Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Beatrice Laila Gridys Qua 18 Fev 2015, 23:27



FichaDeReclamaçãoDeimos

- Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

Deimos. Um aspecto frio que deixaria qualquer um com medo, o próprio nome do deus causa arrepios. Imagina ser filha dele? Gostar seria pouco, aspectos frios todos temos e aqui desejo despertar esse lado obscuro não só do personagem, mas também mostrar como isso pode ser passado para aqueles que são próximos.

- Perfil do Pesonagem

Física_ Garota de cabelos longos e escuros como a noite. Tem olhos pretos e pele branca como a neve. Apesar de ter apenas 17 anos, seus aspectos são de uma mulher bem mais velha. Ela tem um andar confiante e um corpo bem esculpido. Alta e malhada, raras as vezes que da um sorriso por isso tem mascas de tristeza no rosto.

Emocionais_ Garota fria que não demonstra seus sentimentos. Tem um passado obscuro e sente prazer ao matar. Movida pelo simples fato de que ainda restam pessoas no mundo para morrer, ela vive em uma bolha fechada e não da nenhum indicio que se arrepende do que faz.


- Historia

Eu tinha passado o dia inteiro atendendo os clientes do pequeno frigorifico em que trabalhava. Meu corpo estava com respingos de sangue e o cheiro e minhas roupas estavam com cheiro de carne crua.

- Aqui senhor – Passei uma nota de troco para um homem velho e enrugado – Obrigado pela preferencia e até a próxima.

Enquanto o velhinho abria a porta de vidro eu suspirei de alivio retirando meu avental. Fui até uma plaquinha que ficava exposta para a rua e virei para o nome “Fechado”.

Começamos o rápido trabalho de lavar algumas coisas e deixar o local menos bagunçado para o dia seguinte. Com a ajuda de um garoto que também trabalhava lá fui cortar alguns pedaços que passariam a noite sendo refrigerados para serem vendidos no dia seguinte.

Quando terminei recolhi minha pequena bolsa e, sem falar nada, sai do frigorifico. A primeira coisa que fiz quando cheguei ao lado de fora foi respirar fundo, era ótimo não sentir o cheiro de sangue animal entrando por minhas narinas. Sangue fresco ainda estava respigando em meu cabelo, não me importava, tinha certeza que fedia mais que um peixe morto e um macaco abatido a paulada, mas isso me deixa bem. Estranhamente bem.

Caminhei pela rua recolhendo em cada esquina olhares em minha direção, talvez pelo cheiro. A lua brilhava sobre minha cabeça iluminando o caminho que eu deveria seguir. Mais dois quarteirões e eu chegaria ao meu apartamento.

Assim que cheguei em casa fui para o banheiro e vomitei. Estava enjoada apesar de não ter comido nada o dia inteiro. Me olhei no espelho. Uma garota alta de cabelos escuros me encarava. Seu rosto sem marca indicava o tempo que fazia que ela não dava o mais simples sorriso. Não gostar de si.

Depois de um longo banho fui fazer minha primeira refeição do dia, precisava de energia para ir ao segundo trabalho. Comi macarrão feito em cinco minutos com ovo cozido. Isso lá é comida de gente? diria minha irmã. Eu não me importava em pensar nela, não me importava em lembrar seus restos mortais.

Recolhi uma faca que estava dentro de minha bolsa que eu sempre carregava. A faca tinha o cabo branco e a lâmina prata que refletia qualquer luz que tivesse no ambiente, ela seria meu instrumento de corte naquela noite. Completei meu arsenal com grampos no cabelo.

Eu não descansei. Precisava de meu cérebro ativo para o ‘trabalho noturno’, era assim que chamava. Carregava o leve peso de seis corpos em meus ombros. Estava ganhando fama por meus trabalhos bem feitos e discretos. O último que me chamara era uma mãe de uma garotinha de cinco anos, ela tinha olhos frios e inchados como se tivesse chorado a semana inteira. Contou a historia de um lavrador que morava nos recantos da cidade, ele tinha abusado de sua filha.

- Eu só quero justiça, ele a matou por dentro. Quero que ele morra por fora – ela me disse como se praticasse a maldade por toda a vida – Ele não foi preso, falta de provas. Que prova melhor do que minha filha gritando a noite e chorando ao ver ele? Ou ela repudiar o simples toque do pai?

Nojo eu sentia antes mesmo de conhecê-lo. Aceitei o trabalho com o maior prazer. O caminho era longo e quando cheguei já era meia noite... Um pequeno barraco feito de... o que era aquilo? Não era tijolo e nem madeira, um tipo de terra que eu nunca vi. O telhado era de palha seca.

Olhei em volta, mas não encontrei ninguém. O lugar não tinha casa e a estrada era de terra fofa. Árvores se estendiam pela estrada e algumas plantações rodeavam a casa. Um senhor magro e cansado com uma camisa aberta de calor estava com uma enxada jogada no ombro e ia em direção ao pequeno barraco.

Fiquei na espreita por algumas horas até ver as luzes se apagar. Lâmpadas? Provavelmente lamparinas.

Ele morava sozinho e não tinha filhos, sua esposa havia morrido em um incêndio a muito tempo. Descobri isso em uma semana de busca, trabalhar em um frigorifico ajudava, as pessoas conversavam abertamente e não suspeitavam. Pensavam que era simples informações de um possível devedor.

Decidi agir. Atravessei a estrada de terra e fui até a casa dele. Peguei meus grampos do cabelo e tentei por na fechadura da porta... Não tinha fechadura. A casa era fechada por dentro.

Olhei aquilo frustrada. Plano B.

Joguei meu ombro contra a porta que se abriu facilmente. O local estava escuro, mas pude discernir alguns moveis sujos e velhos. O local tinha apenas uma sala, um quarto e a cozinha que fiava ao ar livre.

O ouvi o som que indicava que ele procurava alguma coisa pra se defender. Fui até seu pequeno e empoeirado quarto e ele estava tremendo com uma faca na mão. Pus o dedo indicador entre os dedos em um gesto de silêncio e ele tremeu mais ainda tentado reproduzir algum som ou grito.

Foi tudo muito rápido. Lhe chutei forte no meio das pernas lhe atingindo... lá. Ele urrou de dor e caiu no chão. Lhe rodeei com passos silenciosos e comecei uma sequencia de chutes no abdômen até ele sangrar pela boca.

Recolhi minha faca e segurei a cabeça dele no alto com a lâmina pressionando sua carótida.

- Você destruiu a vida dela... Você não merece viver – sussurrei em seu ouvido logo antes de pressionar mais forte a lâmina que lhe cortou levemente. Ele estava quase morto. Muito pequeno, fraco, sem forças para reagir ou lutar. Ele não tinha como escapar. Começou a sangrar pelo pescoço por vários minutos se contorcendo de dor. Não adiantava, ninguém ia ouvir os gritos de horror dele.

Comecei a vasculhar suas coisas, encontrei fotos de crianças nuas em sua gaveta de roupas. Sempre que encontrava mais indícios de seus feitos, ursos, preservativos, cadernos, eu sentia que ele deveria viver. Viver sofrendo, uma longa vida...

Foi quando vi um cachorro na cozinha que era sem paredes, um local aberto. Eu não tinha visto cachorros antes ali e aquele... Ele era grande de pele grossa e olhos vermelhos flamejantes. Um monstro.

Ele rosnou e avançou em mim que fiquei paralisada por alguns segundos. O que diabos era aquilo? Uma flecha passou voando em minha cabeça e pousou no pescoço do cão. Em um clique a flecha explodiu e eu apaguei.

Vozes gritavam ao longe, eu sentia um vento forte assoprando em meu rosto. Uma pessoa gritou por socorro muito perto de mim o que fez minha cabeça doer mais ainda. Tentei abrir os olhos e vi um garoto que depois descobri ser um curandeiro.

Algumas horas depois de ter acordado na enfermaria eu tive a maior supressa de todas, não foi descobrir um acampamento para semideuses, não foi ver um ser mitológico tentando me matar, não foi ser levada desmaiada por um Pégaso e um sátiro, não. A maior de todas as surpresas foi quando algo em minha cabeça brilhou e todos olharam para mim, todos que estavam na enfermaria; o curandeiro e o sátiro que tinha me resgatado.

-  Deimos -  Falou o garoto que era curandeiro.
Beatrice Laila Gridys
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Ficha de Reclamação - Éolo

Mensagem por Nicholas Eagle Qui 19 Fev 2015, 17:12

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Éolo
▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Nicholas é um garoto alto, com aproximadamente de 1.70 , magro, com cabelos castanhos claro, que normalmente vivem bagunçados, olhos de mesma tonalidade, ele é instável, procura ser sempre amigável, calmo e paciente, mas quando perde a calma pode ser incontrolável.

▬ Diga-nos: por quê  quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Minha personalidade instável como os ventos, faz com que eu me veja um pouco em Éolo.

▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.
          Desde muito tempo venho procurando saber quem sou, quem é meu pai. Não tenho mãe, a mesma faleceu ao me deixar as portas de um Orfanato quando ainda tinha 5 anos, minha infância lá não foi muito boa, sempre fui taxado de monstro ou aberração, por conta das "habilidades" de manipular o ar que eu possuía, as crianças sempre viviam afastadas de mim, mas eu não me incomodava muito, se me preocupasse seria pior. Eu tinha fé que um dia meu Pai me tiraria dali e me levaria para morar com ele. Bom, em parte eu estava certo, Saí, mas não por meu pai exatamente, nem para morar com ele.
          Aos 12 anos, uma mulher veio e disse a Sra. Oliver, dona do orfanato que era secretária de meu pai e que iria me levar pra casa. Não sei como, nem porque acreditaram numa história dessas, mas me mandaram acompanhá-la, por um momento eu fui a pessoa mais feliz do mundo, pois ia conhecer meu pai, depois de tanto tempo. Mas só os Deuses sabem o quanto eu estava enganado. No meio da viagem de táxi a bela moça de pele clara e olhos azuis profundos disse-me que eu não veria meu pai, mas iria para um lugar onde eu "poderia ser mais útil a ele". Eu fiquei furioso, e de repente, BUM!. O Táxi rodopiou e capotou uma ventania forte cercou-nos e a fúria em mim só aumentava, a moça por um momento pareceu desaparecer, mas depois a vi claramente de novo, e a mesma disse:
- Se acalme Nicholas seu pai é um homem ocupado, não pode vê-lo. Mas veja, ele me mandou aqui para te levar ao acampamento, para te levar em segurança. - Falou ela mais alto que o vento.
- Ele está ocupado por 12 anos? De forma que manda uma secretária me buscar, para levar sei lá pra onde? - Retruquei.
- Sim, exatamente. - Respondeu, como se fosse a coisa mais normal do mundo.
- E quem ele pensa que é? - Gritei.
- Éolo, o Deus que comanda os quatro ventos. - Disse-me ela. E continuou - É por isso que você é capaz de fazer esses truques, olhe a sua volta. Já chaga de ser taxado como aberração, vamos para casa, vamos para um lugar seguro.
          Olho ao redor, e as pessoas estão me olhando como sempre, como uma aberração. Toda a descarga de adrenalina acaba, toda raiva é consumida, e eu volto a se sentir excluído, agora até pelo meu próprio pai. Aos poucos vou perdendo as forças e com ela a consciência, caio no chão e a última visão que tenho é umas espirais verdes pairando sobre mim.
         Acordo em algum lugar de uma floresta, estou sendo carregado, algo fofo me leva, levanto com um susto, e ao ficar de pé vejo a secretária de meu pai, ao lado de uma... Nuvem?. Recomponho-me, mas não consigo disfarçar a cara de abatido. Ela pergunta-me:
- Como está? o que li aflige? - Em um tom suave como nunca alguém falara comigo.
- Bem, levando em conta que meu pai que nunca veio me visitar é Deus do vento, eu destruí um táxi, estou exausto e estava sendo carregado por uma nuvem, isso não é possível eu sou louco, ou melhor a senhora que é louca. - Digo tentando compreender tudo que aconteceu e acontece em minha vida, realmente algumas coisas seria explicadas com tudo isso, mas... Não, não é possível.
         Ela se abaixou para ficar cara a cara comigo, e eu tive mais uma vez a impressão de poder ver através dela, e ela disse:
- Se não é possível como eu consigo fazer isso.
        E assim sem mais nem menos ela VOOU! , o vento ao meu redor se contorceu com alguns gestos dela e fez com que eu também saísse do chão. Voar é uma sensação ótima, parecia que eu fazia aquilo desde sempre, foi magnífico e quando pousamos ela apontou para um campo onde tinha vários garotos e garotas, algumas casas em U e uma casa grande perto de campos de morangos com cheiros magníficos, seria um bom lugar pra tirar férias se não fosse a arena, onde garotos da minha idade tentavam se matar. E disse-me:
- Treine aqui Nicholas, cresça e se torne um forte semideus, orgulhe seu pai, e vá procurá-lo quando achar que deve conhecê-lo.
          E com um ultimo sorriso, ela se desfez com o vento, e uma aconchegante brisa acolhedora. A partir daí eu fiz uma promessa silenciosa que encontraria ela mais uma vez para agradecê-la. Quanto ao meu pai, eu deixarei o tempo mostrar pra ele o quanto eu posso ser útil.
 Assim desci, a colina correndo, e sabia que agora tudo iria mudar, que agora eu estou em casa.
Nicholas Eagle
Nicholas Eagle
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Bell J. Cranel Qui 19 Fev 2015, 18:31


Fichas de Reclamação




Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Escolhi Deimos como meu pai divino por ser o deus do pânico algo que eu acredito que todos devem aceitar, e então superar, afinal de contas somente ao superar seus pânicos ( Obs: Pânico é um medo que você não consegue encarar facilmente, é como hidrofobia e outras fobias) você consegue dar tudo de si e superar seus limites  e provar sua coragem.  Acredito também que o pânico é a melhor arma contra seus inimigos, pois ao saber  quais são as coisas que causam pânico em seus oponentes, você pode facilmente os controlar.

Características Físicas

Simon possui um corpo definido e bem equilibrado em seus 1,65 e apesar de ser pequeno o garoto nunca ligou para isso, sempre encarando o fato de bom humor. O garoto ao nascer foi constato que possuía dois defeitos genéticos, o primeiro afetava a coloração de seus cabelos, que desde que ele havia nascido seriam brancos como neve, mas possuiriam a mesma resistência e velocidade de crescimento de qualquer outro,  já o segundo defeito genético do garoto afetava seu olho esquerdo, que ao contrario do olho direito dele não era azul, mas sim de um intenso vermelho e apesar dos médicos não saberem dizer o por quê, quando o garoto fica muito animado, concentrado ou com uma alta dose de adrenalina em seu corpo, a esclerótica (Parte branca do olho humano) do seu olho esquerdo se torna completamente negra.

Além dessas características, o semideus também possui em suas costas a tatuagem de um par de asas de anjo em suas costas, uma branca do lado esquerdo do seu corpo e uma negra do lado direito (O oposto de seus olhos) essa tatuagem desce por toda a extensão das costas do garoto, até repousar as pontas das asas nas nádegas do garoto.

Características Psicológicas

Calmo e na sua, é assim que as pessoas que conhecem Simon o chamam na maioria das vezes, isso simplesmente por que não importa a hora ou lugar, ele sempre estará perto de um lago, piscina, ou qualquer outra coisa com uma quantidade considerável de água enquanto ler algum livro. E apesar de poucos saberes disso, na verdade ele é um garoto divertido e brincalhão, fiel a aqueles a quem oferece amizade e um tanto malicioso com coisas como amor e sexo, sempre vendo romance ou desejo em tudo. A filosofia do garoto é: O mundo é interessante e eu só faço coisas interessantes. Em outras palavras, ele não liga muito para coisas como inimigos ou aliados de seu pai e se envolve com tudo e todos que achar "interessante".

 Mas ao entrar em batalha ou se concentrar em algo a personalidade do garoto muda completamente, assim como seu olho esquerdo, que se torna negro (Lembrando que a íris é vermelha).  Quando está concentrado ou com a adrenalina em alta em batalha, o garoto só tem uma coisa em mente que é como destruir seu oponente da melhor forma possível, seja o levando a morte ou simplesmente destruindo sua “alma” para que esse nunca mais o desafie.  Ele busca encarar os próprios medos e as coisas que o apavoram a todo o momento, para fortificar a si mesmo e não se deixar abalar, ao mesmo tempo em que busca aproveitar dos medos e pavores de seu oponente para o fazer cometer mais erros, e levar a si mesmo a derrota.


História do Personagem

Sabe uma coisa boa de ser criado no exercito? Você aprende a lidar com armas desde pequeno e desenvolve um bom físico, além de é claro da experiência escolar mais completa e realista do mundo, ou pelo menos é o que o meu tio diria a qualquer um que perguntasse para ele e por incrível que pareça muitas pessoas perguntam, e o que eu acho de ser criado no exercito? Eu sou o único garoto de dezesseis anos ali, e também o único que nos treinos de guerra ocupa a posição de franco atirador, e apesar de tudo isso parecer muito legal e tudo mais, é bem chato, pois sou tratado como um soldado e uma criança ao mesmo tempo, o que para aqueles que não sabem, é uma mistura estranha de respeito e orgulho com impaciência e cuidado.   Mas não é de todo mal morar em uma base do exercito, pelos menos eu pude aprender Savate e a ser um franco atirador, o que era realmente muito legal.  

E pensar que há quatro horas essa era a minha vida e eu queria que algo mudasse, daria tudo para que tudo fosse como antes.

(...)

No começo era um dia comum para mim, por que não seria? Eu havia acordado às cinco horas da manhã como em qualquer outro dia, tomado um banho e vestido minhas roupas de treino padrão: Calça preta, camisa branca e um coturno preto com pico de aço e uma lâmina escondida na sola (Todos precisam de seus truques não?).

Logo após ter me vestido eu não pude evitar sorrir para o meu reflexo, não por que estivesse me achando bonito ou algo assim, mas por que meu tio sempre me dizia que eu tinha o sorriso de minha mãe e isso era o máximo que ele dizia sobre ela.

— Vamos lá, manter minhas presas afiadas.  - Murmurei para o meu reflexo enquanto me encaminhava para o local que eu e meu pai sempre treinávamos: O Redemoinho.


 Savate: Arte marcial francesa que mistura chutes e socos potentes.  Era isso que eu fazia, era isso que meu tio fazia e que pelo que eu sabia toda a minha família sabia. Lutar era algo que vivíamos fazendo a gerações, éramos guerreiros, soldados, lutadores.  

E era na arena, carinhosamente chamada de “O Redemoinho” onde centenas de objetos de impacto eram pendurados por centenas de cordas giravam em torno de quem estava no centro e essa pessoa ao golpear um dos objetos causava uma reação em cadeia que fazia todos os objetos se moverem e a atingirem várias e várias vezes até a pessoa aprender a desviar dos objetos e se defender, para os outros soldados aquilo era o inferno da dor, para mim, meu parque de diversões.

—Está prestando atenção Simon? - Olhei para o homem que até agora estava falando sobre relatórios do dia e sorri de canto, apesar de eu ter o sorriso de minha mãe, todo o resto eu devia ao lado da família de minha pai. Enquanto eu possuía uma pele pálida e um corpo magro, mas definido, meu tio possuía uma pele morena e um corpo definido por várias horas de treinos e musculação, tudo em meu tio era feito de puro músculo e força, mesmo ele já estando em seus quarenta e poucos anos.  Seus cabelos pretos eram mais curtos que os meus e seguiam aquele padrão militar que graças a deus eu havia conseguido fazer com que ele não me obrigasse a seguir.  

— Alto e claro senhor - Falei enquanto  sem emitir sequer um aviso saltei sobre ele em uma voadora que mirava sua cabeça, mas ele não seria pego por um golpe tão simples e logo desviou para a esquerda dando um risinho de desprezo enquanto eu aterrissava suavemente no chão. O treino ia começar.

(...)

Mesmo depois de ter passado há ultima duas horas treinando Savate com ele meu tio ainda insistia que eu fizesse o treino do redemoinho e nada que eu dissesse poderia mudar essa decisão dele, o que realmente era irritante, mas como ele havia mandado, ordens eram ordens.  E então assim que eu golpeei o primeiro objeto de madeira ele bateu em outro que bateu em outro e assim foi se repetindo até que todos os objetos estavam girando e se movendo em todas as direções e indo várias vezes em minha direção, mas como sempre, de alguma forma eu sabia quantos segundos levava para cada objeto atingir um ponto, sabia os segundos de meus movimentos e desviava facilmente de todos os objetos com movimentos mínimos, sempre sabendo em que segundo o objeto ia me acertar e desviando no momento certo, era como se eu entendesse o mecanismo e funcionamento daquele negocio.  Dez minutos depois eu tinha acabado o treino e já podia ir para cama descansar.

(...)


Sabe o que é acordar no meio da noite com um grito de uma garota e um berro de um ser muito, mas realmente muito alto? Não? Acredite, não é nenhum parque de diversões e você não acorda exatamente de bom humor, ainda mais no meio da noite.

Não que eu tivesse pensando nisso enquanto corria para a arena com a adaga em mão, pronto para qualquer coisa, menos é claro o que eu encontrei: Um enorme ser de um único olho sendo atacado por uma garota que devia ter aproximadamente um metro e sessenta de altura, um corpo com curvas que me distraíram por alguns momentos e um par de olhos cinzas que enquanto eu olhava pareciam brilhar, tornando aquela garota ainda mais linda e atraente.

— Fique aqui Simon! - Antes que eu pudesse sequer entender quem havia gritado meu nome eu vi meu tio empunhando duas espadas, uma vermelha e uma preta contra o ciclope, ajudando a garota a matar o monstro rapidamente antes de se virar para mim e andar a passos decididos, simplesmente empurrando as espadas em meu peito enquanto eu fitava tudo aquilo sem entender nada.

— Não tenho tempo para explicar, sua mãe era filha de Nyx e seu pai é Deimos, essas espadas são suas por direito, os deuses olimpos existem e agora você corre perigo, então vá com aquela garota para um acampamento especial, onde ficará protegido, explicarei tudo depois, agora vá!

Antes que eu me desse conta eu estava agarrado a cintura da bela garota morena e de olhos cinzentos enquanto olhava para trás, para o local que antes era meu lar e para o monstro que lentamente se transformava em areia e ela levado pelo vento, como minha vida estava sendo levada e mudada por todos esses acontecimentos inexplicáveis, eu havia ido parar em algum livro muito louco.







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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Amber Lounge Qui 19 Fev 2015, 19:28

[size=40]Amberly Grace Lounge[/size]
 
 
FILHA DE AFRODITE    PAIXÃO


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POR QUAL DEUS VOCÊ DESEJA SER RECLAMADO E POR QUÊ?
 
Eu. . . E-eu quero ser uma filha de Afrodite. Ela é a deusa da beleza, do amor, do prazer, da fertilidade, de mil sentidos relacionados a apenas uma palavra: paixão. Foi isso que eu vi, que e quis a vida toda: amor. É, sim, Afrodite. . . Não, já decidi. Olá, eu sou Amberly Grace Lounge, filha de Afrodite, dezessete anos e recém-chegada no Acampamento Meio-Sangue. Essa sou eu, alguma objeção?

APARÊNCIA
Sou uma pessoa com baixa estrutura, com os meus 1,64. Tenho olhos castanhos normais, tão comuns quantos os de qualquer outro – mas todos dizem que eles têm um quê de especial. Um brilho angelical. Junto com uma aura hipnotizadora. Minha pele é bronzeada, por causa do contato constante que tenho com o sol – adoro nadar, correr, praticar esportes. Estou muito satisfeita com minha aparência, o meu peso e o meu corpo, proporcional a idade – com direito a cintura fina, seios quase fartos e quadris dignos de uma filha de Afrodite. Normal? Talvez.
PERSONALIDADE
Alguns dizem que eu sou apaixonante, estimulante – mas eu acho que qualquer poderia ser, talvez se esforçando. Admito que sou narcisista com muitas coisas, inclusive caprichos e luxos. Gosto de receber elogios e olhares, mas não bajulação. Eu sei que eu sou linda, mas eu também quero amigos, okay? Please! Tenho uma dificuldade enorme de me manter fiel – nunca consigo! Sou extremamente boêmia, porque eu acho que a noite, a madrugada, as esquinas vazias escondem o amor proibido, o que todos sentem, porém não querem revelar.  Todos acham que eu sou uma amiga ruim e extremamente fútil. Se é para ajudar um amigo, esqueço que devo parecer bonita, esqueço de flertar, o fazendo apenas para ajudar o amigo.
 
HISTÓRIA
Não existiam motivos para Amber continuar residindo na cidade. Apenas naquela semana, coisas estranhas aconteceram com ela: falar francês de repente, mesmo sem saber;  conseguiu “ler” a mente da professora bem na hora, o que resultou em um belo A+; e conseguiu mudar o próprio rosto. Os motivos aumentavam diariamente, e ela tentava não pensar qual habilidade “sobrenatural”  descobriria hoje.
Além disso, acabara de se formar na moda. Uma mudança de ambiente lhe cairia bem. Ela estava tão animada com a decisão que logo decidiu o destino: New York. Adoraria contemplar a Broadway, talvez tirar uma selfie na Times Square. . . Comprara a passagem para algumas horas depois, e logo tinha seus documentos na carteira, que estava no bolso traseiro da calça jeans justa.
Sorriu com o pensamento. Fez as malas rapidamente, apenas avisando a inquilina que iria desocupar o apartamento, e partiu para o aeroporto, mesmo sabendo que esperaria quase duas horas para embarcar.
Agora sentada dentro do táxi, que estava parado por causa de um congestionamento, pareceu se divertir com a situação.
-- Como eu queria que esse congestionamento acabasse logo! – exclamou e, em segundos, o trânsito se moveu. Estupefata, tentou ignorar, dizendo ser apenas uma coincidência. Fitou as mãos até o táxi parar.
Pegou sua mala – que na verdade era uma simples mochila – e se sentou em uma das cadeiras, suspirando de alívio. Não se atrasaria, afinal.
Pegou um folheto que estava em cima do banco, lendo atentamente – tentando ler, na verdade, já que tinha dislexia. Ele falava sobre os Deuses gregos, e ela estava bem interessada nos contos.
Foi quando leu a página que descrevia Afrodite. Jurou ter visto um brilho maternal em seus olhos, mas que logo passou. Ignorou novamente, e deu de ombros. Estava ficando apenas paranoica, só isso.

Deu de ombros novamente, só para confirmar, e se levantou, levando seus pertences consigo, prestes a ir procurar uma cafeteira decente.
Amber Lounge
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Gregorio Siel Sex 20 Fev 2015, 12:14



Teste de Reclamação

Filho de Hipnos





- Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

Hipnos. Desejo ser reclamado por ele, pois ele se encaixa completamente bem na historia que tinha bolado para o meu personagem. Além de ter uma boa historia e ser um dos meus deuses favoritos.



