios brancos, mas sua barba grossa e cheia mostrava jovialidade com seu intenso preto. Era uma pessoa forte com ombros largos e braços musculosos. Não gostaria nem um pouco de brigar com ele.

Ele desabotoou o paletó de seu terno e tirou um envelope do bolso interior, depois entregou-me. Um novo sorriso se estabeleceu em seu rosto.

— Sim, muitos apostaram que você não conseguiria. Que pena deles, afinal perderam uma boa grana. Esse pacote que te dei tem uma boa quantia, penso que isso seja o suficiente por seus serviços. Certo? — indagou, seu braço estava estendido em minha frente, e com uma aperto de mãos fechei os nossos negócios.

— Claro, isso é o suficiente. Foi um prazer negociar com você Jefrey. — Larguei sua mão, levantei da onde estava e parti daquele lugar.

Eram quase duas horas da manhã, as ruas estavam escuras e tenebrosas. Quase todos estavam em suas casas dormindo a esta hora, mas alguns seres irresponsáveis ainda andavam pela cidade naquele momento, eu era um destes. E, foi então que aconteceu.

O ocorrido. 29|02|2016

Estava voltando para minha casa, bem, para o lugar onde estava ficando, quando dois seres se esgueiraram pelas minhas sombras e subitamente apareceram perto de mim, um na minha frente e outro nas minhas costas. Ambos apontaram uma arma para mim e fizeram com que eu os seguissem.

— Pessoal, o que fiz de tão ruim para vocês? Sei que não foi certo o que acabei de fazer, mas precisa de tudo isso? — perguntei, suor frio escorria por meu pescoço. Os dois homens pareciam montanhas, eram fortes e estavam cobertos por um sobretudo branco, seus rostos estavam escondidos com óculos escuros e cachecóis. Fazia muito frio nessa época do ano.

— Calado — respondeu o da frente, sem olhar para onde eu estava. — Você vai pagar pelo que fez ao nosso senhor.

Fiquei definitivamente perdido com aquela resposta. Montanha um me guiou para dentro de um prédio abandonado, enquanto montanha dois me empurrava para não tentar escapar. Claro que tentaria escapar, pois ninguém levaria uma pessoa para um lugar como aquele se não tivesse más intenções. Contudo, com duas armas apontadas para mim era quase impossível fugir sem tomar um tiro.

O prédio que estávamos parecia querer desabar, as paredes estavam todas trincadas com rachaduras que subiam até o teto e o piso rangia com cada passo dado nele. O teto estava inteiramente esburacado, neve começava a cair por ele. Perfeito, agora iriam descobrir meu corpo somente depois do inverno passar.

— Você fez nosso chefe perder uma boa grana. Ele quer vingança por isso. — disse montanha dois, enquanto fazia-me ajoelhar no chão. — Bem, espero que possa encontrar alguém do outro lado. — Encostou sua arma em minha cabeça e estava pronto para atirar.

Por incrível que pareça, não estava com medo. Não queria morrer, isso é lógico, mas também não me importava de continuar vivendo. Contudo, por mais que dissesse isso para mim mesmo, meu coração não conseguia entender e estava ao ponto de pular fora de meu peito. Fechei devagar meus olhos e esperei obedientemente minha morte.

Só que nada aconteceu, não senti dor, nem se quer ouvi o barulho do disparo. Será que já tinha morrido e não havia percebido isso? Abri um dos meus olhos lentamente, primeiro espiei com ele para ver se via algo, mas não havia nada em minha frente, montanha dois tinha desaparecido.  Bem, ele não tinha realmente sumido como se fosse mágica. Contudo, estava quase do outro lado do prédio e parecia estar desmaiado no chão. O que tinha acontecido?

Olhei para atrás para ver se achava montanha um, mas ao invés disso encontrei um menino, grande pra caramba, socando ele com tanta força que o fez deslizar até se chocar numa parede. Ele não se levantou, pois devia ter desmaiado assim como o outro. Beleza, agora tinham mandado um mutante para me matar.

O menino, mesmo que fosse grande tinha uma cara de adolescente, voltou-se para mim e veio em minha direção. Coloquei os braços sobre meu rosto defendendo-o, pois esperava que ele fizesse comigo o mesmo que fez com os outros dois, no entanto, ele apenas deu uma enorme risada e cruzou os braços sobre o peito.

— Não se preocupe, não irei bater em você — disse ele, mas ainda assim não consegui acreditar e continuei com meus braços onde estavam. — Sério, prometo que não irei lhe fazer mal algum. Estou aqui por outro motivo e venho com uma causa nobre. Meu nome é Péricles. — Dessa vez abaixei minha guarda, ele parecia estar dizendo a verdade, quem mentiria sobre ter um nome daqueles? Eu não. Mas ainda continuei cauteloso.

— Então, o que te traz aqui? — perguntei, estava muito curioso com isso.

— Você, o que mais poderia estar fazendo nesse muquifo? — respondeu ele, ao que me fez ficar ainda mais pensativo. Ele voltou a falar, percebendo que eu ainda tinha dúvidas.

— Bem, isso vai ser pouco difícil de explicar, mas vamos lá. Você já ouviu falar dos deuses gregos ? Como Zeus, Poseidon e Hades ? — perguntou, ao que respondi fazendo sim com minha cabeça. — Então, eles realmente existem e você é filho de algum deus. — terminou.

Minha expressão foi de espanto, tudo aquilo parecia maluquice para mim. Não acreditava nele, mas porque então ele teria o trabalho de me salvar e vir até aqui para contar uma mentira? Estava estranho demais.

