Ficha de Reclamação

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Ficha de Reclamação

Mensagem por 142-ExStaff Dom 09 Nov 2014, 03:49

Relembrando a primeira mensagem :


Fichas de Reclamação


Orientações


Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.



Deuses / Criaturas
Tipo de Avaliação
Afrodite
Comum
Apolo
Comum
Atena
Rigorosa
Ares
Comum
Centauros/ Centauras
Comum
Deimos
Comum
Deméter
Comum
Despina
Rigorosa
Dionísio
Comum
Dríades (apenas sexo feminino)
Comum
Éolo
Comum
Eos
Comum
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões)
Comum
Hades
Especial (clique aqui)
Hécate
Rigorosa
Héracles
Comum
Hefesto
Comum
Hermes
Comum
Héstia
Comum
Hipnos
Comum
Íris
Comum
Melinoe
Rigorosa
Nêmesis
Rigorosa
Nix
Rigorosa
Perséfone
Rigorosa
Phobos
Comum
Poseidon
Especial (clique aqui)
Sátiros (apenas sexo masculino)
Comum
Selene
Comum
Thanatos
Comum
Zeus
Especial (clique aqui)




A ficha


A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:

- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?

- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)

- História do Personagem

Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.

Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.

Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.

Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.

Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.



  • Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Sage Buckshot Seg 03 Ago 2015, 04:40




Ficha de Reclamação


— Por qual deus deseja ser reclamada e por quê?

Eu tenho o desejo de ser reclamada como filha de Perséfone. Acredito que incorporar a prole da deusa das flores e dos frutos (dentre outras atribuições) durante o período de inverno pode gerar várias situações interessantes ao longo da minha estadia no acampamento.


— Atributos físicos

Como uma típica filha de Perséfone, tem uma aparência invejável. De estatura mediana e com uma pele minimamente bronzeada, Sage é dotada de um rosto arredondado e emoldurado pelos fios loiros parcialmente ondulados. Tendo completado quinze anos recentemente, os hormônios típicos da faixa etária começam a agir em seu fenótipo, contribuindo para seios mais pronunciados e coxas torneadas.


— Características psicológicas

Sua personalidade parece oscilar conforme as estações. Em períodos de primeira e verão, a jovem raramente perde a paciência com alguma coisa, além de estar sempre alegre e disposta a ajudar os demais. Já quando o outono ou o inverno se fazem presentes, Sage dificilmente consegue reprimir o semblante rabugento e a impaciência, preferindo a companhia de seus amigos e tratando aqueles que não estão inclusos em seu ciclo de amizades com rispidez. Mas em boa parte do tempo ela se mostra uma amiga leal e uma guerreira persistente, quase nunca se dando por vencida.


— História da personagem

Com um solavanco que mandou uma boa parcela do alunado para frente, o ônibus da Lakewood High School parou no estacionamento do jardim botânico da cidade. As crianças amontoadas no corredor se acotovelavam para sair do veículo, animadas com a perspectiva de passarem o dia fora da sala de aula. A professora Mackenrot tentava ordenar a garotada que teimava em se dispersar pelo ambiente, sem muito sucesso. A maioria dos garotos se amontoava ao redor de Sage Buckshot, disputando sua atenção. A fascinação da meninada tinha sua justificativa: era impossível não admirar a pele lisa e livre de imperfeições, a cabeleira loira compactada num coque elegante e o sorriso encantador que ela fazia questão de ressaltar a cada interação que se iniciava. Naquele dia, entretanto, ela parecia não ter paciência para toda aquela comoção ao seu redor. Era comum de sua parte tornar-se um tanto quanto indiferente para com as pessoas quando estava cercada pela flora. Mesmo que já tivesse visitado o jardim botânico várias vezes, não se cansava de apreciar a exuberância das plantas dispostas por ali.

Então, foi com alívio que ela ouviu a professora Mackenrot ordenar que os estudantes formassem duas filas, uma composta exclusivamente por garotas e a outra por garotos. Desse modo, a inquietação ao redor de Sage foi interrompida, porque os rapazes foram forçados a se afastarem. A tarefa dada pela professora era simples: munidos de lápis e papel, além de poderem consultar o folheto introdutório do estabelecimento, eles tinham que optar por um espécime em particular e fornecer o máximo de informação sobre ele no relatório, dando prioridade aos últimos tópicos vistos em sala de aula. A docente iria liberar, de maneira alternada, um rapaz e uma moça para iniciarem o passeio, o que daria à mulher a oportunidade de verificar se todos os alunos estavam presentes. Sage era uma das primeiras da sua fila, portanto não demorou a ser liberada. Após registrar a presença da menina, Mackenrot estimulou sua ida com uma tapa no ombro que, aos olhos de Sage, veio dotada de uma potência além da necessária. Fazendo pouco caso do contato com a professora, Sage correu pelas trilhas do jardim sem precisar do mapa impresso no guia.

Não demorou muito até a jovem encontrar-se sozinha numa seção deserta, repleta de flores exóticas. Indecisa sobre qual delas seria melhor para o seu trabalho, Sage se viu tão distraída que nem reparou na chegada da professora Mackenrot. A percepção só veio quando a adulta fechou a mão em torno do ombro de Buckshot, o que atraiu a visão da menina para sua retaguarda. Sage estava pronta para reclamar a respeito do aperto quando focou seu olhar no rosto da mulher, porém algo em seus olhos parecia persuadir a adolescente a permanecer em silêncio e não se opor ao ato.

Você causa tantos problemas, Sage. Tudo vai ficar melhor quando eu me livrar de você. — disse Mackenrot. Em meio à letargia, Buckshot percebeu certa alteração na voz da professora. Estava mais afiada e parecia prolongar a pronúncia da consoante “ésse”.

Caramba! O que é isso? — quis saber uma voz feminina assustada logo atrás de Mackenrot. Uma das estudantes tinha chegado naquela mesma parte do jardim e parecia aterrorizada ao olhar para as pernas da professora, que Sage não conseguia visualizar, ainda em uma espécie de transe em virtude do olhar hipnótico da educadora. Mackenrot avaliou a recém-chegada por cima do ombro e avançou contra ela, mordendo seu pescoço. A garota, que ensaiava uma fuga no momento do bote, viu-se paralisada. Uma vez livre do olhar de Mackenrot, Sage balançou a cabeça para recobrar sua atenção e logo compreendeu o motivo do terror da sua colega: apesar da parte superior do corpo da professora permanecer imutável, as suas pernas deram lugar a uma cauda de serpente. Sem pensar duas vezes, Sage deu meia-volta e começou a correr para longe dali, intercalando algumas espiadas por cima do ombro. A dracaena havia se virado, suas pupilas verticais caçando a jovem fugitiva e a língua bifurcada dissipando os vestígios da substância venenosa advinda de suas presas. Por conta das suas inúmeras visitas ao local, Sage conseguiu traçar um caminho sinuoso por entre as plantas, colocando o máximo de distância que podia entre ela e o monstro.

Ao dobrar uma esquina, Sage colidiu com outro colega, quase caindo no chão. Era Kimball Cho, um dos seus admiradores mais fervorosos.

Sage! Você sumiu, estava preocupado. O que aconteceu? — o rapaz parecia detectar que havia algo de errado, talvez pelo semblante apavorado da colega.

A professora! Um monstro! Temos que sair daqui, anda! — Buckshot pegou a mão de Kimball e iniciou uma corrida que logo foi interrompida quando ela caiu no chão. Uma boleadeira havia se atrelado às suas pernas, ocasionando sua queda. A dracaena surgiu da mesma esquina pela qual Sage havia aparecido.

Pois bem, chega de brincadeira. — decretou o monstro, alternando o olhar entre os adolescentes. Kimball, ajoelhado ao lado da amiga, não hesitou em sacar uma flauta de dentro do seu bolso, dando início a uma melodia.

A dracaena passou a transparecer uma expressão amedrontada desde os primeiros segundos da canção, estagnando seu ataque enquanto se encolhia num recuo forçado. Cho interrompeu o uso do instrumento para ajudar Sage a se livrar da boleadeira e, então, a dupla continuou a correria para longe da criatura que agora ficava para trás, graças ao dom de Kimball.

Como você fez aquilo? — quis saber Sage, quando eles já se afastavam do jardim, a alguns metros do asfalto.

Eu sou um sátiro. — explicou Cho como se aquilo não fosse nada de mais, livrando-se do disfarce mortal de maneira um tanto desajeitada. Sage ficou a beira de um desmaio ao constatar as pernas peludas e os cascos que haviam sido revelados, perdendo o ritmo da corrida. — Não pare! — repreendeu o sátiro, pegando a mão de Buckshot para estimulá-la a manter a fuga junto com ele. — Aquilo não vai durar muito tempo. Temos que nos apressar.

Tendo chegado até a calçada, Sage colocou as mãos nos joelhos enquanto recuperava o fôlego, tremendo da cabeça aos pés de tão aterrorizada que estava. Enquanto isso, Kimball recuperou uma moeda de ouro e, após murmurar algo numa língua estranha aos ouvidos de Sage, largou-a no asfalto. O artefato desapareceu e, naquele mesmo perímetro, começou a borbulhar uma poça de uma substância vermelha com dimensões semelhantes a uma vaga de estacionamento. De fato, após alguns instantes, um automóvel cinza-escuro foi regurgitado dali.

Aquilo era demais para Sage. Sem que seu cérebro conseguisse processar a série de eventos sobrenaturais ocorridos naquele período, a menina tombou contra o chão, perdendo momentaneamente a consciência.

Ao acordar, Sage sentiu o balanço do seu corpo ainda fraco e percebeu que estava suspensa nos braços de Kimball, que a carregava em meio a uma floresta. Registrou o som de pneus cantando e, com os olhos parcialmente embaçados, observou o automóvel cinza-escuro, que só agora ela percebia que se tratava de um táxi, afastar-se na direção oposta.

Assim que captou o despertar da moça, o sátiro começou a divagar sobre o que ela havia perdido durante seu desmaio. Ela apenas conseguia absorver pequenas partes, como “táxi das irmãs cinzentas”, “Long Island” e um tal de “Acampamento Meio-sangue”, embora aquilo não fizesse muito sentido em sua cabeça. O principal era que a dracaena havia ficado para trás.

Definindo sua recuperação como concluída, Sage convenceu Kimball a deixá-la andar com as próprias pernas, ainda olhando com certa desconfiança para os membros inferiores peludos do sátiro. Então, sem qualquer motivo aparente, o sátiro parou de caminhar, olhando para algo acima da cabeça de Sage. A jovem acompanhou seu olhar. Ali estava um holograma de coloração avermelhada: um buquê de rosas.

Você fez isso? — perguntou Sage.

Não. Isso é um sinal, Sage. Você acaba de ser reclamada. — disse Kimball. Ao ver a menina franzir a testa, aparentemente sem entender, ele complementou: — Esse é o símbolo de Perséfone. Você é filha da deusa das ervas, flores, frutos e perfumes. Da primavera. Você é uma semideusa.

Conforme as palavras do sátiro se infiltravam em sua cabeça e o holograma ia sumindo, Sage escondeu o rosto com as mãos, respirando fundo. Alguns segundos atrás, estava tentando arquitetar uma desculpa para quando o reencontro com seu pai ocorresse, imaginando como explicaria o que nem mesmo ela conseguia entender. E agora ela recebia a notícia de que os deuses gregos existiam e que ela mesma era filha de um deles. Não estava conseguindo processar tudo aquilo. Um caleidoscópio de emoções brotava dentro de Sage, que não sabia ao certo como deveria reagir.

Ei, está tudo bem. Pelo menos vai ficar, quando chegarmos ao acampamento. Não estamos muito longe. Lá dentro você vai estar segura. Monstros como aquele que nos atacou não podem entrar lá. — explicou Kimball.

Aquilo clareou a sua mente, pelo menos o suficiente para fazê-la sair daquele estado de estupefação. Apesar da sua aparência atípica, o sátiro não tinha demonstrado hostilidade para com a garota e estava sempre tentando reconfortá-la, o que fez com que ela confiasse em suas palavras. Abaixando os braços e tentando não encarar tão abertamente a parte inferior do sátiro, Sage seguiu Kimball pela floresta, diretamente para uma colina com um enorme pinheiro em seu topo.


Thanks for @Lovatic, on CG

Sage Buckshot
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Callie Vernon Seg 03 Ago 2015, 15:59

FICHA DE RECLAMAÇÃO

HOLLABACK GIRL


O porquê? Gostaria de ser reclamada como filha de Afrodite por acreditar, primordialmente, que se enquadraria bem na personalidade que tomei como base para Callie, além de ser a síntese da sexualidade no acampamento.


● Características psicológicas

São Francisco. A nata da Alamo Square. Bronzeado perfeito e dentes artificialmente clareados? Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – física ou psicologicamente.
O potencial subversivo de Callie dá-se por conta das suas constantes mudanças de escola durante a infância, com amizades inconstantes e, na maioria das vezes, ilegítimas. Sua personalidade, entretanto, não enquadra-se nas barreiras comumente impostas às filhas de Afrodite. Callie sabe o quão vadia é, mas usa todos os seus dotes de maneira sábia para conseguir o que quer e, acima de tudo, o que verdadeiramente importa. Detentora de uma miríade de desejos e mais do que autocontrole para obtê-los, é esse elemento de serenidade que distingue a filha de Afrodite de suas demais meio-irmãs. Em sumo, traduz com exatidão o clichê ''antes você do que eu'' - toda essa carapaça efêmera e impenetrável resguarda, no fim, alguém que tem ciência que a humanidade é a maior fraqueza do humano, e não se importa de pisar nos iguais para alcançar o seu tão estimado topo.


● Características físicas

No quesito físico, Callie sempre se considerou sublime às escassas garotas com quem teve relações decentes. Dona de um corpo afunilado na parte inferior, a garota é proprietária de seios fartos e coxas torneadas – quase sempre evidenciadas pelas roupas curtas que usa –, além da pele tipicamente bronzeada. Em suas feições, os traços angelicais são uma máscara para a sua personalidade frívola e egoísta.


● Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir:

Sob a estrutura cavernosa que era a sala principal do apartamento dos Vernon, famílias filantrópicas e jovens herdeiros de bilionários riam e compartilhavam de toda a opulência espalhada pelo local. Debaixo dos panos, carreirinhas de cocaína e seringas de heroína eram distribuídas aos mais ousados, que tinham a coragem de desfrutar de quantidades significativas de entorpecentes sob o olhar dos pais – não que eles dessem importância, afinal. Eram todos ricos e podiam fazer o que quisessem, quando quisessem, e a única limitação era fácil de contornar: os atos putrefactos não podiam chegar à público – esse era, com toda certeza, o antro da perdição da nata da Alamo Square.

