Ficha de Reclamação
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Ficha de Reclamação
Relembrando a primeira mensagem :
Tks Maay from TPO
Fichas de Reclamação
Orientações
Este tópico foi criado para que o player possa ingressar na sua vida como semideus ou criatura mitológica. Esta ficha não é válida sob nenhuma hipótese para os 3 grandes (Hades, Poseidon e Zeus) devendo os interessados para estas filiações fazerem um teste específico, como consta aqui [[Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link]]. Para os demais semideuses, a avaliação é comum - o que não quer dizer que ao postar será aceito. Avaliamos na ficha os mesmos critérios que no restante do fórum, mas fichas comuns exigem uma margem menor de qualidade, mas ainda será observada a coesão, coerência, organização, ortografia e objetividade. Abaixo, a lista de deuses e criaturas disponíveis em ordem alfabética, com as devidas observações.
A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
- História do Personagem
Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.
Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.
Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.
Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.
Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.
Deuses / Criaturas | Tipo de Avaliação |
Afrodite | Comum |
Apolo | Comum |
Atena | Rigorosa |
Ares | Comum |
Centauros/ Centauras | Comum |
Deimos | Comum |
Deméter | Comum |
Despina | Rigorosa |
Dionísio | Comum |
Dríades (apenas sexo feminino) | Comum |
Éolo | Comum |
Eos | Comum |
Espíritos da Água (Naiádes, Nereidas e Tritões) | Comum |
Hades | Especial (clique aqui) |
Hécate | Rigorosa |
Héracles | Comum |
Hefesto | Comum |
Hermes | Comum |
Héstia | Comum |
Hipnos | Comum |
Íris | Comum |
Melinoe | Rigorosa |
Nêmesis | Rigorosa |
Nix | Rigorosa |
Perséfone | Rigorosa |
Phobos | Comum |
Poseidon | Especial (clique aqui) |
Sátiros (apenas sexo masculino) | Comum |
Selene | Comum |
Thanatos | Comum |
Zeus | Especial (clique aqui) |
A ficha
A ficha é composta de algumas perguntas e o campo para o perfil físico e psicológico e a história do personagem e é a mesma seja para semideuses seja para criaturas. O personagem não é obrigado a ir para o Acampamento, mas DEVE narrar na história a descoberta de que é um semideus e sua reclamação. Os campos da ficha são:
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
- História do Personagem
Plágio não será tolerado e, ao ser detectado, acarretará um ban inicial de 3 dias + aviso, e reincidência acarretará em ban permanente. Plágio acarreta banimento por IP.
Aceitamos apenas histórias originais - então, ao usar um personagem criado para outro fórum não só não será reclamado como corre o risco de ser punido por plágio, caso não comprove autoria em 24h. Mesmo com a comprovação a ficha não será aceita.
Fichas com nomes inadequados não serão avaliadas a menos que avisem já ter realizado o pedido de mudança através de uma observação na ficha. As regras de nickname constam nas regras gerais no fórum.
Não é necessário a utilização de template, mas caso opte por fazê-lo, a largura mínima do texto deverá ser de 400px, preferencialmente sem barra de rolagem — caso tenha, a altura deve ter o mesmo tamanho da largura ou maior. Templates que não sigam o disposto farão a ficha ser ignorada, bem como fichas ilegíveis - utilize colorações adequadas no texto.
Lembrando que o único propósito da ficha é a reclamação do personagem. Qualquer item desejado, além da faca inicial ganha no momento de inscrição do fórum e dos presentes de reclamação (adquiridos caso a ficha seja efetivada) devem ser conseguidos in game, através de forjas, mercado, missões e/ou DIY.
- Obs: Somente envie sua ficha UMA vez para cada avaliação. Fichas postadas seguidamente (como double-post) serão desconsideradas, reincidência acarretará em ban de 3 dias + aviso.
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Garota, eu vou pra Califórnia. ♪
Re: Ficha de Reclamação
Ficha de Reclamação
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Héracles. O motivo? Bem, ele é um Deus interessante, blá blá blá, gosto da história dele, blá blá blá, e ele é o Deus que mais combina com a personalidade do Chris. Além disso, já quero ter um filho dele faz um tempo, mas nunca tive ânimo pra fazer a ficha. Hoje, a falta de animação pra qualquer outra coisa me deu inspiração.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris é o típico "adolescente revoltado". É estressado e faz o que for preciso para parecer a pessoa mais forte no lugar em que se encontra. Isso acontece porque, na verdade, ele é um garoto muito solitário. Precisa de ter amigos para mudar isso, mas seu orgulho não deixa ele se aproximar de muita gente. Fica revoltado por qualquer coisa e desconta seu estresse no que estiver na frente (às vezes no travesseiro, como no texto.
Com pele pálida e um cabelo preto, Chris possui uma altura incomum para as pessoas de sua idade e um corpo bem definido. Seus músculos são visíveis e servem para revelar a força que ele tem.
- História do Personagem
Continuo a socar o travesseiro que está no meu colo, descontando toda minha raiva.
- Por que?! Por que?! Porque você fez isso?! - Grito para mim mesmo, sem parar de socar o travesseiro que não tem culpa de nada, mas que foi o foi o objeto que estava mais perto quando percebi a besteira que fiz - Você é um idiota! Isso mesmo, Chris, você é um idiota! Um ridículo! Eu... eu... eu te odeio!
Seguro o travesseiro e depois o jogo contra a parede, enquanto deixo as lágrimas saírem dos meus olhos e escorrerem, molhando o meu rosto. Se eu estivesse perto de alguém, nunca choraria, mas, como estou sozinho, não ligo em demonstrar minha fraqueza. Coloco as pernas sobre a cama e as abraço. Não demoro muito tempo para deitar e dormir para esquecer de tudo. Ou tentar, pelo menos...
- Cara... - ouço uma voz e acordo, assustado. Abro os olhos e, quando eles se adaptam à presença da luz em meu quarto, reconheço o dono da voz: meu único amigo. Eu tinha uma amiga também, ela é incrível, mas fiz uma besteira e ela não quer mais me ver - Que você não era muito organizado eu sabia, mas não precisava dormir na cama enquanto seu travesseiro estava no chão.
Continuo deitado. Não quero levantar. Não quero viver. Eu só quero minha amiga de volta. Pego meu celular, mas só serve para eu ver que todas as trinta mensagens que eu mandei para ela foram ignoradas com sucesso.
- Eu preciso sair daqui o mais rápido possível. Você conhece algum lugar que aceite pessoas como eu: solitárias, que não conhecem um pai, depressivas e extremamente estressadas? - Pergunto. Talvez, com uma mudança, eu consiga esquecer de tudo.
