Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Liam J. Warm Dom 27 Set 2015, 12:17

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Por que sempre gostei de frio e de Despina, gosto da personalidade de deusa e me identifico com ela.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Características físicas: Cabelos meio castanho mas as vezes parece preto, olhos verdes, pele clara quase branca, corpo é normal, não é muito musculoso, mas também não é de um garoto sedentário. Isso nunca vai acontecer já que pratico esportes, sou o capitão do time de natação, jogo no time de lacross e futebol americano, nos tempos livres jogo tênis e basebol e dou aula de golf para senhores de idade.

Características psicológicas: Sou frio, as vezes até grosso, não me importo com a opinião dos outros, mas se falarem mal de min tomarão um soco na cara, ou sofrerão com um frio estremo, amo vilões, seria um ótimo vilão, é mais fácil conseguir inimigos do que amigos. Meu sonho é poder usar os meus dons para fazer os outros sofrerem, mas também sei se fizer isso serei banido do acampamento, ninguém precisa saber quais são minhas intenções. Também espero encontrar mais gente como eu.

- História do Personagem.

Essa história começa com Dante Warm, um famoso pesquisador científico, famoso por desafiar e sobreviver aos lugares mais perigosos e os climas mais baixos da terra. Ele foi encontrado morto no topo do monte McKinley, no Alaska. E dentre os diversos mistérios sobre sua morte, o maior deles com certeza foi o fato de que seu corpo protegia um pequeno bebê recém-nascido, de pele tão alva que quase se camuflava na neve, seu filho legítimo.
O caso foi um escândalo, o homem que desafiara montanhas e acampara no Ártico havia enlouquecido e levado seu próprio filho (cuja existência todos desconheciam) ao topo de uma montanha para morrer junto com ele? Por quê? Como? Quem seria a mãe dessa criança? Como essa criança sobreviveu?

Com seu principal protagonista morto, todas essas questões caíam diante de seu herdeiro. Mas um pequeno bebê não poderia passar a sua infância como pista de uma investigação ao invés de ser tratado como uma criança comum e por isso sua avó, Dianna, usou todos os meios à sua disposição para poder adotar o garoto e livrá-lo desses problemas o mais rápido que pôde. Sendo ela a dona de um grande hotel localizado nas montanhas canadenses, o poder de suas riqueza e influência garantiram que não houvesse muitas dificuldades e logo teve o neto em seus braços, decidindo batizá-lo com o nome de seu falecido marido, Liam. Foi ali que realmente começou a vida de Liam.

Vários anos se passaram, em que o pequeno Liam não conseguia manter amigos, já que as crianças cujas famílias se hospedavam no hotel passavam no máximo um mês por lá. Ele cresceu sendo mimado por sua avó, que dava a ele tudo o que queria exceto a chance de sair sozinho do hotel (O que não significa que o pequenino não encontrava suas maneiras de fugir). Passava seu tempo vagando pelos corredores, divertindo-se com hóspedes ou brincando na neve se acumulava no jardim do hotel. Mesmo sendo uma criança solitário, ele jamais se importou com isso, de certo modo ele só conseguia gostar mesmo de sua avó, o resto das pessoas se dividia entre úteis e inúteis.

Ainda pequeno, ele percebia que era muito diferente da maioria das pessoas. Ele podia ver coisas que outros não viam, podia fazer coisas que não faziam. Aos dez anos, viu gigantes azuis escalando as montanhas à noite, não disse nada para ninguém mas sabia que aquilo era real, podia sentir. Aos doze anos, durante uma nevasca, resolveu sair escondido para o jardim e enquanto a neve caía sobre sua cabeça e o vento congelante passava pela sua pele graciosamente. Ao som da música de um baile no salão de festas, ele dançou sozinho, extasiado pela energia que a neve e o frio extremo lhe causavam. Naquela noite os ventos e os flocos de neve lhe acompanhavam, rodopiando junto a seus passos. Sua verdadeira natureza estava apenas despertando.

Descobrindo seus talentos, conseguiu aproveitar ainda mais sua vida já luxuosa. Liam treinava seu poder sobre o frio e o gelo à noite enquanto ninguém observava e no resto do tempo, continuava no mesmo tédio de sempre. Até que chegou aos seus dezesseis anos, quando em vez de brincar com crianças no hall de entrada, ele beijava rapazes em seu quarto na cobertura. Foi nesse período, quando sua ambição, sua arrogância e sua frieza estavam no auge, que aconteceu.

Depois de uma forte discussão com sua avó, que não queria permitir de maneira nenhuma que seu neto saísse do hotel, ele isolou-se na cobertura, deixando a neve cobrir seu corpo, tentando acalmar-se e pensar sobre o que faria de sua vida. Não queria passar todos os seus anos trancafiado ali, mesmo sendo praticamente um palácio nas montanhas geladas, havia muito mais no mundo para ser descoberto, principalmente para um jovem excepcional e talentoso como ele. De repente, enquanto encarava o céu tempestuoso, viu formas estranhas descendo das nuvens em sua direção. Não sabia se estava confuso, mas ao mesmo tempo em que eram silhuetas relativamente humanas, possuíam asas. Quando se deu conta, uma dessas coisas quase o atingiu em cheio, mas ele conseguiu rolar por pouco. Tentou fugir para dentro de seu quarto, mas uma batida forte, seguida por uma dor enorme em suas costas, impediram-no de continuar correndo. Caído ao chão, Liam olhou para trás e não acreditaria no que estava diante dele se já não tivesse visto coisas mais estranhas antes, duas criaturas híbridas de mulheres e pássaros de penas totalmente brancas o olhavam com expressão assassina e gritavam "semideus".

Quando avançaram para cima dele, apontando-lhe as garras como se fossem facas prontas para perfurar seu coração, Liam gritou desesperado e apontou a mão para uma delas. No mesmo instantes, correntes de ar gelado mergulharam sobre ela e circundaram-na formando um pequeno ciclone, que ao se desfazer, revelou-a completamente cristalizada. Mas a outra "mulher-pomba branca" do mal ainda se aproximava, agora com ainda mais voracidade.

Ele fechou os olhos, achando que era o fim e esperando que fosse um pesadelo. De repente, um breve barulho como uma pequena explosão... E outro, e mais outro. Não eram bombinhas, eram tiros! A senhora passarinho foi alvejada em questão de segundos, explodindo numa nuvem de poeira dourada que logo foi levada pelos ventos agitados da nevasca. Saindo da porta de acesso à cobertura, estavam dois guardas do hotel acompanhando sua avó, Dianna. Eles rapidamente o tiraram de lá e seu ferimento foi tratado sem dificuldades. Quando se deu conta, já estava num carro em alta velocidade na estrada pelas montanhas. No caminho, sua avó explicou-lhe o que pôde sobre ele não ser como os outros jovens e seu lugar na verdade não ser o Canadá, por mais que ela quisesse que ficassem juntos. Dianna estava claramente fora de condições para poder explicar coisas de tal complexidade, mas deu a ele uma carta que esclareceria seu caminho, pelo menos o suficiente até que pudesse se cuidar sozinho.

A limousine parou numa guinada acentuada, e lágrimas já escorriam pelo rosto de sua avó quando Liam foi abraçado por ela e antes de poder fazer alguma coisa, ser puxado para fora do carro. Olhou em volta, estava num ambiente extremamente aberto, andando sobre asfalto com vários aviões para todo lado enquanto um homem de pernas tortas o levava, segurando-o pelo braço. Naquela noite, ele deixara o Canadá, sem fazer ideia de quanto tempo levaria até a possibilidade de retornar, se é que isso aconteceria.

O avião decolou e Liam, que já estava nervoso, teve de gritar com o homem de pernas tortas para que ficasse quieto antes que os dois tivessem uma crise nervosa. Quando pegou a carta, estranhou as letras, nunca vira letras como aquelas no setor de correspondência do hotel: "στο γιο του χιονιού". A carta não estava exatamente selada, estava congelada. Um cristal circular de gelo prendia a abertura da carta e ao simples toque de Liam , ele simplesmente se desfez e sumiu.

A carta era de sua mãe, que nunca conheceu nem mesmo teve a menor pista sobre a identidade. Na carta, sua mãe falou sobre deuses gregos, sobre sua existência e o fato de que o que diferenciava ele das outras pessoas era sua natureza como metade humano, metade deus. De alguma maneira, ela sabia que ao ler aquela carta, ele estava a caminho de um lugar onde estaria seguro e aprenderia a controlar e aprimorar suas habilidades, vivendo entre seus semelhantes semideuses.

Descobriu também a verdade sobre seu pai, que a encantou pela sua paixão pelos invernos mais fortes do mundo, que ele insistia em enfrentar com perseverança. Mas sua mãe não pôde permanecer com ele, por isso ficou longe durante sua gravidez e só o encontrou durante o nascimento de Liam, num lugar afastado de todos, onde eles haviam se conhecido, o monte McKinley. Lá, após sua mãe sumir, deixando ele nos braços do pai, Dante viu que não poderia descer as montanhas com um bebê nos braços e por isso chamou ajuda, usando seu corpo como abrigo para o bebê. Ao final da carta, sua mãe pediu desculpas pelo ocorrido, mas declarou que a vida de um imortal é muito mais difícil do que parece. Ao fim, depois de dizer o quanto o amava, assinou com "Despina, deusa da neve".
Liam J. Warm
Liam J. Warm
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Galahad Lionhart Buvelle Dom 27 Set 2015, 12:39

1.0: Por qual deus gostaria de ser reclamado?

Gostaria de ser reclamado por Ares, o deus da guerra. Pois dentre todas as divindades presentes, é que mais combina com Connor O'Brien e os poderes concedidos por ele me ajudariam com maior facilidade trabalhar a trama que estou planejando.

2.0: Perfil do Personagem

Connor O'Brien é um jovem rapaz de mais ou menos 17 ou 18 anos, tendo uma personalidade que é até certo ponto fácil de se conviver. No campo de batalha, é um guerreiro feroz que não sente um prazer maior percorrer o seu corpo se não aquele de enfrentar um oponente justo, por isso, em sua essência total ele acredita cegamente que é possível existir a justiça verdadeira, onde a pessoa que realmente paga por aquilo que fez e não aquela justiça que usam como desculpa para fazerem assassinatos em massa.

Apesar desses seus traços de personalidade, não é uma pessoa séria e de poucas palavras como se deve imaginar. É um jovem agradável que não se arrepende de praticamente nada do que faz. Quando não está treinando, gosta de fazer coisas que o façam relaxar. Como pescar, caçar ou até mesmo praticar algum esporte. Infelizmente, destas atividades, aquela que mais se destaca ainda não foi listada que é a de dar em cima de qualquer garota que tenha belos olhos.

Por fim, é importante dizer que odeia ser chamado de cachorro e essa é uma das únicas formas de tirá-lo do sério, também não gosta de ser comparado a esse animal e de todas as comidas existentes nesse mundo, aquela que menos o atrai é o cachorro-quente. Isso será explicado na sua história.

Agora, deixando sua personalidade de lado e falando de sua aparência: seu corpo é musculoso e bem definido, por conta das inúmeras vezes que se exercitou em boa parte de sua infância e adolescência por conta do emprego de “cão de guarda” que teve de ser submetido por um erro próprio. Sua pele clara foi um pouco atingida pelo sol e em alguns lugares, é possível notar certa mudança de cor, variando entre o branco e o moreno. Proveniente da Irlanda, seus antepassados moldaram as demais características de seu corpo. Lábios grandes, sempre com um sorriso confiante e olhos perspicazes, que estudam o ambiente ao seu redor quase na mesma velocidade em que uma tempestade de ventos é capaz de bagunçar o seu cabelo tingido de azul — mesmo que na maior parte do tempo ele pareça ser preto por conta da tonalidade escolhida. -

3.0: História do Personagem

A história de Connor O'Brien começou na Irlanda, ou sendo mais específico, na cidade de Waterford, que desde sua origem é localizada na parte sul do país e atualmente se encontra como o quinto maior centro populacional de todo o território irlandês. Realmente, um local que é frio na maior parte do tempo, inclusive no verão, onde as temperaturas não passam de 16 ºC, além de muito chuvoso. Apresentados esses dados, quando a “sementinha” que continha Connor foi plantada no útero de sua mãe, uma jovem irlandesa de mais ou menos 19 anos e proveniente de uma família de classe média, o clima não poderia estar diferente. Era uma tarde chuvosa, como todas outras onde Deichtire, a mãe de Connor, conheceu um homem muitos anos mais velho que ela, porém misterioso, apesar de ser um pouco irritado e violento.

O amor entre ambos aconteceu na primeira troca de olhares, como se Eros estivesse fissurado em histórias de romance clichê, e após uma pequena briga de bar entre o homem misterioso e um bêbado qualquer que não terá importância no decorrer dessa história, o casal perdido em meio aquele sentimento chamado de amor trancou-se dentro de um quarto qualquer de um motel e daqueles gemidos, um pequeno espermatozoide conseguiu vencer a corrida da vida e fecundou o óvulo de Deichtire…

Nove meses depois, num hospital meia boca e sem o homem que a fez chegar naquele ponto, deu a luz a um pequeno bebê de 3,45kg. O recém-nascido tinha e pele branca e cabelos negros, assim como o seu pai. Vendo aquilo, apenas um nome surgiu na mente daquela mulher.

Seu filho se chamaria Connor O'Brien. O mesmo nome do pai que havia abandonado o filho antes de seu nascimento. Uma história clichê, realmente.

—— ♦x♦ ——

Desde aquele dia 5 de Novembro, doze exatos anos se passaram e muita coisa mudou na cidade de Waterford. Connor cresceu, como era o esperado, e desde pequeno apresentou uma força acima da média para as outras pessoas de sua idade e através dos exercícios físicos, tentava aprimorar suas habilidades que tanto lhe davam prêmios na escola. Também não era de arrumar brigas com os outros alunos, pois não se considerava um valentão e os demais valentões sentiam no fundo um pouco de medo daquele rapaz.

Outra coisa que mudou também foi o bar onde sua mãe conheceu o seu pai. Há quase uma década atrás ele se localizava numa das ruas mais movimentadas da cidade e era um ponto de encontro para as pessoas ricas, contudo, o tempo não lhe foi generoso e com os avanços tecnológicos, outros lugares mais desenvolvidos e com mais atrações foram tomando o lugar do “Velho Berranteiro”. Nos dias atuais, ele se resume em apenas mais um dos diversos bares pouco movimentados da cidade de Waterford, servindo apenas como um refúgio para bêbados que não se importavam em pagar mais barato por uma bebida de procedência duvidosa.

Foi, então, em mais uma dessas noites frias e chuvosas da Irlanda que Connor ganhou aquilo que poderia chamar de “primeiro emprego”. Estava voltando para sua casa após mais um cansativo dia de estudos e justamente naquele dia, um de seus ônibus havia estragado e uma parte de sua viagem seria necessária ser feita a pé. Isso não seria um problema para ele, já que gostava de andar como nenhuma outra pessoa, mas quando ele cruzou a esquina da rua onde antigamente ficava o Velho Berranteiro, teve uma surpresa pouco agradável. Das sombras mal iluminadas pelos postes defeituosos, um imenso cão pardo avançou em direção a Connor, rugindo enquanto se aproximava de forma feroz e veloz. Cada um de seus passos correspondiam exatamente com os batimentos cardíacos do rapaz, que desesperado, não soube o que fazer mediante aquela situação.

Era como se pedras pesando uma ou duas toneladas tivessem prendido suas pernas e ele não era capaz de se mover. Não era também capaz de pedir socorro, pois a rua não era movimentada e o bar ainda estava fechado. Olhou mais uma vez para o cachorro, que agora estava a menos de um metro dele, e rapidamente raciocinou quais eram suas chances de morte numa situação como aquela e a resposta que obteve foi: quase total certeza. Então, perdendo suas esperanças, Connor apenas fez o trabalho de fechar os olhos e notou que o cão saltou em sua direção, como se morder o pescoço fosse a melhor forma de acabar com aquele que invadia o seu território.

Depois de três ou quatro segundos, não sentiu os dentes do animal perfurarem a sua pele e nem a dor comum de quando o sangue escapava do corpo, por outro lado, sentiu seus braços forçarem uma enorme bola de pelos e um latido fraco, mais como se fosse um lamento de um animal perdendo a sua vida. Connor, como qualquer outra pessoa, não queria acreditar no que havia acabado de fazer e aos poucos, conforme abria seus olhos e via aquele enorme labrador sem vida em seus braços, um pequeno sentimento de culpa tomou conta de seu coração, pois havia acabado de estrangular um cachorro inocente.

Quando o animal gemeu de dor, luzes foram acesas no lado de dentro do Bar e passos golpeando o chão de madeira velha foram ouvidos por Connor e em seguida, as portas de entrada se abriram, revelando um homem gordo e barbudo que desesperado, olhava em direção ao rapaz e ao cachorro que havia acabado de ser morto. Culann era o nome daquele local, conforme havia se apresentado para Connor minutos mais tarde.