— Não pode ser verdade, meu pai está morto desde que eu nasc...  — dizia, ao mesmo tempo que começava a perceber que aquilo explicava muita coisa. Como o fato de meu pai ter morrido quando ainda nem tinha nascido, ou de minha mãe nunca contar nada sobre ele. No começo, queria saber como ele era, se parecia comigo, com o que trabalhava e muitas outras coisas, mas conforme o tempo foi passando e minha mãe não respondia nada, bem, acabei desistindo daquilo e perdi o interesse. Será então que aquilo era verdade ?

— Espera, como você sabe disso? — perguntei, afinal ele não tinha me explicado como sabia daquilo.

— Porque eu também sou um Semideus. Isso é como nós chamamos os filhos dos deuses. — respondeu ele, pelo jeito que falava não eramos os únicos com pais celestiais. — Sou filho de Héracles, embora ele prefira ser chamado de Hércules. — Foi nesse ponto que meu queixo caiu. Isso explicava o fato dele ter jogado os irmãos montanha com apenas um soco em cada para o outro lado do prédio. Então me ocorreu que eu ainda não havia perguntando quem era meu pai, afinal ele era um deus.

— Certo, se o que você diz é verdade, quem é meu pai ? — Ele não respondeu, apenas ficou esperando alguma coisa e do nada apontou para minha cabeça, na verdade um pouco mais para cima.

— Aí está, olhe para o alto de sua cabeça. — falou, ao que fiz o que me foi mandado. E, sim, havia alguma coisa sobrevoando ali, não sabia o que era e nem como tinha aparecido lá, mas aquilo deveria fazer sentido para Péricles, já que ele voltou a falar.

— Seu pai te reconhece, filho de Hermes. —  Brincou ao fazer uma reverência para mim. Percebi que aquilo não era mentira, eu realmente era filho do mensageiro dos deuses, Hermes. Talvez isso explicasse minha vontade louca de querer conhecer o mundo, meu verdadeiro sonho.

— Legal, mas o que acontece agora ? — perguntei.

— Não vim aqui apenas para lhe dizer quem é seu pai — tamborilou o grandão — Vim também para te levar ao acampamento. O lugar onde vários semideuses ficam para morar, treinar e conhecer novos amigos.

Assenti como se dissesse " Okay, vamos lá ", ao passo que o segui para fora do prédio. Não gostaria de estar ali quando aqueles dois acordassem. O menino me levou para atrás do prédio, onde havia dito ter deixado seu transporte. O que ele não disse para mim, era que seu transporte na verdade era um pégaso. Subi no animal com alguma dificuldade, então partimos céu adentro.

O voou foi legal, mas não demorou tanto para que chegássemos no acampamento, apenas algumas horas se passaram. Contudo, o dia raiava e o lugar ficava ainda mais bonito com o clarear do sol. Uma nova vida estava diante de mim.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Chad J. Walker Qui 03 Mar 2016, 19:27

I'm Crazy, Yeah.
Se eu já era louco antes de saber que era um semideus, imagina agora?
Ficha de reclamação.



Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Quero que Chad seja filho de Melinoe. Chad é um personagem louco – literalmente – com problemas de ver pessoas que não existem. Eu diria que seriam espíritos, mas fantasmas e coisas assim também aparecem frequentemente pra ele. Como ele é louco, adicionei um toque de possíveis surtos, dando ele o lado insano de Melinoe. Ela é uma deus que me agrada bastante pois é pouco conhecida mas definitivamente maravilhosa. Viva Melinoe. <3

Perfil do Personagem.

Aparentemente Chad é alguém bonito. Ele possui altura mediana, sem músculos bem definidos. Seus cabelos são curtos e castanhos, sendo penteados de maneira aleatória. Algumas vezes, para fugir das pessoas que lhe perseguem, Chad pinta seus cabelos e muda o seu penteado para disfarçar sua aparência.  Veste-se de maneira com que se sinta bonito e confortável.

Psicologicamente Chad é alguém instável. Seu pai não sabia do fato de sua mãe ser alguém mitológico. Ele sempre acreditou que era só mais uma gótica qualquer. Sendo um semideus e vendo tudo o que se há pra ver, a loucura é certa. Crescera achando ser um louco e adaptando essa sua característica ao dia-a-dia. Possui surtos algumas vezes, na maioria quando está muito irritado. Aparentemente está sempre de bom humor, apesar de ser bastante reclamão.


História do Personagem

Cara, minha história é algo bem louco, exatamente como a minha vida. Eu nasci no leste dos Estados Unidos numa casa bem simples e pobre. Meu pai era professor de filosofia numa universidade da minha cidade. Minha mãe, segundo meu pai, havia falecido no meu parto. Por conta disso ele sempre bebia muito, muito mesmo e isso, de um jeito ou de outro, levou ele a esquecer coisas facilmente, então sempre que eu perguntava sobre minha mãe ele só sabia falar sobre um vazio, sobre desaparecimento, sumiço, morte. Sei lá, ele nunca me disse nada muito racional. Ele sempre foi gente fina, mas ficava instável quando bebia, então né, eu cresci me adaptando ao humor dele.

Quando fiz treze anos comecei a ver coisas estranhas. Monstros, criaturas, fantasmas, espíritos. No início foi bem divertido, devo dizer, mas depois começou a ser algo que o pessoal não entendia. Eu falava sozinho, brincava com figuras imaginárias, lutava contra bichos bonitinhos e quando eu chegava em casa e contava tudo para meu pai era chamado de louco. Eu não ligava, cara! Eu sabia que não era.