- Perfil do Personagem

Físicas: Belo e de um sorriso encantador. A expressão do seu rosto passa uma calma e alegria naturalmente. Dotado de uma pele negra e de um porte meio atlético que combinam quase que perfeitamente. Tem uma voz firme e grave, mas que não assusta. É bastante alto, possui 1,79 de altura e ainda tem apenas 16 anos. Suas mãos são grandes e grossas, mas não de modo agressivo. Olhos escuros e determinados.

Psicológico: Confiante, perfeccionista e simpático. São alguns de seus adjetivos mais fortes. Que combinados com seu tom irônico, brincalhão e extrovertido formam uma combinação um tanto improvável e curiosa. E falando nisso curiosidade é um de seus pontos fortes. Apesar de tudo isso ainda encontra espaço para exibir sua calma e tranquilidade nos momentos difíceis e que requerem isto. Apesar de ser filho de Hipnos possui “alguns muitos” problemas para dormir, que o deixa extremamente frustrado consigo. Torna-se irritado e agressivo quando atingem alguém que gosta e faz de tudo pra proteger as pessoas a quem tem afeto. No seu coração existe lugar para ser carinhoso. E ainda tem espaço para uma pitada muito pequena de orgulho.




- História do Personagem:

Abri os olhos. Olhei para o relógio do lado da minha cama e ele marcava 3:48 da madrugada e mais uma vez eu tinha perdido o sono. Fruto de um de meus sonhos malucos. Já que estava acordado resolvi descer as escadas e dar uma passada no escritório de minha mãe. E lá estava ela e toda sua equipe criativa, o que eu tinha de mais próximo de uma família.
Era um total de quinze pessoas, isso sem contar os dois novatos - recém-chegado na “família”, um menino e uma menina. Composta de publicitários a designers e outra áreas de artes e comunicação eles formavam uma bela e bem-sucedida empresa de publicidade.
- Olá, seres da madrugada! – disse ao parar na porta do escritório e a ter todos os olhares voltados para mim.
- Ah não, essa não! O que faz aqui pirralho deveria esta dormindo a essa hora!- disse John sorrindo – Devo admitir que senti falta de suas intromissões em nossas reuniões durante a noite. Como foi a estadia em Londres?- completou vindo me cumprimentar.
- Foi boa, aprendi bastante por lá - respondi sorrindo – Qual o motivo dessa reunião durante a calada da noite?
- Garoto você deveria estar dormindo, o que aconteceu? Insônia? – disse minha mãe.
Devo dizer que ela é linda, a minha mãe. Possuía uma beleza encantadora, com seu cabelo afro e cacheado e seu porte sadio e com curvas, era excepcionalmente bela.
-Sim, mãe! – menti – Mas e ai qual vai ser? Maratona Criativa? – desviei do assunto
Odiava mentir pra minha mãe, mas não podia falar com ela dos meus sonhos malucos e que pareciam ser extremamente reais que estava tendo todas as noites. Ainda mais com todas aquelas criaturas horripilantes presente neles. O estranho era que por mais que tivesse dormindo raramente ficava com insônia, mas isso é algo para pensar em outro momento.
- Sim, filho – disse ela olhando pra mim como se soubesse da minha mentira - Três dias. Temos um projeto para uma grande empresa, vamos divulgar um novo smartphone.
Isso é uma coisa que nunca tive. Um celular. Apesar de sermos praticamente ricos minha mãe nunca me deixou ter um aparelho desses. Algumas vezes até parecia que tinha medo que eu possuísse um.
- Voltamos de Londres há algumas horas e vocês já vão trabalhar feitos loucos. Primeiro não tive a festa de recepção que esperava. Nada de balões, bolo ou serpentina. Segundo, não vou nem poder passar um tempo com vocês, complicado! – disse sorrindo.
Observei atentamente aquelas pessoas. Minha família, independente dos laços de sangue sempre estiveram ali. Pelo que eu sabia eles já trabalhavam juntos há um pouco mais de 20 anos, desde antes do meu nascimento. Por isso a questão do sucesso da empresa. E também por isso o carinho por mim, o mais novo entre eles.
- Bem mãe, já que é assim. Liga pro Pai e pergunta se vou poder ficar um tempo na casa dele – disse subindo as escadas.
- Bem... Não é perigoso... Quer dizer... Melhor você ficar aqui – disse um dos novatos – Mal chegou, não é melhor você ficar perto da sua mãe e da gente?
O Novato que disse isso tinha uma aparência de modelo. Era alto e de porte atlético. Tinha a pele bronzeada, como se tivesse pegado muito sol, só que de um jeito natural. Era loiro e de olhos azuis, lembrava um surfista.
- Cara, o Lucas mora a dois prédios daqui, e que perigo isso pode acarretar? Além do mais você mal me conhece, é um dos novatos, como pode querer ficar comigo? – disse rindo da situação ao terminar de subir as escadas.
Na verdade Lucas, a quem eu chamo de pai, não era realmente meu pai. Pelo menos não biológico. Mas enquanto se pesasse os sentimentos ele era a figura paterna na minha vida. Ele foi o único que minha mãe namorou, além do meu pai biológico - que nunca conheci.
Quando era pequeno o Lucas e minha mãe - Anna - namoraram. E por esse motivo ele é como um pai para mim. Foi para ele que corri quando tinha valentões perturbando a mim na escola, foi a ele que contei quando beijei a primeira garota e tudo mais. Assim que se separaram, anos atrás, pensei que nunca mais fosse o ver, todavia as coisas não correram assim. Ele e minha mãe continuaram amigos e ele continuou fazendo o papel de pai em minha vida. Tanto que no outro dia ele estava lá em casa logo pela manhã, no entanto não foi para me levar para casa dele.
(...)
- Gostou de minha casa em Londres? – disse ele com o sorriso distante.
- Gostei bastante. Era grande e espaçosa. Veio me levar pra sua casa? – perguntei esperançoso.
- Queria que fosse isso, Greg – disse ele passando a mão na minha cabeça – Mas sua mãe tem que te contar uma coisa.
Ele me levou para o escritório, o mesmo que a equipe estava na madrugada, e lá eu encontrei um dos novatos, o que falou comigo ontem, e minha mãe. O nome do novato era John.
- Filho, eu acho melhor você se sentar – disse minha mãe me apontando uma cadeira.
Fiz o que ela mandou e notei que as caras deles não eram das melhores. Parecia que alguém tinha morrido. Só o John que estava com uma cara normal.
- Filho, essa historia é sobre seu pai – começou minha mãe.
- O que foi? O Lucas vai ter que se mudar? Viajar? Você está doente? – perguntei preocupado.
- Não esse pai, Gregório, o seu pai biológico – disse John.
Não sabia quase nada sobre meu pai real. Minha mãe odiava tanto tocar no assunto que eu mal perguntava sobre. Só sabia que ele fora o primeiro amor de minha mãe e que ele era bastante belo e excêntrico, como dizia Lucas. E que teve que sumir as pressas quando ela descobriu que estava gravida de mim. No entanto fora isso nunca tinha visto uma foto, nem ao menos sabia o nome.
- O nome dele era Hipnos – prossegui Anna.
- Hipnos como o deus grego do sono? – perguntei
- Não como, mas sim ele. Você é um semideus, Greg, você é um meio-sangue, uma prole de Hipnos – disse John, sem nenhum tato.
- Vocês estão brincando não é? Como posso ser filho de um deus do sono se mal consigo dormir nos últimos meses? – perguntei rindo.
- Na verdade não. John disse a verdade ele é como você, um meio-sangue – disse minha mãe.    
Foi muita informação para a minha cabeça. Não consegui acreditar em nada e apesar disso tinha uma voz em minha mente me dizendo para acreditar, no entanto não aguentei. Antes que meus pais e o novato dissesse alguma coisa sai correndo, fugi de casa.
(...)
Passei dois dias longe de casa, morando nas ruas. Foram dois dias em que vivi feito um mendigo. Queria fugir da realidade, da minha realidade. E junto com tudo isso ainda tinha aquela voz em minha mente, uma reconfortante e encorajadora que me dizia para acreditar em tudo.
“Eu não quero acreditar, mas se ao menos tivesse uma prova”. E como se os deuses tivessem atendido o meu pedido logo iria receber a prova do que desejei inconscientemente.
Estava passando por um beco quando tive a terrível experiência de encontrar um ciclope. Não tinha notado que o homem que se aproximava de mim tinha um olho só, infelizmente quando percebi isso muito tarde. Quando finalmente vi que o cara que se aproximava era um monstro era tarde demais, só deu tempo de correr. Dirigi-me ao final do beco, que com a sorte de um meio-sangue, era sem-saída.
Antes do vilão consegui me alcançar me empunhei de uma barra de ferro e quando ele ficou perto o suficiente desferi um golpe na direção de sua cabeça. Ele defendeu o ataque com uma só mão e com a outra me jogou contra a parede. Quando pensei que iria morrer, ouvi um silvo.
O Ciclope havia sido acertado por uma flecha no ombro e assim se virou para a entrada do beco. Parados lá estavam os dois novatos. John e a outra que esqueci o nome. A segunda era alta, cabelos longos e escuros e de olhos azuis frios e uma pele meio pálida, mas não com um aspecto doente. Ela resolveu também disparar uma flecha, que acertou a perna do monstro e depois sacou uma espada e correu na direção dele. Realizou uma estocada seguida de um arco que decepou um braço do ciclope.
- Escolheu um péssimo dia de persegui um dos filhos do deus do sono, babaca – disse John.
Assim que acabou de falar disparou outra flecha, dessa vez mirou na cabeça, que fez com que o monstro se desintegrasse e uma espécie de areia.
- Vamos logo, sua mãe está preocupada, Gregório – disse a menina.
                                                   
(...)

A última semana em minha casa seguiu de explicações. John e Mavra, o nome da menina era essa, eram dois semideuses também. Ele, filho de Apolo e ela, filha de Quione.  Os dois me fizeram relatos de como era a vida de um semideus, falaram o básico sobre os monstros e sobre o lugar aonde iria morar daqui pra frente.    
- Você vai pro Acampamento Meio-Sangue. É pra lá que seu pai quer que você vá – disse John, que notei era muito simpático em relação a outra.
- Vocês moram lá também? – perguntei
- Não mais, saímos há alguns anos atrás – disse a Mavra – O lugar não é tão incrível quanto John faz parecer.
- Pelas suas historias não é muito normal semideuses buscarem os outros, porque eu não fui “recrutado” por um sátiro como vocês? – perguntei, percebi que o assunto do acampamento não era muito bom no momento.
- Uma longa historia – disse John respirando fundo – Bem, digamos que o seu pai nos ajudou em uma missão e estamos retribuindo o favor. Bem agora vai dormir, pra nossa missão bem sucedida temos que te levar ao Acampamento e isso vai acontecer amanhã cedo.
Logo pela manhã saímos da minha casa. A despedida de meus pais foi dolorosa e cheia de sentimentos, sabia que ia morrer de saudades deles.  A viagem foi tranquila, só um monstro nos atacou, mas eles resolveram rapidamente o problema.
- John, se eu sou filho do deus do sono porque fico acordando por esses pesadelos? – perguntei ao pé da colina do acampamento.
- Não sei te responder essa, Greg, mas com certeza alguém ai dentro deve saber – disse ele sorrindo – Bem é aqui que nos separamos, até breve!
Subi a colina com um sorriso no rosto, se as pessoas lá dentro fossem legais como o John foi comigo acho que iria gostar bastante do meu novo lar.        

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Gregorio Siel
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Simon Hattford Sáb 21 Fev 2015, 00:17

FICHA DE RECLAMAÇÃO!

A história de Simon começa nos subúrbios de Londres,onde morava num casebre pequeno e humilde Elena Hattford.  Elena era doce, meiga e muito bonita. Certa vez estava ela à passear num belo dia ensolarado pelo parque, naquele dia Elena havia acordado com uma sensação diferente, de que algo novo aconteceria, sua intuição não costumava falhar, de repente o sol brilhou como nunca e uma aura diferente invadiu aquele local, a temperatura subiu drasticamente, Elena resolveu parar e refrescar-se em uma fonte ali perto. Sentou fez uma concha com a mão pegou água e levou até o rosto.
-Olá bela moça.
Ele com um sobressalto olhou para o lado, e lá estava um belo homem com um bronze incrível na pele, alto, um corpo escultural que mesmo sentado era perceptível, e seus cabelos dourados. Era o deus Apolo. Era normal os deuses como Apolo virem até a Terra e ter relações com humanos. Com facilidade ele exercia um incrível fascínio nas mulheres e com Elena não foi diferente.
-Olá, como vai ? Disse ela com um sorriso bobo no rosto e encantado, digamos que foi amor à primeira vista.
-Vou muito bem. Como se chama ?
-Elena e você ?
-Donnavan. Podemos sair daqui para conversarmos melhor em um lugar mais reservado?
-Podemos sim. Elena por sua origem humilde era muito pacata e se deixava levar facilmente pelas pessoas, imagine por um deus.

Eles saíram dali e foram para a casa de "Donnavan" , que na verdade era Apolo, mas aquela não era a hora de revelar seu segredo para a moça.
-A quanto tempo não vejo beleza tão estonteante diante dos meus olhos. Disse ele, passando a mão sobre as bochechas de Elena, que imediatamente coraram de vergonha. Ele começou a beijá-la e a tocá-la, e naquele lugar eles se amaram insaciavelmente. Naquele dia Elena foi para casa feliz, pois estava perdidamente apaixona por ele, mal sabia ela que ele era um deus do Olimpo.

Muito tempo se passou e ela nunca mais havia visto seu amado, apenas nos sonhos, e literalmente falando, pois toda noite após aquele dia sonhava com ele, mas ele estava diferente, como se fosse no céu, em um palácio dourado acima das nuvens. Achava aquilo estranho, mas ao menos diminuía um pouco da sua saudade. Um mês se passou após aquele encontro, Elena não se sentia bem havia algumas semanas, estava enjoando, com muita preguiça, e só sabia dormir desde então. Até que em um dos seus sonhos sonhou estar com um bebê nos braços, ao lado de Apolo.


.Na virada do ano os dois se encontraram , Apolo com um belo disfarce também encantou Elena , que não sabia que ele a observava , os dois se envolveram nessa noite e logo depois Apolo se foi .Pouco tempo depois Elena descobriu que estava grávida , no mesmo dia Apolo veio a terra novamente e contou toda a verdade para Elena , os dois ficaram felizes , mas ao mesmo tempo tristes pois o filho que Elena carregava não teria contato com o pai.Até os treze anos de idade Elena vinha escondendo a verdade de Simon , que ele era um semi-deus , Simon havia se tornado um rapaz muito bem desenvolvido para sua pouca idade, tinha um bronze incomparável como nunca se vira antes, cabelos encaracolados, que desciam como cascata até a nuca, loiros como o raio de sol, olhos castanhos claros profundos,  tinha uma habilidade inimaginável com qualquer instrumento que pegasse, ainda que fosse a primeira vez, mas tinha um apreço especial ao violão, e sempre carregava o seu debaixo do braço, um violão simples de cordas de aço, com seu nome riscado de caneta permanente, quando se sentia triste procurava qualquer lugar silencioso, e fazia seus dedos deslizarem pelas cordas, tocava qualquer melodia, e logo se sentia bem melhor, também adorava escrever poesias, por mais bobas que fossem, fazia questão de ter um estilo invejável, sempre bem vestido, como sua mãe não tinha condições, não usava roupas caras, e reinventava seu  estilo a cada dia com o que tinha em casa, como sempre foi humilde e viveu nos piores lugares possíveis de imaginar , foi fácil disfarçar o cheiro de Simon , quando a verdade veio a tona , Simon ficou assustado e demorou a entender , mais logo se acostumou com a ideia , do mesmo modo seu cheiro passou a ser mais forte e na escola vieram monstros disfarçados de alunos do intercâmbio atrás dele , por pouco ele se salvou , com suas habilidades de arqueiro ,improvisando com algumas coisas que achou por perto. Depois disso Elena muito preocupada com sua segurança colocou ele no Acampamento Meio-Sangue , logo aqui esta ele.
Simon Hattford
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Simon Hattford Sáb 21 Fev 2015, 00:35

FICHA DE RECLAMAÇÃO!
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Desejo ser reclamado por Apolo, por ser deus da Música, do Sol, e sempre me identifiquei com essas características. Além de ser meu preferido nos livros.
Características Físicas.
Simon, tem um belo porte físico, belos cabelos encaracolados, loiros e belos olhos castanhos claros.
Características Psicológicas.
Simpático, gentil, porem severo quando necessário, brincalhão, exímio arqueiro, inigualavelmente habilidoso com qualquer tipo de instrumento e amante das poesias.
                                                                                          HISTÓRIA DO PERSONAGEM.
A história de Simon começa nos subúrbios de Londres,onde morava num casebre pequeno e humilde Elena Hattford.  Elena era doce, meiga e muito bonita. Certa vez estava ela à passear num belo dia ensolarado pelo parque, naquele dia Elena havia acordado com uma sensação diferente, de que algo novo aconteceria, sua intuição não costumava falhar, de repente o sol brilhou como nunca e uma aura diferente invadiu aquele local, a temperatura subiu drasticamente, Elena resolveu parar e refrescar-se em uma fonte ali perto. Sentou fez uma concha com a mão pegou água e levou até o rosto.
-Olá bela moça.
Ele com um sobressalto olhou para o lado, e lá estava um belo homem com um bronze incrível na pele, alto, um corpo escultural que mesmo sentado era perceptível, e seus cabelos dourados. Era o deus Apolo. Era normal os deuses como Apolo virem até a Terra e ter relações com humanos. Com facilidade ele exercia um incrível fascínio nas mulheres e com Elena não foi diferente.
-Olá, como vai ? Disse ela com um sorriso bobo no rosto e encantado, digamos que foi amor à primeira vista.
-Vou muito bem. Como se chama ?
-Elena e você ?
-Donnavan. Podemos sair daqui para conversarmos melhor em um lugar mais reservado?
-Podemos sim. Elena por sua origem humilde era muito pacata e se deixava levar facilmente pelas pessoas, imagine por um deus.

Eles saíram dali e foram para a casa de "Donnavan" , que na verdade era Apolo, mas aquela não era a hora de revelar seu segredo para a moça.
-A quanto tempo não vejo beleza tão estonteante diante dos meus olhos. Disse ele, passando a mão sobre as bochechas de Elena, que imediatamente coraram de vergonha. Ele começou a beijá-la e a tocá-la, e naquele lugar eles se amaram insaciavelmente. Naquele dia Elena foi para casa feliz, pois estava perdidamente apaixona por ele, mal sabia ela que ele era um deus do Olimpo.

Muito tempo se passou e ela nunca mais havia visto seu amado, apenas nos sonhos, e literalmente falando, pois toda noite após aquele dia sonhava com ele, mas ele estava diferente, como se fosse no céu, em um palácio dourado acima das nuvens. Achava aquilo estranho, mas ao menos diminuía um pouco da sua saudade. Um mês se passou após aquele encontro, Elena não se sentia bem havia algumas semanas, estava enjoando, com muita preguiça, e só sabia dormir desde então. Até que em um dos seus sonhos sonhou estar com um bebê nos braços, ao lado de Apolo.


.Na virada do ano os dois se encontraram , Apolo com um belo disfarce também encantou Elena , que não sabia que ele a observava , os dois se envolveram nessa noite e logo depois Apolo se foi .Pouco tempo depois Elena descobriu que estava grávida , no mesmo dia Apolo veio a terra novamente e contou toda a verdade para Elena , os dois ficaram felizes , mas ao mesmo tempo tristes pois o filho que Elena carregava não teria contato com o pai.Até os treze anos de idade Elena vinha escondendo a verdade de Simon , que ele era um semi-deus , Simon havia se tornado um rapaz muito bem desenvolvido para sua pouca idade, tinha um bronze incomparável como nunca se vira antes, cabelos encaracolados, que desciam como cascata até a nuca, loiros como o raio de sol, olhos castanhos claros profundos,  tinha uma habilidade inimaginável com qualquer instrumento que pegasse, ainda que fosse a primeira vez, mas tinha um apreço especial ao violão, e sempre carregava o seu debaixo do braço, um violão simples de cordas de aço, com seu nome riscado de caneta permanente, quando se sentia triste procurava qualquer lugar silencioso, e fazia seus dedos deslizarem pelas cordas, tocava qualquer melodia, e logo se sentia bem melhor, também adorava escrever poesias, por mais bobas que fossem, fazia questão de ter um estilo invejável, sempre bem vestido, como sua mãe não tinha condições, não usava roupas caras, e reinventava seu  estilo a cada dia com o que tinha em casa, como sempre foi humilde e viveu nos piores lugares possíveis de imaginar , foi fácil disfarçar o cheiro de Simon , quando a verdade veio a tona , Simon ficou assustado e demorou a entender , mais logo se acostumou com a ideia , do mesmo modo seu cheiro passou a ser mais forte e na escola vieram monstros disfarçados de alunos do intercâmbio atrás dele , por pouco ele se salvou , com suas habilidades de arqueiro ,improvisando com algumas coisas que achou por perto. Depois disso Elena muito preocupada com sua segurança colocou ele no Acampamento Meio-Sangue , logo aqui esta ele.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Allice Mason Sáb 21 Fev 2015, 16:50

-Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser reclamada pela deusa Atena, por ser uma deusa que se encaixa bem ao perfil da minha personagem
- Perfil do Personagem
Físico: Cabelos loiros um pouco enrolados com comprimento até o meio de suas costas e olhos cinzentos e tempestuosos. Com 1,60m de altura, não sendo muito alta para sua idade, sua pele é clara e não muito bronzeada.
Psicológico: Inteligente, tem pouca paciência para certas coisas e é irônica às vezes, mas tem um bom coração.

-História da Personagem
Acordei com o irritante som do despertador, ecoando pelos meus ouvidos. Levantei da cama, e fui até o guarda roupa, escolhi uma camiseta simples cinza, calça jeans, e o meu bom e velho all star preto, perfeito para um dia de aula como qualquer outro, pelo menos era o que eu pensava.
Peguei minha bolsa, e uma maçã, após me despedir de meu pai segui meu caminho rumo a escola, junto ao Tyler.
-O que foi? Você está com uma cara estranha. – falei após termos andado dois quarteirões, em total silencio.
-Nada, só um mal pressentimento. – sua expressão era um enigma.
Decidi me calar, antes que houvesse uma briga, mais uma vez, pelos inúmeros segredos que ele insiste em esconder de mim. Continuamos nosso caminho para escola, novamente em total silencio.
Fui direto para o meu lugar, ignorando os constantes olhares sobre mim. As aulas seguiram lentamente, matemática, geografia, ciências, inglês, e por ultimo história, estaria mentindo se dissesse que não dormi na aula de geografia da Sra.Lara.
No intervalo entre as aulas, percebi que Tyler me ignorava enquanto corria pelos corredores, estou confusa,assustada, ele não agia assim, muito menos me ignorava! Eu o segui, determinada a saber o que estava acontecendo.
Quando o encontrei, ele estava dentro da sala de música, um pouco mais tenso do que nas ultimas horas. Percebi que ele estava falando no telefone, em passos “silenciosos” me aproximo da porta, na tentativa de ouvir sobre o que ele falava.
-Estou levando a Alice, aquelas coisas – ele engole seco- estão nos seguindo. Logo a encontrarão.
Ouvi um barulho na sala ao lado  e fui ver o que era. O quarto era repleto de matérias de limpeza, olhos vermelhos brilhantes me olhavam, o ar fugiu de meus pulmões, quero correr, mas meu corpo estava paralisado. Os olhos sumiram dentro da pequena sala, pude sentir um tapa me lançar para fora da sala e meu corpo bater nos armários atrás de mim, meus olhos se fecharam lentamente, pude ver alguém, mas... Tudo se apagou.
Meus olhos se abriram, enquanto lentamente recobrava os sentidos. Quando recuperei a audição, ouvi berros de dor. Me sentei, aterrorizada, para ver o que estava acontecendo. Tyler lutava com uma adolescente, mas ela não tinha uma aparência muito “normal”, seus olhos eram vermelhos como os que eu vi na sala – ou talvez fossem os mesmos – sua pele era muito pálida, uma de suas pernas era metálica, a outra era peluda e tinha um casco onde deveria ser seu pé. Já Tyler estava sem calças, o que me deixou constrangida até eu reparar que, da cintura para baixo, ele era um bode.
Engatinhei, ainda um pouco atordoada, mas eu precisava ajuda-lo. Passei despercebida por eles, que estavam “ocupados demais” lutando, me levantei na porta da pequena sala, e Tyler pareceu me perceber, mas não interrompeu em momento algum sua luta. Peguei um borrifador e o enchi com um pouco de álcool que encontrei e esperei que eles se aproximassem, com o borrifador em uma mão e o balde em outra.
Com a cabeça, pedi a Tyler que aproximasse aquela coisa próxima a mim e, assim que ele a empurrou, ela se virou para mim, e em um movimento rápido borrifei o álcool em seu rosto e em seguida enfiei o balde em sua cabeça. Ela começou a praguejar e se debater, mas, do nada, ela parou e começou a se transformar em poeira amarela, o que me assustou, e desapareceu, liberando a imagem de Tyler ofegante, sem calças e com um bastão de madeira nas mãos. Ele pegou minha mão, sem dizer uma palavra, e começou a correr para o estacionamento, onde meu pai nos esperava em seu fox preto. Ele indicou com a cabeça para que eu entrasse no carro. Eu hesitei, ainda assustada.
-Calma, vamos explicar tudo, agora entre no carro - ele disse me passando um pouco de tranquilidade.
Entrei no carro, ainda um pouco hesitante.
-Alguém pode me dizer o que está acontecendo ou tá difícil? – reclamei. Meu pai e Tyler se entreolharam.
-Tudo tem a ver com sua mãe... – eu o interrompi.
-Minha mãe? Mas ela não morreu quando nasci? Era mentira?
-Sua mãe é uma Olimpiana. – disse Tyler.
-Como assim? Como você sabe disso? E por que você tem pernas de um bode? E para onde estamos indo?
-Logo você saberá. – murmurou meu pai um pouco distante.
Sufoquei as perguntas que formavam em minha mente e queriam sair por minha garganta, obedecendo ao pedido de silêncio disfarçado.
Meu pai dirigiu de Manhattan até Long Island. Paramos perto de uma floresta que dava para uma colina, onde havia um pinheiro com um dragão enrolado no tronco. Me despedi de meu pai e subi a colina atrás de Tyler, entrando em um lugar chamado Acampamento Meio-Sangue.
Fomos recebidos por adolescentes, garotos-bodes como Tyler e garotas com pele verde. Dois adolescentes nos levaram até uma casa no estilo campo, onde um homem metade homem metade cavalo nos esperava. Ele parabenizou Tyler pelo sucesso em sua missão e sentou-se comigo na varanda – ou melhor, eu me sentei, ele ficou em pé.
Quíron, como ele disse se chamar, contou-me uma história meio louca sobre deuses olimpianos, sátiros e monstros. Pensei que acreditar seria o melhor a se fazer, talvez aquilo fosse real, afinal, eu realmente havia encontrado com um monstro, ou seja lá o que era aquilo com quem eu e Tyler lutamos.
Tyler me mostrou todo o lugar, da Casa Grande até os estábulos, cada chalé e cada parte dos campos de morangos. Depois, fomos jantar no pavilhão do refeitório, onde pratos e copos se enchiam sozinhos, e nós dávamos parte da refeição como oferenda para os deuses. Foi nesse momento que uma luz surgiu em minha cabeça e todos olhavam para mim, decidi olhar para cima, e vi uma coruja envolta por luz flutuando acima de minha cabeça. Quíron se aproximou de mim e falou para todo o pavilhão do refeitório:
-Bem-vinda Alice Mason, filha de Atena.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Charlotte O'Mally Dom 22 Fev 2015, 15:09

