Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Cassandra E. Maximoff Ter 28 Jul 2015, 17:42

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Deimos


Bem...vejamos. Não tenho um motivo concreto. Decidi escolher essa divindade pois acho que se adequaria melhor a minha personagem. Apenas conheço a história a cerca desse deus, porém não possuo nenhum tipo de interesse nele.

- Aspectos Físicos

Através deste rosto sereno e delicado guarda suas características mais profundas logicamente. Cassandra é composta por uma pele pálida assim como a lua, seus cabelos são loiros e curtos, chegando na altura dos ombros. Os fios são lisos, proporcionando um balanço suave e natural. Seus olhos são de um verde-pistache. Ao corpo digamos que é proporcional a sua altura de 1,70. Tem lábios sedutores e sobrancelhas finas. Seus seios são grandes mas não de uma maneira vulgar. Se despoja de vestes sofisticadas e que façam cair bem em seus corpo. Prefere calçados simples que proporcionem extremo conforto aos pés. Seu rosto tem uma forma oval sendo seu queixo um pouco fino. Os braços não são desenvolvidos sendo uma mulher, porém ela não é fraca.

- Aspectos Psicológicos


Costuma assustar os homens, de uma forma agradável. Ela é bonita e atraente, mas a sua independência e seu jeito inegável a tornam bastante diferente. Charmosa e sedutora, Cassandra chama a atenção por sua elegância natural e por sua gentiliza  As vezes pode ser extravagante, sendo essa a imagem que queria passar. Uma pessoa de espírito avançado e com a cabeça sempre voltada para o futuro, gosta de qualquer novidade e é seguramente ‘anti-convencional’. Possui porém convicções rígidas, que dificilmente mudam.


História

Nascida na Itália durante, a década de 95. No hospital em plenas 1:00 da manhã já se via o suor de uma mulher, para ter sua filha... Os cuidados com aquela criança eram, preciosos, pois, logo ao nascer ela já terá problemas, relatados como famosamente chamado hoje em dia de infecção hospitalar. Nem, mal a menina chegou no mundo e já encarou o sofrimento na primeira, semana em que foi-se detectada a infecção, a menininha foi mandada imediatamente para uma sala frechada sem ventilação alguma para se recuperar o mais rápido possível. Porem, tudo parecia dar errado, quanto mais os médicos e enfermeiros tentavam cura-la, mais a criança piorava.  Então a preço disto a equipe, médica de todo o centro de saúde resolveram investigar através de um raio X , para ver o que aquela teria. Todos, que estavam agrupados naquele mesmo instante para diagnosticar e explicar, resumidamente do que estaria prestes a ocorrer ou então o que esta acontecendo.

-Senhora Maximoff. -Dizia o médico. um homem alto de cabelos louros e olhos claros.

-Sim, já sabem o resultado do exame? Sabem, o que minha filha tem?- Perguntava, a mãe da  menina se levantando da cadeira de rodas, que a acompanhava em boa parte dos momentos em que estava ainda no hospital. O médico, abria a porta do consultório deixando brecha para que a mesma entrasse, para receber a noticia. Lentamente, a marinheira de primeira viagem (termo dado, para uma mulher que é mãe pela primeira vez.) adentrava, a sala branca e se encostava na mesa tremendo com medo de que seguintemente ouviria. O gelemo, então se sentava a mesa e colocava uma chapa e duas papeladas rasuradas.

-Não sei como dizer isto a, senhora, mas  sua filha esta com câncer. Não sabemos, ao certo como ela podê pegar isto tão novinha e nem se é maligno ou não...- O doutor, apenas olhava e colocava uma das mãos próximas aos lábios expressando sono.

-Doutor...-Neste mesmo, minuto lágrimas escorriam pela face esquerda da mulher. - Já ouvi falar disto... Porem não sei bem, o que é. Por favor doutor, diga que ela terá salvação.- Suplicava a mulher. O rapaz, trajando seu jaleco cor branco se levantava e murmurava profundamente e ia a direção de uma gaveta. Nesta gaveta continha, diferentes pastas com catálogos de doenças ou síndromes. O mesmo, puxava uma amarelada lá, estava todos os estudos feito sobre o câncer. Um papel era colocando, sob um imenso quadro iluminado e ali começara as explicações.

Câncer é uma doença caraterizada por uma população de células que cresce e se divide sem respeitar os limites normais, invade e destrói tecidos adjacentes, e pode se espalhar para lugares distantes no corpo, através de um processo chamado metástase. Estas propriedades malignas do câncer o diferenciam dos tumores benignos, que são auto-limitados em seu crescimento e não invadem tecidos adjacentes, embora alguns tumores benignos sejam capazes de se tornarem malignos.-Explicava, o médico com um lazer apontando o trecho do texto no quadro iluminado. Glória, tremia mais que tudo o choro era inconsolável. Querendo ajudar, a moça aflita o bom médico ia junto da tal e perguntava em voz baixa.

-E o pai desta garota, onde esta? -Perguntava, o doutor curioso. Retirando uma das mãos do rosto, a progenitora o olhava e respondia confusa.

-O pai da Cassie... Hum... Não, sei bem onde ele esta... Ele não é daqui digo.

-Então, de onde ele é?

-Não posso dizer... Bom, posso ver minha filha? Onde ela esta?-Perguntava a senhora, tentando mudar de assunto.

Respirando profundamente, e sufocativamente o rapaz pegava a caneta abria a porta com a mão esquerda e apontava o tal objeto na direção de uma porta que ficava no fim do corredor.

-Ali.-Respondia gentilmente. A senhora Maximoff, ia andando calmamente pelo corredor com sua cadeira de rodas. Até enquanto ver, a maçaneta da porta meia aberta e assim toca-la, e conseguir adentrar no recinto. O lugar era todo branco, e acima da cama/ maca estava, a nobre criança a repousar em seu sono tranquilo. Em suas veias estavam ligadas, tubos de soros que levavam a resistência diária.

-Filha...-Murmurava, a mãe chegando perto da cama.-Isto tudo é culpa de seu pai... Há muito tempo, ele veio a terra e... Am... Ele é um Deus, um dos mais belos... Deimos era como... O céu... As estrelas tudo para mim... E você Elissa, foi uma das minhas maiores glórias e agora. Lembro-me até como se fosse hoje aliás, ele tinha o medo no sangue e fazia os outros sentirem isto, mas a mim não foi assim… Ele me fez mulher!-Caia nos prantos.-Não quero perde-la, lutarei para que fique melhor e assim como seu pai quero que seja forte para o que irá enfrentar, além desta futura cirurgia você sairá viva! Eu sei que sairá!-Afirmava confiante.


No dia seguinte...


O hospital, estava todo movimentado numa das rodovias que ligavam um país ao outro havia sofrido um abalo. Dois caros se chocaram, e fez uma família inteira ser ferida. Logo em plena manhã estava, marcada a cirurgia de Cassie (Apelido). Na maca corriam todos os cirurgiões, para a sala de cirurgia... A criança com apenas 2 dias, já estava dopada. Fria e sem cor alguma ela ficou no meio da caminha tomando soro e sua cabeça estava aberta, e sendo mexida pelos profissionais de saúde. Em menos de seis horas depois, a equipe inteira saia da sala e se sentava com as mãos na cabeça.

-Como, pude fazer isto!-Falava, o cirurgião mestre  da operação inconformável.

-Normal, Doutor Han ... Não é sempre que passam de uma cirurgia fortes.-Consolava, uma das enfermeiras. A sala estava escura, como uma luz somente apontada para o pequeno corpo que estava coberto por um pano verde. Aquela que no incio somente lastimava, agora ficava com ar esperançoso chegando em frente a sala cirúrgica esta encontrava todos aqueles sentados.

-Então como saiu tudo?-Perguntava a jovem, com as mãos unidas.

-Senhora Maximoff sinto muito, mas... Sua filha tem pouco tempo de vida...

A confiança, vazou em um minuto e o desespero voltou a reinar naquele simples coração.

-Como assim? Não diga que...-Ela, punha as mãos contra a boca chorava.-Ela não tem cura?

Decepcionado o homem, abria a porta da sala de cirurgia e apontava o dedo na direção da pequenina.

-Ela terá somente 16 anos para viver, isto é claro fora daqui... Pois, aqui dentro seria só mais alguns meses.

Decidida por hora, a mãe planejava ir embora da unidade clínica e criar sua filha longe de qualquer barulho ou ar hospitalar. Assim levando-a na semana seguinte, para casa. Tudo estava arrumado, enxoval... Carrinhos e outros brinquedos que obviamente qualquer criança se apaixonaria. Sempre que cai o anoitecer a menina perdia o ar, e não conseguia dormir fazendo apenas com que o seu câncer piorasse e mudasse os rumores, de todos os dias.


16 Anos depois.

Como todo o bom, tempo se passa e desta mesma maneira seria mais uma fase para marcar a garota e futura meia sangue. Vejamos os futuros momentos...

-Mãe...- a pergunta pairou no ar, quando chegou em casa.

- Cassoe minha querida, chegando a esta hora? - a voz da mãe surgiu depois de alguns segundos.

-Sim, tive que sair do colégio, pois... - sua garganta pareceu fechar - perdi o ar...desculpa  

-Esqueci de comprar seu remédio, desculpe meu amor. Deite-se que já vou lhe dar a bomba.

-Tudo bem.

Andando suavemente, a garota largava a mochila ao chão e deitava na cama. Olhando para o teto, esta sentia-se frustrada e em seguida olhava a direção onde estava sua mãe.

-Mãe. - Seu tom era triste.- Será que um dia a deixarei, em paz para viver tranquilamente?

-Que besteira é esta que esta dizendo, filha ?

-Hoje, meus colegas de classe disseram que eu teria de morrer, para que fossem felizes e que eu deixaria assim o mundo mais colorido.

-E você deu ouvidos? Quantas vezes lhe disse que isto é tudo besteira ? Eu, te amo filha e não quero que parta.

A menina era muito depressiva, a preço disto qualquer palavra de conforto poderia reverte-se em uma ofensa, por isto sua mãe tinha que ser sábia ao dirigir-se á adolescente.

- Eu tenho ódio de viver e tenho  nojo de mim mesma. - cuspia as palavras, sentindo o corpo ferver de raiva - Sabe o que é ir para um lugar, onde todos podem te conhecer e ao invés de comentar o bem dizem o mal e retratam esta doença como se fosse lepra ?

Se aproximando da pequena rebelde, sua mãe a aconchegava nos braços e beijava-a na cabeça.

-É por causa da quimioterapia né ? Eu sei que isso é assutado - ela pareceu hesitar - olha filha..

-Não mãe, estou apenas dizendo as verdades que a muito tempo aguentei calada... Cansei!!!-Falava, cortando a mãe.

Estava parecendo que tudo estava acabado até aqui. Já era difícil ver uma criança com uma doença atualmente sem cura. Por mais que desejasse que aquilo tudo acabasse, no fundo ela sabia que teria mais coisas para enfrentar. No dia seguinte, tudo poderia ser como o normal e mais habitual possível. Ela poderia acordar, se arrumar e ir para o colégio como sempre, mas o maior desafio para alguém que sofre desta mera infecção de células é a quimioterapia onde as madeixas de milhares de pessoas eram cortadas para que os exames de analise em principal, fossem feitos para o bem destas.


NO CONSULTÓRIO:


Em frente de um grande espelho, Cassandra estava com os cabelos louros soltos e penteados para trás e usava uma blusinha simples junto com a calça jeans . De repente, uma máquina de cortar cabelo era ligada. Catherine, uma das enfermeiras do consultório fez questão de dar forças e apoiar num momento tão difícil como aquele. O aparelho fazia um barulho assustador, os cabelos lisos e bem propagados caiam no chão. Em menos, de meia hora a cabeça estava toda raspada. Lisa e sem um fio sequer. A mesma deixou triste o hospital, sentindo-se mais derrotada do que tudo. Ignorou o esforço dos médicos ao elogiarem a coragem dela e todo aquele humor falso.

A saída foi rápida. Se dependesse de Cassandra, nunca mais veria um posto ou um centro clinico, apesar de saber que era aquilo que prolongava a vida dela


Mais tarde, naquele dia :

A senhora Maximoff, andava por sua casa, desolada pelo ocorrido mais cedo de sua filha e da deixa de seus cabelos. Sem forças para pensar, se encaminhava para o terraço da casa. Um lugar fechado e bem estruturado com boa cobertura.

-Deimos, por que você sumiu? - perguntava para as estrelas no céu. Sentindo-se ridícula por esperar algum tipo de resposta -  Será que até quando sua filha precisa de ajuda, você some e não deixa rastros?

Como as preces da terra poderiam ter chances de se elevar aos céus, com um piscar de olhos.


Enquanto isso no monte Olimpo:

-Pai...

-Diga, Deimos.-Falava, Aresum dos patriarcas do monte (No sentido de te rum filho divino).

-Na terra, uma de minhas proles, Cassandra, esta com uma doença quase incurável, por isso peço que abra uma exceção para que a veja, a Glória estava pedindo preces e me atraindo para resolver!-Explicava resumidamente A Deimos o Deus do Pânico. Ares, era considerado um dos maiores homens de feitos desbravadores, e nestes feitos fazia com quea lei de seu pai fosse, executada com pudor e rigidez. Os olhos e o humor, do pai celeste mudou aquela, mente que pouco transpareceria a calmaria ficava nervoso, sem o que dizer apenas num soar da voz que o filho do pânico com a Deusa do amor, fez este se levantou como um leão de seu trono e foi ao encontro do tal. Os cabelos, nengoros e olhos azulados cercaram Deimos tornando tudo aquilo como, um simples julgamento...

-Deimos, entenda uma coisa jamais deixarei que um de nós os Deuses, se misturem com as proles mortais. Esta me entendendo? JAMAIS!!

-Aliás, se você tiver o poder de ver seus filhos Deimos, também irei ao mundo terrestre e ai daquele que me impedir!

Afirmava,  e esclarece ridamente Athena adentrando um dos salões sublimes no intuito de cortar seu sobrinho. O couro magnificente, das Horas e Ninfas ecoou as sobrancelhas ambas as de Athena e de Deimos se mudavam e  o clima estava pesado e acirrado. Como já não bastasse, tudo aquilo estar pesado e sem moral alguma para todos os lados apresentados chegava-se Hermes, montado em cima de seu famoso par de sandálias aladas.

-Isto, não tem razão alguma, se todos nós conseguimos por noites em várias partes do mundo por que não podemos vê-los ao menos uma vez?-Hermes, desde das eras mitológicas ele sempre foi marcado como, um homem hábil com as palavras e também ágil no conteúdo de defesa oral.

-Não deixarei, que esta garota morra mostrarei que ela é como o pai, forte e potente.-Falava, Deimos que saia andando com o elmo em mãos e com o rosto indócil e com a capa vermelha tampando o peito.


Já voltando a terra, a mãe da garota fazia o pedido e caia num sono profundo sob uma cadeira. Já na parte, superior da casa onde localizava-se o quarto da menina. Um local cheio de parelho de respiração e todo rosado. Perto de uma, janela imensa. Estava, dormindo profundamente com um cobertor vermelho e com a cabeça coberta por um lenço. No sonho, aparecia uma imagem figurativa de sua morte em uma mesa de cirurgia... E a voz de um homem iria salva-la.

Já estava prestes a raiar o dia, aquela garota que tão cedo acordara teria que logo ir para uma bateria de exames. Com um longo casaco, verde e um cachecol vermelho que combinava com o lenço amarrado na cabeça de Cassie se sentia derrotada e olhava a imagem própria refletida contra o espelho e suspirava.

-Mãe, não quero ir, me sinto derrotada fraca Ahhhh! Por que não morro logo?!

-Fique, quieta e vamos tudo vai dar certo apenas basta crer.

Consequentemente, aos esforços da boa moça levou a filha forçada dentro do carro. Era muito, sofredor ver uma garota tão bonita estar a par de arcar cada dor que o câncer trazia. Na chegada, do local ambas estavam sentadas na mesa da sala de atendimento. No prontuário, estava registrado toda a nova rotina: Cirurgia de tarde e internação estavam marcados para o mesmo dia. Já se eram 4 da tarde na brincadeira se dizendo, (expressão de falar) deitada na maca a menina suavemente beijava as mãos da filosofá e mãe e ia até à sala dos pesadelos. (Sala de Cirurgia famosamente apelidado desta maneira para crianças que morrem de medo de terem que passar por tal procedimento.) Uma seringa logo de inicio, perfurou os pulsos da garotinha assim aplicando a anestesia e fazendo com que a mesma adormecesse. Já passando-se uma fase de uma hora e meia os médicos, já começavam a dialogar.