Mas poxa, eu cresci pensando ser, então eu meio que me conformei que sou. Com catorze anos, após a loucura desestabilizar, meu pai me mandara para uma clínica psicológica, hospício, sanatório, chame como quiser. Eu curtia pra caramba a comida de lá, mas os caras faziam coisas horríveis com os paciente. Bem... Eu podia muito bem contar como aconteceu todo aquele episódio que eu gosto de chamar de “A Grande Fuga”, mas eu gastaria muito tempo contando sobre as seis semanas em que eu e mais sete pessoas praticamente destruímos o hospício. Foram muitos dias e longos dias, então eu vou contar apenas sobre o dia principal: O DIA G.

O DIA G é como eu chamo o dia em que eu fugi. Eu, por algum motivo, consegui fazer aqueles meus amigos imaginários – que as pessoas chamavam de fantasmas – aparecer para os outros, e com aquilo eu descobri que eu podia liberar espaço. Os fantasmas faziam o trabalho e sem esforços conseguiam me tirar daquela prisão infernal. Eu fugi facilmente, corri igual aquele homem naquela imagem animada da internet e... Ah, cara, eu consegui! Suficiente, certo?

Bem, eu corri tanto e fugi tanto daquelas pessoas que quando vi já estava no outro lado da cidade. Com a ajuda de alguns outros famosos mortos que a minha mente projetara para mim – loucura – descobri táticas para fugir dos homens que começaram a me seguir – eles eram homens contratados secretamente pelo hospício para me seguir ou algo assim, ou simplesmente detetives contratados pelo meu pai... Bem, eu nunca parei na frente de um e perguntei. Geralmente atirava uma pedra ou arriscava uma facada e era só.

Minha vida por dois anos foi essa: fugir desses homens que apareciam. Eu ia de cidade em cidade, roubava às vezes, pintava meu cabelo, mudava a aparência, e eu nem ligava. Se eu fosse preso, eu podia dizer que era louco, ué. Ou senão eu podia simplesmente fingir – o que não seria necessário – estar conversando com alguém que não estava ali.

Atravessei a fronteira dos Estados Unidos e fui parar no Canadá, e foi em Toronto que a minha vida mitológica começou. Foi naquele dia que eu chamo de... Eu nunca pensei num nome pra ele. Eu havia ido praticar snowboard para esquecer do meu dia-a-dia de fugitivo, e foi assim que descobri que eu não era tão louco – ou sou, não sei, essa parada que aconteceu é muito louca e insana. Eu descobri que na verdade era um semideus após salvar duas pessoas de bonecos de neve. Não, eram elementais de neve. Não, de gelo, é. Isso. Era um White Walker parecido com o Surfista Prateado e o Olaf. Sei lá, eram feios.

Teoricamente, eu fui salvo ao invés de salvar, mas isso não importa. O sátiro e a semideusa de Ares me levaram para o tal do acampamento e explicaram tudo. Minha mãe na verdade era uma deusa mitológica e meu pai era um cuzão por ter me internado. Quer dizer, ele não sabia que minha mãe era uma deusa, mas ele foi mó desgraçado por ter feito aquela parada. Podia ter me ajudado ao invés de me jogar nas mãos de médicos desgraçados.

E foi naquela noite, na noite do terceiro dia do acampamento que aconteceu. Eu estava sentado numa mesa com uns caras emos e góticos do caramba – que na verdade eram apenas pessoas moribundas, daquelas de pele pálida e um olhar vazio e assustador do caramba que faz você sentir vontade de se matar de tanta insanidade -  quando uma marca surgiu na minha testa. Eu comecei a sentir uma dor de cabeça MUITO forte, algo que queria me fazer ter um daqueles surtos que eu tenho quando fico nervoso, mas foi um sentimento bom. Eu tive vontade de soltar um grito ARREPIANTE, mas eu me contive. Era uma marca que eu não conhecia, mas que todos daquela mesa conheciam.

—  Melinoe. Legal. — Dizia um dos caras sem mostrar muita animação, mas forçando algo que parecia ser um sorriso bem... Falho. Sorri de volta e olhei ao meu redor. Todos estavam olhando para mim.

Se antes eu já era louco, agora nem se fala.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Charles de Rye Qui 03 Mar 2016, 21:02

Ficha de Reclamação









- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Desde os 14 estudo quiromancia, tarô e ocultismo. Melinoe tem uma personalidade muito parecida com a minha e do personagem que quero interpretar no fórum. Me faz sentir que as coisas das quais acredito não são coisas da minha cabeça.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)


  • Físicas: Pele palida, olhos pretos, cabelo preto curto, 1,80m., dentes brancos - quase translúcidos, lábios marcantes, magro, possui olheiras e uma marca de nascença na nuca.


  • Psicológicas: Ansioso, rebelde, gosta de coisas sombrias e estranhas e apesar de ser filho de Melinoe, não simpatiza muito com espíritos, o que cria um conflito emocional, prefere ficar sozinho e tem trauma de palhaços. Crescer num orfanato o tornou uma pessoa de convivência difícil.


História





Noite de Fantasmas e Descobertas





O bar cheira a fumaça e bebida derramada, um leve toque de vômito. Atravesso o hall em direção às banquetas do fundo, a penúltima é minha favorita. O barman acena com a cabeça enquanto pendura o pano de pratos no ombro, somos belhos conhecidos. Mesmo antes de me mudar fugi da realidade neste pobre lugar. Sento-me e acendo um cigarro, as luzes piscam. Típico.