— Marley era um dos meus únicos amigos… Mas não fico tanto triste por ele, pelo menos a sua vida, que é mais importante, foi salva. — dizia o velho, mas Connor não se fazia de bobo e percebia que havia certa melancolia e tristeza em suas palavras.

— Culann, uma pergunta… — começou Connor, enquanto tomava ar e sabia que faria uma das escolhas mais importantes de sua vida, apesar de sua pequena idade. — Marley tinha algum filhote com alguma outra cadela? Caso a resposta for sim, gostaria de ter a autorização para cuidar deles! Pois o erro foi meu e gostaria de treiná-los para serem cães tão fortes como o pai deles foram. — falou, enquanto batia a palma de sua mão sobre o balcão do bar.

Então, silêncio.
Mas ele logo foi quebrado pela voz de Connor, que não satisfeito, sugeriu.

— Até que esse dia chegue, eu serei o seu fiel cão de guarda.

E assim foi.

Pode parecer estranho e até incomum, mas aquele trato fechado com Culann fez com que Connor fizesse uma promessa no mínimo incomum. A partir do dia em que começou a trabalhar como “cão de guarda” e também ajudante daquele bar, jurou que jamais ingeriria carne de cachorro em sua vida. Não que isso fosse ser algo dificil, já que viajar para China estava fora de seus planos. Na mente do rapaz, aquilo seria levado como um canibalismo, já que um cachorro estaria se alimentando de outro.

Os anos se passaram e Connor aos poucos passou a desgostar de seu emprego, mas mantinha-se firme nele, pois os cães de Culainn haviam morrido por conta de uma infecção bacteriana e ele, agora, deveria ficar por mais alguns anos ali. A escola, que no começo lhe era tão importante, foi ficando de lado e apesar de seu intelecto não ficar pior, suas notas iam decaindo cada vez mais. Por outro lado, ele aprendia formas de defesa pessoal e até usar algumas armas brancas. Podia confessar também que havia certa habilidade em manuseá-las, tanto que de um grande cabo de madeira, fez uma lança que usava para afugentar alguns bêbados que tentavam amedrontar o seu chefe.

O estranho era que nos suburbios de Waterford, um jovem rapaz estava sendo armado e já se metia com pessoas bem mais velhas que ele, contudo, as autoridades locais não se importavam muito com aquilo. Primeiro porque Connor era apenas mais um dos jovens que fazia aquilo e os outros, se metiam em problemas maiores do que cuidar de um bar. Um desses problemas grandes, talvez fosse o uso de drogas e o tráfico desta substância.

Infelizmente, isso não é relevante na história de Connor. Ele era apenas um rapaz que se sentia preso a uma promessa e faria de tudo para mantê-la até que fosse dispensado. Isso perdurou até que completasse seu décimo sexto aniversário e foi a partir dai que a sua vida começou a ficar um pouco mais estranha do que normalmente era. O número de bêbados que vinha ao bar onde trabalhava aumentava gradativamente e as confusões que estes arrumavam também aumentavam. A vida do rapaz se resumia agora apenas em espantar do estabelecimento aqueles que não conseguiam ficar em paz por mais de cinco minutos, ou seja, 99% de todos os que frequentavam ali.

Foi levando um desses bêbados para o lado de fora do bar que a vida de Connor realmente mudou de vez. Em meio ao lixo espalhado pelo chão e as enormes latas de ferro, olhos vermelhos espreitava-o. Não teve muito tempo de reação, pois quando notou aquela presença um tanto quanto incomum, o animal avançou em sua direção… E como descrever aquela presença tão aterrorizadora novamente? Connor, por um momento, sentiu-se de volta aos seus 12 anos de idade, quando também foi atacado de surpresa por um animal e aquilo também culminaria em mudanças radicais na sua vida.

Só que daquela vez, não era um simples labrador que vinha em sua direção e sim um cão com praticamente o dobro de altura. Seus pelos eram completamente negros como a noite e seus olhos, vermelhos. Além disso, era um animal muito musculoso, bem mais que os pitbulls que atormentavam alguns garotos enquanto voltavam da escola. Ele avançava de forma voraz em direção a Connor e a cada vez que suas enormes patas encontravam o solo, poças de água que estavam formadas se levantavam em um ou dois metros do chão.

Jamais havia visto um animal com aquelas proporções antes na sua vida e enquanto aquele animal com dentes grandes e afiados avançava em sua direção, foi como se um pequeno filme de tudo o que aconteceu na sua vida percorre-se seus olhos e quando fechou os olhos, ouviu apenas o impacto de algo poderoso acertando o animal.

— Esse cão poderia matar alguém, sim, mas não no meu turno! — exclamou uma voz feminina e quando Connor abriu seus olhos, via uma garota ligeiramente ferida. Segurava em suas mãos um arco dourado e em seus lábios, um sorriso confiante.

— Hãm? — questionou, sem entender nada. — O que foi isso? Por que você está armada? Isso é permitido? E por que caralhos você matou esse cão?

A garota suspirou, enquanto guardava o arco em suas costas e olhava em direção a Connor.

— Você consegue ver minhas armas e o cão… Então, aposto que é você mesmo quem eu esteja procurando. Seu nome por acaso é Connor?

— Sim. — respondeu.

— Tá, tá. Não vou enrolar muito. Você é um semideus e é uma treta grande explicar tudo. Por favor, pegue tudo o que for importante para ti, iremos partir para os Estados Unidos o mais rápido possível. E por favor, não venha ser um revoltado por não saber que seu pai ou mãe olimpiano lhe abandonou e jamais revelou quem realmente era.

A história, apesar de simples, representa o que aconteceu exatamente na vida de Connor. Foi através de um cão que começou a trabalhar de guarda-costas e através de outro, duas vezes maior e com o triplo de força do primeiro, que descobriu que tinha origem divina. Isso explicava em boa parte sua aptidão com as armas brancas e o fácil ganho de massa muscular com poucos treinamentos. Claro que como qualquer um semideus, o rapaz teve várias dúvidas sobre o que era aquele mundo e o choque de realidade, quando chegou na Colina Meio-Sangue, foi tremenda. Qual era o seu progenitor divino? Como seria o seu destino dali para frente? Um dia teria o prazer de olhar para seus pais nos olhos? O cão que matou voltaria do fundo do inferno para vingar sua morte?

De todas as dúvidas, apenas a primeira foi respondida. Num dia quente de inicio do verão, Connor O'Brien estava treinando na arena em formato de Coliseu e após mais uma sessão bem sucedida de combate corpo-a-corpo com um outro semideus também não reclamado, brilhou sob a sua cabeça o símbolo de um javali.

Ares, o deus da guerra, aceitava-o como seu filho.
obs: Ficha sem template mesmo. :v
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ryan L. Gagerdoor Dom 27 Set 2015, 12:46

Liam J. Warm: Plágio

[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]

Então, por mais que você tenha escrito ou não a ficha de reclamação - e isso terá que ser resolvido com os ADMs -, você não pode usar uma ficha postada em outro fórum aqui. Ou mesmo uma ficha já aprovada aqui para ser repostada aqui.

Crie sua ficha. Não use outras já feitas.

Connor O'Brian: Aprovado

Primo Connor! Oi! Não vou te colocar uma coleira por ser cão de guarda... Mesmo porque você não é um cão de verdade, é? Enfim... Não tenho muito a comentar. Seu texto foi fluído e você desenvolveu a história bem. Embora eu tenha sentido falta de uma reação mais espantada pelo fato de terem matado um cão na frente dele, afinal foi meio que subentendido que ele iria tomar o partido dos cães. Mas não é o suficiente para te reprovar.

Bem-vindo, primo! E cuidado com os filhos de Ares mais fortes: Eles mordem!

E agora, eu vou mimir e esperar outro primo ou não aparecer pra eu avaliar. Tchau!
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Andrew J. Lynch Dom 27 Set 2015, 14:41

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Desejo ser reclamada por Despina, pois de todos os deuses, ela é quem mais combina com Samantha.

- Perfil do personagem.

Samantha é bem tímida com as pessoas, porém quando faz amizade se solta. Inteligentíssima, com estratégias perspicazes e um jeitinho um tanto quando maluco. Misteriosa, é difícil ela contar algum segredo para alguém, mesmo assim é muito fofa e uma excelente amiga, sempre com um conselho na ponta da língua.

Samantha tem cabelos louros e encaracolados, quase sempre soltos. Seus olhos são azul claro, quase violeta e a pele é bem pálida.

- História do Personagem.

Muitos dizem que uma pessoa só morre quando seu coração para de bater, o que geralmente acontece em uma idade mais avançada ou por um terrível acidente. Eu discordo. Anthony Mendell, meu pai, morreu no momento em que se casou. Não uma morte de alma, mas de sentidos. Isabella Caleigo era a mulher perfeita. Doce, delicada, gentil. Um perfeito exemplo e comigo sempre mostrara ser uma mulher muito materna. Quando olho para trás posso ver as pequenas fissuras em sua máscara, mas, criança leiga que eu era, como adivinhar que meu pai estava levando para casa um monstro que chamavam de princesa?

Nos primeiros meses após o casamento tudo ocorreu tão maravilhosamente bem que quase me esqueci da pergunta fantasma que repetia todas as noites: quem é minha mãe e onde ela esta? Aos poucos as coisas foram mudando. A mulher que era doce foi se transformando em uma pessoa fria, cruel, egocêntrica. Nos mudamos para Nova Iorque. Uma cidade belíssima de acordo com Isabella. Não tanto na minha opinião. Eu sentia falta da minha casa, dos meus avós, as únicas pessoas além de mim que realmente viam quem era a nova Sra. Mendell, da ilha. De tudo.

Mais acima de qualquer coisa: eu sentia falta do meu pai. Sentada em uma mesa escrevendo as poucas memórias que me restam de uma vida dolorosa, eu ainda me permito divagar para as tardes de verão onde íamos até a praia. Eu, ele, meus avós, meus primos. Andando com pés descalços sobre a areia, contando histórias e lendas sobre Athanasía e a torre dos relógios. Das corridas, brincadeiras de conchas, das inúmeras risadas ao lembrar de minha querida tia Emma. Não tenho palavras para descrevê-lo como é agora, ou como era quando o vi pela última vez. Sempre jogado no sofá, uma garrafa de vodka na mão, bêbado demais até mesmo para entender que eu era sua filha , sua garotinha, e que não estava tentando fazer mal algum a ele, que era o que ele insistia em gritar enquanto me batia em suas piores noites, geralmente quando Isabella saia acompanhada pela porta por homens ricos, nascidos em berço de ouro, segundo ela.

Acredito que minha vida mudou completamente na noite em que meus avós morreram. De tudo o que havia me acontecido até aquele momento, aquilo foi definitivamente o mais doloroso. Isabella ao receber a noticia ria, descontrolada… Histérica. E meu pai, embora houvesse acabado de perder duas das pessoas que ele mesmo dizia serem as mais importantes em sua vida, continuava bebendo como se a notícia não fosse nada que valesse seu tempo. Naquela noite sozinha no telhado eu chorei como nunca havia chorado até então. Meus pilares eram os meus avós e se eu continuei viva até aquele momento era porque eles existiam, a querida Isabella não queria que boatos ruins sobre sua adorável pessoa circulasse em Messina.

O relógio badalou. Uma, duas, três vezes e meu inferno começou nesse segundo. Isabella surgiu e, com uma força que eu jamais acreditei que ela teria, saiu me arrastando escada abaixo. Meu pai apesar de ter sido levemente abalado pela cena não fez nada, absolutamente nada que mostrasse que no fundo se importava. Nem mesmo enquanto a sua querida esposa gritava desaforos sobre como eu era ingrata e como minha mãe provavelmente devia ter visto o monstro que havia parido para ter me abandonado. Não lutei contra, não respondi, não fiz nada. Apenas me deixei ser arrastada no meio da noite para um beco, onde ela me largou após ter avisado para não voltar para a entrada do inferno que chamava de casa. Apesar de não ter o que temer eu não retornei, não naquela noite, nem nas seguintes. Daqueles dias só o que tenho são memórias borradas, que não faço questão de me lembrar.

Minha primeira experiência fora do comum foi quando depois de vários dias sem comer, estando faminta, sedenta e suja me deparei com algo no mínimo estranho. Estava passando por um beco, havia avistado uma velha senhora que sempre me ajudava, quando vi um pouco mais a frente uma menina. Diria que ela era mais nova do que eu, com algo parecido com uma adaga em mãos, lutando contra um cão enorme. Porque só podia definir aquilo como um cão. Fascinada eu observei quando ela enfiou a adaga em um dos olhos da criatura e em poucos minutos ela se transformou em pó. A garota caiu. Estava tão machucada e eu queria tanto poder fazer algo. Corri até dois policiais que estavam sentados em frente a uma cafeteria algumas ruas atrás e os levei até o beco explicando tudo o que havia visto, mas quando chegamos lá não havia nenhuma garota, ou sangue. Não havia nada. Me taxaram de louca. Ir parar em uma clinica psiquiátrica foi inevitável após isso.

St. Salutem era tudo o que um hospital não deveria ser. Localizado perto de Long Island ele se assemelhava muito a uma fortaleza na beira do mar. Perdi a conta de quantas vezes recebi o tratamento de choque dado a todos os internos, de quantas atividades para reestabelecimento social tive que fazer, de quantas pessoas vi ir e voltar nos corredores sujos daquela prisão de ninguém. Em um momento passei a acreditar que de fato era louca, que a menina e o cão eram alucinações de minha mente fraca após semanas vagando pelos becos imundos de Nova Iorque debaixo da neve. Se não fosse por um descuido da enfermeira eu até hoje estaria decifrando figuras e observando os flocos brancos caindo através de minha pequena janela.

Foi em um dia de tempestade de neve que fugi. Meu quarto era no alto de uma das torres e a enfermeira acreditando que eu estava dormindo foi buscar minha dose noturna de remédios. O pior erro dela e a minha salvação foi sua falta de atenção ao fechar a porta que ficou entreaberta e me permitiu correr até estar sentindo o ar noturno em cima de um dos longos muros.

A morte pode ser vista de várias formas. A insolente que leva pobres almas para joga-las em um mundo duvidoso. A amiga que acolhe debaixo de seu manto aqueles que sofrem durante sua monótona existência. A dissimulada que promete aos delirantes um novo conto rodeado de fantasias juvenis. E a manipuladora que arrasta lentamente os suicidas na beira do abismo até as profundidades pútridas do subsolo. Para mim ela era uma libertadora, que carregaria minha alma pelos reinos de Morfeu.

A única coisa que pensei enquanto ouvia os gritos das enfermeiras e me lançava em direção ao mar foi porque mamãe havia me deixado, tão sozinha, com um pai morto e em um lugar tão, tão escuro.
Andrew J. Lynch
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sophie Guillory Dom 27 Set 2015, 21:58

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamada por Despina, pois acho-a muito fascinante, sem falar que combina perfeitamente com Sophie.

- Perfil do Personagem.

Características físicas: Dona de feições extremamente delicadas , quase como as de uma boneca, Sophie, ou Soph, como prefere ser chamada, nunca foi muito vaidosa. Possui curtos cabelos castanhos, que caem na altura dos ombros em cachos perfeitos, e tem a pele impecavelmente macia e extremamente branca. Seus modos graciosos chamam atenção, mas o que realmente prende a atenção das pessoas são seus olhos azuis gélidos.

Características emocionais: Posso dizer que Sophie é, sempre foi e sempre será uma boa garota. Seus pensamentos sempre foram mais maduros do que o de muitas garotas de sua idade, o que fez dela uma menina um pouco... isolada.

Porém, ela nunca se incomodava de ficar sozinha, estava acostumada... mas às vezes, ficava deprimida por não ter alguém pra conversar.

Desde sua infância era muito otimista, porém com o passar do tempo, ela deixou de criar expectativas ao perceber como as pessoas realmente são.

- História do Personagem.

Em um dia cinzento e frio na cidade do amor, um bebê nascia. Uma menina. Uma linda menininha de cabelos castanhos, olhos azuis como lagos congelados e branquinha como a neve.

Os anos se passaram e ela cresceu, se tornando uma criança encantadora, mesmo não tendo conhecido a própria mãe. Foi uma das primeiras crianças na classe a aprender a ler, aos quatro anos e meio, mas só começou a falar aos cinco, o que foi uma grande surpresa para seu pai e toda a família, já que achavam que a menininha era muda.

Até seus cinco anos de idade, morou em grande casarão em Paris, que era herança de Jean, seu pai, mas ele mudou-se pra Hempstead junto de sua filha, motivado por uma ótimo oferta de emprego, e é claro, havia mais um motivo: ficava há trinta minutos de Long Island.