-Ela, esta morrendo.-Concluía um dos integrantes. Eis que uma voz, surge para fazer o milagre.

"Cassandra... Acorde e levante-se, você tem muito para viver ainda !"


O  utensilio, disparava a reta que mostrava a vida da doente vazar fazia se tornar em vida outra vez.

No vidro, da porta uma mão pálida encostava e um grito ecoou do corredor principal.

- Cassie !

As mãos da, filosofá se elevavam a cabeça e assim ela se abaixava. Duas camas, sairão da sala uma era com um aparelho grande e largo que ocupava boa parte e na outra maca estava, a menina com um tubo conectado na veia.

-O que houve, agora?-Perguntava impacientemente a mãe.

-Sua filha tem algo estranho, ela tem um distúrbio sanguíneo em quase todos os tratamentos.-Tossia o médico, com uma das mãos  tapadas e com o jaleco sob a boca. -Ela terá, que ficar aqui nesta noite.


Decretada, o dizer do profissional da área de saúde mais um lamento estava prestes a acontecer. Naquela noite, que cairá uma chuva tediosa que conseguia a quilômetros deixar um rastro de desastre. O telefone toca. Glória atendia, com uma voz de medo e temor. Um homem, falava com ela de maneira escrupularia através do aparelho.


"-Escute aqui Glória, é melhor você me atender e ir para Bangladesh se não diga, adeus a sua filha e mais sei que ela sofre de câncer e das mais lógicas ideias que tenho Ares esta prestes a quebrar, o tratado magnificente dos Deuses!!!!-"


Com, o celular no ouvido e ouvindo cada palavra. A senhora, da filosofia largava o objeto no chão e pegava sua bolsa. De lá, esta saca uma mini caderneta azulada e uma caneta prateada e começava a escrever. Em menos de 10 minutos, ela largava um bilhete ao lado da cama de sua filha  saia pela porta com todas asa coisas que tinha até no mesmo momento.  Ao alvorecer da manhã, a adolescente que estava dopada acordava e notava, com estranheza o sumiço de sua mãe. Ao olhar do lado de sua cama, a tal avistava um bilhete junto a uma rosa.


-O que, é isto?

Retirando a pequena flor vermelha, puxava a cédula e lia com calma e transparência sentimental nítida.

"Querida Cassie...

Recebi uma ligação, na noite passada e não pude acordar com você. Obedeça o senhor Corin, e tome todas as medicações necessárias.


                                           Mamãe te ama meu amor."




Tossindo a jovem, largava o papel e se deitava agindo normalmente como sempre. De repente, Courin batia na porta e entrava desejando um bom dia a nova paciente que estava hospedada no nosocômio.



-Oi, oi Cassie .-Cumprimentava, ele.


-Ah, bom dia senhor Courin!-Enunciava, educadamente ela.-Sabe para onde minha mãe foi? estou preocupada com ela...-Murmurava perguntando, aproveitando a presença do rapaz.

-Não sabia que ela tinha saído, ela não deixou nenhuma nota?


-Só um bilhete, mas lá não diz onde foi! -Respondia. O homem, se sentava enquanto isso ao lado da garota e retirava o lenço azulado que estava enrolado na cabeça da mesma.


-Aqui, não precisa disto és bela desta maneira. Vim aqui, somente para lhe entregar este panfleto para escolher uma atividade para realizar, nas horas vagas. -Rindo ele colocava, o libelo as pernas da menina e sorria saindo e fechando a porta. Segurando o folheto ela lia os diferentes, jogos.


-Luta.

-Salto com vara.

-Corrida.

-Colheita

-Teatro.

Coçando a cabeça ela, observava cada uma das abertas e curiosa apontou o dedo para a colheita.

-Colheita, parece legal...-Sussurrou, para si mesma. Nem mal se fez a palavra, e uma dor de cabeça terrível. Uma voz ecoava, como um sopro.

Cassie... Escolha, a luta! Lute!'


A mão ia automaticamente, na cabeça a dor que antes era forte se tornava fraca aos poucos deixando ela pensativa.


-Luta? Esta deve ter sido o som da minha consciência... Então será luta né?-Se perguntava, assinalando com um X na alternativa. Olhando, desorientada para o quarto todo ela tentava achar um meio de entregar o documento. Mirando o olhar pela janela, o dia não estava dos mais belos o céu estava para tempestade. Cinzento e com raios estampando todo o céu... Belo dia de cochilo... Aos poucos, e suavizando coma brisa da chuva Liss se aproximava do travesseiro. Pronto dormiu!


Bangladesh, Índia.


Em meio, o sol da Índia o Deus dos Deuses que haveria ligado para Glória ia enfurecido ao encontro desta. Saindo da Itália  ela ia com o coração nas mãos (expressão). Embarcada num avião, ela se sentia só e com medo a voz esbravejada dava a entonar que aquilo seria um fim... Ou melhor, um fim que daria brecha à um novo começo. Enquanto isso, Ares não aguentava mais ficar em Bangladesh a merce daqueles mortais. O sentimentalismo deste era fraco poderia matar alguém com um dedo só então decidiu uma ação em segundos milionésimos. Andando sorrateiramente, a divindade se escondia de toda a população que passava o dia normalmente, e voava rasgando o céu. O avião que fazia, sua rota parou. Um estrondo a cima de tudo, no telhado ao certo se fez. O Deus imperante da guerra que localizava-se, além dos céus abria o avião com o raio mestre e matava Glória, mas porem não poderia deixar aquelas "testemunhas" vivas, a preço disto todos que estavam naquela pacata viagem morreram.


-Vingaras a ousadia de deimos,Glória!-Afirmou, a espécie celeste.





Voltando para Itália


[...]

Cassandra, depois de 2 horas acordava com fome... Então assim, ela se comunicava por um interfone que ficava ao lado da maca e de um jarro d'água. Ligando a TV que ficava, acima da cama a pequena tomava um susto que mudaria mais uma vez o rumo de sua vida.


''-E nesta, manhã ocorre um acidente com um dos aviões que levavam passageiros da grande Itália para Bangladesh... Nenhuma das pessoas, sobreviveram. Agora veremos imagens dos corpos encontrados."


Foi nesta reportagem que todo o hospital foi paralisado em luto, sua mãe era uma das mortas. Na unidade desfilavam crianças com lenços pretos na cabeça, e a fúria daquele ato mal descrito pela rede televisiva encheu o coração da garota de ódio.  Aquele mero sussurro que anteriormente, havia acontecido não era por nada , mas sim um sinal. Tudo que lhe restava, somente era a luta. Passado-se uma semana da morte, dava-se incio a fase de atividades. O começo foi muito básico, todos os doentes estavam reunidos na frente de um grande campo. Espadas de aço eram dadas aos tais, e assim começava em equipes, eles se dividirem e que começava a batalha. Elissa, com a raiva que estava batia em todos de maneira com que fintasse sua raiva proporcionalmente.


[...]

Os anos passavam, mas só um compromisso arrebataria as emoções desta garota.


2 anos depois, Março.


Estava no fim, do tratamento uma surpresa teria esta mulher que completará 18 anos no mesmo dia. Os cabelos que foram raspados, cresceram dando lugar aos belos cachos castanholes.


-Cassie !-Gritava, correndo Courin.

-Courin, o que foi ? -Perguntava, ela ria ao ver a cena - Algum problema ?

-Primeiramente, feliz aniversário agora é uma mulher que alegria e em segundo... -Cafungava, sem ar.-Vi, os exames da semana passada e vim te noticiar que, você esta curada, o câncer foi embora, você está salva!

-Não brinca? Meu Deus, finalmente sou grata à ti se não fosse você nada disto seria realidade. -Abraçava, como forma de agradecimento.

As lágrimas de alivio e vitória, estavam escorrendo de ambas faces.

-Agora, poderá ir embora não tem mais nada do que aturar querida.

-Acha mesmo que odiava vocês? Nunca! Imagine amo todos... Gostaria de participar da luta, greco-romana de hoje na floresta posso? A Annye estará e quero me despedir.

O ser, masculino apenas fazia um gesto com a cabeça de positividade.

-Pode.-Respondeu, ele sorrindo.-Engraçado, acredita que com esta atividade seu câncer ficou alternado até desaparecer?

-Não, sabia por que?

-Não sei ao certo, mas peço uma coisa não pare de guerrear... Com moderação claro é que você se sai bem empunhando armas e por incrível que pareça você faz todos sentirem medo.

-Obrigado, se bem que eu não sabia da parte do medo.-Agradecia rindo.

O último ato, naquele hospital estava prestes a acontecer. A liga feminina da guerra contra a doença estava reunida todas armadas para uma prazerosa diversão. Eis que, a despedida foi intensa com um caloroso abraço ela ia pela última vez em batalha.


Na hora tudo estava muito divertido, as quedas e escorregões no meio da lama fedorenta que ficava no meio das árvores fazia gargalhadas inesperadas aparecerem com o céu escuro tudo ficava melhor. Até que... Existia um lago, surpresa onde todos tinham que descobrir-lo e ultrapassa-lo com exito.


Foi difícil... Mas todas as garotinhas passaram, menos a mais velha delas. Sim Cassandra escorregou e caiu no meio das águas e foi puxada por uma mão azulada.

Levou horas... Até, a moça aparecer de frente a uma porta gigantesca.


-Onde, estou?


Pequenas pegadas manchavam a terra negra, e a folhagem violentamente caia na frente da própria abrindo um caminho de flores, para o portal.


"Entre no portal Cassie, venha! venha! "

A dor de cabeça, que anos atrás esta sentiu novamente aconteceu. revoltada desta vez, ela se abaixou com os dedos indicadores no centro de sua testa.

"Sou aquele, que aparecerá escrito na pétala mais bela que cair da árvore."

-Hum?

Em meio as folhas, verdes uma pétala vermelha caiu na cabeça e nos cabelos marrons como a terra.

-Vermelha? Vejamos.

Curiosa, ela abriu a florzinha fechada e as letras, D,E,I,M,O e S estavam juntas. Com dificuldades de enxergar ela aproximou a cabeça para ler e arregalou os olhos e ficou com a boca aberta.

-D...Eimos- A garota leu, primeiro com dificuldade.-Ahhhhhhhhh!Deimos, mas este é nome de quem?

Bailando, as folhinhas das arvores giravam e a pétala que estava na mão da menina voava juntamente as outras. Comumente coloridas e sedosas, cujo conjunto forma a corola das flores, e que envolvem imediatamente os estames formou a porta com um tamanho mais expansivo e acima estava escrito "Acampamento meio sangue."

A voz mais uma vez ecoou na cabeça da jovem mulher esclarecendo um mito antigo vindo da Grécia onde dizia de esta ser a filha do mesmo que a aconselhava, anos atrás.


-Acampamento meio sangue? -Caminhando, com um olhar eletrizante ela adentrou aquele campo magnético de aventuras. Mil olhares a viram, mesmo estando com um traje simples do hospital da guerrinha tomou muitas atenções.


-Bem-vinda filha de Deimos!- Cumprimentava um velho barbudo, seu de humano vinha até a cintura, onde dava lugar para uma forma de cavalo.

-Filha de Deimos ? -Falava sem entender. Em mesma hora, no braço esquerdo acima do pulso com veias entrelaçadas azuladas uma tatuagem de fantasma e de uma mulher chorando coloriu aquela pele pálida e sadia. Risonha como só ela, foi-se encargado rapidamente. Um grupo grande de homens e mulheres, gentilmente a receberam eram realmente muito hospitaleiros. Dando assim boas vindas ao rebento, do medo.
Cassandra E. Maximoff
Cassandra E. Maximoff
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Jhonn Stark Ter 28 Jul 2015, 18:26


Avaliação - Ficha de Reclamação



Cassandra E. Maximoff - Não Reclamada

Cassie, bem, vamos falar por pontos.

Primeiramente, vamos para as características, motivos para escolher o progenitor e tudo mais: Yup. Em algumas partes, eu senti um excesso de informação, enquanto em outras, como na do motivo para a escolha de Deimos como progenitor... Eu senti que faltou alguma coisa. Sei lá, pelo menos jogar um motivo aleatório.

E então, partimos para a ficha em si, não é mesmo?

Olha, sua ficha foi beeem grande. Eu me senti lendo um livro, quando uma ficha não precisa ser tão longa assim. Aquela história de excesso de informação, acredito eu. Com esse mesmo excesso de informação, sabe aquele ditado de "Quanto mais se escreve, mais fácil se erra"? Eu senti isso ao ler. Vários erros de pontuação, que acabaram por deixar a leitura mais complicada, e erros de ortografia - inclusive alguns de acentuação.

Por esses motivos, dessa vez, eu realmente não vou poder te aprovar. Porém, vou deixar algumas dicas que com certeza podem ajudar a melhorar seus textos.

Primeiramente: arrume um template. Divida as falas de forma mais clara, além de deixar os parágrafos - e a história em si - mais resumidos. Um bom template e uma estruturação esforçada sempre deixam um post mais atrativo, isso foi algo que aprendi um pouco depois de entrar no fórum. [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] segue o link de um tópico com algumas alternativas.

Sobre resumir e tudo mais, eu digo pelo fato de que parágrafos muito grandes acabam por ser exaustivos, e pelo fato de que uma história muito grande também. Fichas de reclamação geralmente são bem mais simples. Se puder ler algumas das aprovadas para ter um exemplo disso, seria uma boa. Não precisa contar a história inteira da personagem. Apenas a parte principal para o que está sendo pedido.

Então passamos para a parte de revisão. Este é um dos pontos que mais complicou o seu texto, e eu entendo que um texto longo dá mesmo preguiça de revisar, por isso reduzir também pode ajudar com isso. Enfim. Primeiramente, vamos falar da pontuação: o conselho aqui é sempre ler o que escreve com os intervalos que colocou. Fale em voz alta, se preciso. Isso ajuda a perceber intervalos que não deveriam existir, assim como a perceber os que faltam.

Depois, vamos para a parte da acentuação. Apenas ler, reler e questionar. A crase e o acento agudo foram os casos onde mais você se complicou. Sobre palavras que acabaram por ser erros de digitação, a chave também é pura revisão. Até mesmo um corretor ortográfico do word ou outro programa do tipo pode ajudar muito nisso.

Além disso: foco na coerência. Nem tudo pode ser deixado como uma brecha, como uma cura repentina para a doença da personagem, a parte de como ela foi parar no acampamento - que eu mesmo boiei muito lendo - e coisas do gênero. Explique. Convença.

Então, é isso: resumo, revisão, pontuação, organização e acentuação. Conseguindo fazer isso, não duvido que você consiga passar. Realmente, torço para que não desista, e estarei aqui para avaliá-la novamente. ^^

Jhonn Stark
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Barbara Sewford Qua 29 Jul 2015, 18:57

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000 words. With the peoples. Wearing this.

Gostaria de ser reclamada como filha de Hécate. Essa deusa em especial me desperta o interesse, levando em conta a facilidade que teria para interpretar uma de suas descendentes. Meu ligeiro conhecimento de assuntos como magia e sobrenatural também contou pontos na hora da escolha.

Características físicas: Bárbara é uma semideusa com quatorze anos de idade e possui longos cabelos de coloração preta, íris preenchidas por um tom escuro de castanho e uma pele morena, além do par de lábios encantadores. Apesar de alta, seu corpo não lhe proporciona uma força grande em batalha por conta de seu pequeno peso.

Características psicológicas: Quando desenvolveu sua psiquê, Bárbara se transformou em uma criança rancorosa, amedrontada e rebelde. Além de antisocial, Sewford passou a adotar uma posição definitivamente curiosa, algo que, somado à sua bipolaridade, prejudicava no círculo de convivência. Seu jeito ultrajante, irônico e egocêntrico de ser faz com que muitas de suas amizades a acusem de ser falsa. Desde pequena, a garota vem escondendo sua insegurança para não ser alvo de palavras ofensivas.

۞

Ainda ouço o zunido provindo da música alta da festa. Ela ecoava por toda a vizinhança. Os sons longínquos de risadas se esvaiam conforme eu me afastava de toda a balbúrdia. Do outro lado da viela, em cima de uma árvore velha, havia uma mulher de pele extremamente branca e cabelos acinzentados que acenava para mim com um sorriso bobo estampado no rosto. Provavelmente ela estava me chamando para subir lá. Estranhei aquilo, mas segui em seu rumo sem hesitar. (...) Repentinamente, o galho em que estávamos se partiu e caímos na grama fofa. -PÁ-.