- De que deus eu gostaria de ser filha?
Afrodite.
- Por que eu gostaria de ser filha de Afrodite?
Por me identificar com esta deusa e também por admirá-la!
Sabe, por todos a considerarem a deusa do amor e da beleza, poucos são os que levam em consideração que ela não é só isso! E é exatamente isso que admiro. O fato de ela não ser só um “rostinho e corpinho bonito” do Olimpo.
Afrodite é linda e sensual, mas não é apenas isso! Ela é inteligente, forte e sabe bem como usar cada detalhe de sua beleza e de sua sensualidade, e no meu ponto de vista isso é simplesmente incrível!
Eu realmente quero muito ser aprovada como filha dela por isso, por admira-la.
- Minhas características físicas?
Meu corpo é um pouco esguio na medida certa, dotado de curvas e muito bem definido. Meus seios são fartos. Meu quadril e minhas pernas são de volume mediano, o que é ótimo por que assim não fica estranho com minha cintura fina!
Já meu rosto tem traços femininos e sensuais, mas quase angelicais! Os meus lábios são naturalmente rosados e carnudos. Meus olhos são azuis na maior parte do tempo, mas às vezes parecem acinzentados. Meu cabelo é de comprimento médio e tonalidade dourada, como ouro. Minha pele alva, mas costuma estar sempre ao menos um pouquinho bronzeada.
Raras são as vezes que me pareço fisicamente com uma garota de quinze anos.
- Minhas características psicológicas?
Eu costumo ser bem amigável, gosto de estar em contato com as pessoas principalmente se elas forem bonitas e entenderem de moda!
Sou a típica princesinha, mas não se engane com meu rostinho de anjo, posso fazer da vida de qualquer pessoa um belo inferno. Não costumo me misturar com qualquer um e menos ainda ficar perto destes!
Sou egocêntrica também, e se as coisas não forem como eu quero, e se não for como quero, é simples: faço ser!
A mais bela de todas
Era uma noite tempestuosa e todas as janelas da mansão O’Mally estavam trancadas para impedir a entrada da chuva que danificaria os móveis caros que mobiliavam a bela e gigantesca mansão de um advogado em constante ascensão. Aquela era uma das maiores mansões de toda Manhattan, e pertencia agora á Tyler O’Mally, filho de um importante advogado que morrera há dois anos. Tyler não só havia herdado a empresa de advocacia de seu pai, mas também os seus estabelecimentos.
Agora, Tyler era dono de basicamente a metade de Manhattan, e não fazia mais de dois meses que conhecera Afrodite Wormwood, uma mulher tão bela que lhe atraíra desde o primeiro segundo em que seus encontraram o magnífico rosto angelical de Afrodite. Era a mais bela de todas que já havia visto em toda sua vida.
Logo ele se apaixonou pela mulher e pretendia casar-se com ela. Ter uma vida, filhos... Uma história clichê, mas feliz e bela a qual seria banhada de luxo. Que mulher não iria querer, afinal!?
Afrodite então engravidou pela primeira vez e Tyler não poderia ter ficado mais feliz, mas a mulher parecia-lhe estranha. Como se houvesse algo errado naquilo, e realmente havia.
Afrodite lhe revelou que era uma deusa grega uma semana antes do nascimento da criança que carregava em seu útero. Inicialmente, Tyler pensou que sua amada estivesse louca! E ele lamentou por isso, mas foi surpreendido com as demonstrações dos poderes da deusa do amor e da beleza... Isso o encantou, mas a felicidade e encantamento se foram quando ela lhe revelou que teria de ir, e que quando fosse, Tyler precisaria cuidar de sua filha.
O homem relutou! Ele alegou que poderia viver com isso, afinal, eles conviveram todo esse tempo... mas a verdade é que isso iria muito além do querer e poder da bela deusa.
Ela lhe deu instruções, lhe explicou tudo que deveria ser passado para a filha do casal... Afrodite disse ao homem que a menina depois de certa idade, preferencialmente quando jovem, deveria frequentar o Acampamento Meio-Sangue nos verões. Um acampamento para gente como ela, onde poderia conhecer alguns de seus meios-irmãos e também outros semideuses. Tyler disse que sim, que a educaria para isso... mas ele não o fez.
Afrodite se foi no mesmo dia em que a criança nasceu. Uma menina que Tyler nomeou de Charlotte e a criou com todos os mimos possíveis. Não havia nada que Charlotte não pedisse e ele não lhe dera, não havia uma só coisa que ela pedia e não tinha no dia ou na semana seguinte.
Não havia ninguém que não elogiasse sua beleza ou sua educação. Várias vezes apareceu em revistas locais, mostrando o quanto uma menina poderia ser bela e vaidosa antes mesmo de aprender à ler ou escrever.
E foi assim por cinco maravilhosos anos, apenas ela e seu pai. Toda a atenção era voltada para ela. Tudo era simplesmente para ou por Charlotte. Ela era a princesa da mansão! Até seu pai casar-se com Sarah, uma mulher que apesar de divertida e que sempre tentou aproximar-se de Charlotte das melhores formas, ao ponto de vista da semideusa, Sarah ainda era uma intrusa que alguns meses depois, deu vida a outra intrusa. A meia irmã de Charlotte.
Mesmo com Sarah em casa, Charlotte jamais descobrira o que é ter uma mãe! Por mais que Sarah tentasse aproximar-se e por mais que Charlotte tivesse essa curiosidade, ela queria a sua mãe, e não uma mulher que se casara com seu pai.
À medida que os anos passaram, ela desistira de tentar descobrir quem era sua mãe. Sempre que perguntava seu pai com tal questionamento, ele dizia que não queria falar sobre ou simplesmente desviava o assunto para outro e a semideusa fingia não perceber. De certa forma, tinha até raiva da mãe por ela ter a deixado.
Ao passar dos anos, Charlotte cresceu e assim, mostrou-se cada vez mais bela e sua beleza que antes era infantil tornou-se simplesmente perfeita! Um belo corpo torneado e cheio de curvas graças ao balé e todas as horas de exercícios na academia. Um rosto de traços angelicais e delicados como as pétalas de uma rosa. Seus lábios carnudos e rosados, olhos azuis acinzentados... Charlotte era simplesmente o estereótipo de garota perfeita que muitas matariam para ser. E ela sabia bem disso.
Charlotte então não era apenas uma bela jovem, mas era também a mais bela e popular da escola. A garota que todas queriam ser e que todos os garotos queriam ter, alguns até conseguiram por uma noite ou duas, mas nada mais que isso. A capitã das líderes de torcida que tinha a simpatia de todos os professores e professoras. Tinha as melhores festas, as melhores fotos e organizava todas as festas escolares! Estava sempre a frente de tudo e todos, e não havia uma só pessoa que fosse capaz de derrubá-la, e a lista dessas foi grande!
Ela era simplesmente a abelha rainha da escola e a princesinha do papai. E estava muito feliz com isso é claro...
Até o dia em que tudo que ela devia saber há anos fora revelado.

♥♥♥

O quarto era um belo e arrumado lugar com um enorme lustre dourado pendurado bem no meio do teto bege e paredes brancas com prateleiras em tons de lilás e rosa claro, prateleiras que sustentavam livros e porta-retratos com fotos de toda sua vida desde sua infância. Fotos tiradas com seu pai, algumas com sua melhor amiga Christina que agora já deveria ter chegado a Paris para visitar a mãe como fazia em todas as suas férias de verão, uma foto com sua irmã de dois anos atrás que havia sido obrigada á tirar na casa de campo da família, entre outras fotos com seus segundos melhores amigos e amigas. Á direita do quarto, uma porta que levava ao banheiro privado da jovem, um lugar de decoração bege e dourada. Á esquerda o maravilhoso closet, sonho de qualquer adolescente com todas as últimas tendências da moda e as melhores roupas de grife do mundo. Logo ao lado da porta do closet, uma penteadeira branca com três espelhos retangulares, os das pontas inclinados para o meio e o do meio virado diretamente para que quem se sentasse na cadeira acolchoada da penteadeira. Ao lado da porta do banheiro, uma escrivaninha com porta lápis guardando alguns lápis e canetas e logo ao lado, o notebook fechado ao lado do IPhone 6 que havia acabado de ganhar de seu pai.
A parede do outro lado do quarto era de vidro e possuía cortinas brancas de ceda que desciam do alto da parede até o chão cobrindo as cortinas que ficavam entre a de ceda e a janela de vidro e que serviam para impedir a entrada da luz diurna. A cama era mais afastada da parede de vidro com um criado mudo branco de cada lado acompanhado de um abajur, ao pé da cama dois pufes circulares e fofos brancos e um no meio dourado, todos cobertos com tecido de veludo e sobre o extenso tapete de pelos negros que cobria todo o solo do quarto. Os pufes e a cama eram virados para a TV branca de última linha presa á parede, e na distância entre esta e os assentos fofos, uma mesa de vidro sem nem mesmo uma marca.
Mas era na bela cama de casal forrada com lençóis caríssimos que Charlotte encontrava-se embargada em um sono tranquilo. Entre o edredom e os lençóis, Charlotte pouco se movia, e por isso a cama quase não estava desorganizada. Safira, sua gatinha de estimação dormia pesadamente aconchegando-se no edredom macio logo acima dos pés da jovem. Seu sono leve fora então interrompido por quatro batidas na porta.
Charlotte abriu os olhos e fitou apenas as sombras dos móveis no escuro. Sentou-se na cama e o movimento despertou Safira que saltou para os pufes aconchegando-se ali. Ainda sonolenta, a semideusa ajeitou a blusa de ceda com alças finas e parte do short do mesmo material de ceda rosada. Juntas aquelas peças montavam seu pijama favorito.
Deslizou os dedos pelos fios dourados os alinhando antes de coçar a garganta e dizer em um tom ainda um pouco sonolento:
– Pode entrar.
A porta se abriu e a mão destra de Tyler deslizou pelo interruptor ao lado da porta.
Charlotte tapou os olhos, pois as luzes repentinas fizeram com que dessem uma pontada de dor pela troca repentina de iluminação. Ela espiou por entre os dedos.
– Desculpe. – Tyler sorriu levemente.Ela assentiu e lentamente abriu os olhos novamente tirando as mãos da frente, agora eles haviam se acostumado com a claridade.
Ela reparou que seu pai ainda não havia se trocado. O hobby masculino confeccionado com ceda negra cobria seu tórax e parte de suas pernas. Ele então sorriu e aproximou-se beijando a testa da jovem.
– Bom dia. – Ele disse.
– Bom dia, papai.
A garota disse rouca e sorriu para o pai que agora, havia sentado ao seu lado na cama.
– Preciso conversar com você, Char...
O tom de Tyler foi sério. Depois de quinze anos, ele havia chegado á conclusão que era hora de Charlotte saber a verdade sobre si mesma. Sobre seu passado, o que era... Ele não podia mais negar isso! E ela merecia saber.
– Pode falar... – Ela disse agora estranhando o tom do pai.
– Você sempre perguntou quem era sua mãe... E eu sempre desviei, é uma coisa complicada... mas... quer mesmo saber?
Ela assentiu e voltou o corpo ao pai. Finalmente saberia quem era sua mãe, seu passado. A dela sumira, e a curiosidade tomara conta. Passara seus quinze anos imaginando quem seria, o quanto dela havia em si... E agora ela tinha a oportunidade de saber.
O homem respirou fundo.
– Diz logo, papai! – Char pediu claramente ansiosa, afinal, era sobre sua mãe, uma mulher a qual jamais haviam realmente falado.
– O nome dela é Afrodite.
A garota uniu as sobrancelhas e fez uma careta.
– Afrodite como a deusa Afrodite?
Nome estranho. Pensou.
– Não como a deusa, – ele disse a corrigindo – ela é a deusa...
– O quê?! – Ela interrompeu o pai.
O tom de sua voz saiu mais alto do que pretendia, mas estava preocupada demais em tentar respirar para perceber isso. Papai está louco? Andou bebendo? Como assim minha mãe é uma deusa?! Eles nem mesmo existiram... ou existiram? Perguntava-se mentalmente.
Seus pensamentos tornaram-se altos e por isso ela massageou as têmporas e assim deslizou os dedos pelo rosto o esfregando.
– A deusa grega – ele completou.
– Como assim?
Perguntou baixo. Seus olhos ardiam, ela queria chorar, mas não sabia ao certo o motivo. Sua cabeça parecia um emaranhado de linhas, completamente bagunçada com seus pensamentos enquanto em sua garganta, havia um nó.
Tyler pôde ver perfeitamente a confusão da filha e então a puxou para um abraço onde a loira se encolheu.
– Quando a conheci eu não sabia – começou. – Descobri quando ela engravidou... Afrodite disse que havia uma regra que impedia os deuses de viverem com suas proles e por isso precisou ir. Eu prometi á ela que iria te criar sabendo disso, mas eu não sabia como... Agora chegou a hora de você saber e de você conhecer outros como você...
– Outros como eu?
Sua voz era um sussurro falho.
– Outros semideuses – ele sussurrou. – Ela disse que há vários, filhos e filhas dela ou de outros deuses.
– Como vou conhecê-los? – Perguntou baixo. – Como posso achá-los?
Queria realmente saber mais sobre si mesma, sobre sua mãe... sobre esse mundo que acabara de começar á ver e assim, uma pontada de curiosidade surgiu em seu peito. Ela precisava conhecer mais!
– Vai conhecê-los no acampamento meio sangue... – Ele disse baixo. – É pra onde vou levá-la hoje.
– Mas... – Iria protestar, mas do que lhe adiantaria? Viveria na curiosidade em saber mais sobre sua mãe e até mesmo, sobre si mesma.
Fazia uma semana que seu pai lhe falara de um acampamento para o qual a levaria, mas não dissera qual seria. Agora fazia sentido.
– Tudo bem... – Ela disse enfim. Havia concordado.
O homem segurou o queixo da filha gentilmente e a olhou nos olhos.
– Vai ficar tudo bem, minha pequena – ele disse baixo e aquelas palavras lhe deram certo conforto. – Eu prometo. Agora se arrume, partiremos em breve.
O homem deixou-a sentada sobre a cama quando saiu do quarto.
Charlotte levantou lentamente e ela olhou para as duas bagagens ao lado da porta. As suas bagagens que havia arrumado animadamente no dia anterior, pensando que o acampamento antes citado seria um acampamento para meninas ou algo ligado á moda. Seus olhos ardiam, mas ela se recusava á chorar.
Caminhou para o banheiro e então colocou a banheira para encher jogando sais de banho e espuma antes de entrar na mesma com o cabelo já preso em um coque frouxo preso com o próprio cabelo.
Abraçada ás pernas, tentava processar tudo aquilo. Era muito para sua cabeça. Sua mãe ser uma deusa, isso queria dizer que ela era uma semideusa! Mas explicava muita coisa... Como por exemplo o fato de conseguir tudo o que queria graças á sua beleza incomum. Explicava o motivo de ela ser tão boa em transformar correntes e cortas em armas com as quais conseguia pegar o que estivesse ao alcanço de tais objetos e sentir como se fossem parte de seu corpo. Quase como um segundo braço.
Ela olhou para o teto e suspirou pesadamente. [...]
Em duas horas, ela já estava no carro com seu pai e agora, sete horas depois, o carro parou em frente á uma colina alta. A garota inclinou o corpo e olhou para cima voltando os olhos ao pai.
– Por que paramos?
– Por que chegamos...
Ela o olhou surpresa e então voltou os olhos a colina. O motorista saiu e abriu a porta para a garota que saiu do carro equilibrando-se sobre os saltos agulha das botas over cujas quais seus cantos chegavam na metade das coxas torneadas da loira. Apenas um pequeno pedaço da pele de suas coxas ficava exposto, apenas entre as partes onde as botas terminavam e os shorts curtos de couro também negro começavam subindo até sua cintura fina e escondendo parte da blusa branca justa com decote retangular sobre o peito. No pescoço, uma corrente fina prateada com um pingente de coração feito de diamante negro que ficava logo abaixo de seus seios.
Seus dedos apertaram a barra da jaqueta de couro negro e o ar de seus pulmões mais uma vez pareceu deixá-los por completo.
– Vai dar tudo certo. – Seu pai disse parando ao seu lado.
A semideusa o olhou. Ele estava com a bolsa sobre a mala de rodinhas e então, entregou a ela.
– Você não vai comigo?
– Não posso, – Tyler beijou a testa da filha – mas estarei aqui no fim do verão.
A garota assentiu e então caminhou para a colina. Não tinha dificuldade em subir de saltos, menos ainda em levar sua mala. Olhou para trás por cima do ombro esquerdo:
– Eu te amo, pai – disse do início da colina.
– Eu te amo, minha princesa – ele respondeu.
Ela umedeceu os lábios e voltou á caminhar. Era hora de assumir quem era depois de ter passado tantos anos ignorando.
Depois de uma subida que seria cansativa para qualquer um que não tinha preparação física, ela viu o que lembrava um portal onde acima dele tinha a escritura “Acampamento Meio-Sangue”. Aquilo sim a impressionou. Nunca conseguira ler nada tão rápido por conta da dislexia. Devia ser ali... afinal, que acampamento comum ficaria numa colina?!
Era a hora e com dois passos, ela entrou no acampamento sendo fitava pelos que por ali perto estavam. Seu coração parou por segundos, e mais uma vez, depois de muito tempo, uma voz soou dócil em sua mente:
– Continue minha filha...
Era sua mãe. Pela primeira vez ela sabia quem era dona daquela voz e isso lhe deu um certo alívio.
– Eu sou uma semideusa – sussurrou para si mesma, agora orgulhosa do que era.
Charlotte O'Mally
Charlotte O'Mally
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Victor Pierce Dom 22 Fev 2015, 15:48

Perdão:

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Identidade

Ω Nome: Victor Petrova.
Ω Nascimento: 26 de Fevereiro, 1995.
Ω Idade: 19 anos.
Ω Filiação:
  Pai: Harry Lachowski.
  Mãe: Vênus.
Ω Local de Nascimento: Hollywood, Los Angeles, Califórnia, EUA.
Ω Nacionalidade: Americano.

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Características

Ω Físicas: Lindo garoto de corpo esbelto pouco esculpido, músculos em formação. Puxou os olhos da Mãe que são extremamente chamativos e sedutores, de um tom castanho cor de mel que brilha na exposição à luz. Na verdade puxou a Mãe em todos os aspectos físicos, até mesmo no andar. Seu cabelo castanho e extremamente fino está sempre quase crescido, ele o joga para o lado ou até mesmo bagunçado. Victor sempre acompanhando a moda tem seu estilo de vida e vestuário variados, seu passatempo preferido sempre foi comprar roupas.

Ω Psicológicas: Sonhador nato, Victor se mostra extremamente gentil e atencioso para com aqueles próximos dele. O principal problema de Victor é sua dificuldade de viver na realidade e, por consequência, administrar seu cotidiano, o que faz dele ser versátil.

Victor tem uma personalidade difícil de decifrar. De natureza variável, ele tem problemas para se posicionar: às vezes vítima, às vezes agressor, esta dualidade é muitas vezes difícil se admitir. Ele vive de acordo com suas emoções: às vezes positivo e de bom humor, às vezes negativo e indiferente! Então cabe às pessoas aprenderem a lidar com ele e com seu humor muito cíclico.

Victor, ocasionalmente, joga truques para suportar melhor as tensões da vida. Assim, para se preservar, ele pode se tornar extremamente manipulador ou mentiroso. Tornando-se misterioso, ele pode continuar seguindo o curso de suas emoções sem ser penalizado. Assim, em vez de mudar seus hábitos, ele prefere dissimular sua verdadeira natureza.

No entanto, Victor é romântico, sensível e muito poético. Ele exige muita prova de afeição e têm necessidade de passar confiança para se empenhar totalmente, abertamente. Muitas vezes ele procura um sinal forte para se abrir, ousar, inovar e se lançar em grandes projetos. Preferindo ficar em uma posição de seguidor e não de líder, normalmente falta iniciativa a ele, e ele nem sempre se dá os meios para atingir seus grandes ideais. Ser guiado e impulsionado lhe permite desfrutar de todos os prazeres da vida, porque é isso o que ele procura.

Victor aprecia tudo relacionado às artes em geral e, em particular, à música o que lhe permite expressar sua sensibilidade e sua emotividade. Ele tem um gosto pelas coisas místicas, por tudo aquilo que o tira do cotidiano e da rotina. Ele também aprecia o luxo e tudo aquilo que envolve a criatividade. Facilmente impressionável, ele suporta mal a dor, mas é muito receptivo aos problemas alheios.

Ω Qualidades: Victor é um garoto sensível e emotivo que sabe se mostrar muito paciente e muito dedicado. Ele é modesto em todas as circunstâncias, o que às vezes lhe dá este ar desapegado das coisas e da realidade.

Ω Defeitos: Victor tem problemas para se afirmar a fim de não magoar. Por sua própria falta de iniciativa e por nunca querer se comprometer, ele sempre se faz de vítima. Ele pode, assim, perder oportunidades por falta de iniciativa e passar sua vida a remoer arrependimentos.
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Vida

Ω História:

26 de Junho, 2014 - Los Angeles, Califórnia.

— Oh! Minha querida Julieta, porque estás tu ainda tão bela? Devo acreditar que o incorpóreo fantasma da morte se apaixonou por ti, e que esse monstro esquálido e hórrido te guarda aqui na escuridão para fazer de ti sua amante? É para te defender que ficarei a teu lado para sempre e nunca mais abandonarei este palácio, onde reina a sinistra noite. É aqui que quero ficar com os vermes, teus servidores. Aqui fixarei a minha eterna morada, libertando do jugo das estrelas funestas este corpo fatigado do mundo. Fitai-a pela última vez, meus olhos, e vós, meus braços, dai-lhes o vosso ultimo abraço. Vós, meus lábios, vós, que sois as portas da respiração, selai com um legítimo beijo o pacto eterno com a morte voraz. Vem, amargo fatal guia! Vem, piloto sem esperança, e atira contra os rochedos o meu batel fatigado da tormenta! Por ti, minha amada! — bebe o veneno. — Abençoado boticário! É activa a tua droga! Assim... morro com um beijo!
(...)
— O que é isto? Um frasco tão apertado na mão do meu fiel amor? Agora vejo que foi o veneno que tão cedo o levou. Oh! Egoísta! Para que o bebeste tu todo e não deixaste uma gota amiga que me ajudasse a ir ter contigo? Vou beijar os teus lábios, meu amor, talvez aí encontre um resto de veneno, cujo bálsamo me fará morrer... — beija-o. — Os teus lábios ainda estão quentes! — (...) — Oh, punhal abençoado! Eis a tua bainha... — Apunhala-se. — Cria ferrugem no meu peito e deixa-me morrer! — Cai sobre o cadáver de Romeu e expira.
As cortinas vermelhas se fecharam. O palco sumiu.

— Aah meu Deus! Conseguimos! — Victor disse super entusiasmado, dando um abraço bem apertado em Jules.
— Sim!! — Jules retribuiu o abraço de “seu Romeu”.
Aplausos e mais aplausos ouviam por trás das cortinas, e em segundos todo o palco foi se enchendo com o restante do elenco da peça, todos parabenizando Victor e Jules pela ótima atuação e interpretação. Realmente eles se saíram muito bem.
— Vi! Parabéns você atuou muito bem. — Henry soltava feliz as palavras enquanto passava correndo pelo estúdio.
Henry se jogou nos braços de Victor lhe dando um abraço aconchegante e afetuoso, e Victor retribuía com o mesmo carinho e afeto.
— Já tava com saudades do seu abraço. — Deu-lhe um beijo no rosto.
Poucos minutos se passaram, todos os atores e da assistência técnica se aprontaram para receber os dignos aplausos do público, esperando as cortinas abrirem eles fizeram filas e deram-se as mãos... E assim que as cortinas se abriram fizeram uma reverência. As pessoas os aplaudiram muito, uns começaram a ficar de pé, até que quando se deram conta todos da plateia já estavam de pé. Novamente as cortinas se fecharam. O palco sumiu outra vez.
Algumas horas depois...