- Pessoas como você? - Ele responde - Se você quer tanto sair daqui, porque não vai para um acampamento?
- Acampamento? - Digo, em tom de deboche - Caso você tenha esquecido, eu não tenho mais cinco anos.
- Eu to falando sério - Tony reclama - Eu conheço um acampamento aqui mesmo. Lá só há jovens como a gente e passamos um tempo lá. Eu já fui, é muito bom. Poderíamos ir juntos. Você sabe que, antes do meu pai morrer - ele diz e vejo uma expressão triste se formar em seu rosto - Ele deixou uma herança que, nem se eu quisesse, eu conseguiria gastar. Posso pagar pra você e pra mim. Também posso conversar com sua mãe para a gente ir.
Reflito sobre a ideia. Ir para um acampamento me parece um tanto quanto sem-graça, mas uma aventura com o meu único amigo e, principalmente, a chance de apagar da memória tudo que eu já fiz de errado.
- Me fale mais sobre esse acampamento.
- Eu poderia até falar, mas se eu te falasse agora, você não iria acreditar - ele responde e eu não entendo direito. Inteligência nunca foi um dos meus pontos fortes - Vai ser mais fácil acreditar vendo. Arruma sua mochila que eu vou lá falar com sua mãe, depois vou para casa pegar umas roupas. Nos vemos daqui a pouco, ok?
- Ok - digo e finalmente me levanto da cama.
- Tchau, mãe - digo e dou um beijo em sua bochecha - Sentirei saudades.
- Eu também, filho, mas você vai voltar.
Me viro e começo a andar, rumo ao tal acampamento. Estou tão estressando que tenho certeza que ouço um "você tem que voltar" sair da boca de minha mãe, como se eu não fosse capaz de voltar. Odeio que me subestimem e pensar isso me deixa um tanto quanto estressado - o que não é nem um pouco raro -, então apenas saio da casa e vou embora, acompanhado por Tony.
Héracles. O motivo? Bem, ele é um Deus interessante, blá blá blá, gosto da história dele, blá blá blá, e ele é o Deus que mais combina com a personalidade do Chris. Além disso, já quero ter um filho dele faz um tempo, mas nunca tive ânimo pra fazer a ficha. Hoje, a falta de animação pra qualquer outra coisa me deu inspiração.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Chris é o típico "adolescente revoltado". É estressado e faz o que for preciso para parecer a pessoa mais forte no lugar em que se encontra. Isso acontece porque, na verdade, ele é um garoto muito solitário. Precisa de ter amigos para mudar isso, mas seu orgulho não deixa ele se aproximar de muita gente. Fica revoltado por qualquer coisa e desconta seu estresse no que estiver na frente (às vezes no travesseiro, como no texto.
Com pele pálida e um cabelo preto, Chris possui uma altura incomum para as pessoas de sua idade e um corpo bem definido. Seus músculos são visíveis e servem para revelar a força que ele tem.
- História do Personagem
Continuo a socar o travesseiro que está no meu colo, descontando toda minha raiva.
- Por que?! Por que?! Porque você fez isso?! - Grito para mim mesmo, sem parar de socar o travesseiro que não tem culpa de nada, mas que foi o foi o objeto que estava mais perto quando percebi a besteira que fiz - Você é um idiota! Isso mesmo, Chris, você é um idiota! Um ridículo! Eu... eu... eu te odeio!
Seguro o travesseiro e depois o jogo contra a parede, enquanto deixo as lágrimas saírem dos meus olhos e escorrerem, molhando o meu rosto. Se eu estivesse perto de alguém, nunca choraria, mas, como estou sozinho, não ligo em demonstrar minha fraqueza. Coloco as pernas sobre a cama e as abraço. Não demoro muito tempo para deitar e dormir para esquecer de tudo. Ou tentar, pelo menos...
[...]
- Cara... - ouço uma voz e acordo, assustado. Abro os olhos e, quando eles se adaptam à presença da luz em meu quarto, reconheço o dono da voz: meu único amigo. Eu tinha uma amiga também, ela é incrível, mas fiz uma besteira e ela não quer mais me ver - Que você não era muito organizado eu sabia, mas não precisava dormir na cama enquanto seu travesseiro estava no chão.
Continuo deitado. Não quero levantar. Não quero viver. Eu só quero minha amiga de volta. Pego meu celular, mas só serve para eu ver que todas as trinta mensagens que eu mandei para ela foram ignoradas com sucesso.
- Eu preciso sair daqui o mais rápido possível. Você conhece algum lugar que aceite pessoas como eu: solitárias, que não conhecem um pai, depressivas e extremamente estressadas? - Pergunto. Talvez, com uma mudança, eu consiga esquecer de tudo.
- Pessoas como você? - Ele responde - Se você quer tanto sair daqui, porque não vai para um acampamento?
- Acampamento? - Digo, em tom de deboche - Caso você tenha esquecido, eu não tenho mais cinco anos.
- Eu to falando sério - Tony reclama - Eu conheço um acampamento aqui mesmo. Lá só há jovens como a gente e passamos um tempo lá. Eu já fui, é muito bom. Poderíamos ir juntos. Você sabe que, antes do meu pai morrer - ele diz e vejo uma expressão triste se formar em seu rosto - Ele deixou uma herança que, nem se eu quisesse, eu conseguiria gastar. Posso pagar pra você e pra mim. Também posso conversar com sua mãe para a gente ir.
Reflito sobre a ideia. Ir para um acampamento me parece um tanto quanto sem-graça, mas uma aventura com o meu único amigo e, principalmente, a chance de apagar da memória tudo que eu já fiz de errado.
- Me fale mais sobre esse acampamento.
- Eu poderia até falar, mas se eu te falasse agora, você não iria acreditar - ele responde e eu não entendo direito. Inteligência nunca foi um dos meus pontos fortes - Vai ser mais fácil acreditar vendo. Arruma sua mochila que eu vou lá falar com sua mãe, depois vou para casa pegar umas roupas. Nos vemos daqui a pouco, ok?
- Ok - digo e finalmente me levanto da cama.
[...]
- Tchau, mãe - digo e dou um beijo em sua bochecha - Sentirei saudades.
- Eu também, filho, mas você vai voltar.
Me viro e começo a andar, rumo ao tal acampamento. Estou tão estressando que tenho certeza que ouço um "você tem que voltar" sair da boca de minha mãe, como se eu não fosse capaz de voltar. Odeio que me subestimem e pensar isso me deixa um tanto quanto estressado - o que não é nem um pouco raro -, então apenas saio da casa e vou embora, acompanhado por Tony.
