— Festa de Halloween

FANTASIA.

Levy se preparou o mais rápido que podia para festa que estava sendo divulgada por todos no acampamento meio sangue. Passou seu tempo produzindo peça por peça de sua roupa. Saíra cedo no final de semana para procurar um coturno que combinasse com as vestes de seu cosplay e fantasia para o Halloween.

Agora a garota se vestia vagarosamente, tentando manter toda sua roupa e acessórios intactos até chegar a festa. Se olhando no espelho, podia analisar o conjunto de sua fantasia, Thresh, o ceifador de almas. Sua Wig verde fora encomendada e estava perfeita, cabia em sua cabeça e não tinha um brilho excessivo. Suas vestes eram todas feitas a mão assim como seus acessórios. Estava feliz com o conjunto que criara e se levantou de seu dormitório para ir até a festa.

Luzes brilhavam no centro da cidade. Era possível ver de longe aquela iluminação que subia rapidamente e sumia com a altitude. Agora já se acostumara com sua fantasia e conseguia andar normalmente sem tropeçar com aquele coturno enorme que decidira usar.

Entrou pela grande entrada, se sentindo triunfante até encontrar uma mesa com petiscos. Seu estomago roncou com força e se aproximou, analisando brevemente os alimentos antes que pudesse experimenta-los.

- O que devo pegar?

let's get a little scared

Isobel me disse que adorava música, mas a informação não me surpreendeu. Não depois de ouvi-la cantar enquanto dançávamos. Estava a ponto de perguntar do que a música a distraía, vendo seu olhar baixar, quando o desfile começou e minha mente se distraiu completamente por uns cinco minutos, até que a voz dela veio à minha mente outra vez.

— Sabe, você poderia cantar com a gente. Sou o coreógrafo da equipe de teatro que apresenta as peças e musicais quando Quíron não comanda a festa. Vem pra equipe.

.:: narração :: falas :: pensamentos :: falas de outros ::.

Uma caminhada na praia

Halloween Party!

Minha boca estava toda suja de chocolate, mas as palavras de Rhydian conseguiram me tranquilizar em relação à punição de Quíron. Estava prestes a rir quando algo encostou na minha cabeça e fez com que um calafrio percorresse minha coluna.
Virei-me em um solavanco a ponto de reconhecer tanto a voz quanto a menina que tocara em mim. Era Bianca Somerhalder.

Em um primeiro momento tentei entender o que ela fazia ali, e levei instintivamente as mãos até meus chifrinhos para ajeitá-los de forma perfeita. A garota não havia mudado nada desde a última vez que eu a vira. Um sorriso irrompeu em meu rosto e eu já estava prestes a abraçá-la quando reconheci a voz do filho de Atena.

Estranhei o forçado sotaque do garoto e não resisti a uma careta. Dei de ombros, imaginando que eu tivesse imaginado aquilo e abracei a cintura da recém chegada.

- Bia! - Exclamei contente. - Que saudades de você, como você está?

Peguei na mão da menina e apontei para a prole de Atena.

- Você conhece meu companheiro de aventuras? - Apontei para Rhydian com minha mão livre. - Ele é um cara muito legal, sabia?

Adendos:

Halloween

♦ Queria estar de dragão ♦

Sua risada surgiu subitamente, me surpreendendo. Meus lábios se curvaram levemente, notando que a tensão da conversa já havia sido quebrada. O rapaz proferiu a palavra "vodka" com tamanha naturalidade, que ele devia acreditar que eu a conhecia. Deve ser um ingrediente comum, pensei, um pouco confuso. Não queria demonstrar minha curiosidade em saber o que aquilo era, mas aparentemente ele notara.

— Acho que sim — respondi, hesitante. Ele deslizou o copo pela madeira em minha direção, fazendo a tentação crescer ainda mais. Agarrei o pequeno vidro com delicadeza e o levei à boca. Inclinei a cabeça para trás, deixando o líquido derramar, que desceu como fogo. Conforme a bebida ia fazendo seu trajeto, a sensação de queimação a acompanhava, até se instalar em meu peito, aquecendo todo o corpo. — Isso é... poderoso — falei, fazendo uma careta e devolvendo o copo à mesa, empurrando até ao garoto.