Callie Vernon, em seu ápice da virgindade e timidez, queria apenas afastar-se de tudo aquilo. Aceitava que, como a afável filha dos hospedeiros, deveria estar recebendo os convidados com um sorriso nos lábios róseos, mas ela simplesmente se recusava. Negando-se a refletir mais sobre o assunto, Callie fisgou uma das taças preenchidas por Veuve Clicquout de uma das bandejas de prata e desfilou pelo apartamento, visivelmente incômoda com o vestido preto Donna Karan pressionando suas costas bronzeadas. Assim que parou na soleira do corredor, Callie sorveu um gole do espumante, sentindo o líquido borbulhar durante seu percurso pela garganta. Ela caminhou pelo patamar superior do loft super espaçoso dos pais, assistindo os convidados no térreo deleitarem-se com todo o entretenimento da festa. Elijah Leavitt, seu atual namorado do ensino médio, tinha acabado de entrar no apartamento. Callie vibrou com a novidade, e no momento em que ia descer as escadas, deparou-se com Daniel Munwoff, o seu melhor amigo, arfando. O suor escorria pela testa do rapaz, que apoiava-se debilmente nas muletas.
– Você… nós… precisamos sair daqui. Agora! – Callie encarava-o, associando a sua divergência de comportamento às doses de champanhe que ele, provavelmente, havia consumido.
– Cai fora, Dan. Você está muito bêbado – dando um ênfase ao ‘’muito’’, Callie simplesmente deu as costas para o amigo e desceu trotando as escadas, abrindo os braços para receptar Elijah entre eles.
E Elijah a abraçou. Aninhada em seu peitoral musculoso e protegida pelos braços bronzeados do namorado, ela se sentia até excitada… Ainda era virgem e queria muito livrar-se desse fardo com a pessoa certa , e Elijah parecia ideal nesse momento. Ela o fisgou pelo pulso e aproximou os lábios do seu ouvido, subitamente impulsionada pelo desejo sexual que aumentava no seu corpo.
– Vem, gato… Eu quero te mostrar o meu quarto. – Elijah não protestou, e os dois seguiram para o andar superior.
Callie abriu a porta do quarto e encaminhou-se para a cama, largando o corpo sobre o colchão gigante da king-size. Ela livrou-se dos saltos Dior, que já estavam pressionando os tornozelos, e se ajoelhou, mordendo o lábio inferior. Elijah sentou-se ao lado dela, envolvendo-a nos braços fortes. Callie soltou um suspiro quando os lábios do namorado tocaram o pescoço, mas não afastou-se, tentada a remover a sua camiseta branca que evidenciava os traços musculosos de Leavitt. Ele a jogou na cama, prendendo-a sob os seus braços, e sorriu.
Em um antro diferente, Callie sentiria-se excitada com o seu sorriso e a posição em que estavam, mas, nessa ocasião, dentes amarelos e pontiagudos se projetaram pela mandíbula de Elijah – que tinha os braços bem maiores do que o habitual. Ela tentou soltar-se do seu corpo, mas as mãos fortes de Elijah a mantinham presa no colchão, enquanto ele aproximava o rosto dela, soltando baforadas fétidas de ar. Callie gritava, balançava as pernas e chutava o seu corpo, mas ele simplesmente não se movia. Irredutível, o lestrigão simplesmente passava a língua pelos lábios esverdeados enquanto analisava a sua nova presa. Com a mão, Elijah segurou no pescoço fino e bronzeado de Callie, travando a passagem de ar. Ela segurou no seu pulso, em busca de afastar a mão, mas Elijah era extremamente mais forte que ela. Com a passagem do tempo, Callie sentiu as pálpebras pesarem. O corpo não obedecia aos seus comandos cerebrais, e parecia que estava sob o efeito de entorpecentes, perdendo a vitalidade gradativamente. Callie sabia que ia desmaiar – ou morrer – e optou por não protestar mais… não tinha chances.
A porta do quarto se abriu e Daniel entrou, dessa vez sem as muletas. Para Callie, parecia que ele usava calças de veludo marrom, mas em seu estado de demência atual, ela não associou nada daquilo aos cascos de bode em que Daniel se apoiava. Ele aproximou-se dela na cama, e Elijah urrava, lançando um olhar desafiador para o sátiro. A sua mão soltou do pescoço de Callie e, enquanto olhava o embate do melhor amigo com o namorado, desmaiou.


                                                           
   ᕦ

Callie despertou enquanto o singelo Aston Martin ônix percorria a rodovia da Exit Avenue, em Long Island. Umas cinco horas já tinham se passado desde os eventos de outrora – fato constatado com uma olhada fugaz no Rolex de ouro branco que envolvia o pulso. O pôr do sol já era visível através das do estreito de Long Island, lançando sombras no asfalto. Callie largou-se no assento de couro do carro, com a têmpora dolorida. O pescoço doía.
– Você está bem, Callie? – Daniel pousou a mão na sua bochecha, inspecionando o estado da garota – Dormiu por muito tempo…
Callie não respondeu. Fragmentos de memória inundavam sua mente: ela na cama, Elijah por cima dela, Daniel invadindo o quarto equilibrado sobre o que pareciam ser cascos… E foi nesse momento em que o olhar de Callie voltou-se institivamente para as pernas de Daniel. Ao invés de suas pernas cobertas pelos jeans surrados Abercrombie & Fitch, ele possuía uma pelagem densa da cintura até os cascos.
– Eu sou um sátiro… do tipo mitologia grega, sabe? – ele notou seu olhar e correu para se explicar, sem tirar o olhar da estrada. Eles subiam uma estrada íngreme, e Callie notou campos de morango à medida em que o carro prosseguia no percurso. Ela balançou a cabeça, atônita. Pensar lhe causava dor, então simplesmente desistiu. Ela ia refletir sobre tudo depois, mas, por enquanto, simplesmente ouviria Daniel. – E você, no entanto, é uma semideusa! – ele deu um sorriso largo, como se aquilo explicasse toda a situação.
Quando o carro finalmente parou, Daniel saltou para fora majestosamente, batendo os cascos na relva da colina em que se encontravam. Callie saiu pela outra porta, tocando o chão com os pés descalços. Ela encolheu os ombros, abatida pelo vento proeminente na colina. Sentiu falta de seus cardigãs Moschino imediatamente.
Daniel prosseguiu com a caminhada, e Callie a seguiu. Não fez perguntas, simplesmente foi. Dúvidas poderiam ser esclarecidas quando estivesse vestida decentemente e com uma aparência, no mínimo, apresentável. Daniel a pegou pela mão, e Vernon agradeceu silenciosamente pela onda de calor que espalhou-se pelo corpo. Eles atravessaram um pinheiro reluzente, com o que parecia ser um tapete pendurado em um de seus galhos. Callie queria vê-lo melhor e, no momento em que se virou, foi inundada por uma luminescência rósea. Ela afastou-se de Daniel com passos rápidos, tombando na relva até cair de costas no chão. O holograma cor-de-rosa crepitava acima da cabeça, em tons de rosa. Callie pelo menos gostou da cor.
– Seja bem vinda ao acampamento, filha de Afrodite – Daniel estendeu-lhe a mão, sorrindo – você servirá bem aqui.




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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Logan Montecarlo Seg 03 Ago 2015, 18:37

Sasha D'Angelis, reclamada como filha de Nix.

Oi, tudo bom com você? Seguinte, sua qualidade de escrita é inegável, certo? E acho que você sabe disso, porque não escreve com timidez, detalhando bem as situações e tudo mais. Aliás, a ideia de dividir a história por tempo, colocando a data e a hora a cada "tópico", por assim dizer, foi muito boa. No entanto, ainda houveram errinhos, que caso tivessem sido limpos teriam tornado sua narrativa impecável - nada suficientemente grande para te reprovar, ainda que a ficha para Nix seja rigorosa, mas que ainda merecem ser citados para sua melhoria constante.
"O acontecimento se repetiu seguidamente, e, Sasha, um pouco atordoada, observava a trajetória do copo disposto em sua mão desabar no mármore" - nesse trecho, o correto seria tirar a vírgula logo após da conjunção "e", antes do nome "Sasha". Foram notados ou um outro equívocos de vírgulas ao longo do texto, mas preferi comentar sobre esse pra ter um melhor exemplo: como há a troca do sujeito de uma oração para outra, isto é, como a pessoa que conjuga o verbo muda de uma frase para outra, saindo de "acontecimento" e indo para "Sasha", a vírgula antes do "e" está certíssima. Contudo, quando você coloca uma vírgula logo após o "e", você está quase que "tirando" o sujeito da oração, o que pode ser considerado uma figura de linguagem (anacoluto, quando há uma quebra da ordem sintática), porém nesse caso em específico não há conotação literal, assumindo portanto o valor de um erro. No entanto, mais pra frente, você acerta tal vírgula - assim como muitas outras pontuações, claro, antes e depois -, portanto eu creio que isso tenha sido apenas uma falta de revisão final ou um descuido do que propriamente uma falta de competência linguística.
Talvez dar uma lida rápida no seu texto antes de postá-lo possa evitar essas coisinhas pequenas, que acabam passando sem a gente perceber enquanto escreve. Não sei, é uma dica. De qualquer jeito, como eu disse, isso não te atrapalharia na reclamação, então apenas continue assim e vá melhorando as "pontas soltas".





Sage Buckshot, reclamada como filha de Perséfone.

E aí, tudo bom? Primeiramente, eu adoro irmãs e irmãos novos no chalé, então seja muito bem-vinda e, se precisar de qualquer coisa, é só me chamar. Então, em momento algum eu pensei em não te reclamar, durante a leitura do seu texto. Contudo, ainda são constados alguns equívocos aqui e ali. Eu selecionei apenas os mais notáveis, mas saiba que eles não tiraram o brilho natural de sua postagem.
— Você causa tantos problemas, Sage. Tudo vai ficar melhor quando eu me livrar de você. — disse Mackenrot - nessa passagem, observei um erro típico, que passa batido pela maior parte dos avaliadores, mas que ainda é um erro. Quando se utiliza um verbo de locução (dizer, falar, gritar, urrar etc. e tal, ou seja, verbos que caracterizem a forma como a frase foi enunciada) após um travessão, nunca se deve terminar a frase com ponto final; exclamações e interrogações seriam "exceções" à regra, devendo ser utilizadas. Assim, o correto ficaria: Tudo vai ficar melhor quando eu me livrar de você — disse Mackenrot. É óbvio que isso é uma "frescurinha", na minha opinião, porque dá pra entender a mensagem passada mesmo com o ponto, porém é um tópico que eu creio que você possa melhorar, e é exatamente esse o meu "trabalho" aqui: avaliar e dar dicas para melhorar a narração.
Repetição do nome da personagem. Isso aqui acaba pesando mais em fluência do que ortografia ou gramática, e é uma coisa fácil de ser melhorada: sinônimos. A garota, a semideusa, a loira, enfim - existem várias palavras possíveis para efetuar essa troca. Se não me engano, em um parágrafo, você usou nada menos que quatro vezes a palavra "Sage". Eu concordo que não é sempre que trocar o nome é possível - pode causar confusão e tudo mais -, porém recomendo duas, no máximo três repetições, do nome em um parágrafo, porque o exagero salta aos olhos. Caso a troca seja impossível, recomendo reestruturar a frase e a articulação dela, utilizando pronomes (os demonstrativos ficam um pouco feios, mas é só por falta de habituação - todavia, não são errados).
Espero que tenha entendido as correções e, caso necessite de mais alguma coisa, é só me contatar. Parabéns, você mandou muito bem.




A PLAYER CALLIE VERNON AINDA PRECISA SER AVALIADA.



Atualizado!


Logan Montecarlo
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 168 - ExStaff Ter 04 Ago 2015, 00:02


Reavaliação
Como a player Callie Vernon solicitou via MP uma reavaliação da sua ficha, aqui está. Primeiramente vou esclarecer um possível erro que causou certo questionamento por ambas as partes:



Significado de Meia-irmã

s.f. Irmã por parte de pai ou por parte de mãe.


1. Se forem irmãs por parte de pai ou de mãe, o correto é dizer: “Ela tem uma meia-irmã” (irmã de sangue por uma das partes: pai ou mãe)

2. Caso se consideram irmãs porque tem uma forte amizade ou muitas afinidades o correto é dizer:  Ela tem uma meio-irmã. (como se fosse uma irmã)




Os motivos que você utilizou para esclarecer sua vontade de ser filha de Afrodite foram satisfatórios, já que o estereótipo de personalidade da deusa e de seus filhos se encaixa com a trama de sua personagem. Logo no quadro das características psicológicas os seguintes erros foram encontrados:

Bronzeado perfeito e dentes artificilmente clareados? Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – fisica ou psicologicamente.

A falta de acento em física e omissão de letra em artificialmente foram, de cara, os dois primeiros "pecados" cometidos. Ainda na parte de descrições características, podemos destacar a frase, onde novamente foi omitida uma letra de uma das palavras:

Em suas feições, os traçõs angelicais são uma máscara para a sua personalidade frívola e egoísta [...]

Estes pequenos erros mostram que você não revisou seu texto, ou sequer releu para tentar encontrar os problemas. Muitas pessoas aqui aprovadas - por staffers que leem os textos, não apenas "passam os olhos" como você antes sugeriu - trabalham em suas narrações com dedicação, o que acredito que tenha sido um pouco ausente no caso de sua ficha. Não digo que escreve mal, muito pelo contrário; mas acabou escrevendo com pressa e não teve o cuidado de corrigir os erros.

[...] e a única limitação era fácil de contornar: os atos putrefactos não podiam chegar à público.

Mais uma vez, um fato que comprova a falta de atenção com as palavras.




putrefação


1. processo ou efeito de putrefazer(-se); apodrecimento.

putrefatos

(putrefato) em estado de putrefação; podre





Infelizmente, Callie, as desatenções continuaram durante o desenvolvimento do seu texto, que na questão de enredo estava indo bem.

Callie encarava-o, associando a sua divergencia de comportamento [...]

[...] dando um ênfase ao ‘’muito’’ [...]

Neste caso, a palavra ênfase é um substantivo feminino, de modo que deveria ter sido escrito "dando uma ênfase". O verbo que você empregou erroneamente, como descrito abaixo, está no futuro do pretérito simples da conjugação sentir, então deveria ser sentir-se-ia ou apenas iria sentir, caso preferisse utilizar um modo mais simples de linguagem.

Em um antro diferente, Callie sentiria-se excitada com o seu sorriso e a posição em que estavam [...]

Já no final do texto, "institivamente" e "à medida em que" foram os últimos erros cometidos. É fácil de perceber que você utiliza o nome de marcas o tempo todo, talvez por influência de Cecily Von Ziegesar - autora dos livros onde Callie Vernon é uma das personagens, acredito fortemente que tenha lido -, mas não acho que seja tão necessário citar o tempo todo (apenas uma opinião minha, o fato de você colocar no texto ou não é de inteira vontade sua e não contou para a avaliação). Outra dúvida que me surgiu foi quanto ao fato de que o lestrigão não havia atacado antes. São criaturas um tanto perigosas e, como você narrou, esteve muito próxima de Callie por um período, inclusive se relacionando com a semideusa. O símbolo de reclamação também custou a aparecer e, quando finalmente ocorreu, foi citado de forma um tanto breve, em minha opinião.

Novamente, ressalvo que as fichas de reclamação, mesmo com progenitores de dificuldade "comum", requerem um pouco de esmero e dedicação tanto na parte ortográfica quanto de coerência, estrutura e fluidez do texto. Não irei reclamá-la pelo fato de não achar o texto satisfatório, mas acredito que você consegue melhorar suas narrações e ser reclamada por Afrodite. Atente-se aos fatos e de preferência use um corretor online para deixar de cometer erros bobos que seriam facilmente resolvidos com um pouco de atenção.

PS: Reavaliação referente ao primeiro texto publicado pela player neste tópico.


Status: Não reclamada por Afrodite


Reclamações, duvidas e desabafos: MP.


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Ficha de Reclamação

Mensagem por Rebekah Dytz Ter 04 Ago 2015, 17:12


Ficha de Reclamação
NIGHTMARE


C
aminhando vagarosamente pela Trilha de Chalés, Rebekah era constantemente obrigada a forjar um sorriso falso nos lábios, para compensar a falta de um aceno formal ou até mesmo uma virada de cabeça. Mal educada, era o que todos pensavam pelas costas de Dytz, mas é claro que a garota não se importava. Nunca se importou. Continuou seu caminho pelo terreno delimitado do Acampamento, quando, de repente, foi presa pelos próprios pensamentos, encaixotada pelas próprias memórias; um sátiro, que nunca havia falado com Rebekah antes, se aproximou. Aquela aproximação foi o suficiente para que Dytz voltasse alguns meses atrás, quando o sátiro da filha de Afrodite ainda sorria, falava e encorajava Rebekah. A semideusa voltou ao seu antigo quarto em um apartamento no subúrbio de São Francisco, encarando o próprio reflexo no espelho. Até disso ela tinha medo. Olhar-se e notar o quanto o tempo mudou suas feições amedrontava Rebekah. Qualquer coisa amedrontava Rebekah. Aliviada por ter que sair de perto do espelho, a adolescente encaixou a mochila em um dos ombros e andou até a saída, onde foi pega de surpresa por Caleb, seu primeiro amigo e sem que Dytz soubesse, seu sátiro. Rebekah sabia exatamente o que Caleb estava atrás; há uma semana, ele começou a tentar persuadir Rebekah a se mudar para um acampamento. Um acampamento para pessoas como você, ele disse para ela. Com medo de deixar sua casa, sua terra natal, Rebekah negou. Negou. E continuou negando até o momento em que Caleb começou a falar, apoiado na lateral da porta da casa de Dytz. Os dois continuaram o diálogo até a escola, só para serem novamente interrompidos; dessa vez, por Ashley. Ashley Landriver era o tipo de garota que todos queriam ser. Todos, menos Rebekah, é claro. Rebekah tinha uma repulsa especial por pessoas em geral, o que só era amplificado quando a pessoa era do tipo de Landriver. Ashley começou a ladainha sobre como havia comprado um sanduíche feito de cristal, ou coisa parecida. Rebekah não podia se importar menos. Absorta nos próprios pensamentos, Dytz acompanhou Ashley, e quando deu conta de si, estava em um beco; escuro, sujo, corrompido pelo tempo e marcado pela pobreza e miséria que tomava conta do bairro todo.
- O que estamos fazendo aqui, Caleb? - sem se dirigir a Ashley, Rebekah sussurrou no pé do ouvido de Caleb, que estava estranhamente farejando o ar, como se sentisse o cheiro de algo muito ruim a alguns centímetros de distância.
- Qual o problema, Rebekah? Surpresa pela própria ingenuidade? - Ashley proferiu com a voz esganiçada, e aos poucos, Rebekah pode notar a pigmentação da pele de Ashley modificando-se, tornando-se tão branco e leitoso quanto as mechas de Dytz. Rebekah engoliu seco quando visualizou a pata de burro e a outra de bronze na parte inferior do corpo de Ashley e gritou baixinho. Medrosa, Rebekah procurou esconder-se atrás de uma lata de lixo enquanto Caleb, bravamente, voltava-se contra a emposai. A filha de Afrodite abraçava seus ombros e choramingava baixinho, escutando como um eco distante os berros de Caleb, que imploravam para que a garota fizesse algo. Paralisada com o próprio medo, Rebekah foi obrigada a assistir as garras da emposai penetrando lentamente nas pernas de bode de Caleb. Perder seu único amigo acendeu um fogo dentro de Rebekah. Um fogo que matou lentamente a pessoa que Rebekah era antes. A medrosa, frágil Dytz foi rasgada. E a dor foi como se a filha de Afrodite houvesse sentido as garras da emposai. Movida pela raiva intensa, Rebekah agarrou o bastão que o corpo morto de Caleb carregava, atirando-o com brutalidade contra o rosto da criatura, dando tempo suficiente para a semideusa se retirar. De volta ao Acampamento Meio-Sangue, Rebekah simplesmente delineou o mesmo sorriso para o sátiro, afastando-se sem saber o que dizer. Cerrando os punhos, Dytz lembrou-se da pessoa que era antes; lembrou-se de como aquela pessoa fora morta pelas mesmas garras que mataram Caleb. Uma parte de Rebekah foi obrigada a se encaixotar ao que a semideusa fora alertada por meio de um holograma cor-de-rosa que fora reclamada como filha de Afrodite.