Olhei confuso para os lados e avistei “Helena”, a garota de cabelos grisalhos, aos risos. A forma como ela sorria me chamava a atenção - e somado as drogas que eu havia consumido, não consigo distinguir a fantasia da realidade, talvez eu estivesse sonhando ou tendo alucinações, mas isso não importava no momento, pois só conseguia dar gargalhadas também. Quando ela questionou meu nome, disse “T”, pois era como os mais íntimos no local me chamavam.

Passamos minutos e minutos ali conversando, e parecia que para nós não existia mais uma casa de festas com uma massiva presença de bêbados para lá e para cá. Só existiam dois futuros amantes. Foi ali que tudo começou, com uma abordagem carismática de Helena, que me encantou e envolveu.

Mal sabia eu que, após uma noite de risos, loucuras e orgia, haveria um fruto apodrecido. Tempos após o desaparecimento da deusa, eu já me encontrava em meio a alucinações. Recebi Bárbara numa cesta velha na porta de casa, estando anexo um bilhete que eu não tive a audácia de ler. Pequei. Aquilo só fomentou o meu anseio de ver mais e mais de minha divina amada. Meu vício estava tão cristalizado que imaginava seu odor em minhas roupas, em minha cama.

Cerca de alguns meses após o desaparecimento de Helena, tinha certeza de que ela ainda estava por perto. Conseguia senti-la por perto. Os gestos mais sutis lembravam-me dela: o vento balançando as persianas à noite, o barulho da chuva... Tudo, tudo isso, apenas aumentava o vazio que residia dentro de mim.

Os anos passaram-se e matriculei Bárbara em uma das escolas da vizinhança. Desde Helena, nunca me envolvi com outra mulher – não tinha essa necessidade – e passara a me concentrar apenas na minha filha, realizando todos os seus desejos e vontades. Seu rosto era incrivelmente parecido com o da mãe, e isso me deixava confortável quando sentia-me sozinho: os seus lábios levemente róseos, as bochechas pálidas e as sardas espalhadas pelo rosto. Eu amava Bárbara, transferi para ela todo o amor que sentia por Helena.

As minhas alucinações vieram logo depois: eu me lembrava de Helena nos momentos mais inoportunos, via o seu rosto nas pessoas mais arrogantes... Na caixa do supermercado, na segurança do meu condomínio. Eu era consumido por dentro pela ausência daquela mulher... sentia minha mortalidade esvair-se quando ficava longe dela, e a única pessoa capaz de reverter esse processo era Bárbara, minha amada filha.

Mas Bárbara, com a sua incrível semelhança com Lissa, não escapara. Às vezes, eu confundia o seu nome, e ela apenas me lançava o mesmo sorriso bobo que eu vira em Lissa àquela noite. ''Papai'', ela dissera, ''o senhor já está ficando bastante velho''.

Minha fixação me atrapalhava no trabalho. Recebi a primeira suspensão de um mês e o meu mundo desestabilizou, não sabia o que faria para pagar as contas ou como sustentaria Bárbara. Quando cheguei em casa, ela estava na sala, com o tripé montado, sustentando uma tela pigmentada com diversas cores. O chão ao seu redor estava colorido, da tinta que respingara, e isso era mais uma das bagunças que eu teria que lidar. Eu já estava farto disso. Era pai solteiro, aguentara a garota enviada pela mãe, sem contestar, dera à ela todo o seu amor, e era isso o que ganhava em troca? Suspirei e avancei na direção de Bárbara, segurando-a, primeiro, pelos ombros. O olhar da garota passou por metamorfoses: primeiro, confusão, depois o medo e, enfim, o desespero... O mesmo desespero que eu sentia naquele momento, fazendo a raiva fluir por dentro de meu corpo.

Joguei Bárbara contra a parede e passei as mãos grossas ao redor de seu pescoço, pressionando. Uma pequena quantidade de saliva começa a borbulhar para fora de minha boca, passando por meus lábios e atingindo minhas mãos, até o corpo de Bárbara. Minhas têmporas latejavam e os olhos ardiam feito brasa. Mesmo que quisesse parar, por um instante, não conseguiria; àquela altura a Loucura já havia tomado posse de meus atos, eu só estava exercendo meu simplório papel de uma marionete, a vontade de matar Bárbara não era minha, mas era preciso fazê-lo ou minhas veias explodiriam em pedacinhos. O choque entre algo tão delicado e algo tão bruto, que eram minhas mãos caleijadas e ásperas. Eu podia ver o rosto da filha tornando-se mais arroxeado, o ar incapaz de passar por sua traqueia, a dor pungente e inebriante me forçando a fazer aquilo.

Pensei ter escutado uma das portas do apartamento se abrir, mas associei isso apenas à ventania. Os olhos de Bárbara tornaram-se vermelhos e sua boca estava aberta, tentando sorver o máximo de ar possível. Subitamente, fui abordado pelo som de passos atrás de mim. Soltei Bárbara e me virei, sem tempo o suficiente de me desviar do bastão que veio direto contra a minha têmpora. Quando caí no chão, me deparei com as pernas do sujeito, cobertas de pelos acastanhados. Bárbara também desmaiou, mas, antes de cair, viu aquela criatura parada diante dela. A silhueta humana que acabava em pernas de bode com cascos.

Quando acordou, sob a lona fedorenta de uma tenda, infestada de mosquitos, saltou do leito e procurou por ajuda, deparando-se com o mesmo homem que a salvara na noite anterior – era um sátiro, ele lhe disse –, e informou que estavam nos limites do Acampamento Meio-Sangue, o único lugar seguro no mundo para jovens do tipo dela.

''Do meu tipo?'' Bárbara perguntou, subitamente mais curiosa.

''Você está prestes a descobrir'', foi a única resposta que teve. Um pentagrama extremamente branco se materializou acima da cabeça de Bárbara, chamando a atenção dos semideuses mais próximos. A partir de agora, Bárbara seria treinada como uma filha de Hécate.
Barbara Sewford
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 128-ExStaff Qui 30 Jul 2015, 00:57


Avaliação
Vamos ver como você foi...


Barbara Sewford: Não reclamada.

Sua história é bastante interessante, porém, a ficha para filhos de Hécate é avaliada com mais rigor do que as fichas para outros deuses. (A tabela que apresenta os critérios de rigorosidade na avaliação está no início do tópico). Em seu texto você cometeu erros alarmantes, creio que por falta de revisão.

Em determinados trechos da narração você trocou os tempos verbais e no final mudou o narrador sem sinalizar a mudança. No decorrer do texto o pai de Barbara fez a narração e no final um narrador fantasma surgiu no texto.

A troca do nome Helena por Lissa, mesmo que você tenha me justificado por MP que confundiu, quebrou totalmente o texto e deixou a ideia de que você não o releu e o conferiu antes de postar.

Peço-lhe para que leia o seu post, revise esses erros apontados e poste novamente, pois você tem potencial. As características físicas e psicológicas da personagem foram muito bem descritas. Uma boa sorte para sua próxima tentativa.

Dúvidas, reclamações ou pedidos: Envie-me uma MP!


Atualizado.
Por <_><_><_>
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Barbara Sewford Qui 30 Jul 2015, 22:35

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An example of the perfect candidate.

por qual deus você deseja ser reclamada e por quê?
Como estou familiarizada com o misticismo e o ritualismo da deusa da bruxaria e da Névoa, destacar seu nome da lista disponibilizada não foi uma tarefa complexa. Além de me interessar por Hécate desde os retratos feitos por Rick Riordan, já me candidatei a ser uma de suas proles em outras oportunidades de interpretação, nas quais me destaquei como sequela de minha compatibilidade com a deusa. Meu ímpeto para desenhar a identidade de mais uma filha de Hécate fará com que eu me sobressaia, algo que também influenciou minha escolha.


características físicas e psicológicas
Em seus quatorze anos de idade, Bárbara apresenta uma longa cabeleira negra, que despenca por trás de seus ombros em um magnífico efeito cascata. Sua pele olivácea contrasta com os olhos, que ocupam um espaço coerente no rosto da jovem, as íris tingidas de um castanho escuro. Contraditoriamente, sua altura comedida não a torna forte ou musculosa. De aparência frágil, é raramente vista sob o efeito de atividades que requiram o exercício de força física, sendo preferivelmente encontrada na companhia de seus meios-irmãos.

Na época em que não passava de uma pequenina, ela acabou por se transformar em uma criança rancorosa, destemida e rebelde. A vigente identidade antissocial de Bárbara a faz adotar uma postura apática, algo que, alicerçado por sua tripla personalidade — uma das heranças da mãe —, prejudica sua aparência no círculo social. Seu jeito ultrajante, irônico e prepotente culmina em acusações de que sua amizade não é verdadeira. Desde pequena, a jovem mascara sua insegurança por meio de tratamentos rudes para não ser afligida por ofensas diretas.


história da personagem

o pai
Ainda consigo ouvir o zunido oriundo da música da festa, que, àquela altura, ressoava por toda a vizinhança. Os ruídos de risadas esvaíam-se conforme eu me afastava de toda a balbúrdia. No outro extremo da viela, acima de uma árvore evidentemente antiga, enxerguei uma mulher de pele alva e cabelos acinzentados a acenar em minha direção, um provável convite para que eu me juntasse à sua companhia. Por mais que a atitude tenha soado irregular, segui meus instintos — possivelmente deturpados pela bebida que ingeri — e cheguei a ela dentro de minutos. Por mais que nenhum de nós fornecesse peso excessivo, nosso próximo passo foi despencar do galho em que estávamos.

Olhei confuso para os lados após recobrar a não-tão-sã consciência e deparei-me com Helena a ajeitar suas mechas grisalhas, rindo entredentes. A forma como ela sorria atraía minha atenção. Como fruto das substâncias que eu havia consumido, não conseguia discernir a fantasia da ralidade. Talvez eu estivesse sonhando ou alucinando, mas essa dúvida, naquela ocasião, não importava, porque, no fim das contas, tudo o que eu conseguia fazer era rir, como ela. Ante ao nosso diálogo, que se repercutiu por incontáveis minutos, a existência de uma casa de festas e a presença de inúmeros bêbados que passeavam por perto era irrelevante. Para nós, só existia o nosso amor platônico — até onde eu podia depreender.

Tempos após o completo sumiço da deusa, eu já me encontrava em meio a cadeias de contínuas alucinações. Recebi Bárbara em uma cesta velha à porta de casa, estando anexo um bilhete cuja mensagem eu não tive a audácia de ler. Pequei. Aquilo só fomentou o meu anseio de ver, ao menos por uma última vez, a fisionomia de minha amada. Meu vício estava tão cristalizado que imaginava seu odor em minhas roupas, em minha cama. Ainda meses sucedidos desde o desaparecimento de Helena, eu tinha a certeza de que ela estava por perto. Eu conseguia senti-la. Os gestos mais sutis faziam-me recordar de sua silhueta, da textura de suas bochechas e da nula oleosidade de seus cabelos grisalhos.

Ocupado pelo fardo paternal, senti-me responsabilizado pela existência de Bárbara, ainda que ela não fosse o meu maior bem — e sim Helena. Desde esta, jamais estive em um relacionamento com outra mulher, algo que me permitiu bipartir minha atenção entre ela e minha filha. Seu desenvolvimento significou o aumento do meu amor por ela: suas feições mais e mais assemelhavam-se às de minha amada, e encará-las era o suficiente para atenuar minhas saudades. Ainda que inconformado com a deixa de Helena, transferi a Bárbara toda a paixão que sentia pela primeira, passando a mimá-la — da mesma forma que o faria com minha alma gêmea.

Em uma época durante a qual eu não esperava ser afligido por novas alucinações, passei a recordar da identidade única de Helena nos momentos mais inoportunos. Sua ausência passou a desenhar feridas por todo meu corpo, e eu sentia minha mortalidade se esvair pela distância entre nós. E a única pessoa capaz de reverter esse processo era Bárbara.

Bárbara, minha amada filha.

۞

a filha
Mesmo com a ingenuidade que a idade de nove anos concebe, pude perceber que a fixação de meu pai a uma mulher não-identificada dificultava sua vida. Frequentemente, Bárbara era confundido com Helena; nessas circunstâncias, eu ficava sem reação e buscava acalmá-lo por meio de sorrisos e carícias. Dentro de alguns meses, nosso estado financeiro passou a cair. Ele recebeu a primeira suspensão em seu trabalho, e pagar as contas e sustentar uma filha criança tornaram-se tarefas inconcebíveis. Meu pai havia perdido sua simpatia.

A colisão do metal da chave contra o material da fechadura anunciou a chegada de papai, quem eu recebi com um sorriso hospitaleiro. Ocupada com a manutenção de meus dotes artísticos, estava pintando uma das paisagens que vi retratada em uma das aulas de História. O perímetro ao meu redor estava multicolor, alvo de respingos das tintas com as quais trabalhava. A reação de meu pai ao se deparar com a cena me assustou: o desnivelamento de suas sobrancelhas culminou na criação de um grande vinco entre elas, e seu avanço em minha direção foi imprevisível. Senti meu corpo rechaçar contra a parede gélida, as mãos de meu próprio pai aniquilando minhas vias respiratórias pelo pescoço. Não pude lutar. Inevitavelmente, meu rosto enrubesceu dentro de alguns segundos, e o fluxo de energia para fora de meu corpo tornou-se praticamente palpável.

Minha visão turva pode depreender a chegada de um sujeito desconhecido pela porta frontal. Meu pai, distraído com a tentativa de ceifar minha vida, não foi capaz de antever seu avanço. Meu último ato foi assistir a um indivíduo fantasiado de bode punir meu pai por sua crueldade. Por mais que o ar pudesse, a partir do momento em que sua cabeça fora atingida por um bastão metálico, chegar aos meus pulmões, minhas energias haviam sido esgotadas. Senti a quentura da mão do meu salvador ao resvalar por minha testa, o que só contribuiu para a fechadura de meus olhos. A colisão de minha cabeça contra o mármore do piso encarregou-se do meu desmaio.

Minha cabeça dói de forma lancinante. Compreender todos os recentes acontecimentos — não só o ataque de meu pai — não é uma tarefa nada simples. Recebi uma breve recapitulação de um sujeito que me parece familiar — provavelmente quem me ajudou a me safar do asfixiamento —, ainda que nada daquilo faça real sentido. Acomodada em um dos bancos do Pavilhão de Jantar — um dos mais cheios do local —, sinto-me completamente deslocada. Mesmo que pareça que minha memória foi apagada, consigo me recordar de que fui levada até aqui por meio de cavalos com asas, ainda que essa recordação soe como a fantasia de um de meus sonhos. A chegada de um homem robusto, que tem as pernas substituídas pelo tronco de um equino, faz com que todos fiquem em silêncio. Crispo os lábios.

O clamor do homem mais ao norte por nomes aleatórios passa despercebido até o momento em que ele profere o meu. Inevitavelmente, minha pele parece borbulhar, e o olhar alheio, que me dardeja ininterruptamente, aparenta cravejar minha cabeça com inúmeros pregos. Antes que possa me conter, sinto um fluxo de energia seguir até meu interior, e erguer meus olhos até compreender o topo de minha cabeça dentro de meu campo de visão revela um pentagrama branco flutuando acima de mim. Algo como Ótimo, filha de Hécate. Junte-se aos seus irmãos à mesa vinte é proferido pelo homem-cavalo. Em meio a um torpor de sentimentos, emoções e pensamentos, dirijo-me ao local indicado e sou recepcionada por alguém que se apresenta por Raina.

Analisando de uma forma criteriosa, talvez não ouvir o nome Helena por um tempo seja uma terapia saudável, e o ar límpido desse lugar não é uma falsa aparência. Quem sabe eu esteja em casa. Porque, afinal, eu não tenho mais a moradia de antes. Ou a personalidade de antes. O que houve durante a viagem de pégaso é um borrão em minha mente, mas eu estou pronta para desvendar qualquer mistério que ronde as memórias falhas desse passado recente.

Barbara Sewford
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 118-ExStaff Sex 31 Jul 2015, 00:52


Avaliação

Bárbara Sewford: Aprovada

Meus parabéns, Bárbara. Apesar da aprovação, seu texto teve alguns erros, mas foram praticamente insignificantes. Seja bem-vinda, filha de Hécate.

[Havia um erro no post antigo, sorry.]