Sophie não gostou muito da mudança, pois estava acostumada às manhãs mornas de Paris, o lindo pôr do sol, o cheiro de amor no ar... mas de uma coisa ela gostou bastante: desde pequena, era habituada a ler, então seu cômodo preferido era seu novo quarto: todo rosa e preenchido com muitas estantes, que continham centenas de livros. Se refugiava de tudo e todos em meio aos livros.

Ao longe, todos a admiravam, e ela se mantinha aparentemente sempre alegre, mas a verdade era diferente. Ela sentia falta da mãe. Da mãe que não conhecera. Da mãe que sonhava que um dia apareceria e a embalaria nos braços, pedindo desculpas por ter sumido. Basicamente, sentia vontade de TER uma mãe.

Não tinha lembranças da mulher que lhe deu a luz, só um relampejo de longos cabelo negros e um sorriso caloroso. Tudo o que sabia dela, que era muito pouco, soubera pelo pai.

- Ela era uma mulher incrível. Mas teve de nos deixar alguns dias depois de você nascer, mon ange - era o que Jean sempre dizia. Mas nunca dizia o motivo de ela tê-los abandonado - Sem mais perguntas, querida. Que tal um sorvete ?

Sophie tinha muitas perguntas em mente: qual o nome de sua mãe? Teria ela, morrido? Se não, onde ela estava? E se estava em algum lugar, por que não voltava pra casa? Eram perguntas que a jovem não tinha coragem de fazer.

E sabia que no momento não obteria respostas... mas um dia, iria saber.

Aos seis anos, coisas estranhas começaram a acontecer: pela primeira vez, ela foi expulsa da escola. Não sabia o porque, ou sabia ?

Alguns meses antes do acontecido, ela começou a apresentar comportamentos estranhos e mudava de comportamento constantemente. Então, se irritou com uma coleguinha da escola que implicava com ela, e de algum modo a fez tropeçar em gelo e bater a cabeça com força. A colega foi internada, e Sophie expulsa, denunciada pela outra garota.

Seu pai se preocupava, pensando que a filha podia reprimir uma personalidade violenta. Perigosa. Mas só mantinha isso na mente, por não querer relembrar o que sua pequena filha realmente era: uma semideusa.

E os sintomas da verdadeira Sophie estavam apenas começando a vir à tona.

Dos seis aos nove anos, foi expulsa de cada escola que se matriculou: em cada escola em que passava, coisas estranhas aconteciam, vezes que até a garota não tinha nada a ver, mas a culpa sempre se voltava pra ela.

Sophie simplesmente não conseguia ter paz, não conseguir ser normal.

Se sentindo culpada, ela não falava mais com ninguém: se trancava no quarto e voltava ao mundo dos livros, a única coisa que a mantinha calma e sob controle, a única coisa que a distraía.

Jean se desesperava com o passar do tempo: sabia que não tinha mais muito tempo para passar com a filha. Sua ida ao Acampamento Meio Sangue? Totalmente inesperada. Deixe-me te contar... ou melhor, deixe Sophia lhe contar:

Tudo começou numa tarde ensolarada de março: o dia estava perfeito, o céu azul tão claro quanto os olhos de papai, livre de nuvens. Eu caminhava tranquilamente pelo quarteirão.

Papai sempre dizia para não me afastar muito de casa, e dizia com tanta preocupação que às vezes eu até achava que me escondia algo terrível. Nunca perguntei sobre isso, tinha medo da resposta.

Enfim... Eu estava acompanhada de meu único e melhor amigo, Woody. Ele tem a mesma idade que eu, não é muito alto, e tem a pele cor de chocolate, assim como olhos e seus cabelos cacheados, que pendem por sobre os ombros, e usava muletas, por causa de sua perna atrofiada, ou assim ele dizia.

Eu vestia um simples vestido florido e sapatilhas, e Woody vestia calça jeans e camiseta, como quase sempre.

A brisa balançava nossos cabelos e roupas, e conversávamos alegremente, como no resto dos outros dias. Não demos muitas voltas no quarteirão, até porque não tivemos tempo pra isso.

No meio da conversa, fitei o céu, a princípio distraidamente. Então avistei duas aves voando em círculos sobre mim e Woody, a uma boa altura. Não, definitivamente não eram aves. Eram... não, eu não sabia o que eram. Forcei meus olhos a enxergar o que não conseguia, e me aterrorizei, travando no mesmo lugar. Segurei forte o pulso de Woody, em um gesto avisando para que ele seguisse meu olhar.

As criaturas eram metade ave, metade mulher. O tronco e cabeça eram humanos, as feições feias, ainda mais na careta de raiva que faziam, e tinham pés com garras afiadas o bastante pra poderem machucar alguém, um longo rabo e asas enormes, e a plumagem era negra como carvão.

Engoli em seco, apertando ainda mais o pulso de Woody, pois elas olhavam em nossa direção, com o olhar maligno.

- CORRE! - gritou ele, largando as muletas e levantando a calça um pouco, facilitando a corrida, me puxando pelo pulso.

E eu não sabia com o que ficar mais assustada: com o fato de que existiam mulheres-ave ou com o de que Woody tinha cascos.

- Mas que diabos... - ia começar a perguntar, mas ele interrompeu, correndo loucamente em direção à avenida movimentada, me deixando em seu encalço.

- Woody... - choraminguei, mas ele balançou a cabeça, determinado a não dizer nada.

- Só fica quieta e me segue ! - disse ele, nos levando em direção ao ponto de táxi, justamente quando um ficava livre. O bode, ou seja lá o que Woody fosse, me jogou no banco de trás, sentando-se ao meu lado e dando informações ao motorista para onde nos levar.

Long Island ? O que iríamos fazer logo lá ? Era o eu que me perguntava.

Ele torcia a barra da camisa nervosamente, como se estivesse confuso, e eu continuava fitando-o com desespero, à espera de explicações. Outro fato curioso é que ninguém parecia ter percebido seus cascos de bode, exceto eu.

- Woody , o que está acontecendo? - perguntei, com meu coração parecendo um tambor, de tão alto que eram seus batimentos.

- Vou te explicar tudo. Não interrompa, não faça perguntas - disse ele, num tom de voz calmo, mas forçado.

Então, ele me explicou... tudo. Tudo que eu não queria saber. Me explicou sobre os deuses do Olimpo ainda estarem vivos, me contou sobre a névoa que impedia os mortais de verem o que não deviam, me contou sobre o Acampamento Meio-Sangue, para eu onde estava sendo levada, sobre ele ser um sátiro (meio-homem, meio-bode), e sobre eu ser uma semideusa.

Foi nessa parte que senti meu estômago se revirar. Então, eu era filha de uma deusa. Woody disse que não sabia de quem eu era filha, mas que descobriria quando chegasse ao acampamento, mas eu ainda estava assustada. Queria voltar para casa, para meu pai, para minha família. Ele continuou me contando coisas sobre tudo, durante os trinta minutos que demorou para chegar até Long Island, e eu ouvi com atenção. Não tivemos mais problemas com as harpias, de algum jeito, conseguimos despistá-las.

Então assim eu cheguei no acampamento. Completamente confusa e assustada, e com uma vontade imensa de voltar pra casa.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Dash Lancaster Seg 28 Set 2015, 22:45

Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Selene, a deusa da lua, eu queria criar um personagem que fosse prole de Apolo/Selene, e dentre esse dois achei que seria mais interessante desenvolver uma trama para um filho de Selene...

Características físicas: Um garoto magro, com 13 anos, olhos castanhos claros, não tem nada que o realce, seus cabelos são pretos, tem 1,65 de altura, e é repleto de sardas.

Características psicológicas: Uma pessoa calma, racional, nunca teve grandes problemas na vida, sua família seu pai e seu irmão adotado são as únicas coisas que ele se importa realmente, sem contar com a sua adorada coleção de mangás...

- Dash!!!! Você está atrasado acorde logo - Seu pai todas as manhãs exatamente as 07h00min o acorda para ir à escola, algo que Dash acha muito cansativo, como se não bastasse ficar 30 minutos em um ônibus, chegando lá ele teria que aguentar as 4 horas mais cansativas do dia, não que fosse complicado, pelo contrario, ele era o melhor aluno da classe.
- Pai, hoje é sexta, que tal irmos ao cinema? - Ele queria algo bom para conseguir suportar a "agonia" que passava na escola.
- Provavelmente não, terei uma reunião importante hoje, aliás, precisarei que você cuide de seu irmão...
Não era isto que Dash tinha em mente para uma sexta, apesar de que gostar muito do seu irmãozinho, ele era entediante demais para uma sexta à noite, Dash não poderia assistir animes, pois teria que observar uma criança gaguejar algumas sílabas... Porém acabou concordando com isto.
- Ok, pai, mas prometa que trará algum mangá novo para mim. - Sim era isto que ele queria em troca de cuidar de seu irmão, não era dinheiro ou um videogame, mas sim a ultima edição de One Piece.

Alguns minutos depois Dash está pronto pra ir pra escola, despede-se de seu pai e vai para o ponto de ônibus, chegando lá, mesmo não ligando para as pessoas, cumprimenta todos cordialmente, as mesmas pessoas, as mesmas feições, os mesmos adultos mentalmente julgando o garoto lendo a HQ.

Na escola a rotina se repete, Dash por escolha própria se isola de todos, ele não via razão para se socializar, a primeira aula seria do professor McCall, ele dava aula de matemática , o cara na crise de meia idade mais entediante que já existiu,porém aparece um novo professor, usava muletas e óculos escuros, alegremente cumprimentou sua turma, e como todo professor regular já passa alguns exercícios de qual livro didático e se sentou, alguns minutos depois Dash havia terminado e estava debruçado em sua carteira esperando acabar a aula, bateu o sino para a segunda aula, novamente a mesma coisa aconteceu, exercícios e um longo período de tédio coletivo, ele levava uma vida mortalmente normal.

Com o período letivo acabando, Dash pega outro ônibus para ir embora, em Manhattan as coisas eram corridas, em casa ele teve que ir pegar seu irmão em uma creche próxima a seu apartamento, isso era umas das coisas que ele nunca entendeu, porque seu pai, um importante executivo nunca deixou seus filhos com uma babá, Dash uma vez indagou seu pai sobre isso e obteve "para a sua segurança" como resposta depois disso nunca mais perguntou isto para seu pai novamente. Com seu irmão ele passa em um restaurante oriental e almoça... Ao chegar em casa coloca seu irmão para dormir e vai assistir animes, as horas passam absurdamente rápidas e sem nem perceber já são 18:00, seu pai inesperadamente chega em casa acompanhado de um jovem de muletas, idênticas as do seu professor, seu nome é Drake.

- Filho, você irá à um acampamento de verão com o Drake - Dash, não entende isto,como seu pai o deixa sair com um homem sozinho? Aliás, faltavam algumas semanas para o verão, Porém mesmo assim aceita a contra gosto a ir para esse tal de acampamento, no meio do percurso, ele pergunta para o Drake onde estavam indo e descobre que o acampamento fica em Long Island, foi uma viagem calma, tirando o fato que Drake constantemente olha no retrovisor preocupado com algo.

Eles chegam a uma colina e Drake fala que terão que andar o restante do caminho, Dash como um bom sedentário não gosta nem um pouco da ideia, mas aceita e começa a caminhar, mais ou menos na metade da subida eles ouvem um grito ligeiramente feminino, e aparece uma mistura de galinha com mulher voando, com penas ensebadas e garras assustadoramente grandes e afiadas, quando a harpia já estava muito perto deles, Drake empunha um bastão e atinge a cabeça dela, Dash já estava comemorando, mas a harpia levanta como se nada tivesse acontecido, e investe no pedaço de carne desarmado atrás do sátiro, suas garras perfuram o braço de Dash, um grito corta o ar. - Garoto, corra daqui vá para aquele pinheiro!!! - Grita Drake, apontando para um frondoso pinheiro a algumas dezenas de metros do ponto que estavam, Dash mesmo querendo ficar e de alguma forma ajudar opta pelo lógico e sai correndo, a harpia avança nele novamente, mas antes de conseguir fazer isto recebe uma tacada em sua costa e desaba novamente, Dash estava correndo desenfreadamente quando cai a ficha de que uma galinha humanoide acabara de atacar ele e seu colega, porem não tinha tempo para pensar nisso melhor, sua melhor chance era nesse acampamento de verão...

Ao chegar lá percebeu como era bonito e grande o local, e também percebeu que havia deixado um amigo sozinho lutando enquanto corria para se salvar, provavelmente isso seria um motivo de chacota. Ele conheceu Quiron que explicou tudo aquilo, a mitologia grega existia, e a sua mãe era uma deusa grega... Dash queria antes de tudo, fugir daquilo tudo e viver sua vida pacata, mas uma parte sua, uma parte totalmente desconhecida de seu ser que acabara de despertar, dominou, essa parte queria fugir da rotina e viver grandes aventuras...
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por John W. Macquorn Ter 29 Set 2015, 00:40





Ficha de Reclamação


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- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Gostaria de ser reclamado por Despina, pois me interessei por várias das características da deusa, não só por sua esfera de influência, mas também por sua história, mesmo que seja uma divindade pouco conhecida pela maioria.

- Perfil do Personagem
Característica Físicas:
John é um rapaz de estatura acima da média, de pele morena, mas levemente pálido, como se não tomasse sol com muita frequência. Seus olhos são negros, assim como seus cabelos desgrenhados. Possui uma cicatriz de queimadura do lado esquerdo do tórax, na altura da costela mais baixa, num formato irregular, semelhante a um floco de neve.

Características Psicológicas:
O rosto de John é, em geral, praticamente inexpressivo. Quem não o conheça, poderia acreditar que o rapaz simplesmente não se importa com nada, mas ele apenas não externa suas emoções tão facilmente. Seu senso de humor é levemente ácido, fazendo piada de situações perigosas e soltando comentários sarcásticos, especialmente quando não se dá bem com alguém. Costuma ser paciente, exceto quando zombam de sua familia ou amigos.  Acaba se irritando mais facilmente no verão, pois acha o calor insuportável.

- História do Personagem
Já é quase noite. Não como nada desde o nascer do sol, e nem consigo me lembrar a última vez que tomei um banho decente, ou dormi sobre algo mais espesso que uma folha de papelão. Minhas roupas parecem trapos. Estou sujo, ferido, faminto e cansado. E, como se isso não fosse o suficiente, aquela vadia continua atrás de mim.

Antes de contar como minha vida alcançou esse nível de desgraça, acho que devo me apresentar. John Macquorn, dezoito anos, muito prazer. Meu pai é um professor e minha mãe, uma deusa grega. Não, não é uma força de expressão, ela realmente é uma divindade com mais séculos de idade do que consigo contar.

Tudo bem, vamos do início... Nasci e fui criado por meu pai na cidade de Quebec, Canadá. VIda comum, sem nada de especial. Exceto, talvez, por algumas confusões nas escolas que frequentei. Uma porção de confusões, na verdade. Nunca consegui me manter no mesmo colégio por mais de um ano, o que está entre os vários motivos de eu não ter amigos. Enfim, com muito custo, terminei o colegial.

O que aconteceu nesse meio tempo não faz muita diferença. A parte importante dessa história começa, realmente, a umas poucas semanas, quanto finalmente saí da escola. Meu pai já havia  prometido que viajaríamos para Nova York, para comemorar. Eu realmente estava empolgado em conhecer a cidade. Ele, no entanto, parecia receoso e inquieto, como se estivesse repensando a ideia de ir. Cheguei a dizer que poderíamos viajar em uma outra ocasião, mas ele simplesmente sorriu, dizendo que estava tudo bem. E , naquele momento, eu ainda acreditava que sim.

Era noite quando saímos de casa. Neve caía lentamente sobre a estrada, ainda sem representar um perigo para a viagem. E, sinceramente, a chance de que nosso carro derrapasse no chão  escorregadio nem de longe me assustava tanto quanto a forma de agir de meu pai. Ele olhava para os lados a todo o instante, como se estivéssemos fugindo de alguém. Perguntei várias vezes se havia algo de errado, mas ele simplesmente desconversava. Passaram-se algumas horas e vários quilômetros até que eu me cansasse de suas justificativas furadas.

- Muito bem - comecei, controlando a irritação em minha voz - Ou o senhor me explica o que diabos está acontecendo de errado, ou pode dar meia volta nesse carro agora!

Os dedos de meu pai se apertaram ao redor do volante. Ele permaneceu por pelo menos um minuto em completo silêncio.

- É sobre sua mãe - soltou, e as palavras me atingiram como um soco. Nunca cheguei a conhecer a mulher que me trouxe ao mundo. Esse era um assunto sobre o qual ele nunca falava, e que, com o tempo, parei de perguntar sobre. "Ela não se importa comigo, porquê eu deveria me importar com ela?" Eu repetia para mim mesmo, toda vez que pensava sobre ela - Sei que você acha que ela simplesmente nos abandonou, mas não foi bem assim. Quero dizer, ela não teve outra...