Apesar de ter dado uma sensação de queimação, tinha um forte doce gosto, como ele garantira, e havia sido bom. Não tão bom quanto um vinho antigo, mas bom o suficiente para querer repetir. Apostava que seu sorriso era pra ser algo charmoso, mas se tornou bizarro graças à máscara, pois dava uma visão de dentes dentro de dentes. Ainda assim, devolvi a simpatia da mesma forma.

— Qual é o desafio agora? — Levantei a sobrancelha esquerda e encarei seus belos olhos escuros, pensando em quais brincadeiras ele me colocaria.

Extra:

♦ Créditos parciais: Andy & Oliver ♦

Halloween

Festas de Halloween sempre eram a mesma coisa: cheias demais, monitores loucos, Quíron sapateando e todo resto. Sempre assim, sempre. Nina deu um meio sorriso, olhando ao redor, tanta gente nova, tantos rostos familiares, mas tudo tão distorcido e borrado. Tossiu e automaticamente levou a mão até a boca, alto o suficiente para que Alfa parasse e olhasse sua mestra.

- Não me olhe desse jeito. – ela disse limpando o sangue das mãos na calça preta. – Eu to bem, porra.

Semideuses são resistentes, são máquinas de guerra, duros na queda, toureadores de Minotauros, mas também possuem sua parte mortal. O lado humano de Nina já estava no fim. A mestiça canídea de olhos escuros, pele pálida, cabelo longos e castanhos, rosto magro com ossos saltados e tantas histórias em suas incontáveis cicatrizes já apresentava em sua aura o sinal de que o fio da sua vida estava rebentando e, a qualquer minuto, se partiria em dois. Respirou fundo, a ideia de morrer nunca lhe assombrou, e não seria agora.

Era apenas um cão vagando, rumo ao fim do mundo.

Levantou o rosto ao notar que havia chegado ao local, a decoração sempre impecável, a música chiclete, pessoas fantasiadas, casais. Porra, nada mudava, era um ciclo infinito. O odor das bebidas afiou os instintos mênades, aproximou-se e pegou uma cerveja. Gelado o líquido dourado desceu doce pela língua e ela até soltou um gemidinho baixo de satisfação. Seu cão infernal apenas a seguia em silêncio, ciente que o cheiro da morte estava ficando mais forte a cada dia, mas ela não mudava, não lhe tirava o sono e nada disso, sua alma era teimosa.

- Vamos sentar Alfa. – ela disse, pegando mais algumas garrafas e indo para uma área mais tranquila.

Mesmo que o resto já não aguentasse tanto tranco.

Câncer no pulmão, avançado, só Asclépio poderia fazer algo, mas ela não queria. Seguiria com os próprios pés até que não conseguissem mais sustentar seu corpo, abraçaria sua decaída e ofereceria a Tânatos um pouco de vinho. Aproveitaria todos os instantes, beberia e fumaria até o fim.

Era uma vira lata orgulhosa, afinal de contas.

Recostaram-se numa árvore, o corpo agradeceu o descanso. Esticou as pernas e deixou que o animal deitasse, colocando a cabeça em seu colo e fungando um pouco pelo contato do focinho com o casaco felpudo encardido que ela usava.

Auau!:

ez uma reverência de leve ao ser cumprimentada pelo garoto mais velho. Ele parecia bonito por trás da fantasia, mas aquela ali era um pouco assustadora. Talvez, uma das únicas da noite que cumpria seu propósito

— Bianca Hale Somerhalder, filha de Selene — se apresentou para o novo conhecido e, em seguida, abraçou Peter de volta. O garoto tinha a boca levemente suja de chocolate, e isso fez com que Bianca tentasse esconder a gargalhada. Fracassou. — Acham que eu posso cortar a cabeça de alguém indesejável para encenar a fantasia?