Atualizado por Asclépio.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Rogan Smmistch Sex 31 Jul 2015, 17:55


Ficha de Reclamação


Nunca busque nada no porão



Por qual deus deseja ser reclamado: Devido à personalidade a qual tomei como base (Denis, o pestinha), para a construção do personagem. Fiquei em duvida sobre duas paternidades, mas chegando a conclusão que Phobos seria o melhor Pai, para o Rogan.

Características Físicas: Uma figura normal, treze anos recém completos. Os poucos traços lhe que diferenciam dos outros garotos da sua idade, seriam os olhos com tons carmesins ao bater o sol. O cabelo castanho avermelhado e a recente tatuagem de uma rosa vermelha no meio do peito, em homenagem a sua mãe.

Características Psicológicas: Mimado, acaba não tendo paciência para esperar por algo que deseja. Juntando o déficit de atenção sua personalidade de resume em atormentar os outros.  Pirraçar, encher mesmo o saco. Nunca vai vê-lo parado lendo ou fazendo nada manual sua personalidade não o permite ficar inerte. Acaba sempre dormindo por exaustão, isso porque o corpo pede o descanso se não fosse necessário acabaria ficando acordado por dias.

História do Personagem:

O problema das crianças criadas sem Pai, e que acabam tendo um jeito de descobrir as coisas de modo diferenciado. Mesmo que suas mães tentem bastante suprir a ausência paterna, nada se compara a voz masculina lhe dizendo o que e certo ou errado. Todos precisam de um herói ou um carrasco, amar ou odiar alguém que talvez nunca existisse...Ou desapareceu com o tempo.

O caminhão parado em frente à casa branca no final de semana só podia dizer uma única coisa; mudança.  Novamente a família  Smmistch estava a deixar a cidade, New Jersey não serviu como uma boa moradia para os integrantes daquela família. Família? Às vezes composta de muitas pessoas, e outras se do alguns indivíduos. Rogan e Rose eram os membros daquela família peculiar, Rose; a mãe que sempre fez de tudo pela família, mudando de estado a cada armação perigosa de seu filho. Rogan ; o filho mimado que sempre faz das suas para chamar a atenção do mundo, mesmo que as vezes chame atenção demais. Caixas, embalagens, moveis cobertos por protetores, era a visão que você teria ao adentrar na casa numero 27 da Rua St.Judes.

Rogan o filho vadio, estava jogado sobre o sofá bordô, jogando algum tipo de videogame deixando de lado qualquer preocupação que tinha. Sua mãe, Rose, preparava algo para eles comerem, da cozinha vinha o cheiro dos típicos biscoitos chocolate típicos de dia de mudança.  — MÃE VAI DEMORAR MUITO? — Exclamou o garoto jogando o videogame dentro de uma caixa aberta com pratos e louças, obviamente algum item ficou danificado. — Aproveita que esta com fome, e faça algum exercício pegue as caixas que faltam do porão. — O garoto rosnou como um animal demonstrando que não tinha vontade nenhuma de fazer o que havia sido pedido, mas era melhor que ficar jogado no sofá esperando a fornalha de biscoito estar pronta.

O porão ficava subindo à direta, atravessando o hall de entrada, a terceira porta a esquerda. O garoto percorreu o caminho deixando transparecer o desanimo que sentia, na frente de sua progenitora ele era pedra! Não demonstrava muitas emoções, se sentia como o homem da casa e homens não demonstram fraquezas, mas quando a noite cai o choro , a tristeza, a magoa de pular de galho para o outro sem saber o motivo lhe feria de tal modo que não sabia o porque, era um vazio sem explicação.

A porta foi aberta, a luz que mal iluminava metade da sala foi ligada, ao fundo haviam ainda três caixas empoeiradas solitárias a espera de alguém. — Droga, porque ela não contratou uma firma de mudança, ela nunca contrata  — reclamou caminhando em direção das caixas e quando tentou pegar a primeira delas o fundo se abriu deixando pelo chão bilhetes antigos misturado com poeira. O pó fez com que ele começasse a espirar, iria jogar tudo pela janela ou queimar para se livrar rápido, mas algo havia lhe chamado atenção.

Dentre os bilhetes que caíram ao chão, uma carta que aparentemente havia algo dentro devido o volume puxou a atenção dos seus olhos. — Eu sabia que ela guardava dinheiro em algum lugar, mas no porão? Cada louco com suas manias — Um sorriso sarcástico e com mãos rápidas a carta logo estava em sua posse, mas ao abrir a decepção. Não era dinheiro, nem moeda e nem nada de valor, pelo menos era o que achava, era novamente um bilhete e um amuleto (crânio de uma gralha, com os olhos feitos de uma pedra preciosa púrpura. No bilhete estava transcrito tais palavras;

Na hora certa, deixo-o voltar a sua origem. Esparta sempre vai precisar de seus filhos, e só com o treinamento certo, nosso filho terá chances de viver...

O amuleto brilhou e uma luz carmesim tomou do lugar, a o porão rodou mostrando figuras que não sabia distinguir. Uma construção pequena cercada por cachorros de um tanto anormal, um homem e uma mulher segurando uma manta branca, discutiam. Olhar aquela cena fez com que as pernas falhassem, o coração batesse mais forte, e o medo tomasse conta de seu corpo, com a partida do homem a cena se desfez no ar. — Ele? Por quê? — Eram tantas as perguntas, que dentro conseguiu retirar forças para se levantar e descer as escadas junto do amuleto e do bilhete.

Rose estava retirando os biscoitos do forno quando os passos pesados do garoto lhe assustaram — Menino ta ficando louco — A expressão era incerta, devido os sentimentos que não distinguir que tomaram conta de sua alma. As mãos se estenderam e mostraram para a materna o que tinha acabado de descobrir, a bandeja de biscoito foi ao chão, lagrimas caíram do rosto de Rose como cascatas em dia de chuva. — QUEM E ELE? O QUE FOI AQUILO ? FALA ?! — Aos berros gritou, e logo uma áurea tomou conta de seu corpo iluminando a cozinha. Acima de sua cabeça havia uma gralha, o olhar de pânico de sua mãe não pode esconder que aquele símbolo era um mau sinal — SEU PAI !

[...]

A frente do Chalé 27, tudo voltava à tona, o maior medo da vida de Rogan estava prestes a começa, dentro daquelas portas existia um certo tipo de pessoa que lhe incomodava, o sentido “família”. No dia que descobriu ser um semideus, ser filho de quem era, também descobriu seu maior medo. Encontrar algum dia seu pai e olhá-lo nos olhos, mas por hora enfrentaria o desafio imposto aceitar seus irmãos. As portas se abriram e com elas um novo mundo a ser desvendado.

Obs::
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Sex 31 Jul 2015, 22:09

Rogan Smmistch - Reclamado
Apesar de curta, sua ficha conseguiu cumprir com o objetivo. Houveram sim erros de gramática (principalmente envolvendo o uso da vírgula), e de digitação - muitos dos quais podendo ser evitados com uma breve revisão -, mas nada muito gritante ou que tenha de alguma forma impedido o entedimento do texto, que manteve-se coerente. Peço que atente-se mais a isso em postagens futuras. No mais, seja bem vindo, prole de Phobos.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Emily Heathcliff Sex 31 Jul 2015, 22:14

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ficha de reclamação



mama don't.

Afrodite. Personificação efêmera do amor. Idealiza, em sua essência, o sexo, a fertilidade. A beleza.

Amar é um deleite. Um risco. A síntese de dois indivíduos. Sendo Afrodite padroeira de uma virtude assim, o quão interessante pode ser incorporar um de seus filhos em época contemporânea, onde o amor fora quase esquecido?

Eu quero descobrir.

‘’O ódio tem melhor memória do que o amor.‘’ – Honoré de Balzac. 1829, Magnum opus: La comédie humaine.

❤❤❤

about emily.

Nada possui do que se espera à formação de uma adolescente. O que  tem, sim, é um misto de compleições que a fazem parecer um saboroso acidente, único, relegado à Terra. Seus olhos amendoados são das opalinas mais claras; as sobrancelhas minimamente grossas e um tanto retas até à curva das pontas externas; os cílios airosos; o nariz fino e arrebitado; a boca de aparente pequenez em sua largura, mas que farta como os frutos das histórias clássicas, e a qual ela ainda pigmenta, para enfatuar sua tentação; o queixo fino. Não há qualquer traço grosseiro em sua composição, mesmo que, ao restante do corpo, alguns de seus ossos ficassem salientes por desígnio genético.

be a little selfish, sweetie.

Sua personalidade não se conforta com as barreiras binárias normalmente impostas aos filhos de Afrodite, já que Emily se nega a aceitá-las. Preservando um posto majoritário em qualquer eixo social, ela cria caos através do talento nato para provocação; nasceu com um grande déficit de bom senso e uma capacidade espetacular de unir acidez e ironia enquanto tece suas colocações. Expressa, inclusive, uma impassível recusa em aceitar frustrações pessoais, principalmente quando dizem respeito a sua miríade de desejos.



❤❤❤

made to love.

O amor possui inúmeras tangências. Destemidos o definem como a expressão arbitrária de afeto. Em tempos de pré-disposição para superficialidades, amar é, no mínimo, um ato ousado; hoje, se ignora a lógica da morte a prol do materialismo. Mais vale falecer milionário do que apaixonado, não?

Há quem diga, contudo, que a ira, tão negativa e abominável por si só, é fruto do amor. Correto! Mencione-o como quiser, mas ódio se traduz como a paixão pelo infortúnio alheio. Um desejo que menospreza os limites da razão, que ignora princípios. Assim, por mera satisfação pessoal, nos sentimos cativados a odiar.

Dentre tais conceitos, está Afrodite: a ‘’macieira do amor‘’, referida na Grécia Antiga. Àquela altura, o sentimento puro lhes era a única verdade absoluta. Desconheciam o fato de que toda árvore germina frutos ruins. Afrodite não é exceção. Vez ou outra, maçãs ácidas brotam – sendo Emily uma delas, talvez a pior.

we're all mannequins built in a factory.

– Sessão encerrada! – Enunciou a voz melódica de Martha. Atenuei os músculos, deformando a posição ereta que os fotógrafos cortejavam; era tão forjada quanto o fascínio que a indústria da moda remete. A verdade é que nesse ramo, todos somos vítimas algemadas de um perfeccionismo utópico – sequer o alcançamos, mas, no fim, o importante é convencer. ‘’Aqui, estrelas são os que creem nas próprias mentiras’’, pregava Alice, uma amizade igualmente devota aos holofotes. Não poderia estar mais certa.

– Amém. – O fulgor das câmeras havia debilitado minha visão. Ao compasso que as retinas ardiam, pude vislumbrar um dos assistentes de cenário próximo. – Por aqui, senhorita. – Dispensando um consentimento apropriado, conduziu-me pelo pulso esquerdo. Cursamos a extensão vasta do pavimento; somente intencionada em dispor de um silêncio impossível para tal atmosfera, não questionei o auxílio espontâneo.

Conforme nosso circuito ao camarim progredia, as vozes tornavam-se remotas, indiferentes.  – Obrigada. – Num intervalo de instantes, consegui espreitar o homem melhor. Bom, definitivamente não era um príncipe dos sonhos. Meia-idade, maxilar barbado, olhos estreitos... Ah, e a arcada dentada péssima. Vi quando ele sorriu – se é que aquilo poderia ser dito ‘’sorriso’’. – Me avise se precisar de qualquer coisa. – Reclinou o dorso da maçaneta, insinuando meu ingresso. – Pode deixar. – Introduzi-me nos aposentos com notável ânsia, onde voltei a lacrar a porta de acesso antes da busca por aconchego.

Distribui a silhueta numa das partições do estofado lateral do cômodo. Outrora tensas, minhas articulações cederam ao conforto da camurça aveludada, como numa anestesia mista de êxtase e alívio. Meu gabinete era uma espécie de nicho, a única ilha serena de um arquipélago caótico por essência. Lá, distante dos flashes, eu era apenas a Emily. E nada me satisfazia mais.

Apesar de um pai alcoólatra, apesar de uma imaginária - a qual, aliás, meu consciente fantasioso representava como alguém cortês, provavelmente para suprir a ausência rotineira de uma família. Qualquer família. Apesar, ainda, dos esforços para sustentar uma armadura rotulada ‘’insensível’’ aos códigos humanos. Eu a vestia, sim – porque, embora carregá-la fosse árduo, no fim, era ela quem me permitia ignorar danos colaterais de uma vida sofrível.

– Emily? – um chamado grave abdicou as autorreflexões. Constatando sua origem, notei a porta entreaberta e uma figura feminina já infiltrada; seus traços pareciam perdidos de uma associação definitiva, com íris num verde translúcido, cílios esguios, os lábios róseos, robustos e pecaminosos, denotando-a aspecto personificado da víbora do Éden a tentar almas mortais. Não pude, através de adjetivos, categorizar tamanho esplendor – e, sinceramente, duvido muito que outra pessoa poderia.

– Oi? Te conheço? – transpus a curiosidade do rosto para uma fisionomia relutante. – Não que você precise... – exibiu garras retráteis com a conjuntura de lâminas cerradas. – O que diabos...? – Cogitei um pesadelo. Minha mente fértil ultrapassando os limites do racional de novo?

Aquela característica horripilante antecedeu uma metamorfose visual de proporções surreais. A derme da perna esquerda assumiu um revestimento metálico que tintilava em atrito com o plano do assoalho. O membro direito, por sua vez, obteve rupturas animalescas, assimilando a pata de um equino.

Conclui, resistentemente, que a besta não era fictícia. Afinal, a dor era real – e como doía. Suas unhas entravadas em meu antebraço arrancaram súplicas altíssimas de dor. – AAAAI! Socorro! – uma muralha de lágrimas cobriu as bochechas exauridas. Solucei, a par de um choro que destitui a fala. Mesmo tão diminuta, tão frágil, tão incerta a suportar as circunstâncias de uma vida desprezível por natureza, eu quis sobreviver.

E sobrevivi.

Oportuno, o segurança simpático irrompeu aos entalhes da passagem para atravessá-la. A quietude reinante não condizia à dimensão do pânico que aquela situação atingira. Minhas cordas vocais negavam manifestos adequados, gastas demais. Foi quando ele surgiu, o tablado amadeirado rangendo às suas solas. Nocauteou a criatura, que falhou ao escapulir do embate de um taco de baseball.

Continuei convicta de que ele não tinha o porte de um príncipe encantado: meia-idade, maxilar barbado, olhos estreitos, arcada dentária péssima... Pernas de bode. – Eu disse que viria. – observávamos, simultaneamente, a ‘’moça’’ estirada. Incrédula, aguardei uma explicação do porquê da minha vida ter se tornado uma obra do J. R. R. Tolkien.

– ‘Cê é uma semideusa, sabia? – Comentou.

– Vou anotar.

no daddy, no VISA. i got my own cash.

Dedilhei o painel tátil do aparelho celular. Uma sequência de sons responsivos indicava o correio de voz:

– Oi, pai. É a Em. Surgiram oportunidades... Um pessoal novo... Você sabe, essas coisas de sempre. Viajo pra Alemanha amanhã e não devo ligar pelo resto da semana. Se cuida. Eu te amo. – finalizei a gravação do trecho, depositando o iPhone janela abaixo do ônibus.

– Ele não vai ficar preocupado? – Questionou Yves, meu sátiro guardião.

– A única preocupação dele é um freezer abarrotado de bebida. – Satirizei o comentário – uma verdade hilária, se não fosse trágica.

i'm a golden girl, i'm an aphrodite!

Manhã de trinta, e o coro da chuva, que se espalhava de sob os pés trafegando a cada dez segundos na pista fluvial. As nuvens que faceavam o sol aderiam uma nova química às suas gotas, e quando despencavam, continham a essência luminosa. Era como se chovesse diamantes, nos quais as pessoas pisavam, desestimando a gratuidade com que lhes enriquecia a natureza.

– O Acampamento Meio-Sangue. – Estava encharcada. Os cabelos grudavam-se às faces e ao pescoço. O casaco pesava, estreito, e um dos botões pendia pela longevidade. Minha boca túmida tremia, o lábio inferior acuava. Os cílios a todo segundo tentavam desprender as gotinhas vindas a pesar sobre eles. Cansada, eu não sabia se a maior mensura era a do corpo ou a do espírito, embora a consciência fosse um oco perturbador – repleta de ecos, do estardalhaço paregórico da chuva e da balbuciação de seus fantasmas.

