Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 128-ExStaff Seg 31 Ago 2015, 16:16


Avaliação
Vamos ver como você foi...


Felina: Reclamada como Dríade!

Para quebrar os clichês criastes uma Dríade com personagem pouco comum. Gostei da história, porém achei que você resumiu muito a ficha. Espero poder conhecer melhor a personalidade de Felina, já que ela parece uma caixinha de surpresas. Como deixou claro que a Dríade nasceu de uma árvore, não precisou de narrar a reclamação em si. No mais, meus parabéns, gostei de sua ficha. :)

Dúvidas, reclamações ou pedidos: Envie-me uma MP!


Atualizado.
Por <_><_><_>
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Estel Imrahil Ter 01 Set 2015, 16:36

Ficha de Reclamação


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Desejo que o personagem seja reclamado por Despina, principalmente porque dentre todas as estações do ano, o inverno é a que mais me agrada.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas).

•  Físicas: É dono de uma pele clara e de cabelos escuros, que são curtos e cortados de forma que possam ser organizados em um topete. Visto de longe, Estel é frequentemente confundido com uma criança, possuindo cerca de 1,60 de altura. Possui porte atleta que lhe proporciona agilidade e força. Seus olhos são castanhos.

•  Psicológicas: Persistência e autocrítica são as principais características de Estel, que costuma ser calmo e sério. É extremamente ciumento, e seu coração se inflama com facilidade. Apesar de tudo isso é um amigo fiel e deseja sempre o bem para seus companheiros.



19 de Outubro, 1998 – Quebec.
Durante a madrugada gelada, próximo ao limiar da floresta, o bebê Estel dormia tranquilamente dentro do cesto de palha, alheio ao pio da coruja logo acima. Após alguns minutos de caminhada, Despina parou no momento em que avistou o casarão que se erguia em meio as árvores. Era uma edificação de aspecto velho e abandonado, construída havia muito tempo. Numa placa ao lado, pendurada sobre a grande porta, lia-se “orfanato Esgaroth”. Havia boatos na região sobre aquele lugar, diziam que era mal-assombrado e que as mulheres que tomavam conta dele eram tão estranhas quanto. Mesmo assim, sabia-se que algumas crianças moravam ali (essas, no entanto, eram dificilmente adotadas).

Despina se aproximou, bateu na porta e esperou. No entanto, não foi da porta que vieram atendê-la: uma mulher encapuzada se aproximou, saindo do meio das árvores. Gilraen era seu nome. Trazia consigo um bastão de madeira e no começo foi bastante ríspida com a deusa, que entrara àquela hora em seu terreno. Com ela Despina teve uma longa conversa e conseguiu acalmá-la.

- O pai morreu hoje, um acidente de carro a caminho do trabalho. E eu não posso tomar conta de meus filhos. – Disse a deusa em determinado momento. – Eu sei o que você é, Gilraen. – Esta ficou um tanto surpresa, e tentou interromper Despina, mas não conseguiu.
– Sou Despina, deusa do gelo e da neve. Do inverno. – Olhou para Gilraen, que ficou boquiaberta. – Este bebê não deve saber que é filho de uma deusa ... por enquanto. Peço que tome conta dele.  

Gilraen pareceu um tanto confusa e olhou para o bebê: parecia tão frágil e indefeso para um filho de uma deusa. Ela respirou fundo, sabendo da difícil tarefa que teria pela frente. - Tomarei conta dele, tentarei escondê-lo e farei o possível para que ele se sinta como um humano qualquer. Mas não posso fazer isso para sempre, a senhora sabe disso.

- Obrigado, Gilraen, eu sabia que poderia contar com você. Quando chegar a hora, você sabe o que fazer. Mas, por hora, quero que ele cresça como um humano comum. – Com isso elas se despediram e Despina desapareceu ao entregar o cesto. Gilraen ao ficar sozinha na noite escura, curvou-se para acariciar o bebê. Notou, então, um pequeno bilhete ao lado do pequeno, em que se lia:


“Ele se chama Estel Imrahil (25/06/1998) ”.


25 de Junho, 2010 – Quebec.  
Pela janela do quarto que dividia com mais 2 garotos, Estel via as crianças lá fora brincando e gritando, alegres. Sobre a velha mesa de madeira à sua frente havia um pequeno “cupcake” com uma única vela em cima: intocado. Era manhã de seu décimo segundo aniversário, mas estava com muita dor de cabeça para curtir a data. Sua mente girava, tentando recordar o sonho da noite anterior, mas não conseguia lembrar de nada além de um monte de árvores, uma mulher encapuzada segurando um cesto e um único nome: Despina – ele ecoava em sua mente e o deixava inquieto.

Entretanto, o nome do sonho foi só mais um dos fatos estranhos que Estel presenciou no decorrer dos últimos meses. Na escola ele começara a sentir dificuldade para acompanhar as aulas, flagrando-se alheio à explicação do professor – isso nunca tinha acontecido com tanta frequência. No começo achou que eram coisas da idade, porque, afinal, estava entrando na famosa puberdade. Mas ele podia jurar que outro dia viu tia Gilraen conversando com uma árvore e depois escalou-a com tanta facilidade que chegou a assombrar: como alguém à beira dos 50 poderia fazer uma coisa dessas?

Passou o restante do dia dentro do orfanato, socializando apenas no almoço e no jantar, momentos em que todos da casa sentavam-se à mesa juntos.

. . .

A respiração profunda de seus 2 colegas de quarto lhe dizia que já haviam adormecido. Estel, no entanto, fitava o teto do aposento, intocado pelo sono. Era aproximadamente meia-noite quando o garoto decidiu sair para dar uma volta, atraído por uma dúvida que não poderia esperar para ser esclarecida. Abriu com cautela a porta do quarto e desceu as escadas. Entrou silenciosamente no escritório de tia Gilraen e pegou as chaves na gaveta abaixo da escrivaninha.

O Canadá é frio por natureza, estando situado tão ao norte do globo, mas aquela noite estava mais fria do que o normal para aquela época do ano. Estel não reparou que não sentiu necessidade de vestir um casaco. Caminhou até lugar onde viu tia Gilraen conversando com a árvore.

- Olá! – Cumprimento uma voz feminina familiar. Imrahil, pego de surpresa, desequilibrou e caiu sentado no chão. A voz riu. – Não se assuste, querido Estel. – E neste momento aconteceu a coisa mais louca da curta vida do garoto: como num passe de mágica, tia Gilraen saiu de dentro da árvore, como se antes fosse parte dela. O filho de Despina não teve reação, ficou boquiaberto perante a cena.

Uma rajada de vento frio bateu contra o corpo de Estel, e este pensou que ficara louco quando viu, de súbito, que de seu corpo emanava uma fraca luz azul. Tentou se estapear para se livrar da luminosidade, mas foi em vão.  – Venha comigo. – Tia Gilraen assumiu um tom sério. - Precisamos conversar.

Tia Gilraen conduziu o menino para o meio das árvores e depois seguiu uma trilha por alguns minutos silenciosos. De repente atingiram uma clareira, um círculo de 10 metros de diâmetro. Lá estavam todas as serventes do orfanato e algumas crianças de lá, totalizando 12 pessoas. Todos cumprimentaram o garoto.

...

- Eu sou o que?! E por que raios eu tenho que me mudar para esse acampamento “metade sangue”? – Perguntou todo confuso. Haviam se acomodado sobre dois troncos caídos, um de frente para o outro. Já faziam vários minutos que estavam ali, e o restante das pessoas se dissipou floresta adentro.  

- Um semideus, Estel, filho de um deus com um humano. – Respondeu Gilraen pela segunda vez. – E, como já disse, neste acampamento meio-sangue existem outros como você, e lá estão protegidos.

- E a senhora é o que mesmo? – Realmente não estava entendendo nada.

- Uma Dríade. Uma ninfa protetora das árvores. Assim como todas as pessoas que estavam nesta clareira – Disse. Bufou exasperada, mas com esforço continuou: – Peço que me escute mais uma vez, explicarei tudo de novo.

...

Uma hora se passou, a cabeça de Estel começou a latejar devido à torrente de novas informações e termos inéditos: “névoa”, “meio-sangue”, “Quíron”. Entendeu a maioria das coisas, mas era difícil acreditar nelas. Neste momento a fraca luz que seu corpo emitia se dissipou.  Agradeceu tia Gilraen e encaminhou-se sozinho de volta para o orfanato. Deitou-se novamente, mas não conseguiu dormir. Dali a uma semana, depois que tia Gilraen passasse uma tal "mensagem de íris", uma comitiva viria busca-lo e o levaria para o acampamento.




Estel Imrahil
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kristina Lorfaulk Ter 01 Set 2015, 17:11

Mudança de nome já solicitada.

kristina lorfaulk

Por qual deus você deseja ser reclamado e por quê?


O meu interesse por Hécate e todas as suas esferas de poder datam desde o dia em que li o Herói e a Feiticeira, de Lia Neiva, pela primeira vez. Embora não seja muito citada na história, todo o misticismo em que são envolvidas as muitas faces da deusa foi motivo suficiente para dar início à minha fascinação por ela. Fascínio esse que também se intensificou conforme meus conhecimentos sobre a mitologia grega foram aprofundados e ficou muito mais fácil perceber o importante papel que Hécate desempenha na maioria dos mitos, ponto que pesou durante a minha decisão.


Características Físicas


Possuinte de intensos olhos verdes e longos cabelos castanhos, Kristina é dotada de uma silhueta esbelta. Suas longas pernas fazem com que seja mais alta do que a maioria das outras garotas, e a sua cintura fina também é motivo de atenção. Embora seus seios sejam pequenos, são bem formados. A tez clara não apresenta nenhuma mancha ou sinal de acne, marcando Kristina com a palidez característica dos filhos de Hécate.


Características Psicológicas


A convivência desde a tenra idade dos quatro anos com um casal rigoroso de religiosos marcou Lorfaulk profundamente, uma vez que ela nunca se adequou aos ensinamentos cristãos de seus tutores. Sendo instruída desde cedo por seus pais adotivos em casa, era para Kristina ter sido criada para ser apenas mais uma típica dona de casa e esposa submissa, assim como sua mãe adotiva. Mas mesmo que tenham tentado incutir esses ensinamentos em Lorfaulk desde a sua infância, a garotinha acabou provando ter uma personalidade forte e ideias próprias desde muito cedo.

Mas devido às constantes críticas que recebia, Kristina desenvolveu um complexo de inferioridade que só se agravou conforme os seus poderes "demoníacos" se manifestavam  e os ataques de monstros se tornavam cada vez mais frequentes. O abismo cada vez mais profundo entre ela e a sua família acabou culminando na sua fuga, o que tornou Lorfaulk muito mais madura do que as outras pessoas de sua idade uma vez que foi obrigada a sobreviver sozinha nas ruas aos onze anos de idade.


História


Hoje é um daqueles dias. Quando ergo os meus olhos para o céu e esquadrinho minunciosamente a formação das nuvens e o obscurecimento do sol, tenho a certeza de que uma chuva de outono está prestes a desabar sobre a cabeça de nós, os desabrigados. Me permitindo um profundo suspiro de desalento e ao mesmo tempo resignação, batuco com o pé o chão e me viro para o quinteto que espera por minha atenção próximo da entrada de mais um beco pútrido de Nova York. Por suas expressões também soturnas, concluo que chegaram a mesma opinião que eu sobre as futuras condições climáticas e não estão muito felizes com isso.

O grupo todo não é muito impressionante. Todos estão com roupas velhas, na grande maioria manchadas por coisas que preferimos não identificar e com uns rasgos e remendos aqui e ali. Ninguém está exalando aquele cheiro típico das pessoas que sobrevivem da mendicância e o roubo em Nova York hoje graças à senhora Prue, uma adorável mullher do Brooklyn que nos permite usar às vezes o banheiro de sua casa. E além de tudo isso, a nossa juventude nos destaca: nenhum de nós possui mais do que dezessete anos. Quando eu assimilo tudo isto em meu cérebro pela talvez quinquagésima vez, faço a mesma pergunta que me fiz em todas as outras quadragésimas nonas vezes: Como foi que todas essas pessoas pararam sob a minha responsabilidade? e, mais uma vez, a deixo sem resposta.

— K — uma voz suave corta meus devaneios, forçando-me a agarrar novamente a realidade. O chamado veio de Susan, uma garotinha de doze anos que parece ser muito mais jovem — O que vamos fazer?

Também adoraria saber, Sue. É o que eu penso, mas não o que eu digo. Desde que o armazém em que dormíamos foi tomado por outra gangue de rua há apenas dois dias, é a pergunta que mais martela em minha cabeça e a que mais desesperadamente procuro uma resposta. Eu sei que poderia conquistar nosso lugar novamente se quisesse. Sei que poderia expulsá-los de lá para sempre. Mas eu também sei que se eu fizesse isso, apenas revelaria para todos o que eu sou: um monstro, uma criatura das trevas, um... demônio. E quando essa palavra surge em minha cabeça, é a voz da minha mãe quem a diz. Sinto um aperto na garganta e reprimo a vontade de me desfazer em lágrimas.

— Vamos dar um jeito, Susan — tento forçar um sorriso, embora suspeite que pareça mais uma careta — Sempre damos, não é mesmo?

— Sim, mas... — interfere Jeremy, outro membro do grupo — Você já viu os novos seguidores do Holder, K?

Todos eles me chamam de K. Quando eu fugi de casa, decidi que seria muito melhor não usar mais o meu nome e estava sem muita criatividade para um novo. Quando me tornei a líder deles, decidi que apenas uma simples letra era muito melhor do que o nome todo.

— Que seguidores, Jem? — questiona Susan novamente, ligeiramente confusa.

— Aqueles assustadores que quebraram os óculos da Joan antes de nos expulsarem do armazém — o semblante de Sue imediatamente se transforma, o que indica que ela sabe de quem ele está falando. A compreensão não vem com a mesma facilidade para mim.

Quando meu grupo foi expulso da onde morávamos, eu estava fora procurando um jantar para nós. Eles me encontraram quando eu estava na metade do caminho para a nossa casa e, quando me contaram o que tinha acontecido, não tivemos mais remédio que atravessar a ponte para procurar abrigo na casa da sra. Prue uma vez que decidi evitar um conflito com Holder e sua turma. Por isso não faço a miníma ideia de a quem Jeremy se refere, uma vez que da última vez que verifiquei a gangue dele nem era tão assustadora assim. Isso é o que me faz questionar.

— Novos membros, Jem? — pergunto com um arquear das sobrancelhas.

— Sim. Eu ouvi dizer que eles foram recrutados pelo Holder não faz nem quatro dias.

— Logo antes de a paz ser quebrada, então.

— Exatamente — opina Joan, míope e agora obrigada a usar os óculos quebrados — Deve ter sido por isso que o Holder começou a se apropriar dos lugares de outras gangues.