O teatro tinha ficado completamente vazio e escuro, não havia mais ninguém no salão, todos saíram do colégio. Era horário de almoço e Victor estava morto de fome, contando as horas para ir comer já que não havia tomado seu café de manhã por conta da ansiedade. Victor é um garoto muito ansioso, isso acaba prejudicando-o um pouco.
Saindo do colégio, ficou conversando alguns minutos com seus amigos até o ônibus chegar como de costume. Vestia uma calça jeans escura e por cima de uma blusa clara usava um cardigã preto. Sua pasta preta se pendurava em seu ombro esquerdo, dela ele retirou o celular, e ligando-o ele viu as horas que mostravam 13h27min. Quando viu o ônibus apontando na esquina começou a se despedir de seus amigos, chamou sua amiga Lydia com a mão, fazendo com que ela prestasse atenção no ônibus vindo e se apressasse. No mesmo movimento, com o braço arqueado ele acenou para seu amigo Henry, que já estava longe indo para casa, se despedindo dele mais uma vez.
Victor entrou no ônibus junto de Lydia. Percebeu que o ônibus não estava tão cheio como de costume, isso o fez ficar meio surpreso, porém tentou não demonstrar a insatisfação, pois mesmo sendo tímido ele gosta de olhar e observar as pessoas.
Foi andando pelo corredor observando os poucos alunos espalhados assimetricamente pelos bancos, e enquanto andava percebia que eles o encaravam, os amigos começaram a se sentir incomodados com a situação.
— Isso parece estranho, não parece? Estão todos nos olhando. — sussurrou Victor.
— Vic, vamo sentar logo... Está me dando medo. — Lydia demonstrava medo.
— Vem. Vamo rápido... — Victor se apressou um pouco mais, e puxou a amiga.
Eles se sentaram na penúltima fileira do ônibus, onde era o lugar mais distante e isolado. Victor que foi na frente sentou na janela, e sua amiga no banco do corredor. Lydia observava as cabeças das pessoas parando de olhá-los e virando-se para frente.
Victor relaxou um pouco encostando a cabeça no vidro, e quando encostou sentiu no rosto o vidro gelado e úmido, abriu os olhos e viu que o vidro estava todo embaçado pelo lado de fora. Olhou para sua amiga que estava com cara de assustada olhando para o nada.
— Lydia, tudo bem? — sacudiu sua amiga que parecia estar num transe.
Lydia acordou do transe como se tivesse acordado de um pesadelo.
— Vic... Acabei de ter um mau pressentimento. — olhou espantada para seu amigo.
— Para de bobeira Lydia... Você bem? — Victor suspirou.
— Não brincando... É sério... Temos que dar o fora daqui.
— O que foi que sentiu? — O que será que está acontecendo aqui? pensou Victor.
— Nós fomos atacados por um monstro... Acho que era uma monstra para falar a verdade, ela era horrível.
— Vamos ser sinceros né... Isso aqui muito estranho. Vamos cair fora daqui. — ele se levantou fazendo sinal para Lydia fazer também.
Não sabiam o que estava acontecendo, tampouco o porquê.
Os dois se levantaram e passaram apressadamente pelo corredor, sem pensar duas vezes nem olhar para os lados, muito menos para trás. Desceram a escada rapidamente, e quando saltaram para fora, uma surpresa lhes aconteceram... Como eles saltaram do ônibus antes do ponto usual, eles acabaram saindo em um lugar no meio do nada. Apenas a estrada de barro e árvores para todos os lados.
Ficaram parados sem ação. Não olharam para trás e só escutaram o ronco do motor do ônibus.
O ônibus seguiu seu caminho pela estrada de terra cheia de buracos, continuou nela até desaparecer no nevoeiro intenso que pairava lá à frente. Então ficaram apenas os dois, sós, entre a estrada e a entrada para uma floresta.
— O-O q-que está aconte-e-cendo? — Tremia tanto de frio quanto de medo.
Lydia dizia as palavras meio desconexas, mas ainda esperava que seu amigo respondesse, porém o que ele disse não foi o esperado.
— Olha! — Victor apontou para a escuridão da floresta — Ali! Consegue ver? Parece uma... Luz?! Não, são várias luzes! — disse já andando para entrar na floresta.
Não! Lydia o segurou pelo braço — O que está fazendo?!
Subitamente os dois perceberam uma placa pendurada entre duas árvores, nela havia palavras talhadas na madeira.
— É grego, não é? ela parecia surpresa.
— Sim! Sem dúvidas... — disse convicto.
Eles não deveriam saber o que aquilo significava já que nenhum dos dois nunca havia aprendido tal idioma. Porém os dois sentiram uma mesma estranha sensação.
— Me sinto capaz de ler aquele frase Lydia... — olhou espantado para sua amiga.
— Eu não só me sinto capaz de ler como também sinto que já estive aqui... — retrucou nas palavras confiantes.
— Está faltando algo em mim, sinto que consigo ler aquilo.
— E-Espere aí... Sim! Já estive aqui num sonho antes... — retrucou Lydia. escrito Acampamento Meio-Sangue.
Victor se sentiu desnorteado, aquelas palavras explodiram em sua cabeça... Elas repetiram-se milhões de vezes. Acampamento Meio-Sangue.

BOOM!

Um forte barulho assustou os dois jovens... Olharam para o lado ao longe viram o ônibus pegando. Sabiam que o forte barulho de explosão veio daquela direção. Eles se entreolharam assustados sem saber como reagir, até que das névoas surge uma sombra... Não uma sombra comum, uma sombra deformada aos olhos dele, uma sombra meio humana meio monstro.
As pernas de Lydia bambearam e por alguns segundos Victor pensou em sair correndo sem olhar para trás.
A estranha sombra saía da névoa revelando sua verdadeira forma. Com duas pernas, um par de asas de morcego e garras nas mãos, a criatura mais parecia um demônio aos olhos dos jovens.
— Q-Que diabos é i-isso?! — sussurrou nervosa.
— Vamos cair fora daqui... Agora! soou como uma ordem, para a sobrevivência dos dois.
Eles começaram a correr na direção oposta da criatura... Por sorte sabiam que se conseguissem fugir dela por esse caminho, eles conseguiriam chegar à escola novamente. Quanto mais eles corriam, mais achavam que estavam se afastando da coisa sobrenatural, até olharem para trás e perceberem algo desagradável.
A criatura havia alçado voo, estava a muitos metros de altura e os alcançariam facilmente.
Victor ouviu um zunido passar acima de sua cabeça e subitamente parou de correr... Um zunido rápido tão potente quanto o barulho foi em seus ouvidos. Segurou o braço de Lydia para que ela também parasse. Os dois olharam para o céu no momento certo que uma flecha acertou em cheio o monstro.
— Seja lá o que estiver acontecendo, não poderia ser mais estranho. Vamos embora Vic! retrucava com um puxão na roupa dele.
Eles conseguiram fugir e naquele momento eles não faziam nenhuma questão em saber o que estava acontecendo. Mas felizmente, o dia que eles descobririam tudo estava próximo.

27 de Junho, 2014 - Los Angeles, Califórnia.

Em todos os momentos na escola, Lydia e Victor não paravam de falar sobre o dia anterior. Eles tentavam descobrir por si só o que realmente era aquela criatura e o que ela queria.
Com certeza não se achavam malucos, porém eles tinham receios em contar isso para alguém. Até que por fim, Victor acabou cedendo ao anseio e compartilhou sua história com seu amigo Henry, que ficou surpreso e ao mesmo tempo incrédulo. Mas como as palavras vinham de seu amigo, ele teve de acreditar.
No ônibus os dois conversavam...
— Vic, vou passar uma semana na casa da Kath em Beverly Hills... É o aniversário adiantado dela. — falava um pouco desanimada. — Ela vai para a Europa de novo, hehe.
— Se eu pudesse eu iria sim... Mas tenho muitas coisas para resolver, e daqui a alguns dias é o meu aniversário com o Henry, você sabe haha. — Victor corou.
— Hahaha. Pois é. Vocês dois vão fazer 1 ano, passou rápido né? — Lydia deixou escapar um sorriso caloroso.
Victor assentiu com a cabeça.
Foram conversando até que chegou a hora de Lydia sair do ônibus e seguir para sua casa... Victor ficou sozinho, o tempo parecia demorar uma eternidade, até que por fim o dia já estava terminando.
Depois de tomar seu banho, ele se jogou na cama e caiu no sono.

3 de Julho, 2014 - Los Angeles, Califórnia.

Era uma quinta-feira, o sinal da escola tinha acabado de bater sinalizando o término das aulas. Todos os três amigos, Victor Henry e Lydia, estudavam na mesma sala, porém por esse dias Lydia não estava presente. Victor e Henry passavam a maior parte do tempo a sós.
— Então é isso galera, estudem para a prova de quinta-feira que vem. E não se esqueçam, enfatizem em Meiose, será o assunto mais exigido. — o professor disse enquanto apagava o quadro, e em seguida juntou suas as coisas guardando numa pasta preta. — Bom final de semana para vocês. — pronunciou alegremente saindo da sala de aula.
O barulho de conversações voltou com força total quando o professor saiu da sala. A maioria relaxando nas cadeiras, uns arrumando os materiais, outros já apoiados na janela conversando, e alguns apressadinhos já indo embora.
Henry sentava na carteira atrás de seu amigo, mas hoje ele estava com sua carteira colada ao lado da de Victor. Ele estava terminando de copiar a matéria do quadro quando de repente ele parou de escrever, colocou a lapiseira em cima do caderno e disse:
— Vi, sabe que dia é amanhã? — Henry ficou olhando fixadamente seu amigo enquanto ele colocava as coisas dentro da pasta.
— Por acaso seria o nosso aniversário? Victor deu um sorrisinho tímido e envergonhado.
Victor sentiu seu rosto queimar, acabou ficando corado. Desviou o olhar quando percebeu que ele o olhava. Houve um silêncio meio acanhado, mas o som do coração acelerado de Victor podia-se ouvir de perto. Henry resolveu não copiar o resto da matéria e começou a guardar seu material escolar. Victor já tinha terminado de arrumar, colocou a alça de sua pasta preta no ombro ao se levantar.
Henry também se levantou, deixou a mochila em cima da carteira e parou para observar a sala enquanto ela ia se esvaziando lentamente a cada um que ia embora. Henry olhou pro seu amigo dizendo:
— Claro que você lembraria. — Henry passou a mão no rosto do Victor mesmo percebendo que ele ficou corado. Sentiu seu amigo um pouco incomodado com a situação e retirou a mão.
— N-Não... Eu gosto. Não vou mais ligar para o que os outros pensam. — Victor o olhou diretamente.
Os olhos azuis de Henry cintilavam como o cair da neve, e Victor como resposta pegou na mão dele que o fez ficar surpreso. Henry nunca esperaria que essa ação partisse de seu amigo, não esperava que ele fosse fazer aquilo, pelo menos não na escola, nem àquela hora.
Pensamentos começaram a percorrer a memória de Victor, lembranças de anos atrás, de como eles haviam se conhecido.
Eles se conheceram a alguns anos atrás, na verdade, e em um dia eles completariam 1 ano de namoro. Noite, amigos, árvores, parque de diversão, montanha russa, balões, algodão doce... Henry, imagens passavam pela cabeça de Victor, deixando tudo nostálgico demais e gostoso ao mesmo tempo.
Tudo começou quando eles se encontraram num parque de diversão, Victor com seus amigos e Henry com os dele. Victor namorava a irmã de um dos amigos de Henry, isso fez com que o grupinho se aproximasse, e todos ali passaram aquela noite juntos. Victor sempre foi tímido, mas Henry percebia algo diferente nele, na verdade não só Henry mas sim todos que olhavam Victor. Ele sempre foi muito lindo, mas mesmo sem querer atrair atenção dos outros, isso era inevitável. Chamava a atenção de todos pela sua beleza, educação, postura e etiqueta. E o tempo se passou, até que eles se tornaram grandes amigos, e por fim, um dia “namorados”.
Os dedos deles se entrelaçaram e ambos se entreolhavam, não foi um olhar constrangedor nem nada do tipo, mas sim um olhar afetivo e carinhoso. Victor soltou a mão para se inclinar e lhe dar um abraço apertado e aconchegante. Henry hesitou por poucos segundos para dar um em troca, mas fez.
— Eu te amo. — Henry disse sussurrando baixo o suficiente para que apenas seu amigo escutasse.
Victor sempre foi muito emotivo, acabou cedendo e deixou escapar uma lágrima pelo rosto, não de tristeza, mas de felicidade. Victor não conseguiu dizer eu te amo como resposta.

— Vamos, ou vão acabar nos trancando na escola. — Tentando fazer com que Victor desse um sorriso, e isso foi o suficiente.
Saíram de mãos dadas.
Não viam mais ninguém pela escola. Foram andando até a saída, e chegando do lado de fora eles se despediram.
— Bem, vou tentar não demorar... Chego na sua casa lá para as 18 horas, ou se quiser... Você pode me esperar lá em casa. — Victor assentiu com a cabeça quando ele falou a segunda opção.
— Tudo certo então. Te espero na sua casa. Até mais.
Victor inclinou alguns centímetros acima do chão e beijou o rosto do amigo. Mesmo sabendo antes que faria isso, ele não aguentou e ficou corado de vergonha novamente. Henry soltou um sorriso torto de felicidade, e então disse:
— Até mais.
Os dois se separaram cada um seguindo seu destino. Victor ainda ficou com aquela sensação de quase tê-lo beijado, mesmo que sendo no rosto. Era estranho, pelo menos Victor achou estranho, mesmo não perto o suficiente Victor conseguiu ouvir o coração acelerado de seu amigo, sua respiração ofegante, por alguns instantes ele conseguiu sentir o coração de Henry perto o bastante, sentiu sentimentos inexplicáveis.
Victor seguiu viagem, ainda meio desacordado com o que aconteceu, não sabia o que era certo ou errado, não conseguia explicar suas emoções, não naquela hora.

Algumas horas depois...

Victor ouviu o celular tremendo na estante do quarto e foi direto pegá-lo. Lydia mandou uma mensagem.

Vic, quanto tempo não mando notícias... Não se preocupe comigo, está tudo ótimo por aqui, na verdade agora eu estou em outro lugar, mas é complicado explicar por mensagem, mas sei que logo nos veremos.
Tenho notícias Vic, não sei definir se são boas ou ruins, mas até agora para mim são boas... De qualquer forma eu preciso te contar.
Eu estava aqui na festa da Kath e aconteceram coisas muito estranhas, tão estranhas quanto aquela que aconteceu comigo e contigo naquele dia. Havia um lobo atacando todos, ele era negro e tinha olhos vermelhos, estou te contando porque sei que acreditaria. Por sorte eu e Kath conseguimos escapar assim que a polícia chegou lá. Daí quando estávamos indo embora com o padrasto da Kath pelo carro de polícia algo de errado aconteceu e o carro capotou... Acabou que desmaiamos. Quando acordei estávamos numa estrada no meio do nada, resumindo, um garoto apareceu e nos ajudou, ele nos levou para onde eu estou agora... Adivinha onde? Isso mesmo... No Acampamento Meio-Sangue, isso te lembra alguma coisa? Acho que sim né.
Agora a notícia mais legal, é como se eu fosse uma super poderosa, tenho poderes e tal, só tenho que aprender... Na verdade não só eu, mas a Kath também. E você também. Pare de rir! Kkkk, não é brincadeira. Mas então, esse garoto que me buscou disse que já estão enviando um resgate para você... Você corre perigo, porque nós semideuses, como eles nos chamam, atraímos monstros.
Mas tenho certeza que tudo vai dar certo, ele vai buscar você e o Henry, sim o Henry também *-*. Pois bem, não fique com medo dele, ele irá ajudar vocês. Tomem cuidado por onde andam, seja mais observador do que você já é, lindinho. Te espero aqui em...
Ah! Uma última coisa... Não se assuste com a viagem, ela vai ser longa. Vocês virão para Long Island, onde fica o Acampamento. Beijo amigo, te vejo mais tarde.

Por um momento Victor achou que sua amiga estava bêbada, maluca, drogada ou alguma coisa do tipo... Mas logo se lembrou do que tinha acontecido uns dias atrás. Mas ainda sim para ele faltavam algumas peças desse quebra cabeça... Nem tudo se encaixava. Pelo menos não para ele.
Victor foi terminar de se arrumar, e quando acabou saiu de sua casa indo para a casa de seu amigo Henry.

Algumas horas depois...

Victor já estava no caminho de volta para sua casa junto a Henry. Mesmo sem saber ao certo o que estava acontecendo entre os dois, eles andavam de mãos dadas. No caminho Victor conversava sobre tudo o que tinha acontecido, desde o monstro, até a recente mensagem de Lydia.
Henry de começo não acreditou sobre a mensagem, achava aquilo meio absurdo e estranho demais, mas como se tratava de seus dois amigos ele deveria acreditar, ele tinha que acreditar mesmo sendo surreal. Victor pegou seu celular e como prova abriu novamente a mensagem de Lydia, lendo para que Henry escutasse.
Ah! Uma última coisa... Não se assuste com a viagem, ela vai ser longa. Vocês virão para Long Island, onde fica o Acampamento. Beijo amigo, te vejo mais tarde. Victor parou de ler a mensagem apertando forte a mão de Henry, demonstrando medo.
— Henry, t-tá sentindo i-isso? —
— O que por exemplo? — Henry não entendeu a surpresa do amigo. Não havia nada na rua que pudesse fazê-lo se surpreender dessa maneira.
A rua asfaltada e comprida estava vazia, nenhum sinal de carro ou pessoas. O vento corria por aquele local, o deixando fresco e calmo, o silêncio penetrava nos ouvidos dos dois, mas algo incomodava Victor. Henry ficou olhando procurando algo para se preocupar. Victor fechou os olhos, para tentar se concentrar em alguma coisa.
— Vi, tudo bem contigo? — Henry segurou o rosto do garoto com as duas mãos o inclinando para cima, Victor abriu os olhos.
— Não sei, tem algo estranho. sentindo um sentimento de ódio por aqui... Você não sente? — olhava diretamente nos olhos azuis dele.
— Não... Deve ser só um clima negativo. Vem, vamos para casa. — Henry o segurou firme pela mão, entrelaçando seus dedos.
Eles teriam continuado a seguir o caminho se não tivessem visto algo muito estranho na esquina de uma das ruas transversais. Ambos pararam e viram aquela coisa de mais de 3 metros de altura a poucos 30 metros. Aquela criatura era definitivamente grande. Corpo coberto com pelos, com um par de chifres, e uma grande machado numa das mãos. Tinha a cara de um touro, mas o estranho é que ele não era quadrúpede, ele andava sobre duas patas.
Victor suspirou, soltando medo e espanto.
— H-Henry, o que é a-aquilo? — Engoliu em seco.
Henry entrou na frente de Victor, com um movimento inútil de proteção colocou o braço para o lado sobre o peito de Victor, o afastando para trás. Henry não sabia o que dizer, apenas sabia que compartilhava da mesma visão de seu amigo.
Aquele ser grande e monstruoso começou a andar na direção dos dois, ele segurava em uma mão um machado grande. A cada passo que o monstro dava eles sentiam o chão tremer um pouco. Os dois sabiam que com aquelas pernas, fortes e grossas, o monstro era rápido o suficiente para alcançá-los caso todos resolvessem correr.
— Vi, c-corra!
— Não vou correr e deixar você aqui!
— Ele conseguiria nos alcançar fácil. Você corre enquanto eu de algum modo tento distraí-lo, preciso que vá chamar ajuda. Ligue para a polícia!
— Não vou deixar você aqui! — Victor agarrou firme o braço dele.
O monstro já estava mais perto, mas subitamente ele parou. Começou a bufar e ranger os dentes, flexionou os joelhos se preparando para correr. E correu.

Henry foi para frente sem se importar com o que Victor falasse, fingiu que não escutava e se colocou alguns metros a frente de seu amigo. Victor por sinal não conseguiu se mexer pelo medo, ficou paralisado com tal situação. O monstro vinha com toda velocidade, chegou perto de Henry e lhe deu uma braçada que o jogou do outro lado da rua.
Henry foi arremessado longe, bateu suas costas numa árvore a metros de distância, sentiu fortes dores nas costas, o impacto fora grande. A dor não parava e só aumentava, suas costelas foram quebradas, seus órgãos rompidos, não conseguia se mexer e a adrenalina foi tanta que seu corpo automaticamente se desligou.
Victor deixou escapar um suspiro de total horror misturado ao ódio ao ver que Henry não se mexeu depois do impacto.
O touro bípede estava perto de Victor, levantou seu machado pronto para fazê-lo descer na direção do jovem, que até então parado olhava com olhos furiosos para o ser monstruoso a sua frente. Mas o monstro foi interceptado quando começou a descer o machado. Victor apenas conseguiu ver uma rajada amarelada que veio na direção do monstro. Aquela rajada fincou bem no peito dele, em seguida mais três vieram e o acertaram, duas no abdômen e uma bem na testa. O monstro cambaleou para trás, soltou o machado pois não tinha mais força para segurá-lo. Seus braços bambos balançavam até que todo seu corpo caiu.
Victor pareceu não se importar em tentar descobrir o que acontecera ali, muitos menos olhar para trás para saber quem havia atirado aquelas flechas, ele apenas saiu correndo na direção de seu amigo caído no outro lado da rua perto. Corria sem nem querer olhar para trás, sem se importar com o mundo, pois aquele momento apenas uma coisa lhe importava, Henry.
O jovem se ajoelhou ao lado de seu amigo, já com os olhos cheios de lágrimas. Ele não conseguia esconder o medo de perdê-lo, não conseguia controlar o choro. Desceu a cabeça e a colocou ao lado da dele, ainda chorando desejando que o amigo acordasse, mas não conseguiu sentir nenhum sinal de vida.
— Não vá, por favor Henry. Fique comigo. — uma lágrima caiu no rosto inanimado de Henry que estava mais pálido do que o normal.
Victor como um último suspiro, colocou o rosto em frente ao dele, não havia nada com o que pudesse fazer naquele momento. Ainda não conformado com a morte do amigo sem ao menos se despedir, Victor lhe deu um beijo, o beijo que ele nunca havia dado antes.
O beijo lhe foi diferente de tudo que ele pudesse imaginar, mostrou a si mesmo o quanto realmente desejava aquilo à muito tempo e nunca tinha percebido. Como pude resistir a tanto tempo? pensou enquanto o beijava. Era diferente mas gostoso ao mesmo tempo, tinha o gosto salgado das lágrimas mas mesmo assim era perfeito, o encaixe dos dois, a boca macia dele. Tudo estava onde sempre deveria estar. Mas não poderia durar para sempre e talvez isso nunca mais se repetiria.
— Fique comigo — sussurrou com os lábios ainda encostados nos dele. — Não posso continuar sem você.
Ele deitou sobre o peito do amigo.
— Não morra... — não conseguia controlar o choro. Soluçava — Por tudo quanto é mais sagrado. Victor pegou as mãos do amigo e a pôs sobre seu peito.
Victor nunca chegou a conhecer sua verdadeira, sabia que ela estava viva em algum lugar, conseguia sentir isso dentro de si. Naquele momento ele teve vagas lembranças de sonhos, sonhos que havia uma linda mulher que dizia ser sua verdadeira mãe. “O Amor é a solução para todas as coisas” dizia sua mãe nos sonhos. “ O Amor será sua arma mais forte se souber como usá-lo”, as falas de sua mãe o deixou arrepiado. Então o amor que Victor usaria.
Lembrou-se de tudo o que passaram, de como foi difícil ser o que são agora. Não, eu não posso te perder depois de tudo que passamos. Victor o beijou novamente.
Durante o beijo lembrou-se de cada risada que deram juntos, de cada briga, de cada momento que os faziam felizes. De cada momento que o faziam ter certeza que sim Victor era e ainda é apaixonado por Henry, que o amor que sentia por ele era perfeito e deveria durar toda a eternidade.
Henry voltou a sentir uma dor imensa no corpo, porém seus músculos não se moviam. Suas costelas estavam fraturadas e alguns órgãos internos rompidos, sabia que aquele era seu fim, pois estava praticamente quase morto. Até que, de tudo no escuro ele começou a sentir algo. Seus músculos começaram a receber estímulos, seus sentidos começaram a ser recobrados. Sentia algo quente encostando-se a sua boca, de começo não conseguiu identificar, pois seus pensamentos estavam numa penumbra total, mas depois conseguiu se recobrar do desejo que sentira durante muitas vezes, aquela sensação calorosa em sua boca era os lábios de seu verdadeiro amor. Ouvia súplicas em seu ouvido.
Mas Henry não conseguia reagir de imediato, até que novamente sentiu outra dor, porém ainda mais forte e insuportável, mas dessa vez era diferente, era como se tudo que tivesse sido quebrado estivesse voltando ao seu lugar, como se seu coração rompido retornasse a bater freneticamente por todo tempo que ficou parado. Com a visão turva viu que Victor estava sobre ele, e que ele o beijava.
Ele não conseguiu evitar o sorriso. Victor abriu os olhos, e seus olhares se encontraram. Seus olhos estavam vermelhos de tanto chorar, e seu rosto corado por fazer uma coisa que devia ter feito a muito tempo.
— O-O que houve? Está todo doído. — gemendo de dor, Henry disse num tom abafado.
— Nunca mais morra, ouviu? — as lágrimas vieram seguidas de um sorriso — Nunca mais me deixe.
Henry tentou se levantar mas todo o seu corpo doía, e então Victor deitou ao seu lado e ficou olhando o rosto de seu amigo, olhando fixadamente em seus olhos.
— Não sei como voltei, mas eu sei que voltei por cause de você, e o pior de ter morrido é saber que eu iria te deixar sem ao menos me despedir, que jamais o veria novamente, e nunca ouvi você dizer que me... — Victor o beijou novamente cortando suas palavras finais.
— Eu te amo Henry, nunca vou deixar você.
Pelo menos ali tudo estava quase resolvido. Henry, ao pouco recuperava suas forças. Victor ouviu passos e se lembrou do que acontecera a poucos minutos atrás, levantando seu olhar viu um rapaz em pé próximo a eles, era alto e jovem, segurava um Arco numa das mãos. Ele parecia ter um poder escondido por trás do rosto dócil e amigável.
— Oi, d-desculpa atrapalhar, mas é que... E-Então. Temos que ir. O tempo é curto e corremos perigo aqui. — disse o jovem — Meu nome é Allexander, prazer em conhecê-los... Sua amiga Lydia com certeza lhe falou sobre mim, Victor.
Victor se lembrou da mensagem e se levantou, se ajeitou e ajudou Henry a se levantar com um pouco de esforço. Ambos ainda estavam um pouco em choque com o que aconteceu, e economizaram nas palavras.
— Ah claro, falou sim. — falou sem jeito — Prazer Allexander, esse aqui é meu... — olhou para Henry dando um breve sorriso e continuou — ... meu namorado, Henry.
— Então, pra onde vamos mesmo? — disse sorrindo.
De repente sem mais nem menos, Henry estalou um beijo na bochecha de Victor, entusiasmado. A essa altura Henry estava alucinado por enfim saber que Victor o considerava seu verdadeiro namorado.
O trio partiu em direção ao Aeroporto Internacional de Los Angeles e passaram a noite por lá. Dormiram de tarde em um hotel perto do aeroporto e acordaram a noite para pegar o voo. De noite mesmo eles chegaram ao Aeroporto MacArthur Long Island, saíram dele e foram para um outro hotel, onde tiveram bastante tempo para poder conversar com Allexander e saber todas as explicações para muitas respostas, até que todos dormiram, para acordar descansados.

4 de Julho, 2014 – Long Island, Nova Iorque.

Allex foi quem acordou primeiro, arrumando a mochila depois acordando todos os outros dois. A noite foi tranquila, todos conseguiram recuperar suas forças, e Henry estava misteriosamente curado pelo beijo de Victor.
Os três saíram do hotel, já estavam na pequena ilha chamada Long Island, onde ficava o acampamento. Então eles partiram rumo a ele.