Soltou uma risadinha de leve, procurando alguém de quem não gostava. Não era muito difícil achar, mas ela nem se esforçou de verdade. Depois de um tempo, deu de ombros e acrescentou:

— Estou brincando, claro.

adendos:

i'll show you how to float down here

and all of the ghouls come out to play

Rhydian percebeu que Peter fez uma careta ao ouvir o sotaque britânico, mas não podia culpar o garoto, já que, até então, ele soara como um natural americano. De qualquer forma, ficou muito contente ao ouvir as palavras do filho de Zeus; ao que tudo indicava, havia conquistado a amizade do garoto. Oh, stop it. *that meme*

— Estou encantado, Bianca Hale Somerhalder, filha de Selene — disse Rhydian, voltando sua atenção para a Rainha de Copas Sexy. — Eu sou Rhydian Alexander Fraser, filho de Athena e Mênade.

Ele deu uma piscadela e deixou escapar uma risada, achando graça da forma com que havia se apresentado. Viu a filha de Selene — bem que ele havia notado certa semelhança com Ayla! — abraçar Peter e gargalhar em seguida.

— Eu adoraria ver isso — sorriu maliciosamente ao ouvir as palavras de Bianca. — Eu também, é claro.

Rhydian deu mais uma mordida na maçã do amor, tendo dificuldade para tirar um pedaço porque a camada doce que envolvia a fruta era muito dura.

Ele voltou a atenção para o filho de Zeus e sorriu.

— Bem, modéstia à parte, acho que eu e o Peter descolado somos a mulher dupla do clube — olhou para a filha de Selene com uma expressão interrogativa. — Concorda?


Não revisei e nem revisarei. Interagindo com o Lost Boy (Pedrinho <3) e com a Mel 100sual. q

Adendos:

Fantasia:

but it's always darkest before the dawn

Um arrepio percorreu meu corpo, eriçando meus pelos. É o que sempre acontecia quando tentava me aproximar de alguém. Alejandra. Inspirei fundo e virei o copo de vodka com aroma de abóbora, sentindo o líquido descer rasgando. Chacoalhei o rosto e fixei-me demoradamente na expressão de Lokesh. Eu não podia deixar de viver minha vida por causa dela. Isso não aconteceria, não desta vez.
― Desafios? Hum. Não tinha pensado dessa maneira, mas vamos lá. ― Me levantei da mesa um pouco desajeitado pelo efeito de ter ingerido uma grande quantia de álcool rapidamente. Caminhei até a lateral do garoto e estendi minha mão direita, no intuito de ajudá-lo a levantar. Antes que ele pudesse fazer qualquer movimento, completei: ― Te desafio a dançar comigo.

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Halloween

♦ Um dragão tem fome ♦

Jonas olhava em minha direção, mas seus olhos estavam vazios. Havia feito a pergunta como forme de atiçar o fogo e tentar me divertir, porém seu sorriso tinha escapado do rosto e a felicidade se esgueirado para muito longe. O rapaz encheu os pulmões de ar e inclinou a cabeça para trás, deixando que toda a bebida se derramasse por sua garganta. Ele balançou a cabeça rapidamente, talvez porque o interior deveria estar queimando. Seu olhar se fixou no meu com ar pensativo, como se estivesse analisando o que deveria fazer.

A mesa balançou quando o garoto testou sua resistência com o braço, se esforçando para ficar de pé. Ele caminhou em minha direção e estendeu o braço, proferindo palavras que me atingiram como um soco. Tinha poucas memórias claras a respeito de minha casa em si, mas me lembrava vagamente de participar de um baile em um enorme salão. Tinha sido breve e sequer tinha dançado de verdade, pois, segundo o senhor meu pai, era novo demais para isso, apesar de lembrar de lhe ter dito que já tinha quatro anos.

— E-Eu... — NÃO SEI DANÇAR, quis gritar, mas me contive, mordendo o lábio inferior. Senti o rosto esquentar, mas acreditava que a baixa luminosidade poderia permitir que ele não notasse que estava corando. — Estou com fome... Acho que deveríamos comer algo  — falei rapidamente, desviando o olhar para suas botas. Ainda assim, aceitei seu apoio, dando um aperto moderado em sua mão e empurrando o chão com os pés, me levantando.