— Também tinha algo de errado com eles — diz Susan, com um calafrio — Um sorriu para mim. Algo muito estranho estava entre os dentes dele... Parecia carne, mas diferente. E os olhos também não eram normais.

— Você fez bem em escolher não defender nosso território, K — diz Belinda, a mais velha entre nós — Embora seja péssimo dizer isso, nem mesmo você pode impedir a turma do Holder agora.

O comentário me intriga. Belinda é a com mais experiência do mundo do nosso grupo, e quando ela diz alguma coisa, costumamos ouvir pelo simples fato de ela ter passado por coisas piores. Quando tinha doze anos, sua mãe se casou novamente e nem três meses depois de o padrasto ter ido morar com elas, ele começou a visitar o quarto dela também todas as noites em que a mãe estava de plantão no hospital. Aos treze, ela fugiu de casa após a mãe não acreditar nas acusações dela e, nem mesmo duas semanas depois, descobriu que estava grávida. Aos quatorze, ela deu à luz a um filho natimorto e quase morreu durante o parto também. Depois disso, nenhum de nós sabe o que Belinda fez para sobreviver até ela se tornar parte da nossa gangue aos dezesseis. Agora ela tem dezessete e é a segunda no comando. Além disso, ela também sabe que não há muitas coisas que conseguem me impedir de proteger nossa gangue.

— Por que você diz isso, Bel? Acho que já enfrentei coisas piores do que o Holder — dou um sorriso para ela, embora sem nenhuma alegria.

— Não desta vez — a voz é tão baixa que quase não a escuto. Mas todos viramos a cabeça imediatamente para o quinto de nós enconstado na parede do beco, apoiado em suas muletas — Não desta vez, K — repete Adam — Eles não.

Fico tão chocada que nenhuma palavra passa através dos meus lábios. O mesmo acontece com todos os outros. Adam é o que está há menos tempo conosco, e é o mais tímido de todos também. Poderia contar nos dedos a quantidade de vezes em que ele disse frases completas, e ninguém sabe de onde ele veio e ou a sua idade. Presumo que ele tem em torno de quinze anos, a mesma idade que eu. Mas antes que eu possa formular um das dúzias de Por quês? que rondam minha cabeça neste instante, sou interrompida por um grito.

Me viro imediatamente na direção do som, e vejo quatro garotos carregando algo desfalecido pelos braços e pernas e que deixa um rastro de gotas de sangue conforme é trazido pela calçada em direção a nós. Pela segunda vez fico sem palavras ao contemplar a cena e não ofereço nenhuma ajuda para o grupo. Reconheço três dos garotos que carregam o corpo quando eles chegam mais perto de nós como sendo outros dos meninos de rua e, quando pouso o olhar no rosto feminino coberto de sangue e hematomas, reconheço-o também. Sinto uma agitação no fundo do estômago quando eles deitam Jodie na calçada e alívio ao ver seu peito continuar se movendo, embora de forma um pouco descompassada.

— O que aconteceu? — pergunto, notando com mortificação o quanto minha voz saiu mais fraca. Eles não parecem notar, porém.

— Holder — diz um dos garotos que trouxe Jodie, um pouco sem fôlego.

— Aqueles novos brutamontes dele a usaram como alvo — esclarece outro.

— Por quê?

— Jodie não queria sair do nosso lugar — diz um garoto que eu reconheço como Dean, segundo em comando do grupo de Jodie — E os malditos tem uma ótima mira.

Isso é o suficiente para calar todos nós novamente. Desvio meu olhar na direção da garota que me acolheu nas ruas e me ensinou quase tudo o que eu sei há três anos atrás. Em nosso meio, Jodie é a única tão respeitada quanto eu e a que mais fez por merecer isso, também. Além disso, muitos poderiam dizer que somos exatamente iguais fora por pequenos detalhes quando estamos de costas e ou muito longe. Ela tem a mesma cor de cabelo que eu e o comprimento são semelhantes, embora ela sempre use o dela preso numa trança e eu o mantenha solto. Com uma pele ligeiramente mais bronzeada do que a minha e os olhos castanhos, a sua altura também é um dos muitos fatores que nos torna parecidas. O nosso contato se tornou mais escasso nos últimos meses, mas ela sabe que sempre deverei um favor para ela. Até hoje ela não o cobrou.

— O que vamos fazer, K?

É a segunda vez que me perguntam isso no dia, e a segunda vez que não possuo nenhuma resposta. Pela primeira vez em muito tempo, me permito desfrutar do cansaço de tudo aquilo. Mas unido ao cansaço, também sinto raiva. Raiva por aqueles monstros que disseram não querer nada além do meu bem quando suas ações apenas desmentiam suas palavras e que eu era obrigada a chamar de pais; Raiva da realidade brutal e desonesta dos garotos de rua; Raiva de Holder por ser tão imbecil e começar a tirar tudo daqueles que já tem tão pouco; Raiva daqueles seguidores incógnitos dele e tão dignos de medo que poderiam muito bem ter matado Jodie e depois jogado o corpo no Rio Hudson sem remorso algum. Sinto aquele poder familiar e demoníaco se revolver nas minhas entranhas, me alertando de que talvez eu também esteja prestes a explodir tudo ao meu redor.

E pela primeira vez, eu não me importo.

— Vocês irão levar Jodie para o pronto socorro — digo com uma calma gélida, sem tirar o olhar de todo aquele sangue — Eu vou até eles.

Ninguém precisa me perguntar quem eles são, mas mesmo assim posso ver de relance todas as suas posturas mudarem. Adam, que também possui uma deficiência nas pernas que nenhum de nós sabe qual é, pega suas muletas. Eu vejo um olhar de desespero e medo em seus olhos, mas decido ignorar.

— Não, K — sussurra Belinda — Você não pode ir atrás do Holder sozinha.

— Eu posso e vou. Não quero que ninguém me acompanhe.

— Mas, K...

— Não.

— Então eu vou com você — diz Adam.

— Não vai. Você jamais poderia fugir numa perseguição caso nos descubram, e será muito melhor se eu não me preocupar com você.

— Eu sou seu protetor! Não o contrário, K.

Fico um pouco alarmada com a intensidade com que ele diz isso, por isso não sorrio como é o meu impulso inicial. Retirando o meu olhar de Jodie para fitar diretamente todos o que me rodeiam pela primeira vez desde que trouxeram-na, percebo como eles parecem tão desalentados quanto Adam e sinto o meu coração se quebrar. Você nos decepciona a todos, sinto a voz dela sussurrar nos recônditos da minha mente. Não a escuto.

— Eu não vou ir lá para brigar... Sei que não consigo sozinha. Eu vou apenas para ver como as coisas estão, e vou fazer isso tudo escondida e sem chamar atenção. Tudo bem? — Eles não parecem satisfeitos, mas sabem que é o máximo que conseguirão.

Sinto uma gota de chuva despencar sobre o meu nariz, seguida de várias outras. Pela primeira vez, penso que a chuva naquele momento pode ser algo bom porque irá acobertar qualquer som que eu faça. Evitando que um profundo suspiro escape por entre meus lábios e traia minha exaustão, não espero por novos protestos e nem para ver se alguém irá obedecer as minhas ordens antes de dar as costas e caminhar na direção daquela que pode ser mais uma ameaça dentre tantas outras tão comuns para quem mora nas ruas.

***


Tem alguma coisa muito errada. Observando a movimentação ao redor do armazém abandonado que anteriormente era o do grupo de Jodie, posso ver apenas por breves vislumbres dos membros mais antigos da gangue do Holder. Eles parecem... assustados. Como é possível? Será que estão esperando alguma retaliação por parte de nós e por isso estão tão alertas? Não é provável. Então qual é o motivo de inquietação por parte deles?

Escondida atrás de uma caçamba de lixo e sendo constantemente atingida pela chuva que perdeu a intensidade durante os últimos minutos, tenho que fazer um esforço para não bater os dentes de frio. Noto não pela primeira vez que não foi nada inteligente vir espionar durante a chuva e provavelmente pegarei uma pneumonia que não vai valer a pena. Afastando meu cabelo da frente dos olhos e puxando meu casaco de couro numa tentativa vã de aumentar minha temperatura corporal, espero alguém sair de dentro do depósito que eu já estou observando há exatamente quarenta minutos.

E é então quando eu o vejo. Ninguém errou na descrição, mas suspeito que foram comedidos com os detalhes. Ele tem dois metros de altura e parece ter abusado muito dos esteróides, e não consigo ver em nenhuma das suas características algo que o evidencia como um dos garotos de rua. Na verdade, parece muito mais com alguém de um clube de motoqueiros com as suas tatuagens e postura ameaçadora. Susan tinha razão. Os olhos... não são normais. Ele vai em direção da avenida, mas antes que eu possa me erguer de trás do monte de lixo na caçamba para ir atrás dele, sinto uma dor aguda na nuca e acabo despencando.

Algo me atinge novamente na cabeça antes de eu girar meu corpo para cair de costas no chão, e percebo imediatamente as bordas negras que tomam conta da minha visão. Estou perdendo a consciência, e me desespero por causa disso. Mas antes que possa buscar naquele poço de poder no meu interior algo para me salvar, vejo o rosto sujo e magricelo de uma garota da minha idade e perco a concentração.

— Que feio. Não te ensinaram a não espionar os outros, K? —diz ela com uma voz carregada de desprezo, e eu estremeço.

— Violet... — tento dizer, mas sou interrompida por um chute nas costelas. E sem conseguir resistir, me perco na escuridão.

***


A primeira coisa que sinto ao despertar é uma dor insuportável de cabeça. Tento massagear minhas têmporas, mas noto com consternação que meus braços estão presos nas minhas costas e eu não consigo me mover. Minhas pálpebras também estão pesadas e, quando consigo finalmente abrir os meus olhos, sou obrigada a fechá-los por causa da forte luminosidade. Em seguida, eu também começo a captar os sons ao meu redor e os diversos outros lugares doloridos em meu corpo. Violet, eu me lembro. A namorada violenta de Holder.

Então eu estou no antigo lar da Jodie, provavelmente. E todos esses gritos e falatórios ao meu redor são dos seguidores daquele idiota. Ou não? Mantendo os meus batimentos cardíacos controlados e negando deixar o meu desespero controlar toda a situação, noto que meus cabelos e minha roupa ainda não estão secos, o que quer dizer que não fiquei nocauteada por muito tempo. E além de estar amarrada numa cadeira, parece que os danos que Violet me proporcionou não foram muito graves. Imediatamente, começo a tentar me livrar do nó nas minhas costas.

Volto a abrir os olhos novamente ao me acostumar com a luz do armazém — que eu noto com um pouco de alarme estar completamente vazio fora as inúmeras caixas. Estudo de forma breve o âmbito, vendo que é de trás de uma porta fechada às minhas costas que vem todas as vozes, o que me impede de identificar as palavras.

Mas, depois de alguns longos minutos, a porta é aberta com um estrondo e três garotos com a mesma compleição física daquele que eu vi antes de ser descoberta por Violet saem dali e param na minha frente. Tento manter uma expressão impassível ao ser subjugada pela altura deles e por sua minuciosa perscrutação, falhando miseravelmente.

— Semideusa — diz o gigante número 1, sorrindo para mim — Há muito tempo não provamos alguém da sua estirpe.

— Sim! Já até esqueci o gosto — concorda o gigante número 2, e eu não consigo evitar estremecer.

— Eu não tenho... um bom gosto — ele me chamou de semideusa?

— Deixe que nós decidamos isso — se pronuncia o gigante número 3.

— Ei! Como assim "gosto"?

Diz uma voz esganiçada de trás de mim, que eu reconheço imediatamente como Holder. Mesmo sem olhar por cima do ombro, sei como ele é: uma cabeça mais baixa do que eu e com um nariz ligeiramente torto que ganhou de alguma das muitas brigas de rua que protagonizou, o que talvez seja o único motivo de ele ser o líder de uma gangue já que não possui nenhuma outra habilidade notável. Eu quebraria o nariz dele novamente neste exato instante se isso não acabasse estragando minhas chances de sair dessa, o que me faz odiar ele um pouco mais.

— Tsc. Vá embora, humano — continua o gigante número 1, fazendo uma careta — Não vamos dividir nossa comida com você.

— Olha aqui, Bobby — diz Holder, e acho que ele deve ter ficado um pouco mais vermelho — Eu que mando nisso aqui, seu gigante estúpido. Você não me dá ordens.

Bobby arqueia ligeiramente as sobrancelhas, como se estivesse um pouco confuso e não tivesse entendido o insulto direito. Presumo que Holder realmente esteja certo e ele não seja lá muito inteligente. Aproveito a distração e termino de desfazer o nó nas minhas costas, pela primeira vez sentindo a circulação de sangue nos pulsos ao afrouxar a corda e agradecendo o fato de meus pés não estarem presos também.

— Podemos assar ela no fogo, Bobby — noto que o gigante número 3 tem saliva escorrendo pelo canto da boca, e vejo que eles estão realmente falando sério sobre o canibalismo.

Surpreendentemente, não estou chocada. Memórias de uma outra vida e de uma outra garota surgem em minha mente. Memórias de quando muitas coisas estranhas aconteciam, até que enfim a única alternativa que a garota encontrou foi fugir da casa dos pais para escapar de mais de um problema. Empurro essas lembranças de volta para o fundo da minha mente, porque sei que este definitivamente não é o instante de me afundar em autopiedade.

— Não gosto de semideuses torrados como você, Walt — essa palavra de novo. Semideuses.

— Você é o único que gosta deles mal-passados, Steve.

— Vocês, idiotas, querem calar a boca? — explode Holder — Só falam besteiras e já estão me cansando.

Mas eles não estão prestando mais atenção nele, mesmo que ele tenha se movido para ficar entre mim e os próprios brutamontes. Estes últimos tem o olhar fixo onde eu estou, o que não parece nada promissor.

— Já estamos há muito tempo seguindo o cheiro dela. Vamos comê-la de uma vez.

—  Será que não seria melhor temperá-la antes?

— Tempero de semideus é suficiente.

Bobby, que eu agora consigo identificar como o que saiu mais cedo do armazém, avança na minha direção em três longas passadas sem se abalar por Holder em seu caminho. Tento me desvencilhar quando ele me agarra em seus braços e me ergue da cadeira, mas sua força é muito mais superior do que a minha e eu consigo apenas ficar inutilmente chutando o ar. Consigo ver por cima do ombro do gigante a expressão de Holder mudar, como se ele estivesse percebendo pela primeira vez a situação em que se meteu. Violet, que provavelmente me trouxe para dentro depois de me desacordar, acaba de entrar pela outra porta na extremidade do armazém e agora está observando tudo em silêncio. Ela parece culpada. É bom mesmo que se sinta assim, vadia.