- Não costumam aparecer por aqui – murmuro para a figura que sinto atrás de mim. Não posso vê-la, mas, minha intuição diz que é uma mulher, a energia dela não é familiar. Por onde quer que eu vá, eles me perseguem. No mercado, no trabalho, na época da escola e até em momentos que exigem mais privacidade. Vê-los já é costumeiro e sua existência parece fazer parte de quem sou, mas, nunca tinham me seguido até aqui. O Sullivan’s parecia ter uma aura que os impedia de entrar, talvez, os mortos não gostem de bêbados. Encaro a parede à minha direita a fim de tentar ver pelo canto do olho minha visita não tão ilustre, mas, não posso ver nada além de um borrão mal focado.

- É impor... importante. – sussurra ela. A voz, fantasmagórica e fria, parece fraca e alarmada, não quero dar atenção. Nas últimas semanas eles não têm falado coisa com coisa.

- Tenho certeza que pode esperar – rebato pouco humorado quando vejo Austin passar pela porta de entrada. – Não estrague nada dessa vez, ele é importante.

A sensação da criatura atrás de mim não some e tento parecer sorridente enquanto o garoto se aproxima. Austin tem seus vinte e poucos anos e apesar de nos conhecermos pouco, tem me ajudado ao máximo com os detalhes da exposição de arte que farei no próximo mês. Está com um casaco longo descomunal e muito bem engomado e traja luvas grossas. Sinto-me um lixo perto dele, sempre usando meu velho casaco de couro, coturno e jeans rasgado. O orfanato não me ofereceu muitas coisas quando tive que me mudar e o emprego de vendedor não ajuda meu poder aquisitivo, mas, a exposição de arte pode mudar meu futuro e as telas podem render um bom lucro. Austin por outro lado parece ter uma boa vida. Tem olhos claros e penetrantes, dentes extremamente brancos e um ar misterioso. O cabelo preto completamente penteado para trás lhe da um aspecto executivo. Toda a perfeição é quebrada por uma cicatriz na altura da jugular.

- Falando sozinho, Charles? – o rapaz se senta à minha frente e gesticula para o garçom. Parece animado e confiante para um caça-talentos tão jovem, até seus movimentos remetem uma auto-estima elevada.

- Costumo conversar comigo mesmo de vez em quando, colocar as ideias em dia. Faz bem para alma – sorrio sinicamente sabendo que a aparição continua atrás de mim. Não me sinto confortável com espíritos por perto. O garçom se aproxima e Austin pede uma água tônica, recuso qualquer coisa sabendo que não há um tostão furado em meu bolso.

- Não bebo nada alcoólico – me informa Austin – Não durante a semana. Você não parece confortável aqui. Algum problema? – Austin levanta apenas a sobrancelha esquerda, é a única pessoa que conheço capaz disso.

- Costumo me sentar só – digo querendo direcionar minha insatisfação à mulher, mas, creio que Austin entendeu mal. Tento relaxar e espero que a mulher suma com a indireta, mas, ela nem se move – Costume artístico – minto.

- Você nunca me contou muito sobre sua vida, Charles. Por que? – Austin nunca havia me questionada assim antes. Ele parece alerta agora, como se meu passado fosse Cerberus, pronto para atacá-lo.

- Não tenho nada feliz a contar – sinto-me irritado por um momento, revelar meu passado revelaria segredos e já sou louco o suficiente por ser pintor, não quero que a fama de clarividente se espalhe. Não gosto que se intrometam – Longa história, alias.

O garçom se aproxima e entrega o pedido. Austin parece amigável a luz fraca do ambiente e me sinto cansado. A figura atrás de mim geme. Eu queria contar, mas, se o fizer, perderei a exposição. Austin sorri entre dentes.
- Charles, me es... cute – a mulher geme. Ignoro e sinto minha face ficar vermelha.

- Tenho tempo – Ele encosta confortável no banco e semicerra os olhos. Suspiro e relaxo enquanto junto minhas memórias. Ele está financiando meu trabalho, tem me dado assistência e me proporcionado encontros incríveis com pessoas maravilhosas, não quero ter que esconder nada dele.

- Meu sobrenome, de fato, não é Rye. Eu não tenho sobrenome algum, Rye é uma cidadezinha ao norte do estado, lugar onde morei até alguns meses atrás em um orfanato: o Dicksons and Dicksons – Orphan’s House - então, para efeito, sou como Tales de Mileto, somos de algum lugar e não de alguém.  Fui abandonado quando tinha por volta de três meses e cresci com ensino católico, mas, sempre acreditei em algo mais, o horror que você em minhas telas vem dessa crença. Aos cinco tive aulas de jardinagem, mas veja só, nada que toco floresce, é como se o dom da vida escapasse pelos meus dedos. Aos sete tentei desenho artístico, mas, apesar do talento, pintar coisas belas nunca foi meu forte. Aos oito, entretanto, uma cigana, uma mulher muito pálida e de roupas estranhas veio passar um dia no orfanato. Nenhuma criança pareceu gostar dela, exceto eu e ela pareceu gostar de mim também, inclusive, me deu um presente. Era uma tábua ouija. Os reitores a expulsaram no mesmo momento e destruíram meu presente me deixando extremamente triste. Os mortos sempre me fascinaram, a pós-vida sempre chamou minha atenção, sempre amei as artes escuras, então, me isolei do mundo. Sem família, sem amigos, sem uma alma viva. Cá estou eu, vendendo seguros de vida para idosos no centro da cidade.

- E desde quando fala com eles? – Austin indaga e engulo em seco. Ele sabe. Como ele sabe?