Pegaram uma condução, não faltava muito para que chegassem ao acampamento. Henry estava agoniado com a viagem, para ele, que nunca tinha feito uma viagem tão distante, parecia que estava atravessando o mundo. Pararam num restaurante para almoçar, todos estavam mortos de fome. O dia parecia tranquilo para Allexander, tranquilo até demais. Enquanto almoçava teve uma visão, Henry seria atacado... Mais um ataque?! pensou ele indignado... Tomara que pelo menos essa visão esteja errada... continuou seu almoço.
— Preciso muito ir ao banheiro, com licença por favor. — Henry se levantou antes de terminar sua refeição.
Victor ficou um pouco surpreso, ele não era de fazer isso. Allex estranhou o modo como Victor o olhou.
— Henry? — Henry parou e olhou para trás — Tome cuidado. — Allex estreitou os olhos.
Victor o olhou com cara de “Por que tomar cuidado?” e como se Allex estivesse lendo seus pensamentos ele respondeu.
— Tive um mal pressentimento. — fitou-o seriamente.
Victor não entendia o quão significava esse mal pressentimento e não fez jus a menção de Allexander, para ele tudo estava normal, como qualquer outra coisa normal.
Minutos se passaram, e Henry não voltava. Victor começou a ficar preocupado.
— Allex, me espere um minuto, vou ver o que acontecendo com ele. — Allex concordou.
Victor se levantou da cadeira deixando seu guardanapo dobrado em cima da mesa. Foi andando até o banheiro, que não ficava a muitos passos. O banheiro era de uso único, Victor bateu na porta.
— Henry? tudo bem aí?
Ele esperava uma resposta, mas não ouvia nada. Pôs seu ouvido na porta para tentar escutar algo, qualquer som, fosse da água da torneira, ou do chuveiro, mas nada... Em troca não ouvia nada. Ficou com o ouvido assim mais alguns minutos até que algo bateu muito forte na porta assustando o garoto.
Henry?! Abra a porta! — estava ficando assustado.
Sem se importar com as pessoas no restaurante, Victor gritou pelo nome de Allex. Allex chegou tão rápido quanto deveria.
— O que está havendo Victor?
— Ele não me responde, e do nada algo bateu na porta. — Victor dizia as palavras trêmulas.
Victor colocou a mão na maçaneta e a girou, percebendo que ela estava aberta. Sem hesitar os dois entraram no banheiro, se deparando com uma cena horrível. Tinha sangue para todo lado, marcas de garras e pia quebrada. Allex fechou a porta para que ninguém visse aquilo agora, e quando a fechou notou a marca de uma mão ensanguentada, e sangue escorria para baixo.
— Foi esse o barulho! Foi a mão dele! — Victor começou a tremer.
Tinha acabado de passar por uma situação que o deixou abalado, agora mais uma. De novo não... Não pode ser! pensou enquanto procurava alguma coisa no banheiro, e encontrou rasgado no canto um pedaço da blusa que Henry estava usando.
Allexander analisava o banheiro como um todo, ele era um campista experiente, estava tentando identificar alguma coisa para saber o que tinha acontecido, e para onde Henry havia ido.
— Ali! — Allex apontou para uma janela aberta dentro do banheiro.
Allexander chegou perto da janela reparando manchas de sangue no parapeito da janela, notou também os estilhaços do vidro da janela marcados com sangue.
— Victor, precisamos sair daqui, agora!
— Não! Não posso deixar isso acontecer de novo! — falava alto já chorando pelo desespero.
— Não podemos ficar, a não ser que você também queira morrer. — Allex estava sendo um pouco insensível, isso feria os sentimentos do garoto.
Não, não, não! Isso não pode estar acontecendo... — Victor desabou de vez, precisava de um apoio para se manter de pé, então abraçou Allex — Chame alguém do acampamento, vocês têm que salvar ele... Por favor.
Allex não sabia o que falar no momento, mas sabia que eles tinham que sair dali o mais rápido. Puxando Victor para fora do banheiro, eles foram até a mesa para que Allex pegasse sua mochila. Os outros ao redor olhavam com cara de espanto. Passaram no balcão e Allex tirou do bolso uma nota de 50 dólares, sabia que o almoço não tinha sido isso tudo, mas eles não tinham tempo para nada.
Saíram do restaurante e entraram num táxi parado logo na entrada.
— Nós vamos salvá-lo Victor. Vamos descobrir pra onde o levaram... Mas primeiro tenho que te deixar a salvo no acampamento. — e essa foram suas palavras finais dentro do táxi.

Eles chegaram no acampamento bem, ou quase. Victor estava arrasado, não queria admitir que tinha perdido seu primeiro grande amor desse jeito.
Daí começa a jornada de Victor. Eu vou te salvar Henry, custe o que custar, leve o tempo que levar, eu sei que você está vivo, e eu vou te trazer para cá.
Eu te amo Henry, essas eram as únicas palavras que vinham em sua mente, durante todos os dias pelo acampamento.
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Victor Pierce
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alice Jones Dom 22 Fev 2015, 22:50

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wake me up, say enough is enough. i'm dying to live, something's gotta give. pull me out of this sinking town. i'm dying to live, something's gotta give.

the king — Definitivamente Ares. Então, sabe aqueles heróis de videogame super legais? Aqueles que você sonhava em virar toda noite, que tinham uma espada super forte e que derrotavam todos os seus inimigos só de dar uma encarada mortal? Pois é, é bem provável que todos esses eram filhos de Ares. Menos a Ib. Porque nenhum filho de Ares anda carregando rosas por um museu de arte.

the child — Alice tem longos e levemente encaracolados cabelos loiros, dos quais cuida muito bem. Seus olhos são de um azul gelado, embora normalmente a expressão em seu rosto é totalmente diferente da frieza que as orbas emanam. Tem estatura normal para uma garota de catorze anos, uma altura média e sem muitas vantagens pelo corpo, embora ainda seja magra. Sua pele é um pouco bronzeada, chegando a se aproximar do tom mais pálido do moreno. O corpo é atlético, visto que é uma estrela de baseball.

the warrior — Alice Jones é uma garota de espírito livre que exagera um pouquinho no sarcasmo e na ironia, além de ter um senso de humor que ataca nas melhores horas. É completamente imprevisível, e gosta de depender em si mesma e apenas em si mesma. Não poderia ligar menos sobre o que os outros pensam de sua imagem, e mantém sempre um sorriso no rosto, seja ele maldoso ou não. Absolutamente determinada, ela tem sérios problemas com hiperatividade, embora tente reprimir um pouco a natureza rebelde, nem sempre sucedendo. Tem uma atitude de certa forma delinquente, e algumas vezes é retratada como maliciosa e astuta. Auto intitula-se uma heroína esperando por sua aventura. Tem uma pequena paixão por baseball e revistinhas em quadrinhos, além de ser extremamente patriota.

the throne room — Liberdade era algo que Alice Jones mais necessitava em sua vida. E era exatamente isso que almejava nas diversas vezes que balançava seu taco, nas várias vezes que corria o mais rápido que podia para alcançar a próxima base. E era exatamente isso que conseguia. Ou pelo menos foi o que achou por mais da metade de sua adolescência. Naquele dia, ela se encontrou encarando o nada, segurando seu taco preferido e vendo os colegas comemorando e abraçando-se.

De todos os home runs que ela já fez, aquele foi o mais sem graça. Ela nunca se sentiu tão sem emoção em toda sua vida, e Alice não foi nem capaz de forçar um sorriso para os amigos. Ela só encarou a cena a sua frente, e ao ver a alegria interminável dos jogadores, indagou-se, por acaso já havia se sentido tão feliz assim? Por acaso vencer sempre fora tão divertido assim? Franziu as sobrancelhas. Aquilo não era mais liberdade mais, era? Só vencer, vencer e vencer.

Sobre o olhar satisfeito do treinador, ela indagou-se por uma última vez. Era aquilo realmente a liberdade que havia desejado? Então porque parecia tanto com o sentimento de ser tratada como um fantoche?


Seu nome era Alice Jones e sua vida consistia principalmente de ser irritada vinte e quatro horas por dia. Ela era uma estrela do esporte, e tinha total certeza que era a única pessoa decente naquela escola de lixo. Tá bom, tá bom, é verdade que ela carregava um taco de baseball para onde fosse e que aproveitasse de todas as oportunidades para mostrar que sabia muito bem usá-lo, mas comparado com aqueles adolescentes imbecis com hormônios até demais, ela era uma estudante de honra. Afinal de contas, ela é uma heroína, e obviamente que é melhor do que o resto dos animais daquele lugar.

Buscava algo que nunca teve em sua casa: ela buscava liberdade. No tal chamado lar, só encontrou desespero e violência. Era presa, vigiada, mantida como refém da mulher que havia enlouquecido com o tempo, que alegava inúmeras vezes que só estava a protegendo do mundo afora. Mas suas suplicas nunca atingiram Alice, pois a mente da menor estava nublada demais com pensamentos de independência. No fundo, a loira acreditava sim que a mulher que insistia em ser chamada de "mãe" estava querendo a proteger, mas somente ignorou a observação. E ah, como iria se arrepender disso mais tarde.

Ela achou essa liberdade ao sentir o vento contra o corpo enquanto corria de base para a outra, ao usar toda a sua força para mandar a bola zunindo em distância e ainda assim se sentir mais acordada do que nunca. Acreditou nessa liberdade por boa parte de sua vida, até que finalmente teve as palavras que tanto temia sendo dirigidas a ela. "Você é boa demais." eles diziam, repetindo em seus ouvidos até que sua mente fosse enchida com isso e somente isso. "É melhor se você parar de jogar." E embora era tentasse ignorar, não conseguia. Depois de tanto tempo, ela finalmente parou para pensar.

Será que o que procuro está realmente presente aqui?

Mas terminava dando um sorriso bobo e rindo de sua desgraça, aproveitando para acabar com todo o chocolate da casa.


Com a chegada de uma estudante nova, a única coisa que podia ser ouvida nos corredores da escola era o seu nome. Afinal, ninguém queria mesmo ir para aquela escola, eles só eram mandados lá pois era a mais próxima da vizinhança. Mas parecia que Madeline Eldstein realmente queria ir para aquele fim de mundo. Embora sua atitude fosse extremamente rude e suas palavras serem francas até demais, ela tinha uma aura de animação facilmente percebida, até mesmo pelos macacos que se entregavam para os sentimentos e para a TPM.

Naquela mesma noite, logo após deixar uma demorada briga, foi presa a parede do corredor escuro da escola, sentindo o olhar frio da novata descansando em seu corpo. Soltou um sorriso, levando a ação como uma ameaça. — Você quer brigar, novata? Eu posso parecer frágil, mas você está bem enganada. — rosnou, seus próprios olhos tão gelados quanto o mais frio inverno fitando-a com selvageria.

Recebeu uma risada da outra, uma risada até mesmo grave para uma garota aparentemente inofensiva. — Você vai perder no momento que encostar esse bastão em mim. Mas não importa. Eu não vim aqui para brigar. Eu.. — logo foi interrompida por Alice.

Veio aqui para que então, novata? Me prendendo a parede não é um bom começo para uma conversa civilizada. — começou a procurar espaço com as pernas, pronta para chutar a morena com toda sua força.

Eu queria conversar normalmente, Jones. Mas esse olhar seu me diz o contrário. Me dá vontade de te esmagar e bater em você até seu corpo ficar frio. Mas eu sei me controlar, diferente de um certo alguém, e pretendo continuar com o meu diálogo. — embora o tom fosse ameaçador, a face não mudou nem um pouco, muito menos a pressão aplicada para prender a loira na parede. Alice forçou um sorriso. — Eu vim aqui nessa escola para buscar você. Até agora, você já deve ter percebido que é especial.

Ela mostrou um sorriso convencido. — Claro que sim, afinal, eu sou a heroína!

Um suspiro irritado por parte da outra. — Idiota.

A loira rangeu os dentes. — O que você disse? — finalmente fez seu movimento, chutando a outra na região do estômago. Porém, foi surpreendida quando Madeline segurou seu pé, forçando-a a cair.

Eu disse que você é uma idiota. Desgraçada inútil. Não sabe fazer nada sem ser balançar esse seu taco sujo. Mas não importa do que eu te chamo. Você vai vir comigo, porque por mais que você seja tudo isso, você também é especial. E tem um lugar para pessoas especiais que nem você. — seu pé mantinha Alice deitada no chão, e ela o esfregava, prestando pouca atenção na reação da mesma. — Ele se chama acampamento meio-sangue. E você vai vir comigo, caso queira ou não.

Percebeu, com a expressão exigente sendo dirigida a ela, que não tinha jeito de escapar daquele destino distorcido. Com a dor pungente em seu estômago, ela não pode fazer nada sem ser pensar. E chegou a conclusão que tentou evitar por toda sua vida: ela nunca fora livre, e nunca chegará a ser.

Alice Jones
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Dante Gauthiēr Seg 23 Fev 2015, 17:04



Ficha de Reclamação


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Eu desejo ser reclamado pela deusa dos fantasmas Melinoe. Não tenho um motivo brusco para dar ênfase na escolha, mas, o  tênue sombrio que ela proporciona é muito chamativo, e por isso, eu quero enfatizá-la no meu personagem podendo viver em baixo desse respeito e peso de nome que a divindade que guarda o mundo das almas sem corpo. Fantasmas também são legais.

- Perfil do Personagem
•  Físicas: Dante é um garoto caucasiano de porte físico esteticamente  perfeito para seus próprios padrões, aparentemente magro mas com os músculos definidos pela porcentagem mínima de gordura no corpo; Os cabelos negros e grandes até os ombros, as madeixas meramente amareladas. Olhos do verde mais chamativo e hipnotizante. Um metro e setenta e oito centímetros pesando sessenta e nove quilogramas. Dentes alinhados e branquíssimos, um bigode ligeiramente ralo na face e um cavanhaque que só torneiam sua pele branca com partes negras. Olheiras excessivas e uma raspagem de três centímetros na sobrancelha direita. Dois alargadores de dezesseis centímetros em cada orelhas e um piercing no septo Diversas tatuagens no corpo sendo: Dois tribais diversos em cada antebraço contornando-os completamente com diversos desenhos Maori; Uma fórmula química "E=MC²" no pescoço de maneira diagonal; Um tribal de uma carpa na panturrilha esquerda e uma frase de duas linhas com letras pequenas na costela esquerda, todas as cores sendo pretas.

• Psicológicas: Apesar de ser um filho de Melinoe não contem sua total personalidade, não aparenta ser um garoto de escuridão e mistérios e sim um digníssimo e repulsivo chave-de-cadeia. É materialista, perfeccionista e um perfeito imoral seguindo apenas seu senso de direção e justiça. Não define muito o certo do errado e age totalmente por impulso, não é uma pessoa esquentadinha mas não obtêm de muita paciência nem atenciosidade. Não obteve a sorte de ter um filtro da mente e da boca assim pensando alto e não medindo suas palavras, respeito era algo que só tinha apena por seu pai e melhores amigos. Apesar de obter mais características horríveis também contêm um coração ligeiramente puro que não visa assassinatos ou matanças, é realmente um cara da paz e é o primeiro a evitar uma briga, um amante de animais e mulheres de mais diferentes raças e tipos.

- História do Personagem


Take me to Neverland


Os únicos sons altamente perceptíveis naquela pequena sala de um apartamento no centro do Queens era das caixas de som onde eu mesmo estava sentado,  que eu me lembre tocava um misto de músicas eletrônicas, se eu virasse a cabeça mexendo minhas madeixas negras - além de chamar atenção dos bêbados por eu mesmo ser divinamente bonito - eu poderia observar umas preliminares de alguns garotos, ou como minhas tias dizem, algumas iniciação ao sexo selvagem e promíscuo.

Dante? Ei brother?! — Uma voz em meio a massa de adolescentes estéricos, drogados e bêbados me chamava. — Acorda cara! Você já tá chapado?!

Não lembro de como eu havia parado ali, digo em cima da caixa de som, estava observando algumas pessoas e meu próprio copo de bebida tremulava devido as ondas estrondosas da caixa de som preta, a marca parecia da Sony.

Hã? — Gritei meio falho e rouco tentando seguir aquela voz manceba em meio a multidão.

Pelo que parecia estávamos todos nós em um apartamento grande exatamente no centro do Queens, parecia que todas as janelas estavam fechadas para que o vapor de gelo seco pudesse pairar mais sobre os cômodos, que aliás, estavam totalmente ocupados por adolescentes, jovens e alguns adultos - ligeiramente bêbados e drogados, não que haja drogas no local, não.... - todos com as mãos para o alto e pulseiras coloridas e fluorescentes no pulsos balançado para um lado e para o outro, sem falar nos copos em suas mãos que eu me perguntava como não caíam e banhavam todos de bebida.

Aqui! Dante! — Uma mão se diferenciava adentro a multidão imensa em minha frente.

Por um momento eu não estava dando muita atenção para aquela suposta pessoa que tentava desesperadamente chamar minha atenção, eu estava um pouco cabisbaixo e quase como se estivesse fora do local, meu corpo estava ali mas minha mente pairava e observava todos os detalhes. Estava eu sentado em uma caixa de som enorme da Sony, ela ecoava tão alto as batidas remixadas de eletrônica que meu corpo vibrava e acompanhava o ritmo, apesar do som intensivo e alto não me importava e atrapalhava a olhava as pessoas dançando, namorando e se drogando em meio a massa de pessoas, parecia que hoje eu realmente não estava com cabeça para tal festa.

Porra Dante! Você parece que usou uma das pesadas! — A voz agora finalmente havia me alcançado e puxado a barra da minha jeans preta no tornozelo. — Desce aí!

Rapidamente pude perceber quem era o dono da voz, era um rapaz de estatura média, bombado e bronzeado com um cabelo aparante da moda e um óculos meio quadriculado - ele aparentava estar muito chapado, que inclusive é uma coisa normal de festas - sua mão puxava a barrada minha jeans negra e me obrigava a descer, sem muitas opções peguei o copo e desci da caixa de som apenas jogando meu corpo ligeiramente para frente e caindo em pé, encarei meio confuso a face do sujeito e rapidamente pude reconhecê-lo.

Ah, é só você Kidd... — Falava de uma maneira baixa e não dando atenção para o garoto, virava minha face e buscava algo entre as pessoas dançando. — Sabe se tem alguma gata por aí?

Você tá meio estranho... — Ele respondeu me fuzilando com olhares dos pés a cabeça, porém, me deu um leve soco no ombro. — Mas seu apetite por garotas não mudou nem um pouco! Lucy Crawnford, a garota nova da escola está no bar! Ela não para de falar de você.

Já no momento do soco virei meu rosto meio confuso jogando um olhar de repulsa e contorcendo o lábio superior represando o toque inesperado de Kidd. Billy Silverburgh era um dos garotos mais populares no terceiro ano da minha escola, que inclusive é da minha sala, o apelido estranho foi dado de referência ao pistoleiro cowboy já que o Billy de hoje atira pra tudo que é lado também, se é que você me entende.

Crawnford? Essa é minha hoje! — Já joguei meu cabelo para trás totalmente confiante e abri um sorriso abrindo espaço para ir até o bar.

Enquanto usava meu ombro direito para abrir espaço entre as pessoa tirava mais um tempo para pensar ultimamente na minha vida, que inclusive parece estar mais estranha que o comum. Eu olhava todos aqueles copos e suor das pessoas, se eu quisesse realmente  podia encostar nas partes íntimas das garotas ou se eu quiser levá-las para um cantinho.... Drogá-las a vontade e.... Oras... O resto é lenda! Porquê eu estaria tão confuso ainda? Minha vida era o sonho de consumo de todo os jovens de dezessete anos como eu, em meadas da adolescência já curtia coisa de adulto, talvez isso seja pela falta de um..

Dante? — Uma voz plena e feminina em meio a barulheira incessante me chamava, era tão serena que chegava a me encantar. — Vem cá...

A voz que havia interrompido meu pensamento era de Lucy, ela me chamava para o bar onde não tinha quase nenhuma movimentação - o que é extremamente estranho... Em uma festa o bar vazio? - caminhei calmo e pleno para perto dela ajeitando minha blusa de frio azul do Capitão America e verificando se meu celular estava dentro do bolso de minha calça jeans preta com rasgos no joelho. Lucy estava linda com um devido estilo popularizado como "swag", seus cabelos castanhos claros quase que eram delicadamente assoprados pelo vento para dar aquele toque hollywoodiano de garota-que-se-destaca-na-multidão.

E aí, garota — Falei de um modo rude e não focando meus olhares nela, me aproximei calmamente e sentei na cadeira ao lado. — Chegou agora?

Na verdade eu estava aqui desde o começo da festa.... — Lucy falava de uma maneira calma e até um pouco envergonhada, ela se encolhia e tentava tirar os olhos das minhas íris verdes. — Eu vim para te ver...

Irado... Fez bem — Novamente voltava a falar rude, jogava seus cotovelos contra a mesa e ficava de costas para o garçom, olhava a festa e as virava sua face de lado para se direcionar a garota. — Que horas você vai embora?

Dante Gauthiēr  não era o Don Juan com as mulheres e nem um perito em assuntos para progredir em um relacionamento, mas, parece que sua beleza e jeito promíscuo era chamativo para as garotas, até Kidd olhava de longe colocando as duas mãos na cabeça se descabelando e arreganhando a boca se perguntando o quê eu estava fazendo.

A-ah... Eu ia quando você fosse.... Mas se é assim... — A garota dizia dessa vez imensamente envergonhada, tanto, que sua face morena agora se tornava quase vermelha.

Não é isso, sua anta! — Respondia levando a mão até o bolso para buscar o celular. — É que eu preciso ir para...

No exato momento que abri a  boca para falar meu iPhone vibrou indicando que havia uma mensagem, e que coincidência, era uma mensagem de meu pai querendo completar minha frase.

20:22
Olivier Gauthiēr
  Enviado de um Android



"I aí filho, vc tem que ir para Shirnley pro apartamento, te encontro la daqui a algumas horas ou eu chego lá de amanhã

beijos, papai."




Nossa... Minha digitação chega a ser melhor do que a do meu próprio pai.... — Sussurrei baixinho visualizando com dificuldade na tela luminosa vários erros de ortografia. — Segundo ele vou ter que ir para "Shinrley", ele vai me encontrar "de amanhã"...

Olivier Gauthiēr é meu pai, ele é um renomado ator hollywoodiano e sócio majoritário de uma das empresas de publicidade mais famosa dos Estados Unidos, nossas nacionalidade é francesa, mas, devido a uma proposta de emprego ele teve que ficar aqui, e claro, não quis voltar nem á pau.

Você vai ter que ir? — Lucy perguntou entristecida.

É... Eu tô partindo, falô aí — De uma maneira excêntrica e não convencional disse para ela não á encarando.

Como um simples gesto de despedida me aproximei da garota para abraçá-la e dar um inocente beijo na bochecha, porém, quem vós fala é Dante Gauthiēr e não um qualquer - deu pra perceber o quanto sou humilde, não é? - no momento que Lucy virou o rosto para dar-me um beijo na bochecha virei minha face simultaneamente fazendo um bico e roubando um selo da garota, aproveitando a situação levei em ações rápidas minhas mãos na nuca da mesma, apertando o celular em minha mão, segurei a cabeça dela para que não se liberasse do meu beijo.

Garoto?! — Ela se espantou e gritou recuando dois passos de mim.

Garoto não.... Um homem já! — Retruquei piscando o olho direito e lançando um sorriso malandro.

Saí de uma maneira triunfal do local, roubei um beijo da garota mais bonita da festa e fui bajulado quase que toda a hora pelo meu melhor amigo, sem tem o que fazer ali voltei a abrir espaço entre a multidão, cruzei dois corredores e finalmente  saí daquele apartamento lotado e com odor de vômito, esperma e bebida.

Dante?! DANTE?! — Billy gritava dentro da festa á minha procura.

Que se foda! — Disse baixinho colocando o celular no bolso e jogando as madeixas para trás.

Realmente ignorei o chamado de Billy já que quando eu perco a vontade ou ânsia por algo logo dou no pé, não sou de ficar insistindo muito ou ser contrariado por alguém, deixei tanto Lucy quanto Kidd na festa e peguei um elevador para o térreo, em rápidos passos saí do prédio até a frente do mesmo para pegar um ônibus.

O que você quer Dante?... Parece que nada te satisfaz... — Perguntei pra mim mesmo, sussurrando e buscando o celular no meu bolso, retirei o fone que estava acoplado e coloquei as partes de silicone nos meus ouvidos. — Que melancolia desgraçada....

Busquei algumas músicas no celular e fui direto as do Chris Brown, além de eu ser fã de carteirinha combinava muito para aquele sentimento de falta e melancolia que eu estava passando, e sem muita espera - palmas para o sistema público do Queens - exatamente o meu ônibus havia chegado. Subi, entreguei as verdinhas passei na catraca, procurei sentar em um assento no meio do ônibus, ajeitei meus cotovelos pressionando contra o vidro, sem preocupações já que a janela estava fechada fiquei observando o movimento de fora.

Oh, Chris... Se você pudesse me ajudar... — Dizia arfando e com o olhar longe. — E quase também como se eu ouvisse vozes.

Não era irônia meu infame comentário, quando completei doze anos consegui um certo nível de mediunidade - não, eu não escrevo cartinhas com preces deles - e comecei a ouvir vozes e ver coisas, é quase como se algo tentasse falar comigo ou chamar minha atenção. Uma vez quando eu estava em Los Angeles com meu pai - que quase sempre está chapado com prostitutas na cama - eu ficava observando na janela a movimentação na rua, e quando eu parava para perceber no meu reflexo na janela as vezes eu via a imagem de uma mulher, ela era realmente linda e misteriosa, os cabelos negros e os olhos verdes como os meus, as bocas rosadas e a pela tão branca quanto a neve, ela emitia uma aura verde clara que me trazia um misto de dúvida e conforto, a entidade era do tipo Gasparzinho mesmo.

Dante? — Uma voz conhecida soava na porta do ônibus já em movimento.

Hm? — Levantei a cabeça tentando me dispersar de pensamentos rotineiros e retirando os fones de ouvido.

Para o meu espanto era a face de Lucy que mais uma vez havia vindo ao meu encontro, o cabelo loiro dela parecia estar mais nítido devido a luz lunar. Ela passava a catraca e sentava justamente ao meu lado.

Você de novo?... — Eu dizia arfando e revirando os olhos. — Vamos brincar de pega mas não se apega, ok?

Você é um garoto bem rude... Eu também só preciso ir pra Shirley... — Ela falava agora de um modo que parecia levemente irritada. — Mas mesmo assim eu estou disposta a te conhecer melhor.

Meu nome é Dante Gauthiēr, tenho dezessete anos e sou francês, moro atualmente ondem eu pai quiser desde que tenha drogas e prostitutas bem gostosas para que ele passe uma semana lá, ou, quando tem uma premiação de óscar  e finalmente gravação, atualmente estudo em Nova Iorque e eu não conheço minha mãe Encarava-a e contrariava as sobrancelhas.

Me fala de sua mãe... — Ela insistiu se aproximando bem de mim.

Eu já disse... Eu não faço a mínima ideia de quem é a minha mãe.... Ela me faz muita falta parece que meu pai tem repulso quando vai falar dela, talvez ela deveria ter sido uma dessas vadias que ele come toda semana — Respondi um pouco cabisbaixo.

No exato momento que eu usava mal tais palavras um dos vidros do ônibus trincou e fez um barulho ensurdecedor, quase como se alguém estivesse arranhando, logicamente eu dei um pulo da cadeira e abri os olhos de tal maneira que pensei que o globo ocular iria cair.

Você não deveria falar dela assim... — Lucy engolia seco a saliva e se ajeitava na cadeira. — Você sente falta dela?