Com um desespero cada vez mais crescente, noto que Bobby talvez irá quebrar o meu pescoço ou me estrangular para depois me devorar. Acho que ele não acreditou em mim quando eu disse que tinha um gosto ruim e ou não se importa. Desistindo de manter a ilusão de que ainda estou amarrada e também aproveitando o fato de que estou sendo mantida na altura do rosto do gigante, finco meus dedos nos olhos do garoto. Bobby solta um urro de destruir os tímpanos e seu aperto ao meu redor imediatamente se afrouxa, o que me permite cair de pé no chão. Eu cambaleio para trás ao tentar manter o equilíbrio, exatamente quando os outros dois brutamontes — Walt e Steve — não perdem tempo e percorrem a distância até mim ambos juntos. Só que mais uma vez eles evidenciam que a inteligência não é muito o forte deles: porque, ao terem a mesma ideia e ao mesmo tempo, eles acabam trombando um com o outro no caminho até mim. Seria engraçado se eu fosse apenas uma mera espectadora nisso tudo.

Então eu corro. Não penso nem duas vezes antes de mesmo com uma dor de cabeça latejante, contornar todo o grupo na direção da porta em que Violet ainda está parada com uma expressão semelhante ao choque. Holder não faz nenhum movimento para me parar, e os outros três gigantes parecem muito ocupados com seus próprios problemas para me impedir, também. Murmuro um agradecimento por minhas pernas longas e a agilidade com a qual fui agraciada, notando como a liberdade parece cada vez mais próxima uma vez que Violet sai do meu caminho. Não escuto nenhum barulho de perseguição ao entrar em outra ocupação do armazém um pouco maior do que a que eu estava antes, só que desta vez sem nenhuma caixa. Mas, antes que eu possa chegar ao centro do espaço vazio,  sinto algo sólido me atingir entre as omoplatas com uma força sobre-humana. Eu grito antes de cair de quatro sobre o chão sujo, arranhando as minhas mãos e machucando meus joelhos no processo.

Noto com consternação e fúria que me atingiram com uma caixa amassada de papelão. Pelo visto, eles realmente tem uma ótima mira. Movo minha cabeça para olhar por cima do ombro para o meu agressor, mas sou impedida quando primeira coisa que eu vejo quando faço isso é um pequeno cofre lacrado de metal vindo exatamente na minha direção. Não penso ao sentir o tempo desacelerar ao meu redor, muito menos quando eu sinto aquele poder que por tantos anos reprimi escapar por entre meus dedos. Também não paro para pensar quando o cofre que provavelmente esmagaria o meu crânio para a centímetros do meu rosto, flutuando no ar. Então, como se tudo tivesse se passado durante a eternidade e não num intervalo de dez segundos, o cofre cai no chão e o tempo volta a correr de forma normal.

— PEGUEM-NA! — esbraveja Bobby.

Por eu ainda estar um pouco desorientada, não me movo do lugar quando eles avançam. Steve é o primeiro a me alcançar com seus longos passos mas, antes que ele possa se inclinar para me esmagar entre suas mãos, as portas atrás de mim e que dão para a rua se abrem com um rompante. Então, antes que eu tenha mais tempo para assimilar todas as informações, uma bolinha de gude de bronze atinge Steve no ponto entre as sobrancelhas e se afunda ali como se fosse pudim. Ainda olhando por cima do ombro para o gigante, a única coisa que consigo ver é a sua expressão mudar ligeiramente para uma de confusão antes de ele explodir numa nuvem de pó dourado sobre mim e o caos desatar no armazém.

— AAAAHHHHH!!!

— FORA HOLDER!!!

— QUEREMOS NOSSOS REFÚGIOS DE VOLTA!!

— POR JODIEEEEEEE!

— K! — escuto alguém gritar entre as dúzias de vozes que se misturam na acústica do depósito, e sou imediatamente liberada do meu estupor.

Walt parece ter se esquecido momentaneamente de mim enquanto enfrenta uma horda furiosa de garotos de rua, e é logo alvejado por outra daquelas bolinhas de bronze e também transformado numa nuvem de pó dourado. Todos ao redor dele parecem um pouco confusos quando isso acontece, mas logo se recuperam e seguem na direção do espaço dos fundos no armazém como se aquilo não fosse nada estranho. Posso ver Holder e Violet tentando escapar por outra porta antes de serem cercados, e sei que ele viu o mesmo que eu: também há alguns membros de sua antiga guangue entre os invasores. Sinto um puxão no meu braço que me ergue do chão, e quando eu me viro na direção da porta, Adam está segurando um estilingue e Joan, Jeremy, Sue e Bel estão parados atrás dele. Posso ouvir gritos nas minhas costas, e presumo que alguns deles também são de Bobby.

— Eu disse que não queria que vocês viessem atrás de mim — murmuro.

— Mas nós chamamos reforços — replica Susan, e eu sei que ela está orgulhosa de si mesma.

Não posso evitar retribuir os sorrisos dos meus amigos, mas imediatamente sinto os meus joelhos fraquejarem. Mesmo com uma das mãos de Adam sustentando o meu braço, a minha queda se torna algo inevitável. A minha dor de cabeça se intensifica, o que me faz pensar que estou sofrendo uma alucinação quando vejo cascos de bode no lugar dos pés de Adam ao cair no chão. Antes de ser engolfada pelo breu e perder a consciência pela segunda vez no dia, vejo também que ele está sem as muletas. Que estranho.

***

Estou deitada sobre um chão de paralelepípedos frios e desnivelados, embora saiba disso mais pelo o tato do que pela visão. Uma névoa densa circunda o meu corpo, de forma que eu não consiga enxergar mais do três palmos em frente ao meu rosto e nem aonde estou. Ao me erguer do chão com um impulso suave, relembro todos os acontecimentos das últimas horas como um balde de água fria.

Mas ao perscrutar a minha própria figura, inesperadamente não noto nada que faça alusão ao episódio do armazém e aos gigantes canibais. Minhas roupas e meu cabelo estão secos e limpos, e não há nenhum arranhão nas palmas da mãos e algum outro hematoma por meu corpo. A insuportável dor de cabeça e a exaustão que eu lembro ter culminado no meu desmaio não existem mais.

— Então tudo aquilo foi um sonho? — penso em voz alta, sem esperar nenhuma resposta e mesmo assim recebendo uma.

— Não — diz uma voz de mulher — Isto é um sonho.

Ergo os olhos para uma mulher tão alta como eu, esbelta e com longos cabelos negros. Ela está trajando um primoroso vestido azul celeste, e traz em cada mão uma tocha acesa; tão próxima, eu também consigo ver que ela possui um olho dourado e o outro verde. A névoa ao seu redor gradativamente se dissipa até revelar que estamos ambas no centro de uma encruzilhada.

— Quem é você?

— Eu sou Hécate — replica ela.

— Uma deusa pagã —  é a minha resposta automática.

A mulher permanece inexpressiva, mas eu sei que o comentário a aborreceu.

— Seus pais adotivos contaminaram a sua mente — diz ela — Mas o meu sangue se provou forte.

— Seu sangue?

— Você é a minha filha, Kristina Lorfaulk. E eu cuido dos meus.

O nome que há tantos anos não escuto consegue me surpreender ainda mais do que a outra parte de sua frase, e eu não posso evitar minha postura se tensionar. As chamas que iluminam o rosto da mulher mudam para um tom fantasmagórico de roxo, e o brilho do seu olhar se torna mais intenso antes de ela prosseguir sem esperar resposta.

— Há anos eu oculto a sua presença, mas agora o cheiro dos garotos de sua gangue não é mais suficiente para acobertar o seu. Os lestrigões foram apenas o começo.

— Isto não é real — digo, ignorando as suas palavras e o possível significado nelas — Devo ter batido a cabeça. Isto não é real, isto não é real, isto não é real... —  repito, como um mantra sagrado. Inesperadamente, um sorriso de complacência surge em seus lábios vermelhos.

— Na verdade, é mais real do que você imagina.

Como? — pergunto, mas desta vez ela me ignora.

— Seu sátiro Adam a está levando neste exato momento para o Acampamento Meio-Sangue. Lá eles vão saber quem você é e explicar tudo.

— Eu não... Eu não entendo.

— Mas entenderá.

É a última coisa que ela diz antes que o cenário do sonho se desfaça ao meu redor e sem aviso prévio tudo ser substituído novamente pela escuridão. Mas desta vez, eu estou voando e não caindo.

***

Minha cabeça está aconchegada sobre algo macio, embora o cheiro não seja muito agradável. As palmas das minhas mãos e os meus joelhos diferentemente do sonho estão ardendo, e a dor é uma boa âncora para me manter focada na realidade. Sei que estou dentro de um carro por causa do movimento, mas apenas quando entreabro os olhos consigo ver que é um dos milhares de táxis de Nova York. Tento me sentar no banco, sendo auxiliada por um par de mãos ao fazê-lo.

— Adam? — seu sátiro Adam, uma voz no fundo de minha mente me recorda. Eu a ignoro — Onde estão os outros?

— Salvos.

— Como assim?  — insisto, mas eu sei depois de um tempo de silêncio que não ganharei mais nenhuma explicação.

Eu sou Hécate, a voz continua a me relembrar. Só que mesmo através dos fragmentos do sonho, eu sei que tudo não deve ter passado da minha imaginação. E se eu repetir isso vezes o suficiente, eu talvez também consiga acreditar.

— Para onde estamos indo?

— Para um lugar seguro.

Você é minha filha. Eu cuido dos meus.

— Onde, Adam? — sinto a minha paciência começar a se esgotar, e espero não estar ficando louca.

— Para o Acampamento Meio-Sangue —  diz ele finalmente após longos instantes, como se estivesse contemplando me dizer ou não a verdade.

Imediatamente, eu sei que adoraria ter permanecido na ignorância, ou até mesmo acreditar que ele está mentindo para mim. Mas eu sei que não, e por isso todas as peças começam a se encaixar. Lembranças da minha infância, lembranças dos meus dias nas ruas e as lembranças do dia de hoje se misturam todas para formar um grande quebra-cabeça. Eu sei que ele ainda está incompleto, mas é o suficiente para que tudo se torne mais fácil de se compreender. E dentre todas as minhas memórias do dia de hoje, uma palavra se destaca como se tivesse sido marcada a fogo em minha mente: Semideusa.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Meredith Wermöhlen Ter 01 Set 2015, 19:49

EstelAprovado!
Então, oi, Estel. Como visto no post anexado no início do tópico, Despina é uma das deusas cujas fichas requerem uma avaliação mais rigorosa. Pensei, sim, que ia encontrar um novato com menos habilidade do que outros, entretanto o que encontrei no seu post foi uma escrita rica e bem fluida. Pude ler seu texto com calma e ele me prendeu do início ao fim, todos os pontos bem ligados e nenhum desvio ortográfico visível além dos que eu irei comentar aqui mesmo, mas que, por ora, não foram suficientes para a sua desaprovação: só comentarei para te ajudar em posts futuros.

Primeiramente, quando fechar o travessão após uma fala, mesmo que a supracitada já esteja finalizada, comece com letra minúscula para demarcar um verbo que faz menção ao ato do personagem – no caso, a fala. Como por exemplo: "– Olá – disse ele." É meio complicado de se entender, mas se você prestar bem atenção em qualquer livro que você tenha por aí por perto, é desse mesmo modo que finalizam as falas de seus personagens, quando dadas por travessão. Quando dadas por aspas, eles colocam vírgulas, na maioria das vezes, e, mesmo assim, continuam com letra minúscula.

Outro ponto é a acentuação. Não notei nenhum deslize no restante do texto quanto a este quesito, somente uma ocorrência que, sinto, devo enfatizar para que melhore em futuros posts. "Eu sou o que?!", seu personagem perguntou em uma passagem, já pro final. Então, este "que", por encontrar-se no fim da oração, deve ter um "e" com acento circunflexo, bem como o "porquê" no final de uma pergunta. Ademais, usa-se normalmente o "que" sem acentuação.

No mais, seu texto ficou lindo, lindo. Gostei muito da sua interpretação e espero ver por aí mais posts seus com o Estel. <3

KristinaAprovada!
O que dizer dessa novata que nem conheço e já considero pakas? Mana, tu escreve muito bem. A mesma coisa que falei para o Estel repito para você: confesso que esperei encontrar um novato sem as habilidades de escrita de alguns membros mais experientes, mas, novamente, me enganei. Você arrasou. Acho que você já percebeu isso e várias pessoas já devem ter dito isso. A forma como detalhou os acontecimentos fora simplesmente perfeita! Aplicou de forma magnífica a personalidade de sua personagem no enredo, mostrando tudo que havia citado ali na descrição psicólogica. Não sei mais o que dizer, só sentir.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Malia Corfield Ter 01 Set 2015, 19:54




Por qual deus deseja ser reclamado e porquê? Hécate. Conheço Hécate há algum tempo, que foi mais do que suficiente para que eu explorasse bastante a história da deusa e adquirisse algum conhecimento sobre suas características que mais se ressaltam e, de fato, as próprias foram o que me atraíram.

2.1 Característica física - Malia detém um físico com um quê de atleta, embora seja magra. As mechas acastanhadas, que compartilham a mesma tez com as írises simplórias, decaem em ondas até a altura do queixo. A feição da garota cabe perfeitamente em seu rosto oval e minucioso; seus lábios  delgados sempre cintilantes acompanham a tonificação rósea em qualquer ocasião.
De estatura mediana, seu corpo proporciona curvas estonteantes desde o busto vantajoso até as pernas de coxas torneadas. A pele bronzeada em harmonia célere com a coloração sutil dos cabelos. Com o quadril proporcional, Corfield adorna o umbigo com um piercing prateado e o abdômen com ilustrações tatuadas.

2.2 Descrição psicológica: O Transtorno dissociativo de identidade de Malia em prol dos seus problemas psíquicos a deixa diferenciada em circunstâncias determinadas. Sendo conduzida do ápice da benevolência à submersão imprópria  de seus atos descorteses. Vezes autêntica, vezes ludibriadora, Corfield apossa de seus recursos para manipular a quem quiser. Ambiciosa, ilusória e frívola em conjunturas, não obscurece suas qualidades de devoção e lealdade, compartilhando-a raramente com pessoas em seu invólucro. A bipolaridade eclode uma genuina e etérea estágio comportamental extremamente distinto aos descritos anteriormente, tornando-se uma garota solícita, agradável e angelical, o próprío anjo se não fosse pela inexistência da auréola acima de sua cabeça.


Obs: BAD TRIP:

Eu estava ciente de que minha localização não era mais a mesma em um piscar de olhos. Num instante, poderia dizer com total certeza que estava no centro de Manhattan, rodeada com meus colegas no uso de suprimentos ilícitos e no outro, eu estava à orla de um rio que parecia borbulhar com o fervor das águas. As ondas ribombavam umas contra as outras, apesar de o pouco espaço em que água se debatia fosse pequeno demais para suportar a correnteza.