- Escolha? - interrompi - Então é isso? Depois de todos esses anos, você decide tocar nesse assunto, que já tinha praticamente desistido de perguntar? É por isso que estamos indo para Nova York? Para ir atrás da mulher que nos abandonou a dezoito...

Uma manobra brusca interrompeu minha fala. Meu pai parecia ter desviado de algum animal que atravessava a estrada. Tive a impressão de que ter visto um lobo ou algo parecido, mas o vulto era grande demais. Um alce, talvez... De qualquer forma, foi bom que algo tivesse me impedido de continuar, ou eu acabaria gritando algumas palavras nada bonitas.

- Genial essa ideia de viajar à noite, no meio de uma nevasca - murmurei, irônico. A neve caía com mais intensidade do que quando havíamos saído. Não imagino como meu pai conseguiu manter o carro na estrada.

- Acredite, é mais seguro. - Por mais estranho que possa parecer, tive de concordar. Sempre fiquei mais confortável no frio do que no calor, e geralmente me sinto melhor quando o sol já se pôs. Pode não fazer sentido, mas eu me sentiria menos seguro viajando em uma tarde ensolarada.

- Seguro sobre o quê? Por quê o senhor está agindo como se estivéssemos fugindo de alguma coisa?

- Porque estamos - respondeu ele, simplesmente. Esperei que ele dissesse que havia arranjado problemas com a polícia, a máfia, ou qualquer outro absurdo. Mas o que ele disse na sequência tinha menos nexo ainda. - Por isso precisamos chegar logo a Nova York. Long Island,  para ser mais exato. Lá é o único lugar seguro para você, para pessoas como você.

- Como assim, "pessoas como eu"? O que diabos o senhor quer dizer com isso? O quê eu sou?

-Um semideus, John. Filho de um humano e uma deusa. - A resposta veio após os mais longos cinco segundos de silêncio que já havia presenciado. Meu pai já havia feito muitas brincadeiras sem graça, mas nenhuma desse tamanho. E em nenhuma delas ele mantinha uma expressão tão séria - Você pode não acreditar, mas é a mais pura verdade. Eu poderia inventar mil desculpas mais convincentes, até que chegássemos a Long Island e você visse pessoalmente, mas eu não posso mais mentir. Já são dezoito anos...

- Espera, espera um pouco - interrompi novamente - Tá me dizendo que minha mãe é uma deusa? Tipo, um daqueles mitos gregos de trocentos séculos atrás? - e soltei uma risada. Não por achar graça, mas por puro nervosismo. Quero dizer, aquela história não poderia ser real. - O que mais falta? Vai me dizer que tem uma hidra, um ciclope, ou algo do tipo, correndo atrás da gente nesse exato momento?

O rosto de meu pai ficou pálido. Parecia que ele esperava que algum monstro pulasse sobre o capô, só por eu ter falado aquilo. Devo admitir que, por um breve momento, também esperei por isso. Mais alguns segundos de silêncio se passaram. Decidi fazer a mesma pergunta que fiz todos esses anos, e nunca me foi respondida.

- Quem é minha mãe? Como ela se chama? - O nome parecia se formar nos lábios de meu pai, quando foi interrompido. Algo nos empurrou com força para a direita, tirando o carro da pista. Meu pai tentou inutilmente manter o controle. O veículo capotou, girando sobre a neve várias vezes. Quando finalmente parou, eu já não sabia para qual lado estava o chão, nem ao menos tinha certeza se ainda estava vivo.

Alguém agarrou meu corpo e me tirou das ferragens. "Pai?", murmurei, tentando focar seu rosto com minha vista embaçada. "Consegue andar?" perguntou,  e confirmei com um aceno. Pus-me de pé, o que exigiu quase toda a minha energia. Olhei ao redor, tentando enxergar o carro que havia nos acertado. Mas não havia nada lá. Nenhum outro carro, caminhão ou algo do tipo. Apenas nosso veículo destruído, cercado por uma imensidão de neve, e...

Havia alguém lá. Era difícil enxergar em meio à nevasca que caía, mas pude ver um vulto de longos cabelos, segurando um objeto comprido e metálico. À princípio, pensei se tratar de um pedaço de  ferro comum, talvez um pedaço das ferragens. Não, não parecia ser. Era algo mais polido, e aparentava refletir um fraco brilho azulado. Talvez fosse afiado, como uma... espada.

Sim, aquilo definitivamente era uma espada. Mas que tipo de pessoa teria uma coisa dessas? E, uma pergunta melhor ainda, por quê ela estava vindo em nossa direção? Agarrei o braço de meu pai e tentei correr, mas ele não saiu do lugar. De punhos cerrados, ele encarava o vulto com uma expressão feroz.

- John, corra. - Eu nunca tinha escutado meu pai falar com tanta seriedade em toda a minha vida. Mesmo assim, nunca houve outro momento em que eu quisesse tanto  desobedecer uma ordem dele. Eu queria que ele viesse comigo, que fugíssemos do que fosse que estivesse atrás de nós. Eu queria ficar, e lutar ao lado dele. Acima de tudo, não importa o que acontecesse, eu queria que ele ficasse do meu lado. A parte mais dolorosa era que, no momento em que ele me falou para correr, eu tive certeza de que isso não iria acontecer. Aquela seria a última vez que eu veria meu pai. - AGORA!!!

E corri. Não parei nem olhei para trás. Apenas fugi, como uma criança assustada. Escuto algo cortando o ar, e algo pesado caindo sobre a neve, em seguida. Ou, talvez, meu terror tenha feito-me escutar coisas. Mesmo assim, não parei de correr nem um instante. Atravessei a nevasca, entre as árvores que circundavam a estrada. Não sei a que distância estava da cidade mais próxima, mas só parei ao enxergar suas casas, iluminadas em meio à escuridão. Então, caí sobre a neve, inconsciente.

Acordei em um leito hospitalar. Uns moradores me encontraram e me levaram até lá, pelo que me disseram. Ninguém soube explicar como resisti ao frio. Não havia qualquer sinal de meu pai, ou da pessoa que nos atacou. E eu não iria esperar até que encontrassem.

Assim que me recuperei, - ao menos fisicamente - saí daquela cidade, rumo a onde meu pai disse ser o único lugar seguro. Foram dias de viagem, pegando caronas, caminhando horas e horas, arranjando comida de formas das quais não me orgulho, dormindo em qualquer buraco no qual coubessem meus quase dois metros de altura. E, em qualquer lugar que eu estivesse, não conseguia me livrar da sensação de estar sendo observado, vigiado, perseguido. Já havia sentido isso várias vezes, principalmente nos últimos anos. Mas, depois do acidente, as coisas se tornaram mais reais.

Eu fui atacado. Várias vezes. E, em nenhuma delas, o que estava atrás de mim parecia ser humano. Em Melbourne, encontrei algo que parecia a mistura entre uma senhora que foi minha vizinha, e uma das galinhas que ela criava. Houve também um homem enorme, em Richford,  que parecia ter um olho só, no meio do rosto. E uma mulher de pele escamosa em Cambridge, e um  ... Enfim, digamos que eu precisei contar com toda a sorte e habilidade que nunca tive para não ser pego por... seja lá o que fossem aquelas coisas.

Mas o pior de tudo era ter que enfrentar tudo aquilo sozinho. Não só essa jornada, como tudo que viesse depois disso. Eu estava só, como nunca antes em toda a minha vida. A falta que eu sentia parecia crescer a cada dia, como um buraco se abrindo em meu peito. Uma ferida que nunca se fecharia. A única motivação a me manter de pé era a determinação em fazer valer o sacrifício de meu pai. O mínimo que eu podia fazer era sobreviver.
Com muito custo, e um grande peso em minhas costas, finalmente cheguei a Nova York.

* * * * *

Estou a um passo de meu objetivo. O que me leva a uma pergunta interessante: o que vou fazer quando chegar em Long Island? Meu pai havia dito que eu devia ir para lá, mas não teve tempo de dizer um nome, endereço, ponto de referência, nada. Dias de caminhada, e só agora penso nesse pequeno detalhe.

Eu devo estar louco. Meu pai estava ficando louco, e eu desenvolvi algum tipo de "insanidade pós-traumática". Todas aquelas criaturas que encontrei foram fruto da minha imaginação. É isso. Eu deveria procurar uma clínica, ou um hospício, e me internar pelo resto da minha...

Um arrepio me atinge, como um sopro de vento em uma nevasca. Há alguma coisa ruim próxima. E é diferente de tudo que encontrei durante minha jornada. Se isso me encontrar, tenho certeza de que me matará antes mesmo que eu o note. A última vez que sentira uma sensação tão forte de morte iminente fora... no dia em que meu pai foi assassinado.

Uma rápida olhada ao meu redor. A noite começa a cair sobre a cidade. Imagino que uma cidade tão grande seja movimentada em qualquer horário, mas a quantidade de pessoas ao meu redor diminui exponencialmente, à medida que o céu escurece. Ao que parece, na região em que me encontro, não é tão seguro sair à noite. Trata-se de uma zona residencial, com alguns pequenos comércios aqui e ali, e um ou outro beco a cada quadra. Há boas opções para me esconder, e opções melhores ainda para onde esconder meu corpo sem vida.

Decido entrar no mercadinho mais próximo, tentando agir naturalmente. Um rapaz, vestido como um mendigo, claramente sem dinheiro para comprar nem uma bala, entrando em um mercadinho. Muito natural, claro... Cada cliente do lugar - umas cinco pessoas - me encara ao entrar. O atendente parece levar a mão a um lugar atrás do balcão, talvez atrás de algo para se defender de um provável assalto. Minha aparência realmente não deve ser das melhores. Não que o lugar seja lá grande coisa: umas cinco prateleiras de um metro e meio de altura, mais ou menos, e mais algumas nas paredes.  Apenas ajo como se ninguém no recinto estivesse me julgando, e sigo em direção às prateleiras mais ao fundo do lugar.

Permaneço alguns instantes examinando produtos, esperando que o que esteja atrás de mim me ignore. Por um momento, chego a acreditar que daria certo. Então, escuto a porta do lugar abrir. De súbito, a temperatura no local parece cair sensivelmente. E, pela reação dos outros clientes e do atendente, não foi apenas uma impressão minha. Logo na sequência, uma parte do encanamento no teto estoura, encharcando tudo dentro do lugar. Os clientes correm imediatamente para fora do mercado, enquanto o atendente, praguejando, correu na direção do vazamento. Eu me abaixo atrás de uma prateleira com produtos de limpeza, esperando que o homem me ignore, o que obviamente não funciona.

- Ei, garoto, sei que ainda está aí! Não pense que vai levar alguma coisa sem pagar! - Permaneço em silêncio, o que não deve adiantar muito. Basta que ele caminhe alguns metros para ver. Com o chão molhado, não tenho como sair de onde estou sem ser percebido. Por mais inocente que eu seja, até que eu o convença disso...

Estranhamente, o atendente não vem me procurar. Ouço-o dizer "droga", e logo o ruído da porta sendo aberta e fechada em seguida. Ele parecia ter tanta certeza de que eu estava aqui, por quê não verificou antes de sair? Que tipo de pessoa abandonaria seu comércio assim, mesmo que fosse atrás de um ladrão?

O barulho de passos interrompe meus pensamentos. Ainda há alguém aqui. Pelo ritmo, não parece ter nenhuma pressa. A cada passo, o lugar parece ficar mais frio. Não consigo enxergar o indivíduo, não sem me expor. Ainda escondido, tento pensar em como fugir. Há uma porta na parede do fundo do mercado, a poucos metros de onde estou. Talvez leve a um escritório e, mesmo que haja uma portas dos fundos lá  dentro, esta deve estar trancada. Eu certamente morreria antes mesmo de encontrar as chaves.

O cano para de jorrar água, mas o líquido ainda escorre por todo o chão, o que ajuda a reforçar o frio que se espalha. Com o canto do olho, percebo que a água no chão do corredor parou de escorrer... e começou a congelar. Até mesmo a água sobre mim começa a endurecer minhas roupas.  Preciso sair desse lugar imediatamente, ou vou acabar...

- Bom, - ouço uma voz gélida atrás de mim - ao menos o dono desse lugar não vai ter trabalho com a limpeza. - Pulo para o lado um segundo antes que um pedaço da prateleira onde eu me escondia seja cortado fora. Produtos rolam pelo chão do lugar, boa parte deles partida em dois, espalhando seu conteúdo. Agarro um pacote qualquer e arremesso-o contra o desconhecido, mas ele facilmente desvia. Tento correr para me esconder atrás de outra estante, mas sou interceptado com um chute no estômago, que me joga contra a parede, derrubando mais produtos. Sem conseguir me mover, olho pela primeira vez nos olhos da pessoa que me persegue. E, nesse mesmo momento, percebo que foi a mesma maldita que atacou a mim e a meu pai, naquela estrada.

A primeira coisa que reconheço é a espada. Uma lâmina reluzente, levemente azulada, com escritas ao longo do metal. A extremidade pontiaguda, apontada para meu peito, emana um frio insuportável. O outro detalhe que logo reconheço são os cabelos. Longos e brancos como a neve, caíam em ondas sobre seus ombros. E, confirmando o que já suspeitava, vejo que a pessoa que assassinou meu pai foi uma mulher.

Uma moça, não muito mais velha do que eu, de olhos tão azuis quanto sua própria lâmina, e pele completamente alva. Poderiam confundi-la com uma aparição, se não fossem por suas roupas tão "comuns". Calças jeans e uma regata branca, como qualquer garota que você encontraria em uma praça, numa tarde ensolarada. O que me impressiona não é o fato de se tratar de uma mulher, e sim o fato de eu nunca ter visto ninguém, homem ou mulher, com uma expressão tão... morta. O rosto dela era belo, mas completamente inexpressivo. Seus olhos pareciam dois orbes gélidos, completamente sem emoções, mas com leve um brilho. Para ela, tirar minha vida seria como pisar em uma folha seca. A diferença é que ela iria se divertir com aquilo.

- Não acredito que um semideus tão fraco tenha sobrevivido tanto tempo. Você não é digno da mãe que tem.

- Não sou digno? - pergunto, cada palavra carregando um pouco do meu ódio. - Eu nunca nem ao menos conheci aquela mulher. Por quê eu deveria me importar em "ser digno" de alguém que nunca se importou com...

- SILÊNCIO! - grita a mulher, reduzindo a temperatura a tal ponto que meus dedos quase congelam. Isso é o mais próximo que eu vejo de uma emoção em seu rosto - Não se atreva a dizer que nossa mãe não se importa... Justo ela, dentre todas as deusas...

- Espere um pouco... Como assim, "nossa mãe"?

- Nem ao menos foi reclamado. Triste... Infelizmente, não posso lhe culpar por sua ignorância. Mamãe nunca foi tão popular. Bom, já que eu matei seu pai, acho justo contar quem é sua mãe, antes de lhe mandar para os Asfódelos - A naturalidade com a qual ela fala só aumentava meu ódio. A mulher tira a espada do meu peito e senta-se, calmamente, sobre o pedaço arrancado da prateleira. - Ah, por favor, não se levante. Não quero ter que me interromper para cortar uma de suas pernas fora.

Cada frase daquela mulher consegue me irritar ainda mais que a anterior. Minha vontade é de pular sobre ela e apertar sua garganta até que a cabeça saia. Mas é óbvio que eu não poderia nem me levantar sem que ela me atacasse. A única opção era esperar por um momento de distração.

- Nossa mãe chama-se Despina. Filha de Poseidon e Deméter. Senhora das sombras e do inverno. Imagino que sua personalidade tenha alguma ligação a essas duas características. Além de, talvez, uma completa inaptidão para cuidar de plantas.

- Nunca ouvi esse nome - respondo, seco. Mesmo sem nunca ter ouvido falar dessa deusa, no entanto, me identifico com as características que a mulher cita. O que só me irrita mais, por imaginar que eu possa ter qualquer semelhança com aquela maldita. - É por isso que você vai me matar? Por quê nossa mãe não é famosa? Por quê ela não aparece em nenhum God of War?

- Nossa mãe já teve mais reconhecimento em outras épocas, de fato. Mas, desde seu nascimento, ela sabe o que significa ser esquecida. - A mulher põe-se a caminhar lentamente de um lado ao outro, gesticulando vez ou outra com a espada em punho, o que só diminui a minha chance de encontrar uma brecha para investir.

- Logo que nasceu, - continuou ela - nossa mãe foi abandonada por Deméter, que estava muito empenhada em encontrar sua filha predileta, Perséfone. Tão ocupada que nem ao menos se deu ao trabalho de dar um nome a sua filha recém-nascida - O chão treme sensivelmente por um instante, mas a mulher prossegue indiferente - Nossa mãe conhece a dor do abandono, por isso ela sofre por cada um de seus filhos semideuses. Ela não suporta ver um filho seu abandonado, assim como ela mesma foi. Mas, ao mesmo tempo, não pode estar ao lado de todos os seus filhos, justamente por ser uma deusa. E ela nunca escolheria favoritos, como fez sua própria mãe. Percebe esse dilema? Essa dor que nossa mãe é forçada a enfrentar, para o bem de seus filhos?