- Observações:
- 1: Caso não tenha dado pra ver, estou bolado comigo mesmo porque fiz besteira e usei isso pra me inspirar em um texto;
2: Caso não tenha dado pra ver², o Tony é o sátiro que levou o Chris pro Acampamento. A história é que ele contou sobre o lance dos deuses gregos no caminho e é isso aí;
3: O fato de o sátiro ter uma herança muito grande é mentira, mas a viagem dos dois foi "bancada" pelo Quíron e essa foi a desculpa que o sátiro usou para falar que Chris não precisaria pagar;
4: Desculpe pelos prováveis erros de ortografia, mas é que eu não to com paciência pra revisar e espero que entenda isso.
Créditos à Jake L. Dwyer pelo template
Ethan Slowan
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Re: Ficha de Reclamação
Ate um dia, Paizão!
Nêmesis, os motivos que me levaram a escolher tal maternidade vem do próprio equilíbrio da Deusa, já que a mesma alem da vingança representa a balança que pesa para ambos os lados, ninguém pode ser completamente mau ou 100% bom. Ajudando bastante no caráter do personagem já que será as situações vividas em on que o levaram a pesar sua balança para algum lado.
Físicas: Um garoto normal, de estatura mediana, porte físico esguio. Com uma marca nas costa, devido a uma queda quando bebe.
Psíquicas: Observador, critico, tímido..Guarda um, grande recentemente por ambos os pais. Mais ligados aos amigos que cria na rua, do que os que aparecem em casa. Vivendo em um mundinho de luxo, ate quando decidiu fugir e deixar tudo para trás.
O jipe Commander está estacionado longe dali, embora dentro da propriedade dos Lenski. Mack conduz a garota por entre as árvores e uma cabana toma forma. Restam poucos metros para chegar até lá quando a garota interrompe o passo.
- Para onde estamos indo? – Ela pergunta um pouco insegura.
- Logo você verá. – Ele diz ansioso, um sorriso safado estampado na cara. Puxando-a pela mão, continua a guiá-la até o lugar. A caminhada até lá é vagarosa e alguns instantes depois os dois entram na cabana.
Ligeiramente aproximando-se dela, começa a percorrer toda a extensão de seu corpo com as mãos. Nos olhos dos dois via-se um fogo vívido, pronto para ser cessado. Mack começa a despi-la, a princípio calmo, em seguida mais depressa. Restando apenas uma camada de tecido, ele a ergue e ela cruza suas pernas em volta da cintura dele. Beijando-a calorosamente, ele passa mãos pelo tecido buscando o término dele. Tira-o de uma só vez. Ela faz o mesmo com a sua camisa, ajudando-o. Carrega-a até a cama e, sobre ela, segue uma trilha de beijos até sua barriga. Tirando a camisa e a calça, avança até a garota com mais fervor. Ele a puxa pelos cabelos, exaltado, e morde levemente seus lábios. A garota geme com o contato e se entrega definitivamente a Mack no ápice daquela noite, o prazer carnal tomando todo o controle dos corpos.
Algumas horas depois que a garota adormece, Mack busca por suas roupas no chão sem fazer barulho, andando a passos furtivos e calmos. Com um sorriso no rosto, como sempre esbanja quando consegue o que quer, sai porta afora. Estava escuro, mas sabia o caminho até o carro, uma vez que já levara muitas de suas ‘conquistas por uma noite’ à cabana.
Após consultar o celular para saber as horas, entra no carro e dá a partida, mas o carro não reage ao comando. Pensando que fosse problema com o motor, abre o capô do carro. Merda. Ainda com o capô levantado, limitando sua visão, sente-se incomodado, como se algo – ou alguém – o estivesse vigiando de não muito longe de onde estava. Com calma, ele abaixa o capô, seu corpo se preparando para o pior.
O incômodo só piora, deixando-o irritado. Virando-se, se depara com um homem. Este lhe acerta um soco seguido de outro. Antes que o homem desse o soco seguinte, se esquiva, dá meia volta e chuta as costas dele.
O homem cai no chão e Mack o segura pela gola, e vira-o para encará-lo. Desfere vários socos contra a face do estranho e logo em seguida chuta-o. O homem gargalha enquanto outro se aproxima, em silêncio que é empurrado. Querem brincar de quem apanha mais? Então estou dentro. O jogo termina quando eu acabar com a raça dos dois. O homem que acabara de chegar mira, a punhos cerrados, que os detém. O homem era duas vezes mais forte, tinha a vantagem de ser mais esguio, portanto mais ágil. Agachando-se, Mack acerta-o em cheio na barriga com os cotovelos. Para finalizar, junta os braços por cima das costas curvadas do homem, atingindo-o na parte superior.
Mack observa-o cair e bate a cabeça do mesmo no chão duas vezes, deixando-o desacordado. Ofegante, volta a ficar em pé e está pronto para dar meia volta quando sente o cano de uma arma em sua nuca.
- Vire-se ou... – O homem exige. Rapidamente, nota que já ouvira a voz dele alguma outra vez. Mas ignora a súbita familiaridade, sua teimosia falando mais alto.
- Ou? –Mack desafia.
O homem, impaciente, vira-o encara com olhos furiosos o cara a sua frente. Olha em volta e vê os outros dois nocauteados no chão. O revólver estava apontado diretamente para sua testa. A última coisa que vê é o esboço de um sorriso do homem a sua frente, antes de levar uma coronhada na cabeça e sua mente ser tomada pela escuridão.
Abre os olhos ouvindo o som de algum tipo de máquina. Com seus sentidos voltando ao normal, sente algo sobre sua cabeça: o seu cabelo estava sendo raspado. Além disso, seus pulsos estavam amarrados em uma cadeira, um braço de cada lado. Seus pés também se encontravam amarrados.
- Quem são vocês? – Mack pergunta sem medo algum em sua voz.
- A pergunta certa é o que vamos fazer com você. – A resposta não vinha da pessoa que há segundos atrás raspava seu cabelo, mas de alguém acima dele.
- A que devo a honra de tal tratamento, nobres companheiros? – O sarcasmo escancarado na forma como fala.
- Mack, Mack , Mack– A voz, calma, se aproximava à medida que alguém descia uma escada. Mack fica surpreso com o fato de ouvir seu nome ser pronunciado. Conheço esse cara? Essa voz parece-me familiar, mas não me vem ninguém a cabeça. – Se eu contasse a você... Não teria a mínima graça.
- Quer graça? Soube que tem um circo novo em Moscou. –dispara. Os passos se aproximando cada vez mais.
- Muito engraçado, meu caro Mack .
O homem para. Nathan intui que ele está a menos de três ou dois metros de onde a cadeira se encontra.