Do outro lado do riacho, uma figura feminina aguardava por mim. Eu não a conhecia ao certo, mas com precisão, eu sabia que ela esperava por mim. Meus pés emergiram na água quente aos poucos e a temperatura foi repassada por toda a minha pele em um milésimo. Em resposta, todo o meu corpo suava de maneira inútil. Eu conseguia sentir minha pele queimando com as gotas de água sendo repelidas da correnteza agitada contra o meu rosto e mal conseguia, de fato, dizer se eu ainda portava tornozelos. Não os sentia mais, estavam inteiramente cozidos.

A deterioração de todo o meu corpo se deu em poucos instantes, no entanto, meu percurso se seguiu sem a ajuda dos meus pés. Agora, a oscilação aquática guiou minha silhueta imóvel na direção da outra margem, suprindo todas as queimaduras latentes que adornavam meu corpo.

— Quem é você? — perguntei.

— Hécate. Sua mãe — a figura feminina respondeu.

Depois que a mulher firmou seu timbre de voz, consegui assimilar melhor a sua aparição. Uma de suas mãos segurava uma guia que seguia em metal até um cachorro com três cabeças sentado sobre duas patas pacientemente. Os olhos brilhantes do animal estavam focados em mim, e apesar de contestar sua existência, tive de suportar o peso do seu fite. De relance, admirei o vestido longo e aparentemente confortável que Hécate vestia. Seguindo a tez arroxeada, o traje se repartia em um decote sutil e mangas curtas, que se pronunciavam como fogo ardente ao redor de seus braços.

Após reparar nas presenças que me observavam assiduamente, relembrei do que a mulher acabara de dizer. Não consegui repreender minha expressão de espanto e ela me retribuiu com compreensão.

— Não venha mais para cá, por favor — ela suplicou.

— Para onde? — eu necessitava de esclarecimento.

— Fuja e não volte mais! Não vou mais estar aqui para ser sua guia.

— Para onde eu devo ir? Por favor, me ajude!

— Long Island. Acampamento Meio-Sangue.

Ela soltou as correntes que mantinham o cachorro paralisado e ele avançou contra mim. Em meu subconsciente, acreditava que ele não me faria mal, entretanto, minhas pernas não entenderam e de imediato se moveram depressa pelas margens do rio. Pelo meu reflexo na água, via uma chave e suas múltiplas sombras formarem um pentagrama acima da minha cabeça e, por trás dos ombros, não conseguia mais obter o vislumbre da mulher que me alertara segundos atrás.

A tríplice de cachorros unificados em um único que me perseguia ganhava velocidade. Um sentimento de ansiedade indômita percorreu meu peito e minhas pernas se aceleraram. Apesar de eu estar correndo mais rápido do que o normal, não foi suficiente. Em minha frente, na linha do horizonte diante dos meus olhos, tudo o que eu conseguia ver era água e, antes do mar, uma cratera gigantesca.

As latidas do cachorro ecoavam múltiplas vezes antes de serem compreendidas como um alerta de sua proximidade em minha mente. As cores da paisagem ao meu redor tomavam proporções vívidas em demasia, capazes de cegar meus olhos caso eu as observasse por tempo demais. Mal conseguia focalizar a visão em algum ponto e, de súbito, garras se encravaram nas minhas costas na altura dos ombros e me jogaram na cratera.

Não sabia o que fazer. Meus pés e minhas mãos se debateram no ar até encontrar o cão atrelado às minhas costas, compartilhando da sensação indescritível que era permeada por toda a extensão do meu corpo, fazendo meus pelos arrepiarem. Pouco a pouco, a luz se esvaia do ambiente e era tomada por um breu. Não havia mais nada em minhas costas e a dor desapareceu. No lugar do ardor e do sangramento, surgiu a angústia numa escala esmagadora.

Em queda livre, eu perdi toda a movimentação das minhas articulações corporais. Não conseguia reagir a absolutamente nada e tudo o que fiz foi aceitar a morte de bom grado. A calmaria preencheu meus pulmões pela última leva de ar que consegui captar com uma inspiração profunda, e então, tudo desabou sobre mim. Sentia a pressão da terra cobrindo a minha presença até que nenhuma brecha mais fosse o agouro de um resquício de ar.

Paz. O sentimento que consegui descrever, mesclado à agonia de estar presa, isenta de qualquer hipótese de redenção. Desta vez, não havia volta. Eu não consegui fazer o que a mulher me pediu para fazer. Não consegui fugir. Fechei os olhos, reforçando a camada de escuridão ao meu redor e, juntamente de dor, senti o ar preencher meus pulmões outra vez.


...

Malia se debatia constantemente. A turbulência de seus devaneios era visível no modo como se contorcia, arranhando as próprias coxas com as unhas abarrotadas por cocaína. Desta vez, a garota apostou demais; uma mistura de drogas pesadas a transportou a um estado de psicose terminal e, a caminho do hospital, ela resmungava, como se estivesse tentando se comunicar com alguém.

O suor escorria por sua testa e umedecia seus cabelos sobre a maca no interior da ambulância, que transitava em velocidade pelas ruas abarrotadas de veículos de Manhattan. Por sorte, o hospital não era longe do local onde estava. Seu único amigo, com um par de muletas, atestava sua segurança ao seu lado impacientemente, segurando a mão da garota com firmeza.

O apito consistente dos equipamentos sobrepostos pelo busto de Malia atestava sua sobrevivência ao estado muito provavelmente terminal, apesar do seu amigo não crer debilmente no diagnóstico supérfluo e corrido proporcionado pelos socorristas.

Contrariando a crença do rapaz que acompanhava a garota alucinada, os apetrechos reduziram a constância de seu alarde, até que se tornasse contínuo, sinalizando uma parada cardíaca da garota. Denis — como se chamava o amigo de Malia — apenas virou o rosto, evitando manter contato visual com o corpo da menina.

A movimentação do automóvel onde eram transportados se cerrou e assim que o motor parou de funcionar, um suspiro profundo fez Corfield acordar de súbito, e, no mesmo instante, a garota se assentou sobre o acolchoado da maca.

— Denis, precisamos ir à Long Island — declarou, deitando outra vez.



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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Will LongBow Qua 02 Set 2015, 11:13

Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Desejo ser reclamado pro Tânatos, pois a morte é a unica coisa certa na vida e por traz dela  algum mistério cativante que seria o que acontece depois?

- Perfil do Personagem
Físico: 1,85m de altura, forte mas não aparentando muitos músculos, olhos negros como a noite cabelo loiro escuro, pele clara, maxilar forte de um lutador, passos precisos e silenciosos.
Psicológico: Serio e silencioso, muito sarcástico, gosta muito de ler e ficar sozinho perdido em seus pensamento conversando com sigo próprio.
 Gosta de uma boa briga, não é valentão mas não leva desaforo para casa.

História:

-Afs mais uma segunda-feira tediosa!
-Levanta moleque se você se atrasar quebro essa vassoura em você.
E é assim que começa meu dia na casa dos meus tios, levantar ser ameaçado 30 a 40 vezes por dia, ir para a escola bater em algum otário que esteja cantando de galo, voltar e ir direto para meus livros. Mas esse dia é diferente não so por ser meu aniversário mas por outros motivos mais peculiares.
Como mais um dia "normal" levantei fui ameaçado, coloquei minha calça jeans ja surrada pelo tempo de uso minha camisa preta da  e a jaqueta preta de couro que ganhei do meu falecido pai.
  - Ei e o café?- pergunto eu
  - Cala boca pirralho e ja pra escola antes que eu te arrebente a cara! - Responde meu tio.
  Mesmo com uma grande vontade de socar ele ate ve-lo morre lentamente me contenho e saio pela porta para encontrar uma berlim gelada no meio do inverno. Ainda por sorte o carro quebrou e eu tenho que ir a pé para a escola parece que o mundo está afim que eu brigue e muito com alguém, talvez até um desmaiar ou um coma induzido.
  No caminho para a escola cruzo por um pequeno bosque com uma clareira do meio, e no meio da clareira vejo um brilho negro e fantasmagoligo, mesmo sem ser curioso não à quem iria deixar de ver o que era aquilo. Então sem pensar novamente entro no bosque ate chegar no meio da clareira, e meu sangue parar nas veias.
  O brilho negro era de um grande foice, de mais ou menos 2 metros de altura e 1 metro de lamina. Mas o que me fez parar no lugar foi o que estava segurando a foice, era um ser de 1,80m de altura vestido com uma capa negra que cobria o corpo inteiro, no mesmo momento murmurei:
 - A morte!
 - E você é meu filho!- Falou
 Muito confuso com aquela situação, e achando que estava sob o efeito de alguma droga que algum colega meu pudesse ter colocado no meu almoço, falei:
 - Mas a morte não tem filho!
 - Eu na verdade sou Tânatos e você é meu filho!
 - Eu devo estar drogado e vendo coisas.
 - AAAA que moleque burro tinha que se parecer tanto com a mãe?
 - Escuta eu sou seu  pai e ponto, você é um semi deus, ou seja, filho de um deus, eu, e um mortal, sua mãe.
 - Você é mais forte do que um humano normal, pode ler em grego antigo.
 - Hmm então onde você estava nos ultimos 18 ANOS ONDE PASSEI NA CASA DAQUELES DESGRAÇADOS DOS MEUS TIOS?
 - Um deus não pode manter contato com seus filhos meio sangue, ordens de Zeus.
 - Puft agora a morte recebe ordens?- Digo usando o maximo de sarcasmo possivel
 - Zeus é o deus dos deuses ele comanda tudo, é uma hierarquia complicada.
 - E não vim aqui para discutir isso, estou aki para dizer que você corre perigo e deve ir ao acampamento meio sangue onde ira encontrar outros como você.
 - A outros como eu?
 - Existem muitos outros semi deuses filhos dos outros deuses!
 - Mas meu tempo aqui ja se prolongou demais, a pessoas esperando-me e a guerras sendo travas, Ares não vai gostar se eu me atasar.
 - Mas aqui meu filho um presente da morte, pegue essa foice, e tente não morrer cedo demais.
 Nesse momento Tânatos me joga a foice, e como se fosse a coisa mais normal do mundo seguro-a pelo cabo com uma pericia que nem eu sabia possuir. Aou voltar meu olhar denovo para o meio da clareira meu pai ja sumiu, mas dentro de min uma parte que estava quebrada, ja não estava mais.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ayla Lennox Qua 02 Set 2015, 13:07


Avaliação

Malia Corfield


Olá, Malia.

Bom, vou ser o mais direta possível. Sua ficha foi bem legal, sua escrita é boa - o que fez com que não fosse exatamente pesaroso ter que ler tudo até o fim. Não encontrei nenhum erro de ortografia ou gramática que seja válido ressaltar.

Entretanto, eu gostaria de chamar sua atenção a uma coisa. Sua trama não ficou muito clara durante a ficha. Acho que a aparição de Hécate poderia ter sido muito mais explorada para questões de futuro ou até mesmo passado da sua personagem - até porque eu creio que não é muito comum que os deuses apareçam diretamente para seus filhos os reclamando.

Atente apenas para esses detalhes de coerência nos seus próximos textos. Fora isso, parabéns e seja bem-vinda.

Reclamada como filha de Hécate.

Will LongBow


Will, Will, Will...

Bom, piadas à parte, vamos à avaliação.

Lendo sua ficha eu consegui encontrar diversos erros - especialmente relacionados ao uso da vírgula. Para resolver isso, eu recomendo duas coisas: Um corretor ortográfico e ler o texto em voz alta (acredite, isso ajuda muito).

Na verdade, o maior problema do seu texto é que ele foi basicamente resumido a diálogos. Não estou dizendo que as fichas precisam ter cenas de batalhas épicas ou dezenas de linhas com descrições pomposas, mas precisam ter coerência.

Não hesite em pedir ajuda a players mais antigos. Preste atenção e organize melhor suas ideias e também a postagem. Tenho certeza que você pode melhorar bastante.

Você não foi reclamado dessa vez, mas continue tentando e não desanime! :D

Dúvidas, reclamações, elogios, desabafos, mimimis... MP
Atenciosamente, a monitora mais gata desse fórum. -n

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Philip Crawford Sáb 05 Set 2015, 20:03






1) Apolo. Apolo foi a primeira divindade que escolhi para um personagem. Infelizmente, não continuei com o fake, mas espero agora.



2)De cabelos louros na altura dos ombros, Philip é bonito. Empático, porém pode ser vingativo. É leal, mas extremamente criterioso. Gosta de tranquilidade e por vezes, é perfeccionista. Sua maior paixão é pela música country.

3) Conforme a trilha acabava, mais o coração de Philip ficava cada vez mais apertado.

Havia passado por “n” revelações nos últimos dias e, entre a mais devastadora, a de que seu pai estar vivo e bem..., ele é um deus grego! A Colina Meio-Sangue fica cada vez maior e ele tem a vivida sensação de que ela se transformará em um monstro e o vai engolir e fica parada por alguns instantes.

- Philip –, Pergunta Johnny, seu sátiro protetor, tirando-o de seu estado de estupor. Ele parece ter uns quinze anos, mas na verdade tem o dobro. Seus cabelos ruivos na altura dos ombros estão amarrados em um rabo de cavalo e pequenos chifres saem de sua cabeça. Veste uma camisa do Nirvana e no lugar das calças e tênis, peludas pernas de bode. – Você está bem?

- Claro, só um pouco cansado. – Responde Phil. Nos últimos dias foram tantos ataques que não pararam não conseguiram dormir nem seis horas. O ciclope, as dracanae, os gigantes...

Filho de Fazendeiros no Arizona, nunca gostou de agitação. Prefere levar uma vida tranquila, sossegada, sem monstros e semideuses, preferencialmente. Tem TDAH, o que o leva, juntos com meia dúzia de rabo de saias, péssimas notas. É um garoto bonito, de cabelos na altura dos ombros dourados, olhos castanho-claro e modestos músculos. Seu sonho é ser cantor de música country.

Mas a verdadeira resposta que quer é de quem é seu pai, ou mãe, divino. Nick e Grace Crawford, sempre lhe disseram que é adotado e Philip nunca teve interesse em saber quem são seus pais biológicos, até agora...

Phil e John avançam a colina e atravessam a barreira mágica. O semideus vê algo brilhante se acender na em cima de sua cabeça e antes de se apagar ele decora o símbolo, uma lira dourada. Ao seu apagar ele perceber uma expressão esquisita no rosto de John.

- O que foi? – pergunta

- Eu sei quem é seu pai... e infelizmente, sua mãe, Donna Crawford, a renegada.
Philip Crawford
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Sáb 05 Set 2015, 20:36


Avaliação

Philip Crawford

 
Boa noite Philip :) Tudo bem?

Bom, vamos à sua avaliação. 
Confesso que não me senti muito atraída pela sua história: foi uma coisa bem corrida e resumida, e que poderia ter sido melhor desenvolvida e ter apresentado um pouco mais sobre seu personagem, desenvolvido melhor sua maneira de pensar e agir. Sugiro que veja as fichas anteriores, ou peça auxilio aos campistas veteranos, até mesmo aos monitores. Estamos aqui para isto. Até lá, reprovado. 