As palavras da mulher realmente são imbuídas de um sentimentalismo discreto. Quase chego a acreditar que ela realmente se sente triste pela história de Despina. por um breve momento, ela parece apenas uma filha, assistindo ao sofrimento de sua mãe, incapaz de fazer algo para aplacar a dor.

- Eu pretendo encerrar essa dor - O tom de voz, dessa vez, é completamente diferente. - Eu eliminarei os filhos de Despina que não sejam dignos. Cada um deles, até que só restem os que se provarem merecedores. A prole perfeita, os poucos que poderão, enfim, ser acolhidos por nossa mãe. Assim, nem ela, nem seus filhos, vivos ou mortos, nenhum deles terá de sofrer, nunca mais! - A moça parece ensaiar um leve sorriso, e o brilho em seus olhos torna-se mais intenso. Mas nenhum desses detalhes é, nem de longe, amistoso. Nunca havia encarado ninguém com uma expressão dessas, mas, assim que a vejo, percebo exatamente do que se trata. Pura e completa loucura.

- Esse é seu plano? - pergunto, procurando lógica em seu discurso - Isso não faz o menor sentido. Você realmente acha que uma mãe ficaria feliz em ver seus filhos matando uns aos outros?

- A morte é uma opção mais honrada que o esquecimento - respondeu, simplesmente -  O que você faria de importante se continuasse vivo? Certamente seria devorado pelo primeiro monstro que tivesse de enfrentar. Você só sobreviveu até aqui, garoto, por ter um cheiro insignificante o bastante para que as criaturas mais fortes não lhe deem atenção. Eu já deveria ter encerrado isso a muito tempo, mas surgiram uns assuntos mais urgentes... Enfim, vamos acabar logo com isso - A espada novamente é apontada para meu peito - Não se preocupe, serei breve. Agora, diga-me seu nome. Como filho de Despina, dou muito valor a nomes. Matá-lo sem perguntar como se chama seria uma falta de respeito.

Então é assim que eu morro. Assassinado pela própria meio-irmã, num mercadinho aleatório em Nova York. Que deprimente... Ao menos o gelo sobre o lugar deixa o cenário mais agradável. Será que meu sangue também irá congelar quando ela o espalhar pelo chão? Bem, vou descobrir logo, logo. Mas, antes disso...

- Meu nome é  John. John William Macquorn. Consegue memorizar? Se achar difícil , não se preocupe. Vou te dar uma coisa para ajudar a lembrar - e começo meu ataque suicida. Acerto um saco de algum pó - farinha, talvez - na lâmina da mulher, espalhando todo o conteúdo no ar. A mulher recua, tossindo, e aproveito esse momento para arremessar contra ela tudo que consigo agarrar da prateleira onde fui chutado. Enlatados, pacotes, pedaços de madeira... Apenas jogo através da cortina de pó, esperando que ao menos alguma delas acerte. Escuto o ruído de uma porção de objetos sendo fatiados ainda no ar, mas um ou outro produz um baque surdo, que me incentiva a continuar atacando. Em dado momento, antes de arremessar o próximo pacote, percebo que meu tiro anterior produziu um resultado inesperado. Escuto o barulho mais alto que os anteriores, como de um objeto grande e metálico, atingindo o chão congelado.

No mesmo instante, pulo na direção da mulher. O pó já não me oculta mais, mas a surpresa do ataque ainda a atordoa. Voo sobre sua espada, caída a seu lado. Meus dedos mal envolvem o cabo da arma quando a perna direita da mulher me atinge novamente. Dessa vez, sinto que ao menos uma de minhas costelas não resistiu ao impacto. Volto metade do caminho até os fim da loja, minhas costas arrastando na prateleira à minha direita.

Ponho-me de pé novamente, esforço esse que quase me faz vomitar. Minhas costas têm cortes, não sei dizer ao certo quantos. O lado esquerdo do meu tórax explode de dor a cada vez que respiro. Minha visão começa a turvar. Toda a força que me resta, uso para manter o meu prêmio em minha mão direita. Seguro o cabo da espada como se minha vida dependesse disso. Porque realmente depende.

- Não é tão valente sem isso, não é? - tento provocar, mas minha voz deixa claro que mal conseguiria levantar  aquela lâmina, quanto mais atacar com ela. A moça, estranhamente, permanece no mesmo lugar em que a desarmei, imóvel.

- Melhor largar isso. Antes que alguém se machuque - Por um breve e agradável instante, chego a acreditar ter escutado certo receio em sua voz. Quase no mesmo instante, percebo que sou eu quem está ferrado. A arma em minhas mãos, que já parecia fria demais para algo que estava nas mãos de alguém, começa a esfriar ainda mais. Em um segundo, o  cabo já começa a queimar minha mão. Se eu esperar mais, vou acabar perdendo meus dedos, junto com a única chance que tenho de sobreviver. Reúno toda a minha dor e, junto ao resquício de energia que me sobra, ataco.

Nunca lutei com uma espada na vida, então não me admira que a mulher desvie do meu primeiro golpe com um simples passo para o lado. Ainda no embalo, giro e tento outro ataque, que ela também evita. Ela avança com um soco e, de alguma forma, consigo desviar. A mulher parece tão impressionada com isso quanto eu, e aproveito isso para tentar mais um ataque. Não a atinjo, mas alguns fios de seu cabelo voam pelo ar. Fico tão impressionado com meu feito, que deixo uma brecha para um contra-ataque. Ela prende meu braço direito com uma mão e, com a outra, agarra meu pescoço.

Sou desarmado e empurrado contra a prateleira. Some as costelas quebradas a uma traqueia esmagada, e deve imaginar o quão pouco eu consigo respirar nesse momento. A lâmina paira sobre meu peito, novamente. O rosto da mulher está a centímetros do meu. Talvez seja impressão minha, mas ela parece demonstrar uma leve curiosidade em seu olhar.

- Não se preocupe, John. Não esquecerei seu nome - A ponta metálica voa em meu peito. A meio centímetro de perfurar meu coração, no entanto, a mulher para. Pela primeira vez, consigo ler claramente sua expressão. Ela encara um ponto logo acima de minha cabeça, a surpresa estampada em seu rosto pálido. Mover a cabeça enquanto seu pescoço está sendo esmagado não é uma tarefa muito simples, mas consigo o suficiente para vislumbrar o motivo do espanto da moça. Um símbolo azulado, como uma projeção holográfica acima de mim. É difícil definir a forma do símbolo, muito menos o que significa.

- Reclamado... - O aperto em meu pescoço afrouxa e caio sentado no chão, tão firme quanto um saco de batatas - Justo agora... - A mulher me encara por mais alguns instantes, confusa. Então, seu rosto retorna ao mesmo semblante frio e inexpressivo - Entendo.

Com um movimento rápido, a espada da mulher simplesmente desaparece. Percebo que, agora, há um anel em seu anelar direito.

- Lembra-se quando eu disse que deixaria apenas os dignos vivos? - pergunta ela, com a mão esquerda estendida. O ar gélido do ambiente parece convergir para sua palma - Talvez você seja um deles. Talvez nossa mãe tenha algum plano para você, por isso não posso lhe matar agora.

O gelo em suas mãos assume o formato de um floco de neve, pouco maior que sua palma, com pontas afiadíssimas e padrão grosseiro, como se o molde do floco tivesse sido aberto no gelo com um canivete. Ela se abaixa e, com o mesmo floco, corta um pedaço da minha camiseta, expondo o hematoma sobre minha costela quebrada.

- Meu nome é Lucille La Verne. Eu sei, não é um nome muito fácil de gravar, mas não se preocupe. Tenho algo para lhe ajudar a lembrar - e, em seguida, ela coloca o floco sobre meu hematoma, pressionando-o com a mão.

Queimaduras com gelo podem ser tão graves quanto aquelas causadas por fogo. Agora, imagine ser marcado com um ferro em brasas, sendo que o ferro está sendo empurrado com força sobre uma costela quebrada. O que eu sinto nesse momento é ligeiramente pior. O gelo parece irradiar do ponto de contato, queimando toda a lateral do meu peito. Tento gritar, mas meus pulmões parecem congelados.

- Sei que deve ser desagradável agora, - sussurra Lucille, ao pé do meu ouvido - mas não se preocupe. Prometo que, quando nos encontrarmos de novo, esse momento parecerá o mais suave de toda a sua vida.

Enfim, minha irmã tira a mão de meu corpo. Vislumbro-a se afastando, antes que tudo mais escureça e eu caia, inconsciente, sobre o chão congelado.

* * * * *

É dia quando acordo. Não tenho ideia de quanto tempo fiquei apagado. Um dia, uma semana... Tento encontrar algo ao meu redor que me dê alguma pista. Estou em um leito hospitalar, no que parece ser uma grande enfermaria. Há estantes de medicamentos nas paredes, mas nenhum ser vivo à vista. Meu tórax está enfaixado. Tento me levantar, mas ainda sinto dor. Bem menos do que antes, mas o suficiente para me impedir de me levantar. Espero por mais alguns minutos, quando finalmente um rapaz entra no recinto.

- Ah, que bom que acordou. Você não estava num estado muito bom quando lhe encontramos - o rapaz me observa rapidamente - Mas acho que um dia inteiro de sono, junto com os remédios da enfermaria, devem ter feito um bem enorme a você.

- Que lugar é esse? - pergunto. Talvez eu devesse agradecer antes de mais nada, mas realmente não me sobrou muita paciência.

- Acampamento Meio-Sangue, Long Island - responde ele. Então, deve ser este o lugar que meu pai havia falado - Provavelmente será sua casa durante um bom tempo. Mas não se preocupe. Acredite em mim, existem lugares muito piores para se estar.

valeu @ cács!

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ryan L. Gagerdoor Qua 30 Set 2015, 16:05

Samantha Mendell: Reprovada

Oi Sam! Então, sua ficha foi bem corrida em alguns pontos, embora muito bem escrita. Não entendi se sua personagem não voltou para casa porque não sabia como voltar ou se ela não o queria, já que muitas vezes ela parecia retratar que amava o pai e outras já não. Mas o problema maior não foi esse, o problema que me fez reprová-la foi justamente o propósito para o qual cê fez essa ficha:

Cadê a reclamação, fia?

Sério! Não li nada que pudesse servir como reclamação de Despina. Nada falando sobre símbolos flutuando e algo com neve ou derivados que pudesse ser uma reclamação da deusa.

Por isso que eu te reprovei. Mas corrigindo isso, você já pode passar na próxima.

As outras fichas eu tô deixando pra quem não cumpriu a cota ainda.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alex Bertrand Qua 30 Set 2015, 16:38


FICHA DE RECLAMAÇÃO



Hedonismo
s.m. ét. Doutrina caracterizada pela busca excessiva pelo prazer como propósito mais significante da vida moral; busca incessante pelo prazer como bem supremo.

Por qual deus deseja ser reclamado? Por quê?
Ares. Gosto de sua área de poder e influência e pretendo explorá-la no desenvolvimento do personagem.

Perfil do Personagem
“Hedonista” é um adjetivo que se encaixa bem em Alex. Ele é (ou finge ser) alguém que vive apenas pelo prazer, não se importando com o mundo. É o menino mau. O que os outros pensam ou dizem não lhe interessa, desde que não o incomodem. De pavio curto, arruma brigas sem muito esforço.

Até tem o seu lado filantropo, mas não o expõe com facilidade. Como cresceu sem receber atenção — sua mãe sempre foi muito ausente —, acabou desenvolvendo dificuldade em relacionamentos, uma espécie de “barreira” emocional. Poucos são os que realmente se aproximam para conhecê-lo melhor, então o que a maioria vê é o que ele deixa transparecer: o bad boy idiota e encrenqueiro.

E ele está bem dessa forma.

Fisicamente, é alto e com músculos bem definidos (isso após sua reclamação, explicações mais adiante), tal qual todo filho de Ares deve ser. Mantém o cabelo com um corte curto, meio militar, sendo de um castanho escuro. Sua postura é arrogante e orgulhosa, como se ele fosse o melhor e soubesse disso — na verdade, sabe. Tem um sorriso marcante e um olhar penetrante; ele encara, não apenas olha. Branco, mas não chega a ser pálido.

História do Personagem
“Eu sei que é difícil de acreditar”, disse a velha, encarando-o com aqueles olhos cor-de-mel. “Você já fez perguntas sobre o seu pai, certo? E o que sua mãe respondeu? Que ele morreu? Desapareceu quando você nasceu?”

Alex encarava-a, sem acreditar em suas palavras. Não queria acreditar. Ser filho de um deus? Aquela velha havia perdido a sanidade, era maluca. Mas algo nela fazia-o hesitar... Sua presença era estranha e perturbadora. E por mais que não admitisse, algo no que ela dizia fazia sentido. De fato, nunca conhecera seu pai.


Embora seus pulmões implorassem por descanso, seu corpo estava mais vivo do que nunca. Seus músculos ganhavam mais força à medida que seu sangue corria mais rápido, impulsionando-o numa corrida frenética floresta adentro. Às suas costas, os gigantes (lestrigões, mas ainda não tinha conhecimento pleno da mitologia) urravam e arremessavam pedras tentando pará-lo. Ele desviou para o lado e continuou correndo em ziguezague.

Agora, sabia que a velha estava certa. Havia um outro mundo ao qual pertencia e que ainda lhe era obscuro. Um mundo em que monstros e deuses existiam. Ver gigantes com os próprios olhos fez com que algo dentro dele despertasse — seu lado divino, talvez. E precisava sobreviver.

“Você quer dinheiro?” perguntou à velha, encarando-a com descaso.

Sob o véu negro que lhe cobria o rosto, ela abriu um sorriso de dentes amarelos e tortos. Estendeu a mão ossuda para Alex, entregando-lhe uma carta simples, com apenas um endereço escrito. Não havia remetente ou destinatário.

“Quando chegar a hora certa, você acreditará em mim. Vá para este endereço e entregue a carta ao homem que o estará esperando” finalizou, dando as costas ao garoto e atravessando a rua. Quando Alex tentou segui-la, não a encontrou mais. Na carta que recebera, o endereço era estranho:


Long Island, Acampamento Meio-Sangue


Ao longe, pôde ver pela primeira vez um indício de que estava chegando. Acelerou mais, mesmo cansado e ofegante. Os gigantes permaneciam próximos, um descuido seria fatal. No exato momento em que um tronco de árvore o atingiria, jogou-se no chão e rolou. A terra arranhou sua pele e a sujou, misturando-se ao suor que escorria. Sem se demorar, levantou-se e continuou a correr.

O enorme pinheiro foi se aproximando. Só mais um pouco, esforçou-se, seu coração martelando o peito com violência. Três metros... dois... antes de ultrapassar a entrada do acampamento, saltou. Os gigantes pararam de persegui-lo, não conseguindo passar pelo arco de pedra. Era como se uma barreira invisível os impedisse, reverberando toda vez que colidiam contra ela.

Alex ficou de pé e se apoiou nos joelhos, respirando com dificuldade. Aos poucos, garotos e garotas se aproximaram, curiosos por saber o que estava acontecendo. Quando se deu conta, estava rodeado de um grupo de pessoas, e burburinhos começavam a se espalhar.

— Olá — um homem gordo e barbudo (Dionísio, mais precisamente) se aproximou. Segurava uma lata de refrigerante na mão direita e observava o recém-chegado com naturalidade. — A que devo a honra?

Alex olhou em volta e tirou a carta do bolso.

— Acampamento Meio-Sangue? — perguntou retoricamente, dando o pedaço de papel dobrado ao homem.

Enquanto Dionísio lia, os outros ao redor observavam e sussurravam. Estavam surpresos pela chegada de um novato. O Acampamento estava passando por tempos difíceis e recebia cada vez menos campistas novos, principalmente se haviam chegado sozinhos. Alex era o centro das atenções.

— Alex Bertrand — o homem barbudo ergueu uma sobrancelha, inclusive ele demonstrando surpresa. Sem falar mais nada, virou-se a abriu passagem na multidão, deixando o recém-chegado com os outros campistas.

O garoto estava confuso. Como sabiam o nome dele? E por que todos o encaravam daquela forma? Então, sobre a sua cabeça, algo começou a brilhar, e os burburinhos se intensificaram. Alguém no meio da multidão levantou a mão e soltou um grito animado, sendo acompanhado por outros em seguida.

— Mais um filho de Ares!

A imagem do javali brilhava em fundo carmesim.

[...]

— Sei que é incomum um semideus encontrar o Acampamento sozinho, mas o que te deixou assim? — Quíron estava em sua forma humanoide e encarava o deus do vinho com preocupação. As rugas no canto dos seus olhos estavam carregadas, como se tivesse envelhecido 10 anos nos últimos dias.