- Você deu um belo show lá, Mack , eu admito.
- Em proporções de três para um eu realmente mandei bem. – Recorda-se de sua última lembrança antes de acordar ali – Espera. Você é o babaca do revólver, não é?
Ele solta uma risada antes de responder Mack. – Ya. – Ele confirma. – Algum problema com isso?
- Ah, não, nenhum. E você?
- Eu? Por que eu teria algum problema?
- Porque vou quebrar sua cara, talvez por isso. O que acha? – Mack dispara, novamente, em tom de ameaça.
O homem aparece em sua frente e golpeia a socos. – Você é muito arrogante, garoto. Vamos te ensinar uma lição. – O homem diz, dando mais um soco, dessa vez um soco certeiro no olho direito de Mack, que lhe dirige um olhar desafiador. - Nosso chefe lhe mandou um recado. – E desfere mais um golpe, o qual, dessa vez, deixa inconsciente.
- Já viu algo parecido com isso, garoto? – O homem pergunta mostrando-lhe um objeto e, em seguida, crava as pontas do mesmo objeto no peito de Mack, que grita de dor, pois além de perfurar a pele, o objeto libera choques elétricos.
- Agora estamos apresentados. – Responde com a dor entrecortando sua voz.
- Ótimo. Isto vai ser meu amigo pelos próximos dias. – O torturador esbanja um riso enorme ao dizer.
- Acha mesmo que está no controle? Escute, quando eu sair daqui, venho atrás de você e uso seu amiguinho aí para te fazer sofrer. Você vai pedir misericórdia, vai desejar que eu o mate, o que, com todo prazer, eu farei.
O homem só o observa, o que é estranho. Mack não se cala, continua a ameaçá-lo. – Covarde! Sabe que se me soltar ganho de você. Solte-me para resolvermos isso de forma justa! Ou isso... Ou...
- OU O QUÊ? Você realmente acha que não estou no controle, caro Mack? – Grita o homem, cujas mãos apertavam forte o pescoço, que não se apavora; pelo contrário, seus punhos enrijecem, querendo socar o homem a sua frente.
- Acho que você não está no controle. Quer que eu repita? –Mack, desdenhando, ri.
- Sim, eu estou no controle. Cale-se, moleque! – E dá-lhe uma pancada com o objeto na região das têmporas, dessa vez com muita força.
Mack sente o sangue escorrer até seus lábios, lambe-os. As palavras do homem não lhe causam nenhum tipo de medo. – Covarde. – Sibila um tanto alto para que possa ser ouvido.
Mais uma vez, o modo atrevido e seguro de Mack colocam-no na pior, leva mais golpes no peito com o objeto e, consequentemente, mais choques. Ele resiste durante muito tempo, mas, em um determinado momento, não aguenta demasiada dor e desmaia.
O galpão que aprisiona é grande, mas nenhuma janela fica a disposição dele para que ao menos o menor raio solar lhe permita saber quantos dias já se passaram. Não estava com medo. Estava agoniado por estar ali sem comer, sem beber e sem socar a cara dos seus agressores. Pior: estava agoniado pela abstinência de seu prazer de todos os dias. Ainda não teve oportunidade de sair dali, nem está com tanta pressa. Quer fugir de um jeito ou de outro, claro, mas tem que calcular suas possibilidades antes de agir: Para qual lado há algum tipo de saída? Quantos homens estão ali? São as perguntas mais freqüentes em sua cabeça. Além disso, é vigiado por alguns dos homens a todo tempo (a cada determinado instante os guardas são trocados de turnos), precisa despistá-los para que possa se soltar das amarras.
Até que a oportunidade que tanto esperava bate à sua porta. O “babaca do revólver” recebeu uma ligação do tal chefe há 15 minutos e pareceu ser urgente, pois o homem saiu às pressas. No galpão, os vigias correm apressados, mas sem tirarem os olhos dele, de um lado para o outro. Parece que algo deu errado em algum lugar por aí. Ri. Ou... Será que o chefão vai dar as caras por aqui? Ora, ora.
Assim que um dos vigias passa por trás, este impulsiona a cadeira, caindo exatamente em cima do homem. Furioso, o vigia se livra do peso em seguida abaixa-se para levantar a cadeira onde Mack está sentado. Bingo.Mack dá uma cabeçada no homem, que cai no chão. Movimentando-se para mais perto do cara caído, ele vibra mentalmente por sua sorte: uma faca está pendurada no lado esquerdo do cinto do vigia. Impulsionando-se, pega a faca com a boca e a solta perto.
Arrastando-se, seus braços doloridos, consegue colocá-la em mãos. Girando-a entre os dedos, serra a parte de baixo das amarras. Mais rápido Mack. A hora da troca de turnos estava próxima. Falta pouco, falta pouco... Quase lá... Isso! Ele se livra da corda e começa a serrar a outra. Em seguida segue para os pés. Quando termina, coloca-se de pé, aliviado. Preciso agir rápido.Corre em direção à escada, mas para assim que ouve um dos vigias ao telefone, falando com o que parece ser o tal chefão.
– Sim, senhor Ivanov, está tudo sob controle. Seu filho continua amarrado conforme o senhor pediu.
- Seu desgraçado! –Mack não percebe que disse isso alto demais. O nome do pai o desperta ódio e toda raiva e rancor que sente são liberados em forma de adrenalina. Ele toma o celular do homem e usa a faca, a mesma que usou para se soltar, para feri-lo. Como se soasse um sinal de alerta vermelho, os outros vigias aparecem e Mack se prepara para lutar. Aplicando sucessivos golpes com a faca, acerta um deles na perna. Menos um. Os outros não se acovardam, mas Mack sente certo medo vindo deles. Deslizando por baixo das pernas do vigia mais alto, fere este nas costas e acerta em cheio a barriga do outro à frente. Restam apenas quatro. Os quatro, então, decidem atacar juntos. Mack, ainda sem se levantar, pega as facas dos guardas que estavam ao chão e mira-as em direção aos dois dos guardas que se aproximavam. Acertando-os, se levanta e corre até os outros dois que restam. Leva um murro, mas recompõe-se rápido. Derruba o primeiro pelos cotovelos e passa uma rasteira no segundo, cravando a faca na barriga do mesmo. O outro se levanta, mas é surpreendido com um soco certeiro de Mack . Por que diabos ninguém tem uma arma de fogo aqui? Idiotas. Ofegante, procura nas gavetas por alguma coisa mais letal. Encontra um revólver, o mesmo que fora apontado para ele perto da cabana, o coloca na cintura e percorre todo o galpão a procura de uma saída. Demora em encontrar uma porta que o leve para o lado de fora.