- Conte – murmura a mulher atrás de mim – Conte – sua voz está cada vez mais fraca – Ele pode ajudar.

- Desculpe. O que disse? – tento disfarçar. Minhas mãos tremem e minha boca está seca, creio estar mais pálido que o habitual, meus estômago embrulha.

- Um mundo invisível, só você vê. As luzes piscam, a temperatura diminui e tudo o que é belo se desfaz a sua volta. Eu sei o que você é, Charles. E eu posso te contar sobre sua mãe – meus olhos lampejam excitação. – Muito simpática ela, alias, mas, tem um pequeno problema com cães – Austin ri e meu mundo parece girar.

- Eu não estou entendendo, me desculpe – fecho os olhos e começo a desconfiar que minha pressão arterial está baixa.

A mulher atrás de mim se levanta e caminha lentamente para se posicionar atrás de Austin. Tem cabelos longos, rosto pálido e roupas brancas e grandes. Parece ter sido morena em vida. Ela sorri com dentes amarelados.

- Você gosta de mitologia, Charles? Vou te contar uma historia. Há muito tempo uma deusa chamada Perséfone deu a luz a uma filha, Melinoe. A questão nunca ficou clara quem era o pai, alguns dizem que Zeus – aquele danado – se transfigurou no irmão, Hades, e se deitou com Perséfone. Outros dizem que o próprio Hades é o pai, não vem ao caso agora. Acontece que Melinoe nunca foi muito... Viva? – ele pareceu procurar as palavras certas – Enfim, assim como vários outros deuses, Melinoe tem alguns filhos espalhados por aí. Você é um deles. Por isso vê coisas, sente coisas e faz coisas estranhas. Você é diferente, um semideus.
As luzes do bar piscaram. Instintivamente olho para o fantasma da mulher. Ela balançou a cabeça.

- Tentei te avisar, não é seguro aqui. Não tenho mais energia para ficar – ela começou a desaparecer – Charles, fuja! Sua mãe pediu para... – disse de último instante antes de desaparecer.

- Precisamos sair – levanto mais rápido que de costume e me sinto zonzo e tento não cair. Foco na porta, pois, apesar dos pesares, os fantasmas sempre me protegeram. Austin já esta de pé, bem ao meu lado, tirando o que parece uma adaga do bolso falso de dentro do casaco. Não questiono de onde aquilo vem, minha intuição grita para me segurar a ele e sair dali, como um arrepio na nuca. Passamos as portas do bar e entramos depressa no carro de Austin estacionado na entrada.

- Coloque o cinto, precisamos ser rápidos. O bar não suportou nos camuflar – seu tom é alarmante e um nó atravessa minha garganta quando do fim da rua ouço um rugir. Ele arranca com o veículo.

- O que está havendo? – pareço mais desesperado do que quero soar. As luzes da rua apagam, mas, Austin está veloz o bastante para virar o carro, sentido à rodovia.

- Você é um semideus, Charles. Existem criaturas que sentirão o enorme prazer em te matar e receio dizer, mas, há uma atrás de nós nesse momento. Só existe um lugar seguro, vou te levar até lá.

- Quem é você, afinal? – Indago, mas por um momento me sento estranho. Há uma luz em mim, faz eu me sentir forte, pronto para enfrentar o que quer que eu precise. É a marca de Melinoe, repousando sobre minha cabeça.

- Eu sabia! Nunca erro, tenho te observado desde que saiu do orfanato, me aproximei para te proteger,te ajudar a se adaptar ao seu verdadeiro mundo. Meu nome é Itanos, sou um semideus assim como você. Filho de Perséfone, mais ou menos meio-tio seu. Bem vindo à família – ele sorri de orelha à orelha.

Itanos acelera o carro e passa por um radar que mostra a velocidade: 122 km/h. Em outras circunstâncias teria pedido para parar, mas, alguma coisa em mim diz que ele está certo, alguma coisa me diz que Melinoe é mais que uma personagem da mitologia: é minha mãe.



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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Robert Lefebvre Qui 03 Mar 2016, 23:17

Avaliadores, por favor desculpem o DP, mas gostaria de pedir que avaliassem esse post ao invés do outro que mandei antes deste, porque eu tinha feito uma mudança no post anterior, mas ela não tinha sido concluída porque outra pessoa tinha postado sua ficha. Essa ficha está correta, desculpem-me por isso.

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O começo de tudo


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamado por Hermes. Acho ele o deus mais legal de toda mitologia grega e da série de PJ. Hermes, o mensageiro dos deuses, tem uma história muito legal; no primeiro dia de vida fora capaz de criar um instrumento musical do casco de uma tartaruga e das tripas de ovelhas, roubou o gado de seu meio-irmão Apolo com magnífica inteligência e conseguiu criar o fogo. E, além disso, gosto muitíssimo dele ter ajudado vários mortais em suas histórias. Príamo, rei de Troia, foi um destes. Hermes fez com que ele passasse invisível por entre o acampamento dos gregos até Aquiles, onde o rei recuperou o corpo de seu filho.

O deus também ajudou seu pai, Zeus, quando este último pediu que livrasse uma de suas amantes da mão de sua esposa Hera.

- Perfil do Personagem

Características físicas: Julian é marcado por sua bela face, de ternas feições. Seus olhos, grandes e brilhosos, são de um tom claro de verde que iluminam a pele branca, sedosa e cheia de pintinhas que possui. Uma barba rala e clara se vê presente em seu rosto e pescoço.

Duas sobrancelhas grosas e cheias acentuam sua testa, ainda que bem aparadas entre uma e outra. O cabelo longo e castanho chega ao fim de seu pescoço, lhe proporcionando uma harmonia sobre todo o conjunto.