Dionísio alisou a barba, seu olhar perdido à frente.

— A carta — apontou para o papel sobre a mesa, o olhar ainda vazio, e começou a recitar: — “Cuide bem do meu menino, Dionísio. Seu nome é Alex Bertrand, e ele é filho de Ares” — desviou os olhos para o centauro, com o semblante sério e pensativo. Algo naquela carta o perturbara. — Alguém o mandou. E sabia que ele era filho de Ares antes mesmo de ser reclamado. A pergunta é: Quem?
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 168 - ExStaff Qua 30 Set 2015, 17:56



Atualizados


Fichas para avaliação: Sophie Guillory / Dash Lancaster / John W. Macquorn / Alex Bertrand

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Heron Devereaux Qua 30 Set 2015, 18:19


Avaliação



Sophie Guillory — Reprovada — Comecei gostando da sua ficha. Surpreendeu a mim, porque, apesar de ser novata(consigo notar isso porque você não usou um template) conseguiu escrever um post razoavelmente bom, de forma que eu pretendia aprovar sua ficha. No entanto, o post principal desse tópico afirma:

O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação.

E foi isso que faltou no seu post. É necessário narrar o momento em que você é reclamada. Ou seja, é necessário que o símbolo de seu progenitor divino brilhe em cima da sua cabeça em algum momento da narração, não importando qual momento seja esse. Afinal de contas, essa é uma ficha de reclamação. Sendo assim, você esqueceu o principal. Alguns pequenos erros durante a narração, mas que não prejudicaram a leitura. Só peço que, na próxima tentativa, atente para os erros de pontuação. Uma dica é ler o texto em voz alta e pausadamente, seguindo as pontuações que você colocou. Fica fácil perceber quando uma pontuação está errada, dessa forma. Boa sorte e não desista, semideusa. :D

Dash Lancaster — Reprovado — O seu problema é o mesmo da jogadora acima: não há reclamação na sua ficha. Repito o que eu disse para ela: é necessário que o símbolo de seu progenitor divino brilhe em cima da sua cabeça em algum momento da narração, não importando qual momento seja esse. Afinal de contas, essa é uma ficha de reclamação. Sendo assim, você esqueceu o principal. Um grande problema também é a pontuação. Só consigo lembrar de um único ponto final em seu texto. O resto foi só vírgula. Mais uma vez, repito o que eu disse para Sophie: na próxima tentativa, atente para os erros de pontuação. Uma dica é ler o texto em voz alta e pausadamente, seguindo as pontuações que você colocou. Fica fácil perceber quando uma pontuação está errada, dessa forma. Boa sorte e não desista, semideus. :D
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Andrew J. Lynch Qua 30 Set 2015, 18:34

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Desejo ser reclamada por Despina, pois de todos os deuses, ela é quem mais combina com Samantha.

- Perfil do personagem.

Samantha é bem tímida com as pessoas, porém quando faz amizade se solta. Inteligentíssima, com estratégias perspicazes e um jeitinho um tanto quando maluco. Misteriosa, é difícil ela contar algum segredo para alguém, mesmo assim é muito fofa e uma excelente amiga, sempre com um conselho na ponta da língua.

Samantha tem cabelos louros e encaracolados, quase sempre soltos. Seus olhos são azul claro, quase violeta e a pele é bem pálida.

- História do Personagem.

Muitos dizem que uma pessoa só morre quando seu coração para de bater, o que geralmente acontece em uma idade mais avançada ou por um terrível acidente. Eu discordo. Anthony Mendell, meu pai, morreu no momento em que se casou. Não uma morte de alma, mas de sentidos. Isabella Caleigo era a mulher perfeita. Doce, delicada, gentil. Um perfeito exemplo e comigo sempre mostrara ser uma mulher muito materna. Quando olho para trás posso ver as pequenas fissuras em sua máscara, mas, criança leiga que eu era, como adivinhar que meu pai estava levando para casa um monstro que chamavam de princesa?

Nos primeiros meses após o casamento tudo ocorreu tão maravilhosamente bem que quase me esqueci da pergunta fantasma que repetia todas as noites: quem é minha mãe e onde ela esta? Aos poucos as coisas foram mudando. A mulher que era doce foi se transformando em uma pessoa fria, cruel, egocêntrica. Nos mudamos para Nova Iorque. Uma cidade belíssima de acordo com Isabella. Não tanto na minha opinião. Eu sentia falta da minha casa, dos meus avós, as únicas pessoas além de mim que realmente viam quem era a nova Sra. Mendell, da ilha. De tudo.

Mais acima de qualquer coisa: eu sentia falta do meu pai. Sentada em uma mesa escrevendo as poucas memórias que me restam de uma vida dolorosa, eu ainda me permito divagar para as tardes de verão onde íamos até a praia. Eu, ele, meus avós, meus primos. Andando com pés descalços sobre a areia, contando histórias e lendas sobre Athanasía e a torre dos relógios. Das corridas, brincadeiras de conchas, das inúmeras risadas ao lembrar de minha querida tia Emma. Não tenho palavras para descrevê-lo como é agora, ou como era quando o vi pela última vez. Sempre jogado no sofá, uma garrafa de vodka na mão, bêbado demais até mesmo para entender que eu era sua filha , sua garotinha, e que não estava tentando fazer mal algum a ele, que era o que ele insistia em gritar enquanto me batia em suas piores noites, geralmente quando Isabella saia acompanhada pela porta por homens ricos, nascidos em berço de ouro, segundo ela.

Acredito que minha vida mudou completamente na noite em que meus avós morreram. De tudo o que havia me acontecido até aquele momento, aquilo foi definitivamente o mais doloroso. Isabella ao receber a noticia ria, descontrolada… Histérica. E meu pai, embora houvesse acabado de perder duas das pessoas que ele mesmo dizia serem as mais importantes em sua vida, continuava bebendo como se a notícia não fosse nada que valesse seu tempo. Naquela noite sozinha no telhado eu chorei como nunca havia chorado até então. Meus pilares eram os meus avós e se eu continuei viva até aquele momento era porque eles existiam, a querida Isabella não queria que boatos ruins sobre sua adorável pessoa circulasse em Messina.

O relógio badalou. Uma, duas, três vezes e meu inferno começou nesse segundo. Isabella surgiu e, com uma força que eu jamais acreditei que ela teria, saiu me arrastando escada abaixo. Meu pai apesar de ter sido levemente abalado pela cena não fez nada, absolutamente nada que mostrasse que no fundo se importava. Nem mesmo enquanto a sua querida esposa gritava desaforos sobre como eu era ingrata e como minha mãe provavelmente devia ter visto o monstro que havia parido para ter me abandonado. Não lutei contra, não respondi, não fiz nada. Apenas me deixei ser arrastada no meio da noite para um beco, onde ela me largou após ter avisado para não voltar para a entrada do inferno que chamava de casa. Apesar de não ter o que temer eu não retornei, não naquela noite, nem nas seguintes. Daqueles dias só o que tenho são memórias borradas, que não faço questão de me lembrar.

Minha primeira experiência fora do comum foi quando depois de vários dias sem comer, estando faminta, sedenta e suja me deparei com algo no mínimo estranho. Estava passando por um beco, havia avistado uma velha senhora que sempre me ajudava, quando vi um pouco mais a frente uma menina. Diria que ela era mais nova do que eu, com algo parecido com uma adaga em mãos, lutando contra um cão enorme. Porque só podia definir aquilo como um cão. Fascinada eu observei quando ela enfiou a adaga em um dos olhos da criatura e em poucos minutos ela se transformou em pó. A garota caiu. Estava tão machucada e eu queria tanto poder fazer algo. Corri até dois policiais que estavam sentados em frente a uma cafeteria algumas ruas atrás e os levei até o beco explicando tudo o que havia visto, mas quando chegamos lá não havia nenhuma garota, ou sangue. Não havia nada. Me taxaram de louca. Ir parar em uma clinica psiquiátrica foi inevitável após isso.

St. Salutem era tudo o que um hospital não deveria ser. Localizado perto de Long Island ele se assemelhava muito a uma fortaleza na beira do mar. Perdi a conta de quantas vezes recebi o tratamento de choque dado a todos os internos, de quantas atividades para reestabelecimento social tive que fazer, de quantas pessoas vi ir e voltar nos corredores sujos daquela prisão de ninguém. Em um momento passei a acreditar que de fato era louca, que a menina e o cão eram alucinações de minha mente fraca após semanas vagando pelos becos imundos de Nova Iorque debaixo da neve. Se não fosse por um descuido da enfermeira eu até hoje estaria decifrando figuras e observando os flocos brancos caindo através de minha pequena janela.

Foi em um dia de tempestade de neve que fugi. Meu quarto era no alto de uma das torres e a enfermeira acreditando que eu estava dormindo foi buscar minha dose noturna de remédios. O pior erro dela e a minha salvação foi sua falta de atenção ao fechar a porta que ficou entreaberta e me permitiu correr até estar sentindo o ar noturno em cima de um dos longos muros.

A morte pode ser vista de várias formas. A insolente que leva pobres almas para joga-las em um mundo duvidoso. A amiga que acolhe debaixo de seu manto aqueles que sofrem durante sua monótona existência. A dissimulada que promete aos delirantes um novo conto rodeado de fantasias juvenis. E a manipuladora que arrasta lentamente os suicidas na beira do abismo até as profundidades pútridas do subsolo. Para mim ela era uma libertadora, que carregaria minha alma pelos reinos de Morfeu.

A única coisa que pensei enquanto ouvia os gritos das enfermeiras e me lançava em direção ao mar foi porque mamãe havia me deixado, tão sozinha, com um pai morto e em um lugar tão, tão escuro.

Uma semana depois, quando acordei na enfermaria do lugar que se mostraria um lar como achei que nunca mais teria, a primeria coisa que vi foram flocos de neve neros flutuando acima da minha cabeça, o que pocuo minutos depois descobri ser o símbolo de reclamação de Despina.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Christian Marshell Qua 30 Set 2015, 19:39


AVALIAÇÃO


John W. Macquorn – Reclamado.

Olha, eu realmente não tenho como te reprovar. Você descreveu muita coisa, deixou tudo muito bem explicado e não encontrei nenhum erro que pudesse de alguma forma acabar com sua ficha. Você escreve bem e se decidir continuar aqui, acredito que não vai ter problemas com missões, treinos e tudo mais.

Nem vou enrolar mais, reclamado. Parabéns!


Alex Bertrand – Reclamado.

Quando olhei pra sua ficha, pensei na mesma hora: Ares. E não deu outra, sua ficha foi pra Ares e foi muito bem escrita, por sinal. Chega a ficar redundante isso de escrever bem de todas as fichas, mas é o que tem pra hoje pelo jeito! Sua ficha foi pequena, é verdade, mas contou tudo que era importante e foi o suficiente pra passar tranquilamente. Meus parabéns!


Samantha Mendell - Reclamada.


Sam, admito que fiquei surpreso quando comecei a ler seu texto. Ele me prendeu de verdade, até a última linha. Encontrei alguns errinhos como falta de acentuação ou de vírgula em alguns pontos, mas fora isso, só tenho o que elogiar. Sinceramente, quando olhei para o post e a fonte que você utilizou (inclusive recomendo que use outra fonte ou um template), não coloquei muita fé sobre sua ficha, mas não demorou pra perceber que realmente não se pode julgar um livro pela capa.

Fora a fonte e os dois errinhos citados acima, não encontrei nada que me faça recusar sua reclamação. Eu poderia reclamar da grande passagem de tempo que aconteceu no final quando você acordou no Acampamento, mas não estamos aqui para cobrar livros. Apenas tente detalhar um pouco melhor essas passagens quando for fazer uma missão, ou você pode ter alguns problemas com o narrador, ok?

Meus parabéns!



Obs: Agora acho que foram todas. Se faltou alguma, me desculpem.

Aguardando Atualização

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Maxuel Rijo Qui 01 Out 2015, 15:05

- Por qual deus deseja ser reclamado/qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamado como um filho de Deimos, por ser um deus que eu gostei muito desde a sua primeira aparição, e acredito que para o que eu planejo para a minha personagem me traria muitas oportunidades.
- Perfil do Personagem
(Características Físicas) – Tenho 17 anos sou uma pessoa alta com aproximadamente 1,80, com o corpo magro e esguio de pele escura, com cabelos cacheados que estão sempre despenteados e olhos castanhos escuros, um rosto angular.

(Características Psicológicas) – Sou uma pessoa introvertida com preferencia por passar meu tempo sozinho, costumo gastar a maior parte do meu tempo assistindo filmes de terror e não gosto que ninguém me destrate e por isso acabo sendo muito impulsivo o que causou minha expulsão de alguns colégios. Procuro me esforçar ao máximo em tudo o que faço mesmo que seja difícil porque acredito que esse é o caminho para se obter o sucesso.

