¥ Dragon Dovahkiin ¥ - Forja de Hic Haddock

Dragon Dovahkiin

Depois de receber a confirmação do pedido do filho de Dionísio, coloquei as luvas de proteção e fui trabalhar. Com uma pá, pus um pouco de carvão a mais no forno, para que ele esquentasse rapidamente. Enquanto a temperatura aumentava, fui até o armário de estoque e separei duas chapas de titânio e duas de bronze sagrado para a adaga e as luvas. Colocando-as no forno para que começassem a adquirir temperatura, peguei o couro que tinha para fazer a luva. Pena que eu não tinha couro de pantera negra, que seria muito mais interessante que o normal. Retirando minhas próprias luvas de proteção, comecei a costurar o couro e, vendo que o semideus ainda esperava ali, pedi para que ele me emprestasse suas mãos.

- Preciso tirar as medidas... Phill, não é? - falei, envolvendo o pedaço de couro nas duas mãos do semideus e marcando os locais que deveria cortar para retirar o excesso.

Assim que fiz a primeira parte da costura, deixei o filho de Dionísio em paz e fui terminar de costurar a luva, dando aparência àquele esboço primário. Assim que consegui terminar de dar forma ao tecido costurado, o deixei de lado por um momento. Recoloquei minhas luvas e retirei uma chapa de titânio e uma de bronze sagrado e comecei a martelar as duas como se fossem uma, fundindo umas partes dos dois materiais e, ao mesmo tempo, deixando partes só de um ou outro, o que aumentaria a eficácia contra mortais e humanos. Essa era uma parte triste do trabalho de forjador: Ter que aprender a como fazer armas para matar pessoas. Mas era algo que eu já me acostumara, de tanto que fizera.

As diversas marteladas no metal começavam a desgastar meus braços, como sempre acontecia toda vez que voltava ao trabalho depois de muito tempo. O suor escorria pela minha testa, existia em meu pescoço e fazia minhas mãos ficarem um pouco mais escorregadias. Por sorte, Constructio poderia se moldar confortavelmente em minha mão. As chapas já começavam a tomar forma de uma adaga quando decidi colocá-las no forno mais uma vez, para ficarem mais maleáveis. Retirei as duas outras chapas e comecei a moldá-las nas placas e nas garras das luvas. Depois de mais algum tempo, coloquei essas chapas no forno novamente e retirei o que seria a adaga, voltando o metal a bigorna para moldá-lo em sua forma final.

Meus braços já estavam fatigados quando terminei a parte mais complicada da forja da adaga. Resfriei-a e retirei as chapas que virariam duas placas e várias garras do forno, fazendo o mesmo processo para moldá-las, só que nas formas de placas e lâminas. Foi um processo cansativo demais para mim, que não forjava fazia um bom tempo. Assim que terminei, também resfriei esses objetos e aproveitei para sentar e tomar uma água, descansando os braços um pouco. O semideus ainda esperava, o que era muito esquisito, mas até normal. Fechei os olhos por alguns momentos, recuperando as forças. Depois, levantei-me e voltei ao trabalho.

Retirei a adaga e as garras para lixá-las nas laterais finas e em uma das pontas, ganhando afiação. Era um processo meticuloso, mas tranquilo, comparado com o primeiro processo feito. Depois da lixa, poli os objetos da melhor forma. A adaga já estava pronta, só faltava as luvas. Lixei e poli as placas de metal finas, as encaixando no tecido. Com a ajuda de minha magnetocinese e um maçarico, acoplei as garras retráteis e utilizei algumas engrenagens de metal que tinham sobrado para montar o pequeno sistema das garras retráteis. Terminado tudo isso, ainda lixei as lâminas mais uma vez, antes de terminar a costura das luvas. Assim que terminei, chamei o semideus para que as testasse.

- E ai, gostou? - perguntei depois que o filho de Dionísio tinha colocado as luvas.

Independente da resposta, desejei-o uma boa sorte e guardei os dracmas em um canto escondido. Depois, me virei para atender novos clientes.

- Sr, eu faço por 60 dracmas, mas terei que dar uma alterada na descrição. Srta, não tenho veneno, mas faço as luvas por 65 dracmas. E são 40 dracmas, srta. - falei respectivamente para cada uma das pessoas que não conhecia.

Quando vi que o filho de Zeus, Peter Lost - aquele garoto que tinha encomendado uma armadura meses antes -, voltar à forja, dei um leve aceno para ele, que logo se aproximou. Colocou o antigo Lost Belt em cima da mesa e uma espada que não conhecia e me falou o que queria.

- Olha, mudar pra bronze celestial não dá, mas dá pra afiar, aumentando o dano e deixar penetrante. Só não sugiro muito o indestrutível, pois não acredito que você é experiente para lidar com isso. - disse, colocando minhas mãos no Lost Belt enquanto isso.