– Soube no momento em que te vi, Emily. – Despertada a questão, verifiquei o que estava à minha volta. Nenhuma ocorrência. - Soube de... ? - Em rotas cíclicas, pombos riscavam o horizonte. Ao nos margear, o bando desvaneceu em nódoas multicoloridas, como se fossem réplicas holográficas coordenadas.

- Durrr. Você é uma filha de Afrodite.







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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Darya Archer-Gilligan Sex 31 Jul 2015, 22:32

Emily Heathcliff - Aprovada
Uma bela ficha, Emily. Você apresenta uma boa escrita, cativante, que tornou a leitura agradável. Não consegui encontrar erros significativos em sua ficha, que cumpriu perfeitamente com o objetivo, mantendo-se coerente e coesa. Bem vinda, filha de Afrodite.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Sáb 01 Ago 2015, 02:54

atualização
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Angie Bridewell Sáb 01 Ago 2015, 21:20

FICHA DE RECLAMAÇÃO

"my ghost is walking around xiii"
❝Por qual deus deseja ser reclamada e por quê?❞
Melinoe. A mitologia grega apresenta a Melinoe como a deusa das cerimônias fúnebres, deusa dos fantasmas e oferendas, e foi isso que me chamou atenção nela, pois sempre me considerei propensa ao sobrenatural, em outras palavras, fascinada pela origem do desconhecido; além de combinar perfeitamente com a característica que eu desenvolvi para a minha personagem. Pra falar a verdade, o que mais me cativou em sua história, foi o fato como ela lidou com o seu affair por Perséfone, demonstrando a sua facilidade em conseguir o que quer. Na minha opinião, Melinoe consegue, sem esforço algum, ser uma das deusas mais primorosas da mitologia.  
❝Características Físicas e Psicológicas❞
Desde criança o tom de seus olhos ocre chamam atenção pelas suas expressões sombrias, derivados de suas expressões. Enquanto seus lábios são finos e delicados, tracejados por linhas escurecidas, seus cabelos loiros possuem certa semelhança com a cor de sua pele, despencando em breves ondulações nas pontas de seus fios. Seu rosto delineado por traços angelicais esconde um sorriso singelo banhado de atitudes cínicas e mesquinhas, que consegue persuadir qualquer um com etérea facilidade.
Angie desde sempre é uma pessoa fugaz, se tal palavra puder servir como adjetivo a alguém. Indecisa ao extremo e bastante inquieta, sempre foge de tudo que a atinge, seja física ou emocionalmente, embora às vezes seja impossível. Seu maior desejo é manter-se alheia aos problemas, mas eles a aterrorizam à noite e insistem em passear por seus pensamentos durante o dia. Ela gosta de fingir que o mundo caminha bem, mesmo que não seja o que acontece no momento. Não se sente capaz de enfrentar a realidade como ela é, o que talvez a faça parecer sempre distante demais – como se procurasse por algo que nem ela saberia determinar. Isso porque é sempre melhor esquecer as tragédias, torná-las um passado imutável e selado, do que se deixar afundar por elas.
Embora Bridewell pareça sociável, ela dificilmente se aproxima de alguém a ponto de ver no outro um amigo de verdade – com exceção de seu pequeno grupo de amigos, embora reprove seus comportamentos. Não que ela desconfie dos outros, mas é uma defesa para si mesma. Quando se importa com alguém, as coisas sempre são mais difíceis de serem feitas, há sempre expectativas pra serem atendidas e é uma pressão diária que ela – exageradamente – prefere não suportar. De um jeito ou de outro, Angie aprecia o silêncio, os momentos únicos em que está sozinha na floresta ou distante dos outros em suas cerimônias sobrenaturais, porque é ali que ela consegue ser ela mesma – de uma forma estranha –, sem nenhum dos conhecidos olhares depreciativos.
❝História da Personagem❞

Por que você voltou tarde... de novo? — Angie estreitou os olhos na janela, murmurando a pergunta para si mesma, após ter a plena visão de Finn — sua paixão platônica. Não demorou até que Bridewell fosse checar o horário em que o rapaz estava fora de casa, e segundo a indicação do papel, era hora de sua natação, mas ele não estava molhado, tampouco estava vestindo roupas de um nadador de competições. Intrigada, a menina colocou seu binóculo nos olhos e a partir dele conseguiu ver Nelson mais próximo, movimentando o instrumento óptico conforme o garoto se movimentava. 
Isso não pode ser real. — Foi as únicas palavras que conseguiu falar antes de cair pra trás. Através do seu objeto, Angie conseguiu ver Finn beijar um garoto mais alto. Um. Garoto. Mais. Alto. 

Havia passado um tempo desde que Bridewell descobriu a opção sexual do seu amado, o que resultou em mudanças no seu guarda roupa e em seu comportamento. Todo o seu busto estava envolvido com uma longa faixa medicinal, o que resultou no desaparecimento dos seus seios — que sempre achou grande demais para os seus dezesseis anos. Os grandes moletons facilitavam ainda mais no desaparecimento de suas características femininas, além do seu grande cabelo castanho escuro, que agora estava raspado e com um grande desenho aleatório na sua lateral. O hábito de acompanhar os passos de Nelson através de sua janela agora se transformou em tentativas incansáveis de ser notada; Angie passou a seguir o garoto desesperadamente, sempre escondida.

Foi quando visitou a casa de Finn que tudo mudou, havia uma pessoa na residência, mas a sua forma era diferente de um ser comum. 
Ela parecia um… Fantasma. — Concluiu. A figura da senhora desapareceu e apareceu novamente ao seu lado, sem expressar qualquer tipo de reação, mas aquela mulher não era desconhecida; em uma de suas perseguições, Bridewell havia visto aquela moça. Mas ela era um fantasma, afinal? Angie só teve certeza quando a própria mulher confirmou para ela, aquele fantasma não era um fantasma qualquer, era a figura da empregada de Finn, que havia desaparecido misteriosamente após ser despedida da casa dos Nelson’s. 

A ilusão da mulher desapareceu e a garota soube que aquela era a hora de se retirar, voltando para sua casa o mais rápido que conseguiu. Aquilo não era certo. Fantasmas não existiam. — Seu sono estava descontrolado, Bridewell ponderou. — Conforme se aproximava de sua casa, foi interrompida novamente por Martina — a empregada morta —, arrancando-lhe um tremelique que ouriçou os seus bulbos, erguendo seus pelos na região do pescoço. Aquilo definitivamente não estava acontecendo.
Eu sei como fazer o Finn se apaixonar por você. Eu posso te ajudar. — A empregada finalmente quebrou o silêncio, chamando à atenção de Angie com a proposta. Nem precisou que a garota respondesse para que o espírito continuasse o seu alvitre.
Você sabe que eu sou real, de alguma maneira eu posso me comunicar com você, de forma que eu não consigo fazer com outra pessoa. Isso eu não posso explicar, mas eu posso fazer o Finn se apaixonar por você.
Aquilo foi o suficiente para atrair ainda mais a atenção de Bridewell, que empurrou a porta de madeira do seu apartamento, convidando a ilusão para que entrasse, atenta.

Sou toda ouvidos. — Sugeriu que a mulher continuasse.
O Finn está triste, amanhã ele estará no clube de teatros vazio ao lado do galpão da sua escola. Será a chance da sua aproximação com ele. Dará tudo certo.

Angie sequer conseguia se manter em pé, uma ajuda de alguém próximo do Finn era tudo o que ela necessitava — mesmo que a pessoa em questão não estivesse viva. Sem conseguir conter a animação, a garota enviou uma mensagem no seu celular, contando o que acabara de acontecer, finalizando o envio ao teclar alguns números na tela do aparelho telefônico. Ao chegar em casa, Angie se deparou com o seu pai sentado no sofá, olhando para ela com uma expressão de reprovação. Ao lado dele estava Bart — seu melhor amigo — com quem viveu boa parte de sua vida, mas havia brigado com o rapaz após ele ter ficado contra a sua "relação" com Finn, dizendo que era errado o modo como Bridewell tinha lidado com aquilo. Bart contou para o pai de Angie os seus planos de perseguir o garoto, achando que poderia impedi-la de encontrar o fantasma no dia seguinte. 
Bart me contou tudo, Angie. — O pai da menina se aproximou dela com a mão na cintura e o olhar severo habitual no rosto, ele estava bravo, um pouco mais bravo que o comum. — Essa família poderá processar você, e eu sei que você não quer que isso aconteça. Eu achei que a mudança das suas roupas e o seu cabelo era uma coisa passageira, mas isso já está longe demais. Você precisa esquecer que esse rapaz existe! Deixá-lo em paz. — Aquelas palavras foram o suficiente para que Bridewell se debulhasse em lágrima, calcorreando para o seu quarto, antes de ter êxito em chegar no local, Angie pisoteou as muletas de seu amigo, que era deficiente; a garota estava perplexa com a traição. 

Um novo dia chegou e com ele o encontro de duas almas gêmeas — era o que Angie pensava. A garota se encaminhou até a parte superior de seu guarda roupa e, como sempre, envolveu os seus seios com grandes faixas, apertando ainda mais que o habitual, na tentativa de disfarçar o enrijecimento causado pelas cogitações inapropriadas que passaram pela sua cabeça, durante a madrugada que antecedia o grande acontecimento. Bridewell apanhou um moletom azul masculino e ajeitou o cabelo na frente do espelho, alinhando-o em um moicano esportivo. Embora se comportasse como um rapaz — atitude que adotou para conquistar Nelson —, Angie tinha o seu lado feminino, que clamava por uma boa maquiagem forte e brilho labial. A garota empatou qualquer tipo de pensamento gerado pelo seu lado feminil, encaixando um belo boné na cabeça antes de sair da frente do espelho, onde chegou uma última vez, enquanto girava o objeto em cima de sua cabeça. Sem hesitar, Bridewell escalou as grandes grades na janela do seu apartamento, que levavam para o térreo de sua residência. A garota revisava todos os momentos na sua cabeça, imaginando o que aconteceria quando consolasse Finn com os seus lábios, os seus braços, o toque dos seus dedos escorregando pelo seu tórax definido até encontrar a sua virilha. Ela tinha certeza que algo aconteceria naquela naquela noite, e definitivamente algo surpreendente estava pra acontecer. 
Angie não conseguia notar, mas estava sendo seguida por Bart, que atrapalhado pela ausência das muletas, mal conseguia se equilibrar — os objetos que ajudavam no equilíbrio do rapaz estavam danificados pelo recente incidente com a amiga. 
Após chegar ao grande galpão abandonado, os olhos de Angie passeavam oscilantes pelo local, na intenção de ver Finn. A menina chamou algumas vezes, sem resposta. Resolveu então adensar a voz, voltando a não obter nenhum tipo de retorno. Bridewell resolveu entrar no lugar após ouvir um estrondo no interior do local, que estava um pouco escuro, resultado da falta de reforma naquela parte da escola. O que Angie não esperava é que seria surpreendida por alguém, ou algo. 
Finn? — Foi tudo o que a moça conseguiu dizer, antes de ser atingida pela cauda do bichano. O impacto do membro fez com que Angie fosse abruptamente lançada contra um local aleatório. Quando conseguiu recobrar a consciência, viu que a figura do felino com traços de um grande escorpião estava correndo contra ela, e que não havia tempo para um desvio forçado; não lhe restava força para aquilo. Foi então que Bart entrou no local, no lugar de suas pernas aleijadas agora estavam um par de patas que se assemelhavam à um bode, e foi com elas que o Sátiro Protetor acertou o ser sobrenatural, carimbando a marca dos cascos na fissura que sustentava o seu rabo e, consequentemente, o ferrão na ponta dele; aquilo fez com que a criatura ficasse atônita por alguns segundos, mas não impediu que ela investisse novamente contra a dupla, sendo interceptada por um golpe ágil de Bart.

Fuja, Angie! Fuuuja! — Foram as últimas palavras que Bridewell ouviu do seu sátiro antes de se arrastar para fora do lugar. A garota deixou para trás o seu guardião, que acabou por quase ser executado pela criatura, que assustada, se afugentou por conta própria. 

Não demorou para que o dia em que Angie tivesse que ir para o Acampamento chegasse, após o acontecimento e a revelação do seu parentesco, tudo na vida da semideusa havia mudado. Agora ela tinha compromissos, precisava saber da sua mãe; e, de uma vez por todas, acabar com as incógnitas que assombravam a figura materna. 




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Logan Montecarlo Sáb 01 Ago 2015, 22:06

Angie Bridewell, como filha de Melinoe. (RECLAMADA)
Oi, tudo bom? Então, você deve saber que escreve bem, e por isso não vou me demorar muito nas suas qualidades, mas nos poucos erros que notei ao longo do seu texto:
  • "— Ela parecia um… Fantasma. — Concluiu. " Nesse trecho, percebe-se um erro básico e um pouco difícil de ser explicado. Basicamente, quando é usado um verbo de elocução - falar, dizer, concluir, gritar, ou seja, verbos que caracterizam a forma como a fala do personagem foi feita -, ele deve sempre vir escrito em letra minúscula, e sem o ponto final. O erro repetiu-se durante a narrativa. Assim, o correto seria: — Ela parecia um… Fantasma — concluiu.
  • O tamanho da letra. Francamente, eu não tive muito problema com a fonte que você utilizou, mas alguns avaliadores teriam, e com alguma razão, então atente-se a isso.
  • Eu demorei um pouco pra entender quem era Nelson e quem era Finn, e se eles eram a mesma pessoa ou pessoas diferentes, principalmente no início, onde tive que reler um trecho para chegar a uma conclusão. Trocar o sobrenome pelo nome é uma ótima forma de evitar repetições, porém elas às vezes podem ser confusas, fato que pode ser "consertado" caso você "apresente" os personagens de forma mais completa, por exemplo, citando o sobrenome e o nome da sua paixão platônica na primeira vez que ela apareceu.
  • Cuidado com o espaçamento entre os parágrafos. Muitas vezes, isso prejudica a fluência da leitura, por dificultá-la. Aliado à sua fonte e ao tamanho da letra, então, acaba piorando um pouco. Minha dica é que você dê enter sempre que for trocar o parágrafo, caso queira continuar usando esse template, e utilize outro recurso (como, por exemplo, centralizar um "[...]", sabe?) para indicar passagem de tempo. Tenta pensar nisso, ok?

Em geral, minha opinião é que você é uma pedra já quase totalmente lapidada. Tem uma ou outra falha aqui e ali, mas só precisa ser lustrada ocasionalmente. Por sinal, adorei sua história. O "sofrimento" da personagem, principalmente no começo, onde ela cita ter diminuído/retirado os seios... Nossa. Sabe, já dá uma outra carga pra narrativa, um outro clima e tal, e gostei como você introduziu isso a mim e como passou essa sensação, entende? Bem, continue assim e atente-se sempre às dicas dadas pelos avaliadores, para saber os poucos pontos onde você necessite melhorar.

PS FINAL: Ó, eu aceitei o uso da Mediunidade mesmo sem você já ser de fato reclamada porque, tipo... Bom, mexer com isso de "ver espíritos" e tal envolve crenças e tudo mais, então pode ser um "poder passivo" dependendo da história da personagem, mesmo, né? Sei lá, eu achei coerente. Mas, quando em missão ou coisa assim, evite usar poderes que você não domine ainda, pois o risco de erro/prejuízo é muito grande. Mas cê é boa, continue.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 117-ExStaff Sáb 01 Ago 2015, 23:44

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kurt B. Mayer Sáb 01 Ago 2015, 23:48


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Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Gostaria de ser reclamado por Éolo. Gostei bastante de seus poderes, entretanto também tenho um apreço por sua história, ainda mais por ele ser o senhor dos ventos. Algo que sempre quis foi voar, sendo um filho de Éolo eu vou poder fazer isso. Convenhamos também que é bem legal poder falar todas as línguas da terra, e sendo parte da prole dele poderei realizar isso.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Físicas - Um garoto não muito alto nem muito baixo, portando uma estatura média com seus 165 cm. Dono de uma pele branca com pintinhas espalhadas pelas costas, ombros e peito. Possui um rosto delicado e bonito. Seus cabelos negros mostram serem rebeldes, todavia o fazem ser misterioso e charmoso. Mesmo sendo jovem tende a ter uma barba rala no rosto, o que torna difícil notar suas covinhas. Seu corpo é esguio com alguns músculos espalhados aqui e ali, porém nada exagerado. Por fim, seus olhos dão o tom final, mostrando serem tão escuros quanto seu cabelo.