Minha altura era de longe umas das maiores por ali, mas ainda assim o rapaz era menor, com quase quatro dedos de diferença. Acreditava que vistos por olhos de terceiros pareceria ainda mais baixo, por conta de minha coroa. Dobrei levemente um dos joelhos, colocando o peso do corpo na perna direita, nivelando as alturas. Tirei a força da mão, para o caso de ele querer a soltar, mas não tomei a iniciativa.

— O que sugere? Não conheço nada por aqui. — Ainda tinha uma pitada de vermelho em meu rosto, mas já havia me recomposto e tinha até mesmo um sorriso nos lábios.

Extra:

♦ Créditos parciais: Andy & Oliver ♦

Just like a circus.

Ayla e o rapaz à sua frente pareciam partilhar da mesma inquietação que, no fim das contas, era apenas uma tentativa de aparentar sobriedade. Esperava apenas não estar falhando miseravelmente nessa tarefa.

– Acho que essa deve ser sua menor preocupação, afinal de contas, não vivo mais no acampamento. – Afirmou de forma descontraída. – Amigos... populares? Sweetie, você deve ter uma primeira impressão um pouco errada de mim, mas os drinks são bem-vindos. –  Riu.

Apesar de não demonstrar, a voz rouca de Denn fez um sutil arrepio percorrer sua espinha. Pelos deuses, ali estava a malícia trazida pelo álcool. Parando para lembrar de alguns meses atrás, era como ser Luna novamente: Impulsiva, inconsequente, um pouco mais feliz e risonha do que o normal. Era como uma versão mais socialmente aceitável e perto dos padrões mortais de Ayla.

Enquanto se permitia ser levada até o bar mais uma vez, começava a admitir que sentia falta daquela sensação.

– Nome interessante. Vamos lá. – E ergueu o copo, encostando as duas superfícies de vidro em um brinde antes de tomar um gole. – Algo bom? Por que sempre se começam com as peguntas difíceis? – Indagou rindo mais uma vez.

A garota realmente precisaria vasculhar a mente por alguns instantes para dar aquela resposta - mais por seu estado ébrio do que pela quantidade absurda de desventuras que possuía em seu histórico -, por isso preferiu desconversar.

– Taylor Swift? Eu bem que percebi pelo James Dean, daydream look in your eyes, Denn. – Brincou com a referência.

HELLO!:

Fantasia:

Percebi seu rosto tomando uma coloração avermelhada assim que propus o desafio. Seu olhar divagou e em seguida disse estar com fome. Estava óbvio que o garoto não queria ir para a pista de dança. O motivo? Não tenho ideia. Talvez vergonha, talvez dance mal – o que eu não me importaria nem um pouco –, ou talvez fosse algum trauma de infância. O que quer que seja, resolvi não insistir, cada um tinha seu tempo. Quem sabe mais tarde não conseguiria convencê-lo.
Lokesh apertou minha mão e apoiou para se levantar, em seguida deu uma leve afrouxada, mas sem soltar. Devo confessar que gostei de ter continuado de mãos dadas com o garoto, e diria o mesmo em relação à ele, já que não fez questão de me soltar. Apesar de seu olhar azul gélido, o toque a sua pele era completamente ao contrário. Quente, acolhedor. Tinha vontade de entrar em um abraço do garoto e não sair nunca mais. Claro que não iria falar isso, ou onde iria parar minha reputação de asshole filho de Ares? Resolvi ignorar a sensação, e comecei a refletir sobre o que poderíamos comer.
― Se não me engano, creio que tenha visto uma garota comendo um taco. Devem estar servindo no balcão. ― Antes de esperar pela sua resposta comecei a caminha na direção da bancada de mãos dadas com o garoto, para onde haviam duas banquetas liberadas. Me acomodei e esperei que este fizesse o mesmo. Acenei para uma das garçonetes e fiz o pedido de dois tacos mexicanos. Na verdade, eu estava sem fome, mas comeria para fazer companhia ao garoto. Me virei para ele, olhando fixamente para seus olhos que ainda me impressionavam. ― Então... você mora onde?

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