Qual divindade deseja representar no Acampamento e por quê? Afrodite. Acredito que me sairia bem e, além disso, me identifico com os poderes fornecidos aos seus descendentes.

Características psicológicas: Desde a infância, Rebekah sempre demonstrou-se alguém emocionalmente instável. Contudo, de acordo com o que fora adquirindo idade e até mesmo liberdade de pensamento, forjou uma personalidade única. Classifica-se como amoral, manipuladora e temperamental.

Características físicas: Aspirante a ''garota-perfeita'', Rebekah é possuidora de atributos naturalmente notáveis. Cabelos marrom-escuro, olhos cor-de-mel, pele pálida e lábios naturalmente carnudos. Agraciada com uma beleza transcendente aos padrões atuais, é perita em cativar a paixão de inúmeros rapazes, muitas vezes usufruindo do privilégio a ela concedido para conseguir o que deseja.



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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Hani Sawbridge Ter 04 Ago 2015, 18:16

1. Afrodite; acredito que a escolha da deusa para apadrinhar minha personagem seja melhor justificada na segunda questão, partindo do princípio de que muitas das características apresentadas em Hani se relacionem impreterivelmente à divindade.

2. Uma linha tênue defasa os dois estágios primordiais de minha personalidade; algo como uma arrogância genuína adorna olhos que expressam claramente uma auto-suficiência simbólica e muito presente em ações inescrupulosas, extremamente comuns para mim. Embora alguns possam dizer que a escassez de escrúpulos pessoais pré estabelecidos seja integralmente negativa, vejo como um benefício. Tal ausência me confere certa invulnerabilidade, intrínseca para o desenrolar de acontecimentos que contam com um ilustre protagonista: o egocentrismo. Os adjetivos “cruel” e “vingativa” compõem uma ampla gama de termos pejorativos que se manifestam com frequência para mim. Não me apego a divindades, valores, ética ou caráter. Logo desconheço culpa ou remorso.
Constantes transformações moldam minha personalidade, dos meus lábios podem saltar sorrisos calmos ou verdades cheias de ódio, proferidas constantemente em tom indigno. Sou como uma espécie de espelho, uma vez que me adapto ao ambiente onde vivo sem abandonar a carência dos parâmetros.
Embora a modéstia transcorra esta questão, ostento notável prazer em descrever um físico livre de vulgaridades bruscas. Cabelos e olhos castanhos remetem a ascendência asiática com rigidez. A beleza se apresenta em cada centímetro, mesmo que uma beleza frágil e misteriosa, que cativa os próximos e incita questionamentos diversos.

3.
Diga olá ao meu mundo, visitante.

Creio que você deve estar se perguntando exatamente como veio parar aqui, ou talvez – se for uma pessoa inteligente – deve estar se perguntando onde é a saída. Eu me perguntaria isso se estivesse no seu lugar, e você logo vai saber o motivo.

Antes de qualquer coisa deixe-me falar um pouco sobre mim, prometo que serei breve. Comece me chamando sempre de Hani, sem piadinhas estúpidas ou comentários curiosos, apenas faça isso. Rapidamente irá notar que as coisas – de uma forma ou de outra – sempre acabam do meu jeito, isso nem sempre é bom, ou melhor, isso quase sempre é ruim. Fica mais fácil entender quando existe perigo, quando o seu futuro está em jogo.

Se os dias pudessem ser apagados do tempo, com certeza a data do meu nascimento seria a primeira da lista para o esquecimento. Não porque sou insignificante ou algo relacionado, e sim porque às vezes faço coisas a minha volta saírem do controle. Não do meu controle, é claro. Digamos que desde pequena sempre fui um pouco... turbulenta. Chame como você quiser, pode ser inconsequente, perigosa, talvez louca. Tudo um grande mal entendido obviamente confirmado pela prepotência que preenche os parágrafos iniciais dessa narrativa.

Dizem que tenho uma personalidade bastante imprevisível, mas que nem sempre fui assim. Relatam que a felicidade costumava se fazer muito presente em meu íntimo. Um dia, ela simplesmente se extinguiu, silenciosamente, e permaneceu em um sono eterno até que notei que nunca mais retornaria. Sejamos sinceros? Julgo a fortuna interna demasiada indigna para mim. O júbilo, de certa forma, sempre se manteve ativo em minha vida desde meu nascimento, e isso se exemplifica irrefutavelmente pelo desaparecimento inexplicável de minha mãe.

Com sete anos e um bocado de coisas sem explicação rondando a minha mente, nada restou do rosto dela em minhas memórias. Mas posso sentir o seu cheiro ou ouvir sua voz em algumas madrugadas frias em que pesadelos me consomem. Nada que não permeie o habitual para uma meio órfã extremamente mimada pela culpa de um empresário asiático. Sim, meu pai. Afinal, ele nunca soube explicar muito bem o genérico matrimônio que originou não apenas a mim, mas também a minha irmã. E embora ele não proteste, tenho conhecimento que a ausência de minha mãe lhe corrói internamente, mesmo que muitas vezes tal falta seja ofuscada pela luxúria.

Sabe agora os meus motivos pra não amar o mundo, pra não ver graça nas piadas e sequer fazer questão de demonstrar apego aos seres à minha volta. Não se preocupe, tudo o que eu preciso é apenas de silêncio e privacidade. Deixe a pena e a solidariedade para os que não têm como se vingar dos atos cruéis existentes em suas vidas. O meu mundo está completo apenas comigo - o centro e tudo que envolve isso está em mim, sou eu.

Com os anos as coisas tornaram-se mais fáceis em casa. Minha irmã lidava com o absentismo de uma figura materna da sua própria maneira. Ate mesmo papai – que sempre me foi suspeito – parecia sentir a falta de minha mãe. De qualquer forma, o tempo pode levar tudo. Os princípios, virtudes, defeitos e qualidades: todos eles se vão.
Aos onze anos, minha personalidade se modelava de forma precoce. Atitudes duvidosas arquitetavam um monstro. Não um monstro no sentido literal da palavra, mas uma armadura inabalável que compactuava grosseiramente com meu modo peculiar de ver o mundo. Nesse sentido, vejo a necessidade de alertar a você, convidado, que de uma forma ou de outra, as coisas sempre fluem conforme minha vontade. Quase sempre, aliás.

Acredito que a partir deste ponto você já tenha me formatado de forma errônea. Não lhe culpo – afinal, tudo o número exacerbado de vezes em que utilizei o pronome “eu” confirma de forma clara meu exageradamente inflado ego. Não que eu me importe, é claro.

Uma carta chegou a minhas mãos poucos dias após meu aniversário de treze anos. O remetente físico se mantinha uma icógnita, mas o conteúdo era um convite formal para ingressar em um acampamento de verão. Embora antiquado, o meio de comunicação arcaico se mantinha como um dos preferidos de meu pai, que não ocultou sua empolgação ao nos contar “tudo” sobre o lugar onde iríamos passar nossos próximos verões.

Em primeira instância, resisti. Não poderia compactuar tão facilmente com as vontades de meu pai, mas pelo menos desta vez sua compenetração me assustava. Em situações normais, o primeiro protesto por minha parte vinha acompanhado de regalias e concessões, que, como sempre, me conferiam o controle sobre a situação. Mesmo que relutante, fui enviada para Long Island com minha irmã algumas semanas depois.

Diferentemente da grande maioria dos semideuses, não houveram sátiros ou criaturas místicas que tentaram obstruir nossa passagem. Uma jovem nos esperava prontamente nas proximidades do tal acampamento, nos conduzindo para seu interior de forma amistosa. Se ela soubesse quantos problemas eu daria para os superiores do local, teria abandonado seu posto de guia naquele instante. Mal podia imaginar o que aqueles campistas presenciariam nos próximos verões. Nem mesmo eu posso imaginar, mas tinha a certeza de que seria ótimo, pelo menos para mim. Mais uma chance de subjugar a vontade de terceiros e impor meus caprichos.

Não contava com alguns empecilhos. A súbita revelação de minhas origens foi o primeiro obstáculo. Ainda que metafórico, um obstáculo que sanava certas dúvidas que me atormentavam desde a infância. Minha mãe era uma deusa olimpiana. O quebra cabeça que sempre assolou meus pensamentos se concretizou e, instantaneamente, compreendi certas atitudes de meu pai. Certa indignação se apoderava de meu interior aos poucos. Julgo que seria melhor se o mesmo tivesse nos contado antes de nos enviar para o inferno meio sangue.

Acompanhado nossa chegada, todos os assuntos no acampamento se direcionaram exclusivamente a mim e minha irmã. E durante um passeio noturno, uma aura alaranjada nos agraciou com um figurino impecável que me manteve nos holofotes por muitos dias. Semideuses veteranos intitularam o episódio como uma “reclamação formal”. Mesmo assim, minha superioridade já era evidenciada por intermédio de meu semblante quase sempre indiferente, vez ou outra dando espaço para uma expressão inédita, em comunhão a um comentário ácido.

A deusa do amor e da beleza finalmente se manifestou. Mesmo que não fisicamente, sua presença me parece cada vez mais constante em meu cotidiano. Cotidiano este que se tornou uma rotina atarefada, preenchida por passatempos simplórios que quase sempre envolviam a desgraça alheia. Isolando o fato de ser majoritariamente habitado por seres mitológicos e híbridos de deuses e mortais, o Acampamento Meio Sangue me parecia mais um feudo do que um espaço recreativo e acolhedor. Um feudo comandado exclusivamente por meus desejos.
Hani Sawbridge
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por 165 - ExStaff Ter 04 Ago 2015, 23:32


Avaliando
Oi, como estão? Antes de irmos para o principal, irei comentar alguns adendos. As duas foram avaliadas de acordo com o [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] do fórum - porém, claro, não irá contar pontos -, portanto, tudo será levado em conta. De qualquer forma, caso se sintam injustiçadas com o que será lido, não me importarei em reavaliá-las ou dar lugar a um outro deus. Ah, só saberão o resultado lendo até o final.

Reclamados receberão críticas ou/e elogios - além de conselhos - enquanto reprovados serão avaliados de acordo com o critério passado no link acima, pois são os que necessitam de mais atenção do avaliador. Boa sorte!



Rebekah Ditz

Bem, garota, confesso que sua ficha foi um tanto diferente por conta do modo como separou os três pontos solicitados (motivo, características e história) - o que não foi motivo para reprovação, afinal. Pois bem, é de seu conhecimento o dom que tem em escrever, certo? Então, vamos lá.

Em coerência você não deixou a desejar, acho bastante certo a reação de alguém que percebe sua vida mudando drasticamente do que alguns players costumam narrar, agindo como se fossem heróis e fortes o bastante, como se já estivessem acostumados. Porém, senti que foi tudo muito relâmpago, entende? Não me leve a mal, mas ao ler, senti que você não se entregou o bastante à sua personagem, narrando apenas os acontecimentos e deixando de lado algo muito importante: o que ela sentia. Bem, voltaremos nesse problema ainda.

Estrutura e fluência estão juntas, porém você pecou em uma e acertou em outra. Sabe escrever, isso é indiscutível, não houve erros de conjunções que pudessem causar interferência ou desconforto na leitura. Porém, ressalto algo que pode ser lido no tópico linkado logo acima: "Procurem sempre mesclar bastante pensamentos e descrições em meio à ação [...]". Ah, Ares, você só tá dizendo isso porque tem ali no tópico e pra ter algo pra postar. Não! Isso está completamente certo e é o que eu mais procuro prestar atenção - erros ortográficos podem ser corrigidos, mas uma narração que prenda o leitor é essencial. Desculpe a sinceridade, mas você fez tudo tão por fazer, que mesmo sendo um post pequeno eu prossegui com a leitura pela responsabilidade da avaliação e respeito a você, não por interesse. Em coesão também não tenho muito o que dizer, apenas o fato de que fez muito resumido, não deu vivacidade ao que propôs.

Objetividade e adequação. Você foi bem objetiva, até demais. Veja bem, isso geralmente adiciona pontos em uma narração, mas se fosse em uma missão você perderia alguns. Não, não queremos que perca o foco no principal, mas é aí que entra a fluência. Uma narração muito ''reta'' sem algumas curvas, por assim dizer, perde o encanto.

Ortografia e organização não há o que dizer, aqui o seu post foi perfeito.

Bem, eu sugiro que refaça sua ficha dando ênfase no que foi apontado. A personagem está dentro da sua cabeça, então viva o que for preciso viver com ela bem aí dentro, sinta o que ela sente e passe isso para seus próximos posts. Descreva mais as características - principalmente psicológicas - da garota, aliás. Portanto, Rebekah Dytz, ainda NÃO reclamada por Afrodite.



Hani Sawbridge

Hani, você foi objetiva e sua ficha está nos padrões para ser aprovada. Confesso que, particularmente, sua ficha ficou desinteressante logo no início onde descreveu as características, usando palavras muito finas, por assim dizer. Palavras que poderiam ser facilmente substituídas por algumas mais simples, afinal, há alguns players que não possuem tanta afinidade ainda com certas narrações, são os noobs, como costumam chamar. Pois bem, vamos lá.

Bem, o seu texto estava perfeito como o da garota acima, o que diferencia foi o modo como demonstrou pensamentos e descreveu a personalidade da Hani em meio as ações, deu sentido a sua história, enriqueceu sua narração. Claro que faltou um pouco mais de argumentação no momento da reclamação, entende? Mas, como me agradou no resto da ficha, não vi motivos para negar seu parentesco com Afrodite. Parabéns!

Necessita atualização


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Callie Vernon Qua 05 Ago 2015, 20:46

Cause Baby, Now We Got Bad Blood
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● Características psicológicas:

São Francisco. A nata da Alamo Square. Bronzeado perfeito e dentes artificialmente clareados. Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – fisica ou psicologicamente.
O potencial subversivo de Callie dá-se por conta das suas constantes mudanças de escola durante a infância, com amizades inconstantes e, na maioria das vezes, ilegítimas. Sua personalidade, entretanto, não enquadra-se nas barreiras comumente impostas às filhas de Afrodite. Callie sabe o quão vadia é, mas usa todos os seus dotes de maneira sábia para conseguir o que quer e, acima de tudo, o que verdadeiramente importa. Detentora de uma miríade de desejos e mais do que autocontrole para obtê-los, é esse elemento de serenidade que distingue a filha de Afrodite de suas demais meias-irmãs. Em sumo, traduz com exatidão o clichê ''antes você do que eu'' - toda essa carapaça efêmera e impenetrável resguarda, no fim, alguém que tem ciência que a humanidade é a maior fraqueza do humano, e não se importa de pisar nos iguais para alcançar o seu tão estimado topo.

● Características físicas:

No quesito físico, Callie sempre se considerou sublime às escassas garotas com quem teve relações decentes. Dona de um corpo afunilado na parte inferior, a garota é proprietária de seios fartos e coxas torneadas – quase sempre evidenciadas pelas roupas curtas que usa –, além da pele tipicamente bronzeada. Em suas feições, os traços angelicais são uma máscara para a sua personalidade frívola e egoísta.


● Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir:

Sob a estrutura cavernosa que era a sala principal do apartamento dos Vernon, famílias filantrópicas e jovens herdeiros de bilionários riam e compartilhavam de toda a opulência espalhada pelo local. Debaixo dos panos, carreirinhas de cocaína e seringas de heroína eram distribuídas aos mais ousados, que tinham a coragem de desfrutar de quantidades significativas de entorpecentes sob o olhar dos pais – não que eles dessem importância, afinal. Eram todos ricos e podiam fazer o que quisessem, quando quisessem, e a única limitação era fácil de contornar: os atos putrefatos não podiam chegar à público – esse era, com toda certeza, o antro da perdição da nata da Alamo Square.

Callie Vernon, em seu ápice da virgindade e timidez, queria apenas afastar-se de tudo aquilo. Aceitava que, como a afável filha dos hospedeiros, deveria estar recebendo os convidados com um sorriso nos lábios róseos, mas ela simplesmente se recusava. Negando-se a refletir mais sobre o assunto, Callie fisgou uma das taças preenchidas por Veuve Clicquout de uma das bandejas de prata e desfilou pelo apartamento, visivelmente incômoda com o vestido preto Donna Karan pressionando suas costas bronzeadas. Assim que parou na soleira do corredor, Callie sorveu um gole do espumante, sentindo o líquido borbulhar durante seu percurso pela garganta. Ela caminhou pelo patamar superior do loft super espaçoso dos pais, assistindo os convidados no térreo deleitarem-se com todo o entretenimento da festa. Elijah Leavitt, seu atual namorado do ensino médio, tinha acabado de entrar no apartamento. Callie vibrou com a novidade, e no momento em que ia descer as escadas, deparou-se com Daniel Munwoff, o seu melhor amigo, arfando. O suor escorria pela testa do rapaz, que apoiava-se debilmente nas muletas.
– Você… nós… precisamos sair daqui. Agora! – Callie encarava-o, associando a sua divergência de comportamento às doses de champanhe que ele, provavelmente, havia consumido.
 – Cai fora, Dan. Você está muito bêbado – dando uma ênfase ao ‘’muito’’, Callie simplesmente deu as costas para o amigo e desceu trotando as escadas, abrindo os braços para receptar Elijah entre eles.
 E Elijah a abraçou. Aninhada em seu peitoral musculoso e protegida pelos braços bronzeados do namorado, ela se sentia até excitada… Ainda era virgem e queria muito livrar-se desse fardo com a pessoa certa , e Elijah parecia ideal nesse momento. Ela o fisgou pelo pulso e aproximou os lábios do seu ouvido, subitamente impulsionada pelo desejo sexual que aumentava no seu corpo.
 – Vem, gato… Eu quero te mostrar o meu quarto. – Elijah não protestou, e os dois seguiram para o andar superior.
 Callie abriu a porta do quarto e encaminhou-se para a cama, largando o corpo sobre o colchão gigante da king-size. Ela livrou-se dos saltos Dior, que já estavam pressionando os tornozelos, e se ajoelhou, mordendo o lábio inferior. Elijah sentou-se ao lado dela, envolvendo-a nos braços fortes. Callie soltou um suspiro quando os lábios do namorado tocaram o pescoço, mas não afastou-se, tentada a remover a sua camiseta branca que evidenciava os traços musculosos de Leavitt. Ele a jogou na cama, prendendo-a sob os seus braços, e sorriu.
 Em um antro diferente, Callie sentir-se-ia excitada com o seu sorriso e a posição em que estavam, mas, nessa ocasião, dentes amarelos e pontiagudos se projetaram pela mandíbula de Elijah – que tinha os braços bem maiores do que o habitual. Ela tentou soltar-se do seu corpo, mas as mãos fortes de Elijah a mantinham presa no colchão, enquanto ele aproximava o rosto dela, soltando baforadas fétidas de ar. Callie gritava, balançava as pernas e chutava o seu corpo, mas ele simplesmente não se movia. Irredutível, o lestrigão simplesmente passava a língua pelos lábios esverdeados enquanto analisava a sua nova presa. Com a mão, Elijah segurou no pescoço fino e bronzeado de Callie, travando a passagem de ar. Ela segurou no seu pulso, em busca de afastar a mão, mas Elijah era extremamente mais forte que ela. Com a passagem do tempo, Callie sentiu as pálpebras pesarem. O corpo não obedecia aos seus comandos cerebrais, e parecia que estava sob o efeito de entorpecentes, perdendo a vitalidade gradativamente. Callie sabia que ia desmaiar – ou morrer – e optou por não protestar mais… não tinha chances.
 A porta do quarto se abriu e Daniel entrou, dessa vez sem as muletas. Para Callie, parecia que ele usava calças de veludo marrom, mas em seu estado de demência atual, ela não associou nada daquilo aos cascos de bode em que Daniel se apoiava. Ele aproximou-se dela na cama, e Elijah urrava, lançando um olhar desafiador para o sátiro. A sua mão soltou do pescoço de Callie e, enquanto olhava o embate do melhor amigo com o namorado, desmaiou.



Callie despertou enquanto o singelo Aston Martin ônix percorria a rodovia da Exit Avenue, em Long Island. Umas cinco horas já tinham se passado desde os eventos de outrora – fato constatado com uma olhada fugaz no Rolex de ouro branco que envolvia o pulso. O pôr do sol já era visível através das do estreito de Long Island, lançando sombras no asfalto. Callie largou-se no assento de couro do carro, com a têmpora dolorida. O pescoço doía.
 – Você está bem, Callie? – Daniel pousou a mão na sua bochecha, inspecionando o estado da garota – Dormiu por muito tempo…
 Callie não respondeu. Fragmentos de memória inundavam sua mente: ela na cama, Elijah por cima dela, Daniel invadindo o quarto equilibrado sobre o que pareciam ser cascos… E foi nesse momento em que o olhar de Callie voltou-se institivamente para as pernas de Daniel. Ao invés de suas pernas cobertas pelos jeans surrados Abercrombie & Fitch, ele possuía uma pelagem densa da cintura até os cascos.
 – Eu sou um sátiro… do tipo mitologia grega, sabe? – ele notou seu olhar e correu para se explicar, sem tirar o olhar da estrada. Eles subiam uma estrada íngreme, e Callie notou campos de morango à medida em que o carro prosseguia no percurso. Ela balançou a cabeça, atônita. Pensar lhe causava dor, então simplesmente desistiu. Ela ia refletir sobre tudo depois, mas, por enquanto, simplesmente ouviria Daniel. – E você, no entanto, é uma semideusa! – ele deu um sorriso largo, como se aquilo explicasse toda a situação.
 Quando o carro finalmente parou, Daniel saltou para fora majestosamente, batendo os cascos na relva da colina em que se encontravam. Callie saiu pela outra porta, tocando o chão com os pés descalços. Ela encolheu os ombros, abatida pelo vento proeminente na colina. Sentiu falta de seus cardigãs Moschino imediatamente.
 Daniel prosseguiu com a caminhada, e Callie a seguiu. Não fez perguntas, simplesmente foi. Dúvidas poderiam ser esclarecidas quando estivesse vestida decentemente e com uma aparência, no mínimo, apresentável. Daniel a pegou pela mão, e Vernon agradeceu silenciosamente pela onda de calor que espalhou-se pelo corpo. Eles atravessaram um pinheiro reluzente, com o que parecia ser um tapete pendurado em um de seus galhos. Callie queria vê-lo melhor e, no momento em que se virou, foi inundada por uma luminescência rósea. Ela afastou-se de Daniel com passos rápidos, tombando na relva até cair de costas no chão. O holograma rosa, com o símbolo de uma pomba, crepitava acima de sua cabeça. Callie sentiu todas as suas inibições se esvaírem à partir daquele momento – as restrições ao sexo, a distância que mantinha com certos garotos… tudo tinha ido embora.
 – Seja bem vinda ao acampamento, filha de Afrodite – Daniel estendeu-lhe a mão, sorrindo – você servirá bem aqui..
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Camden Navarre Qua 05 Ago 2015, 21:26


Avaliando
Oi, como estão? Antes de irmos para o principal, irei comentar alguns adendos. As duas foram avaliadas de acordo com o [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] do fórum - porém, claro, não irá contar pontos -, portanto, tudo será levado em conta. De qualquer forma, caso se sintam injustiçadas com o que será lido, não me importarei em reavaliá-las ou dar lugar a um outro deus. Ah, só saberão o resultado lendo até o final.

Reclamados receberão críticas ou/e elogios - além de conselhos - enquanto reprovados serão avaliados de acordo com o critério passado no link acima, pois são os que necessitam de mais atenção do avaliador. Boa sorte! - Sim, irei roubar essa parte do tio Ares, porque acho que é bom as pessoas saberem disso. Tudo bem, certo?

LET'S GO



Callie Vernon

Uma história bem simples, até clichê, mas bem escrita e se não fosse um erro bem simples, eu te reclamaria. Todos os campos devem ser preenchidos para a ficha contar como válida e você esqueceu o primeiro campo -- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Desculpe, mas não posso te reclamar já que sua ficha não é válida. Eu sugiro repostar preenchendo todos os campos e quem sabe, será reclamada finalmente.

Não reclamada como Filha de Afrodite



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[/quote]
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Callie Vernon Qui 06 Ago 2015, 14:01

Cause Baby, Now We Got Bad Blood
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● Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê? Gostaria de ser reclamada como filha de Afrodite por acreditar, primordialmente, que se enquadraria bem na personalidade que tomei como base para Callie, além de ser a síntese da sexualidade no acampamento.

● Características psicológicas:

São Francisco. A nata da Alamo Square. Bronzeado perfeito e dentes artificialmente clareados. Callie é o estereótipo de uma vagabunda da Rodeo Drive – fisica ou psicologicamente.
O potencial subversivo de Callie dá-se por conta das suas constantes mudanças de escola durante a infância, com amizades inconstantes e, na maioria das vezes, ilegítimas. Sua personalidade, entretanto, não enquadra-se nas barreiras comumente impostas às filhas de Afrodite. Callie sabe o quão vadia é, mas usa todos os seus dotes de maneira sábia para conseguir o que quer e, acima de tudo, o que verdadeiramente importa. Detentora de uma miríade de desejos e mais do que autocontrole para obtê-los, é esse elemento de serenidade que distingue a filha de Afrodite de suas demais meias-irmãs. Em sumo, traduz com exatidão o clichê ''antes você do que eu'' - toda essa carapaça efêmera e impenetrável resguarda, no fim, alguém que tem ciência que a humanidade é a maior fraqueza do humano, e não se importa de pisar nos iguais para alcançar o seu tão estimado topo.

● Características físicas:

No quesito físico, Callie sempre se considerou sublime às escassas garotas com quem teve relações decentes. Dona de um corpo afunilado na parte inferior, a garota é proprietária de seios fartos e coxas torneadas – quase sempre evidenciadas pelas roupas curtas que usa –, além da pele tipicamente bronzeada. Em suas feições, os traços angelicais são uma máscara para a sua personalidade frívola e egoísta.


● Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir:

Sob a estrutura cavernosa que era a sala principal do apartamento dos Vernon, famílias filantrópicas e jovens herdeiros de bilionários riam e compartilhavam de toda a opulência espalhada pelo local. Debaixo dos panos, carreirinhas de cocaína e seringas de heroína eram distribuídas aos mais ousados, que tinham a coragem de desfrutar de quantidades significativas de entorpecentes sob o olhar dos pais – não que eles dessem importância, afinal. Eram todos ricos e podiam fazer o que quisessem, quando quisessem, e a única limitação era fácil de contornar: os atos putrefatos não podiam chegar à público – esse era, com toda certeza, o antro da perdição da nata da Alamo Square.

Callie Vernon, em seu ápice da virgindade e timidez, queria apenas afastar-se de tudo aquilo. Aceitava que, como a afável filha dos hospedeiros, deveria estar recebendo os convidados com um sorriso nos lábios róseos, mas ela simplesmente se recusava. Negando-se a refletir mais sobre o assunto, Callie fisgou uma das taças preenchidas por Veuve Clicquout de uma das bandejas de prata e desfilou pelo apartamento, visivelmente incômoda com o vestido preto Donna Karan pressionando suas costas bronzeadas. Assim que parou na soleira do corredor, Callie sorveu um gole do espumante, sentindo o líquido borbulhar durante seu percurso pela garganta. Ela caminhou pelo patamar superior do loft super espaçoso dos pais, assistindo os convidados no térreo deleitarem-se com todo o entretenimento da festa. Elijah Leavitt, seu atual namorado do ensino médio, tinha acabado de entrar no apartamento. Callie vibrou com a novidade, e no momento em que ia descer as escadas, deparou-se com Daniel Munwoff, o seu melhor amigo, arfando. O suor escorria pela testa do rapaz, que apoiava-se debilmente nas muletas.
– Você… nós… precisamos sair daqui. Agora! – Callie encarava-o, associando a sua divergência de comportamento às doses de champanhe que ele, provavelmente, havia consumido.
 – Cai fora, Dan. Você está muito bêbado – dando uma ênfase ao ‘’muito’’, Callie simplesmente deu as costas para o amigo e desceu trotando as escadas, abrindo os braços para receptar Elijah entre eles.
 E Elijah a abraçou. Aninhada em seu peitoral musculoso e protegida pelos braços bronzeados do namorado, ela se sentia até excitada… Ainda era virgem e queria muito livrar-se desse fardo com a pessoa certa , e Elijah parecia ideal nesse momento. Ela o fisgou pelo pulso e aproximou os lábios do seu ouvido, subitamente impulsionada pelo desejo sexual que aumentava no seu corpo.
 – Vem, gato… Eu quero te mostrar o meu quarto. – Elijah não protestou, e os dois seguiram para o andar superior.
 Callie abriu a porta do quarto e encaminhou-se para a cama, largando o corpo sobre o colchão gigante da king-size. Ela livrou-se dos saltos Dior, que já estavam pressionando os tornozelos, e se ajoelhou, mordendo o lábio inferior. Elijah sentou-se ao lado dela, envolvendo-a nos braços fortes. Callie soltou um suspiro quando os lábios do namorado tocaram o pescoço, mas não afastou-se, tentada a remover a sua camiseta branca que evidenciava os traços musculosos de Leavitt. Ele a jogou na cama, prendendo-a sob os seus braços, e sorriu.
 Em um antro diferente, Callie sentir-se-ia excitada com o seu sorriso e a posição em que estavam, mas, nessa ocasião, dentes amarelos e pontiagudos se projetaram pela mandíbula de Elijah – que tinha os braços bem maiores do que o habitual. Ela tentou soltar-se do seu corpo, mas as mãos fortes de Elijah a mantinham presa no colchão, enquanto ele aproximava o rosto dela, soltando baforadas fétidas de ar. Callie gritava, balançava as pernas e chutava o seu corpo, mas ele simplesmente não se movia. Irredutível, o lestrigão simplesmente passava a língua pelos lábios esverdeados enquanto analisava a sua nova presa. Com a mão, Elijah segurou no pescoço fino e bronzeado de Callie, travando a passagem de ar. Ela segurou no seu pulso, em busca de afastar a mão, mas Elijah era extremamente mais forte que ela. Com a passagem do tempo, Callie sentiu as pálpebras pesarem. O corpo não obedecia aos seus comandos cerebrais, e parecia que estava sob o efeito de entorpecentes, perdendo a vitalidade gradativamente. Callie sabia que ia desmaiar – ou morrer – e optou por não protestar mais… não tinha chances.
 A porta do quarto se abriu e Daniel entrou, dessa vez sem as muletas. Para Callie, parecia que ele usava calças de veludo marrom, mas em seu estado de demência atual, ela não associou nada daquilo aos cascos de bode em que Daniel se apoiava. Ele aproximou-se dela na cama, e Elijah urrava, lançando um olhar desafiador para o sátiro. A sua mão soltou do pescoço de Callie e, enquanto olhava o embate do melhor amigo com o namorado, desmaiou.