Mas não desanime e não desista <3

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Elliot Sutcliffe Dom 06 Set 2015, 08:56


Dear father, mother, I'm sorry for all I've done
In tears I suffer, still bending, breaking my thumbs
Dear sister, brother, I'll send you kisses good night

Rudy, we will live together forever

N
os primeiros momentos de meu despertar, tentei compreender minha localização. Ao meu redor, o brilho esverdeado dos bosques era amenizado pela escuridão da noite. O som de aves e de insetos asquerosos teriam me intimidado se eu não estivesse entorpecido. Senti uma força fazendo sob meu corpo, como dois braços ásperos. Quando retomei por completo meus sentidos, assegurei-me de quem alguém me carregava em seus braços. Tentei saltar no mesmo instante, por culpa de um impulso auto defensivo, mas o pulo transformou-se em tombo. O lado bom nisso foi que, no momento da colisão, um flash simultaneamente invadiu minha cabeça, revelando os episódio que me levaram àquelas circunstâncias.

Sim, enquanto vadiava pelas ruas de Nova Iorque, fui encontrado por um menino bode e, ao mesmo tempo, atacado por uma galinha humana. Cheguei a invadir uma festa infantil, apenas para me refugiar. É de costume que coisas ruins aconteçam na minha vida, mas nada havia sido tão estranho quanto aquele momento, pois ali confirmei de perto e da forma mais clara e minuciosa a existência de seres mágicos. Concordo que talvez não tivesse sido tão bom relembrar-me de tudo aquilo pois, no mesmo instante, a dor do corte em meu braço direito voltou a latejar.

— Você consegue andar? — A figura que me protegeu durante todo este tempo fez uma pergunta que nem mesmo eu podia responder. A maioria dos meus membros correspondiam ao meu comando, mas alguns deles pareciam ainda estar em profundo sono.

— Sim, não preciso de ajuda — minha resposta foi um pouco incomum, se comparada a minha personalidade. O que eu diria, precisamente, seria: "Você é cego? É claro que não! Adiante-se e me carregue até nosso destino, meu servo." Algumas pessoas acham esse tipo de comportamento uma gracinha, vindo de um garoto com minha aparência. Mal sabem do que fui capaz de fazer com meus próprios pais.

O menino bode retomou sua caminhada, e eu o segui. A trilha parecia não nos levar a lugar algum, como se não tivéssemos um objetivo concreto naquele momento. Árvores e mais árvores, subindo e descendo colinas, tudo o que eu via era um cenário que se mantivera verde o tempo todo. Isso não me surpreendeu, pois para mim, desde aquele incidente, nunca existira um destino para mim.

E eu ainda me lembro perfeitamente daquele incidente. Minha casa ardia em chamas. Os gritos de minha maldita madrasta eram música para meus ouvidos. Ver o corpo do meu pai repleto de queimaduras era motivo de gargalhadas. O sangue de meus irmãos pintava o piso da construção de madeira com um vermelho vívido e atraente. Toda aquela visão satisfazia as marcas que foram deixadas em meu corpo.

Fui taxado como escória desde meu nascimento, e meu pai me desprezava por odiar minha mãe, a qual eu nunca vi na vida. Quando minha madrasta ficava insatisfeita com algo, eu era seu primeiro alvo. Ela me torturava, cortava, queimava, me trancafiava em quartos escuros e cheios de insetos nojentos. Meus irmãos abusavam de minha posição dentro de casa para me humilhar na frente de parentes e amigos. A única coisa que eu tinha para compartilhar meu sofrimento era Rudy, meu ursinho de pelúcia que meus avós me deram quando ainda estavam vivos. E naquele momento, revivendo em minha mente todas aquelas lembranças, senti falta de algo.

— Onde está Rudy? — perguntei ao jovem, aflito. Ele pausou a caminhada e remexeu a mochila que estava levando nas costas, retirando de lá o motivo de minha preocupação. Meu ursinho acastanhado, feito de algodão, cheio de lacunas mal costuradas, todas elas feitas pelas garras dos meus irmãos. Imediatamente, arranquei o brinquedo das mãos do sátiro, de forma grosseira.  

— Você tem mesmo 12 anos? — indagou a criatura, ironicamente. Eu realmente não estava no clima para dar uma resposta a altura, então a caminhada prosseguiu em silêncio, a não ser pelo típico ruído de uma floresta em horário noturno.

Aquela noite parecia tão depressiva que me senti instigado a retomar meus devaneios, e passei a recordar os momentos em que morei nas ruas. Nos últimos meses, estive vagando sem rumo pelo país. Como uma existência pequena e sem valor no meio de um mundo cheio de maldade. Estive me perguntando como sobrevivi a ataques de seres estranhos, surras de brutamontes, fugas de armazéns — os quais eu roubava alimento — e pancadas de chuva. Foram maus momentos, que me fizeram pensar se não seria melhor ter morrido naquele incêndio, junto a minha família.

De repente, assegurei-me de que o barulho da grama sendo esmagado por cascos cessou. Despertei-me de meus pensamentos e recordações quando por pouco não dei de cara com uma árvore.

— Bem-vindo ao Acampamento Meio-Sangue, Elliot — disse o sátiro, apontando para algum lugar. Quando me virei, tive a vista do que ele se referia. Do alto da colina, pude ver construções inusitadas por todo canto. Havia uma enorme casa no centro do meu ângulo de visão. Um lago que se estendia estreitamente ao lado de uma construção que parecia ser uma quadra de vôlei. Atrás do pequeno riacho, a grande casa tapava algumas construções pequenas, feitas cada uma com um visual distinto. — Sinta-se a vontade no seu novo lar.

— Que lugar é esse? — minha pergunta não teve resposta, pois enquanto eu explorava o local com o olhar, o menino bode já estava descendo a colina.

— Vai ficar só olhando? — gritou o sátiro, de forma convidativa. Naquele momento, tive a leve sensação de que eu poderia sim ter algum valor no mundo. Poderia sim ter algum objetivo, destino, ou qualquer outra coisa que me privasse do meu desejo suicida.

Segui o jovem de cascos até a grande casa. Não havia ninguém andando por ali. Era de se esperar, afinal, eu também deveria estar dormindo naquele horário. No caminho, pude ver mais e mais construções estranhas. Chegando a grande casa, o sátiro bateu a porta da construção, e foi quando um centauro nos recebeu. Eu poderia ter me assustado, mas até então já tinha conseguido engolir parte da história que o menino bode havia me falado. Já sabia que minha mãe era uma deusa grega, e que existem muito mais pessoas como eu naquele acampamento mágico. Foi difícil acreditar, mas também fazia sentido, pois a história que o sátiro me contou dava respostas a todas as questões da minha vida as quais eu nunca tinha encontrado explicação.

— Bem-vindo, semideus — disse o tanquinho de cavalo, se apresentando como Quíron. Ele fez um gesto com as mãos, convidando-nos para entrar. Lá dentro, uma lareira quentinha iluminava a sala de recepção. Tive vontade de abraçar Rudy, deitar em um daqueles sofás e dormir ali mesmo, pois há tempos não sabia o que era um lugar confortável como aquele.

— Agora é só esperar pra que você seja reclamado, não é, Quíron? — o sátiro gesticulou a cabeça, com um sorriso. Ele segurava desastradamente um copo que soltava fumaça pela sua abertura, e exalava cheiro de chocolate quente. Fui muito bem recebido com bebida quente e biscoitos.

— Não será necessário esperar — afirmou Quíron, rindo. Foi quando notei que algo pairava acima da minha cabeça. Uma insígnia de corvos, formados por um feixe de luz negra, estavam dando voltas em um globo de sombras, que parecia sinalizar a noite. Assustado, deixei a caneca cair no chão, derramando todo o líquido. Boquiaberto, apertei Rudy o mais forte possível, fechando meus olhos. — Parabéns, filho de Nyx.







Por qual deus deseja ser reclamado e porquê?

Nyx, deusa primordial da noite. Eu sempre acabo por despertar interesse pelas personagens que fazem o tipo mago. Foi então que aquela grande dúvida cruel me atingiu: Hécate ou Nyx? Durante pesquisas e comparações, acabei optando por Nyx, apenas por se encaixar melhor em Elliot.

Características Físicas

A julgar pela aparência, Elliot deixa a imagem de garoto indefeso. Tem feições delicadas, como as de uma criança. O delinear de sua face tem como base a pureza infantil, livre de detalhes grotescos e chamativos. Sua pele é um pouco pálida e suave, mas não podendo afirmar que seu corpo seja totalmente livre de impurezas, pois as marcas de queimaduras e cicatrizes que percorrem seu corpo são as lembranças deixadas pela sua família. Seus olhos brilham em um azul cerúleo, com um nariz empinado e lábios finos e rosados. Seus cabelos limitam-se no pescoço, e passam do loiro até um alaranjado único, que brilham como se fosse iluminar a noite. Não tem músculos, e ainda apresenta silhuetas infantis pela sua estrutura, portanto é possível prever que não será muito dotado na musculatura. É baixinho e magricela, característica alvo de piadinhas bobas dos campistas maiores.

Características Psicológicas

De primeiras impressões, o comportamento rude e perverso reflete no conceito de sua criação. É o tipo de pessoa que guarda remorsos banais de qualquer atitude que venha intimidá-lo. Ou seja, sensível o bastante para se magoar com qualquer coisa e rancoroso o suficiente pra fazer alguém se arrepender de prejudicá-lo. Nas poucas horas em que Elliot apresenta indícios de felicidade, está entre amigos. Perto deles, a máscara teatral de menino independente que Elliot sustenta é quebrada, dando fim a sua indiferença. Portanto, apesar de ser frágil a atitudes negativas, também se entrega facilmente a quem lhe agrada de algum modo. Teimoso e irônico também fazem parte de sua personalidade, e piadas de mau gosto são o seu forte. Impiedoso o bastante para torturar pessoas assim como sua madrasta fazia com ele. Mas apesar de tantas complicações, às vezes, o jovem fica inseguro de sua própria personalidade, forçando-o assim a ser uma existência neutra que não exerce nem o bem e nem o mal. Tem grandes ciúmes de Rudy e fica disposto a matar qualquer um tenha más intenções com seu ursinho. Detesta insetos.






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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ryan L. Gagerdoor Dom 06 Set 2015, 11:57


Avaliação

Elliot Sutcliffe

 

Oi, primo! Tudo certo? Eu tô legal, viu? Ah... Quero algum dia conhecer o Rudy. Ele deve ser como o Teddy! Aí teremos altas aventuras juntos, se vuchê não for chato.

Mas sabe, parece que a rec... rec... reclamação — é reclamação, não é? — foi feita. Me disseram que sua ficha foi mó daora e que não há nada do que reclamar, mesmo sendo um texto bem curto. Além disso, me disseram que vuchê escreve bem — mesmo eu não entendendo o porquê disso ser importante para ser reclamado — e que cumpriu todos os pontos da ficha perfeitamente.

Então... Vai lá pro chalé da Tia Nyx, que seus irmãos tão esperando :3

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Katherine Shine Dom 06 Set 2015, 14:40

-Ficha-

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Deméter, sempre gostei de ter os poderes da natureza em si, e também o poder dos quatro elementos, a mamis é a junção dois em um dos dois que eu sempre sonhei em ter. Resumindo, é a deusa perfeita <3

- Perfil do Personagem -

Características Físicas:
Alta, mede cerca de 1,73m. Magra mas nada exagerado, proporcional para seu corpo e altura. É uma adolescente como qualquer outra, porém com o corpo saudável. Sua pele macia lembra um bebê, cabelos dourados e ondulados.

Características Psicológicas:
Kath é uma garota equilibrada na maior parte do tempo, costuma ser calma e gentil. Evita estresse e qualquer briguinha sem sentido onde não levará a mesma em lugar nenhum, sempre atenta ao seu redor, dificilmente é pega de surpresa. Quando irada, a jovem não pensará duas vezes antes de agir. Protetora e nunca deixa um aliado para trás, só mesmo em casos extremos e mesmo assim ficaria perturbada mentalmente. Verdadeira, mesmo que a verdade seja cruel, se ela sentir que deve dizer, a mesma o faz. Costuma obter informações daquele que as cercam para poder ter melhor convívio e também para poder usar como vantagem futuramente.

- História do Personagem -

Kath desde pequena foi muito estudiosa, sempre se destacava na sua classe. Era uma menina inteligente e também invejável pelas outras garotas, popular com os meninos mas não dava muita "bola" para os mesmos. Assim era a vida monótona dela, até os dezesseis anos... Onde tudo mudou.

A jovem, agora no ensino médio teve sua primeira... "paixonite" digamos assim, como sempre e muito clichê... Um cara que já tinha namorada. A garota que o rapaz namorava era uma das mais cobiçadas do colégio, e como Kath era nova no "pedaço" e ela sabia que poderia se iludir facilmente.

Após algumas semanas já acostumada com a escola e a rotina mais puxada, a garota percebia os olhares do rapaz direcionado a ela, a menina neste momento estava no seu armário escolar pegando os livros necessários para a próxima aula e via em "rabo de olho" o rapaz vindo em sua direção.

Seu coração acelerava e logo se apressava para sair do local, não estava preparada para falar com ele, quando deixava o local ela sentia alguém tocando seu pulso e segurando-a. Ela corou no mesmo estante e ouviu a voz do rapaz:

-Hã... Tudo bem?-Perguntava o garoto, seu nome era Derek.

-Ah... Sim.-Respondia ainda de costas para o menino.

-Tem certeza? Bem, está de costas pra mim.-Argumentou ele.

-Ah desculpa-falou virando-se para Derek -E então... O que quer?

Vou resumir o que aconteceu adiante: O rapaz pediu para que a mesma fosse ao baile de volta as aulas (se é que isso existe) que ocorreria daqui há duas semanas, isso só alimentou seus sentimentos pelo rapaz, Kath perguntou se o mesmo não estava namorando com a Elis (Elisabeth) e ele disse que havia terminado e etc. No fim, Kath aceitou.

Os dias se passaram, os dois viraram amigos, e poderiam virar até algo mais que isso depois da noite que esperava os dois. Logo dia acabava, a adolescente se arrumava vaidosamente para o baile e logo o "príncipe" baterá em sua porta para busca-la.

Ding-dong fazia a campainha, era hora de festejar. Digamos que sua família era classe média alta e então a diarista abria a porta, Kath descia as escadas com um vestido preto, feito de seda, na parte do pescoço moldada com pluma. Realmente era sua melhor roupa.

A empregada abria a porta e lá estava o rapaz, com um terno preto, lindo e elegante. Kath se apressava e descia a escada, usava um salto de cinco centímetros também preto. Ela entrava na limusine e logo depois Derek também. Os dois conversavam dentro da mesma até sentir um impacto fazendo o carro capotar três vezes e bater em um prédio.