Que pergunta idiota é essa? Você tem síndrome de down? — Falei atônico encarando-a e dividindo meus olhares para o vidro trincado a um assento de nós. — É claro que eu sinto falta dela! Ela ao menos podia ter me contado quem era... Ela podia me ensinar coisas e ficar junto comigo pra curar esses meus problemas... dislexia e déficit de atenção malditos....

Fale mais do seus problemas, Dante — Lucy parecia mais calma e mansa em suas palavras, ela até ousava se aproximar mais.

Você tá parecendo minha psicóloga, vai cobrar também porra? — Retrucava em meio as perguntas frequentes da garota, eu já estava começando a ficar irritado. — Mas bem... Eu tenho dislexia e déficit de atenção, quase reprovei no oitavo ano por esses problemas... Mas o bolso do meu pai mudou a cabeça do diretor que me fez dar uma colher de chá, como eu disse eu tenho esse senso de "mediunidade" que me faz poder sonhar as vezes com pessoas que já morreram e ouvir vozes as vezes... É tenebrante... Elas só sabem reclamar e me pedir coisas, é do tipo "Ghost Hunters", tá sacando?

Minha nossa... — A expressão dela agora era de total surpresa, até recuava centímetros de mim.

O quê?— Eu fiquei aflito.

COMO ALGUÉM PODE SER TÃO BABACA COMO VOCÊ?! — Os gritos dela era tão agudos e suas bochechas rosadas.

SENDO?! — Respondi no mesmo tom de voz me afastando ainda com medo dela. — Só porque perguntei se você tem down?

Ela havia perdido a paciência e mostrava por meio de expressões faciais, após ter gritado comigo Lucy levantou do assento e apertou um botãozinho na barra de metal do ônibus obrigando-o a parar em uma curva com um bosque ao lado.

Você vem comigo! — O tom de Crawnford agora era autoritário.

A jovem me puxou pelo pulso e eu tive que descer do ônibus junto com ela, rapidamente o veículo se distanciou de nós dois e ficamos a deriva na estrada em cima de uma colina verde, mais para baixo havia um bosque, porém, estava muito de noite pra desbravar por lá.

A gente nem tá perto de Shirley, você tá de sacanagem comigo? — Perguntei enquanto observava o local.

Essa é a nossa parada... — As palavras dela agora eram misteriosa e seu tom de voz havia abaixado. — Estamos em Long Island e aqui tem algo pra você, ah é, é relacionado a sua mãe

O QUE?! — Meus olhos quase saltaram para fora mais uma vez, comecei a suar frio e fiquei paralisado ao ouvir tais palavras.

Me segue — A loira começou a descer a colina em direção ao bosque.

Eu fiquei parado olhando aquela bunda bem distribuída na jeans - me lembra até aquele verso de "Wiggle Wiggle" do Jerulo - aquela deliciosa garota me chamava para dentro do bosque, foi a primeira vez que eu conversei com ela na festa... Ela me segue.... Faz diversas perguntas sobre mim e minha família, e agora? Agora disse que conhece a minha mãe e me chama pra dentro do bosque, porra.... Tá na cara que eu vou ser estuprado ou vai rolar uma bafafá.

Merda... O que eu faço? — Sussurrava aflito sentindo a brisa na minha nuca.

A lua estava no seu auge, a grama balançava e as árvores do bosque pareciam cintilantes pelo brilho da lua, estávamos em Long Island, a curva que o ônibus pegou nos deixou  - misteriosamente... Total coincidência já que ela queria que passássemos por ali, hm... Cheiro de complô - meu pai deveria estar preocupado comigo, ou deveria estar preocupado se as vadias dele encheram a hidro.

Você vem? — Ela gritava virando para mim.

Ok... — Disse decidido descendo e acompanhando-a.

Fiquei quieto enquanto adentrávamos em meio as árvores e rapidamente caíamos em um caminho de granito amarelo, começamos a caminhar quietos um próximo do outro, fiquei aflito e curioso para onde estávamos indo e com quem eu estava me metendo.

Quantos vão vir para tentar me estuprar? Ou vai rolar um agradozinho? — Disse vasculhando o local com olhares.

O quê?! Não... Estamos indo para um acampamento — Ela respondeu sem olhar para mim.

Acampamento? Eu odeio acampamentos.... — Cruzei os braços e comecei a retardar meus passos. — Fala sobre você garota, nunca vi ninguém tão obcecado por mim assim antes.

Não... Não é isso... — Ela parava de caminhar e colocava a palma de sua mão na face bufando. — Insuportável... — Sussurrava baixinho para que eu não ouvisse. — Eu vim para finalmente te levar para onde você deveria estar desde o começo, você vai para o acampamento meio-sangue ficar com outros como você, isso é a pedido de sua mãe

Do que você tá falando? — De tão aflito que estava aproximei dela e coloquei as minhas próprias mãos nos ombros dela puxando-a para perto de mim. — Você sabe de algo?

Ok... Ok... — Lucy respirou fundo e abriu bem os olhos para dar um toque informativo a resposta. — Você é um semi-deus, sua mãe se chama Melinoe, mas não se ache já que tem centenas de irmãos e irmãs, todos esses problemas que você gradativamente ganhou foi pelo fato de sua mente está associada ao grego antigo e seu sistema nervoso ser de um guerreiro e não de um cidadão comum, no acampamento poderá controlar seu poder e descobrir cada vez mais dessa sua outra vida!

Por um momento fiquei inepto a olhar a face dela extremamente séria, minha mente entrava em colapso e eu ficava tentando entender se era verdade ou mentira - essa viagem parecia ser pior que as paradinhas que meus amigos me vendiam - joguei minha franja para trás com um impulso e respirei fundo, logo, soltando um riso estérico e me contorcendo apertando o estômago.

MELINOE? DEUSA GREGA? IRMÃOS? — Não consegui parar de rir ao ouvir tais coisas aparentemente cômicas. — Não sei o que você fumou.... Mas põem dessa pra mim!

Se você tem dúvidas pega aqui — Ela dizia colocando sua bolsa a frente do corpo.

Ai... Ah... — Parava de rir enquanto me aproximava dela olhando sua bolsa. — Tá bom.

Agarrava os seios durinhos dela e apertava-os com total ferocidade, estava bem próximo da garota e eu tinha noção que era para pegar na bolsa.

E agora? — Dizia sério olhando nos olho dela.

A garota virou a mão pesada e tão forte na minha bochecha esquerda que fez meu corpo ir para trás com o impacto, a marca da mão pequena e delicada dela ficou aparente em minha face.

Aí... Você disse pra pegar.... — Dizia com a mão na bochecha.

NA BOLSA! SEU OTÁRIO! — Irritada e gritando Crawnford respondia.

Sem pensar muito ela enfiou as mãos com raiva na bolsa e retirou quatro itens: Um colar, um bracelete, um anel e uma faca na bainha e atirando-os para cima de mim.

Testa aí! — A garota virava de costas e colocava a mão nas bochechas vermelhas.

Coloquei as mãos na testa e olhei para ela com um sorriso de demente.

Uh presentinhos! — Meus olhos brilharam ao ver os itens. — Deixa eu ver...

Primeiro peguei os acessórios e não me dei o trabalho de avaliá-los ou estudá-los, rapidamente coloquei o anel e em seguida o colar, estiquei minha mão e vi que caiu perfeitamente em meu dedo, o colar também me deixava mais chique logo falta o bracelete que não me trazia um conforto e aparentava ser mais estranho que os outros.

E esse bracelete? Que isso? — Dizia eu pegando o item.

Mexe nele... — A garota ainda estava de costas e parecia vigiar.

Enquanto eu apalpava o bracelete com spikes fui percebendo que tinha uma deformidade nele, aproximei meus dedos naquela área e de repente - sem explicações, o negócio é esse no mundo místico, pá-pum! - o bracelete havia se tornado uma corrente que caiu em meu colo.

QUE PORRA É ESSA! — Me afastei gritando da coisa. — É HIGH-TECH? APOSTO QUE É JAPONÊS!

Se chama Ghost e é uma corrente de presente da sua mãe... Na verdade, o colar e o anel são presentes, a faca é só pra se proteger mesmo — Crawnford falava agora virando para mim.

Até um imbecil ligaria os pontos naquela situação, por mais que a explicação que a Lucy me deu seja medíocre poderia ter um mínimo de verdade, pelo pouquíssimo que estudei de mitologia Grega no ano passado Melinoe é a deusa dos fantasmas e meus problemas são justamente com eles... Ainda não entendo o fato do meu pai não poder citar que eu tenho metade de sangue imortal e que aquilo que eu tava passando não era uma fase ou demência repentina, talvez para achar "a cura" ou o costume dessa coisa eu deveria aceitar o pedido da garota - da qual sabe minha vida mas a cada hora eu percebo que não conheço ela - de me levar para o acampamento.

Você disse que no acampamento tem irmãos meu? — Me levantava apalpando a corrente que voltava a ser um bracelete preso ao meu braço. — E fala de você logo!

Sim, não há somente filhos de Melinoe, no Acampamento Meio-Sangue existem filhos de quase todos os deuses existentes na mitologia grega, e aliás, eu... — Ela dizia ajeitando sua franja loira. — Sou filha da deusa da beleza Afrodite, o senhor D. pediu para que eu finalmente buscasse você... Seu pai já está ciente de tudo.

Deuses que não cuidam dos filhos... Irmãos perdidos... Esses "problemas" sobrenaturais.... É muita coisa pra se absorver em pouco tempo — Levava as mãos na cabeça entrelaçando os dedos no fios de cabelo e olhava para ela em pânico. — Digo... Eu estava em uma festa no Queens a quase uma hora e agora eu tô aqui.... Em Long Island descobrindo que sou filho de uma imortal!?

É comum as pessoas ficarem assutadas com essa situação repentina... Mas é uma ordem direta de Zeus para que os deuses não pudessem ter contato com o filhos, questão de prioridades.... — A própria Lucy mordeu o lábio inferior parecendo que sentia também essa minha dor. — Garanto que você vai se sentir melhor no acampamento, vamos?

Espera... Você disse que meu pai sabe de tudo? Aquele desgraçado... Mas eu não tenho outra opção, não? Eu preciso de resposta... — Me levantei acoplando a faca em meu cinto e retirando a poeira das minhas roupas. — Ah, foda-se. Vamos...

Finalmente havia me rendido ao insistência da filha de Afrodite, eu estava começando a aceitar que em minhas veias corria sangue imortal, mas eu preciso de muito mais respostas... Então... Adiante para o acampamento! Começamos a caminhar lentamente na estradinha quando me deparei com duas enormes árvores que pareciam formar um portão, não questionei, mas adiante pude ver umas luzes deduzindo que o local seria ali.

Este é o acampamento... Que saudades — Ela dizia arfando ao olhar aquelas luzes.

Que nervoso... Da próxima vez vou escolher melhor alguém pra poder pegar.... Vai que na próxima eu descubro que sou primo do Thor? E se eu for chamado para os Vingadores? — Falei sorrindo. — Vou tirar uma com o Homem-Aranha.

Idiota — Ela balançava a cabeça e passava pelas duas árvores.

Não medi tempo e passei também, parecia que consegui passar por uma espécie de portal ou algo parecido que protege o mundo exterior do interior. A todo momento que conversávamos, desde quando eu saí da festa pude sentir uma presença me observando, alguns animais que estavam perto de nós - não é porquê eu não citei que eles não estavam lá - não paravam de nos olhar e pareciam que se comportavam e conjugue, não parei para pensar em tal coisa, era noite e minha mente poderia pregar uma peça, de toda forma, após passar aquela duas árvores todas as minhas perguntas seriam respondidas, eu estava prestes a realmente descobrir qual é o meu papel no mundo, eu iria me tornar um guerreiro seguidor dos fantasmas, um digno filho de Melinoe.

AQUI NÃO TEM WI-FI? — Gritei. — FALÔ AÍ PRA VOCÊS!


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 107-ExStaff Ter 24 Fev 2015, 16:10



Avaliação



Avaliados por Hipnos

Luna de Vil - Aprovada como filha de Deméter

Luna, gosto de ver sua perseverança. Agora eu posso dizer que você caprichou na ficha. Claro, foi uma narração curta, mas todos os detalhes condensados ficaram perfeitos. Parabéns, filha de Deméter.

Hollie S. Lewis - aprovada como filha de Ares

Hollie, que ficha incrível. Os acontecimentos e ações da personagem foram sensacionais e a narração foi de tirar o fôlego. Você fez tudo muito bem, meus parabéns. Bem-vinda, filha de Ares.

Anderson Correa - aprovado como filho de Hipnos

Anderson, gostei bastante da sua maneira de escrever a ficha. Todos os pontos foram atendidos com perfeição e a história me prendeu bastante, algo super positivo. Parabéns, filho do sono.

Yunmi Watanabe - aprovada como filha de Phobos

Yunmi, gostei da sua ficha. Você escreve muito bem e tem tudo para evoluir bastante aqui. Um pequeno erro como " na mãe carregava uma espada prateada", mas esse foi o único, então está tudo bem. Bem-vinda, filha de Phobos.

Avaliados por Selene

Lavínia Cavendish - Reclamada como filha de Quione

Não encontrei nada grave. Só ausência de algumas vírgulas e um pequeno erro em "Ela pode ver a expressão", onde deveria ter um acento em pôde. Fora isso, a história se desenrolou bem e não tenho nada pra reclamar

Beatrice Laila Gridys - Reclamada como filha de Deimos

Confesso que tive uma grande dúvida na hora de decidir se te aprovava ou não. Pra ser sincera, acho que o que te salvou foi o final. Você escreve razoavelmente bem, mas notei alguns erros de acentuação e ausência de vírgulas. O problema real é a sua coerência. "era ótimo não sentir o cheiro de sangue animal entrando por minhas narinas. Sangue fresco ainda estava respingando em meu cabelo, não me importava, tinha certeza que fedia mais que um peixe morto e um macaco abatido a paulada, mas isso me deixa bem. Estranhamente bem." Tipo, você gosta ou não disso? Outra incoerência. Tipo, o cara mora numa casa de taipa (pelo que entendi) e você tenta arrombar a porta com um grampo? Revise muito bem seus textos antes de postar e tente trocar esse template.

Nicholas Eagle - Reprovado

Sua ficha foi meio curta e eu gostaria que você descrevesse mais as coisas. Houve um pouco de incoerência no começo da narração e há a ausência de pontuação e alguns erros ortográficos.

Simon Lewis - Reclamado como filho de Deimos

Sua história foi um tanto criativa, e me peguei envolvida a ela logo no início. Retratando sua vida pessoal, o crescimento no exército, você conseguiu envolver perfeitamente o mundo semideus, e eu gostei bastante a narração.

Amber Lounge - Não reclamada

Amber, você escreve muito bem, porém você não cumpriu o objetivo principal da ficha, que é mostrar como você chegou até o acampamento. Ainda que você retratasse isso, ainda correria o risco de ser reprovada, já que sua história ficou um tanto incoerente. Você usou o charme como se fosse uma coisa mágica, como quando mandou o trânsito congestionado acabasse. Porém não é isso que acontece, no charme você somente atinge quem ouve suas palavras, o que não foi o caso. Atente-se a isso da próxima vez.

Gregorio Siel - Reclamado como filho de Hipnos

Sua ficha ficou bem interessante, e eu gostei da história em si. Porém queria chamar sua atenção para a pontuação, já que raras vezes você se esqueceu de uma vírgula aqui ou ali, mas nada que não possa ser resolvido com uma revisão. Última coisinha: Dê espaço entre os parágrafos.

Simon Hattford - Reclamado como filho de Apolo

Simon, sua ficha ficou muito legal. Do começo da narrativa até o final, todas as falas e ações se encaixaram perfeitamente. Parabéns prole de Apolo.

Allice Mason - Não reclamada

Allice, encontrei diversos erros em sua narração, e entre esses está a pontuação. Em alguns lugares você a colocou onde não era necessário, e também fez o contrário. Suas características estavam bem vagas, e além disso sua narração ficou bem desorganizada. Tente uma outra vez, srta. Mason

Avaliados por Asclépio

Charlotte O'Mally- Reclamada como filha de Afrodite

Um texto bom para uma novata, Charlotte. Mesmo a história não tendo se desenrolado muito, foi mais que o suficiente para ser aprovada. Os erros que encontrei foram principalmente de ortografia, mas creio que, com o decorrer de sua vida no fórum, eles serão sanados. Meus parabéns, filha do amor.

Victor Pierce - Não reclamado

Sua ficha ficou um pouco confusa, mas não exatamente ruim. Houve diversos erros de ortografia ao longo de sua narrativa, contudo, levando em consideração o tamanho da ficha, isso é de certa forma esperado. Entretanto, o que me fez te reprovar foi o fato de não ter feito a ficha da forma correta. Em primeiro lugar porque colocou que a mãe do personagem é a deusa Vênus, mas por se tratar de um fórum grego o correto seria Afrodite; em segundo lugar porque não respondeu o porquê de querer ser filho de tal olimpiano. Tais erros lhe renderam a não aprovação. Além disso, você foi banido por plágio. Dentro de um prazo de 24h a comprovação da autoria da ficha deve ser provada. Se não acontecer nada nesse prazo, a conta será banida por 3 dias, como aviso.

Alice Jones - Reclamada como filha de Ares

Sua ficha foi muito boa, Alice, mas mesmo assim relutei um pouco em te aprovar. Achei que focou muito no psicológico da personagem e esqueceu de desenvolver a história dela. Não que a mente da garota não mereça ser explicada/explorada, mas é necessário descrever também sua história. Fora isso, meus parabéns, filha de Ares.

Dante Gauthiēr - Reclamado como filho de Melinoe

Uma narrativa excelente, Dante. Mesmo não sendo compostas de muitos elementos, conseguiu fazer com que tudo acontecesse muito naturalmente e sem erros de graves. Você só se equivocou ao falar que a corrente estava na forma de bracelete, quando na verdade ela só assume tal forma quando seu personagem "upar" mais. Fora isso, parabéns, prole de Melinoe.


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sophie F. Wingates Ter 24 Fev 2015, 22:01


Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Atena.
Não posso dizer que existem muitos motivos para que eu queira ser filha dela, apenas o suficiente, ao meu ver. Atena é uma das deusas que mais admiro, sendo ela uma que carrego comigo desde que eu ouvi sobre a mitologia em questão. O principal motivo de tamanha admiração é pelo fato de Atena ser a deusa da sabedoria e isso me faz gostar mais dela, pois eu mesma tenho grande gosto pela sabedoria e procuro sempre o conhecimento. Afinal, a humanidade não iria para frente sem a sabedoria.

- Perfil do Personagem

Físico: Com traços orientais herdados de seu pai, Sophie é uma menina baixa de pele clara e curtas madeixas negras, que por vezes estão com presilhas coloridas. O rosto é meio arredondado e os olhos são escuros e a boca com um tom naturalmente rosa. Tem um corpo resistente e definido por ter passado grande parte da infância praticando esportes junto com garotos de sua vizinhança e sardas muito claras pontilham suas bochechas. Tendo um grande senso de moda, a menina sempre inova suas roupas misturando, cortando e costurando peças de jeitos diferentes, sempre entrando numa loja, escolhendo algumas peças de seu tamanho e inovando-as em casa.

Psicológico:
Pessoalmente falando: Uma menina bem quieta, que gosta de silêncio quando vai ler ou quando está pensando demais. Não fala mais que o necessário quando se trata de algo que não a interessa e poucas coisas a interessam. Apesar disso, sempre pode ser visto um sorriso em seu rosto, mesmo que para apenas esconder sentimentos que ela julgue serem inúteis de se compartilhar. Gosta bastante de ouvir músicas calmas, especialmente clássicas, para acalmar a si mesma e para ler.

Socialmente falando: Apesar de toda a sua timidez e de ser um pouco reservada para com as pessoas ao seu redor, ela é uma garota que gosta de fazer amizades e conversar com as pessoas de seu agrado. Tem um certo nível de emoção e animação quando vai falar com as pessoas, sendo sempre muito cautelosa com suas palavras, mas apesar disso ela é sincera. Normalmente, para ela, quando faz alguma espécie de voto de silêncio com alguém, pode ser que ela se sinta confusa em relação àquela pessoa, ou pode ser que a pessoa em questão - ou pessoas - tenha feito algo que ela considere imperdoável.
Não costuma julgar as pessoas de começo, preferindo conhecê-la como um todo para então formar uma opinião sobre esta. Não gosta, definitivamente, de pessoas que façam ou causem mal às outras, achando isso irracional, dependendo do tipo de maldade.
Apesar de gostar de pessoas e de fazer amizades, ela é muito suspeita para com confissões de amor ou sentimentos muito forte, a qual desconheça, considerando no geral o amor um sentimento fútil - mesmo que com o tempo isso possa mudar.
- História do Personagem


2014, 21 de Abril.
Atena - Grécia
22h

Sim, obrigado. O senhor não sabe como isso me deixa feliz. Obrigado. — O homem alto de cabelos e olhos igualmente negros dizia, com um grande sorriso no rosto, cumprimentando um outro homem à sua frente.

Sophie apenas segurava a mão de seu pai, observando as coisas ao seu redor. Estava acostumada a situações como aquela, onde ela apenas servia de companhia para seu pai em suas palestras sobre a Grécia Antiga e a mitologia. Já perdera a conta de quantas vezes estivera viajando com seu pai para que ele fosse fazer algum tipo de palestra sobre seu novo livro ou sobre suas teorias sobre a mitologia grega. Nunca se acostumou com o fato de estar quase sempre viajando e vivendo em quartos de hotéis, sendo sempre a mesma coisa, só mudando a paisagem que estava ao lado de fora da janela. Seus pensamentos foram interrompidos quando sentiu-se ser puxada, entrando no carro com o homem em seguida. Ele suspirava profundamente ao pisar no acelerador, se descarregando do estresse que sentia após cada palestra. Depois daquilo, iriam partir de volta aos Estados Unidos, onde passariam alguns poucos meses antes de viajarem de novo para uma nova pilha de palestras. Como sempre.

Quando o veículo estava movimento, a menina pegou um livro que guardara no porta-luvas do carro e abriu-o onde o marca-páginas estava, tentando lê-lo - com extrema dificuldade. Começou a ler e o carro entrou em um silêncio prolongado.

Então, querida, ansiosa para voltar aos Estados Unidos? Prometo que dessa vez tentarei arranjar um emprego fixo. Não vamos mais ficar viajando tanto —  dizia ele, tentando puxar algum assunto com a menina. Mas ela não queria.

Não queria conversar naquele momento. Não queria conversar em momento algum. Não com o homem que estava ao seu lado. Apesar de toda a sua capacidade de parecer feliz e saltitante na frente das pessoas que iam ver seu pai, não conseguia agir daquela forma com ele. Não com ele. Não desde que tinha apenas alguns poucos anos de vida. Desde que ele separara a família que ela tanto amava.

2004, 7 de Dezembro
Ottawa - Canadá
2:40h

Era tarde da noite na fria capital do Canadá. A rua estava quieta e era iluminada pelos postes, a neve caía calma pelo imenso tapete branco já formado sobre a pista congelada. Um carro estava parado próximo a calçada, os faróis ainda acesos e duas pessoas em seu interior. Uma formosa mulher, tão bela quanto qualquer outra, talvez, e ao seu lado estava seu marido - ou talvez não. A mulher falava, seu semblante era triste, e o homem apenas ficava quieto, não sabendo como reagir às notícias que ela dava a ele. O silêncio no carro foi formado. Nenhum dos dois ousava falar. Mas não poderia ficar daquela forma para sempre. A mulher soltou alguma palavra no ar abriu a porta do carro, deixando que o vento frio entrasse e fechou em seguida, começando a andar para algum lugar distante, até desaparecer na curva da rua, deixando o homem no carro, sem saber o que fazer, apenas se recordando da conversa.

O que... O que é isso? Está me dizendo que... Nesse tempo todo...? — Ele não falava exatamente com ela. Um riso descrédulo saía de sua boca, aquilo era louco demais para ele.

Sim. — Ela apenas respondia.

M-mas então... Sophie... Ela...

Ela é meio-humana. Vai ter algumas dificuldades mas... Mas vocês ficarão bem. Eu prometo que farei o possível para que nada de ruim aconteça, entretanto eu não posso mais ficar aqui... Me desculpe, Yoon. Me desculpe.

Ela falou antes de deixa-lo ali. Naquele momento, ele não foi capaz de se controlar. As lágrimas caíam pelo seu rosto, o pé ia fundo no acelerador e ele fazia perigosas curvas sobre o asfalto congelado. Não tinha noção sobre si mesmo, não conseguia se controlar. O carro ia em uma velocidade perigosa e ele começava a chegar numa área em que já não era mais possível ver alguma coisa. Foi então, naquela madrugada, às duas e cinquenta e sete da manhã, início de dezembro, que o pneu escorregou em uma curva e bateu bruscamente em um poste, capotando sobre uma pequena ladeira. Meia hora depois, um cidadão que passava por ali bêbado, viu o carro e começou a gritar, acordando a vizinhança. Alguém ligou para a ambulância e no hospital ele ficou internado durante quase o mês todo. E a mulher nunca mais voltou. Quando o perguntaram onde estava sua esposa, sua face ficava sombria e ele parecia se perder em suas próprias lembranças, respondendo apenas um "Ela não está mais entre nós."

Meses depois, supôs-se que ela tivesse sofrido o acidente e saído do carro a procura de ajuda, mas não aguentou os ferimentos e morreu. Seu corpo nunca foi achado.

2014, 21 de Abril
Atena - Grécia
22:40h

Desde aquele dia, Sophie culpava seu pai pelo desaparecimento e suposta morte de sua mãe, a quem tanto amava. Seu contato com seu pai diminuiu, ela se isolou para com aquele homem e tudo o que mais queria era sua mãe de volta, tudo o que mais queria era alguém para conversar, tudo o que mais queria era ser capaz de perdoar aquele homem com quem dividia a vida. Mas ela se via incapaz. E tudo o que conseguia fazer era rejeitar e ignorar a presença dele. Depois de muitos minutos, quando ele finalmente desistiu de tentar falar com ela, quando Sophie pensava finalmente poder tentar se concentrar em seu livro, um barulho foi ouvido. Algo forte bateu contra o pneu do carro e o fez perder o controle. Ele tentava desacelerar o carro, mas era incapaz daquilo. O carro continuava em alta velocidade, a rua estava escura, ele subiu na calçada, raspou numa parede e,  finalmente, de alguma forma - talvez sobrenatural -, o carro virou, dando um giro no ar e caindo de cabeça para baixo.

Tudo se apagou. Tanto para Sophie, quanto para seu pai.

2014, 1 de Maio
Londres - Inglaterra
14:05h

Sophie abriu os olhos com dificuldade. Não se lembrava de quem era, de onde viera ou qualquer outra coisa que desse respeito a si mesma. Não sabia exatamente aonde estava ou o que estava fazendo ali. Ela não tinha nenhuma lembrança de seu pai ou seu ressentimento para com ele. Não tinha lembranças de sua mãe ou de sua suposta morte. Não tinha lembranças de nada. E aquilo era assustador. Quando finalmente despertou, se desesperou. Onde estava? O que estava acontecendo? O que era aquele lugar? O que havia acontecido? Qual era seu nome? Quem era ela?