Callie despertou enquanto o singelo Aston Martin ônix percorria a rodovia da Exit Avenue, em Long Island. Umas cinco horas já tinham se passado desde os eventos de outrora – fato constatado com uma olhada fugaz no Rolex de ouro branco que envolvia o pulso. O pôr do sol já era visível através das do estreito de Long Island, lançando sombras no asfalto. Callie largou-se no assento de couro do carro, com a têmpora dolorida. O pescoço doía.
 – Você está bem, Callie? – Daniel pousou a mão na sua bochecha, inspecionando o estado da garota – Dormiu por muito tempo…
 Callie não respondeu. Fragmentos de memória inundavam sua mente: ela na cama, Elijah por cima dela, Daniel invadindo o quarto equilibrado sobre o que pareciam ser cascos… E foi nesse momento em que o olhar de Callie voltou-se institivamente para as pernas de Daniel. Ao invés de suas pernas cobertas pelos jeans surrados Abercrombie & Fitch, ele possuía uma pelagem densa da cintura até os cascos.
 – Eu sou um sátiro… do tipo mitologia grega, sabe? – ele notou seu olhar e correu para se explicar, sem tirar o olhar da estrada. Eles subiam uma estrada íngreme, e Callie notou campos de morango à medida em que o carro prosseguia no percurso. Ela balançou a cabeça, atônita. Pensar lhe causava dor, então simplesmente desistiu. Ela ia refletir sobre tudo depois, mas, por enquanto, simplesmente ouviria Daniel. – E você, no entanto, é uma semideusa! – ele deu um sorriso largo, como se aquilo explicasse toda a situação.
 Quando o carro finalmente parou, Daniel saltou para fora majestosamente, batendo os cascos na relva da colina em que se encontravam. Callie saiu pela outra porta, tocando o chão com os pés descalços. Ela encolheu os ombros, abatida pelo vento proeminente na colina. Sentiu falta de seus cardigãs Moschino imediatamente.
 Daniel prosseguiu com a caminhada, e Callie a seguiu. Não fez perguntas, simplesmente foi. Dúvidas poderiam ser esclarecidas quando estivesse vestida decentemente e com uma aparência, no mínimo, apresentável. Daniel a pegou pela mão, e Vernon agradeceu silenciosamente pela onda de calor que espalhou-se pelo corpo. Eles atravessaram um pinheiro reluzente, com o que parecia ser um tapete pendurado em um de seus galhos. Callie queria vê-lo melhor e, no momento em que se virou, foi inundada por uma luminescência rósea. Ela afastou-se de Daniel com passos rápidos, tombando na relva até cair de costas no chão. O holograma rosa, com o símbolo de uma pomba, crepitava acima de sua cabeça. Callie sentiu todas as suas inibições se esvaírem à partir daquele momento – as restrições ao sexo, a distância que mantinha com certos garotos… tudo tinha ido embora.
 – Seja bem vinda ao acampamento, filha de Afrodite – Daniel estendeu-lhe a mão, sorrindo – você servirá bem aqui..
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Camden Navarre Qui 06 Ago 2015, 17:42


Avaliando
Oi, como estão? Antes de irmos para o principal, irei comentar alguns adendos. As duas foram avaliadas de acordo com o [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link] do fórum - porém, claro, não irá contar pontos -, portanto, tudo será levado em conta. De qualquer forma, caso se sintam injustiçadas com o que será lido, não me importarei em reavaliá-las ou dar lugar a um outro deus. Ah, só saberão o resultado lendo até o final.

Reclamados receberão críticas ou/e elogios - além de conselhos - enquanto reprovados serão avaliados de acordo com o critério passado no link acima, pois são os que necessitam de mais atenção do avaliador. Boa sorte!  - Sim, irei roubar essa parte do tio Ares, porque acho que é bom as pessoas saberem disso. Tudo bem, certo?

LET'S GO



Callie Vernon

Uma história bem simples, até clichê, mas bem escrita e por conta disso te reclamarei. Ainda assim gostei da história da personagem, um tanto engraçada até como ela encontrou seu primeiro monstro. Não tenho muito o que falar, mas posso dar um dica? Outro template, letras muy pequenas. Enfim, fim.
Boa sorte no Acampamento e seja bem-vinda!
Reclamada como Filha de Afrodite.



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Atualizado!


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Ficha de reclamação

Mensagem por Peter Motgomery Qui 06 Ago 2015, 22:05

- Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
- Desejo ser reclamado por Atena, deusa da sabedoria e da guerra justa. A selecionei porque acho que a deusa irá melhor se encaixar na personalidade de minha personagem (Para quem não sabe, personagem é no feminino, seja homem ou mulher).


- Perfil do Personagem

Características Físicas: Peter mede 1,73 de altura, pesando apenas 62 kg para seus 14 anos. Possui um corpo atlético, mas não é devido a exercícios diários, mas sim por ajudar seu irmão na loja de doces abaixo de sua casa (é ele que descarrega as caixas de doces). Sua pele é bem pálida, o que destaca seus olhos grandes e amendoados, que entram em contraste com seus lábios rosados. Os cabelos medianos cor de lama geralmente brilham contra a luz solar. Sempre está usando seus óculos de grau, que possuem uma armação de coloração preta, com a palavra Ray-Ban escrita em suas laterais, o equilibrando no nariz.

Características Psicológicas: Peter é um garoto bastante inteligente para a sua idade, seu desempenho em sala é ótimo, porém suas notas não são as melhores, devido ao seu grau de dislexia. Em estratégia não há ninguém melhor, portanto nos jogos ele é o primeiro a ser escolhido. O rapaz é um tanto quanto antipático, portanto ele prefere se isolar em seu canto, fazendo seus desenhos (Ele é extremamente bom nisso).

- História do Personagem:

Era uma fria manhã de outono em Manhattan, me despertei com os raios solares batendo em meus olhos... E com meu irmão mais velho adotivo tocando seu violão e cantando Macarena. Era como ele me acordava no dia do meu aniversário, ele sempre diz que não é todo dia que o irmão mais novo dele completa 14 anos. O café da manhã? É claro que bolo, feito especialmente por ele, com uma ajudinha da nossa vizinha Gertrude, uma velha de 63 anos.

Até que ele leva jeito para a coisa, o bolo de chocolate estava divino, do jeito que eu gostava (se bem que eu nem gosto tanto de chocolate). Eu morava com o Jayden (Sim, o nome dele é esse) desde a morte de nosso pai em um acidente de carro, o que obrigou meu irmão a desistir da faculdade para cuidar de mim.

Estávamos assistindo televisão quando ouvimos barulhos estranhos e algumas tremidas no chão. A porta é arrancada das dobradiças e é lançada contra a parede oposta, se quebrando em mil pedaços. Um ser careca, medindo um pouco mais de 2,50 metros entrou pela porta. O bicho segurava um porrete repleto de pregos enferrujados e ele... SÓ TINHA UM OLHO?! COMO ASSIM?! Tudo bem, observei a criatura de cima a baixo e, pelo tamanho de seus músculos, deduzi que era um ciclope. Mas o ciclope era uma criatura da mitologia, como podia estar ali?

O problema é que o ciclope não foi o mais estranho, o mais estranho foi meu irmão tirar um arco e uma aljava de flechas de trás do sofá. Mas voltando a história... O ciclope nos encarou e, ao invés de atacar meu irmão, que estava armado, ele veio para cima de mim. Por puro reflexo, me joguei para a esquerda, me deitando no chão, o que me salva de um golpe vertical que vinha em minha direção. O monstro se desintegrou em uma espécie de pó dourado assim que uma flecha que girava em trono de seu próprio eixo (vou chamar de flecha giratória) atravessou o peito do monstrengo.

Senti a mão esquerda de Jayden apertar meu braço direito e me levar até o lado de fora, correndo pela rua, até um táxi ali perto. Meu irmão tirou um punhado de notas do bolso e entregou ao taxista:

-Nos leve até Montauk, por favor. – Ele tentava manter a calma, mas dava para ver que meu irmão estava nervoso.

A viagem durou quase 3 horas, quando descemos em uma colina, achei meio estranho, mas Jayden me mandou ir subindo. Ouvi o barulho de galhos se quebrando entre as árvores... Passos... O que entendi pelo que ele me cochichou no táxi, era que eu sou um semideus e ele também. Ele disse que estava na família para me levar até um lugar seguro a salvo de monstros como aquele ciclope. Ele era filho de Deméter... Uma flecha passou silvando, entre as árvores e penetrou no pescoço de meu irmão. Apenas vi o meu irmão, condenado à morte, cair em meio às folhas e gritar “Corra” para mim.

Fiquei paralisado e só fui despertado quando uma flecha passou zunindo diante de meus olhos, cortando um pedaço de meu cabelo e outra penetrou em minha panturrilha esquerda. Corri colina acima, com um pouco de dificuldade, quando dei de cara com um tipo de portão, com alguns dizeres em grego antigo e... Eu consegui ler. “Acampamento Meio-Sangue” estava escrito, e eu só consegui pular para dentro dele, onde fui recebido por um... Centauro? Tudo bem, depois do dia que eu passei, estava acreditando em tudo.

-Olá, eu sou Quíron, vá para enfermaria, mais tarde iremos conversar. – E eu só lembro de ser carregado por dois loiros, me levando para... Sei lá.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Alexey Rzaenov Qui 06 Ago 2015, 22:44


Avaliando
Peter Montgomery - Olá, moço. Vamos começar sua avaliação. Antes de mais nada, sugiro que você de justify no texto. O center não deixa o texto nada bonito, mas isso é opcional. Senti falta de inovação no texto. Gosto de narrativas que me surpreendam, e essa história não foi tão... Criativa, digamos assim. Foi importante para o resultado final, claro, mas não o que te reprovou de vez. Você não demonstrou emoções em quase nenhum momento, e quando o ciclope apareceu, você agiu como se fosse alguém da sua família entrando em casa depois do trabalho. Nada de mais, entende? E você não agiu quando soube que era um semideus. Só continuou a narrativa, sem destacar os sentimentos do Peter. Não é todo dia que alguém já nasce sabendo que tem sangue divino. Você não cometeu nenhum erro ortográfico, o que foi bom, mas se arriscou bastante no combate. Como assim uma flecha que gira em torno do próprio eixo? Pelo que eu li, o cara era filho de Deméter, não Apolo. Por fim, o mais importante: Atena não te reclamou oficialmente. Ela não mandou uma carta, telefonema, sinal de fumaça, ou qualquer coisa que indicasse que você é filho dela, e isso é obrigatório. Portanto... Reprovado. Boa sorte da próxima vez, você consegue!

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Ficha de Reclamação

Mensagem por Peter Motgomery Qui 06 Ago 2015, 23:47

- Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

- Desejo ser reclamado por Atena, deusa da sabedoria e da guerra justa. A selecionei porque acho que a deusa irá melhor se encaixar na personalidade de minha personagem (Para quem não sabe, personagem é no feminino, seja homem ou mulher).


- Perfil do Personagem

Características Físicas: Peter mede 1,73 de altura, pesando apenas 62 kg para seus 14 anos. Possui um corpo atlético, mas não é devido a exercícios diários, mas sim por ajudar seu irmão na loja de doces abaixo de sua casa (é ele que descarrega as caixas de doces). Sua pele é bem pálida, o que destaca seus olhos grandes e amendoados, que entram em contraste com seus lábios rosados. Os cabelos medianos cor de lama geralmente brilham contra a luz solar. Sempre está usando seus óculos de grau, que possuem uma armação de coloração preta, com a palavra Ray-Ban escrita em suas laterais, o equilibrando no nariz.

Características Psicológicas: Peter é um garoto bastante inteligente para a sua idade, seu desempenho em sala é ótimo, porém suas notas não são as melhores, devido ao seu grau de dislexia. Em estratégia não há ninguém melhor, portanto nos jogos ele é o primeiro a ser escolhido. O rapaz é um tanto quanto antipático, portanto ele prefere se isolar em seu canto, fazendo seus desenhos (Ele é extremamente bom nisso).

- História do Personagem:

Era uma fria manhã de outono em Manhattan, me despertei com os raios solares batendo em meus olhos... E com meu irmão mais velho adotivo tocando seu violão e cantando Macarena. Era como ele me acordava no dia do meu aniversário, ele sempre diz que não é todo dia que o irmão mais novo dele completa 14 anos. O café da manhã? É claro que bolo, feito especialmente por ele, com uma ajudinha da nossa vizinha Gertrude, uma velha de 63 anos.

Até que ele leva jeito para a coisa, o bolo de chocolate estava divino, do jeito que eu gostava (se bem que eu nem gosto tanto de chocolate). Eu morava com o Jayden (Sim, o nome dele é esse) desde a morte de nosso pai em um acidente de carro, o que obrigou meu irmão a desistir da faculdade para cuidar de mim.

Estávamos assistindo televisão quando ouvimos barulhos estranhos e algumas tremidas no chão. A porta foi arrancada das dobradiças e lançada contra a parede oposta, se quebrando em mil pedaços. Minha primeira reação foi ficar espantado com tudo aquilo, e logo senti um pouco de asco assim que o odor repugnante do ser invadiu minhas narinas e destruiu meus pulmões com o fedor. Um ser careca, medindo um pouco mais de 2,50 metros entrou pela porta. O bicho segurava um porrete repleto de pregos enferrujados e ele... SÓ TINHA UM OLHO?! COMO ASSIM?!

O problema é que a criatura apenas ficou observando meu irmão pegar seu arco e sua aljava de flechas, com uma cara tremendamente estúpida. Só que depois de tanto tempo morando com meu irmão, eu achava que eram apenas tacos de golfe... Mas voltando ao ataque: O ciclope após nos encarar investiu contra mim, se preparando para um ataque vertical, na tentativa de esmagar meu crânio. Fiquei paralisado, e minha sorte foi que o bicho foi lento o suficiente para dar tempo de meu irmão perfurar a lateral de sua cabeça com uma flecha, o desintegrando em um tipo de pó dourado.

Senti a mão esquerda de Jayden apertar meu braço direito e me levar até o lado de fora, correndo pela rua, até um táxi ali perto. Meu irmão tirou um punhado de notas do bolso e entregou ao taxista:

-Nos leve até Montauk, por favor. – Ele tentava manter a calma, mas dava para ver que meu irmão estava extremamente nervoso.

A viagem durou quase 3 horas, quando paramos no pé de uma colina. Começo a refletir em nossa conversa durante a viagem, ele me disse que eu era um... Qual o nome? Semideus, isso, e ele também era. Cara, isso vai contra todas as leis da natureza, eu não posso ter sangue divino, isso é uma loucura! Meus pensamentos foram longe, fiquei tão desatento que mal ouvi o barulho de galhos se quebrando e o aviso de Jayden sobre tomar cuidado. Uma flecha penetrou minha panturrilha esquerda, fazendo sangue brotar da ferida, tingindo minha perna toda de vermelho. Caí no meio das folhas, sentindo uma dor aguda em minha perna. Meu irmão levou uma flecha certeira na lateral direita do pescoço, e antes de morrer só pôde gritar para que eu corresse. Com uma dor infernal, subi a colina com um pouco de dificuldade, tomando cuidado com as flechas, tropeçando duas ou três vezes.

Dei de cara com um tipo de portão, a entrada para o tal acampamento que ele havia me contado, o lugar seguro... A entrada possuía alguns dizeres em grego antigo... Eu consegui ler, tudo bem, admito que me isso assustou um pouco. “Acampamento Meio-Sangue” estava escrito, e eu só consegui pular para dentro dele, onde fui recebido por um... Centauro? Certo, depois de tudo que eu vi naquele dia, eu não duvidei, aquilo era real.

-Olá, eu sou Quíron, vá para enfermaria, mais nós conv... – Ele parou e ficou olhando para algo acima de minha cabeça. Por curiosidade eu também olhei para cima, onde vi algo parecido com um... Holograma, exato, o holograma de uma coruja. – Ora, temos uma prole de Atena aqui.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ianna D. Belikov Sex 07 Ago 2015, 03:30


Avaliando
Peter Montgomery - Reprovado.

Olá, primeiramente. Tudo bem? A sua escrita é boa e não encontrei nenhum erro que possa apontar no quesito ortografia. Sua reprovação ocorreu por algo que o monitor acima já havia comentado a respeito: sentimentos. Cara, a ficha para Atena é rigorosa, então esperava uma história bem fundamentada, mas o que encontrei foi algo corrido e estranho, como se o narrador estivesse desconectado das emoções gerais do personagem. Você interpreta o Peter. O que faria no lugar dele? Desenvolva as dificuldades de crescer como semideus, uma vez que um ataque de monstro não é algo isolado quando se tem sangue divino nas veias. Aposto que consegue!

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Reclamação para Filha de Atena

Mensagem por Epperly Adkins Sáb 08 Ago 2015, 13:55

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Stay with me tonight,
we can count the street lights.
Stay with me, alright, let's bring it all back to life. Don't fade away. Stay.


Filiação: Atena, porque é o deus que melhor bate com a minha personalidade em OFF, que é muito similar à do ON.

Características psicológicas: extremamente perceptiva e observadora, Epperly costuma entender piadas com rapidez, bem como desvendar mistérios. Sua sede pelo conhecimento e pela compreensão daqueles que o cercam é evidenciada pelo interesse que mostra pelos espaços. Leva jeito com esportes. Apesar de bastante inteligente, mostra-se uma pessoa muito simpática e aberta a novas amizades. E, aos verdadeiros amigos, é sempre muito leal, defendendo-os com unhas e dentes, se necessário. No entanto, carrega consigo um lado frágil e destrutivo que tenta omitir na maior parte do tempo, um temperamento sequelado pelas mazelas que presenciou no passado, como a morte da irmã, também sua melhor amiga. Quando dominada pela dor, deixa de lado a postura de cumpridora de regras e perde a personalidade singular, influenciando-se pelos amigos.