Quando acordou estava sentido ser carregada, sua visão estava turva e então após algumas piscadas consegue ver as pernas de quem lhe carregava, no caso, um bode... UM BODE?
Logo a garota se desesperava e batia no bode que a colocava no chão, e por ainda estar fraca caía.

-Fique longe!-Dizia se arrastando para trás, sentido dor do acidente sofrido antes. Ela sente algo como água escorrer pelo seu rosto, descendo da testa e coloca a mão vendo por si mesma que se tratava de sangue.

-O que fez comigo? Cade o Derek? Me leve imediatamente para casa!-Estava amanhecendo, parecia ser sete horas da manhã. Logo o homem-bode responde:

-Acalme-se, estou levando-na ao acampamento meio-sangue. Não pode voltar para sua casa agora, seu namorado está no hospital e estará segura conosco.-Respondia o sátiro.

-Ele não é meu namorado! Mas isso não é o caso, eu tenho uma vida sabia? Não pode sequestrar as pessoas assim! Meus pais ficarão preocupados!-Argumentava Kath.

-Seus pais já sabem, e bem... Você é uma semi-deusa.-Respondeu o sátiro.

-Melhor que ser uma semi-bode.-Falou levando semi-deusa como insulto sem pensar direito.

-Hey, não sou um semi-bode, o nome politicamente correto é Sátiro, e bem, você é sim uma semi-deusa, filha de Deméter.

-Tanto faz, só quero voltar! Onde estamos?-Perguntava ainda se levantando ainda um pouco assustada.

-Não pode mais voltar, siga-me ou ficará perdida!-Falou o sátiro.

Bem e foi assim que eu descobrir que era uma semi-deusa e nunca mais tive notícias sobre o Derek, e raramente posso ver minha família... Pois bem.

-Bem-vinda ao acampamento meio-sangue!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alexey Rzaenov Dom 06 Set 2015, 15:16



Roubando...


Katherine Shine

Olá, Katherine. Logo no começo da ficha, senti que suas características físicas não foram muito exploradas, mas eu decidi ignorar esse fato e partir para o texto. Seus parágrafos tem em média duas linhas, o que é pouquíssimo e deixa o texto desestruturado. Você também marcou em negrito as palavras iniciais de cada parágrafo, e me causou um certo incômodo ao ler. Tente colocar o negrito sapenas no começo do texto e após as quebras temporais, garanto que dará um efeito muito mais bonito. Mas o fato que realmente me fez tomar a decisão final foi a última parte, a do sátiro. Como ele sabia que a Kath era filha de Deméter? E também, a personagem não demonstrou nenhuma surpresa ao saber da sua ascendencia divina, foi como se alguém da sua família anunciasse que teria arroz e feijão para o jantar, ou seja, você agiria normalmente. E apenas um alerta: a palavra semideus não tem o hífen, ou seja, em vez de "semi-deus", fica "semideus". A história ficou aceitável, criativa, mas infelizmente terei que te reprovar. Corrija esses pontos, não desista, e tenho certeza que passará da próxima vez!
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Jacob Frye Dom 06 Set 2015, 19:02


Ficha de Reclamação

Son of Speed

▬ Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?
Hermes

▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Físicas: Seus cabelos são lisos e de coloração negra como a noite, seus olhos são marrons escuro. Gosta de usar os cabelos bagunçados ou cortados bem baixinho. Possui um porte físico definido, adquiridos em suas aventuras. Mede 1,80 de altura. Seus lábios são finos e avermelhados não muito chamativos. Pesa 73 kg, e sua pele é pálida. Opta por vestir sempre com roupas formais e que atraia olhares ou simplesmente sejam leves para suas escapadas.


Psicológicas: Jacob tem pávil curto, qualquer besteira pode deixá-lo irritado. Sendo naturalmente uma pessoa irritada, Jacob usa suas saidinhas para descontar frustrações. Ele não é o mais inteligente, mas também não é burro, e sabe que coisas que podem ferir uma pessoa mais do que dor física, é a dor emocional, e ele adora brincar com isso. Frye é um cara da cidade grande, que se mete em encrencas e adora uma boa festa. Também é extremamente teimoso e ousado a maior parte.



▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?


Sinceramente, ele é um dos único diferentes dos demais e podemos dizer que, ele é um trombadinho e rapidão na moral, já imaginou ele pegando as minas...Brincadeira, enfim, ele meio que parece um pouco comigo.

História

Localização: Crawley, London - Hora: 18:18 - Ano: Atualmente.

Abrindo a porta de meu apartamento, meus olhos rodeava o local e suspiro, sabendo que mais uma noite seria tediosa ou não. Deitando no sofá, aconchego-me com meus braços atrás de minha cabeça.

— O que minha mãe diria para mim nesse estado? — Digo sarcasticamente pelo simples fato de nunca ter conhecido. — Acho que nada... Bom, meu pai puxaria minha orelha. — Ri e revirei os olhos, outro familiar que nunca conheci.

Acabo levantando do sofá e indo buscar algo para beber, porque ficar dizendo coisas idiotas no sofá assim, chegava ser rotina para mim e quem sabe que eu continuasse dessa forma, me tornaria um maníaco estuprador de Smurfes. Raramente encontrava algo atrativo na geladeira. Algo que me faria feliz naquele momento seria uma garrafa de Vodka, não estou ligando que eu tomaria pura, misturada é pros fracos.

Meus olhos brilharam ao ver uma garrafa de... Água, ri. — Sério isso? Ual, eu pagaria milhões por uma bebida alcoólica e que esteja cheia, porque vazia não da né... — Fecho aquela bagaça com brutalidade, resmungo me afastando. — Terei que dar uma fugidinha, estou com sede e... — Minha barriga roncou e conclui. — Fome.

Quando abri a porta de minha humilde residência, um homem surgia correndo pelos corredores do apartamento e parando em minha frente, me alertando sobre um assunto de meu interesse. Afinal, para alguém como eu que rouba para ter aquilo de comer, o que escutei foi como um coito bem-sucedido, cai entre nós.

Como de costume, escalei uma casa próxima de meu apartamento e observei um carro que saiu de Emmanuel Orphanage, um homem saiu dele e entregou um caixote a outro - Um Despachante -, cobri meu rosto com o capuz de minha veste e corri pelos telhados, pulei para cima de uma carro e depois para outro, até que parei um, invadindo-o e retirando quem dirigia, assumindo o volante.

Estacionei perto de um bar, aonde muitos despachantes ficavam e bebiam para se vangloriar - Tosco - adentrando aquilo todos se afastavam, deixando um centro bem amplo para começar uma festa. Peguei uma cadeira e me sentei bem no centro.

— Vocês vão me dizer aonde seu amiguinho de cara de idiota está? Sim, aquele mesmo, que pegou uma caixote minutos atrás. — Digo olhando para cada um do recinto, ninguém mexia um músculo se quer, mas um mexeu e correu em minha direção. — Finalmente.

Um soco foi desferido em direção a minha face, simplesmente movimentei meu rosto para o lado, desviando, levantei com minha mãos empurrando-o para trás com força, derrubando-o, peguei a cadeira rapidamente e acertei com grande força naquele que tinha derrubado, como era de madeira quebrou facilmente e deixando aquele corpo insignificante dolorido, impossibilitando de se mover caso queira. Os demais vieram e fui derrubando, um por um, até que não tinha mais nenhum que pudesse contar história.

— É, pelo jeito ninguém sabia onde ele estava... Não pera. — Arqueio a sobrancelha ao notar uma porta mal fechada no fundo do corredor, talvez encontraria algo ali. — Bom, não vou sair de mãos abanando né?! —.

Ao escancarar a porta vejo uma criatura com par de assas e olhos esbugalhados em direção a mim, dou paços sutis para trás juntamente com aquilo me seguindo, naquele momento eu acabei de me lascar, bastante. Não aguento, saiu correndo e gritando, um grito um tanto que se assemelhava de uma garotinha, pelo menos um pouco. Saindo para fora do bar, olho em minha volta e aquela coisa tinha sumido, quando olho para cima vejo aquilo voando em minha direção. Porém, foi acertada por algo e caiu ao meu lado, me afastando escuto uma voz, me virando, vejo um homem com corpo de... Bode, falava para mim coisas absurdas, que depois de um tempo escutando a ladainha dele, acabei sendo convencido e levado para uma local cheio de magia, pôneis saltitando e teletubbies dançando para todos os lados, brincadeira, me levou para um Acampamento com pessoas como eu... Filho de Hermes e outros deuses.


♦ Thanks, Andy 'O' ♦ [url=cupcakegraphics.forumeiros.com]@ CG[/url]


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Dom 06 Set 2015, 19:20


Avaliação

Philip Crawford

 
Boa noite Jacob :) Tudo bem?

Bom, vamos à sua avaliação. 
Primeiramente, devo dizer que encontrei alguns errinhos de vírgulas e alguns de português, como quando você diz "uma carro" em vez de "um carro", "assas" em vez de "asas" e "paços" em vez de "passos". Segundo, eu fiquei um pouco confusa com sua história. Às vezes parecia que você estava narrando em primeira pessoa, mas outras parecia em terceira pessoa. Você pode melhorar, ok? Revise melhor seu texto, e tente novamente.
Até lá, reprovado.

Mas não desanime e não desista <3
Se desejar, pode pedir reavaliação da sua ficha. :>

Dúvidas, reclamações, elogios, desabafos, mimimis... MP
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Katherine Shine Dom 06 Set 2015, 22:06

-Ficha-


- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Deméter, sempre gostei de ter os poderes da natureza em si, e também o poder dos quatro elementos, a mamis é a junção dois em um dos dois que eu sempre sonhei em ter. Resumindo, é a deusa perfeita <3


- Perfil do Personagem -


Características Físicas:
Alta, mede cerca de 1,73m. Magra mas nada exagerado, proporcional para seu corpo e altura. É uma adolescente como qualquer outra, porém com o corpo saudável. Sua pele macia lembra um bebê, cabelos dourados e ondulados. A garota tem lindos olhos azuis que lembram águas profundas de um oceano, seu jeito de olhar pode chegar a ser excitante quando quer. Tem o costume de sorrir, sempre deixando o ar gentil após falar com alguém.

Características Psicológicas:
Kath é uma garota equilibrada na maior parte do tempo, costuma ser calma e gentil. Evita estresse e qualquer briguinha sem sentido onde não levará a mesma em lugar nenhum, sempre atenta ao seu redor, dificilmente é pega de surpresa. Quando irada, a jovem não pensará duas vezes antes de agir. Protetora e nunca deixa um aliado para trás, só mesmo em casos extremos e mesmo assim ficaria perturbada mentalmente. Verdadeira, mesmo que a verdade seja cruel, se ela sentir que deve dizer, a mesma o faz. Costuma obter informações daquele que as cercam para poder ter melhor convívio e também para poder usar como vantagem futuramente.


- História do Personagem -


Kath desde pequena foi muito estudiosa, sempre se destacava na sua classe. Era uma menina inteligente e também invejável pelas outras garotas, popular com os meninos mas não dava muita "bola" para os mesmos. Assim era a vida monótona dela, até os dezesseis anos... Onde tudo mudou. A jovem, agora no ensino médio teve sua primeira... "paixonite" digamos assim, como sempre e muito clichê... Um cara que já tinha namorada. A garota que o rapaz namorava era uma das mais cobiçadas do colégio, e como Kath era nova no "pedaço" e ela sabia que poderia se iludir facilmente.

Após algumas semanas já acostumada com a escola e a rotina mais puxada, a garota percebia os olhares do rapaz direcionado a ela, a menina neste momento estava no seu armário escolar pegando os livros necessários para a próxima aula e via em "rabo de olho" o rapaz vindo em sua direção. Seu coração acelerava e logo se apressava para sair do local, não estava preparada para falar com ele, quando deixava o local ela sentia alguém tocando seu pulso e segurando-a. Ela corou no mesmo estante e ouviu a voz do rapaz:

-Hã... Tudo bem?-Perguntava o garoto, seu nome era Derek.

-Ah... Sim.-Respondia ainda de costas para o menino.

-Tem certeza? Bem, está de costas pra mim.-Argumentou ele.

-Ah desculpa-falou virando-se para Derek -E então... O que quer?

Vou resumir o que aconteceu adiante: O rapaz pediu para que a mesma fosse ao baile de volta as aulas (se é que isso existe) que ocorreria daqui há duas semanas, isso só alimentou seus sentimentos pelo rapaz, Kath perguntou se o mesmo não estava namorando com a Elis (Elisabeth) e ele disse que havia terminado e etc. No fim, Kath aceitou. Os dias se passaram, os dois viraram amigos, e poderiam virar até algo mais que isso depois da noite que esperava os dois. Logo dia acabava, a adolescente se arrumava vaidosamente para o baile e logo o "príncipe" baterá em sua porta para busca-la.

Ding-dong fazia a campainha, era hora de festejar. Digamos que sua família era classe média alta e então a diarista abria a porta, Kath descia as escadas com um vestido preto, feito de seda, na parte do pescoço moldada com pluma. Realmente era sua melhor roupa. A empregada abria a porta e lá estava o rapaz, com um terno preto, lindo e elegante. Kath se apressava e descia a escada, usava um salto de cinco centímetros também preto. Ela entrava na limusine e logo depois Derek também. Os dois conversavam dentro da mesma até sentir um impacto fazendo o carro capotar três vezes e bater em um prédio.

Quando acordou estava sentido ser carregada, sua visão estava turva e então após algumas piscadas consegue ver as pernas de quem lhe carregava, no caso, um bode... UM BODE?
Logo a garota se desesperava e batia no bode que a colocava no chão, e por ainda estar fraca caía.

-Fique longe!-Dizia se arrastando para trás, sentido dor do acidente sofrido antes. Ela sente algo como água escorrer pelo seu rosto, descendo da testa e coloca a mão vendo por si mesma que se tratava de sangue.

-O que fez comigo? Cade o Derek? Me leve imediatamente para casa!-Estava amanhecendo, parecia ser sete horas da manhã. Logo o homem-bode responde:

-Acalme-se, estou levando-na ao acampamento meio-sangue. Não pode voltar para sua casa agora, seu namorado está no hospital e estará segura conosco.-Respondia o sátiro.

-Ele não é meu namorado! Mas isso não é o caso, eu tenho uma vida sabia? Não pode sequestrar as pessoas assim! Meus pais ficarão preocupados!-Argumentava Kath.

-Seus pais já sabem, e bem... Você é uma semideusa.-Respondeu o sátiro.

-Melhor que ser uma semi-bode.-Falou levando semideusa como insulto sem pensar direito no que havia ouvido.

-Hey, não sou um semi-bode, o nome politicamente correto é Sátiro, chega de chiliques e ande logo.

-Não, espera... O que disse?-Perguntava assustada.