Finalmente quando sai, corre a toda velocidade para o mais longe dali. O galpão se localizava no ponto mais frio de Moscou, Mack constatou vendo as grossas camadas de gelo. Verificando se mais algum homem apareceria para tentar detê-lo, seus olhos avistam o jipe a pouquíssimos metros dali. Corre até lá. A porta do carro estava destrancada. Que beleza! Fazendo uma ligação direta, uma vez que não estava com a chave do seu carro, acelera rumo à mansão, suas mãos ansiando esmurrar a cara de Ivan, um monstro a quem ele chamava de pai.
- Adendo:
- Optei por não colocar cor nas falas, porque acabaria ficando colorido demais
Zyah Montagner
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Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
Christian Arryn — Reclamado por Héracles
Olha, pra começar, gostaria de comentar uma coisa: sua ficha me lembrou muito um amigo. Mas enfim, sejamos profissionais.
As coisas ficaram resumidas, okay. Mas, no fim das contas, você mereceu a aprovação. Não tenho muito o que comentar; apesar da simplicidade, você conseguiu me prender à leitura. E, para finalizar, você escreve bem. Não encontrei erros de coerência, ortografia ou coesão e fluidez. No mais, parabéns!
Olha, pra começar, gostaria de comentar uma coisa: sua ficha me lembrou muito um amigo. Mas enfim, sejamos profissionais.
As coisas ficaram resumidas, okay. Mas, no fim das contas, você mereceu a aprovação. Não tenho muito o que comentar; apesar da simplicidade, você conseguiu me prender à leitura. E, para finalizar, você escreve bem. Não encontrei erros de coerência, ortografia ou coesão e fluidez. No mais, parabéns!
Mack Lenski — Reprovado
Então, garanhão... eu realmente quis te aprovar, sério. Você bem, também não encontrei erros de ortografia na tua ficha. Teu erro foi a incoerência.
Quando li a história, achei que seu personagem fosse o Rambo. Primeiramente, lembre-se que ele é um meio-sangue, não um deus; ainda tem a metade humana. Além disso, ele não sabe que é um semideus, é nível 1, sem poderes e armas. Seria meio improvável lutar contra três caras e sair no lucro. Depois ser sequestrado e torturado, perfurado, levar choque e ser espancado, sem comida e água por um bom tempo e continuar de boa, pra logo depois - ainda preso - nocautear mais um, se soltar, bater em outros seis (sendo que nenhum ali tinha uma arma para te deter) e no final fugir num carro que tinha as portas abertas.
Bem, me desculpe se fui grosseiro, mas isso ficou bem exagerado. Mas, como disse, você escreve bem. Se corrigir isso, creio que futuramente será aprovado.
Então, garanhão... eu realmente quis te aprovar, sério. Você bem, também não encontrei erros de ortografia na tua ficha. Teu erro foi a incoerência.
Quando li a história, achei que seu personagem fosse o Rambo. Primeiramente, lembre-se que ele é um meio-sangue, não um deus; ainda tem a metade humana. Além disso, ele não sabe que é um semideus, é nível 1, sem poderes e armas. Seria meio improvável lutar contra três caras e sair no lucro. Depois ser sequestrado e torturado, perfurado, levar choque e ser espancado, sem comida e água por um bom tempo e continuar de boa, pra logo depois - ainda preso - nocautear mais um, se soltar, bater em outros seis (sendo que nenhum ali tinha uma arma para te deter) e no final fugir num carro que tinha as portas abertas.
Bem, me desculpe se fui grosseiro, mas isso ficou bem exagerado. Mas, como disse, você escreve bem. Se corrigir isso, creio que futuramente será aprovado.
Atualizado!
Alaric L. Morningstar
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Hollywood Hills, LA.
Re: Ficha de Reclamação
TESTE DE RECLAMAÇÃO
Filho de Héracles
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Desejo ser reclamado por Héracles. Porque eu gosto muito dele, no caso, como herói, os seus doze trabalhos e a inimizade dele com a deusa Hera só mostra o quão ele é valente. E também, analisei um pouco melhor e talvez ser filho de Héracles seja melhor para meu personagem.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Físicas - Sarab é magro, mas ainda assim seus músculos são aparentes. Ele tem cerca de 73kg e 1,74m de altura. Seus cabelos são louros, olhos castanhos, pele clara. Tem algumas tatuagens e várias cicatrizes pelo corpo. E não tem metade do dedo anelar.
Psicológicas - Sarab é um ninguém, exatamente isso. Ele não tem pensamentos além da sua própria sobrevivência, sente saudades de sua mãe e talvez o único sentimento que ele tenha seja o da vingança, para ir atrás dos que a mataram. Viveu nas ruas de Jerusalém desde de pequeno, correndo de policiais e mafiosos, roubando e sobrevivendo. Mas dentro de si ele tem um assassino, ganancioso, egoísta.
- História do Personagem
Sarab olhava mais uma vez o nada, ao seu redor a cidade de Jerusalém continuava a sua rotina mas para o órfão crescido naquelas ruas, nada mais importava a não ser o nada. A dias estava sem comida já que os seus furtos não estavam mais surtindo efeito algum, já que a polícia o tinha prendido na noite anterior e segundo o delegado: "A Mossad está de olho em você, Sarab Ibn-Salim". Aquilo tinha preocupado o garoto por alguns momentos, porque a Mossad estaria de olho nele? O máximo que sua ficha consistia era roubos e furtos, além de porte de arma. Mas nada que chamasse a atenção da Agência de Inteligência Israelita. A fome tirou o menino de seus devaneios, ele precisava comer alguma coisa e talvez depois fosse atrás de algumas respostas. Sarab pulou do telhado onde estava rolando ao se aproximar do chão para que sofresse com o impacto, ficando de pé limpou um pouco a poeira de suas roupas surradas e levando a mão até sua cintura verificando se sua faca estava ali além da da pistola.
Sarab começou a andar na direção da feira pegando sempre ruas secundárias, para que não se esbarrasse com a polícia mais uma vez naquela semana. E ai que sua vida mudou completamente. Estava na terceira esquina quando avistou um homem ser pego por outros dois homens, e pela visão rápida de Sarab reconheceu os sujeitos sendo da Mossad. Porque de repente a Mossad estava tão ativa? A mão de Ibn-Salim foi até sua pistola a sacando e se colocando em posição de ataque, andando calmamente para de trás de um lixo perto suficiente para poder ouvir o que os sujeitos diziam. Os sons até aquele momento era apenas de socos e chutes, na qual supostamente estavam diferidos no homem pego pelos agentes.