Embora Julian não tenha um corpo perfeito, típico dos deuses gregos, possui uma estatura esguia com músculos espalhados proporcionalmente aqui e ali.

Características Psicológicas: O menino não importa-se muito com seus sentimentos, nem tanto com os de outras pessoas. Se o mundo fosse ser destruído amanhã, nada mudaria para ele. Não existe alguém que ame ou que o ame. Nunca importou-se com o amor, embora saiba o usar ao seu favor. Tudo não passa de uma trivialidade para ele, refugo.

O que realmente importa são os seus objetivos, nada mais que puro egoísmo. Fará o que for preciso para completa-los e usará o que puder para isso. Se ele precisar ser gentil, doce e até mesmo amoroso para atingir sua meta, bem, podemos ter certeza de que alguns corações irão ficar em pedaços.

Mesmo que ele não seja um "anjo" ou um "príncipe encantado", Julian não passa de um garoto sonhador, que busca mais que tudo um meio de se proteger deste mundo cruel.

- História do Personagem

O homem apontava uma arma para mim e ria com meu futuro destino. Meu estômago girava e doía, meu coração batia em minha cabeça. Era agora que iria partir dessa para uma melhor.

Bem, você deve estar se perguntado o que está acontecendo e porque alguém como eu, inteligente e bonito, muito bonito, estaria numa situação dessas. Irei te explicar o que aconteceu comigo ao decorrer deste post, mas antes de começarmos tenho algo para dizer a vocês. Nunca, nunca ande sozinho em Los Angeles depois das duas da manhã.

Na noite antes do ocorrido. 28|02|2016

Passei pelos seguranças que vasculhavam a parte de trás do local, a maioria homens grandes e fortes, escondido atrás de uma senhora corpulenta.

Eles prestavam bastante atenção no lugar a sua volta, não deixavam nada passar em branco. Contudo, quando uma mulher gordinha voltou-se para lá para fazer uma ligação, todos que estavam ali se viraram para o outro lado, pois não queriam incomodar a senhora Adele.

Nesse momento, passei por de trás da cantora sem ela me ver e adentrei o recinto. Dei-me de cara com um pequeno corredor que fazia uma curva no final, passei por ele e um pouco a frente da curva havia uma porta entreaberta, luz irradiava de lá. Espiei pela brecha e vi o quão maravilhoso estava à festa. Realmente tinham caprichado o teatro com enfeites e tudo mais para a distribuição dos Oscars este ano.

Pessoas entravam e se alojavam em suas cadeiras, sorrisos e abraços podiam ser vistos em todos os lados para qual olhasse. Sylvester Stallone, Ryan Reynolds e Leonardo Dicaprio conversavam próximos da entrada principal do teatro, algumas vezes paravam para darem risadas e cumprimentarem os outros atores que chegavam.

Rapidamente me escondi nas sombras do Teatro Dolby, ficando atrás das últimas colunas que projetavam-se do chão até o teto. Se fosse pego ali, bem, os policias iriam me ver novamente nessa semana. Será que Gordon tinha parado de comer tantas rosquinhas ? Já não conseguia me acompanhar nas perseguições, logo não conseguiria nem sair do lugar.

Pelo menos vestia um terno para a ocasião. Quando minha mãe foi a óbito, e como meu pai também já havia adormecido na morte, as únicas coisas que ela tinha me deixado era um bom terno e incontáveis dívidas.

Não odiava minha mãe, também não a amava, mas ela pelo menos podia ter deixado um pouco de dinheiro para mim, ao invés disso ela preferiu gastar toda a grana em drogas e bebidas. Contudo, o terno que vestia era muito bonito. Ele era de cor preta e riscado por linhas pontilhadas em branco, seu corte era italiano e cabia perfeitamente em mim. Se ninguém reparasse muito na minha pessoa provavelmente não perceberiam que era um penetra.

Depois que todos já estavam acomodados em suas cadeiras e tinham parado de conversarem, o que demorou muito por sinal, finalmente o evento começou. Chris Rock, o homem que inspirou o seriado Todo mundo odeia o Chris, foi o presidente do espetáculo e deu um enorme show.

Muitos filmes que gostava não haviam ganhado se quer um Oscar, Star Wars: O despertar da Força era um destes, no entanto, Leonardo Dicaprio enfim ganhou a sua primeira estatueta. Pensava que iria ter filhos antes disso acontecer e sentia até mesmo pena dele. Claro, ainda que ele fosse mais rico e bonito do que eu.

Bem, deixe-me dizer que não estava lá simplesmente pela grande exibição, mas porque precisava ganhar uma certa aposta. Com um celular, que não era meu, tirei algumas fotos dos artistas sem eles perceberem, junto de umas selfies minhas lá dentro. Hoje, ganharia uma grana preta.

Depois que minha mãe partiu, minha casa foi tomada pelo banco e eu fui deixado para morar na rua. Em três dias, consegui encontrar uma casa abandonada para ficar. Felizmente não havia nenhum mendigo ou morador de rua instalado ali. Então comecei a ganhar meu dinheiro em um negócio ilegal; muita gente rica gostava de apostar em cavalos, números da sorte e algumas vezes em mim. O sistema era o seguinte, se eu conseguisse entrar no lugar que mandavam, na maioria das vezes era quase impossível, as pessoas que tinham apostado que eu conseguiria ganhavam, se não conseguisse entrar em tal lugar, bem, os outros que apostaram contra mim eram os vencedores. De todo modo, eu lucrava um pouco de dinheiro, embora ganhasse muito mais se conseguisse entrar em tais lugares. Para isso servia as fotos, provando que tinha conseguido vencer o desafio.