-Que eu sou um Sátiro?

-Não idiota, antes!

-Que você é uma semideusa!-Respondia um pouco confuso.

-Tomou chá de cogumelo? Tome cuidado, alguns podem ser venenosos e outros causaram até alucinações. Espera, você me deu um chá de cogumelo? Estou vendo um homem bode... E o homem bode falou que eu sou uma semideusa... É plausível! Mas quando?-Falava sozinha ignorando o sátiro.

-Quando conhecimento sobre cogumelos, interessante. Bem, vamos logo ao acampamento.

-Não vou em lugar nenhum com um homem bode.-Falava se levantando.

-Sátiro, já disse. E aqui na floresta é perigoso.

-Vai me dizer que estou na floresta encantada, onde tem ogros e ciclopes e fadas e blá blá?-Falava irônica.

-Quase isso.-Respondeu o sátiro, pegando-a no colo e forçando-a ir para o acampamento

Bem e foi assim que eu descobrir que era uma semideusa e nunca mais tive notícias sobre o Derek, e raramente posso ver minha família...

-Bem-vinda ao acampamento meio-sangue!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Lavinia S. Larousse Seg 07 Set 2015, 09:39



Avaliação

Katherine Shine - Reprovada como filha de Deméter


Kath, seu enredo não ficou ruim, porém você acabou deixando-o com alguns furos de coerência e perguntas não respondidas. Primeiro de tudo, você desenvolveu muito bem a parte inicial, introduzindo a sua personagem juntamente com todas as características que fazem parte da personalidade dela, mas da metade em diante sinto que a história ficou muito rápida e sem maiores detalhes.

O carro capotou, mas por que motivo? De onde surgiu o sátiro, por que ele estava justamente ali e como sabia quem você era? Além de tudo, você deixou de fora uma parte essencial da ficha de reclamação, que é justamente a reclamação por parte de seu pai ou mãe divinos. Tente modificar sua narração e introduza o momento em que a Katherine vê o símbolo de Deméter pairando sobre sua cabeça, mas lembre-se de encaixar o momento com coerência, não apenas algo como "estava no Acampamento e depois de uns dias o símbolo apareceu". Seja criativa e tenho certeza que conseguirá a aprovação!

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Ficha de Reclamação

Mensagem por Charlles Baudelaire Seg 07 Set 2015, 17:20

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Héstia, tenho muito em comum com esta deusa já que sempre prezei pelo meu lar e minha família. Quando tudo se vai, são eles que ficam ao seu lado.

- Perfil do Personagem
Características Físicas: Não sou tão alto como queria ser, possuo 1,70 de altura e parece que todos os garotos do colégio são mais altos do que eu, constrangedor? No começo foi. Possuo um corpo ligeiramente atlético, nada de exagerado e nem que chame atenção. Meu cabelo é curto, liso e quase sempre está bagunçado, nunca descobri a cor exata dele mas está entre castanho e ruivo, exatamente no meio. Como meus pais não decidiram que cor é essa referem-se a ela como: "cor do cabelo do Charlles". Meus olhos mudam de cor constantemente, de uma maneira tão discreta que nunca ninguém além de mim reparou, sempre em tons de castanho. Tenho uma leve cicatriz que contorna meu pescoço.

Características Psicológicas: As pessoas dizem que sou amigável, calmo, ás vezes bobão e desatento. Não acho que eu seja bobão, a palavra certa seria "gentil", simplesmente não dá pra ficar sem ajudar quem precisa de mim, eu me sentiria mal se não o fizesse. Sou um livro aberto, tomo muito cuidado com minhas palavras mas meus olhos falam por mim, costumo confiar facilmente nas pessoas e pra mim existe bondade em todo ser, algumas pessoas só precisam de abraços, calor humano resolve tudo.

- História do Personagem



Encaro a lareira durante alguns minutos, aquelas labaredas dançantes pareciam me convidar para um abraço. Obviamente se eu contasse isso para Robes, meu melhor amigo, ele pensaria que sou piromaníaco ou suicida. Uma calmaria pairava sobre a sala daquela casa e como aquilo era agradável, eu podia ficar ali por horas, estava perdido em pensamentos quando senti um leve empurrão, era Robes, ele possuía uma expressão de duvida.
Tudo bem Robes? -Perguntei sorrindo.
Sabe, combinamos de jogar videogame hoje lembra? Então, faz vinte minutos que chegamos na sala e você ficou encarando está lareira com esse sorriso psicopata todo esse tempo.
Sério? Perdão Robes, nem percebi o tempo passar. Por isso eu amo vir até a sua casa, essa lareira sabe?
Ele sorriu e concordou, disse que já devia esperar isso de mim, agora eu tinha a certeza de que ele me achava piromaníaco. Forcei o sorriso mais normal que podia e me levantei.
Vamos jogar então!
Vai anoitecer em breve. Melhor deixarmos pra amanhã.
Não temos outra escolha. - Sorri.
A luz alaranjada do crepúsculo entrava por uma fresta na cortina e invadia a sala de Robes, a noite chegaria em breve, novamente me perdi em pensamentos calmos e felizes. Eu me sentia extasiado com tudo aquilo, a luz e a lareira, todo aquele ambiente, percebi então que aquele era o meu verdadeiro lar, não aquela "caverna" que minha madrasta chamava de casa. Imagens começaram a passar por minha cabeça, perdido em minha mente havia um olhar que me trazia calma. Repentinamente alguém pegou em meu queixo e me fez voltar para a realidade. Era Robes.
Você tem que parar com essa mania de desligar assim! Charly sua madrasta vai ficar preocupada se você não voltar logo. A gente se fala amanhã.
Ele tinha razão, ela era do tipo de pessoa que se preocupava facilmente, mesmo que Jane e eu tivéssemos nossas diferenças nos gostávamos muito, eu não queria causar problemas. Meu pai também ficaria louco se eu não aparecesse em breve. Me despedi dele e segui meu caminho.
Talvez seja loucura minha mas escureceu muito mais rápido do que eu esperava, quando pisei na esquina do quarteirão onde morava nada mais era visível. Aquela escuridão não me parecia normal, os postes que deveriam estar acessos na calçada pareciam não emitir luz alguma. Senti um calafrio percorrer meu corpo, passei de uma tarde tão agradável para uma noite tão temível em um piscar de olhos, chegava a soar ridículo em minha mente. Então comecei a ouvir aqueles sons, uma mistura de sussurros e risadas macabras que me perturbavam desde criança, lembro-me do apelido que dei a eles quando mais jovem: "Duendes Chorões". Todas as noites quando as luzes apagavam eles saiam do guarda-roupa para me ferir. O dia que meu pai chegou em meu quarto após ouvir meus gritos e me encontrou com cortes pelo corpo e uma tesoura na mão ele me levou a um psiquiatra, eu insisti que estava lutando contra os Duendes mas ele afirmou me ver deslizando a lâmina ao redor do meu próprio pescoço, depois desta noite eles nunca mais voltaram a aparecer.
Então fechei os olhos, me sentia realmente ameaçado. Não sou o tipo de pessoa que tem pensamentos ruins, minha mente estaria me pregando peças? Passei minha mão sobre meu pescoço e senti a cicatriz, estava mais fria que o resto do meu corpo e parecia que minha energia escorria por aquela área, minha cabeça girava e meus sentidos falhavam, antes que eu percebesse estava caído tentando manter meus olhos abertos, e falhei.
"É incrível como fechar os olhos pode te tirar de situações difíceis, você simplesmente ignora tudo que te rodeia e encontra paz. Claro que existe um preço, você foge dos monstros do mundo, mas encontra os monstros da mente."
Enquanto estava desacordado tive um sonho perturbador. Eu estava no Hades. Sombras corriam ao meu redor enquanto sussurravam: "Viemos cobrar sua alma, criança. Você é apenas parte de um contrato, firmado pelo seu pai." Aquilo não fazia sentido algum para mim, as sombras por mais que tentassem se aproximar não conseguiam pois uma aura avermelhada ao meu redor os impedia. Minha visão começou a escurecer lentamente enquanto eu ouvia rugidos de raiva, então tudo sumiu.
Abri meus olhos e percebi que ainda estava no chão, me sentei por alguns instantes tentando colocar minha cabeça em ordem. Aquela escuridão havia passado e agora era possível avistar uma grande lua e algumas estrelas. Após algum tempo cheguei a conclusão de que eu havia simplesmente desmaiado na rua, minha pressão devia ter caído ou algo do tipo, fazia sentido! Com isso em mente me levantei e continuei meu caminho. Chegando na calçada em frente a casa ouvi o barulho de algo quebrando e então gritos, corri até a porta e a abri rapidamente. Aquela imagem foi queimada em minha memória com muita dor, meu pai deitado sobre uma poça de sangue, morto. Ao seu lado estava Jane gritando desesperadamente e em sua frente uma mulher com asas e garras, uma harpia. O monstro me avistou e gritou com raiva: "O contrato foi quebrado! Sua alma nos pertence, semide..." Antes que terminasse a frase uma espada voou pela janela e acertou a criatura em cheio, quase instantaneamente ela se transformou em pó. Me virei e encontrei Robes parado na porta, ele estava diferente do que eu me lembrava, ele tinha... pernas de bode? Sim, pernas de bode.
Robes? Meu pai... suas pernas... por favor me diga que é um pesadelo!
Eu... sinto muito Charly! Temos que sair daqui.
Nada fazia sentido, eu estava em choque. Nós três corremos até o carro de Jane e ela acelerou desesperadamente enquanto duzias daquelas criaturas nos perseguiam, Robes estava no banco do passageiro e eu atrás dele.
Robes você deveria ter vindo antes! E como você deixa o Charly andar na rua sozinho e tão tarde? Droga, ele está morto... -Disse Jane.
Me desculpe! Eu não deveria...
Eles vão ficar sabendo disso no acampamento, todos vão ouvir falar do maior fracasso entre os sátiros.
Os olhos de Robes brilhavam como se ele fosse chorar, mas ele jamais deixou transparecer algum "sinal de fraqueza" principalmente quando Jane estava presente, eu nunca a vi tão estressada em minha vida. Como não sabia o que sentir, simplesmente comecei a chorar discretamente. Cerca de vinte minutos passaram quando avistei algo que parecia uma plantação ao longe, Jane tinha um olhar confiante.
Boa sorte querido, vai ficar tudo bem. Robes, me desculpe por colocar toda a culpa em você, tome conta dele enquanto não estou por perto.
Robes confirmou com a cabeça e se despediu de Jane.
Mãe, você vai me deixar justo agora?
Você já sabe viver sozinho Charly. Entenda uma coisa, isso não é um "adeus", é simplesmente um "até logo".
Até quando?
Nos veremos em breve Charlles. Prometo.
Jane sorriu tristemente enquanto nos aproximávamos da plantação em alta velocidade. Ela sempre foi radical, aventureira, uma pessoa tão brilhante... eu não queria me separar dela.
As harpias alcançaram o carro e arranhavam o teto fazendo um barulho horrível, então avistei uma placa onde parecia ser a entrada do lugar, aquilo era... um acampamento?
Acampamento Meio-Sangue? Jane você está louca?
Louca? Sempre fui, querido.
Ouvi um apito e percebi que Jane havia destravado as portas que se abriram repentinamente.
Jane, algum problema? -Gritei.
Te amo muito! E me desculpe.
Desculpar? Como assi...
Antes que eu terminasse a frase Jane derrapou o carro para o seu lado fazendo com que Robes e eu fossemos arremessados para fora em direção ao acampamento, nem cheguei a sentir o chão, novamente desmaiei, novamente...
Quando abri os olhos haviam algumas pessoas ao meu redor, Robes era um deles.
Quanto tempo fiquei desacordado?
Três semanas, garoto-avião.
Garoto-avião?
Sim, é como os outros campistas te apelidaram. Eles estão chamando a Jane de "drift queen" também. E não se preocupe com ela, as harpias foram enganadas e ela deve estar em casa uma hora dessas. -Ele sorriu.
Provavelmente o Acampamento todo pode ouvir eu gritar as palavras: "Jane você me paga!" Começamos a rir e a comentar sobre o que havia acontecido, durante o resto do dia me apresentaram o acampamento e todas as regras.
Sabe, você teve sorte de ter sobrevivido. Quando entrou voando pelo acampamento uma aura avermelhada te protegeu, você foi reclamado um pouco antes de cair de cara no chão. Héstia, eu já devia esperar. -Ele riu.
É incrível pensar que tudo isso é real... acho que vou ter que me adaptar. Mas tem uma coisa que ainda me perturba... que contrato era aquele que tinham com o meu pai? Eu tenho que descobrir!
Relaxa. Ainda vamos ter muitas aventuras pela frente!
Nos abraçamos com força, era bom saber que eu podia contar com Robes quando precisasse. Não vou descansar até descobrir que acordo era aquele... mas estou realmente feliz, ganhei um novo lar e uma nova família.
Bem vindo ao acampamento, Charly!
Já me sinto em casa! -Sorri.
E uma nova vida começa.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alexey Rzaenov Seg 07 Set 2015, 22:34



Roubo mesmo


Charlles Baudelaire

A sua ficha me prendeu desde o início até o fim, Charlles. Não foi a melhor nem a pior que eu li, mas posso dizer que o enredo foi criativo o suficiente para chamar minha atenção. Quero muito saber que contrato é esse, hem? Mas antes do resultado, vamos para as dicas: Antes e depois das falas, pule linhas, assim como entre os parágrafos. Me senti meio "sufocado" lendo o texto, coisa que não aconteceria com linhas entre os parágrafos. E outra coisa que me chamou a atenção foi a repetição de palavras. Você sempre usa o nome Robes para descrever o sátiro, e Jane para a madrasta. Pode usar seu amigo, o jovem, o menino, o colega, enfim, procure variar, para o texto não ficar prejudicado. E depois desse sinal: "...", sempre vem a letra maiúscula, por exemplo:

"O Hulk é tão forte... Eu acho ele super gatão!"

Mas infelizmente, Charlles, você citou a reclamação por Héstia, mas aceitou com muita naturalidade os fatos que aconteceram, principalmente na última parte do texto. Você não perguntou quem era Héstia, não perguntou sobre o acampamento, e também citou Hades, sendo um mortal comum citaria inferno. Somado com os outros pontos acima, isso pesou bastante na balança. Corrija tudo isso, principalmente o último ponto, e com certeza você vai passar! Porém, por agora, você está reprovado.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Charlles Baudelaire Qua 09 Set 2015, 19:17

Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Héstia, tenho muito em comum com esta deusa já que sempre prezei pelo meu lar e minha família. Quando tudo se vai, são eles que ficam ao seu lado.