Características físicas: dona de um porte atlético, apesar de estatura mirrada, Epperly veste-se com roupas esportivas ou de ginástica, já que está sempre cuidando da saúde de seu corpo. Os cabelos lisos, quando não amarrados num rabo de cavalo, caem numa cascata loira até metade das costas, e os olhos são intensamente prateados – herança de sua mãe, a deusa da sabedoria. O maior orgulho de Epperly é sua barriga durinha e definida. Possui catorze anos.



História:

Apertei a mão de Summer, aflita pelo nosso pai, mas ela prestava tanta atenção em seu discurso que se limitou a me lançar um olhar breve. Ele vai sair dessa, foi o que consegui ler de seus olhos. Eu espero, completou a incerteza disfarçada pelo afagar confortável em meus dedos. Mas minha irmã não podia me enganar. Pelo menos, não naquela situação.

Eu franzi o cenho, remexendo-me na cadeira graças ao meu transtorno de hiperatividade.

Cerca de três metros de nós, havia uma mesa forrada com um pano branco perolado dava que apoio às pranchetas, pastas com arquivos estudantis e blocos de papéis discursivos, que um dos três doutores que julgavam meu pai folheava com descaso. Notei seu desinteresse a partir do modo desleixado de sentar: o examinador deixava o queixo ser sustentado pela força que o cotovelo exercia contra a mesa, antebraço rígido, mas ombros caídos, sem a menor postura. Só faltava bocejar. Um outro, ao seu lado, mudava de posição constantemente, como se a defesa da tese de meu pai lhe deixasse inquieto… Ou na tentativa de disfarçar o sono que lhe acometia. Somente o da ponta da mesa parecia prestar algum tipo de consideração ao seu palestrante. Eu mal via seu rosto – afinal, estavam de costas para nós. Ainda assim, de um momento a outro, ele, um senhor de meia-idade, cabelos grisalhos e pele desgastada pelo sol, jogava a cabeça para trás, na diagonal, e arreganhava os lábios num sorriso desgostoso, exibindo sua coleção de dentes amarelados e a gengiva escura, típica de um fumante. Sarcástico e descrente. Depois de alguns segundos, deixava um som nazal de deboche escapar e assentia consigo mesmo, debruçando-se sobre a mesa e anotando o que eu julgava ser uma porção de críticas num documento de pontuação. Cretino.

Meu pai parecia alheio a todos aqueles detalhes que provavelmente significariam sua reprova no mestrado. Diante do trio que comissionava seus estudos, ele perambulava pelo palco improvisado com confiança, exaltando suas descobertas que, aos olhos dos avaliadores, não passavam de fanatismos intestemunháveis que de fato retrocediam das barreiras do aceitável para o metafísico. E, como aqueles figurões da Universidade de Nova Iorque, eu me perguntava todo dia se suas contestações realmente não eram delírios.

Mas não foi só a Guerra de Secessão que deixou vestígios de uma existente força da Antiguidade Clássica no Mundo Contemporâneo… É claro, a quantidade absurda de conteúdo de minha dissertação deixa mais do que evidente que a antagonia entre Abraham Lincoln e John Wilkes Booth pode ser comparável com os caráteres greco-romanos, uma guerra que findou um império para gerir outro. No caso, segundo todos os relatos históricos, documentos iconográficos, anatomias do que restou dos cadáveres e as mais diversas comparações homéricas e virgílicas que reuni só podem confirmar que ambos Lincoln e Booth se encaixariam perfeitamente em papéis referentes à deusa Atena, ou Minerva, e ao deus Dioniso, que em romano se chamaria Baco. Resta saber qual deles era guiado por qual personalidade: helena ou latina; nortenha ou sulista —, papai explicou, mudando um slide de sua apresentação ao pressionar um botãozinho no controle de datashow do MacBook. Na tela seguinte, um GIF animado de uma imagem de satélite de Manhattan datada de julho de 2010 exibia uma movimentação atmosférica suspeita, com um tornado se aproximando do que parecia ser o Empire State Building. A captura, no entanto, durava cerca de três segundos, depois se repetia, com o redemoinho cruzando o Rio Hudson seguidas vezes. — Ainda assim, existem fatos atuais, catástrofes inexplicadas que, se analisados a fundo, deixam dúvidas sobre o que acreditamos ser verdade, hoje. Na metade do ano de 2010, uma forte tempestade assolou Nova Iorque… Pelo menos, foi o que nossos climologistas confirmaram. Fotografias e filmagens de satélite comprovam, no entanto, que na verdade um furacão atingiu as proximidades de Manhattan, antes de se desfazer horas depois por um motivo indeterminado. Enquanto isso, todos os habitantes da ilha dormiam em seus afazeres diários. É capaz de alguns de vocês se lembrarem de acordarem em suas salas de aula, ou no metrô, ou mesmo no meio de um banho. E o mais bizarro: não foi só você que, misticamente, pegou no sono no meio da tarde. As autoridades abafaram; ninguém questionou. Mas, estranhamente aconteceu. Eu, por exemplo, lembro-me de estar no táxi, no trânsito da esquina da trigésima quarta oeste com a quinta avenida e, quando eu e o motorista recobramos a consciência, o veículo estava estacionado na calçada, com o para-choque gravemente injuriado e o vidro trincado.

Eu lembro disso – eu murmurei para a garota ao meu lado, mordendo os lábios para conter um sorriso. Algo do falatório até que fazia sentido.

Summer não respondeu. Eu analisei seu rosto por alguns segundos, o déficit de atenção gritando mais alto que a palestra de papai. O modo pelo qual ela mantinha a testa enrugada e a mandíbula flexionada, como se mordesse o nada, evidenciava a preocupação. Ainda assim, ela conseguia transmitir conforto ao não largar minha mão ensopada de suor. Senti-me culpada. Certamente, minha presença ali não a amparava – pelo contrário, ela temia pelo descontrole de nosso pai, e ainda assim zelava pela minha sanidade. Dizia, de maneira rancorosa, sempre que ele rasgava uma porção de páginas de suas enciclopédias, ou quebrava o teclado de seu notebook ao ter suas colunas conspiratórias negadas por seus redatores contratantes: ele não devia nos submeter a isso. Summer não deixava claro, mas eu sabia que ela não pensava em si mesma com essa fala, e sim ocultava a necessidade de proteger a mim, sua irmã caçula, de presenciar as cenas de um jornalista outrora renomado arrancar tufos de cabelos de nervosismo por insistir em pesquisas inúteis. No fundo, eu era grata por ela se manter forte por nós duas. No entanto, sempre desejei estar a altura dela – queria que ela recorresse a mim e chorasse em meu colo, só para inverter os papéis pelo menos uma vez. Nem ela poderia ser tão inabalável pra sempre.

Papai nos criara se embasando, ao invés de contos de fada, nos mitos gregos. Durante nossa infância, ele mostrou-se perfeitamente são, amável, divertido. Mas, à medida em que crescíamos, ele parecia cada vez mais nos querer por perto, como se a qualquer momento algum monstro horroroso fosse nos arrancar dele, e focou-se tanto em seu trabalho como um historiador não graduado que deixou de ter artigos requisitados pelos blogues políticos mais famosos de Nova Iorque. Foi chamado de charlatão, apontado como farsante. Dizia-se saber de algo que, claramente, não sabia. Ele era um ótimo escritor, e sua visão para com a sociedade tinha fortes influências de grandes sociólogos e filósofos, mas, infelizmente, deixou sua carreira despencar ao se descobrir um fanático pelos pilares da cultura ocidental. Perdeu a razão. Ficou doido. Lelé da cuca. Eu sentia muito por ele – ainda assim, todo aquele papo de entidades anciãs, bestas terríveis e o legado a mim dado por minha mãe, que era uma incógnita, me apavoravam. Eu amava meu pai; eu tinha medo do meu pai.

Summer notou que eu estudava os componentes de sua expressão: a pele naturalmente bronzeada, o nariz fino e os lábios carnudos, mas não vulgares, puxados para o lado por causa de uma quase invisível marca de nascença, que faziam um conjunto quase perfeito com o belo par de olhos, sempre inteligentes e alertas, de íris acinzentadas. Minha irmã era linda. Ela esboçou um sorrisinho doce e ajeitou uma mecha de meus cabelos louros atrás de minha orelha, virando meu queixo para frente com delicadeza, como se insistisse que eu prestasse atenção na defesa de nosso pai graduando. Otimista. Forte. Por mim.

E eu deixei a voz de papai tornar a ser captada por meus tímpanos, elevando-a a uma posição superior à de meros ecos. Mas já agora, ele não parecia mais tão à vontade em seu pedestal. Enquanto isso, os outros dois avaliadores sorriam-lhe com escárnio, agindo como perfeitos patifes, tal qual o senhor da ponta, e cochichavam um com o outro de maneira cética e elitista. Pareciam decididos a reprová-lo em seu teste final, tirar de suas mãos o tão sonhado – quase – diploma da pós-graduação em História Americana.

...e a maioria das estátuas da cidade são feita de uma peculiar composição de bronze. A liga metálica utilizada para artes plásticas geralmente possui alto teor de cobre, estanho e chumbo. No entanto, o monumento de William H. Seward que, curiosamente, possuía traços de uma dislexia contida, como relatos sobre Lincoln e Booth afirmam sobre essas personalidades, possui íons modificados de fósforo e manganês, que fazem o objeto mais resistente e difícil para se manusear, do contrário do que se usaria no bronze propício para artesanato — meu pai deu continuidade ao falatório, os olhos brilhando ao revelar as maravilhosas descobertas de sua obsessão. Ele caminhou até perto da tela de slideshow e dedilhou o controle remoto do projetor, dando zoom in na imagem.

A foto da estátua do ex-governador do estado de Nova Iorque, que eu sabia que era uma das decorações pouco atrativas do Madison Square Park, se ampliou até que apenas parte das pernas cruzadas e os pés fossem visíveis. Meu pai apontou um detalhe na bota moldada no bronze, e eu semicerrei os olhos para discernir um triângulo na região do tornozelo de Seward. Por alguma razão, eu reconheci o caractere como uma letra maíuscula grega. Δ.

Delta — constatou Summer baixinho antes que papai prosseguisse.

E William Seward não é a única personalidade monumental que possui uma marca triangular como esta, que representa a letra “D” grega, delta. Não sei o motivo, mas posso confirmar que existem dezenas de estátuas do mesmo material – bronze modificado – espalhadas pela ilha, e todas entalhadas com um sinal similar. Mas é preciso procurar bem — e ele avançou os slides, cada um exibindo uma foto de diferentes figuras acobreadas, nos mais inusitados lugares do distrito de Manhattan, com círculos malfeitos em vermelho que destacavam as localizações dos algarismos gregos.

Ele podia ter pedido ajuda… Tenho  certeza que consigo uma plataforma de edição menos vagabunda que essa — sussurrei para minha irmã, sem tirar os olhos da apresentação.

Foi definitivamente no Paint — ela rebateu com certo asco pela escolha dos círculos feitos por nosso pai, reafirmando minhas suspeitas.

Ele nunca foi muito caprichoso...

Papai molhou os lábios com a língua ao chegar na última tela da apresentação em PPS – a bibliografia de toda sua pesquisa – e abriu os braços como um gesto de redenção. Ele parecia perceber os olhares desprezíveis de seus avaliadores, e suas orbes oculares esbugalhadas evidenciavam sua exaltação e tormento. Aquele diploma era tudo pra ele. Ele seria melhor ouvido e, novamente, aceito no mundo jornalístico, caso possuísse o comprovante de que realmente entendia do que falava.

É fato que muito do que não entendemos passa a ser matéria para os cientistas, os estudiosos da física quântica, mas a história, em certo ponto, também é ciência. Com a tecnologia que possuímos no presente momento, ignorar verdades só porque elas se fundamentam no misticismo, em tudo aquilo que Auguste Comte desprezou séculos atrás, não é voltar no tempo, senhores, mas sim aceitar que a ciência está muito mais conectada com a religião pagã do que imaginávamos. E nosso dever, como historiadores, é unir todos esses fatos, essas pistas deixadas pelos cursores da mitologia — meu pai se aproximou da mesa de examinadores, entusiasmado, ainda que desesperado por ser ouvido. Por conseguinte, ele levantou a cabeça e olhou-nos por cima de sua bancada de jurados. Durante um segundo, pensei ter visto suas íris castanhas tremeluzirem em azul, amarelo, vermelho e suas tonalidades derivadas, mas eu balancei a cabeça pros lados, para livrar-me da estranha sensação ilusória. E, então, ele desabafou uma certeza tão convicta que os pelos de minha nuca eriçaram: — Os deuses gregos vivem.

Ele disse aquilo para os professores da universidade, mas seu olhar alucinado me alertava, de maneira perigosa, perturbadora e ainda assim instigante, que ele compartilhava um segredo enorme conosco – com suas filhas. Seria essa sensação fruto de minha imaginação?

Vamos sair daqui antes que ele faça besteira — Summer cuspiu as palavras, não cética, mas rancorosa. Ela odiava a condição de nosso pai, e achava terrível o fato dele se expor ao ridículo desta forma, se humilhando frente a pessoas tão influentes.

Minha irmã apertou minha mão e ergueu-se num salto, prontificando a postura na direção da porta. Nós saímos da sala antes mesmo de ouvir a voz dos jurados, que se entreolhavam com ar divertido e depois miravam meu pai de maneira quase predatória.

Você viu aquilo nos olhos dele? — eu indaguei ao que cruzamos o arco da passagem e deixamos a porta se fechar atrás de nossos corpos. Não havia percebido, mas a informação me deixara sem fôlego e o coração estava disparado, como se aquele segredo houvesse despertado uma válvula de adrenalina em meu hipotálamo.

Estávamos corredor do segundo andar do departamento de Ciências Humanas da faculdade, e minha irmã me puxava pelo pulso, na direção das escadas, sem olhar para trás. Parecia nervosa. Eu não me recordava de nenhuma situação em que ela agira daquela maneira, a não ser quando papai descobriu que ela andava de namoricos um rapaz na escola. Ficou tão tímida e com medo que ele fizesse algo para envergonhá-la que passou dias monossilábica, agindo mecanicamente como se estivesse sendo observada constantemente.

Com a minha pergunta, ela parou num dos últimos degraus, a respiração pesada por causa do caminhar apressado, já que quase corríamos para fora do edifício. Olhou-me por cima do ombro de maneira sombria, as pálpebras estreitas. Suas sobrancelhas estavam unidas, tal qual ela costumava fazer quando cogitava sobre uma escolha importante, tal qual omitir ou não algum parecer. Por fim, suavizou a expressão e deu-me um tapinha encorajador na cabeça.

Não — ela mentiu descaradamente, sorrindo de canto. — Vem, vamos tomar um sorvete.

+++

Decidimos ir ao cinema ao invés de tomar sorvete.

Eu adorava ir ao cinema com a minha irmã, principalmente sem o consentimento de papai, porque comprávamos pipoca mista (doce por baixo, salgada por cima) e ela sempre dava um olhar convincente para o atendente, que acabava me deixando entrar em sessões com classificação indicativa de 16 anos. Summer era uma dissimulada nata – conseguia enganar qualquer um, exceto talvez a mim. E a nosso pai. Mesmo assim, não era o filme que nos entretinha, até porque a característica hiperativa de ambas não nos permitia prestar atenção nos enredos, e nós saíamos na metade, logo que a pipoca acabava. O legal era dividir a experiência de quebrar regras bobas, que não machucariam ninguém. Apesar de toda a diferença de idade e de dividirmos o mesmo sangue, Summer e eu éramos melhores amigas.

Quando chegamos em casa, já estava escurecendo. Summer pagou o táxi com o dinheiro que sobrara e subimos para nosso apartamento na Fulton Street, Brooklyn. Ela me lançou um olhar de advertência antes de girar a chave na fechadura, empurrando a porta com algum receio.

Parecia que um furacão tinha passado por nossa casa. Logo na entrada, uma porção de livros e páginas soltas, mordidas, rasgadas, decoravam o carpete encardido. Ao canto, próximo à janela, os jarros gregos de papai haviam sido estraçalhados, e os pedaços jaziam junto aos cacos de vidro da mesa de centro, que outrora apoiara o controle remoto da televisão rachada. Summer tomou minha dianteira para adentrar nosso lar profanado, pisando com cuidado. As luzes estavam acesas, embora tudo estivesse silencioso. O pensamento de que havíamos sido vítimas de um arrombamento foi mútuo, algo que pude depreender do momento em que nossos olhares se entrecruzaram.

