♦ Forja ▬ The Last Flame ♦

Click

Repentinos cliques eletrônicos soaram após a porta ser aberta, o que me dizia que alguém adentrava - o dispositivo touch estava no primeiro piso da forja, e quando tocado, fazia uma combinação de cliques informando altura, peso, armamentos, com toda sua capacidade high-tech. Olhei para trás, instintivamente descendo a bancada metálica e buscando reconhecer aquela face nada estranha. Cabelo negro formando um topete, olhos esverdeados - que não pareciam ter cor certa, às vezes - e uma face bem familiar.

— Ewan! Claro que sim... — virei-me para ele, estabelecendo pouca distância, mesmo após ter espalmado minha palma da mão na dele. — O.k., me diga rápido, conte os detalhes.

O filho de Íris elaborava bem suas palavras, e eu, servia de um bom ouvinte. Sua voz estava mais grossa, explicando-me como queria sua espada. Ligeiramente gostei do desafio, pois perdi o gosto de forjar quaisquer coisas, ao momento que meu reconhecimento são poucos dracmas - sendo que meu fornecimento de armamentos é para todo o acampamento. Ao terminar, suas palavras adentrando minha mente e construindo tridimensionalmente a espada com uma imensa velocidade. Em meu pensamento, sabia que todos filhos de Hefesto tinham tal habilidade, mas ainda cedo, aos sete anos, eu a desenvolvia em cálculos matemáticos difíceis. Despedi-me deste com um abraço forçado, nunca me dei bem com formas orgânicas de vida.

A temperatuva elevada da forja me cumprimentou, os fornos funcionando para manter constante a sensação térmica - eu apenas conseguia trabalhar sentindo aquilo, havia acostumado-me a temperaturas elevadas. Passando olhar pelos diversos potes em bancadas que armazenavam os materiais, localizei um pequeno frasco prateado reluzente. Quando eu peguei o frasco, prestei atenção em minhas grandes mãos cheias de calo. Parecia tão desproporcional ao meu corpo, que por segundos olhei-me no espelho. Visei um garoto corpulento usando uma camisa sem mangas cinzenta, cabelos na testa, com rosto sujo de fuligem e nas mãos o frasco - não eram tão grandes.

Derramei o material no forno, o fogo alimentando-se daquele objeto até tornar-se um líquido. Expandia-se normalmente, tomando boa parte do forno; aquilo já era esperado, não era uma exceção, obedecia as leis de fusão. Estendi as mãos no material enquanto ele expandia-se vagarosamente, fechei meus olhos em prol da atividade que iria fazer, pois precisava de concentração. Minhas mãos se arrepiaram no simples ato de concentração, meu pai me abençoava com tais dons, feixes de luz atingiam o material no derreter, irrompendo das minhas mãos; abençoei o material em simples segundos de concentração e fé nas minhas habilidades, que forneceram um aspecto até mais brilhoso ao mesmo.

Busquei um molde no armazém, perto de variadas bancadas longe uma das outras. Avistei um molde de montante grosso, o perfeito molde para encaixar tudo que meu pensamento formou ao pedido do garoto. Quase toquei o material extremamente quente com uma das mãos, e levantando-a, trouxe a prata como se tivesse controlando-a - e de fato, estava, como os filhos de Poseidon controlam a água. Despejei no molde preenchendo cada espaço vazio para que a espada ficasse sólida e bem resistente a embates, o que precisaria futuramente ao ser usada. Após tal, com uma luva, retirei a espada já moldada de dentro do molde, concentrando-me para não deixar o material escapar.

— Vejamos... — sorri e observei a arma calmamente.

Deixei a lâmina em um canto metálico - parecia uma bigorna, lisa. Busquei um frasco acinzentado, também, na área de materiais, no entanto, este não era tão reluzente quanto a prata. Após achá-lo, retirei-o de dentro do pote e joguei livremente no forno, onde começou a derreter na mesma velocidade em que uma tartaruga sonolenta anda.Voltando para a lâmina, enterrei-a em um amontoado de pedras quentes e a trouxe de volta, reluzindo um alaranjado estranho. Com meu martelo em mãos, oscilando com as batidas, tornei a lâmina mais resistente que antes, deixando-a também mais lisa na parte chata para grandes embates. Afiei na mesma superfície metálica, combinando a habilidade com o martelo batendo, proporcionando uma ponta mais afiada.

Um molde perto de mim estava preparado, para fazer o cabo. Após bater muito na lâmina, despejei-a em um vaso com uma água de baixa temperatura, para esfriá-la - assim, poderia trabalhar e ter mais êxito. Despejei o aço no molde de cabo sem perder tempo, preenchendo o molde com velocidade e em pouco tempo, em grande moldagem. Retirei-o com uma luva e sob cuidados de meu martelo, o tornei resistente. Peguei a lâmina vagarosamente e juntei os dois materiais, formando um montante espetacular.

