Escolhas de vida o morte.

Prólogo.

As suas lágrimas caiam sem permissão, enquanto travava uma batalha mental, suas dúvidas a quebravam, ela não tinha mais certeza dos próprios sentimentos, suas pálpebras pareciam pesas sob os olhos, como se levasse o mundo inteiro ali. Seu corpo pequeno deitado sob o chão gelado do quarto era digno de pena, olhando o seu passado ela se arrependia crucialmente de coisas que não deveria ter feito e que definiam seu pobre destino, ela pensava em como sua vida tinha tomado rumos diferentes, afogada nas lágrimas do fracasso Emma Nolwenn adormecerá naquele chão sujo e gelado.

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Pelas ruas movimentadas ele passeava, como um semblante sonhador com um misto de liberdade, ele se sentia totalmente renovado ele sabia que não poderia mais manter aquela mentira, afinal no fundo ele realmente tivera um sentimento de amizade por ela, mais seu amor era demais pra um mentiroso como ele, que não era digno de um amor tão puro e sincero, mais em seu ato egoísta a deixará da pior maneira possível. Will saboreava lentamente sua liberdade com gosto de vitória passeando pelas ruas.

Capitulo 1.
O livro.

Durante meses Emma realmente tinha forças para sair das quatro paredes do seu quarto, sua cabeça latejava um pouco, sua mente desesperada tentava se agarrar a todas as lembranças dele, seu coração sangrava ao estremo, decidida ela calçou seus sapatos como sempre e pegou seu casaco enquanto saia pela porta em rumo à cidade coberta por gelo e neve, o gelo daquela cidade não era nada perto de como Emma se sentia. Ela simplesmente andava pelas ruas vazias da cidade até parar em uma loja de livros, onde suas lembranças eram mais fortes, a loja não era bem uma biblioteca, pequenas lembranças invadiam sua mente de uma forma inevitável, como ela e Will costumavam passar suas tardes naquele lugar, ela simplesmente limpou sua mente e entrou desesperadamente na loja deixando seus pensamentos por Will fluírem. Emma andava pelas prateleiras tocando nos livros como se tentasse encontrar neles o toque gentil e carinhoso de Will, mais foi interrompida quando simplesmente esbarrou em um peitoral largo e forte, sentindo um aroma de café e amêndoa invadirem suas narinas, ela conhecia esse cheiro, mais não poderia ser simplesmente verdade, ignorando sua vontade de sair dali Emma olhou pra cima e observou seus sonhos se tornarem reais, com todo seu charme lá parado estava o seu precioso Will, novamente sua mente se recordava das lembranças, mais dessa vez ela era tomada por dor e tristeza, seu coração já quebrado pareceu se quebrar ainda mais em milhares de cacos incrivelmente frágeis, Will a observava com um semblante de surpresa com um misto de culpa enquanto ela enterrava os punhos no casaco e se afastava dele sem dizer uma palavra, pela mente de Will passava talvez que devesse pedir desculpas, mais uma parte de si queria muito mais que isso, ele queria a proteger de tudo, como fazia quando eles eram duas crianças, mais ele apenas ignorou a parte dele que chamava por Emma e caminhou até uma das poucas mesas do lugar com um livro em mãos, e começou a folhear o livro até onde achou pequenas noticias de épocas antigas a dezoito anos atrás, a data em que seus pais morreram.
Emma observava cada movimento de Will. Sua mente estava entorpecida de surpresa. Há quatro meses Will não dera nenhum sinal de vida, não telefonava para ela ou coisa parecida. Muito menos olhara nos seus olhos como fazia antigamente, Emma sorria de orelha á orelha, a vontade de gritar percorria suas veias como heroína injetável e a felicidade estava á alguns metros dela, procurando, analisando e pesquisando algum tipo de livro com uma intensidade impressionante. A curiosidade de Emma foi reprimida quando Zack, seu mais novo amigo chegava à loja, preenchendo o ar vazio de seu frágil coração. Zack sorriu de um jeito lindo e misterioso, com uma sinceridade transparente. Ele contornou as mesas marrons e enceradas até chegar ao seu lado e sussurrou.

- Até onde eu sei você não gosta de livros de história antiga. Por que esta aqui?

- Não e da sua conta. Porque você gosta tanto de me seguir? A Zoey me falou que você estaria agora na sua aula deprimente de filinho de papai de Francês.

Zack revirou os olhos, realmente provocado por Emma e decidido a chamar sua atenção custe o que custar.

- Não, Emma. Só queria te ajudar a... Seja o que for que você estiver fazendo. Precisava me apedrejar?

Emma suspirou ainda irritada pela interrupção de Zack. Ela queria Will não era uma vontade e sim uma necessidade vital. Mais Will parecia ter sumido de sua vista, Emma com seus pés já urgentes começaram a seguir todas as fileiras á procura dele, Will não estava em lugar alguma Emma já irritada estava conhecendo uma parte de si que ela não sabia que a tinha: A ira. Em um baque surdo, um livro azul cairá sobra seus pés por vontade própria, Emma não havia mexido em nada. A idéia em que Will estivesse ali encheu seu peito de alivio, ela levantou seu olhar e encontrou aqueles olhos azuis mais fumegantes do mundo, por um momento a vontade de sorrir era indispensável, e sua mão parecia formigar com a tentação de tocar em seu rosto, mais instintivamente Emma fechou seus punhos com uma força desnecessária, ela sabia que deveria parar afinal ele havia a deixado e mesmo se seu coração chamasse por ele, ela teria de ser forte, Emma simplesmente revirou seus olhos e abriu sua boca mais nenhuma palavra saiu dela, ela não sabia o que dizer ou muito menos o que sentir ao mesmo tempo em que ela queria uma vingança digna ela também queria ficar com ele de novo e poder fazer tudo diferente, ela sabia que nunca conseguira ser ela mesma perto dele, mesmo assim o amava incondicionalmente, perdida em meios aos seus pensamentos Emma piscou seus olhos algumas vezes parecendo confusa e fitou Will contendo sua vontade de abraçá-lo e mantendo um olhar frio incomum dela.

- Quero passar se não percebeu.

Will arregalou seus olhos, ele realmente pareceu atordoado de tanta surpresa, mais mesmo assim ele sorriu o que irritou mais ainda Emma. Emma sentia seu coração parecer disparar, e como não pudesse se controlar sua mão o atingiu no rosto, lhe deixando uma marca vermelha no formato da delicada mão de Emma, Will apenas revirou os olhos e voltou a sorrir e sussurrou.

- Talvez as marcas que você deixou em meu rosto valeram à pena Nolwenn.

Will sorriu pelo canto dos lábios observando sua figura parada de Emma e terminou de falar.

- O livro e seu.

Ao dizer isso Will sairá da loja com passos rápidos, o que fez Emma observar o livro aos seus pés, ouvindo a voz de Zack cortar seus ouvidos a lhe perguntar se estava tudo bem.