Do perímetro da porta, partimos em direção à cozinha. Não diferente da imagem retratada quando chegamos, a antiga e prezada paz que encontrávamos aqui – palco das falhas receitas de papai, todas com o intuito de satisfazer nossos nada requintados paladares – havia sido completamente obliterada. Os armários, antes responsáveis por guarnecer porcelanas derivadas da civilização antiga – ele um dia nos traduzira o que aquelas escrituras ilegíveis significavam, ainda que a explanação tenha escapado de minha mente com a mesma rapidez com a qual entrara –, encontravam-se desconectados das dobradiças e espalhados pelo cômodo. Caminhávamos com cautela, driblando os estilhaços de vidro e talheres dispostos pelo piso.

Precisamos chamar a polícia — anunciei à minha irmã, aflita. No piso, mais ao norte, estava um conjunto de facas, cerceado por gotas de sangue. A imagem pareceu alarmar Summer, que recorreu até uma das gavetas imaculadas e revirou-a em busca de algo:

Não, Epp — balbuciou em resposta. Admito que vê-la portando um facão com uma vontade que jamais presenciara assustou-me, mas não tive tempo de me manifestar. Logo transpúnhamos a porta, sua outra mão trazendo tanto meu pulso quanto as chaves do carro, o metal gélido prensado contra minha pele. — Vamos para a casa do vovô.

Antes que pudéssemos abandonar o apartamento, um espectro alvo brotou em nosso campo de visão. Podia jurar visualizar, em meio a uma silhueta multicolorida, o rosto de papai, seus olhos paranormalmente arregalados, a boca acompanhando as duas formas circulares em uma ainda mais estupefata. Seus cabelos, outrora vibrando em tom castanho, estavam puxados para todos os lados. A figura ectoplasmática brilhava de maneira incessante, tremeluzindo e desfigurando-se aos poucos. Enquanto cobríamos terreno pelos degraus da escada do prédio, aquela imagem ressoava em minha mente. A chegada ao nosso carro – um Punto branco levemente descuidado – fez com que eu me desligasse do que vira acima.

O olhar de Summer estava ligeiramente desfocado. Usualmente, ela apresentava uma mente centrada em objetivos previamente determinados, e desviar-se deles jamais fora uma opção. Agora, conseguia ver, em meio às suas mechas louras, uma insatisfação. Já que selar o fecho dos cintos de segurança se tratava de uma tarefa simples, pudemos completá-la dentro de instantes. Após engatar a curvatura metálica da chave na fenda apropriada e dar a ignição, minha irmã abandonou a garagem. Tê-la como um molde a ser seguido não foi de todo bem, nessa situação: a insegurança externada por suas feições se cristalizava em mim. Não tardou muito para que minha hiperatividade aflorasse.

Minha irmã pisou no acelerador e avançou pela rua semicongestionada cantando pneus, sendo ela a boa mautorista que era. Ela havia completado dezesseis no início do verão, mas ainda dirigia como uma daquelas crianças inconsequentes que acabam de conseguir sua licença provisória no Driver’s Education de seu bairro e só podem tocar num volante na presença de algum adulto responsável. Não que Summer fosse, realmente, inconsequente. Ela era, na minha opinião, a pessoa mais responsável que eu conhecia. Mas ter um carro em Nova Iorque era coisa para poucos e, mesmo quando papai se dispunha a emprestar-lhe o seu, ela preferia manter distância: numa cidade grande como aquela, o metrô, por si só, já era o suficiente.

Na primeira curva para a Dekalb Avenue, um taxista atrás de nós deixou a mão pesar sobre sua buzina, e depois colocou a cabeça para fora da janela escancarada, nos alvejando com uma porção de palavrões. Eu não sabia se meu coração batia disparadamente por causa da imagem que presenciara de papai como uma das criaturas mitológicas que tomava parte nas nossas cantigas de infância ou se estava com medo de sofrer um acidente por causa dos altos números marcados no velocímetro do painel.

Calma, Sum — pedi, olhando por cima do ombro para certificar-me de que o taxista que freiara para não sofrer com a direção perigosa da garota ao meu lado estava bem. — Ele… ele virou uma mania, não é? — eu arrisquei, hesitante. — Não minta — eu disse, agora séria. — Ele se tornou um espírito da insanidade, como nos mitos.

Summer suspirou, e senti seus ombros se tensionarem. Ela olhou para o retrovisor e voltou-se para o trânsito à sua frente, atravessando um cruzamento ao dobrar uma esquina. Quando entrou na Brooklyn Bridge, passou a marcha e disse, sem olhar em minha direção:

Eu te explico quando chegarmos na casa do vovô. — Respondeu, mas tive a impressão de que a mensagem queria dizer “te explico quando estivermos a salvo”.

+++

Minha irmã atravessou toda a ilha de Manhattan sem direcionar palavras a mim, e eu, um pouco chateada, também mantive-me calada. A cidade estava estranhamente vazia – por algum motivo indeterminado, mesmo as vias principais possuíam poucos veículos, e o número de transeuntes era razoavelmente pequeno se comparado ao horário que saímos do cinema. Não devia ser nem, sei lá, oito horas da noite. Isso, somado ao estranho sentimento de ter descoberto que o mundo em que vivemos estava muito além da razão, me deixou trêmula. Será que, com meus catorze anos, eu sequer conhecia a mim mesma?

Estávamos entrando no Holland Tunnel, que traçaria o resto de nosso caminho até Jersey, onde meu avô paterno morava. Liguei o aquecedor, recolhi os pés pra cima do banco, abracei os joelhos e apoiei a testa na janela. Sim, definitivamente o tempo havia mudado. A vidraça estava gélida como um dia de Ação de Graças no West Side, então fui obrigada a jogar a cabeça para o lado oposto, tentando ficar confortável mesmo com o cinto de segurança apertando minha barriga. Os pensamentos daquele dia nada usual passavam por minha mente como um turbilhão. Papai dissera que os deuses do Olimpo estavam vivos… Com a súbita mudança no clima, cheguei a pensar na possibilidade de ter algum parentesco com Zeus, o soberano dos céus e dos transtornos atmosféricos, mas ignorei essa terrível ideia: meu pai era Howard Adkins. Não podia ser diferente.

A luminosidade diminuiu quando as paredes do túnel engoliram o Punto em movimento constante. Fora nosso carro, eu podia enxergar outros dois automóveis cruzando a passagem que interligava um distrito de outro. Estranho. Liguei o rádio até então ignorado, e ajustei a frequência para uma estação adequada. Tocava One More, uma composição de Elliphant e MØ, que achei bastante propícia, já que esta era uma de nossas músicas. Semicerrei os olhos e deixei a mente vagar com a batida animada, mas suave, da canção que falava sobre um amor às noites selvagens da cidade grande e uma relação quase fraterna entre duas amigas.

Um sentimento de nostalgia…

Minha irmã murmurava partes da letra da música, e eu permiti meu coração desamparado ser abraçado por sua voz delicada, ainda que não muito afinada.

Sono…

Paredes escuras, asfalto gasto, faixas apagadas no piso…

Algo saindo de um bueiro e se arrastando na estrada.


SUMMER!

A última coisa que senti foi um impacto fortíssimo na têmpora.

Devo ter desmaiado por pouco mais de um minuto porque, quando forcei as pálpebras em direções opostas novamente, a visão nebulosa, eu estava de cabeça para baixo. Vidros quebrados, sangue… Havia um corte em minha perna e um estilhaço de vidro cravado em meu ombro, mas eu mordi os lábios para conter um gemido de dor e soltar o cinto de segurança, caindo de costas no teto do carro e destrancando a porta com um empurrão. Summer já não estava no veículo branco, que capotara até chocar-se contra a parede do túnel.

Engatinhei pelo asfalto, sentindo meus joelhos se esfolarem e o sangue deslizar pela coxa. Eu quase não conseguia manter-me firme daquela forma, sobre quatro apoios, quanto mais enxergar uma saída naquela escuridão. Mas eu não procurava por saída. E não foi preciso olhar muito para distinguir os cabelos quase platinados de minha irmã no breu naquela galeria artificial.

Summer comprimiu os lábios para mim como se pedisse silêncio. Uma figura esverdeada estava parada entre mim e ela, sibilando como uma serpente. Só então, com os olhos mais acostumados com o local mal iluminado, apesar da dor lancinante que demarcava minha coluna, percebi que aquela criatura era, de fato, uma cobra: possuía o tronco escultural, como um adulto de musculatura definida – ombros saltados e braços fortes –, e os cabelos compridos cobrindo-lhe parte das costas desenhadas, no entanto, as pernas eram substituídas por escamas que alternavam entre as cores esmeralda e dourado, tal qual um verdadeiro ofídio. Ele passava, com facilidade, de dois metros de altura, e uma lança áurea ladeava seu corpanzil de aspecto mortífero. Eu reconheci aquela descrição como a de algum monstro mitológico, mas não me lembrava seu nome.

FilhasssssSSss de Atena… “SSssabedoria” uma ova. Vou destruir vossSscê e sssua irmã como forma de vingar meu povo de sSSsssua terrível mãe — o homem cobra cuspiu as palavras para Summer, que parecia forçar-se a se manter de pé, mesmo com a porção de arranhões que varriam-lhe o corpo. Ela segurava o facão que resgatara de nossa cozinha, e parecia decidida a engajar-se numa luta, se fosse preciso.

Gemini idiota. Eternamente culpando minha mãe por uma inferioridade da sua raça… — a voz de Summer parecia fraca, mas ela ergueu a Tramontina de maneira desafiadora. Ela olhou momentaneamente na minha direção, como se esperasse que eu me mexesse. Que eu a ajudasse. Não – aquele olhar dizia pra correr. — Pra tocar na minha irmãzinha, vai ter que passar por cima de mim primeiro.

Um gemini. Um dos primeiros moradores da pólis de Atenas, segundo a mitologia de Homero. Senti minha garganta se comprimir pelo pavor, a respiração ofegante. Apoiei-me na lateral do carro amassado, erguendo-me com algum esforço. O estado de minha coxa era deplorável. Eu queria ajudar, mas como? Filha de Atena. Sou filha de Atena. Sou filha da deusa da estratégia. Deve haver alguma forma de…

E o gemini avançou contra Summer, brandindo a enorme contra seu corpo abatido. Minha irmã foi rápida e jogou-se para o lado, impressionantemente prevendo um golpe no ombro e rebatendo-o ao segurar, com certa firmeza, a faca de cozinha. No entanto, antes que pudesse se movimentar outra vez, a criatura meio-serpente girou a arma com extrema perícia e a atingiu na lateral do tronco com sua haste adornada, fazendo-a perder a estabilidade ao ser jogada contra a faixa oposta, rolando no asfalto.

O híbrido voltou-se em minha direção, abrindo a boca para mostrar a língua bifurcada e a dupla de dentes pontiagudos. Mortíferos. Eu me apoiava no capô do carro, tentando manter-me firme, apesar da grande quantidade de tecido conjuntivo que aflorava do corte em minha coxa. Meu ombro doía, e frequentemente o tronco realizava espasmos dolorosos por causa do objeto cravado ali. Pisquei. Estava zonza.

Foi quando uma aura esbranquiçada iluminou meu corpo. Olhei para cima. Sobre minha cabeça, um brasão no formato de uma coruja verde-oliva brilhava incessantemente, banhando-me com a propagação sua luz. Imaginei ser aquela algum tipo de reclamação por Atena, que eu sabia ser representada, frequentemente, pelo mesmo tipo de ave. Meus olhos encheram-se de lágrimas. Eu estava feliz, afinal, ainda que isso atiçasse ainda mais o monstro que me olhava como presa, soltando sibilos ofídicos de maneira ameaçadora.  

A enorme cauda da criatura pôs-se a arrastar-se em minha direção. Pisquei outra vez. Minhas pálpebras pesavam. Eu não tinha como me defender. Ouvi um grito feroz. Pisquei novamente, e Summer estava entre mim e o gemini. Ela cravara a faca no tórax definido da besta? Não sei – empapada de suor e pálida, eu era incapaz de distinguir movimentações bruscas. Se ao menos eu pudesse estancar o sangue...

Tentei andar, escorando meu corpo quase sem vitalidade contra o Punto acidentado. Agora, cerca de três metros de mim, minha irmã tentava retardar a investida do monstro ferido, mas aparentemente ainda mais furioso, e sem a posse de seu facão de cozinha. A coruja também brilhava acima dela – exuberante e poderosa, iluminando-a talvez com o triplo de intensidade do que acontecera comigo, provavelmente por causa de sua notoriedade heróica para enfrentar aquela criatura anciã sozinha. O gemini hesitava para realizar alguns golpes, um pouco intimidado com a presença de Atena em Summer, mas ele conseguiu atingí-la com a ponta da lança na panturrilha, e ela caiu ao exprimir um grito de dor. O híbrido de homem com cobra novamente apunhalou-lhe com o cabo de sua arma, e minha irmã solavancou pelo pavimento até parar perto da parede. Seu corpo estava coberto de fuligem e arranhões, mas ainda assim parecia invencível. Uma guerreira nata.

Continuei andando, no ímpeto de me colocar longe dali – num lugar onde eu pudesse desfalecer sem virar comida de cobra. Uma dor aguda gritava em meu peito, mas não era física; já essa se tornara dormência e frio. O que me atormentava era o egoísmo, a covardia por estar deixando minha irmã, que sacrificava sua vida pela minha. Ela queria que eu sobrevivesse. Otimista. Forte. Por mim.

Mas eu não iria, eu sabia.

No meio de um passo, perdi o equilíbrio e a tudo que senti foi outro baque na cabeça. As coisas giravam ao meu redor. Ouvi um apito – Céu ou Inferno? Submundo? Seria aquele meu julgamento? Eu não sabia dizer. Certa vez, ouvi que, quando a morte estivesse chegando, não deveríamos ter medo. Mas eu não queria morrer. Poderia morrer por Summer, mas não assim, inútil e impotente. E, enquanto eu me recusava a ser abraçada pelas mãos de Tânatos, lá estava ela, lutando com uma criatura das trevas até suas forças se extinguirem… E doando sua alma em vão.

Dois pares de mãos pegaram meu corpo e me ergueram do chão frio. Ouvi o som de cascos retinindo no piso acimentado. Eu queria gritar. Queria me debater. Mas tudo que consegui fazer foi manter meus olhos semiabertos.

Summer chutando o homem-cobra.

Summer tendo o corpo prensado na parede de pedra, erguida pelo pescoço.

Summer segurando o braço do gemini, na tentativa de desfazer-se de seu aperto.

Summer suspirando e relaxando os ombros, os olhos fechados.

Summer rolando uma última vez pelo asfalto deteriorado do túnel, o corpo esmaecendo-se na palidez de sua morte.

Sem mais forças.

Por mim.






[P.S.: Fiz a ficha antes de checar o bestiário, e notei que vocês não têm manias e geminis catalogados. Eu já reuni todos os monstros que aparecem na saga Percy Jackson num site, e esses são dois dos que aparecem em Sangue do Olimpo, então, peço que reconsiderem de acordo com as descrições exibidas pela minha pesquisa (link aqui).]


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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Karcharías Dom 09 Ago 2015, 19:12


FICHA DE PERSONAGEM

Tritão (Criatura Aquática)

~ A personalidade dada ao personagem cairá muito bem com as histórias que podem ser adicionadas a um Tritão. Além de achar esse tipo de criatura fantástica, desejo diversificar um pouco o fórum, visto que não existem muitos personagens desta afiliação.

Características Físicas

~ Medindo um metro e oitenta e um centímetros de altura e pesando setenta e oito quilos, Karcharías possui um porte físico atlético. Seus músculos são rígidos e fortes, permitindo-o ainda possuir certa agilidade e destreza. Sua pele é clara e possui um pouco de pelo em algumas partes do corpo, seus olhos são castanhos e seu cabelo é escuro. O tritão possui quarenta e nove anos, mas aparenta possuir algo em torno dos trinta, visto que criaturas mitológicas além de viverem mais, demoram mais a envelhecer também. Ele possui no braço direito uma tatuagem com vários desenhos e furos de brinco em ambas orelhas. As vezes ele deixa sua barba negra por fazer, o que dá uma peculiaridade a seu visual.

Características Mentais

~ Corajoso, bondoso, teimoso e com um senso de humor tipicamente sarcástico, o Tritão é o tipico mocinho de qualquer história. Nitidamente perturba-se com a falta de justiça, o que muitas vezes faz questionar as regras existentes, acreditando que elas não sejam iguais para todos. Apesar de seu claro lado heroico, ele ainda é um personagem rebelde, fadado a ajudar os demais à sua maneira.

História de "Reclamação"

Fazia um belo dia de Sol nas praias de Honolulu, como era típico nas manhãs havaianas. Rebecca ajeitava seu traje, quase pronta para fazer um mergulho, enquanto eu permanecia apoiado sobre as bordas da Lancha, analisando as curvas da garota.