- Perfil do Personagem
Características Físicas: Não sou tão alto como queria ser, possuo 1,70 de altura e parece que todos os garotos do colégio são mais altos do que eu, constrangedor? No começo foi. Possuo um corpo ligeiramente atlético, nada de exagerado e nem que chame atenção. Meu cabelo é curto, liso e quase sempre está bagunçado, nunca descobri a cor exata dele mas está entre castanho e ruivo, exatamente no meio. Como meus pais não decidiram que cor é essa referem-se a ela como: "cor do cabelo do Charlles". Meus olhos mudam de cor constantemente, de uma maneira tão discreta que nunca ninguém além de mim reparou, sempre em tons de castanho. Tenho uma leve cicatriz que contorna meu pescoço.

Características Psicológicas: As pessoas dizem que sou amigável, calmo, ás vezes bobão e desatento. Não acho que eu seja bobão, a palavra certa seria "gentil", simplesmente não dá pra ficar sem ajudar quem precisa de mim, eu me sentiria mal se não o fizesse. Sou um livro aberto, tomo muito cuidado com minhas palavras mas meus olhos falam por mim, costumo confiar facilmente nas pessoas e pra mim existe bondade em todo ser, algumas pessoas só precisam de abraços, calor humano resolve tudo.

- História do Personagem



Encaro a lareira durante alguns minutos, aquelas labaredas dançantes pareciam me convidar para um abraço. Obviamente se eu contasse isso para Robes, meu melhor amigo, ele pensaria que sou piromaníaco ou suicida. Uma calmaria pairava sobre a sala daquela casa e como aquilo era agradável, eu podia ficar ali por horas, estava perdido em pensamentos quando senti um leve empurrão, era Robes, ele possuía uma expressão de duvida.

Tudo bem? -Perguntei sorrindo.

Sabe, combinamos de jogar videogame hoje lembra? Então, faz vinte minutos que chegamos na sala e você ficou encarando está lareira com esse sorriso psicopata todo esse tempo.

Sério? Perdão, nem percebi o tempo passar. Por isso eu amo vir até a sua casa, essa lareira sabe?

Ele sorriu e concordou, disse que já devia esperar isso de mim, agora eu tinha a certeza de que ele me achava piromaníaco. Forcei o sorriso mais normal que podia e me levantei.

Vamos jogar então!

Vai anoitecer em breve. Melhor deixarmos pra amanhã.

Não temos outra escolha. - Sorri.

A luz alaranjada do crepúsculo entrava por uma fresta na cortina e invadia a sala, a noite chegaria em breve, novamente me perdi em pensamentos calmos e felizes. Eu me sentia extasiado com tudo aquilo, a luz e a lareira, todo aquele ambiente, percebi então que aquele era o meu verdadeiro lar, não aquela "caverna" que minha madrasta chamava de casa, esse era o motivo pelo qual eu a chamava de "mulher pré-histórica" em segredo. Imagens começaram a passar por minha cabeça, perdido em minha mente havia um olhar que me trazia calma. Repentinamente alguém pegou em meu queixo e me fez voltar para a realidade. Era Robes.

Você tem que parar com essa mania de desligar assim! Charly sua madrasta vai ficar preocupada se você não voltar logo. A gente se fala amanhã.

Ele tinha razão, ela era do tipo de pessoa que se preocupava facilmente, mesmo que Jane e eu tivéssemos nossas diferenças nos gostávamos muito, eu não queria causar problemas. Meu pai também ficaria louco se eu não aparecesse em breve. Me despedi dele e segui meu caminho.

Talvez seja loucura minha mas escureceu muito mais rápido do que eu esperava, quando pisei na esquina do quarteirão onde morava nada mais era visível. Olhei para o relógio que estava em meu pulso e notei que ainda eram seis horas, obviamente já devia anoitecer mas aquela escuridão não me parecia normal. Os postes que deveriam estar acessos na calçada não passavam de lampadas alaranjadas que pareciam não emitir luz alguma. Senti um calafrio percorrer meu corpo, passei de uma tarde tão agradável para uma noite tão temível em um piscar de olhos, chegava a soar ridículo em minha mente. Então comecei a ouvir aqueles sons, uma mistura de sussurros e risadas macabras que me perturbavam desde criança, lembro-me do apelido que dei a eles quando mais jovem: "Duendes Chorões". Todas as noites quando as luzes apagavam eles saiam do guarda-roupa e vinham até mim, no início eles apenas conversavam comigo, diziam o quanto eu era importante para eles, depois que meu pai adoeceu eles começaram a me ferir. O dia que ele chegou em meu quarto após ouvir meus gritos e me encontrou com cortes pelo corpo e uma tesoura na mão ele me levou a um psiquiatra, eu insisti que estava lutando contra os Duendes mas ele afirmou me ver deslizando a lâmina ao redor do meu próprio pescoço, depois desta noite eles nunca mais voltaram a aparecer.

Fechei os olhos, me sentia realmente ameaçado. Não sou o tipo de pessoa que tem pensamentos ruins, minha mente estaria me pregando peças? Passei minha mão sobre meu pescoço e senti a cicatriz, estava mais fria que o resto do meu corpo e parecia que minha energia escorria por aquela área, minha cabeça girava e meus sentidos falhavam, antes que eu percebesse estava caído tentando manter meus olhos abertos, e falhei.

"É incrível como fechar os olhos pode te tirar de situações difíceis, você simplesmente ignora tudo que te rodeia e encontra paz. Claro que existe um preço, você foge dos monstros do mundo, mas encontra os monstros da mente."

Enquanto estava desacordado tive um sonho perturbador. Eu estava no inferno, em meio a gritos de dor, cheiro de fumaça e o calor das chamas. Sombras corriam ao meu redor enquanto sussurravam: "Viemos cobrar sua alma, criança. Você é apenas parte de um contrato, firmado pelo seu pai." Aquilo não fazia sentido algum para mim, as sombras por mais que tentassem se aproximar não conseguiam pois uma aura avermelhada ao meu redor os impedia. Minha visão começou a escurecer lentamente enquanto eu ouvia rugidos de raiva, então tudo sumiu.

Abri meus olhos e percebi que ainda estava no chão, me sentei por alguns instantes tentando colocar minha cabeça em ordem. Aquela escuridão havia passado e agora era possível avistar uma grande lua e algumas estrelas. Após algum tempo cheguei a conclusão de que eu havia simplesmente desmaiado na rua, minha pressão devia ter caído ou algo do tipo, fazia sentido! Com isso em mente me levantei e continuei meu caminho. Chegando na calçada em frente a casa ouvi o barulho de algo quebrando e então gritos, corri até a porta e a abri rapidamente. Aquela imagem foi queimada em minha memória com muita dor, meu pai deitado sobre uma poça de sangue, morto. Ao seu lado estava Jane gritando desesperadamente e em sua frente uma mulher com asas e garras, forcei minha memória ao máximo para lembrar das aulas de biologia do colégio mas não me lembrei de nada parecido com aquilo. O monstro me avistou e gritou com raiva: "O contrato foi quebrado! Sua alma nos pertence, semide..." Antes que terminasse a frase uma espada voou pela janela e acertou a criatura em cheio, quase instantaneamente ela se transformou em pó. Me virei e encontrei Robes parado na porta, ele estava diferente do que eu me lembrava, ele tinha... Pernas de bode? Sim, pernas de bode.

Você? Meu pai... Suas pernas... Por favor me diga que é um pesadelo!

Eu... Sinto muito Charly! Temos que sair daqui.

Nada fazia sentido, eu estava em choque e quase não conseguia me mover. Fui praticamente arrastado até o carro de minha madrasta e ela acelerou desesperadamente enquanto duzias daquelas criaturas nos perseguiam, Robes estava no banco do passageiro e eu atrás dele.

Você deveria ter vindo antes garoto-bode! Como você permite que Charly ande na rua sozinho e tão tarde? Droga, ele está morto... -Disse Jane.

Me desculpe! Eu não deveria...

Eles vão ficar sabendo disso no acampamento, todos vão ouvir falar do maior fracasso entre os sátiros.

Os olhos de meu amigo brilhavam como se ele fosse chorar, mas ele jamais deixou transparecer algum "sinal de fraqueza" principalmente quando minha madrasta estava presente, eu nunca a vi tão estressada em minha vida.

O que era aquilo que matou meu pai? -Perguntei entre lágrimas.

Uma harpia, você vai entender logo... Está tudo bem?

Bem? Ele se foi! Como eu poderia estar bem?

Isso não importa, só quero saber se você está inteiro.

Sim eu estou... Você vai simplesmente ignorar o fato de ele ter nos deixado?

Foi ele quem buscou isso, eu já sabia que chegaríamos a este ponto. Além do mais não é a primeira vez que alguém me deixa...

Ela parecia perdida em memórias tristonhas e a tensão dentro do carro aumentava a cada segundo que se passava, comecei a chorar discretamente. Cerca de vinte minutos passaram quando avistei algo que parecia uma plantação ao longe, Jane tinha um olhar confiante.

Boa sorte querido, vai ficar tudo bem. Sátiro, me desculpe por colocar toda a culpa em você, tome conta dele enquanto não estou por perto.

Robes confirmou com a cabeça e se despediu dela.

Mãe, você vai me deixar justo agora?

Você já sabe viver sozinho Charly. Entenda uma coisa, isso não é um "adeus", é simplesmente um "até logo".

Até quando?

Nos veremos em breve Charlles. Prometo.

Jane sorriu tristemente enquanto nos aproximávamos da plantação em alta velocidade. Ela sempre foi radical, aventureira, uma pessoa tão brilhante... Eu nunca quis me separar dela, muito menos agora.

As harpias alcançaram o carro e arranhavam o teto fazendo um barulho horrível, então avistei uma placa onde parecia ser a entrada do lugar, aquilo era... Um acampamento?

Acampamento Meio-Sangue? Você está louca?

Louca? Sempre fui, querido.

Ouvi um apito e percebi que Jane havia destravado as portas que se abriram repentinamente.

Jane, algum problema? -Gritei.

Te amo muito! E me desculpe.

Desculpar? Como assi...

Antes que eu terminasse a frase Jane derrapou o carro para o seu lado fazendo com que meu amigo e eu fossemos arremessados para fora em direção ao acampamento, nem cheguei a sentir o chão, novamente desmaiei, novamente...

Quando abri os olhos haviam algumas pessoas ao meu redor, Robes estava sentado em uma cadeira ao meu lado com um olhar preocupado.

Cara, você não vai acreditar no sonho que eu tive... Um conselho, você deveria se depilar de vez em quando.

Ele sorriu ao perceber que eu havia acordado.

Sério? Você não gosta do jeito que está? Vai acabar se acostumando. -Ele disse rindo.

Não seja bobão, aquilo era bizarro...

Charlles Baudelaire, não ouse ofender minhas pernas de bode novamente! E tudo aquilo foi real.

Sério mesmo, "sátiro"? Prove.

Seu desejo é uma ordem.

Robes tirou o jeans que estava usando revelando as pernas de animal, minha cabeça começou a girar.

Alguém me drogou?

Não enquanto eu estava aqui, e isso significa o tempo todo.

Você sabia que pessoas normais não tem cascos?

Eu nunca disse que sou uma pessoa normal, sou um sátiro.

Isso não é um apelido que a Jane te deu?

Você dormiu nas aulas que falaram sobre mitologia? Eu disse que elas já seriam importantes!

Então me explique todas elas! Por favor...

Robes riu, sentou ao meu lado e me falou sobre monstros, deuses, lugares sagrados e magia. Aquilo foi realmente complexo, só consegui entender depois de horas ... Parecia surreal mas não havia como negar. Ele era a prova viva de que tudo era real.

Quanto tempo fiquei desacordado?

Três semanas, garoto-avião.

Garoto-avião?

Sim, é como os outros campistas te apelidaram. Eles estão chamando a Jane de "drift queen" também. E não se preocupe com ela, as harpias foram enganadas e ela deve estar em casa uma hora dessas. -Ele sorriu.

Provavelmente o Acampamento todo pode ouvir eu gritar as palavras: "Jane você me paga!"

Sabe, você teve sorte de ter sobrevivido. Quando entrou voando pelo acampamento uma aura avermelhada te protegeu, você foi reclamado um pouco antes de cair de cara no chão. Héstia, eu já devia esperar. -Ele riu.

Quem é essa garota? Estuda conosco?

Ela jamais faria isso... Ouviu quando falei sobre os deuses?

Zeus, Poseidon e Hades? Claro que ouvi!

E Héstia?

No momento em que ele pronunciou este nome me lembrei daquele olhar calmo, doce, um olhar de mãe.

Ela é a deusa do lar e da lareira, certo?

Sim! E aparentemente você é filho dela, simples de entender?

Isso é impossível! Minha mãe sumiu logo após meu nascimento... Já te contei essa história antes.

Ah sim, foi seu pai que te contou? Era mentira, ele não podia te falar a verdade pois não queria te colocar em perigo. Achávamos que você iria conseguir viver escondido dos monstros mas estávamos enganados, me enviaram para te vigiar quando seu pai adoeceu. Lembra do garoto mais velho que vivia de jeans e andava de um jeito estranho na oitava-série? Foi fácil não ser notado, haviam muitos meninos de treze anos e barbados lá.

Lembrei-me do dia em que nos conhecemos, foi uma aula de educação-física um pouco... Intensa. Ficamos amigos rapidamente pois tínhamos muitas coisas em comum, mas no dia em que eu conheci a lareira que ele tinha em casa nos tornamos inseparáveis.

Claro que me lembro, achei que o assunto já tinha morrido.

Ainda vou falar disso pelo resto da sua vida, Charly. -Ele disse rindo.

De qualquer forma, já é difícil aceitar que você é um bode, falar que sou filho de uma deusa é demais...

Reflita bem sobre isso... Explica todo esse seu jeito estranho.

Ha ha, como você é engraçado, Robes. -Disse ironicamente.

Pensei durante algum tempo e percebi que poderia ser verdade, encaixaria em todos os pedaços vazios da minha história. Era complicado aceitar a nova realidade mas não havia jeito de negar tudo aquilo. Ele me explicou onde estávamos e todas as regras do lugar, disse que eu conheceria outros parecidos comigo. Aparentemente eu não iria voltar para casa tão cedo mas seria melhor para mim e para Jane.

É incrível pensar que tudo isso é real... Acho que vou ter que me adaptar. Mas tem uma coisa que ainda me perturba... Que contrato era aquele que tinham com o meu pai? Eu tenho que descobrir!

Eu conseguia ouvir a voz do meu pai me chamando em algum lugar dentro da minha cabeça, as lembranças me deixavam deprimido mas eu tinha que continuar em frente, por ele.

Relaxa. Ainda vamos ter muitas aventuras pela frente! Você sabe que eu nunca vou te abandonar, Charly.

Nos abraçamos com força, era bom saber que eu podia contar com Robes quando precisasse. Não vou descansar até descobrir que acordo era aquele... Mas estou realmente feliz, ganhei um novo lar e uma nova família.

Bem vindo ao acampamento, Charly!

Já me sinto em casa! -Sorri.

E uma nova vida começa.
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