Ao ouvir e ver o anel, olhei de forma suspeita para o garoto, pensando no que poderia ter acontecido. Peguei o acessório, examinando-o por completo, meticulosamente olhando e, ao ver que não havia absolutamente nada que pudesse ser amaldiçoado, falei:

- Não, não. O anel não está amaldiçoado. Mas, se quiser tirar suas dúvidas mesmo, visite um filho de Hécate. Eles sabem como identificar isso melhor do que eu.

Virei-me para ver o estado de Lost Belt. Pelo que me parecia a princípio, não estava quebrado, mas ao ver o estrago da armadura ativada, não hesitei em perguntar, muito surpreso:

- Que diabos você fez para que isso voltasse dessa forma?

Independente da resposta do semideus, falei sobre os preços:

- O conserto da armadura significa reforja. Como parece que uma parte dela se escafedeu, vou ter de fundir o material com o que eu tenho aqui. Deixar mais resistente? De boa. Faço por 40 dracmas. A espada, como disse, depende do que você quiser fazer. Não dá pra trocar pro Bronze Celestial, porque é como o nome diz: É celestial. Não tem como. Mas eu te dei opções que podem melhorar sua espada.

 

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Retiradas:

 

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- Pelo menos você não morreu no processo, colega. - falei, rumando para dentro da forja.

Recebendo a confirmação dos pedidos, tratei de começar a forjá-los. Para isso, tive de, primeiro, desfazer o fato da armadura se transformar em cinto, desacoplando as transformações. Assim que terminei de fazer isso, coloquei a armadura no forno, assim como uma chapa de Bronze Sagrado e uma de Bronze Comum para a espada da moça e para consertar a armadura do jovem. Assim que a chapa de Bronze Sagrado ficou pronta para ser moldada, coloquei minhas luvas de proteção e retirei-a, colocando na bigorna. Usando constructio, comecei a moldar o material na forma característica de uma espada, martelando aqui e ali para achatar a futura lâmina e para formar a empunhadura. Vendo que ainda estava complicado de moldar por completo, mesmo que já tivesse formado a pré-aparência da espada, coloquei o metal no forno novamente e retirei a armadura e a chapa de Bronze Comum.

Foi um trabalho muito detalhado para conseguir recuperar a armadura do filho de Zeus, mas foi um tanto proveitoso. Aproveitando aquele fato, resolvi aprimorar a armadura em dois aspectos: Durabilidade e Leveza. Pelo menos assim o garoto iria sentir uma diferença enorme com relação a isso. Iria ser bem mais complicado dela quebrar novamente e Peter não iria ser limitado nos movimentos. Além disso, acrescentei algumas mudanças com relação a estética do item e fiz um tipo de "gola de moletom", para que protegesse também o pescoço do semideus - essa necessitando de muitas marteladas para se achatar e se firmar na abertura por onde passaria a cabeça -, embora isso necessitasse de um conhecimento grande para não obstruir a passagem da cabeça. Esperava que ele gostasse das modificações, no fim. Terminando de reforjar a armadura com as modificações, a resfriei.

Retirei um tempo para descansar, ainda não acostumado com o ritmo de esforço que fazia. Tomei um pouco de água e resolvi continuar com o trabalho, retirando a quase-espada do forno e a colocando na bigorna. Martelando nos lugares certos com a pressão ideal - coisa que demorou um longo tempo para aprender, mas consegui -, terminei a forja da arma. Ainda faltava transformá-la simultaneamente em um anel. Ajoelhei-me como não fazia a muito tempo e orei, enquanto deixava que minhas mãos agissem fora da minha vontade. Fechei os olhos e comecei:

- Senhor, meu pai. Senhor das forjas, do fogo, dos ferreiros. Estou aqui prostrado para te pedir que me ajude nesse trabalho que faço. Sei que sou abençoado por ser teu filho e por ter tal dom com as ferramentas, mas sou humilde para dizer que preciso de tua ajuda nesta hora. Use de meus braços e faça com que esta espada que forjo se transforme simultaneamente em um anel. Preciso de tua sabedoria, meu pai.

Repetindo aquela oração, senti minhas mãos se moverem por si mesmas e não ousei abrir os olhos para não quebrar a ajuda que meu pai oferecia. Depois de um bom tempo, as mãos pararam assim como minha voz. Ao abrir os olhos, notei um singelo anel na bigorna, brilhando como metal quente, e o resfriei na hora. Refiz a mesma oração para fazer a simultaneidade do cinto de couro com a armadura reforjada e, sentindo meu corpo fraquejar, resolvi dar outra pausa antes de terminar o trabalho. As dores comuns da fadiga eram bem perceptíveis nos braços, coisa que, apesar de ter me acostumado, ainda incomodava um pouco. Comecei a lixar a armadura, retirando imperfeições que poderiam ser encontradas na reforja e a deixando brilhante. O mesmo fiz com Warrior, a espada/anel. Quando terminei, coloquei os dois objetos na mesa, entregando para os respectivos donos.

- Espero que façam bom uso. - falei. - E, Peter... Já pensou se isso não possa ser algum tipo de maldição dos deuses? É que eu recebi uns dois clientes com esse tipo de coisa, então isso me fez pensar um pouco.