Psicológicas - Intenso e encantador, duas palavras que o descrevem bem. Não se importa com que os outros irão pensar dele, fazendo e dizendo tudo o que quer, mesmo que isso seja algo perigoso e burro. Trata bem as pessoas, não importando de que tipo, classe e racionalidade são. Irá fazer o que for preciso para conseguir o que quer, mesmo que para isso tenha de fazer coisas ruins.

- História do Personagem

Sinceramente não consigo me lembrar da primeira vez que havia pisado no Instituto, apenas mantinha memórias horríveis daquele lugar. Se não fosse por ser um órfão, talvez nunca tivesse parado ali.

Quando ainda era apenas um bebê, minha mãe faleceu e meu pai desistiu de mim, fugindo de suas responsabilidades paternais. Com isso fui enviado para um orfanato e então de lá fui mandado ao Instituto, ou como eu o chamo, Prisão.

Bem, o lugar ao todo é horrível. Não possui eletricidade ou encanamento de água, suas paredes são feitas de pedras quadradas encaixadas uma em cima da outra, o que tornava-o parecido com uma masmorra. Os banheiros são buracos feitos no chão, papel higiênico nem pensar. O pior de tudo é a comida que parece cocô de passarinho.

Felizmente hoje era o último dia meu naquele lugar. Alguns internados iriam fugir do local durante a noite e eu iria com eles. Quando finalmente a hora chegou, tinha tudo pronto, roupas, alimento e algum dinheiro que havia roubado dos monitores do Internato.

Nos encontramos no quarto sul do segundo corredor, o qual pertencia ao Henry, que iria explicar o plano para nós.

— Então, vai ser o seguinte pessoal  — disse ele — nós iremos fugir pelos buracos do banheiro. Sei que não será nada agradável, mas pensem que isso é necessário para que possamos escapar desta espelunca.  Uma vez fora será impossível nos encontrarem. — Pegou então duas sacolas e colocou elas no meio de nós.

— Aqui, todos peguem uma lanterna. Serão muito úteis quando estivermos no bosque. — concluiu por fim. Todos então começaram a pegar suas lanternas, sendo que eu fiz o mesmo, contudo ficava pensando em como ele tinha conseguido tantas delas, afinal estávamos em sete pessoas. Apenas agradecia a isto, seria terrível ter de fugir imerso em trevas.

Preparamo-nos então e colocamos nosso plano em prática. Chriffer e Lara, ficaram incumbidos de olhar o local para ver se ninguém poderia nos atrapalhar, e depois de alguns minutos os dois voltaram com boas notícias, graças a Deus nenhum monitor estava por lá nesta hora. Seria o momento perfeito para fugir.

Corremos todos para o banheiro, Henry foi o primeiro a descer pelos buracos, Chriffer e Lara foram em seguida. Logo, foi a minha vez de descer e sinceramente, não foi nada legal, o cheiro impregnante afetava todas as minhas células e se continuasse por muito tempo ali provavelmente iria desmaiar. Desloquei-me rapidamente pelo buraco, passei pelo túnel apertado que o seguia e então finalmente cheguei ao bosque. Os outros vieram depois de mim, por fim quando todos já estávamos do lado de fora do internato nos separamos e fomos cada um para um lado diferente. A partir de agora estava sozinho.

O bosque estava totalmente escuro, apenas minha lanterna clareava o caminho, no entanto algumas vezes não passava de uma pequena ajuda. Lamentavelmente a bateria da minha lanterna acabou, me deixando perdido no escuro a merce das trevas. Ouvi um barulho a alguns poucos metros da minha frente e me assustei com ele, novamente algo se mexeu e começou avançar em minha direção.

— Quem está aí ? O que você quer comigo ? — gritei para o que quer que fosse que estivesse ali, porém ninguém respondeu. Talvez tivesse sido algum animal, pelo menos torcia para que não fosse um lobo atrás de sua comida, afinal eu poderia ser um belo jantar.

Continuei andando, dessa vez para o outro lado da onde estava indo inicialmente. Tropecei numa raiz de árvore e caí de quatro, minhas mão se sujaram com lama e minha calça rasgou com o contato, tristemente isso não foi o pior. Dois olhos estavam me observando, quase desmaiei quando os percebi olhando para mim, grandes e vermelhos, estava em cima duma árvore de ponta cabeça num galho. De inicio pensei que fosse um simples morcego, porém quando olhei novamente percebi que aquilo era grande demais para ser um morcego ou qualquer outra ave. Então aquilo me atacou, passou por mim e com suas asas me derrubou para o lado, dessa vez com o brilho da lua pude ver o que era aquele ser, apenas não sabia se estava sonhando ou não. Metade ave e metade mulher, um monstro para ser mais exato, embora não soubesse o que realmente estava acontecendo.

Possivelmente eu deveria ter batido com a cabeça quando tropecei na raiz, pois isso não poderia ser verdade, não existiam monstros como aquele, contudo meu corpo dizia o contrário disso. Estava agora caído no chão, indefeso, esperei pelo último ataque e então ela veio. No entanto algo a impediu de avançar, um objeto metálico passou assoviando entre nos dois, quando olhei para lado para ver o que era, consegui notar a silhueta de uma pessoa.

O monstro recuou para trás e dessa vez atacou o outro ser, por falta da luminosidade não consegui acompanhar direito o que estava acontecendo, entretanto podia ouvir vários gritos e rangidos que vinham da batalha. Até que então os barulhos cessaram e novamente algo começou a caminha em minha direção, esperava que fosse o monstro tentando me comer novamente, porém foi um simples garoto que apareceu em minha frente. Mesmo naquele breu era possível identificar algumas feridas causadas pela luta que tinha ocorrido, suas roupas também não estavam em uma situação boa, no entanto a minha também não estava tão melhor.

— Heey, você está bem ? — perguntou o garoto para mim — Não se machucou, não é mesmo ? — Apontou para onde tinha caído momentos antes.

— Hummm, acho que não. Meu braço dói um pouco, mas o que era aquilo ? Parecia um monstro. — disse eu.

— Olha, o termo certo seria Harpia, um certo tipo de ave. — respondeu ele. — Bem, estou aqui para buscar você. Sabe, foi muito difícil de te achar, estava num lugar bem escondido, não é mesmo ? — questionou-me.

— Harpia ? Me buscar ? O que você quer dizer com tudo isso ? Estou...estou simplesmente abismado com o que aconteceu. — Olhei para ele para ver se conseguia algumas pistas do que estava acontecendo, embora tristemente não tenha encontrado nada.

— Não vai ser fácil te explicar, mas vamos lá. Você já ouviu falar dos Deuses Gregos ? Bem, saiba que todos eles existem e que você é o filho de um deles. — respondeu o menino. Meu queixo com certeza deve ter atingido o chão, estava boquiaberto com aquilo.

— Como ? — perguntei — Você tá de brincadeira, isso não pode ser verdade, meu pai não passava de um vagabundo que me largou quando criança, não tem como ele ser um deus. E mesmo que isso fosse verdade, não que esteja dizendo que é, o que eu seria então ? — perguntei para ele.

— Um semideus — respondeu. — Cara, sei que não é fácil digerir tudo isso, mas não passa da mais pura verdade. Você nunca sentiu que podia fazer algumas coisas estranhas ? Ou que você não consegue ler e escrever direito ? — concluiu.

— Como você sabe disto tudo ? Espera, então isso realmente é verdade ? — Cocei minha cabeça como se estivesse começando a ficar louco, porém aquilo explicava tudo o que tinha acontecido comigo. Meus pais, as coisas estranhas que podia fazer e até mesmo minha TDHA, ele tinha um ponto muito forte.

— Sim, sei que isso parece maluquice, mas tudo é verdade. Todos os contos, mitos e histórias de monstros e deuses existem. Somos a prova viva disto, e como eu já disse, vim aqui para te levar até o acampamento, um lugar feito para os semideuses, lá você poderá encontrar respostas as suas perguntas. — afirmou ele.

— Acampamento ? Um lugar feito para semideuses ? Que loucura. Mas se isso realmente é verdade, de quem eu sou filho ? —  Neste exato momento um pequeno redemoinho apareceu sobre minha cabeça, dando várias voltas em círculo.

— Bem, você acaba de ser reclamado por Éolo. Ele é seu pai. — Apontou para o simbolo em minha cabeça. Estava muito confuso com tudo aquilo, contudo parecia que ele dizia a verdade, coisas estranhas tinham acontecido durante aquela noite, então se havia um lugar onde poderia estar seguro, com certeza é para lá que iria.

— Okay, vamos para este acampamento. Espero que não esteja me levando para uma cilada. — disse por fim. Então partimos para o tal lugar, esperava encontrar algumas respostar por lá.

Kurt B. Mayer
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 118-ExStaff Dom 02 Ago 2015, 00:22


Avaliação


Kurt: Não Reclamado por Éolo

Seja bem-vindo ao fórum, moço (se não for fake). Gostei do modo como você escreve, o que tornou a leitura agradável, mas notei um bom número de erros de pontuação. Além disso, você não citou o modo como chegou ao acampamento, e perdeu alguns pontos de coerência por narrar uma batalha que fez bastante barulho ("podia ouvir vários gritos e rangidos que vinham da batalha"), mas que não atraiu a atenção de ninguém. E isso porque vários garotos estavam com lanternas acesas no meio de um bosque. Concerte esses pontos e faça uma próxima ficha, o que não pode é desistir.

Conselhos do Titio Deimos:

Sugiro que leia o seu texto em voz alta, para identificar as pausas e os lugares onde 'cê' deve colocar vírgula; que busque, na internet mesmo, as regras de pontuação, e que use um corretor ortográfico, além de revisar seus textos.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Kurt B. Mayer Dom 02 Ago 2015, 12:14


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Ficha de Reclamação



- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

Quero ser reclamado por Dionísio. Vou ser o maior bêbado do acampamento. Decidi trocar de deus pelo qual serei reclamado pois agora tenho em mente uma nova trama e personalidade para meu personagem.

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

Físicas - Um rapaz alto chegando a medir 1,82 metros. Dono de uma pele cor de oliva sempre bronzeada e brilhante. Com seus olhos cinzas grandes e um sorriso largo mostra ter um rosto muito bonito. Seu cabelo está sempre cortado e desarrumado dando a impressão de não ser uma pessoa séria.

O corpo forte e consistente o torna ainda mais bonito, seus músculos são bem distribuídos pelas redondezas do corpo. O que o mais o define é seu jeito de andar e ser, sombrio e misterioso dando um ar de elegância a sua pessoa.

Psicológicas - Kurt é um homem livre. Rebelde desde sempre, nunca aceitou ser mandado por ninguém. Fora dos clichês e das modas, sempre teve o seu jeito de ser, sem imitar nada. Astuto e por vezes irresponsável não importando para o que irá acontecer em seguida. Embora seja imprudente e exagerado não é de seu costume maltratar as pessoas, todavia tende a ser gentil e amoroso em algumas ocasiões.

- História do Personagem

Adentrei o lugar em busca de uma bebida me dirigindo até o barman, pedi-lhe um copo de Whisky que por fim virei-o em minha boca. O conteúdo desceu raspando minha garganta e meus lábios ficaram alegres ao contato com a superfície vítrea do objeto. Precisava de mais uma dose afinal hoje era o dia de badalar aquele local, precisava retirar aqueles pensamentos loucos de minha cabeça.

Minha mãe tinha falecido a apenas algumas semanas e por causa disso tinha me desgarrado do 'mundo normal'. Agora minha vida consistia-se em curtir muito e ficar bêbado o tempo inteiro, felizmente e finalmente aquela bruxa tinha morrido. Já estava pensando em dar um jeito nela quando por fim o coração da velha parou de bater, entretanto tinha perdido minha moradia no processo. Não que isso fosse de todo mal pois aquele lugar só me lembrava das surras e fugas que tinha tentando durante os anos anteriores. Agora estava livre, livre de tudo e de todos com apenas uma coisa a ser feita, beber.

Não sabia exatamente o porque de ser mais forte que outras pessoas em relação aos drinks, felizmente conseguia consumir mais dele e ter menos dor de cabeça no dia seguinte do que os demais. Agradecia a isto visto minha nova rotina, estava indo todos os dias a bares e baladas onde pudesse encontrar o teor alcoólico o que fazia eu ter ressaca diariamente.

Dessa vez estava sozinho ali, Joni o barman, continuava me trazendo copos de Whisky um atrás do outro, muito eficaz ele e isso lhe renderia uma boa gorjeta no final da noite. Mais uma coisa boa da velha ter morrido, agora podia finalmente gastar o dinheiro de minha verdadeira progenitora. Lúcia não passava da mulher que havia me acolhido quando minha verdadeira mãe falecera. As ordens dela eram cuidar de mim e prover o que eu precisasse para meu sustento, no entanto aquela maldita tinha pegado o dinheiro todo para ela e gastado boa parte dele com seus 'acompanhantes'. Agora que estava morta eu tinha direito novamente dos meus bens e com isso o dinheiro de minha antiga família.

Felizmente o lugar onde morávamos não havia sido comprado com o meu dinheiro, mas era alugado de um parente de Lúcia. Quando ela morreu, tratei imediatamente de sair de lá.

Pedi um último drink e parti do lugar, já era bem tarde da noite ou melhor...estava começando a amanhecer. Tudo rodava enquanto caminhava e por isso fora preciso me agarrar em algumas coisas para não cair aqui e ali. Aquela noite tinha sido muito produtiva afinal não conseguia nem me manter de pé sozinho, seria preciso um táxi para me levar até um bom hotel onde eu poderia passar o dia dormindo. De longe avistei um e o chamei balançando o braço no ar e quando parou ao meu lado, tive alguns problemas para abrir a porta e vendo isso o taxista veio em meu auxílio. Partimos então enquanto eu vomitava no banco de trás do carro.

Estranhamente ele não me levou até um hotel mas sim até um lugar fora da cidade onde não tinha nada, nem se quer uma casa ou fábrica.

— Senhor o que estamos fazendo aqui ? — consegui perguntar para ele — Não consigo ver nenhum hotel onde estamos.

— Isso é porque eu não irei te levar até um hotel. Você irá morrer aqui. — gritou ele para mim. Quase que instantaneamente saí do carro tropeçando nos meus próprios pés por causa da bebida, infelizmente o efeito dela ainda não havia passado e com isso caí de cara na estrada. Estava agora para ser morto por um taxista.

Olhei de volta para o carro para ver se ele vinha em minha direção com uma faca ou arma, mas não o encontrei lá. Onde ele havia ido ? Fiquei pensando comigo mesmo e nesse meio tempo consegui me levantar ainda que com grande dificuldade. Então lá estava ele pairando em cima do carro, bem, não era exatamente ele. Cocei meus olhos algumas vezes para ver se aquilo realmente estava ali, não acreditava no que estava vendo. Ao invés de um senhor de idade em seu lugar estava agora um certo tipo de monstro, metade ave e metade mulher com grande asas e dentes afiados.

— Chegou o seu fim, semideus. — rangiu o ser para mim. Fiquei tão espantado com o que disse de me matar que acabei deixando passar a segunda coisa que havia dito, e se tinha ouvido bem ele acabara de me chamar de semideus. Fiquei mais confuso ainda e estava começando a achar que aquilo não passava de uma alucinação de minha mente, talvez as bebidas tivessem sido mais fortes do que costumeiramente. Porém aquilo tudo parecia real de mais, estranho de mais para ser uma alucinação. E então sem se quer um aviso o monstros avançou contra mim e com isso gritei, fechei meus olhos esperando pela minha morte mas nada aconteceu.

Abri devagar minhas vistas e logo encontrei o monstro caído no chão a apenas alguns metros de mim, estava rangendo de dor, e como se tivesse o visto apenas agora pude notar uma flecha cravada em sua cabeça. Logo pois o monstro se dissolveu em uma pilha de pó que foi tragada pelo vento de pouco em pouco. Olhei para trás de mim para ver se encontrava quem tinha feito aquilo com aquela fera e então o vi. Parado a alguns metros de mim estava uma garota, ela então começou a vir em meu encontro.

— Olá, você está bem ? — perguntou ela. — Meu nome é Elizabeth. Prazer em te conhecer. — Estendeu seu braço direito para mim num gesto de cortesia e eu fiz o mesmo, apertamos nossas mãos.

— Acho que sim, não sei ao certo — respondi — mas o que era aquilo ? — Apontei para onde estava a pilha de pó. Só então me lembrei de dizer o meu nome. — Ah, meu nome é Kurt.