Antes do término do evento, saí pelo mesmo lugar em que havia entrado e novamente me deparei com os seguranças. Contudo, dessa vez eles pensaram que eu era provavelmente um ator convidado para à festa e não fizeram nada contra mim, isto é, estavam de costas para mim como fizeram com a última convidada que havia decidido usar o local para dar um telefonema. E, desse modo minha fuga foi deveras fácil demais. Quando voltaram a olhar para onde estava anteriormente, só encontraram o vazio e silêncio de antes.

Um sorriso estava escancarado em meu rosto, mas não era de felicidade por ter estado tão perto de tantas celebridades, ou por ter visto um evento importante sem ser convidado. O sorriso nada mais era do que uma farsa, pois não tinha sentimentos de verdade. Só sorria para que outras pessoas não me incomodassem ou visse que era um ser humano desprovido de tais emoções. Somente importava o dinheiro naquele momento, nada a mais ou menos que isso.

Na madrugada do ocorrido. 29|02|2016

Já estava chegando no ponto de encontro, Jefrey, o homem por trás do sistema de apostas, me esperava num café no bairro South de Los Angeles. Não demorou muito para que eu conseguisse avistar o Coffee Dimy's, afinal o lugar era irreconhecível. Pichado numa parede verde ao lado de fora do café estava a palavra "vadia" em vermelho, junto de uma dançarina mostrando a calcinha. Dentro havia algumas cadeiras e mesas, todas velhas e rabiscadas, e uma bancada de ferro com alguns petiscos em cima. As paredes por dentro estavam pintadas de branco, embora todas estivessem aos pedaços. Ao menos as garçonetes eram umas gracinhas, acho que por isso o lugar fazia tanto sucesso por lá, além de ficar vinte e quatro horas aberto.

Jefrey estava sentado na última mesa ao lado da janela, passei por dois caras conversando e fui me sentar com ele. Quando viu uma pessoa se aproximando dele, largou o jornal e pousou os olhos em mim.

— Julian, meu querido. Como você está? — perguntou, embora não passasse de mera formalidade.

— Estou ótimo — disse, já sentando em sua frente. — Hoje, consegui vencer o desafio. Espero que bastante pessoas tenham escolhido que eu não fosse conseguir, pois assim ganho mais dinheiro.

Jefrey soltou uma risada, pegou sua xícara de café e deu um longo gole. O homem devia estar na meia idade, provavelmente tinha uns trinta ou quarenta anos. Seus cabelos curtos eram uma mistura de preto com alguns fios brancos, mas sua barba grossa e cheia mostrava jovialidade com seu intenso preto. Era uma pessoa forte com ombros largos e braços musculosos. Não gostaria nem um pouco de brigar com ele.

Ele desabotoou o paletó de seu terno e tirou um envelope do bolso interior, depois entregou-me. Um novo sorriso se estabeleceu em seu rosto.

— Sim, muitos apostaram que você não conseguiria. Que pena deles, afinal perderam uma boa grana. Esse pacote que te dei tem uma boa quantia, penso que isso seja o suficiente por seus serviços. Certo? — indagou, seu braço estava estendido em minha frente, e com uma aperto de mãos fechei os nossos negócios.

— Claro, isso é o suficiente. Foi um prazer negociar com você Jefrey. — Larguei sua mão, levantei da onde estava e parti daquele lugar.

Eram quase duas horas da manhã, as ruas estavam escuras e tenebrosas. Quase todos estavam em suas casas dormindo a esta hora, mas alguns seres irresponsáveis ainda andavam pela cidade naquele momento, eu era um destes. E, foi então que aconteceu.

O ocorrido. 29|02|2016

Estava voltando para minha casa, bem, para o lugar onde estava ficando, quando dois seres se esgueiraram pelas minhas sombras e subitamente apareceram perto de mim, um na minha frente e outro nas minhas costas. Ambos apontaram uma arma para mim e fizeram com que eu os seguissem.

— Pessoal, o que fiz de tão ruim para vocês? Sei que não foi certo o que acabei de fazer, mas precisa de tudo isso? — perguntei, suor frio escorria por meu pescoço. Os dois homens pareciam montanhas, eram fortes e estavam cobertos por um sobretudo branco, seus rostos estavam escondidos com óculos escuros e cachecóis. Fazia muito frio nessa época do ano.

— Calado — respondeu o da frente, sem olhar para onde eu estava. — Você vai pagar pelo que fez ao nosso senhor.

Fiquei definitivamente perdido com aquela resposta. Montanha um me guiou para dentro de um prédio abandonado, enquanto montanha dois me empurrava para não tentar escapar. Claro que tentaria escapar, pois ninguém levaria uma pessoa para um lugar como aquele se não tivesse más intenções. Contudo, com duas armas apontadas para mim era quase impossível fugir sem tomar um tiro.

O prédio que estávamos parecia querer desabar, as paredes estavam todas trincadas com rachaduras que subiam até o teto e o piso rangia com cada passo dado nele. O teto estava inteiramente esburacado, neve começava a cair por ele. Perfeito, agora iriam descobrir meu corpo somente depois do inverno passar.

— Você fez nosso chefe perder uma boa grana. Ele quer vingança por isso. — disse montanha dois, enquanto fazia-me ajoelhar no chão. — Bem, espero que possa encontrar alguém do outro lado. — Encostou sua arma em minha cabeça e estava pronto para atirar.