- Me diga onde Sarab Ibn-Salim está! Sabemos que você vendeu a arma para ele mais cedo. - Disse a voz de um homem um tanto grossa. Mais sons de dor foram escutados pelo garoto, que já estava ficando agoniado sabendo agora que os caras estavam atrás dele. Ele precisava sair dali o mais rápido possível.
Dessa forma começou a dar passos para trás, calmamente para que não fizesse nenhum som, só que infelizmente seu pé bateu em uma lata vazia que estava ali. Sua mão se levantou instantaneamente saindo de onde estava para ficar de pé apontando a arma para os sujeitos e a cena que ele viu era muito feia. O homem que havia vendido aquela arma estava todo ensaguentado no chão enquanto os homens engravatados encaravam Sarab com sorrisos nos lábios. Eles vestiam terno completo, além de usarem óculos escuros, a pele de ambos era morena além de serem quase do mesmo tamanho que o garoto.
- Olha só, o filho de Héracles resolveu aparecer. - Disse o cara da direita, fazendo com que Sarab percebesse que a voz era a mesma que havia falado antes que estavam procurando por ele. A confusão no rosto do garoto era aparente, o que ele queria dizer com filho de Héracles?
- Quem diabos é Héracles? - Perguntou Sarab apontando a arma pro rosto de quem havia falado. Os homens deram risadas puxando espadas das costas, como aquelas espadas estavam ali?
- O filho de Zeus, Deus da força. Seu pai. Vai me dizer que Lian não te disse isso? Sua mãe era muito idiota mesmo, tendo um filho como você e nem ao menos o treinou. Mas sua morte está chegando, antes que você causa problemas. - Disse o outro homem que estava com duas cimitarras, sorrindo de uma forma completamente sanguinária. Toda aquela informação estava deixando o garoto chocado, mas ele não tinha muita coisa para fazer naquele momento a não ser fugir e tentar compreender o que haviam lhe dito. - Vamos acabar com isso.
Assim os dois agentes Mossad atacaram ao mesmo tempo o garoto que começou a fazer disparos com a pistola, atingindo o homem da direita no pescoço e no peito, mas o que havia dado toda aqueles informações chocantes atacou o garoto com a espada e a agilidade do menino apenas fez com que ele desviasse do primeiro golpe, já que o segundo atingiu seu ombro esquerdo atravessando o mesmo o jogando no chão.
- Que fácil, seu merda. Meu pai, Ares, ficará muito orgulhoso de mim. - Disse o agente dando uma risada enquanto Sarab gritava tamanha era a dor que estava sentindo. A espada do agente desceu novamente na direção da sua perna apenas para causar mais dor e isso realmente aconteceu, já que Ibn-Salim gritava muito neste momento perdendo seus sentidos aos poucos. Só que antes de apagar, mais informações chegaram ao seu cérebro e como ele iria apagar, talvez desse para compreender tudo que aconteceu.
Uma flecha se projetou no pescoço do filho de Ares fazendo com que este caísse para trás. Quem lançou a flecha adentrou na área de visão de Sarab segundos depois, este vestia vestes pretas, além de um capuz e uma máscara de um tigre em seu rosto. Na sua mão estava um arco longo composto, nas costas uma aljava de flechas negras e na cintura uma cimitarra. Este se ajoelhou para perto do garoto, levando a mão rapidamente a uma bolsinha na sua perna, pegando algumas ervas e dando na boca de Sarab.
- Coma Sarab, você logo estará bem. Estamos indo para casa, a casa de sua mãe.
E assim, Sarab Ibn-Salim perdeu seus sentidos.
Desejo ser reclamado por Héracles. Porque eu gosto muito dele, no caso, como herói, os seus doze trabalhos e a inimizade dele com a deusa Hera só mostra o quão ele é valente. E também, analisei um pouco melhor e talvez ser filho de Héracles seja melhor para meu personagem.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Físicas - Sarab é magro, mas ainda assim seus músculos são aparentes. Ele tem cerca de 73kg e 1,74m de altura. Seus cabelos são louros, olhos castanhos, pele clara. Tem algumas tatuagens e várias cicatrizes pelo corpo. E não tem metade do dedo anelar.
Psicológicas - Sarab é um ninguém, exatamente isso. Ele não tem pensamentos além da sua própria sobrevivência, sente saudades de sua mãe e talvez o único sentimento que ele tenha seja o da vingança, para ir atrás dos que a mataram. Viveu nas ruas de Jerusalém desde de pequeno, correndo de policiais e mafiosos, roubando e sobrevivendo. Mas dentro de si ele tem um assassino, ganancioso, egoísta.
- História do Personagem
Sarab olhava mais uma vez o nada, ao seu redor a cidade de Jerusalém continuava a sua rotina mas para o órfão crescido naquelas ruas, nada mais importava a não ser o nada. A dias estava sem comida já que os seus furtos não estavam mais surtindo efeito algum, já que a polícia o tinha prendido na noite anterior e segundo o delegado: "A Mossad está de olho em você, Sarab Ibn-Salim". Aquilo tinha preocupado o garoto por alguns momentos, porque a Mossad estaria de olho nele? O máximo que sua ficha consistia era roubos e furtos, além de porte de arma. Mas nada que chamasse a atenção da Agência de Inteligência Israelita. A fome tirou o menino de seus devaneios, ele precisava comer alguma coisa e talvez depois fosse atrás de algumas respostas. Sarab pulou do telhado onde estava rolando ao se aproximar do chão para que sofresse com o impacto, ficando de pé limpou um pouco a poeira de suas roupas surradas e levando a mão até sua cintura verificando se sua faca estava ali além da da pistola.
Sarab começou a andar na direção da feira pegando sempre ruas secundárias, para que não se esbarrasse com a polícia mais uma vez naquela semana. E ai que sua vida mudou completamente. Estava na terceira esquina quando avistou um homem ser pego por outros dois homens, e pela visão rápida de Sarab reconheceu os sujeitos sendo da Mossad. Porque de repente a Mossad estava tão ativa? A mão de Ibn-Salim foi até sua pistola a sacando e se colocando em posição de ataque, andando calmamente para de trás de um lixo perto suficiente para poder ouvir o que os sujeitos diziam. Os sons até aquele momento era apenas de socos e chutes, na qual supostamente estavam diferidos no homem pego pelos agentes.
- Me diga onde Sarab Ibn-Salim está! Sabemos que você vendeu a arma para ele mais cedo. - Disse a voz de um homem um tanto grossa. Mais sons de dor foram escutados pelo garoto, que já estava ficando agoniado sabendo agora que os caras estavam atrás dele. Ele precisava sair dali o mais rápido possível.