— Argh, é um pouco difícil de explicar. Aquilo era uma Harpia, uma ave metade humana. Sei que você deve estar bem curioso e por isso voo responder algumas perguntas suas. — disse ela. Notei ela durante um tempo e dessa vez tive que me apoiar em seu ombro para não cair.

— Droga, estou muito bêbado, minha cabeça está doendo muito. Tem certeza de isso tudo foi real ? — perguntei para ela. Ela então me segurou com um braço e me ajudou a sentar no chão, fazendo o mesmo.

— Sim, tudo aquilo realmente aconteceu. Ela não disse algo para você ? — perguntou ela, daí então comecei a repassar tudo que tinha acontecido e com isso consegui me lembrar de uma coisa que o monstro tinha falado.

— Ela me chamou de semideus. O que seria exatamente isso ? Não consegui compreender o porque dela ter me chamado disto. — disse.

— Certo, é exatamente isso. Você já ouviu falar dos deuses gregos ? Bem, saiba que eles existem e que você por mais incrível que pareça é filho de um deles. — Nesse momento quase deixei meu queixo cair, felizmente sabia quem eram os deuses gregos e por isso o espanto tinha apenas sido maior. Como eu poderia ser um semideus ?

De início achei meio difícil de acreditar nela mas conforme eu ia fazendo perguntas e ela respondia, passei a acreditar naquilo, ainda assim tudo parecia-me uma grande loucura. Então algo me veio na cabeça.

— Já que eu sou um semideus, quem então seria meu pai ? — perguntei para ela, sabia que Ana tinha sido minha verdadeira mãe, contudo não tinha nenhuma informação de pai pelo menos até agora. Logo algo aconteceu e em cima de minha cabeça apareceu um cacho de uva, permaneceu mais um tempo flutuando por ali e então se foi.

— Okay, pelo que parece você é filho de Dionísio. Lembra-se do acampamento que eu disse que iria levar você ? — perguntou ela, e assim me lembrei daquilo até porque ela tinha dito sobre ele a apenas uns minutos atrás. Provavelmente ela estava pensando que não conseguia lembrar das coisas por estar um pouco bêbado. Afirmei pois com a cabeça de que lembrava do tal lugar e assim ela continuou.

— Continuando. Dionísio é o encarregado de cuidar do acampamento, tenho certeza de que ele irá ficar muito feliz de te encontrar por lá.  — Levantou-se depois de falar aquilo e me ajudou a fazer o mesmo. Ainda não tinha me acostumado com o que estava acontecendo, mas não parecia que ela estava mentindo. Decidi por fim ir com ela até o tal lugar.

— Você sabe dirigir ? — perguntei para ela. — Não estou muito bem para fazer isto. — Afirmou então com sua cabeça que sabia o fazer, pegamos o carro do monstro que agora não era mais um táxi e sim um simples Ford e partimos de lá.

Demorou algumas horas para chegarmos até o acampamento. No caminho para lá perguntei como ela havia me achado naquele fim de mundo e então fiquei surpreso por ela dizer que estava me seguindo durante a noite inteira e que tinha pegado um verdadeiro táxi para ir até aquele local. Ela então me explicou mais algumas coisas antes de chegarmos para que eu não ficasse tão perdido por lá.

Então eu o vi. O acampamento era simplesmente real, nele era possível ver várias pessoas que se dirigiam para um mesmo lugar. Elizabeth me disse então que aquele era o refeitório e que todos estariam por lá nesta hora afinal o jantar estaria acontecendo logo. Adentrei junto dela o lugar e fomos diretos para lá. O que iria acontecer a partir de agora ?


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Ficha de Reclamação

Mensagem por Callie Vernon Dom 02 Ago 2015, 20:03

FICHA DE RECLAMAÇÃO

HOLLABACK GIRL



O porquê? Gostaria de ser reclamada como filha de Afrodite por acreditar, primordialmente, que se enquadraria bem na personalidade que tomei como base para Callie, além de ser a síntese da sexualidade no acampamento.


● Características psicológicas

São Francisco. A nata da Alamo Square. Bronzeado perfeito e dentes artificilmente clareados? Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – fisica ou psicologicamente.
O potencial subversivo de Callie dá-se por conta das suas constantes mudanças de escola durante a infância, com amizades inconstantes e, na maioria das vezes, ilegítimas. Sua personalidade, entretanto, não enquadra-se nas barreiras comumente impostas às filhas de Afrodite. Callie sabe o quão vadia é, mas usa todos os seus dotes de maneira sábia para conseguir o que quer e, acima de tudo, o que verdadeiramente importa. Detentora de uma miríade de desejos e mais do que autocontrole para obtê-los, é esse elemento de serenidade que distingue a filha de Afrodite de suas demais meio-irmãs. Em sumo, traduz com exatidão o clichê ''antes você do que eu'' - toda essa carapaça efêmera e impenetrável resguarda, no fim, alguém que tem ciência que a humanidade é a maior fraqueza do humano, e não se importa de pisar nos iguais para alcançar o seu tão estimado topo.


● Características físicas

No quesito físico, Callie sempre se considerou sublime às escassas garotas com quem teve relações decentes. Dona de um corpo afunilado na parte inferior, a garota é proprietária de seios fartos e coxas torneadas – quase sempre evidenciadas pelas roupas curtas que usa –, além da pele tipicamente bronzeada. Em suas feições, os traçõs angelicais são uma máscara para a sua personalidade frívola e egoísta.


● Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir

Sob a estrutura cavernosa que era a sala principal do apartamento dos Vernon, famílias filantrópicas e jovens herdeiros de bilionários riam e compartilhavam de toda a opulência espalhada pelo local. Debaixo dos panos, carreirinhas de cocaína e seringas de heroína eram distribuídas aos mais ousados, que tinham a coragem de desfrutar de quantidades significativas de entorpecentes sob o olhar dos pais – não que eles dessem importância, afinal. Eram todos ricos e podiam fazer o que quisessem, quando quisessem, e a única limitação era fácil de contornar: os atos putrefactos não podiam chegar à público – esse era, com toda certeza, o antro da perdição da nata da Alamo Square.

Callie Vernon, em seu ápice da virgindade e timidez, queria apenas afastar-se de tudo aquilo. Aceitava que, como a afável filha dos hospedeiros, deveria estar recebendo os convidados com um sorriso nos lábios róseos, mas ela simplesmente se recusava. Negando-se a refletir mais sobre o assunto, Callie fisgou uma das taças preenchidas por Veuve Clicquout de uma das bandejas de prata e desfilou pelo apartamento, visivelmente incômoda com o vestido preto Donna Karan pressionando suas costas bronzeadas. Assim que parou na soleira do corredor, Callie sorveu um gole do espumante, sentindo o líquido borbulhar durante seu percurso pela garganta. Ela caminhou pelo patamar superior do loft super espaçoso dos pais, assistindo os convidados no térreo deleitarem-se com todo o entretenimento da festa. Elijah Leavitt, seu atual namorado do ensino médio, tinha acabado de entrar no apartamento. Callie vibrou com a novidade, e no momento em que ia descer as escadas, deparou-se com Daniel Munwoff, o seu melhor amigo, arfando. O suor escorria pela testa do rapaz, que apoiava-se debilmente nas muletas.
– Você… nós… precisamos sair daqui. Agora! – Callie encarava-o, associando a sua divergencia de comportamento às doses de champanhe que ele, provavelmente, havia consumido.
 – Cai fora, Dan. Você está muito bêbado – dando um ênfase ao ‘’muito’’, Callie simplesmente deu as costas para o amigo e desceu trotando as escadas, abrindo os braços para receptar Elijah entre eles.
 E Elijah a abraçou. Aninhada em seu peitoral musculoso e protegida pelos braços bronzeados do namorado, ela se sentia até excitada… Ainda era virgem e queria muito livrar-se desse fardo com a pessoa certa , e Elijah parecia ideal nesse momento. Ela o fisgou pelo pulso e aproximou os lábios do seu ouvido, subitamente impulsionada pelo desejo sexual que aumentava no seu corpo.
 – Vem, gato… Eu quero te mostrar o meu quarto. – Elijah não protestou, e os dois seguiram para o andar superior.
 Callie abriu a porta do quarto e encaminhou-se para a cama, largando o corpo sobre o colchão gigante da king-size. Ela livrou-se dos saltos Dior, que já estavam pressionando os tornozelos, e se ajoelhou, mordendo o lábio inferior. Elijah sentou-se ao lado dela, envolvendo-a nos braços fortes. Callie soltou um suspiro quando os lábios do namorado tocaram o pescoço, mas não afastou-se, tentada a remover a sua camiseta branca que evidenciava os traços musculosos de Leavitt. Ele a jogou na cama, prendendo-a sob os seus braços, e sorriu.
 Em um antro diferente, Callie sentiria-se excitada com o seu sorriso e a posição em que estavam, mas, nessa ocasião, dentes amarelos e pontiagudos se projetaram pela mandíbula de Elijah – que tinha os braços bem maiores do que o habitual. Ela tentou soltar-se do seu corpo, mas as mãos fortes de Elijah a mantinham presa no colchão, enquanto ele aproximava o rosto dela, soltando baforadas fétidas de ar. Callie gritava, balançava as pernas e chutava o seu corpo, mas ele simplesmente não se movia. Irredutível, o lestrigão simplesmente passava a língua pelos lábios esverdeados enquanto analisava a sua nova presa. Com a mão, Elijah segurou no pescoço fino e bronzeado de Callie, travando a passagem de ar. Ela segurou no seu pulso, em busca de afastar a mão, mas Elijah era extremamente mais forte que ela. Com a passagem do tempo, Callie sentiu as pálpebras pesarem. O corpo não obedecia aos seus comandos cerebrais, e parecia que estava sob o efeito de entorpecentes, perdendo a vitalidade gradativamente. Callie sabia que ia desmaiar – ou morrer – e optou por não protestar mais… não tinha chances.
 A porta do quarto se abriu e Daniel entrou, dessa vez sem as muletas. Para Callie, parecia que ele usava calças de veludo marrom, mas em seu estado de demência atual, ela não associou nada daquilo aos cascos de bode em que Daniel se apoiava. Ele aproximou-se dela na cama, e Elijah urrava, lançando um olhar desafiador para o sátiro. A sua mão soltou do pescoço de Callie e, enquanto olhava o embate do melhor amigo com o namorado, desmaiou.


                                                           
    ᕦ

Callie despertou enquanto o singelo Aston Martin ônix percorria a rodovia da Exit Avenue, em Long Island. Umas cinco horas já tinham se passado desde os eventos de outrora – fato constatado com uma olhada fugaz no Rolex de ouro branco que envolvia o pulso. O pôr do sol já era visível através das do estreito de Long Island, lançando sombras no asfalto. Callie largou-se no assento de couro do carro, com a têmpora dolorida. O pescoço doía.
 – Você está bem, Callie? – Daniel pousou a mão na sua bochecha, inspecionando o estado da garota – Dormiu por muito tempo…
 Callie não respondeu. Fragmentos de memória inundavam sua mente: ela na cama, Elijah por cima dela, Daniel invadindo o quarto equilibrado sobre o que pareciam ser cascos… E foi nesse momento em que o olhar de Callie voltou-se institivamente para as pernas de Daniel. Ao invés de suas pernas cobertas pelos jeans surrados Abercrombie & Fitch, ele possuía uma pelagem densa da cintura até os cascos.
 – Eu sou um sátiro… do tipo mitologia grega, sabe? – ele notou seu olhar e correu para se explicar, sem tirar o olhar da estrada. Eles subiam uma estrada íngreme, e Callie notou campos de morango à medida em que o carro prosseguia no percurso. Ela balançou a cabeça, atônita. Pensar lhe causava dor, então simplesmente desistiu. Ela ia refletir sobre tudo depois, mas, por enquanto, simplesmente ouviria Daniel. – E você, no entanto, é uma semideusa! – ele deu um sorriso largo, como se aquilo explicasse toda a situação.
 Quando o carro finalmente parou, Daniel saltou para fora majestosamente, batendo os cascos na relva da colina em que se encontravam. Callie saiu pela outra porta, tocando o chão com os pés descalços. Ela encolheu os ombros, abatida pelo vento proeminente na colina. Sentiu falta de seus cardigãs Moschino imediatamente.
 Daniel prosseguiu com a caminhada, e Callie a seguiu. Não fez perguntas, simplesmente foi. Dúvidas poderiam ser esclarecidas quando estivesse vestida decentemente e com uma aparência, no mínimo, apresentável. Daniel a pegou pela mão, e Vernon agradeceu silenciosamente pela onda de calor que espalhou-se pelo corpo. Eles atravessaram um pinheiro reluzente, com o que parecia ser um tapete pendurado em um de seus galhos. Callie queria vê-lo melhor e, no momento em que se virou, foi inundada por uma luminescência rósea. Ela afastou-se de Daniel com passos rápidos, tombando na relva até cair de costas no chão. O símbolo crepitava acima de sua cabeça, variante em tons de rosa. Callie pelo menos gostou da cor.
 – Seja bem vinda ao acampamento, filha de Afrodite – Daniel estendeu-lhe a mão, sorrindo – você servirá bem aqui.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 168 - ExStaff Dom 02 Ago 2015, 23:37


Avaliação
a mão do aprovar chega a tremer

 Kurt B. Mayer - Aprovado como filho de Dionísio

Kurt, peço perdão novamente pelo erro que cometi na avaliação passada. Não existem motivos para te reprovar, já que seu texto conteve todos os elementos necessários para a aprovação de reclamação do deus em questão. Parabéns, Senhor D. Júnior! (desculpa haha)


Callie Vernon - Reprovada como filha de Afrodite

Callie, indo para sua avaliação, logo no início encontrei erros que facilmente seriam corrigidos com uma revisão de texto: "Bronzeado perfeito e dentes artificilmente clareados? Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – fisica ou psicologicamente." Não entendi o motivo da interrogação, mas os erros principais estão na ortografia errada de artificialmente e física. Você também utilizou "meio-irmãs", quando o correto, neste caso, seria "meias-irmãs". Enfim, achei diversos erros de digitação, crase, ortografia, que não deu pra colar aqui (ou ficaria enorme), o que somou muito para sua reprovação. Além de tudo, você não inseriu o momento de reclamação de sua personagem - apenas alguém te falar não conta - e por isso deverá tentar novamente. Se tiver dificuldade, peça ajuda para um player mais experiente, mas acredito que você conseguirá da próxima vez. Lamento!

Reclamações, duvidas e desabafos: MP.


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Atualizado!


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sasha D'Angelis Seg 03 Ago 2015, 01:05

Ficha

You don't know me at all, and you never will.

the night goddess

O
que seríamos sem a noite? Uma pergunta caótica, devo ressaltar. No fim das contas, toda aquela imensidão negra que solevanta enigmas irrespondíveis e cativantes é fruto da divindade a qual escolhi como parente. Palavras, que, em minha opinião, são irrelevantes, não descreveriam o interesse e apego que tenho por circunstâncias que remetem à escuridão no geral, tal como os mistérios e os segredos noturnos. Incógnitas sempre concerniram ao meu arsenal principal de gostos e, graças a isso, pretendo me sobressair como uma das proles de Nix.

physical & psychologic


Os traços corpóreos limitam-se a curvas desconformes no trajeto do próprio físico que são ligeiramente expostos pelas meias-calças rasgadas – uma peça assídua em seu vestiário –, exibindo, de forma parcial, o lineamento de sua estrutura. Como de praxe, os acessórios trajados apresentam um contexto obscuro e, sincronicamente, ilícito, optando sempre por algo que lhe conceda um aspecto lúgubre perante os demais. As mechas tonificadas por um castanho vívido desabam nos ombros de Sasha, delineando um fluxo enegrecido e ondulado pela trajetória de seu busto, conseqüência das madeixas rebeldes. Apesar de preferir cultivar sua aparência natural, é notável a presença de mínimas camadas cosméticas no rosto de D’Angelis, que consiste apenas num delineador acompanhado de um lápis de olho escuro para realçar a pigmentação de seus olhos. O olhar, a sua característica mais inesquecível dentre diversas outras. Afinal, é através dele que Sasha transmite tudo que sente internamente. Tudo aquilo que, por múltiplas razões, ela decide não expressar em diálogos.