— Nossa... Falta pouco...

Coloquei uma tintura enegrecida na lâmina, e deixei a secar enquanto batia repentinamente o martelo para testar a resistência dos dois materiais juntos - da arma por completo. Com uma agulha um pouco maior, firmei a espada no embasamento metálico e comecei a entalhar o nome do semideus em uma placa servindo de cruzeta da espada. Por fim, despejei a arma novamente no grande pote com água fria e voltei para a recepção de novos clientes.

(...)

— Dois pedidos, nossa. — sorri.

Voltei para a forja nada feliz, é claro, mas trabalhei novamente. Com velocidade ocular, avistei dois frascos contendo conteúdos dourados - bronze, reluzindo a distância. Retirei-os de dentro e disparei até o forno, onde despejei-os. Observei calmamente o bronze derreter, separando-os com uma placa criada pelo forno para que não se juntassem. Localizei dois moldes, um círculo e uma lança com três pontas - um escudo e um tridente. Ajustei-os no tamanho que meus clientes pediram e esperei o derretimento em uma bancada próxima ao forno.

Voltei no exato momento, como se o metal fosse eu e sentisse que estava na hora. Minhas mãos dançaram no ar, puxando os dois metais deformados no ar, agitando-se como água. Levei-os até os moldes e despejei concentradamente, com os punhos oscilando, provavelmente estava ficando mais cansado. Os armamentos tiveram molde grandioso, já que os moldes foram preparados na base das descrições dos pedidos. O Tridente retirei primeiro de seu molde por ser uma arma mais complexa para meu trabalho; a base era o entendimento em pequenos autômatos.

Fui desfazendo a forma de tridente como se fosse um origami, deixando-o menor a cada dobra. Ao alcançar um metro de altura, assumiu a forma de uma espada, como no pedido. Mas eu não quis fazê-lo, as minhas mãos fizeram por mim como se tivessem vida. Firmei um botão na cruzeta que seria equivalente a um botão no meio do cabo do tridente que faria a mudança entre as armas, deixando assim a arma versátil. Por fim, despejei-o no mesmo vaso que a espada grande estava e concentrei-me no escudo.

Minhas batidas no escudo já estavam ficado cansativas. Bati em uma agulha grossa que fazia o entalhe no metal, formando uma caveira feia, a intenção sendo assustar os inimigos com a visão. Ao fim deste entalhe, despejei o escudo no mesmo vaso - equivalente a um container - e retirei os outros dois armamentos.

(...)

— Está aqui... — olhei para os dois, indefinido e um arco-íris humano. — Tridente e Espada longa, 80 e 70 dracmas, vão?

Sorri e pedi para que eles me entregassem, lhes dando as armas. Se eles não me entregassem, filhos de Hefesto são fortes e unidos - mesmo com um grande ressentimento por cada um ter forja. Voltei para o vaso onde o escudo estava esfriando e sem paciência alguma, retirei-o de dentro e firmei sobre uma bancada. Meus olhos se fecharam, mãos se estenderam, mesmo tremendo-se só de pensar que ficaria mais cansado do que aquilo. Minha mente foi tomada por pensamentos, e feixes de luz atingiram o escudo transformando-o lentamente em um anel, como um origami sendo dobrado. Quando abri os olhos, fitei um anel com símbolos de caveira e sorri.

(...)

— Está aqui, fica 100. — entreguei-o sorridente.

Armas criadas:

Poderes:

Itens usados:

The Last Flame.

Bláblá

Atualização

Tópico atualizado

Atualizdo em: 29/03/2013

Forja Reativada

OBS:

Cliques incessantes transformavam a sala num filme em constante reprodução. A monotonia encerrou ao passar da manhã, quando menos esperado, surge um cliente. Desastrado, o garoto, nem percebe o dono da forja, de modo que ao passar por ele, perde o equilíbrio e vai ao chão.
Jasper ouve a voz atentamente, mentalizando o pedido. — Uhum.
À luz da manhã, numa área descoberta de sua forja, apoia o escudo firmemente sobre uma bancada, colando-lhe tiras em formas de circunferências e uma estrela. Rápidas pinceladas definiram a nova aparência do escudo, com as cores da bandeira estadunidense, imitava o escudo do famoso herói Capitão América. Envolto de uma calma sobrenatural, levantou o escudo aos céus, analisou o reflexo das cores, possíveis erros de rápido acabamento; um trabalho que tirava-lhe o tédio. Os braços fortes pegaram o escudo e preocupados com a tintura, tatearam o escudo, alegrando-se; a tinta já estava seca; levou a arma até a frente, onde seu dono esperava.
— São apenas 5 drácmas. — declarou.

- Usado: 1x Tintura.