Dessa forma começou a dar passos para trás, calmamente para que não fizesse nenhum som, só que infelizmente seu pé bateu em uma lata vazia que estava ali. Sua mão se levantou instantaneamente saindo de onde estava para ficar de pé apontando a arma para os sujeitos e a cena que ele viu era muito feia. O homem que havia vendido aquela arma estava todo ensaguentado no chão enquanto os homens engravatados encaravam Sarab com sorrisos nos lábios. Eles vestiam terno completo, além de usarem óculos escuros, a pele de ambos era morena além de serem quase do mesmo tamanho que o garoto.
- Olha só, o filho de Héracles resolveu aparecer. - Disse o cara da direita, fazendo com que Sarab percebesse que a voz era a mesma que havia falado antes que estavam procurando por ele. A confusão no rosto do garoto era aparente, o que ele queria dizer com filho de Héracles?
- Quem diabos é Héracles? - Perguntou Sarab apontando a arma pro rosto de quem havia falado. Os homens deram risadas puxando espadas das costas, como aquelas espadas estavam ali?
- O filho de Zeus, Deus da força. Seu pai. Vai me dizer que Lian não te disse isso? Sua mãe era muito idiota mesmo, tendo um filho como você e nem ao menos o treinou. Mas sua morte está chegando, antes que você causa problemas. - Disse o outro homem que estava com duas cimitarras, sorrindo de uma forma completamente sanguinária. Toda aquela informação estava deixando o garoto chocado, mas ele não tinha muita coisa para fazer naquele momento a não ser fugir e tentar compreender o que haviam lhe dito. - Vamos acabar com isso.
Assim os dois agentes Mossad atacaram ao mesmo tempo o garoto que começou a fazer disparos com a pistola, atingindo o homem da direita no pescoço e no peito, mas o que havia dado toda aqueles informações chocantes atacou o garoto com a espada e a agilidade do menino apenas fez com que ele desviasse do primeiro golpe, já que o segundo atingiu seu ombro esquerdo atravessando o mesmo o jogando no chão.
- Que fácil, seu merda. Meu pai, Ares, ficará muito orgulhoso de mim. - Disse o agente dando uma risada enquanto Sarab gritava tamanha era a dor que estava sentindo. A espada do agente desceu novamente na direção da sua perna apenas para causar mais dor e isso realmente aconteceu, já que Ibn-Salim gritava muito neste momento perdendo seus sentidos aos poucos. Só que antes de apagar, mais informações chegaram ao seu cérebro e como ele iria apagar, talvez desse para compreender tudo que aconteceu.
Uma flecha se projetou no pescoço do filho de Ares fazendo com que este caísse para trás. Quem lançou a flecha adentrou na área de visão de Sarab segundos depois, este vestia vestes pretas, além de um capuz e uma máscara de um tigre em seu rosto. Na sua mão estava um arco longo composto, nas costas uma aljava de flechas negras e na cintura uma cimitarra. Este se ajoelhou para perto do garoto, levando a mão rapidamente a uma bolsinha na sua perna, pegando algumas ervas e dando na boca de Sarab.
- Coma Sarab, você logo estará bem. Estamos indo para casa, a casa de sua mãe.
E assim, Sarab Ibn-Salim perdeu seus sentidos.
- Observação:
- Desculpe se ficou muito longo mais uma vez. Eu tentei ser o mais coerente possível, mas como Sarab não tem muitos sentimentos é um tanto estranho falar dele. Thanks.
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Sarab Ibn-Salim
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Em alguma parte do mundo
Re: Ficha de Reclamação
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Afrodite. É a deusa que mais se adapta com a trama do meu personagem.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Ruivo e de olhos azuis penetrantes, Lorde Thomas Anthony Fairchild é um jovem esguio e bem-nascido. Apesar de aparentar ser autoconfiante, é um jovem solitário que tem um péssimo relacionamento com os pais (o que acarretou sua fuga de casa). É inteligente, mas não se esforça muito. Seus músculos bem torneados, mostram suas características mais marcantes: sedutor e belo.
- História do Personagem
Salvá-la. Era somente nisso que eu pensava.
Estávamos correndo em uma floresta. Daisy, com a perna direita quebrada, apoiava-se em mim. Meu casaco estava enrolado sobre sua perna para não deixar o ferimento exposto. O que era quase que nada devido à forte chuva.
- Argh! – Gemia ela, cada vez que dava um passo.
- Aguente firme Daisy, estamos quase chegando. – Supliquei. Onde estávamos, podíamos ouvir os barulhos e grunhidos das criaturas que nos caçavam, cada vez mais altos. Nossas roupas já estavam pesadas devido ao excesso de água da chuva, de modo que nos retardava.
- Deixei-me aqui, Tom. Por favor! – Disse Daisy parando e se sentando em um tronco caído. - Eu não suporto mais andar – Continuou. – Você morrerá se não me deixar aqui. – Sua voz era vacilante, mas tinha, uma verdade que eu não suportava admitir. Me agachei e a beijei - Nunca, vou deixa-la. Nunca. – Comecei a piscar também. A frustação era grande.
Agachei e olhei para seu ferimento novamente. Havia pus em toda parte e o talho era grande. Uma lança venenosa de dracena havia a atingido em cheio. Apesar disso, Daisy não era a única ferida, eu também tinha vários hematomas e ferimentos espalhados pela pele. Contudo, eram de outros monstros e não garantiam perigo iminente. Comecei a olhar para todos os lados sem saber o que fazer. Apesar da noite, avistei algo ao longe. Campos de Morango sobre a luz do luar.
Comecei a me levantar e carregá-la.
- Por favor, Tom – suplicou ela enquanto eu a pegava pelas pernas e a carregava – Isto o deixará lento – pestanejou – minha perna está sagrando muito. O veneno... – disse vacilante - Eu não sobreviverei.
- Vai, sim. – Comecei a andar com ela em meus braços - O acampamento está perto. Eu te salvarei, eu juro. - O medo de perder Daisy me fez andar com todas as minhas forças! Quando cheguei a colina, meus membros estavam mais cansados do que nunca. Ofegante, parei sentando-me com ela na grama.
- Thomas... – disse ela, sem forças. – Eu não posso... – ela estava muito pálida. A corrida e o ferimento devem tê-la a cansado. Meus olhos começaram a arder. A chuva fazia meus cabelos ruivos grudarem na testa.
- Um último beijo? – Disse ela.
Por um momento não existiu mais nada. Os monstros, o Acampamento, os Deuses, nossos pais... só ela e eu. Eu amava Daisy, e não queria perde-la. Abracei-a forte a beijei e a observei partir em meus braços, dormindo para sempre. Comecei a chorar convulsivamente. Agora, não tinha o porquê fugir. Havia perdido tudo! Sentir o gosto de bile na minha boca e uma massa subiu minha garganta e comecei a vomitar. Iria esperar os Monstros.