Historia do Personagem
Permita-me fazer uma pergunta, o que você chamaria de casa? Uma vez assistir um filme no qual o protagonista afirmava que casa era onde o coração estava já em outro a frase era diferente que são as pessoas que fazem o lugar e o tornam especial, acabei gostando mais dessa acho que combina comigo e com o tipo de vida que tenho.
Acho que nunca tive um lugar para chamar de casa, pois desde que me entendo por gente estou sempre viajando, o mais perto de um lar que tive foi à velha caminhonete que minha mãe dirige, já desgastada pelo uso constante com a pintura vermelha desbotando e o motor chiando todas as vezes que alguém da à partida.
Minha mãe e eu vivemos na estrada, literalmente, estamos sempre viajando de cidade em cidade nunca parando por muito tempo apenas o suficiente para reabastecer nossos suprimentos e então partir, quando eu era criança achava o máximo é possível conhecer todo o tipo de pessoas nas estradas e na minha inocência pensava que todos viviam da mesma maneira.
Sobre a minha mãe você tem que saber que ela é uma pessoa incrível, possivelmente a melhor pessoa do mundo, seu nome é Nicole, alta com olhos escuros, um rosto sisudo e pele morena seus cabelos eram longos e caíam em cachos pelos ombros, estava sempre com um ar cansado que tentava disfarçar com um sorriso caloroso e como estávamos sempre viajando eu nunca tinha ido a uma escola por isso ela se encarregou de me dar aulas. Antes do meu nascimento ela era psicóloga tratava pessoas com síndrome do pânico ou qualquer coisa parecida e tinha pesquisas nessa área, ela evita falar disso porque sei que foi assim que conheceu meu pai. Meu pai, esse era o único assunto proibido eu não sabia nada sobre ele e nunca sequer tinha o visto, entanto minha mãe se recusava a falar dele dizia que eu ainda não estava pronto.
Nesses dias eu era feliz, minha mãe parava em locais inusitados e eu me divertia explorando tudo o que podia até cair exausto então minha mãe me colocava de volta na caminhonete e seguíamos em frente – “seguir em frente” esse era o nosso lema – havia um brilho nos meus olhos que nunca sumia um desejo que aquele tempo nunca acabasse e que eu e minha mãe ficássemos sempre unidos.
Mas como nada dura para sempre, minha paz se foi, começou no meu aniversario de treze anos estávamos no meio do nada à estrada deserta com terra para todos os lados, minha mãe tinha comprado um pequeno bolo na parada do dia anterior e agora o comíamos sentados no chão apoiados na caminhonete, estava delicioso era de chocolate com pequenos pedaços de biscoito dentro dele.
O sol estava forte e não havia onde se esconder dele, por isso eu estranhei quando uma sombra me cobriu, olhei para cima e vi um bando de pássaros nos sobrevoando de inicio os achei bonitos então eles começaram a emitir sons estranhos e pareciam estar olhando para mim seus olhos eram vermelhos e cruéis com bicos afiados brilhando sob o sol. Minha mãe estava nervosa ela começou a levantar - se devagar se aproximando da caminhonete aos poucos e quando ela abriu a porta do passageiro eles atacaram.
O primeiro deles mergulhou na minha direção e teria me acertado em cheio se minha mãe não tivesse me puxado, mas o bico dele ainda passou rente ao meu braço arranhando-o, sem hesitação minha mãe me jogou dentro do carro e fechou a porta depois correu para o lado do motorista os pássaros, agora todos atacavam ao mesmo tempo, se agitaram e tentaram acerta-la de todo o jeito e antes dela entrar no carro um deles conseguiu fazendo um corte nas costas dela.
Eu não sabia o que fazer queria muito ajudar minha mãe, mas estava com muito medo e encolhido no canto eu a vi entrar no carro e dar a partida o motor ligou no mesmo instante e ela afundou o pé no acelerador saímos em disparada com os pássaros nos seguindo.
Demorou três horas até que não fosse mais possível avistar os pássaros nos seguindo e mesmo assim minha mãe continuou dirigindo e só parou depois de mais duas horas em uma parada de caminhoneiros. Ela olhou para e disse
– Max me deixa olhar seu braço – O arranhão que sofri tinha passado o caminho inteiro ardendo, uma dor pequena, porém constante, estendi o braço para ela que examinou com seus olhos atentos.
– Que bom! Só arranhou logo vai parar de incomodar – Ela sorria para mim, mas conseguia ver a tristeza em seus olhos e isso me deixava triste também.
– Mãe?
– Sim, Max o que foi?
– Porque aqueles pássaros nos atacaram? Não fizemos nada de errado com eles – minha mãe ficou me olhando em silêncio por um longo tempo e eu nem esperava que ela me respondesse mais quando ela abriu a boca para falar.
– Eu queria que fosse um pouco mais velho, para termos essa conversa, mas depois do que aconteceu hoje acho que é melhor te contar tudo logo, mas você não deve me interromper ouviu – Balancei a cabeça em sentido afirmativo – Sabe todos aqueles deuses do Olimpo meu filho, como Zeus, Ares, Poseidon entre outros, bem eles são reais e vivem entre nós... Aqueles pássaros que nos atacaram eram monstros eles caçam e devoram pessoas como você...
Eu teria rido de tudo aquilo, mas a seriedade com que minha mãe falava não dava margens para duvida, ela falava a verdade – Mas porque eles vêm atrás de mim? O que eu sou algum tipo de monstro?
Antes que eu terminasse a frase minha mãe se adiantou e me deu um abraço sentia suas lagrimas caindo em mim – Nunca mais repita isso, você não é um monstro, mas sim alguém muito especial e um dia vai fazer coisas grandiosas e deixara a mim e ao seu pai orgulhosos.
E foi assim em meio a lagrimas que eu descobrir que era um semideus ainda não sabia quem era meu pai se minha mãe sabia não quis me dizer, e assim tudo na minha vida mudou, pois os monstros passaram a surgir com frequência, sempre que partíamos eles davam um jeito de nos encontrar, especialmente os pássaros de estinfalia – pelo menos foi assim que minha mãe os chamou – eles nos seguiam por todo o país e a cada novo encontro seu numero parecia aumentar. Essa era minha nova vida onde agora eu era uma pessoa triste e paranoica, mas também feliz por ter minha mãe comigo, os dois sentimentos se conflitavam dentro de mim a todo o momento só para encontrar um equilíbrio e logo em seguida voltarem a se conflitar não sei como consegui aguentar essa dualidade toda por tanto tempo.
Depois de dois anos eu podia dizer que era um especialista em passar despercebido por qualquer lugar, andava sempre atento desconfiado de tudo e todos e ao menor sinal de perigo eu fugia sem olhar para traz, “sempre em frente” esse lema nunca fez tanto sentido para mim quanto nos últimos meses.
No entanto um dia eu não passei despercebido, era o primeiro dia do mês o que significava que teríamos que ir a alguma cidade para reabastecer os suprimentos, minha mãe e eu ficávamos longe das cidades grandes ou pequenas não importava descobrimos da pior maneira que elas estão infestadas de monstros.
Eu estava olhando o mapa para saber qual era a cidade mais próxima de nós e descobri que era Nova York, minha mãe também não gostou muito da ideia de passarmos por lá então decidimos parar em dos distritos menores da cidade assim seria mais fácil fugir se algo acontecesse.
Quando paramos o carro fizemos nossa divisão costumeira minha mãe compraria roupas e coisas do tipo enquanto eu comprava a comida, sempre alimentos não perecíveis e enlatados, tínhamos duas horas para fazer todas as compras e voltar para o lugar onde estacionamos se tudo desse certo antes do final do dia não estaríamos mais ali.
Mas é claro que tudo deu errado nesse dia, eu fui a um supermercado de tamanho mediano onde sabia que podia encontrar o que precisávamos, estava no setor de enlatados com um carrinho cheio quando um cara estranho parou perto de mim ele andava com muletas, usava uma toca escura e no pescoço carregava uma flauta de bambu, e analisava com atenção as latas quando olhou para mim e arregalou os olhos sua expressão foi o bastante para mim, ele sabia quem eu era, ou melhor, o que eu era e sem pensar duas vezes empurrei em cima dele e corri, antes de sair do mercado consegui ouvir ele falando algo mais ignorei.
Corri sem para empurrando as pessoas que estavam na minha frente e em dado momento esbarrei numa senhora que carregava um bocado de sacolas que se espalharam pelo chão quando ela caiu, mas nem parei para ajuda-la continuei correndo tinha que chegar até minha mãe logo, olhei no relógio e vi que ainda faltava uma hora para o horário combinado, teria que procurar por ela, mas será que eu conseguiria encontra-la?
Nem precisei me esforçar muito, no momento em que cheguei ao local onde o carro estava estacionado avistei minha mãe correndo na minha direção, antes que pudesse fazer ou falar qualquer coisa eu ouvi um grito alto e estridente que reconheceria em qualquer lugar olhei para cima e vi dezenas deles, os pássaros de estinfalia, nos encarando eles não tinham pressa para agir pareciam saborear o momento.
Minha mãe finalmente me alcançou ela me envolveu com seus braços e ficou repetindo “tudo vai dar certo meu amor”, os pássaros não paravam de aumentar alguns nos sobrevoavam outros estavam em cima dos fios de eletricidade ou dos prédios, as pessoas andavam alheias a tudo alguns até olhavam para cima e franziam o cenho, mas logo continuavam a andar tranquilamente, ninguém viria nos ajudar estávamos sozinhos.
A caminhonete estava somente a alguns passos de distancia assim que um de nós nos movesse eles atacariam sem pensar, teríamos que ser rápidos, minha mãe foi a primeira a agir ela me empurrou para a direção da caminhonete e correu na direção contraria tentando afastar os pássaros de mim, infelizmente não deu certo, eles ignoraram minha mãe completamente e voaram todos na minha direção.
Desesperado eu corri para a caminhonete e me tranquei dentro dela pegando a chave reserva que sempre carregava comigo para emergências e dei a partida, mas o carro não ligou continuei tentando, mas nada acontecia. Do lado de fora os pássaros atacavam a caminhonete suas garras arranhavam a lataria produzindo um som estridente que machucava meus ouvidos até que um deles se lançou contra a janela do motorista deixando uma pequena rachadura logo os outros também estavam fazendo a mesma coisa até que o vidro arrebentou.
Enquanto os estilhaços da janela voavam na minha direção tudo pareceu desacelerar pude ouvir minha mãe gritando ao longe, os olhos vermelhos do pássaro se aproximando do meu rosto e percebi até uma figura estranha que tinha aparecido a alguns metros de distancia provavelmente outro mortal que passaria direto alheio a toda a batalha que se desenrolava.
Quando o bico do monstro perfurou minha bochecha cai para traz gritando de dor sangue escorria pelas minhas mãos enquanto eu tentava parar o sangramento, de esguelha notei os outros se preparando para atacar e percebi que era o fim depois de tantos anos fugindo era assim que acabaria morto por um bando de galinhas.
Fechei os olhos esperando o golpe final, mas ele não veio, no seu lugar uma musica alta e incomoda começou a soar por toda a cidade os monstros ficaram enlouquecidos, gritavam alto, mas a musica não parava pelo contrario ela aumentava a cada instante e então parou. Primeiro senti alguém ou alguma coisa me segurando, depois percebi que era um abraço, abri os olhos e vi que minha mãe me abraçava forte chorando olhei em volta e vi que não havia mais nenhum pássaro ali.
Minha mãe me soltou e então pude ver o homem parado ao lado da caminhonete, com um susto reparei que era o mesmo homem que tinha me reconhecido no mercado, mas ele era um monstro então porque tinha me salvado? Com dificuldade sai do carro e me vi diante dele.
– Eh obrigado por ter me salvado, e desculpe por ter jogado aquele carrinho de compras em cima de você – Minha me encarou com os olhos espantados na hora em que ouviu isso, mas antes que pudesse dizer qualquer coisa o homem sorriu e falou primeiro.
– Tudo bem eu não deveria ter reagido daquela maneira, tenho certeza de que minha expressão o assustou então acho que sou eu que devo pedir desculpas.
– Será que alguém pode me explicar como vocês se conhecem? – Minha olhava desconfiada para nós dois, não pude deixar de rir e então contei a historia para ela sobre o nosso encontro no supermercado.
– Agora que seu filho já contou como nos conhecemos permita-me que eu me apresente sou Ricardo e bem eu tenho uma proposta para o garoto.
– Ah desculpe pode me chamar de Max.
– E qual seria essa proposta? – Minha mãe quis saber.
– Bem eu sou um sátiro, mas não se assustem não vou fazer mal a nenhum de vocês eu trabalho para um lugar, que bem pode ser o único lugar seguro para semideuses no mundo.
Ao ouvir isso comecei a sorrir virei para a minha mãe – Finalmente mãe nós poderemos ficar livres desses monstros.
– Max – Ricardo parecia meio sem jeito – Sua mãe não vai poder ir conosco ela jamais conseguiria passar pelas barreiras magicas do acampamento.
Foi como se alguém tivesse arrancado meu coração e pisado nele – Se minha mãe não pode ir comigo então eu não irei – falei já me virando para ir embora quando minha mãe me segurou pelo braço.
– Max, meu amor, você deve ir com ele – havia lagrimas em seus olhos.
– Não!! Se eu te deixar sozinha quem vai te proteger dos monstros? Não precisamos desse lugar podemos continuar só nós dois.
– Eu não quero interferir Max, mas os monstros não vão atrás da sua mãe e sim de você, se for embora eles a deixaram em paz – As palavras de Ricardo me fizeram virar, era tudo culpa minha todos esses anos de fuga eram por minha causa, olhei para minha mãe e vi o brilho das lagrimas em seus olhos se eu fosse para esse lugar que o sátiro falava ela poderia ter uma boa vida livre de monstros, essa talvez tenha sido a decisão mais difícil que tomei na minha vida, fui até minha mãe e a abracei.
– Adeus mãe, eu voltarei um dia para a senhora e então já serei forte o bastante para te proteger.
Ela me abraçou com mais força ainda – Não tenha pressa meu filho, você esta destinado a fazer coisas fantásticas eu sei disso, vá ganhe o mundo e me deixe orgulhosa, eu sei que se seu pai te visse agora ele também estaria orgulhoso do homem que você esta se tornando.
Segurei um soluço e soltei minha mãe, nos minutos seguintes eu montei alguns suprimentos improvisados para minha ultima viagem e então fui embora com Ricardo. Chegamos ao acampamento meio sangue, como Ricardo o chamou, no meio da tarde do dia seguinte estávamos no alto de uma colina olhei para baixo e observei todos àqueles pequenos chalés espalhados, os campistas andando de um lado para outro, e lembro-me de pensar que depois de tantos anos talvez eu finalmente tivesse encontrado um lugar para chamar de lar.
Descemos a colina os campistas paravam para olhar para mim, de inicio pensei que me acharam estranho, mas depois percebi uma luz brilhando acima da minha cabeça havia um símbolo estranho que eu não conhecia e que ficou presente por uns instantes e que depois Ricardo me falou ser o símbolo de meu pai Deimos o deus do pânico, ele disse que iria me levar para falar com o seu chefe e depois eu poderia ir para o meu chalé e conhecer meus irmãos, sinceramente eu não estava ouvindo nada disso estava apenas empolgado com essa nova vida que estava começando, mal podia experimentar para experimenta-la.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Qui 01 Out 2015, 15:09

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Winter Wikström Sex 02 Out 2015, 11:08

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en (01): Afrodite, deusa do amor, da beleza e da sexualidade. À princípio, super desvalorizava a deusa – coisa que muitos já fizeram -, mas após pesquisar alguns minutos a fio, navegando em sites estrangeiros, inclusive procurando por seus aspectos com sua forma romana, Vênus, consegui ter uma imagem diferente da deusa; ler as fichas de outros filhos de Afrodite e ver filhos de Afrodite também foram essenciais para uma nova visão de Afrodite. Afrodite é uma deusa incrível, de muitas capacidades e elementos a usufruir, mas poucos enxergam isso. Assim, espero que, criando essa personagem, possa explorar um novo estilo de prole para esta deusa, além de uma trama, modéstia à parte, incrível.

to (02): A beleza de Winter é um tipo de beleza contrastante, contemporânea e natural. Possui uma pele clara, que por muito tempo foi tratada com hidratantes e cremes caros. Passar poucos minutos no Sol é suficiente para lhe dar um suave bronzeado, que a deixa ainda mais bela. Os lábios, rúbeos e róseos, fazem com que quase todos queiram lhe beijar. O nariz é de tamanho proporcional ao rosto, os olhos escuros e penetrantes, com cílios longos. Possui um corpo esguio, de tamanho adequado, com algumas curvas destacáveis aqui e ali. Seu mais recente guarda-roupa abriga bastante roupas despojadas, de estilo próprio. Depois de sua reclamação, pintou o cabelo de azul e o cortou rente aos ombros. Seus dedos possuem sempre anéis. Possui uma única tatuagem, na escápula esquerda: é um filtro de sonhos.

A filha de Afrodite sempre foi muito reclusa, tímida e inexpressiva. Não, ela não perdeu essas características, mas está óbvio que elas estão bastante reduzidas. É dona de seu próprio eu, independente, corajosa e, ao mesmo tempo, misteriosa. É um tanto despreocupada, demonstrando um jeito enérgico de se viver; um jeito livre. Sua curiosidade sem limites é um de seus principais defeitos, chegando ser até intrometida às vezes. Dona de palavras espertas, nunca lhe deixará vencê-la em uma discussão. Parte de sua personalidade também é bastante desapegada das coisas, evitando rotinas. Vivendo nas ruas, são poucas as vezes que a jovem se abre com alguém, guardando tudo para si, seja isto bom ou ruim. Admira muito o misticismo e as coisas sobrenaturais. Apesar de ter sido criada em uma religião em que muitas vezes a mulher se torna submissa ao seu marido, Winter é uma feminista com tudo na ponta da língua, sem precisar partir para agressões verbais ou físicas, como muitos homens fazem. É muito provocativa, seja com seus poucos amigos, ainda mais com seus inimigos. Pouco se preocupa com sua própria beleza, como muitas crias de Afrodite a fazem, uma vez que Winter é bonita e tem consciência disso, não importa com qual roupa esteja usando, qual seja a cor do seu cabelo, se é magra ou gorda, mas ela não poderia escapar de uma outra característica dos filhos de Afrodite: o perfeccionismo. Procura sempre fazer seu melhor, mas muitas vezes até desvalorizava este "melhor". Tem como hobby a dança, o roubo. Já se envolveu com cigarro e bebidas, mas acha estupidez procurar qualquer tipo de prazer neste tipo de coisa. Prazer se encontra no amor.

tre (03): Ninguém nunca havia imaginado que, alguém como Theodore, um religioso fervoroso, poderia alguma vez em sua vida se apaixonar por uma deusa do paganismo como Afrodite. Mas para a deusa do amor, fazer o padre cair em seus encantos foi extremamente fácil; se apresentou como uma jovem virgem, que procurava pelo amor verdadeiro. Theodore tentou resistir de todas as formas o desejo que sentia por sua fiel, mas a forma com que a "cristã" pronunciava cada palavra, as curvas em todo o seu corpo e a mente inocente eram simplesmente irresistíveis. Após algumas semanas com a deusa frequentando a igreja – e quase bocejando com os ensinamentos bíblicos, cá entre nós -, ela finalmente teve o que queria: uma noite de amor. Theodore, que era virgem, provavelmente nunca mais teria uma experiência tão ardente com outra pessoa. Naquela noite, ao chegar em casa, passou a noite em claro, pensando na mulher e somente nela, permitindo-lhe falar um foda-se para cada pensamento diferente que surgisse em sua mente. Talvez aquele não fosse o mais comum, mas sem dúvidas, era amor.

Nas semanas seguintes, Afrodite sumiu. Afinal, era de se esperar; com uma filha em seu ventre – pela milésima vez naquele século -, seu disfarce de virgem se tornava "nada a ver". Tentou visitar Theodore em seus sonhos, mas seu posto de deusa impedia-a de se envolver ainda mais com o mortal e, portanto, a única coisa que ela tinha dele agora, era a menina em seu útero. Nove meses depois, ela se viu obrigada a se afastar de recém-nascida, sem nem mesmo poder amamentá-la. Os deuses alegaram que o sangue divino da pequena era poderoso demais e por isso, não era correto criá-la no Olimpo. Mesmo para Afrodite, que parecia tão desapegada das pessoas, a angústia de ter de se afastar de sua prole era inegável, enquanto para Theodore, que era quem recebia a menina naquela noite de inverno, era uma dádiva de Deus. Logo de cara, ao pegar a recém-nascida em seus braços, ele soube que a menina não poderia ser filha de ninguém mais senão sua amante, com seus olhos claros, os lábios finos e rosados, a pele alva. Com o frio da noite de Iowa lhe atingindo e seu coração sendo aquecido novamente, Theodore passou a chamar sua filha de Winter.