- Sério que não vai me ajudar? - Indagou a bela loira, dando um sorriso de canto de boca. Embora já fosse sua sétima aula de mergulho, ela ainda tinha dificuldades em se preparar totalmente para a atividade.

- Você ainda não consegue colocar seu macacão de nado sozinha? - Ironizei, indo de encontro a ela. - Devo ser um péssimo instrutor. - Sorri, ajudando a moça a fechar totalmente seu zíper e fixar o tubo de oxigênio nas costas.

- Péssimo, horrível, com certeza deveria arrumar outro emprego. - Brincou, dando um leve selinho em meus lábios em seguida. - Espero você lá embaixo. - Pôs, indo em direção às escadas da embarcação.

Já fazia alguns anos desde que eu estava trabalhando como instrutor de mergulho naquelas praias, com o pseudônimo de Zack Ocean. Por ser um tritão, eu não podia ficar muitos dias fora da água. Tendo em vista que desejava fazer parte do mundo humano, aquele serviço me caiu muito bem. Minha saída de Atlântida não havia sido uma tarefa fácil, possuía muitos amigos lá e meu treinamento como soldado estava quase finalizado. No entanto, as regras de Poseidon já não me serviam mais, ele jamais fazia algo de útil pelos humanos e muito menos pelas criaturas aquáticas. Viver a vida como um ser terrestre me agradava em muito, fora que naquele emprego, entre épocas e épocas sempre tinha alguma aluna mais saidinha que me dava alguma bola. Embora aquele tipo de situação fosse ótima, todas elas eram uma brincadeira para mim, até que conheci Rebecca Cartwright. Filha de um dos deputados do estado do Havaí, ela passava boa parte do ano estudando em uma cara Universidade fora daquela ilha. Eu a conhecia à poucas semanas, mas nosso lance havia sido intenso, tamanho para dizer que ela não seria apenas um sexo casual. Entre aulas de mergulho e alguns encontros estávamos praticamente namorando.

Mergulhamos por alguns minutos naquele dia, analisando a fundo, o ambiente marítimo com grande esmero. Mesmo que eu não precisasse de ar para respirar naquela situação, mantinha todo meu material de oxigênio de forma convencional. Minhas pernas também poderiam se transformar numa bela barbatana e eu poderia nadar tão rápido quanto um peixe, mas era necessário manter o disfarce, então nada de anormal aconteceu naquele exercício.

- Está quase ficando boa em nadar. - Brinquei, elogiando a jovem de forma depreciativa. Já estávamos na lancha, retirando nossos trajes de natação.

- Com um professor tão ruim, devo ser mesmo um prodígio. - Retrucou a brincadeira, fazendo-nos rir um pouco.

Em roupas normais, aproveitamos o entardecer, desfrutando de um belo vinho. Por não ser dono da embarcação, eu deveria voltar para a praia em determinado horário, mas naquele instante apenas pensava em trocar carícias com a senhorita Cartwright.

- Então, quando volta para a Universidade? - Questionei, agarrado com ela na parte superior do barco.

- Daqui a um mês, mesmo não tendo vontade nenhuma de partir do Havaí. Tudo em Nova Iorque é tão... chato. - Respondeu, envolta em meus braços. - Mas sabe, quando eu for embora sentirei saudades.

- Entendo como é. De todas as cidades do mundo, não trocaria Honolulu por nenhuma. - Disse eu.

- Não falei apenas de Honolulu. Devo admitir que nessas últimas três semanas tem sido tudo tão divertido e apesar de você ser um péssimo professor, até que gostei de você. - Disparou, sorrindo em seguida e me dando alguns beijos no pescoço.

- Apesar de ser uma péssima aluna, também gostei de você. Mas um mês é muito tempo, podemos nos divertir daqui para lá. - Coloquei, voltando a beijá-la.

Voltamos a trocar carícias, quando um barulho no convés me chamou a atenção. Parecia que alguma coisa andava na lancha, o que seria estranho, visto que apenas nós estávamos à bordo. Voltei meu olhar para ver o que era, sinalizando para a garota permanecer no lugar, enquanto desci as escadas até ir à proa. Para minha surpresa, um Rokea estava dentro do barco. Sua pele era cinzenta e poderíamos ver nitidamente que ele era um híbrido tubarão. Não haviam semideuses por perto e criaturas aquáticas quase nunca eram atacadas por aquela espécie, então o que ele estaria fazendo ali?

- O que faz aqui Rokea? - Questionei, apontando as palmas das mãos para ele. Sabia que aquele tipo de fera não era muito adepto a conversar. Por isso tentei demonstrar que não era um inimigo.

Entretanto o monstro correu em minha direção, sem nenhum motivo aparente. Ele lançou uma poderosa ombrada, que me atingiu em cheio e me fez adentrar a cabine da lancha, transpassando a parede de madeira com a força do voo. Não teria chance contra uma fera daquelas, mas tentar conversar parecia que não adiantaria. Me levantei atordoado, ouvindo o grito de Rebecca na parte de cima, talvez ela também tivesse sido atacada. Precisava fazer algo, então agarrei uma marreta, usada para bater os parafusos da croa e ataquei o inimigo, que veio mais uma vez contra mim. A pancada o fez zonzear um pouco, mas logo ele lançou seus poderosos dentes em direção a minha coxa esquerda. Se aquela mordida me pegasse, eu estaria acabado, mas por sorte eu possuía um trunfo na manga. Fazendo minha perna ficar intangível, saindo do estado sólido para o líquido [A1], o rokea passou seu ataque sem me dar nenhum dano e caindo de cara no chão.

Corri, gritando por Rebecca, enquanto ela respondia me pedindo socorro. Subi as escadas em grande velocidade, embora estivesse um pouco cansado devido a utilização da última técnica. Assim que ascendi a parte de cima, deparai-me com mais dois daqueles seres tubarões. Minha namorada permanecia chorando em desespero perto do leme, acuada pelas feras. Assim que me avistaram, um dos seres partiu em minha direção, agarrando-me e correndo contra a borda, nos lançando para o mar. Não tinha tempo de pensar em muita coisa, apenas socava o monstro inutilmente, enquanto ele nadava, nos arrastando cada vez mais para o fundo, parecia que me levaria até algum local para depois devorar-me. Já estava sem esperanças, quando um tridente cortou a água e atingiu meu inimigo em cheio. Olhei para as profundezas, avistando seis tritões. Um deles era Saporeu, um dos meus amigos de infância, parecia que os treinos em Atlântida o tinham feito um poderoso soldado.

- Karcharías, Você está bem? - Indagou aquele conhecido. Enquanto os demais seres aquáticos davam cabo rapidamente do meu oponente.

- Estou, mas tem uma humana no barco acima. Precisamos ajudá-la. - Respondi, sem muito tempo para recordações e re-apresentações. O soldado marítimo apenas acenou com a cabeça, sinalizando que sim.

Subi mais uma vez até a superfície, adentrando na lancha. Os híbridos tubarões foram nossos anfitriões, atacando-nos. Porém, os três rokeas foram vencidos com alguns golpes de meus companheiros. Corri em à procura de minha aluna, subindo até a parte alta da lancha, feito um louco. Mas a imagem que vi, jamais me sairá da cabeça: Rebecca havia sido dilacerada e esquartejada, tendo um de seus braços arrancados e roídos, enquanto o resto de seu corpo estava deformado pelas mordidas dos rokeas, além de submerso e uma enorme poça de sangue. Ajoelhei-me ao lado da moça e algumas lágrimas caíram de meu rosto.

(XXX)

- Para olhos mortais, Zack Ocean e Rebecca Cartwright estão desaparecidos. Mas depois dos fatos que aconteceram hoje, não deve demorar para deduzirem que faleceram. - Falou Saporeu. Após aquele incidente, resolvi ir até Atlântida. Rumores diziam que as praias havaianas também estavam sendo atacadas, não se sabia o que os terrestres mortais viam, mas sabíamos que o ataque era de criaturas mitológicas. Ir até a cidade marítima era a melhor escolha naquele momento.

- Ela só tinha vinte anos, tanta vida pela frente. Se eu tivesse sido mais forte. - Murmurei, me culpando. Em minha forma natural, estava nos portões dos portões de Poseidon, junto ao pelotão que me salvou. Um dia após os ataques, eu gostaria de falar com o governante dos mares.

- Não podia fazer nada. Não foi culpa sua. - Consolou-me, meu velho amigo.

Finalmente tivemos permissão de conversar com o irmão de Zeus. Tudo aquilo tinha deixado o Olimpo em reboliço, todos procuravam os culpados por aquele atentado. O rei dos tritões não era diferente, ele queria achar os terroristas e punir severamente, mas sabia que as maiores informações surgiriam no Acampamento Meio-Sangue. Depois de uma longa conversa, convenci ele a me enviar para lá, onde eu poderia treinar e passar a ele, aquilo que eu descobrisse. Eu achava Poseidon um grande babaca, mas eu precisava me fortalecer e vingar Rebecca, por isso aceitei servi-lo novamente.

Eu ia em direção ao Camping de semideuses e poderia falar com todas as letras: Os culpados covardes iriam pagar.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ianna D. Belikov Dom 09 Ago 2015, 23:17


Avaliando
Epperly - Aprovada como filha de Atena.

Olá, moça. Você tem uma escrita incrível e digna de uma filha da deusa da sabedoria. A história foi incrível, sério. Quero apenas fazer uma ressalva: em alguns momentos, o tom das falas me confundiu. Tente diversificá-las quando forem utilizadas para diferentes personagens ou dê alguma ênfase, como um negrito, quando for a fala da Epp. Também achei as falas muito grandes, principalmente na parte da apresentação. Preste atenção a esse detalhe, pode vir a tornar seus posts maçantes. Tente fazer um resumo do que foi falado sem necessariamente encaixar o diálogo, a não ser que realmente seja importante, como foi aqui. Parabéns.

Karcharías - Aprovado como Tritão.

Nada a comentar que não seja o costumeiro parabéns. Ótima história, ortografia maravilhosa.

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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ruff D. Ghanor Qua 12 Ago 2015, 17:15



O homem pelado

...




...

O primeiro ato de uma grande aventura





No desconhecido, em hora não sabida e se sentindo desorientado = Status atual de Ruff


E
ra um barulho ensurdecedor no lugar onde dormia. Ele revirou-se, tentando voltar a dormir, mas não conseguiu. Esfregando os olhos, levantou-se do chão devagar e logo notou que o peso conhecido de algo que usava na cabeça não estava ali. Aliás, se sentia mais leve e livre em todas as partes de seu corpo. Passando a mão por entre os cabelos, demorou algum tempo para que lembrasse quem era e o que acontecera.

Ao dar um bocejo, o jovem poderia ter notado o rosnar da criatura. Poderia também ter ouvido os gritos de "Mate-o" e "Viva o Cão" que as pessoas ao redor davam. Poderia também ter acordado com a simples menção ao seu nome nos alto-falantes. Porém, mesmo com o avanço perigoso da criatura que chamavam de cão infernal — que tinha escapado com uma sorte inexplicável —, o jovem parecia voltar a si.

Isto é, até uma explosão ensurdecedora acontecer.

Aquilo não o intimidou, porém o fez acordar definitivamente daquele transe entre sono e despertar. Batendo em sua face, finalmente notou que aquele peso faltante em sua cabeça era devido ao chapéu de palha que sempre usava ter desaparecido. Arregalou os olhos enquanto um tumulto acontecia perto de si e visualizou seu tesouro precioso pendurado logo acima de si. Foi então que constatou que não estava em seu barquinho de pesca, mas em uma arena que continha arquibancadas cujo muro que o separava delas ele não conseguiria pular — além de pessoas correndo para sair dali, contudo isso era irrelevante.

O rosnar finalmente o atentou para a criatura que estava consigo no pátio de luta. O cão infernal rosnou e, fazendo chacota da criatura, ele rosnou junto. O ser avançou, mostrando seus dentes afiados e nada legais em tal posição que, se ele não retirasse o pé dali, iria ter uma bela cicatriz de mordida. Afastou-se assim que o animal chegou próximo de si e, com os dois pés fincados no chão, fez algo que provavelmente o conselho em defesa dos animais iria abominar:

Deu uma bicuda fortíssima no bicho.

A criatura foi jogada para trás, desorientada o suficiente para não atacar por um bom tempo. O golpe também serviu para outra coisa: Mostrar para aquele cara que, além de ter um símbolo esquisito logo acima de sua cabeça — uma espécie de halter —, ele estava completamente nu. Embora com um pouco de vergonha inicial, por conta da surpresa da constatação, isso foi passando rapidamente.

O cão, já voltando a si, avançou novamente para cima do humano. Contudo, não contava que aquele homem também viesse em sua direção. No encontro, o homem pulou em cima do corpo do bicho, utilizando o movimento como impulso para conseguir pegar seu chapéu. Quando caiu ao chão, já com o acessório em mãos, o pôs na cabeça e encarou o animal, que já estava com mais raiva que antes.

— Desculpa ai, mas preciso ir. — falou.

A criatura atacou, mas, antes que pudesse encostar no jovem, foi acertada por um martelo que veio da arquibancada e voltou para esta. O jovem virou-se e notou outro cara — um homem de cabelos castanho-avermelhados e olhos verdes — olhando para si como se fosse a criatura mais estranha da face da terra. Talvez a reação se devesse ao fato de que estava pelado. Talvez fosse a incrível coragem, ou burrice, que o semideus nu tinha de pular em cima do seu oponente para pegar um simples chapéu.

— Quer ajuda para sair? — perguntou o estranho, depois de algum tempo.

O homem pelado assentiu e, pegando impulso na parede, conseguiu agarrar a mão do outro e subir o muro.

— Qual é seu nome? — ouviu o homem vestido perguntar. — Eu sou Hiccup.

— Ruff.

Deram um aperto de mão amigável antes de começarem a correr assim que ouviram algo ameaçador. Os dois, ao som de várias explosões ocorrendo em algum lugar daquela arena, saíram correndo em direção a saída daquele lugar estranho. Porém, duas perguntas ficavam na cabeça do jovem Ruff:

Como é que ele tinha ido parar ali? E... Cadê suas roupas?




Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?

Herácles. Não tem exatamente um motivo, só queria que fosse assim. Acho que seria bem engraçado ter um garoto com tanta força e que fosse meio desligado, meio burro, meio estranho.

Características Físicas

Ruff é um garoto magrelo. Mesmo. O porte físico é incomum em comparação com sua força. Com pele meio bronzeada, afinal ele é um pescador, uma cicatriz em sua bochecha é bem visível. Os olhos e cabelos são de mesma cor: Preta. Dizem que suas feições e cor de pele também poderiam ser influenciadas pela mãe biológica, que diziam ser brasileira, mas não se sabe. As pernas e os braços são um pouco desproporcionais, talvez pelo fato de que ele ainda está crescendo. Os médicos afirmam que, mesmo com os 1,73m que ostenta, o jovem pode chegar aos 1,90m facinho.

Características Mentais

Ruff é um espécime esquisito de ser humano. Ele não é burro, nem lerdo — longe disso, aliás —, mas o finge para se abster de decisões importantes, para evitar pensar nas consequências de suas ações e para evitar trocar sua divertida vida por pensamentos e reflexões que o poderiam fazer infeliz. Por isso, poucas pessoas notam o verdadeiro potencial do jovem no quesito mental — somente aquelas que conseguem ler seus movimentos e as ações "impensadas" podem ver que a inteligência está presente em si — e ligam mais para o que seu progenitor divino o trouxe: a força excessiva.

Corajoso, leal e com um bom caráter, ele tende a ajudar as pessoas que o tratam bem, normalmente batendo nos problemas delas. Agitado, tanto por causa do TDAH, quanto pela própria impulsividade de sua personalidade, o tédio é um dos maiores sentimentos que ele tem. Além disso, por conta do já citado acima, ele tem uma sinceridade e uma tendência a ver as coisas como aventura muito parecida com a de uma criança. Então, ser brincalhão também é um dos traços fortes de sua personalidade.

Roubado do ex-Damen Weathervax e com fontes roubadas de Ryan Daeli. Modficado por Mariana.
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Re: Ficha de Reclamação

Mensagem por Ianna D. Belikov Qua 12 Ago 2015, 19:40


Avaliando
Ruff - Aprovado como filho de Héracles.

Olá, Ruff. Primeiramente, deixe-me elogiar sua escrita invejável. Não notei erros durante o decorrer da ficha, nada de que pudesse reclamar. Secundariamente, quero chamar a atenção para um pequeno ponto da coerência: cães infernais são imensos. Mesmo com a ascendência divina lhe proporcionando força suprema, um chute não jogaria o cão longe. No máximo, o deixaria certamente debilitado e zonzo. Tome cuidado, sim? No mais, parabéns e bem-vindo à vida de semideus.

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atualizado,
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Re: Ficha de Reclamação

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