Ela não sabia nenhuma das respostas.

Sua cabeça doeu e em sua mente, diversas perguntas eram formadas, mas nenhuma com resposta. Foi quando ela entrou na sala. Uma menina que devia ser alguns poucos anos mais velha que a própria. Trajava um vestido branco e possuía uma bandeja nas mãos, com um copo cheio de um líquido rosado - framboesa ou qualquer coisa assim. Ela sorriu para Sophie quando a viu acordada e se sentou numa cadeira ao lado da cama, foi quando Sophie percebeu um pequeno pingente de uma coruja no pescoço da menina - isso lhe chamou a atenção, por algum motivo.

Graças aos deuses, você finalmente acordou, querida! Meu estoque de ambrósia já estava acabando! — Ela dizia ao mesmo tempo que preocupada, repreensiva. — Vamos, beba um pouco. Fará você se sentir um pouco melhor.

Ela colocou o copo perto de si e Sophie colocou o canudo na boca, sugando um pouco do líquido. Sua mente, de repente, clareou. Apesar de ainda não se lembrar de praticamente nada, ela sentiu seus sentidos despertarem. Pôde finalmente observar o local em que estava - um quarto branco e azul, com algumas imagens desenhadas nas paredes. A mulher possuía longos cabelos negros e pele bronzeada, além de um encantador e hipnotizante sorriso. Quando terminou de beber o líquido no copo, sentia-se bem melhor, mais disposta e um pouco alegre, e sentia suas dores passando aos poucos. Ela olhou para a mulher ao seu lado, que colocava a bandeja sobre uma mesinha de canto.

Quem é você? Aonde eu estou? O que está acontecendo? — Ela perguntava as coisas tão rápido que dava dor de cabeça até para ela mesma. A mulher apenas sorria para ela. — Quem sou eu?

A última pergunta pegou a mulher de surpresa. Ela piscou algumas vezes antes de finalmente responder.

Bem... Eu sou Serana, sua Dríade protetora. Você está em Londres. Seu nome é Sophie Fairbook Wingates, filha da deusa Atena, é claro.

A última parte definitivamente não era esperada por Sophie e ao ver a expressão confusa no rosto da garota, Serana explicou tudo - desde seu nascimento, até a suposta morte de sua mãe e sua vida desde então, até finalmente chegar no acidente na Grécia, onde seu pai morreu mas ela foi salva por Serana. Mas é claro que aquilo só piorou a situação. Sophie ficou ainda mais uma semana para se recuperar totalmente e processar tudo aquilo que Serana contara a ela. Quando finalmente se recuperou por completo, Sophie passou a viver com Serana como uma mãe adotiva. Não saía muito e ficava muito quieta, apesar de todas as tentativas de contato da outra.

Durante o tempo que ficava isolada consigo mesma, Sophie tentava acreditar que aquilo era uma baboseira. Tentava convencer a si mesma de que sua mãe morrera num acidente quando tinha cinco anos de idade e seu pai quando tinha quinze. Simplesmente não podia acreditar que era filha de uma deusa, era surreal demais. Em outros momentos, estava pesquisando sobre a mitologia grega, os deuses, os heróis e aparentes semi-deuses. Lia aquelas histórias que não eram nada semelhantes umas com as outras, via fatos que até poderiam se encaixar com sua própria história, mas mesmo assim, tudo o que podia sentir era confusão e medo. Medo de que algo ruim pudesse acontecer com ela, medo que sua mãe tivesse lhe abandonado porque não aceitava ter uma filha humana, medo de que tudo o que viveu fosse uma mentira. A mistura do medo e angústia com suas lembranças fazia ela sentir-se fraca, incapaz de se comunicar ou compartilhar seus sentimentos e medos com Serana. Por mais que a mulher fosse boa, tivesse cuidado dela, ela não conseguia sentir-se segura o suficiente.

Quatro meses se passaram desde que aquele voto de silêncio começou e o outono começava a dar as caras na cidade britânica. As folhas coloriam num amarelo alaranjado e vermelho, começando a cair. Um simples chá da tarde acontecia na casa e como em todos os outros dias, Serana tentava se comunicar com a garota e como em todos os outros dias, ela falhava. No fim do chá, quando Serana começava a recolher as coisas, Sophie se levantou e começou a andar de volta para seu quarto, quando parou na porta e falou:

Se eu sou filha de Atena... Quer dizer que ela está viva, certo? — indagou, parada na porta. Serana a olhou um pouco assustada - fazia muito tempo que não ouvia a voz da garota.

B-bem... Sim — respondeu. — Mas por que está perguntando isso agora?

Como o esperado, a menina não respondeu e apenas entrou.

No dia seguinte, bem cedo, Serana foi acordada com um baque em sua porta. Levantou apressada vestindo o roupão e saindo do quarto, vendo Sophie parada ali. Os olhos escuros brilhavam em uma mistura de expectativa e ansiedade, com aquele natural brilho de tédio e mistério. Ela não teve tempo de perguntar nada, Sophie simplesmente a puxou para fora do quarto, levando-a para a varanda externa da casa. Ao sair pela porta, o vento gélico de outono passou pelo roupão fino de Serana e a fez dar uma pequena tremida. Quando se acostumou com a pouca claridade do local, viu algumas barricadas improvisadas feitas com lenha e um círculo grande marcado por uma fita e algumas armas estavam espalhadas por ali de forma aleatória.

Mas o que é... — começou a dizer, sendo interrompida pela menina.

Eu decidi acreditar no que você disse. Se eu sou mesma filha da deusa da sabedoria e das estratégias em combate, eu irei precisar de treinamento. E eu quero que você me ensine o que você sabe — disse a menina simplesmente, começando a ir para perto do círculo. — Li que Atena usava uma lança e um escudo. Se sou filha dela, devo ter alguma habilidade natural, certo? — Ela se aproximou de uma lança com ponta metálica.

Antes disso, onde você conseguiu essas coisas? Quando preparou tudo?

Eu peguei uma fita que eu tinha e um pouco da lenha que estava guardada. E achei uma portinhola escondida no armazém que dava para um arsenal. — Ela falava como se aquilo não tivesse realmente importância e se colocou no centro  do círculo. — Ande logo, Serana. Eu quero ver o quão capaz eu estou.

E suspirando, sabendo que aquela discussão não teria fim, ela amarrou o roupão e foi para perto dela, pegando uma espada curvada do chão. Ela se colocou em posição de batalha junto com a outra garota e ambas começaram. Serana tinha um jogo de pés rápido e preciso, quase acertando Sophie várias vezes, hesitando por medo. Sophie também não ficava para trás. Os esportes que praticava na infância foram úteis naquele momento, fazendo-a ter movimentos rápidos, mas não tanto quanto os de Serana, nem tão precisos, mas que eram o suficiente para se esquivar. Seu maior foco e habilidade, na verdade, estava em suas mãos, com manuseio ágil da lança que pegara. Sentia como se lutasse com aquela arma desde que era apenas uma criancinha, movendo-a com tanta naturalidade que parecia outra pessoa ali, não ela. Um pensamento rápido de ataque e defesa sempre vinham rápido em sua mente a cada novo passo de Serana, que já não brincava mais, começava a adquirir uma postura mais séria. Seus golpes eram mais precisos com a lâmina e seus passos mais imprevisíveis, o sol ficava cada mais alto e o corpo de ambas começava a esquentar e suar, mesmo que fizesse certo frio. Depois de muito tempo naquela pequena batalha de lâminas, Sophie finalmente caiu ofegante, rendida. A lâmina da espada de Serana estava apontada para o pescoço da menina, que sorria. Ambas riram ao fim de tudo, respirando tão energeticamente que parecia que morreriam a qualquer momento.

Daquele dia em diante, elas passaram a conversar mais. Sophie praticamente cuspia perguntas e mais perguntas para Serana, que por vezes não tinha as respostas. Elas passaram a fazer alguns treinos seguindo uma rotina não muito rígida, mas adequada, dividida entre o treino psicológico e o físico. Elas passaram o outono inteiro focando principalmente nos treinos físicos que eram os que Serana poderia mais ajudar a garota, mas os treinos psicológicos progrediam rápidos também por conta da capacidade natural da menina. E assim prosseguiram por muitos meses, até que Serana chegasse ao seu limite.

2014, 24 de Dezembro
Londres - Inglaterra
23:30h

Na noite da Véspera de Natal, a casa estava animada. Sophie ajudava Serana com os últimos preparativos para a ceia de natal e ambas estavam animadas com aquilo. Serana tinha uma surpresa para a menina como um presente de natal e junto com a surpresa, aparentemente, uma má notícia - ou algo assim. Colocaram os últimos pratos sobre a mesa e ficaram conversando enquanto jogavam uma partida de xadrez onde, como sempre, Sophie vencia sacrificando poucas peças - tanto próprias quanto as de Serana. Cinco minutos para meia noite, Serana foi para o quarto pegar a aparente surpresa e ficou enrolando durante todo o tempo. Quando o relógio marcou meia-noite, ambas trocaram os presentes. Sophie entregou uma pequena caixa  para a mulher, e dentro havia uma pulseira com vários pingentes. Serana já havia visto aquela pulseira antes. Era a que Sophie usava para marcar todos os lugares para onde ela já havia ido em toda a sua vida. Claro que ela tentou recusar, mas, segundo Sophie "Recusar um presente de natal dado por um amigo é como recusar a amizade dele." Então ela teve que aceitar.

Quando foi a vez de Serana, a mulher entrou um simples envelope para a menina. Ele tinha um selo vermelho com o símbolo de um centauro. Dentro, escrita com uma letra caligráfica muito bem feita e de cor verde, havia uma carta. Ela indicava que era uma resposta para Serana e Sophie ficou um pouco chocada com o que lia.

2014, 4 de Dezembro. Acampamento Meio-Sangue - Long Island

Saudações,

Obrigado por informar todos os acontecimentos até agora, Serana. É de extremo interesse da direção saber sobre a filha perdida. Qualquer outro acontecimento que ocorra após o envio desta carta pode ser relatado direto à nós quado vocês chegarem ao Acampamento. Peço que tenha cuidado em dobro ao pisar no território americano, tendo conhecimento de recentes ataques aos nossos protegidos nas cidades americanas. Assim que chegarem às redondezas do Acampamento, procurem por algum guarda. Seja cuidadosa ao atravessar a fronteira.

Estamos ansiosos para a chegada de uma nova integrante do Acampamento.


Atenciosamente,
Coordenação do Acampamento Meio-Sangue.

Ao terminar de ler a carta, Sophie engoliu em seco e esperou alguns segundos antes de finalmente voltar a dizer:

Isso... Isso quer dizer que existem outros como eu? Por que não me contou antes? — indagou, ainda um pouco apreensiva. — E esse acampamento? O que ele é?

Sim, existem. Preferi ocultar isso porque fiquei com medo de você ter, sei lá, um delírio. — Serana riu nervosa. — O Acampamento Meio-Sangue é um lugar onde filhos dos deuses com humanos, meio-sangues ou mais conhecidos, semi-deuses, são instruídos e protegidos. E essa era minha surpresa. Nós vamos para lá no Ano Novo.

E aqui não é protegido?

Sim, mas eu não sou capaz de lhe instruir para sempre. Lá você receberá o treinamento necessário e não será atacada, ou correrá perigo. Mas não vamos falar disso agora. Falaremos quando chegarmos lá, okay? — E ela apenas assentiu.

E é claro que novamente Sophie ficou chocada. Quando estava começando a se adaptar à Londres, isso lhe acontece. Mas não falaram mais sobre aquilo naquele dia.

Long Island - Estados Unidos
2015, 5 de Janeiro
13h

Mais ou menos duas semana após o natal, poucos dias após a virada do ano e apenas dois dias antes do aniversário de Sophie, a dríade e a meio-sangue estavam a poucos quilômetros de chegar no lugar onde o acampamento residia. No ônibus, Sophie estava com seus fones, pensando em como seria encontrar outras pessoas como ela, como seria encontrar seus meio-irmãos - todos filhos de Atena. De alguma forma, estava ansiosa para isso, como também um pouco receosa. Ansiosa para conhecer todas aquelas criaturas o qual leu durante tanto tempo, conhecer outros jovens que tinham as mesmas dificuldades, compartilhavam uma mãe ou pai divinos. Receosa porque não sabia se se enquadraria naquele local, se seria aceita, se se acostumaria.

Poucos minutos se passaram e o ônibus parou num ponto, onde Serana indicou que deveriam descer. O local era uma espécie de pasto montanhoso, completamente verde e inabitado, salvo alguns poucos animais. Talvez fosse um local preferencial para pique-niques ou qualquer coisa assim. Serana foi andando guiando até chegar em um lugar em que o ponto de ônibus já não era mais visível. Sophie se perguntava o porquê de elas terem parado ali e antes de ter a chance de perguntar, Serana disse:

Chegamos. — Ela sorria para a menina que ficara mais confusa ainda. — Bem, não chegamos, chegamos, mas já estamos nos arredores dele. Os portões não devem estar muito longe e não vai ser complicado conseguir achar um guarda, suponho... — Ela olhava ao redor, procurando o tal guarda. — Mas isso não importa agora. Parabéns, Sophie. Você concluiu a primeira etapa de sua vida. A partir de agora, as coisas poderão ficar muito complicadas, mas será divertido. Considere uma forma informal de lhe inserir no Acampamento. Parabéns.

E ali, sorrindo para ela, Serana apertou sua mão e tornou a procurar. E ali elas ficariam até chegarem ao acampamento.

Observações finais:



Tks Maay from TPO
Sophie F. Wingates
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Indra Aamani Qua 25 Fev 2015, 15:53


Além da neve
       

Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Quione. Visto de um modo geral, ela é até um deusa interessante e... Bom, pretendo explorar um pouco o mundo da neve, qual é a deusa melhor pra isso? Neve, neve! Tão bonita, tão legal, tão divertida!

Personalidade:
Física:
Baixa de pele branca por nunca pegar sol e olhos castanhos. Tem cabelos negros e compridos. Seu rosto é delicado e fino.

Psicologicas: Não pensa muito em si, viveu muito tempo para seu pai e não tem amigos. Garota independente e não gosta de precisar de ajuda. Resumindo: fria como a neve. Só não agia assim com seu pai, pois o amava. Odeia sua mãe.

História

“Eu odeio frio!”

Essa sempre é a primeira frase que vem a minha mente, quando eu acordo as dez da manhã e sinto em minha pele o frio de -30º.

Me virei de um lado para o outro na cama, o que foi bem difícil visto que eu estava coberta com três camadas de pele, mas logo estava na posição certa para olhar meu pai.

- O que o senhor quer comer hoje? – ele já estava acordado, seus olhos estavam abertos, mas sem nenhuma expressão.

- Peixe – ele falou em um sussurro.

Nesses momentos que vejo a quão bondosa minha pessoa é. Me pus de pé e logo comecei a me preparar para ir pescar.

Quando sai de casa naquele dia, olhei para o horizonte. Tudo que vi foi: Gelo, gelo, gelo, floco de neve, gelo, gelo. Tudo era branco e o vento estava forte levando mais gelo de um lado para o outro. Eu parecia um urso filhote de tantas camadas de pele que me rodeavam, mas mesmo assim eu sentia frio a ponto de me tremer.

Caminhei com um bastão pontiagudo na mão que apelidei carinhosamente de ‘nevado’. Com ele eu pressionava o chão em minha frente para ter certeza que o local era seguro para pisar ou se não era uma fina camada de gelo em que meu peso iria fazê-la quebrar e eu morrer ou de hipotermia ou afogada. Costumo não ser muito otimista.

Depois de uma longa caminhada cheguei ao rio Tamasatunus que estava congelado.

Junto com Nevado, caminhei até uma extremidade do rio com muito cuidado e bem devagar. Cheguei a um ponto onde o gelo era mais transparente. Coloquei Nevado no chão ao lado do balde com os instrumentos de pesca.

Horas depois eu estava sentada de frente a um buraco na neve com um anzol dançando lá dentro na água.

Recolhi três peixes, um banquete!

Voltei para casa e encontrei meu pai gemendo de dor na cama.

- Trouxe os peixes – lhe falei com expectativas. Ele me olhou com carinho e ficou em silêncio. Fazia três longos meses que meu pai estava doente. Não sabia ao certo o que era, mas ele estava pálido e sempre se tremendo não importava a quantidade de camadas de pele que lhe rodeavam.

Nunca esquecerei o dia que ele chegou em casa após um longo dia de trabalho. Oceanógrafo aposentado! Ele tinha orgulho de estar sendo chamado para consultas mesmo depois de sua aposentadoria, meu bom e velho pirata do Alasca!

Me ocupei na cozinha por algumas horas... Bom, ‘cozinha’ não era exatamente a palavra certa para usar em um ambiente branco de gelo com um fogão velho e acabado que só era usado depois de duas horas de tentativas frustradas de acender o fogo.  Fomos almoçar as quatro horas da tarde.

- Café pra quê se temos caldo de peixe... – ele disse sorrindo enquanto abria a boca e engolia mais uma colher de caldo que eu lhe dava no maior estilo ‘pai e filha’ invertido.

Ele parecia melhor, comida quente sempre o fazia melhorar.

Melhorar... Meu pai melhor... O pensamento trazia lágrimas aos meus olhos.

- Filha, temos que conversar... – suas palavras me fizeram tremer ainda mais.

- Pai, se for coisa de adolescente, não se preocupe. Juro que não tenho nenhum problema... – menti para ele. Lógico que eu tinha problemas! O que era aquilo que me fazia tremer quando eu via o garoto que limpa o escritório de pesquisa? Ou as cólicas que eu sinto todo mês, elas passam?

- Não, Everest – ele falou sorrindo – é sobre outra coisa.

Naquele dia, meu pai, Akio Halos Michel, disse para mim, Everest Halos Michel, que eu era filha de uma deusa, Quione.

Ele estava doente, muito doente, tossia a cada dez palavras. Explicou que trabalhava com algumas pessoas sobre uma nevasca que chegaria em breve, ele pretendia estar ali para presencia-la, quem sabe Quione não aparecesse? O chamaram de ‘louco’.

- Eles nunca estiveram tão certos, eu era louco para vê-la de novo. – falou com olhos brilhando - Mas então eu fiquei doente e faltam apenas dois dias para a nevasca chegar. Você corre perigo, Everest. Eu nunca contei para eles o real perigo da nevasca, mas... Não há como sobreviver. Então... – ele segurou minhas mãos e me olhou nos olhos. Suas mãos estavam quentes, estranho – fuja, Everest. Fuja agora. Daqui a dois dias não sobrará nada, apenas neve.

- Mas... – minha voz vacilou. Era muita informação de uma vez. Quione, nevasca, fugir. – ... e o senhor?

Ele sorriu mais ainda como quem diz ‘Você sabe que eu não mudo meus planos’.

- Ficarei bem. Não discuta. As temperaturas estão descendo rapidamente...

- Mas... pai! Eu acabei de chegar de fora e não senti muita diferença.

- Eu sei. Mas veja; três peixes! Os ursos não estão pescando, eles estão fugindo. Suspeitei que estivessem perto por isso pedi o almoço de hoje.


Não importa o quão doente ele estivesse, seu raciocínio era de um professor com PHD.

- Filha, nos veremos um dia, lhe prometo. Mas agora você tem que ir. Não se preocupe comigo, vá e não olhe para trás ou ira voltar. Não chore ou suas lágrimas se tornarão gelo. Não tenha medo, po...

- Pois meu nome é Everest –
completei a reza que eu conhecia bem. Desde criança ele citava para mim - Como sabe que ainda o verei?

- Ora veja, filha. Posso ver o futuro em seus olhos castanhos.


Já eram quase meia noite e o sol estava forte quando sai de casa, bem agasalhada e com algumas roupas. Meu pai tinha me dado todo o dinheiro que guardara e alguns cartões com números de contas bancarias em vários países diferente. Não pensei em nada, não pude...

Estava deixando para trás meu pai, ele ia morrer. Tentei afastar esse pensamento. Sabia que não tinha escolha. Não sabia bem o motivo, mas não procurei insistir. Sabia que algo me aguardava fora daqueles montes de neve, e não era um simples sol.

Peguei o avião para Austrália com escala em Madagascar. Foi assim que o avião subiu aos céus de Madagascar que ouvi a notícia em um telejornal que passava em minha poltrona.

Uma repórter falava com dificuldade. Seus cabelos voavam com a força do vento e ela estava coberta com vários casacos.

“Uma nevasca está atingindo todo o hemisfério norte do país. Está sendo considerada a pior nevasca de todos os tempos da historia da humanidade, nunca vi algo assim. Estamos a mais de dez quilômetros de onde está sua maior intensidade. O número de mortos já chega a dezenas, não temos relatos de nenhum sobrevivente. A população está sendo morta, não há como fugir e agora a única coisa que resta é rezar, rezar para que tudo isso diminua e pos...”

Ela saiu do ar.

Maldita Quione.

Hmm...:

um dia me disseram que os ventos as vezes erram a direção
Indra Aamani
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Hiro Yagami Qua 25 Fev 2015, 18:03


Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?:
Perfil do Personagem:

HISTÓRIA DO PERSONAGEM:


[Estação de metrô abandonada]
02:47 AM; Em algum Lugar de NY


ㅤㅤAnte o inevitável, John Michaels não mais se importava com a dor. Desistira de prensar a ferida aberta, e o sangue continuava jorrando. Sabia que algum órgão interno fora trespassado e, agora, era questão de tempo – minutos ou segundos, talvez. Estava morrendo.

ㅤㅤHavia um gotejo contínuo pingando entre suas sobrancelhas, provavelmente oriundo de uma tubulação estourada logo acima. Ele já havia cronometrado inconscientemente o intervalo de queda entre as gotas, e quando este sessou de forma abrupta, estranhou. Olhou para cima, espantando-se quando percebeu a lágrima d’água pairando imóvel a alguns centímetros do seu rosto.

ㅤㅤO tempo estava congelado.

ㅤㅤLogo, teve o oco de sua cabeça assolado por incontáveis registros do passado. Viu sua tenra infância, a adolescência, a juventude e os dias recentes. Revisitava o outrora a contragosto, preferindo a dor da lâmina que violara seu corpo...

ㅤㅤ“...Tanto ele como a irmã sempre foram capazes de enxergar através da névoa, apesar de não possuírem uma ascendência divina. Mas foi apenas quando se tornou um empreendedor rico que decidiu aventurar-se no lamaçal do submundo mágico. E a combinação tóxica entre ganância e uma consciência cauterizada o impulsionou à extrapolação. Quis, a despeito de virtudes e moralidades, transbordar sua fortuna para além das proporções tocadas por qualquer um – mortal ou imortal – em qualquer época. Não atoa chamavam-no, pelas costas, de John 'Midas' Michaels. Logo se viu como o maior em seu ramo; a saber: gerenciamento de semideuses mercenários. Em vinte anos de carreira, John provocou o Olimpo, fez muitos inimigos, tornou-se alvo de olhares cobiçosos. E então, faliu...

ㅤㅤNaquele segundo estático, fitou seu sobrinho, Kayne Michaels, que apesar de imóvel aparentava-se consciente, também, no tempo parado. Frio e inexpressivo, contemplava o tio agonizante, não dizendo palavra. Ao lado, Felix, um rapaz loiro, alto e musculoso jazia congelado no ato de limpar a espada ensanguentada.

ㅤㅤJohn aspirou a vã tentativa de pronunciar um pedido de desculpas. Infeliz, creu ser imperdoável o seu pecado. Estava quase morto, e, desde já, condenado.

ㅤㅤE o passado veio à tona novamente...

ㅤㅤ“...John fora ameaçado por alguns dos seus próprios mercenários agenciados. Preocupado, pôs-se a confabular estratégias para proteger a si e sua fortuna. Então, veio a notícia do óbito de sua irmã, Angella, durante o parto de Kayne. Após um luto questionável, ele adotou o sobrinho. Quando o menino completou dois anos, foi visitado por Thanatos, que, assumindo sua paternidade, indicou o acampamento para quando sua prole atingisse a idade oportuna. Entretanto, John entregou o pequeno Kayne a Félix, um meio-sangue veterano que estava, sob juramento ante o Styx, em débito de favor. Ele deveria criá-lo, treiná-lo e ensiná-lo a respeito da mitologia existente no mundo real, para servir-lhe de guarda-costas pessoal e mercenário fiel.

ㅤㅤDez anos depois, falido, John se viu na obrigação de interromper o treinamento de Kayne e apressar seu retorno. Temeu, por um instante, que o sobrinho não estivesse apto para o serviço. Mas, ouvindo a respeito dos feitos do mesmo pelas cidades em que passou durante o crescimento, encontrou chão firme e confiança.

ㅤㅤJohn avistou a sombra alada de Thanatos, cada vez mais próxima. Então, foi apossado por uma paz intensa, que em seu ultimo fôlego lhe permitiu uma compreensão mais profunda dos fatos. Félix havia encrustado algo mais na educação de Kayne, um motivo para se conservar alheio e inalterado mediante o assassinato do próprio tio. Talvez um senso de justiça, atribuindo tal fim à razão da punição pelos pecados cometidos contra tantos, inclusive sua mãe.
Quanto a Félix, viu-se dispensado do juramento no instante em que devolveu Kayne. E, sendo ele um dos tantos almejando a morte de John, não hesitou em perfurar o corpo do mesmo, pondo assim um fim à sua vida e dívidas.

ㅤㅤO tempo voltou ao normal. Félix embainhou sua espada, enquanto a gota tocava, finalmente, o rosto de John, já morto.
Kayne deu dois passos à frente e agachou-se ante o corpo, tocando o sangue escorrido e analisando-o rente os olhos. Depois raspou o dedo no chão, limpando-o, e voltou-se para Félix, postado logo atrás.

— O que será que vão escrever na lápide dele? — Perguntou.
— Seja lá o que for — Félix respondeu, após uma breve pausa para escarrar e cuspir no chão. — Não será o suficiente. — E tocou o ombro do menino, observando o olhar vazio de John. — Agora vamos, tenho que leva-lo ao estreito de Long Island.
— Long Island... O acampamento? Por que?
— Eu devo esse favor a uma outra pessoa.

ㅤㅤKayne assentiu. Custaram dez anos de convivência para aprender a respeitar as respostas vagas de Félix. Além do mais, havia uma outra pergunta a ser feita.

— Depois disso vamos nos ver de novo?
— Quem sabe. — Respondeu — Talvez haja alguém disposto a pagar pelo assassinato do herdeiro de John Michaels.
— Então, estarei esperando — Kayne disse, sorrindo.
— Assim que se fala. Agora vamos.

Hiro Yagami
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Aleci Frassoni Qui 26 Fev 2015, 19:42

Ficha de Reclamação para Aleci Frassoni

Por qual deus você deseja ser reclamado? E por quê?