Criar a menina foi um problema, sem dúvidas. Não devido ao comportamento da mesma; pelo contrário, ela sempre demonstrou ser bastante educada, ainda que fosse um tanto inexpressiva. O que dificultava em sua criação era que o posto de padre de Theodore seria questionado se ele fosse visto com uma criança, afinal, ele não poderia dizer que era adotada do orfanato pois ela não teria os registros; se tivesse encontrado-a na rua, não deveria levá-la a sua casa e sim entregá-la ao orfanato; e, por fim, ela também não podia ser sua filha, já que seu posto não permitia relações sexuais com ninguém. Complicado, não? Para Theodore, a única opção disponível era escondê-la em casa: ela só poderia sair com suas amas de leite e seriam passeios curtos e rápidos pelo local. Não havia escola; os ensinamentos era em casa, baseados na Bíblia. Winter nunca se importou, na verdade. Gostava de ficar com seu pai em casa, ouvindo-o falar sobre Deus, sobre esperança. Ele sempre fora um bom pai e ela não podia reclamar disso nunca. Aos cinco anos, no entanto, o que Winter nunca esperaria – e nem saberia – era que seu pai recebera uma proposta para rezar missas ao lado do Papa no Vaticano. Era simplesmente uma oportunidade imperdível e para um religioso como ele, que havia dedicado quase que toda a vida à Igreja, aquilo era um presente merecido. Mas havia um empecilho: ele não poderia levar Winter. Talvez essa tenha sido a pior e mais difícil decisão já tomada em sua vida, mas ele nem pensou duas vezes: aceitou a proposta.

Na manhã seguinte, levou Winter para conhecer um casal. A menina, sempre inocente, tímida e inexpressiva não fez muitas questões. Mas conforme o assunto ia, a audição aguçada da criança captou coisas como "adoção", "cuidem dela". Ainda sim, ela não conseguia entender. Apesar de esperta, ela não havia entendido que o casal estava adotando-a ali, na hora, e que eles iriam passar a cuidar dela. Até que seu pai virou-se, olhou-a nos olhos e disse o quanto a amava, que voltaria para buscá-la e que ele nunca a esqueceria. Winter encheu os olhos de lágrimas, mas logo não pode mais segurá-las, deixando o choro vir a tona. Theodore, que era muito apegado a menina, não podia suportar ouvi-la chorar, então quando suas lágrimas começaram a escorrer por seus olhos, ele foi embora rapidamente. O casal de ciganos, que se apresentaram como Hakan e Kaliska, nativos da América do Norte.

Há de se admitir que Winter não se comportou muito bem ao ser incluída ao grupo de ciganos. Eles eram relativamente pequenos e seguindo a cultura nômade, realizavam pequenas viagens a depender da situação. Winter, sempre com aquela expressão misteriosa e até enigmática, sem demonstrar um sentimento sequer, além de ser sedentária e mimada, escapava totalmente da personalidade daqueles que a cercavam. Mas tudo isso era simplesmente uma forma de se defender e se acostumar com a situação em que havia sido colocada. Não demorou muito, no máximo um mês, para que ela percebesse que ela fora feita para os ciganos. E os ciganos para ela.

O espírito livre era o mesmo de Winter. Logo, passou a participar das danças, aprendeu a tecelagem, inclusive cozinhar (!) as comidas típicas da cultura dos ciganos. Mas o que ela estava mais ansiosa mesmo para aprender era aquilo que sua "mãe" fazia: a divinação. Quando eles paravam em grandes metrópoles para vender sua arte, Kaliska era a única com uma cabana própria, onde lia palmas, via o futuro através da esfera de cristal, jogava búzios e interpretava o tarô para seus clientes. Winter nunca chegou a se perguntar se sua mãe possuía o verdadeiro dom ou era apenas uma chalartã, enganando seus clientes. De qualquer forma, Winter quase podia sentir que aquilo era feito para ela, mas sua timidez não permitiu muito mais que vê-la, através das cortinas, jogando as cartas. Após nove anos, Winter com seus quatorze anos, sua mãe se viu obrigada a contar à menina algo extremamente importante. "Minha pequena, eu gostaria de lhe dizer uma coisa muito importante. Sabe por que eu consigo ler as cartas? Consigo ver o futuro na bola de cristal? Ver seu destino na palma de sua mão? Bem... eu sou filha de uma deusa. Hécate, a deusa da magia. Ela me abençoou com o dom de ver o futuro. Você pode acreditar ou não, mas sou eu quem determino quando devemos sair ou não. Quando você chegou, eu vi criaturas terríveis vindo atrás de nós e isso raramente acontecia comigo. O que me fez pensar uma única coisa: talvez você seja igual a mim", então começou contar toda a história sobre a mitologia. Apesar da criação cristã, seu interesse pelo novo, pelo místico sempre foi mais forte, dessa forma, entender tudo, foi de certa forma, bem fácil.

Percebendo a convicção da menina, sua coragem apesar do que havia acabado de ouvir sobre monstros lhe caçando, ela viu que Winter deveria aprender a saber o futuro. Dessa forma, lhe ensinou perfeitamente as interpretações do tarô, o significado das cores e das imagens na bola de cristal, as linhas na palma da pessoa, as interpretações dos búzios. A menina que sempre adorava aquilo, aprendeu rapidamente. Depois de um longo dia de ensinamentos, Winter fora convidada a substituir uma jovem no espetáculo de dança aquela noite e como ela havia participado dos ensaios, seria adequado. Winter aceitou e naquela noite, diante de várias pessoas, dançou graciosamente, com seus passos suaves. Ela nem mesmo percebeu a pomba com a aura cor de rosa acima de sua cabeça, visão a qual somente Kaliska teve. Ao fim da dança, Kaliska lhe encontrou, dizendo-lhe: "Agora eu entendo! O misticismo que você esteve sempre tão interessada... é porque você é filha de Afrodite. Você possui um dom; um dom muito especial. É a magia do amor", sussurrou, como um segredo. Como prova de que de fato havia sido reclamada, quando acordou na manhã seguinte, havia um chicote de couro ao seu lado, além de um arco e uma aljava.

Estava começando uma nova vida, Winter percebeu. E para se adaptar a isso, cortou o longo cabelo rente aos ombros, pintou o cabelo de um azul como o céu, com uma única mecha amarela como o Sol. Abandonou os ciganos, jogou fora os trajes de cigana e comprou, ou melhor, roubou novas roupas. E, de repente, lá estava uma nova pessoa.

Com um novo futuro.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Zoey Montgomery Sex 02 Out 2015, 12:40


AVALIAÇÃO


Maxuel Rijo - Aprovado
Max (posso te chamar assim, não é?), vamos lá: o seu texto não ficou ruim. De verdade. Mas aconselho você a utilizar mais o ponto final, como neste trecho "Minha mãe e eu vivemos na estrada, literalmente, estamos sempre viajando de cidade em cidade nunca parando por muito tempo apenas o suficiente para reabastecer nossos suprimentos e então partir, quando eu era criança achava o máximo é possível conhecer todo o tipo de pessoas nas estradas e na minha inocência pensava que todos viviam da mesma maneira.". Ela poderia ser escrita assim: "Minha mãe e eu, literalmente, vivemos na estrada. Sempre viajamos de cidade em cidade, e parando apenas o suficiente para repor os suprimentos para somente então partir. Quando criança, achava o máximo, já que é possível conhecer todo tipo de pessoas nas estradas, em em minha inocência pensava que todos viviam da mesma maneira."
Deu uma melhorada, não acha? Ah sim, quando for escrever um texto, por gentileza peço que separe os parágrafos. 
No demais, parabéns e bem vindo! 


Winter Wikström - Reclamada


Bom Winter, eu particularmente gostei de sua ficha. Estava bem estruturada e escrita. Nada a reclamar. 
Bem vinda!
Obs.: aguardando att <3

Aguardando Atualização

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Daniel Matthews Sex 02 Out 2015, 21:50


Ficha de Reclamação

Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Apolo. Não vou mentir: sinto uma nostalgia sempre que penso em criar um personagem desse deus porque ele foi o progenitor do meu primeiro (e que mais me divertiu) personagem, o tal Paul W. Listen - além do Elijah. Perdi os dois em PvP, como ~devem~ estar cientes, e por causa de um grande período sem interpretar, eu senti falta de desenvolver e narrar uma personalidade parecida com a minha, porque é com esse deus que sempre me identifiquei. Não quero recriar nenhum dos falecidos personagens, mas vou criar um terceiro seguindo a mesma base: eu mesmo. E é por isso que o Dan não será um fake ordinário, qual costumo narrar um pouquinho e depois abandonar por um longo período de tempo. Porque, se eu estiver certo, irei criar uma intimidade com ele que me trará novamente a vontade de jogar e frequentar o PJBR.

Perfil do Personagem

Psicológico: Daniel é feliz, simpático e social. Segue o claro estereótipo de um filho de Apolo, por isso não é tão difícil de defini-lo; apesar de, claro, ter suas divergências. No fundo, guarda uma melancolia quase palpável, por causa do passado tão comum entre semideuses: a ausência de pais. Mas não apenas de um, dos dois; sendo criado por nenhum parente, sim por um serviço social, que foi o estopim para seu caráter reservado. Embora pareça contraditório, é comum, também, que Dan seja visto fazendo amizades facilmente. Ele é reservado não a ponto de se privar do contato, mas deixa que todos conheçam-no apenas superficialmente. Em contraponto, o seu verdadeiro e único amor é a música: embora aspire, um dia, se tornar médico, o garoto sempre amou tocar violão e cantar nas horas vagas, por mais que às vezes se torne "irritante" ouvi-lo começar uma música em momentos aleatórios e, às vezes, até mesmo inadequados.

Físico: É bonito, mas não pode ser considerado um modelo. Não tem um corpo atlético, por ora, porque prefere muito mais dedicar-se à música e poesias do que atividades físicas, por mais que ainda as pratique (o que irá mudar a partir do momento em que for necessário realizar treinos no camp). Possui olhos castanhos claros, que no sol parecem alaranjados, e os cabelos eram originalmente castanhos, mas que ficaram escuros ao serem queimados pelo sol. A pele é bronzeada, mas não muito - encontrando um meio-termo com o caucasiano. Tem o tamanho na média, 1,78, e pouca massa muscular, pesando 70kg. O que mais marca em sua aparência é o sorriso simpático, quase sempre presente em seu rosto.

História do Personagem

"Se você acha que vai ler uma história cheia de aventuras, pare.

Minha vida é e sempre foi um tédio. Nunca, em momento algum do meu passado, você vai encontrar algo como uma luta épica onde eu saí vencedor, ou onde alguém me salvou e eu fui parar no acampamento - não. Eu sou tão mediocremente mortal, e tão fragilmente retratado, que é até difícil assimilar-me à uma figura impotente como um deus, e mesmo assim estou aqui. Porque eu nunca encontrei uma besta mitológica, mas já encontrei monstros. Nunca encontrei deuses enfurecidos, mas os lares adotivos conseguem ser tão indesejáveis quanto um. Você vai ver aqui que, embora eu seja um semideus, minha vida NUNCA girou em torno de um mundo de heróis e vilões, mas de drama e crueldade humana - aquela que tão oculta parece, mas consegue ser tão verdadeira quanto eu e você.

Vamos começar com o básico: eu vim de Seattle, uma cidade de NY. Eventualmente, posso ter me encontrado com uma ou outra fera mitológica, mas nunca cheguei a enfrentá-la. Lembro-me de ter, uma vez, esbarrado em um gigante que parecia ter um olho só, enquanto brincava de jogar futebol com meus amigos do orfanato no velho descampado da vizinhança - isso quando eu tinha apenas 7 ou 8 anos. O importante é que, embora eu tenha encontrado vários monstros, o verdadeiro não podia ser combatido e era o que eu mais temia: a mudança. De lar adotivo pra lar adotivo, fui criado por vários pais dos vários tipos - e nem todos eram amigáveis. Eu não podia me apegar a um só orfanato, porque logo me mudaria de novo - e assim sucessivamente, porque eu era uma criança amaldiçoada.

Claro que em um sentido conotativo, ainda que isso não tornasse ela menos real. Nenhuma família me adotava, porque um incidente ou outro acabava tornando impossível que eu continuasse ali. Isso acontecia porque eu era curioso - não uma curiosidade saudável, mas algo como um desejo de saber o que acontecia por trás dos panos de uma família aparentemente normal. Violência doméstica? Estranhamente comum. Eu via o pai batendo na mãe como se fosse algo corriqueiro - algo que acontecia, até, com frequência. A primeira vez que testemunhei isso e avisei ao serviço social em frente aos meus futuros pais adotivos, quase fui enforcado pelo homem que estava interessado em me adotar - e enquanto me engasgava em torno das mãos gigantes do homem, vi a mulher e um agente me salvarem antes que eu pudesse perecer ali mesmo.

Incontáveis outros casos se sucederam. Nenhum me queria, por mais que algumas das famílias REALMENTE parecessem normais. Enfim, próximo de fazer 11 anos, finalmente cheguei perto de ser adotado - muito previamente, descobrindo que o pai era um pedófilo do pior jeito possível. Dessa vez foi mais difícil de fugir, talvez porque nessa idade eu parecesse estar mentindo - mas o homem desistiu de mim assim que eu ameacei contar o que ele fazia. Ainda teve o casal de psicopatas, a grávida com um marido e um amante, e o alcóolatra fumante que usava a mulher como empregada. Não preciso relatar cada caso que tive até finalmente chegar ao camp, e isso foi quando eu fiz 14 anos.

Faz um tempinho. Eu fui finalmente adotado por uma família normal. Um pai, uma mãe e um irmão. Vivi com eles por pouco mais que duas semanas, e foram as melhores semanas da minha vida. Eles não tinham nenhum problema, o problema sempre fui eu: dessa vez, vivenciando a vida como um semideus, fui eu quem coloquei a vida deles em risco.

Eu estava na escola, mas a casa foi atacada por uma criatura que até hoje desconheço. Sem sobreviventes. Provavelmente foi por causa do meu cheiro, que havia impregnado a casa. E era comum casos assim acontecerem, pelo que me falaram no camp; por mais que eu não estivesse ali, tinha sido eu quem havia o atraído. E ele seguiu meu rastro até o colégio, mas um sátiro me encontrou antes. E cá estou. Sem nenhuma luta, sem nenhuma experiência de campo, apenas a pura sorte ou azar de ter confundido o meu predador com iscas - a única família que realmente poderia chamar de minha.

Três anos depois de tudo, ainda não me acostumei ao mundo de semideuses, e nunca participei de nenhuma missão. Sou o clássico faz-nada do acampamento, por isso Quíron hesita mais em me convidar para missões do que recém-chegados, que tão frequentemente perecem fora das fronteiras. Minha reclamação aconteceu ontem, e ninguém ligou - tenho poucos amigos, quase nenhum. Inclui-se nessa lista apenas alguns instrutores e curandeiros, com quem tenho o prazer de passar o tempo (conversando).

E eu acho que isso é tudo que posso te contar por hoje, diário. Porque estou determinado a fazer algo quando o dia amanhecer, e preciso de um pouco de energia pra conseguir levar pra frente os planos de finalmente tentar fazer algo útil, agora que sei que sou um filho de Apolo.

Juro que vou escrever mais em você quando tiver mais tempo, e contar mais detalhadamente como foram as semanas com minha antiga e primeira família. Só espero, portanto, que nada mais dê errado. Já estudei o suficiente de medicina nesses últimos anos para tentar seguir Asclépio e ser o que realmente quero ser, e logo logo vou dar o próximo passo, mostrando meu valor o mais rápido possível.

Boa noite, diário.

Ps: Voltando a escrever aqui apenas pra fazer uma prece rápida. Gostaria que meus meios-irmãos parassem de cantar durante a madrugada. Seria uma boa hora, para você, se revelar um livro mágico que realiza meus desejos."
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Meredith Wermöhlen Sáb 03 Out 2015, 08:05

ficha de reclamação

Daniel MatthewsAprovado como filho de Apolo
Bom, Matthews, eu não hesitei nem por um momento em te aprovar. Sua escrita é rica em palavras — o que faz fluir bem as orações — e, ao mesmo tempo, simplória ao ponto de deixar quem a lê bem confortável. Tenho que dizer que fizeste um ótimo trabalho revisando teu post, porque, olha, não encontrei nenhum erro, não. Li duas vezes, uma em silêncio e outra em voz alta, mas nadica de nada pra comentar. Gostei desse jeito de narrar, viu? Criativo, apesar de já ter visto métodos parecidos — cartas, acho —, e tudo isso corroborou para a tua avaliação. Quero ler mais dos teus posts usando essa conta. <3


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Sáb 03 Out 2015, 10:13

Atualizados.
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Re: Ficha de Reclamação

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