Um semideus entrou na forja, querendo saber sobre três itens. Obviamente, percebi que um deles não poderia ser feito daquela forma, não com as minhas habilidades de forjador. Outro provavelmente teria a descrição modificada. Pelo menos um deles era plausível para ser feito.

- Eu não posso acrescentar efeitos fora do cerne de meu pai nos itens, garoto. Ou seja, não posso aumentar sentidos. Além disso, essa "camisa" não seria uma "camisa" porque teria que ser algo de metal. Uma armadura, por exemplo. E não teria capacidade de se camuflar em tudo. Só em um até cinco ambientes, acredito.

 

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Retiradas:

 

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Recebi a visita de um ex-forjador que me pedira uns incrementos em seu tridente. Analisei seu pedido, olhando se conseguiria fazê-lo e quanto custaria. Assim que terminei de ver, suspirei e disse:

- Me dá o dinheiro que cê tem ai. Não parece que é muito, mas pode ser o suficiente para isso.

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Recebi a visita um semideus que me parecia não ter sido reclamado ainda. Enquanto analisava seu pedido, pensava em uma arma que queria fazer a tempos. Depois de calcular o preço, falei:

- 40 dracmas. E não dá para ser muito resistente e afiada porque você não me parece ter muita experiência para lidar com uma arma dessas.

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Recebendo a confirmação do semideus, comecei a forjar a espada. Para isso, necessitei de uma chapa de bronze sagrado, já que bronze celestial não podia ser forjado, e de uma chapa de aço, para fazer a empunhadura. Terminando de colocar as duas no forno, fui abordado por um meio-irmão na forja. Com um sorriso no rosto, fui atendê-lo, enquanto esperava o forno fazer seu trabalho.

- Bem... Claro! Entra ai. - falei, abrindo a portinha que separa a parte onde os clientes ficavam da forja propriamente dita. - Só espera um pouco enquanto atendo aquele cliente ali. - disse, apontando para outra pessoa que entrara ali e indo até ele. - Vamos lá. Eu faço por 70 dracmas. Você sabe, né? Arma grande, material, trabalho complicado, etc. Além disso, não vai dar para ser arremessada com facilidade porque você não parece ter nível para isso. Vai ser só uma lança normal mesmo.

Independentemente da resposta do semideus, voltei com meu meio-irmão até a forja. Coloquei minhas luvas de ferreiro, bem sujas por conta do trabalho duro que fazia ali, e comecei a mostrar ao novato o básico de como fazer uma arma, já que a espada, apesar do design esquisito, não tinha nada demais. Chamei ele por gestos e, ao retirar a chapa de bronze sagrado do forno e colocar na bigorna, falei:

- Preste atenção. Você não vai querer bater no lugar errado e estragar tudo o que você fez. Então, preste atenção nos meus movimentos.

Comecei a demonstrar como achatar uma chapa de metal para o jovem. Primeiro, bati fortemente no meio da chapa, direcionando vagarosamente as batidas para os lados até que a chapa ficasse com a espessura que fosse desejada, no meu caso, uma espessura entre 50mm e 1cm, assim era mais fácil para, quando passar a lixa, a lâmina ficar afiada facilmente. Depois de definir a espessura que queria, era a hora de definir onde ficaria a empunhadura da espada. Isso era definido pelas dobras que eu fazia no metal, o tornando mais espesso naquela região. Era um trabalho árduo e uma das partes mais complicadas da forja de uma arma, afinal era ali que se moldava a base da arma. Ajustei a forma da empunhadura e da lâmina, ficando mais ou menos parecida com o desenho que o homem mandara e resfriei. A "empunhadura" que fizera com o BS era só um ponto de encaixe para o verdadeiro cabo da espada, que seria de aço.

Comecei a moldar o punho da espada com o aço que retirara do forno, de modo a ter a área de encaixe com a lâmina e ficar da mesma forma que o punho da espada desenhada. Assim que terminei, apontando para certos lugares onde o semideus devia prestar atenção na forma, como a parte onde o semideus seguraria, que teria que ser na forma de um cilindro, e a meia lua que moldara no metal, para proteger o dorso da mão do usuário. Resfriei o cabo e passei para a parte de costura da arma. Peguei tiras de couro e as costurei em cima da empunhadura de aço, depois de a ter soldado com a lâmina e resfriado mais uma vez. As leves depressões que eram para ser notadas serviam para maior aderência da mão do possuidor à arma, embora não fossem tão úteis assim. Terminada toda a costura, passei para a pintura da arma, que era a parte mais fácil do processo. Pintando a espada de preto e prata, como estando no desenho, deixei que ela secasse e fui falar com o meio-irmão.

- Além do que eu te apontei para prestar atenção, precisa perguntar alguma coisa?

Assim que a arma secou, a lixei para afiá-la e deixá-la sem imperfeições, e a entreguei para o dono.

- Faça bom uso. - disse.

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Aguardando atualização.