Por incrível que pareça, não estava com medo. Não queria morrer, isso é lógico, mas também não me importava de continuar vivendo. Contudo, por mais que dissesse isso para mim mesmo, meu coração não conseguia entender e estava ao ponto de pular fora de meu peito. Fechei devagar meus olhos e esperei obedientemente minha morte.

Só que nada aconteceu, não senti dor, nem se quer ouvi o barulho do disparo. Será que já tinha morrido e não havia percebido isso? Abri um dos meus olhos lentamente, primeiro espiei com ele para ver se via algo, mas não havia nada em minha frente, montanha dois tinha desaparecido.  Bem, ele não tinha realmente sumido como se fosse mágica. Contudo, estava quase do outro lado do prédio e parecia estar desmaiado no chão. O que tinha acontecido?

Olhei para atrás para ver se achava montanha um, mas ao invés disso encontrei um menino, grande pra caramba, socando ele com tanta força que o fez deslizar até se chocar numa parede. Ele não se levantou, pois devia ter desmaiado assim como o outro. Beleza, agora tinham mandado um mutante para me matar.

O menino, mesmo que fosse grande tinha uma cara de adolescente, voltou-se para mim e veio em minha direção. Coloquei os braços sobre meu rosto defendendo-o, pois esperava que ele fizesse comigo o mesmo que fez com os outros dois, no entanto, ele apenas deu uma enorme risada e cruzou os braços sobre o peito.

— Não se preocupe, não irei bater em você — disse ele, mas ainda assim não consegui acreditar e continuei com meus braços onde estavam. — Sério, prometo que não irei lhe fazer mal algum. Estou aqui por outro motivo e venho com uma causa nobre. Meu nome é Péricles. — Dessa vez abaixei minha guarda, ele parecia estar dizendo a verdade, quem mentiria sobre ter um nome daqueles? Eu não. Mas ainda continuei cauteloso.

— Então, o que te traz aqui? — perguntei, estava muito curioso com isso.

— Você, o que mais poderia estar fazendo nesse muquifo? — respondeu ele, ao que me fez ficar ainda mais pensativo. Ele voltou a falar, percebendo que eu ainda tinha dúvidas.

— Bem, isso vai ser pouco difícil de explicar, mas vamos lá. Você já ouviu falar dos deuses gregos ? Como Zeus, Poseidon e Hades ? — perguntou, ao que respondi fazendo sim com minha cabeça. — Então, eles realmente existem e você é filho de algum deus. — terminou.

Minha expressão foi de espanto, tudo aquilo parecia maluquice para mim. Não acreditava nele, mas porque então ele teria o trabalho de me salvar e vir até aqui para contar uma mentira? Estava estranho demais.

— Não pode ser verdade, meu pai está morto desde que eu nasc...  — dizia, ao mesmo tempo que começava a perceber que aquilo explicava muita coisa. Como o fato de meu pai ter morrido quando ainda nem tinha nascido, ou de minha mãe nunca contar nada sobre ele. No começo, queria saber como ele era, se parecia comigo, com o que trabalhava e muitas outras coisas, mas conforme o tempo foi passando e minha mãe não respondia nada, bem, acabei desistindo daquilo e perdi o interesse. Será então que aquilo era verdade ?

— Espera, como você sabe disso? — perguntei, afinal ele não tinha me explicado como sabia daquilo.

— Porque eu também sou um Semideus. Isso é como nós chamamos os filhos dos deuses. — respondeu ele, pelo jeito que falava não eramos os únicos com pais celestiais. — Sou filho de Héracles, embora ele prefira ser chamado de Hércules. — Foi nesse ponto que meu queixo caiu. Isso explicava o fato dele ter jogado os irmãos montanha com apenas um soco em cada para o outro lado do prédio. Então me ocorreu que eu ainda não havia perguntando quem era meu pai, afinal ele era um deus.

— Certo, se o que você diz é verdade, quem é meu pai ? — Ele não respondeu, apenas ficou esperando alguma coisa e do nada apontou para minha cabeça, na verdade um pouco mais para cima.

— Aí está, olhe para o alto de sua cabeça. — falou, ao que fiz o que me foi mandado. E, sim, havia alguma coisa sobrevoando ali, não sabia o que era e nem como tinha aparecido lá, mas aquilo deveria fazer sentido para Péricles, já que ele voltou a falar.

— Seu pai te reconhece, filho de Hermes. —  Brincou ao fazer uma reverência para mim. Percebi que aquilo não era mentira, eu realmente era filho do mensageiro dos deuses, Hermes. Talvez isso explicasse minha vontade louca de querer conhecer o mundo, meu verdadeiro sonho.

— Legal, mas o que acontece agora ? — perguntei.

— Não vim aqui apenas para lhe dizer quem é seu pai — tamborilou o grandão — Vim também para te levar ao acampamento. O lugar onde vários semideuses ficam para morar, treinar e conhecer novos amigos.

Assenti como se dissesse " Okay, vamos lá ", ao passo que o segui para fora do prédio. Não gostaria de estar ali quando aqueles dois acordassem. O menino me levou para atrás do prédio, onde havia dito ter deixado seu transporte. O que ele não disse para mim, era que seu transporte na verdade era um pégaso. Subi no animal com alguma dificuldade, então partimos céu adentro.

O voou foi legal, mas não demorou tanto para que chegássemos no acampamento, apenas algumas horas se passaram. Contudo, o dia raiava e o lugar ficava ainda mais bonito com o clarear do sol. Uma nova vida estava diante de mim.


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Robert Lefebvre
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