Dona de uma personalidade indescritível e um tanto quanto alegórica, Sasha sempre buscou restringir seus sentimentos, principalmente em relação a outros indivíduos. Talvez seja por isso que ela nunca tenha reconhecido o verdadeiro significado da felicidade, ou das emoções ao todo. Apesar disso, por trás de toda sua máscara revestida de autocontrole e de pura independência, Sasha esconde um descontrole emocional íntimo que foi acarretado em meados de sua infância desajustada. A onda de emoções reprimidas que a transgridem são incompreensíveis até para ela, que esconde a imagem de uma pequena menina perdida em si mesma.

just another problematic girl


10 DE JULHO DE 2015, 22h40

O alarde advindo do telefone deu-se início e, com apenas um único som, Franco D'Angelis o arrebatou de seu gancho, ciente de que a notícia seria algo relacionado à má conduta de sua filha, Sasha, no colégio em que havia sido matriculada há pouco tempo. Isso já estava se tornando uma daquelas rotinas clichês no histórico escolar de Sasha, que, aparentemente, não se adaptava a nenhum regulamento disposto.
De acordo com o expectável, não demorou muitos minutos para a porta do quarto se entreabrir e dispor seu pai, que se preparava para tagarelar sobre mais um de seus sermões evangelísticos – daqueles que não surtiam efeito algum.
Sasha D’Angelis... Quando será que você vai acordar para a vida? – Um suspiro esvaiu dos lábios do sr. D’Angelis após a conclusão da frase e, como de costume, seu olhar desaprovador percorria a silhueta de Sasha com inúmera repreensão. Mas aquela expressão não parecia ser novidade para ela, que laceava um sorriso apático no canto dos lábios. Um sorriso que descrevia completamente seu desgosto pela figura paterna diante dela.
Minha vida. Minhas regras. – A unha enegrecida do indicador vasculhava a ponta do isqueiro roxo, destampando-o num impulso ligeiro da mão. Ao repuxar a roldana do utensílio, Sasha observava as chamas incandescentes dançarem diante dos seus olhos, sucumbindo a si própria, quase de imediato, a uma espécie de transe utópico conforme o calor emanado pelo feixe esbraseante relanceava pelo seu rosto.
Eu vou orar por você, Sasha. Sei que, no fundo, só precisa de Deus. – Franco, ao retirar-se, embateu a porta e resmungou muxoxos no corredor da ala, deixando um baque estrondoso ecoar na região enquanto os quadros rabiscados preenchidos na parede tremeluziam com a sua saída. Apesar de ser um reverendo aos domingos, o temperamento explosivo do homem era algo irreparável.
Sasha, com o isqueiro posicionado na brecha contida entre os seios, desnibiu uma risada de escárnio que estava presa na sua garganta desde o princípio, como um nó que precisava ser desfeito. Após o egresso de seu pai, ela estirou o cobertor de cima do próprio corpo e consultou o relógio sobre a estante, puxando o par de coturnos escondidos de baixo da cama no mesmo instante em que os calçava. Agora, com a meia-calça picotada e o vestido escurecido já enroupados, toda sua atenção deslocou-se para a janela aberta nos limites do quarto. Ah, a janela. Sem sombra alguma de dúvidas, aquela pequena janela tratava-se de encarregá-la para outro mundo – afinal de contas, era assim que Sasha a descrevia.

10 DE JULHO DE 2015, 23h30

A fechadura da porta era ocupada pela chave enferrujada, travando-a por inteiro com um único movimento da mão da jovem. Ela já estava ciente de que, nesse exato horário, seu pai havia adormecido e se recusaria a acordar, mesmo com uma bomba eclodindo em toda a Inglaterra. Sasha começou a vasculhar as gavetas na estante amadeirada até certificar-se de encontrar o seu maço predileto de cigarro, afundando-o num espaço assentado no coturno do pé direito ao empurrar as mechas onduladas para trás de uma das orelhas. Aquilo era o que a mantinha calma, e o que a fazia sentir algo, mesmo que fosse passageiro.
Com a prática evidente da experiência própria, Sasha assegurou as mãos no cano ligado ao telhado estabelecido do lado da janela de seu quarto, enlaçando, logo em seguida, as coxas pela sua estrutura sólida. Um breve impulso do corpo foi necessário para que os pés de D'Angelis obtivessem contato com o chão ladrilhado, indicando o fato de que, fugir de casa é um de seus hobbies e habilidades principais.
Ao adquirir estabilidade e moldar a postura, averiguava a imagem de um velho apagado no sofá de um cômodo escuro, com filetes de saliva escorrendo pelo canto da boca. Em situações como essa, Sasha questionava sua ligação sanguínea com o homem no qual compartilhava a mesma moradia. Diferenças, diferenças e, por incrível que pareça, mais diferenças. Como previsto, é somente disso que se baseia o relacionamento de ambos.

11 DE JULHO DE 2015, 00h00

A lua que pairava no céu refletia grande parte de sua luminosidade prateada nos cantos da rua deserta enquanto Sasha dobrava a esquina de sua casa, afundando a mão no coturno ao agachar-se para arrebatar o maço escarlate de cigarro. Depois de realizá-lo, Sasha guiava um dos cigarros até a boca e o pressionava com a dentição, buscando o isqueiro arroxeado no meio dos seios. Ela sabia que esse vício iria matá-la, mas, no fundo, não se importava nem um pouco – na verdade, essa ideia a agradava. A dependência da nicotina não era algo que Sasha planejava superar.
Alguns zumbidos serpenteavam pela orelha da jovem que, a esse ponto, já estava próxima de seu objetivo: uma festa – e não era só uma festa comum. Os barulhos abafados do som da música no final do beco eram preenchidos por um timbre metálico no pé do ouvido de Sasha, que repetia uma frase ininteligível diversas vezes na mente da menina. Talvez fosse apenas sua consciência tagarelando inutilmente. Entretanto, ao armazenar a fumaça no interior da boca e a despejar logo em conseguinte, a adolescente direcionou seu olhar para o lado oposto da calçada, encontrando a silhueta de, aparentemente, um homem encapuzado e revestido por um sobretudo preto. Os feixes lunáticos iluminavam parte de seu rosto coberto por um capuz, expondo a cor de sua pele que aparentava ser tão pálida quanto a neve, e, ainda assim aquela figura masculina despertava certa curiosidade em Sasha, fazendo-a se questionar quem era ele. Por míseros segundos, os olhos enigmáticos da menina se encontraram com os do estranho, numa mistura de cores oscilantes. A primeira impressão perceptível naquele olhar – que Sasha julgava tão escuro quanto o breu noturno – foi o mistério que aquele ser, até então desconhecido, carregava consigo. Misterioso, porém, convidativo; tal como a noite.
Mesmo não acreditando em ironias do destino e derivados, o homem anônimo acompanhava cada passo sorrateiro de Sasha, levando-a a acreditar que, talvez, estivesse sendo seguida desde o começo. Com o cigarro perdendo a essência e se desfazendo devido aos devaneios imaginários de Sasha, ela o largou no ladrilho após afundar o coturno na cigarrilha. Descartando a hipótese de uma futura aproximação com o homem incógnito, ela adiantou-se na diretriz da entrada do recinto festivo, interceptando os passos no momento em que se depara com o segurança que já estava muito bem habituado ao rosto de Sasha D'Angelis – uma das virtudes de sempre frequentar as festas de Bristol.
Sasha... Sasha... Ah, aqui. – Espiar a menina de relance foi o suficiente para que Malcolm, o segurança, caçasse seu nome na lista e concedesse espaço para que ela continue.

11 DE JULHO DE 2015, 01h00

No interior da festa, a presença de luzes era quase inexistente, surgindo apenas camadas de luzes coloridas dos holofotes uma vez ou outra. Sasha perpassava os olhos por cada detalhe destacado no recinto, aproveitando para analisar os que estavam presentes ao redor. Acredite, pessoas com muletas também estavam na lista, e Sasha sempre se esbarrava com o mesmo menino deficiente na maioria de suas fugas festeiras. Ao constatar uma mesa empilhada de copos, Sasha fisgou um deles e, pro seu espanto, avistou o desconhecido encapuzado do outro lado do empecilho, contendo um sorrisinho de escanteio.  A menina, por sua vez, deu as costas conforme entornava o líquido do copo de vidro na boca, saboreando o que parecia ser uma mistura de vodka com energético e seguindo até a pista de dança. As batidas eletrônicas ecoavam na cabeça de Sasha como um turbilhão atordoante, incitando os movimentos aleatórios do seu corpo que prosseguia no ritmo da música, sentindo uma respiração ofegante no pescoço. Uma mão laçava a cintura da jovem e um calafrio passageiro percorria seu corpo ao passo em que os suspiros aumentavam próximo de sua orelha, além da barba que deslizava pela extensão do seu pescoço, preenchendo outro copo com a bebida alcoólica ao distanciar-se da pista de dança, ainda com alguém no seu encalço. As tentativas de visualizar o sujeito atrás de si eram falhas, visto que a iluminação da espelunca era quase imperceptível. Além de que, sua imaginação engenhosa já havia cultivado a imagem do anônimo encapuzado e, mesmo sem conhecê-lo, a garota estava torcendo para que seu paradeiro fosse verdade. Ela sabia que devia manter distância dele, algo a alertava disso, mas a sensação perigosa de correr um risco é tudo o que Sasha mais gosta. As luzes tremeluziam e, pouco a pouco, os indícios físicos do homem que dançava com ela iam se revelando, tal como sua forma escultural perfeitamente definida. Contudo, as horas pareciam acelerar e a cabeça de Sasha começava a latejar, causando uma instabilidade na menina que apoiava a mão no casaco do rapaz, certificando-se do capuz na retaguarda da veste, para, então, concluir sua verdadeira identidade. Era ele.

11 DE JULHO DE 2015, 02h30

As imagens ribombavam no ponto de vista de Sasha, que se importava apenas em tragar mais um de seus cigarros e direcionar o líquido de outro copo na boca, um atrás do outro. Mesmo que temporário, isso a fazia esquecer os problemas. Nesse estágio da madrugada, era notável pessoas caídas no carpete da balada, assim como resquícios de bebidas e vidros espalhados pelo chão, ou, nos piores casos, sexo em público. Os olhos, destacados pelo delineador enegrecido, eram firmados no rosto do jovem – que, assim como Sasha, preferia se comunicar através do olhar. O efeito da forte bebida consumida pela adolescente começava a se manifestar, pois, durante os segundos seguintes, o rosto de seu acompanhante foi tomado por uma espécie de forma humanoide, retornando a seu modelo natural. O acontecimento se repetiu seguidamente, e, Sasha, um pouco atordoada, observava a trajetória do copo disposto em sua mão desabar no mármore, com uma única diferença: tudo incidia a ocorrer em câmera lenta. E foi quando Sasha decidiu que precisava tomar um pouco de ar puro ao proceder até os fundos da festa, apoiando-se na parede para se estabilizar. As coisas pareciam girar, e o pouco daquela felicidade momentânea gerada pelo álcool desaparecia, como uma garrafa cheia d'água que se entorna de uma só vez.

11 DE JULHO DE 2015, 03h15

Os fundos da festa baseava-se numa área, não muito grande, com a presença de árvores pequenas e alguns arbustos. Bem próximo a uma das folhagens, um grupinho recém-formado se acumulava ali e, pelo que parecia, estavam se drogando fora da boate. Céus, como Sasha queria isso. No passo em que viram Sasha e o rapaz atrás dela, se dispersaram na direção do interior, deixando o local completamente vazio.
Luke. Meu nome é Luke. – O desconhecido, agora apresentado como Luke, rodeava o corpo de Sasha e em momento algum desviava o foco da adolescente, era como se ela fosse a única alma viva naquela festa repleta de pessoas. Interceptava os passos na lateral da garota, observando-a de soslaio.
Não sou uma boa companhia. – Ligeiramente intrigada pela escuridão imensurável que circulava no horizonte, Sasha pôde, então, obter maior destaque visual da figura de Luke, captando os traços físicos do rapaz. Seus cabelos eram loiros, mas não era um loiro qualquer, assemelhavam-se a feixes dourados que também era a tonificação de sua barba. As íris dos olhos de Luke cultivavam um tipo de vendaval negro, furtando a atenção de Sasha desde o começo. D'Angelis deslocou-se alguns passos à frente enquanto buscava o maço e o isqueiro no espaço do sutiã, acendendo-o.
Por quê não? – Ciente do mal estado de Sasha por conta das bebidas alcoólicas consumidas, Luke tornava a alcançar a menina, freando os passos em sua retaguarda e fuzilando-a com o olhar, tomando uma postura sugestiva.
Porque eu vou afundar você. É isso que eu faço com as pessoas. – Sasha tragava a fumaça do cigarro e deixava um suspiro de irritação escapar dos lábios finos ao ver seu último maço ser finalizado. Antes de proceder, ela rotacionou a cabeça para averiguar a reação do conhecido recente, desnivelando as sobrancelhas ao ver o inesperado. Naquele momento, tudo que Sasha queria era acreditar que estava tendo uma ilusão. Ou que estava completamente bêbada. Luke, ou seja lá qual for seu verdadeiro nome, havia se transmutado numa criatura de tamanho mediano, com o formato central de um leão e a traseira de um escorpião.
Sasha retrocedeu na direção das folhagens e pressentiu as náuseas voltarem à tona, massageando a têmpora vagarosamente. Os tornozelos tremiam e a menina sentia suas forças se esgotando, como se o álcool estivesse se espalhando, logo agora, pelo seu sangue. Se tampouco conseguia se mover direito, muito menos sairia dali intacta e com vida. Em seus pensamentos, aquilo tudo era um devaneio mental que foi favorecido pelas bebidas ingeridas, e, sem poder se defender ou gritar por ajuda, as pálpebras de Sasha pesaram e seus olhos foram se fechando, como se entrasse num sono eterno e profundo.
As últimas imagens captadas foram a de uma cauda semelhante a de um escorpião movendo-se em sua diretriz, prestes a perfurá-la, e, talvez, teria concluído sua trajetória fatal, se a porta não tivesse sido impactada pelas pernas do rapaz de muletas citado anteriormente. Sasha recorda com clareza de seu rosto, assim como das muletas que o "homem" utilizava, porquê, afinal, não era a primeira vez que frequentavam o mesmo lugar. Porém, existia uma nítida diferença nele dessa vez: as pernas de um bode.

12 DE JULHO DE 2015, 12h00

"Você é uma meio-sangue". Uma voz franzina e trêmula repetia essa frase diversas vezes na mente de Sasha, incitando-a a questionar sua coerência, se é que existia. As mechas rebeldes e tomadas por um pó de origem anormal formavam pequenos nós, progredindo na dor de cabeça da menina que, até então, não tinha ideia de onde havia parado. Desde a noite passada, Sasha não sabia mais se estava sonhando acordada ou ficando louca, talvez todas essas alucinações sejam mesmo culpa do excesso de álcool e do vício sustentado. A sala aparentava ser uma ala hospitalar, mas de nível bem inferior aos da Inglaterra, além do gramado que podia observar através da brecha na porta de madeira - definitivamente, estava bem longe de Bristol. Sasha soergueu o corpo numa tentativa de levantar-se da cama, ao instante em que se atentava a conversa que decorria no exterior da cabana, com os olhos manchados pela camada escura do delineador que havia sido umedecido. O semblante, sempre indecifrável, agora era tomado por uma ligeira confusão repentina.
Eu a encontrei na noitada! Filha de quem mais ela seria? – O tom sarcástico de uma das vozes ressoava do lado de fora da porta envelhecida, dando uma pausa durante o diálogo para produzir um som estranho. Era um barulho semelhante ao de um bode, na verdade.
Até que olhando assim... Pode ser. – A porta cedeu vagarosamente, expondo a silhueta dos dois indivíduos que, pelo visto, comentavam sobre a descendência de Sasha. A dupla averiguava o comportamento da jovem, sem mudar sequer o foco ou pensar em como ela reagiria ao notar as pernas de bode em ambos.
Você ainda tem dúvidas? É uma filha de Nix. – Um astro noturno se prontificava acima da cabeça de Sasha, revelando uma das representações celestiais da deusa da noite. A estrela obscura, por sua vez, irradiava um brilho incessante que passava a iluminar parte da ala, mas os olhos ilegíveis de Sasha estavam preocupados demais com o que deveria ser as pernas dos homens.
"Meio-sangue? Uma filha de Nix? Homens com perna de bode? Espera aí..." Sasha precisaria de um pouco de tempo para compreender tudo isso, suplementando a própria cabeça de questões que nem ela poderia responder.





Sasha D'Angelis
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