- Hefesto. Devo dizer que em todas as minhas experiências com personagens afiliados a Hefesto tive bons frutos em minha interpretação e pude demonstrar meus conhecimentos no ofício da forja, que excedem algumas expectativas. De modo geral, esse é o deus que mais me agrada desenvolver um personagem, pela facilidade que tenho em lidar com tudo que ele abrange e suas características especiais que, em todos os casos, se adaptam a minha pessoa e me ajudam a desenrolar as melhores manifestações espontâneas possíveis para os momentos de interação e combate, que julgo muito importantes em qualquer tipo de interpretação.

Quais as principais características físicas e emocionais do seu personagem?

- A primeira vista Aleci se parece com um australiano bem nutrido e dotado de alguns músculos que, no geral, estão fora dos padrões de sua idade. Era de se esperar que ele tivesse uma pele mais escura, embora o tom amarelado tenha se mantido mesmo com suas visitas diárias as praias de Sydney e sua linhagem especial com o fogo - o que em pouco contato ao calor deveria escurecer sua pele. Um defeito genético? Provavelmente, mas também pode ser culpa da falta de melanina que a família de sua mãe sofre. Seus olhos, em contrapartida, são bem escuros e com um tom cinzento que quase chega a ser preto, o que se repete na cor dos seus cabelos, acompanhado de mexas mais claras nas pontas. Como sempre seu olhar está bastante distante, de modo que pareça ser uma pessoa desligada da realidade e mais focada em suas próprias ambições, que estão longe de serem voltadas para a vida de um meio-sangue. Ainda assim herdou o caráter gentil de seu pai e o manifesta da própria maneira, para aqueles que ele realmente julgue merecedores de alguma estima. É extremamente paciente com as pessoas, sabendo lidar com qualquer um sem alterar sua descontração natural, que aliada a sua mania de "viajar na maionese" pode ser muito agradável para um bom papo com qualquer um. Mas não apenas o caráter de seu pai foi herdado, como também sua genialidade. Aleci, em todos os aspectos, costuma pensar sempre um passo à frente das pessoas, estando capacitado para tomar decisões e desenvolver métodos criativos de resolver seus problemas. Desde sua chegada ao acampamento desenvolveu uma ligação especial com seus meio-irmãos, o que a longo prazo tem sido demonstrado nos trabalhos bem feitos durante a forja e nas experiências de treinamento para combate, o definindo como alguém que sabe trabalhar em equipe e se importar com as pessoas que considera importantes.

Qual é a história do seu personagem antes de sua chegada ao acampamento?

Aleci é um cidadão de Sydney desde o seus seis anos de idade, tendo vivido em Veneza, na Itália, até sua mãe se casar com seu padrasto e migrar para a Austrália, onde viveu até completar seus dezoito anos de idade e, bem, ser levado ao acampamento. Antes dessa mudança em sua vida ele era um adolescente engenhoso e ambicioso, que acabará de terminar o ensino médio, mesmo com as frequentes mudanças de escola causada pelos seus comportamentos irregulares para qualquer estudante. Isso se deve a seu talento para arrumar confusões, algo que ele não escolheu ter em momento algum, mas o persegue de forma a nunca conseguir escapar de uma situação que ele mesmo não criou, mas acabou sendo responsabilizado. Quando isso se tornou comum Aleci simplesmente aceitou que aquilo fazia parte dele e resolveu investir, de uma forma proveitosa para si mesmo. Um bom exemplo disso é utilizar sua criatividade para montar as engenhocas mais toscas que já se viu por todas as escolas que passou, usando coisas que eram acessíveis e as tornando o pesadelo de qualquer inspetor. E quando se vive num ambiente escolar não se falta oportunidades para agir, principalmente quando se anda com as pessoas certas.
E assim ele desenvolveu uma alcunha que o tornou conhecido em toda cidade por aqueles de sua faixa etária, como o "construtor de encrencas". Daí em diante sua carreira nas artes da travessura só se alavancaram e lhe renderam diversas punições, muitas delas prejudicando sua própria mãe, uma engenheira conhecida de Sydney. Até que ele se formou e começou a trabalhar com sua mãe numa grande indústria de metalurgia, onde seus primeiros talentos para a forja foram surgindo. Até aí tudo parecia ir bem normal em sua vida, mas uma excursão com seus amigos a praia acabou se tornando o início de uma grande reviravolta no mundo desse jovem olimpiano. Tudo começou quando Aleci estava no mar com seus amigos e resolveu voltar para a praia antes deles, para beber alguma coisa e dar uma olhada no celular. Na volta ele notou que um garoto com barbicha e muitos pelos nos braços começou a vasculhar suas coisas e, literalmente, farejá-las. De início ele pensou que fosse apenas um daqueles malucos xeretas ou um mendigo a procura de comida, mas não era nada disso. Quando o garoto peludo colocou os olhos em Aleci imediatamente agarrou sua mochila e saiu correndo pela praia, como um verdadeiro trombadinha. E tenha certeza que nunca existiu um trombadinha tão ágil em toda a Austrália. De cara Aleci foi no seu encalço e começou a perceber que as pernas daquele garoto não eram normais, pois ele pulava mais alto e tinha uma gingada tão perfeita que parecia um profissional em parkour, sendo difícil de se alcançar. E Aleci podia se gabar de sua força, mas não de sua velocidade. Mas sempre que Aleci ficava distante demais o garoto peludo encurtava a distância, parecendo querer mesmo ser seguido. E depois muito tempo de perseguição, Aleci chegou a um beco, onde aquele garoto estava sentado e debochando da cara do olimpiano.
- Você não é rápido, mas devo dizer que tem uma boa resistência física - disse o garoto peludo, coçando sua barbicha.
- Vai se catar, mano. Devolve minha mochila antes que eu te dê um belo soco - respondeu Aleci, já pingando de suor e com as mãos apoiadas nos joelhos flexionados.
- Relaxa, eu não te trouxe aqui por acaso. Na verdade, sua vinda é extremamente necessária.
- Como assim? Eu nem te conheço, mano.
- Você não me conhece. Mas eu te conheço. E muito, para falar a verdade.
- Ahn? Você é algum tipo de pedófilo ou stalker?
- Longe disso, cara. Minhas intenções são boas, quer você acredite ou não.
- Olha, eu não quero saber. Devolve minha mochila que preciso voltar para a praia - disse Aleci ao se aproximar, já cerrando os punhos para uma eventual troca de socos.
- Já falei para você relaxar, né? Não vai demorar muito, confia em mim.
- Confiar em alguém que me fez correr pelo menos um quilômetro e vai me fazer pegar um ônibus a mais para chegar em casa?
- Nossa, eu admito que exagerei um pouco. Mas olha só, era necessário afastá-lo da praia naquele momento. Você estava em perigo.
- Perigo? Cara, eu frequento aquela praia a mais de dez anos, todo mundo lá me conhece.
- Por isso mesmo é perigoso. Quem está te procurando poderia facilmente achá-lo lá.
- Quem está me procurando?
- Um caçador de olimpianos. Em outras palavras, um cara que é especialista em eliminar pessoas como você. Pessoas muito especiais.
- Olimpiano? Do que você está falando?
- Me escute bem a partir de agora, tá? Você, Aleci, é um olimpiano. A cinco anos eu tenho vigiado você e um grupo de olimpianos aqui de Sydney, procurando levá-los quando fossem descobertos até um lugar seguro. Eu sou uma espécie de protetor de pessoas como você, e agora que você está em perigo, é meu dever levá-lo em segurança ao acampamento.
- Acampamento? Não, cara. Eu não curto essas coisas de acampar no verão. E que merda é essa de olimpiano?
- Apenas escute. A dois meses, na sua festa de formatura, a proteção que você havia recebido de seu parente divino foi desfeita, por algum motivo. Isso deixou seu cheiro sensível a muitos monstros da região, que começaram a caçá-lo dia e noite. A mesma coisa aconteceu nos últimos anos a outros olimpianos aqui de Sydney, mas infelizmente eles não me ouviram e acabaram sendo mortos. Não quero que você seja um deles, Aleci. Por isso precisa me seguir, imediatamente.
- Parente divino? Está dizendo que eu tenho ligação com alguma divindade, tipo o Deus soberano?
- Tipo isso, mas existem mais de um deus nesse mundo. Para falar a verdade existem vários deles, de todos os tipos. Até o momento eu não sei qual é o seu parente divino, porque ele não te reclamou. Mas se você vier comigo poderemos descobrir isso e você entenderá tudo que está acontecendo.
- Está dizendo que eu sou filho de um deus?
- Sim, você é. E pelo fato de ter nascido com uma proteção que durou tantos anos significa que pode ser um deus bem reconhecido no Olimpo, do tipo que não queria que descobrissem você.
- Isso tudo soa muito estranho. Por que eu deveria acreditar em você? É loucura tudo isso.
- Pode parecer loucura, mas eu vou te explicar resumidamente. Você e eu sabemos que é um cara disléxico e que sofre com um distúrbio impulsivo de deficit de atenção, não é? Pois acredite que, em todo o mundo, existem centenas como você. Talvez até milhares. E todos eles carregam esses dons em comum, além de outros que são especiais e relacionados a sua própria linhagem olimpiana.
- Olha, essa parte da dislexia e deficit de atenção faz sentido. Mas como eu vou saber que sou mesmo o filho de um deus?
- Na hora certa eu posso provar, por enquanto faça o seguinte: ligue para sua mãe e peça para ela comprar duas passagens para Nova Iorque com urgência.
- Está querendo que eu pague uma viagem a Nova Iorque para você assim? Agora entendi suas intenções!
- Não é nada disso, cara. Olha, confia em mim. Eu posso ajudar você a descobrir tudo que precisa para descobrir a si mesmo.
- Pode até ser verdade, mas como vou confiar em alguém que nem sei o nome?
- Isso é fácil. Meu nome é Vulomness, o sátiro!
E assim Aleci acatou as ordens daquele indivíduo estranho, denominado de sátiro, sentindo por algum momento que tudo que ele disse faria sentido, por mais absurdo que seria ser filho de um deus. Acompanhado de Vulomness, ele chegou em casa e sua mãe lhe entregou as passagens, além de pedir que confiasse no novo amigo e seguisse em frente, sem olhar para trás. Era a primeira vez que ela falava com Aleci de maneira séria, sem reclamar de suas travessuras. Logo, ele entendeu imediatamente que era necessário seguir o sátiro.
A viagem correu bem e, depois que chegaram no aeroporto de Nova Iorque, foram até uma estação de ônibus onde pegaram um expresso para Long Island, provavelmente o local onde o acampamento mencionado se encontrava. E era mesmo. Ao descerem do ônibus andaram até uma colina com um arco exposto e com escrituras em latim, que para Aleci foi facilmente traduzido como "Acampamento Meio Sangue". Quando atravessaram a colina se depararam com vários campistas muito diferentes do normal. Todos, sem exceção, usavam uma camisa laranja e pareciam estar prontos para uma guerra, visto que carregavam pelo menos uma arma consigo, indo desde facas até machados que podiam arrancar a cabeça de alguém com facilidade. Medonho? Sem dúvida. Aleci não sabia que deveria ser um guerreiro e muito menos que deveria competir com todas aquelas pessoas durante seus treinamentos. Não que o combate desarmado fosse um problema, mas a ideia de empunhar espadas e escudos era um tanto incomum para um garoto que só chegou a ver armas brancas em pivetes de Sydney que nem sabiam usá-las e só levavam para intimidar as pessoas. Mas não era o caso ali. Todos sabiam muito bem o que estavam carregando e entendiam o seu dever com o acampamento.
Vulomness se separou de Aleci por uma hora para fazer a inscrição dele na Casa Grande, enquanto ele deveria se dirigir ao chalé número onze, do deus Hermes. Nossa, Hermes? Tudo bem que Vulomness explicou durante a viagem que se tratava de uma criatura grega e que tudo que ele veria até ali seria relacionado a mitologia greco-romana, mas até mesmo deuses famosos tem seu próprio chalé? Não era bem assim, já que os chalés abrigavam os filhos reclamados de cada deus e, no caso de Aleci, por não ser reclamado ainda deveria aguardar no chalé de Hermes, que tinha o papel de recepcionar os olimpianos indefinidos. Sim, indefinidos. Um termo meio cruel para um garoto que acabou de saber que é um semideus. Um semideus indefinido. Ora bolas, és quase um deus e seu parente divino sequer o notou? Chega a ser estranho pensar nisso.
Depois de uma soneca no chalé onze já estava escurecendo e todos se reuniram no pavilhão do refeitório, onde uma grande fogueira estava exposta. Aleci a fitou por algum tempo e se sentiu confortável com a sensação que as chamas transmitiam, parecendo que estava se sentindo mais em casa do que nunca. Se sentou numa fileira de indefinidos que conheceu no chalé onze e começou a papear com eles sobre como chegaram até ali. Até que finalmente alguns campistas de influência ergueram suas taça se iniciaram as oferendas para os seus parentes divinos, jogando todo o tipo de coisa na fogueira, principalmente alimentos. Aleci não sabia muito bem o que jogar, já que nem tinha conhecimento do seu parente, mas parecia ser necessário para que fosse reclamado. Os outros indefinidos começaram a levar comidas que mais gostavam e ele seguiu essa ideia. Ao arremessar um pedaço de picanha na fogueira o fogo ficou mais escuro por algum motivo e uma grande chama quase tocou os dedos de Aleci, parecendo responder positivamente a sua oferenda. De início ele se espantou, mas o calor do fogo sequer o machucou, somente trazendo aquela sensação de conforto que ele tinha quando deitava na sua prancha de surf em pleno pôr do sol. E, no momento que deu as costas a fogueira e se dirigiu de volta para a mesa, um brilho escarlate e alaranjado surgiu em sua cabeça, com a figura de um martelo. Para sua surpresa, todos os campistas o encararam, principalmente uns que estavam acumulados em uma grande mesa e apresentavam uma aparência robusta e desleixada.
- Saúdem o novo herdeiro da forja! Filho de Hefesto! - gritou um dos garotos na mesa dos filhos de Hefesto, contagiando todas as mesas a levantarem suas taças.
- Hefesto? Espera, esse não é o deus da forja? - Aleci ficou chocado com quem era seu pai e, principalmente, o que ele representava.
- Sim, mano. Hefesto! - Vulomness tocou o ombro de Aleci e o encaminhou até a mesa dos filhos de Hefesto, fazendo questão de apresentá-lo para todos e deixá-lo que se enturmasse por conta própria depois.
Após isso Aleci havia encontrado seu lugar no acampamento e, mais importante que isso, havia conhecido pessoas com os mesmos hobbies que ele e a capacidade nata de criatividade, que segundo seus meio-irmãos seria muito útil nas forjas do acampamento, onde Aleci deveria começar a trabalhar a partir de agora. Para um encrenqueiro de Sydney a carreira da forja pode parecer bem estranha, mas o quão gloriosa ela seria só iria depender do próprio empenho e talento daquele novo forjador olimpiano.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Marina Owense Qui 26 Fev 2015, 20:34

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Afrodite. Pessoalmente, admiro a deusa por ter soluções emotivas para algumas coisas, e por minha personagem ser exatamente o contrário da maioria das filhas de Afrodite, queria testar ser filha dessa deusa.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Físicas: Cabelo castanho com pontas loiras, olhos azuis puxados pro cinzento, pele clara, alta com seus 1,69 m, 48 kg. A maioria de suas roupas são combinando, blusa clara com estampa escura, ou vice-versa. Gosta de usar shorts e calças jeans e blusas com manga curta.
Psicológicas: Marina, ao contrário do que pensam, não é fria. É apenas cautelosa, tomando cuidado para não se apegar demais as pessoas. A maioria das vezes é simpática, exceto quando a provocam, aí ela vira uma máquina de ironias malvadas. Quando encontra pessoas legais, costuma ser simpática, mas não tanto, pois como ela diz: "Confio desconfiando."

- História do Personagem
  - Marina Owense! Levanta dessa cama A-GO-RA!- Disse meu lindo paizinho, querendo me acordar para ir para a escola.
- Deixa só mais uns 5 minutos...-Falei,com a voz sonolenta.
 - Era mentira, hoje é sábado, só te acordei para falar mais da sua mãe, já que o horário de dormir atrapalhou on...
- Já estou indo!-Disse,me levantando e correndo para o banheiro, tomei um banho rápido, e vesti o meu top de ginástica verde neón com minha leggins cinza e o tênis verde da mesma cor do top. Amarrei o cabelo e desci as escadas quase caindo de tanto correr.
- Bom dia paizinho!-Dei um beijo no seu rosto-Então,qual era o nome dela, em que trabalhava, qual a aparência? Meu pai riu e começou a falar:
 - Afrodite, em uma loja de roupas, linda como você. Pode ao menos tomar o café antes, apressadinha?
Ri, meu pai é muito atencioso comigo, o nome dele é Robert Owense, ele trabalha numa academia em Manhattan. Seus olhos são azul-cinzentos como os meus, mas ele tem cabelos loiros e pele morena clara. Comi o café da manhã, que era um suco de laranja com um sanduíche. Ah, por que meu pai explica quem é minha mãe? Porque ela sumiu quando eu tinha 3 meses.
- Bem, sua mãe era uma mulher extraordinária. Nós nos conhecemos na academia, ela foi lá e estava procurando um personal trainer, e ela me achou. Fiquei completamente apaixonado, Mari. Ela era linda, seu sorriso era deslumbrante, e sua voz... Ah, a voz... Ela tinha voz de anjo, ficamos conversando até o horário acabar. Eu a convidei para ir lá em casa, e... Bem, o resto você já sabe.- Ele disse isso e eu sorri. Escovei os dentes ao terminar de comer, e parti para a academia do meu pai. Fiquei pensando no que meu pai disse. Afinal, por que minha mãe tinha ido embora? Nunca entendi as pessoas... De repente avistei um menino lindo vindo na minha direção, ele tinha olhos cinzentos tempestuosos e cabelos loiros, ele era muito forte. Então ele falou comigo.
- Olá, gata, posso lhe fazer companhia?- Ele disse, dando uma piscadinha. Por algum motivo me deu uma vontade gigante de dizer "Claro! Me possua!", mas não disse:
- Hum... Okay!
De repente ele abaixou o rosto e levantou a mão, e todos saíram voando, ficando apenas eu e ele. Ele segurou o meu pescoço, então ele assumiu uma forma de vento humano.
- Me dê um beijo, Marina Owense. Ele deu um sorriso de desdém, e ele iria jogar um raio em mim. Coloquei todo o meu medo na voz e disse:
- Não! Pare! Me solte agora!
Aparentemente funcionou, pois ele me soltou e eu caí no chão, cuspindo sangue. Ele sacudiu a cabeça e iria me agarrar novamente, quando um cara com pernas de bode(um sátiro, aprendi depois) chegou correndo com uma flauta de bambu e tocou uma música violenta, que fez o cara do vento(anemoi thuellai, também aprendi) ficar meio louco e sumir em um pequeno furacão.
 - Hey cara! Assédio é crime, sabia?
Quase dei um beijo naquele sátiro. Mas não pude fazer isso, pois desmaiei de tontura. Acordei num lugar que parecia uma enfermaria, com um homem-cavalo(centauro) me olhando preocupado. Percebi que estava usando um vestido branco decotado, até os pés, vestidos com sandálias, e, vendo no espelho do outro lado, com o cabelo amarrado em coque com uma tiara de flores, e uma maquiagem perfeita.
- Onde estou?
- Acampamento Meio-Sangue. Seja bem-vinda, Marina Owense, filha de Afrodite, deusa do Amor, da beleza e das pombas.
Naquele dia, minha vida como semideusa estava prestes a começar.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Marcos Cavalcante Sex 27 Fev 2015, 00:44

 Por qual deus deseja ser reclamado? Por quê?
Dionísio, o deus do vinho, da festa e do teatro. E acho que Marcos se encaixa em seu perfil, gosta de teatro e de Coca-Cola Diet.
 

                            
Perfil do Personagem
Características físicas: Marcos é alto, mede um e oitenta (grande para um cara de sua idade), meio gordinho, com cabelos lisos e castanhos como madeira tabaco, seus olhos são da mesma cor, tem a língua meio presa e um pouco bronzeado. Ele tem uma cicatriz de três centímetros no pé direito, que um dia brincava com um cerrote e se cortou.
Características psicológicas: Marcos é m pouco sem paciência, sempre que tudo pronto no mesmo dia. Perfeccionista e geek nato, mas, não é muito sociável, e sempre está pensando num modo de ajudar as pessoas. Sua mãe lhe disse que, ele era como uma uva às vezes doce e às vezes azeda, mas, sempre boa.                                             
                                           
                                               
                          História do Personagem
Marcos sempre viveu com seus pais em São Paulo. Ia para a escola todos os dias e estudava no 8ºano A. Tinha uma paixão platônica por uma menina do 8º B, eles eram muito amigos e ambos eram geeks.
Seu melhor amigo Sísifo era como um irmão. Eles moravam na mesma rua da Zona Leste da cidade e estudavam na mesma escola. Mas um dia tudo mudou.
Eles voltaram da escola e foram para a casa de Marcos. Chegando lá Marcos abriu a porta e chamou a mãe e o pai:
- Mãe? Pai? Alguém em casa? – ninguém respondeu. Encima da mesa de jantar avia um bilhete escrito Para Sísifo. – É pra você.
Sísifo pegou o bilhete da mesa e leu.
- Ah, deuses. – disse ele, se sentando. – Você tem que vir comigo – com sua voz preocupada, olhou para Marcos.
- Para onde? – perguntou Marcos. – Deixe-me ver esse bilhete.
Ele pegou o bilhete e leu. Marcos ficou abismado.
 
Sísifo,
Leve Marcos para o acampamento. Ele é o filho do vinho. O descendente do verdadeiro sol. Diga a ele que o “pai” dele era seu guardião, e agora ele está morto. Eu fui para o encontro do deus do vinho, porque ele disse que ia me proteger. Faça o mesmo com ele.
 
- O que isso quer dizer? – disse Marcos, em lágrimas.
- Quer dizer que você é filho de Dionísio, não daquele que dizia seu pai – respondeu Sísifo, com, Marcos não soube como, com duas malas em seus pés. – E você é descendente de Hélio, o verdadeiro deus do sol. Temos que ir para o Acampamento Meio-Sangue, o acampamento dos semideuses.
- Onde fica?
- Em Long Island, Estados Unidos.
- ESTADOS UNIDOS! – gritou Marcos. – COMO VAMOS CHEGAR LÁ?
- Com os espíritos dos ventos. –respondeu o amigo. - Ah, e a propósito, também sou um semideus. Sou filho de Tique, a deusa da sorte.
- É por isso que você sempre ganha de mim em tudo!
- Pode ser. Agora vou invocá-los.
Ele estendeu as mãos, e uma rajada de vento os levantou e os levou para o céu estrelado, rumo aos Estados Unidos.
Marcos Cavalcante
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Tyffany Belmont Sex 27 Fev 2015, 16:48

Por qual deus deseja ser reclamado? Por quê?
Apolo, pois me identifico demais com ele, por ser um amante da poesia e da arte.
Um dos melhores arqueiros do Olimpo sempre foi apaixonada por ele.

Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Características Físicas: Tyffany tem cabelos ruivos longos, olhos azuis cor de piscina e uma pele branca, mede cerca de 1,75 e tem corpo de atleta por ser jogadora de voleibol.

Características Psicológicas: Tyffa como costuma ser chamada é simpática, bondosa e muito extrovertida. Gosta de sair para museus de arte e apresentações musicais, sempre foi muito envolvida com a Arte em si. Apesar de suas dificuldades de leitura nunca deixou que isso a abalasse sendo uma das melhores alunas de sua escola.

História do Personagem:

''- PIIIIIIIIIIIIIIIIIIII ...

O apito final soou, a High School New Castle ganha por 3x0 .
No vestiário as meninas se arrumavam após mais uma vitória no Torneio Estadual de voleibol Feminino.
- Tchau Tyffa. – Falou minha amiga Jen.
- Tchau Jen, foi um grande jogo.
Deixei minhas coisas no armário e fui para casa, você já teve a sensação de estar sendo seguida ? pois é, não é muito boa. Era noite fria e todos se reuniam com suas famílias para jantar.
- Haha, Você morrerá... – Ouvi uma voz atrás de mim.
- Tem alguém ai ? - Perguntei ... Mais nenhuma resposta, apenas o som de arvores balançando com o vento.
De repente quando me vire, me deparei com uma garota, os olhos brilhavam de com cor vermelha sangue, e seus cabelos flutuavam com o vento. Um pouco mais baixa que eu, aparentava ter uns 16 anos no máximo.
Senti um calafrio percorrer meu corpo.
- Quem é você ? – Perguntei com a voz trêmula.
Ela me olhou e falou:
- Você não sabe quem eu sou ? Sou seu pior pesadelo garota.
Por um momento pensei em correr, mais meu corpo não me correspondia.
Minhas pernas pesavam e eu soava feito uma louca, minhas mãos tremia e meu corpo estava pesado e apavorado sem ter a mínima idéia do que fazer e qual reação ter.

A garota olhava para mim fixamente, logo, asas escuras saíram de suas costas,
Negras como a noite. E ela tomou outra forma ... Um monstro terrível, meu corpo ainda estava pesado e minha única reação era olhar para aquele monstro. Meu coração estava acelerado e eu agora estava prestes a ser devorada por um monstro que antes era uma menina.
- Morraaaaaaa. – O monstro gritou e pulou para me atacar.
-ZUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUUM...
Uma Flecha passou zumbido ao meu ouvido, senti o vento em meu cabelo.
Foi uma única flechada para o monstro de desfazer em pó dourado.
Eu ainda estava assustada demais para olhar ... então ...
- Ei .. – Uma voz familiar parecia com a voz de ... Então virei-me.
- Jen ? Perguntei. Ainda trêmula e assustada.
- Sim. – Disse ela com um sorriso simpático no rosto.
- Mais ? o que fo ... ? – Eu estava tão confusa.
-Não temos tempo para conversar agora.
-Vamos, precisamos correr.

Ela pegou minha mão e corremos em direção ao campo, corremos o mais rápido que podíamos, sem olhar para trás.
Jen ainda estava com seu uniforme Tênis cor de rosa, joelheiras pretas e uma camiseta que eu nunca virá na minha vida antes ... onde estava escrito: ACAMPAMENTO MEIO-SANGUE.

- Enfim chegamos – Ela estava com a respiração acelerada.
- Mais, não estou vendo nada, a não ser esse pinheiro aqui.
- Entre !

Então ela andou e sumiu, fui logo atrás.
-Este é o Acampamento Meio-Sangue. Sou Jen Becken, Filha de Atena. Aqui você estará protegida.
Depois de ouvir essas palavras não me lembro mais de nada, minha visão escureceu e então desmaiei.
Tyffany Belmont
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Posso estar em todos os lugares, me procure se for capaz e me encontre se for forte.

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Re: Ficha de Reclamação

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