Minha visão começou a ficar turva quando percebi uma sombra próxima a mim. Limpei meus olhos e vi um garoto jovem, com uma armadura maior que a dele.
Ouvi-o gritar Patrulha, achei um meio-sangue! Patrulha!
Tudo ficou turvo, até que por fim, desmaiei.
Afrodite. É a deusa que mais se adapta com a trama do meu personagem.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Ruivo e de olhos azuis penetrantes, Lorde Thomas Anthony Fairchild é um jovem esguio e bem-nascido. Apesar de aparentar ser autoconfiante, é um jovem solitário que tem um péssimo relacionamento com os pais (o que acarretou sua fuga de casa). É inteligente, mas não se esforça muito. Seus músculos bem torneados, mostram suas características mais marcantes: sedutor e belo.
- História do Personagem
Salvá-la. Era somente nisso que eu pensava.
Estávamos correndo em uma floresta. Daisy, com a perna direita quebrada, apoiava-se em mim. Meu casaco estava enrolado sobre sua perna para não deixar o ferimento exposto. O que era quase que nada devido à forte chuva.
- Argh! – Gemia ela, cada vez que dava um passo.
- Aguente firme Daisy, estamos quase chegando. – Supliquei. Onde estávamos, podíamos ouvir os barulhos e grunhidos das criaturas que nos caçavam, cada vez mais altos. Nossas roupas já estavam pesadas devido ao excesso de água da chuva, de modo que nos retardava.
- Deixei-me aqui, Tom. Por favor! – Disse Daisy parando e se sentando em um tronco caído. - Eu não suporto mais andar – Continuou. – Você morrerá se não me deixar aqui. – Sua voz era vacilante, mas tinha, uma verdade que eu não suportava admitir. Me agachei e a beijei - Nunca, vou deixa-la. Nunca. – Comecei a piscar também. A frustação era grande.
Agachei e olhei para seu ferimento novamente. Havia pus em toda parte e o talho era grande. Uma lança venenosa de dracena havia a atingido em cheio. Apesar disso, Daisy não era a única ferida, eu também tinha vários hematomas e ferimentos espalhados pela pele. Contudo, eram de outros monstros e não garantiam perigo iminente. Comecei a olhar para todos os lados sem saber o que fazer. Apesar da noite, avistei algo ao longe. Campos de Morango sobre a luz do luar.
Comecei a me levantar e carregá-la.
- Por favor, Tom – suplicou ela enquanto eu a pegava pelas pernas e a carregava – Isto o deixará lento – pestanejou – minha perna está sagrando muito. O veneno... – disse vacilante - Eu não sobreviverei.
- Vai, sim. – Comecei a andar com ela em meus braços - O acampamento está perto. Eu te salvarei, eu juro. - O medo de perder Daisy me fez andar com todas as minhas forças! Quando cheguei a colina, meus membros estavam mais cansados do que nunca. Ofegante, parei sentando-me com ela na grama.
- Thomas... – disse ela, sem forças. – Eu não posso... – ela estava muito pálida. A corrida e o ferimento devem tê-la a cansado. Meus olhos começaram a arder. A chuva fazia meus cabelos ruivos grudarem na testa.
- Um último beijo? – Disse ela.
Por um momento não existiu mais nada. Os monstros, o Acampamento, os Deuses, nossos pais... só ela e eu. Eu amava Daisy, e não queria perde-la. Abracei-a forte a beijei e a observei partir em meus braços, dormindo para sempre. Comecei a chorar convulsivamente. Agora, não tinha o porquê fugir. Havia perdido tudo! Sentir o gosto de bile na minha boca e uma massa subiu minha garganta e comecei a vomitar. Iria esperar os Monstros.
Minha visão começou a ficar turva quando percebi uma sombra próxima a mim. Limpei meus olhos e vi um garoto jovem, com uma armadura maior que a dele.
Ouvi-o gritar Patrulha, achei um meio-sangue! Patrulha!
Tudo ficou turvo, até que por fim, desmaiei.
- ADENDOS::
Bem, eu decidir colocar na ficha um dos acontecimentos mais marcantes da trama de Thomas. Por isso não me delonguei no seu passado, pois pretendo incluir isto em flashbacks. Ou seja, DiY e em Missões.
Thomas A. Fairchild
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Re: Ficha de Reclamação
Son of Darkness
● Nome ●
Charlie Lewis Thompson.
● Por qual deus deseja ser reclamado e por quê? ●
A escuridão sempre existiu e jamais deixará de existir. Do começo ao fim ela reinou e reinará. Não importa o que aconteça, a escuridão sempre estará lá e juntamente com ela a rainha das noites, a Noite em pessoa, a senhora dos segredos e mistérios noturnos, a patrona das bruxas... do próprio mal! Apesar de tudo isso a noite também é bela, talvez até mais do que a própria vida/morte.
Seria uma honra ser chamado de filho de Nix!
● Físico ●
Charlie pode se passar aparentemente por um adolescente comum sem nenhum problema, as diferenças físicas entre os outros garotos de sua idade são mínimas. Os cabelos, geralmente penteados para o alto e cortado um pouco mais baixo dos lados, são castanhos intermediários, ou seja, nem tão claros e nem tão escuros. Apesar de ser simples detalhes, suas sobrancelhas são bem feitas, seus lábios finos e rosados. Sua pele macia e clara combina com seus olhos, que tem a coloração forte de um verde claro.
Seu corpo é a transição do magro para o musculoso; não é um nem outro, mas ambos. De estatura mediana, tem seu peso perfeitamente distribuído por cada milímetro do corpo. Geralmente é visto com roupas escuras que declarem seu amor por músicas. Existem duas cicatrizes (que mede cerca de 5cm) no centro de seu tórax esquerdo, na diagonal, uma paralela a outra, feitas pelas garras de uma harpia.
● Psicológico ●
Apesar de Charlie ter alguns problemas como dislexia e déficit de atenção, é um adolescente inteligente e dedicado aos estudos, tirando boas notas no colégio sempre que possível. Na maior parte do tempo é sério, calmo e frio, porém se importa muito com aqueles que o rodeiam, arriscando sua vida inconscientemente para salvá-los.
Quando que decepcionado ou semelhante, busca refúgio nos livros e músicas, onde acaba encontrando. Apesar de nem tudo conseguir fazer sozinho, sempre foi, e preferiu ser, solitário, o que não significa que não pode ser amigável quando queira, ou até mesmo amar.
Seus sentimentos e emoções só são revelados para quem realmente necessita saber, e a parte em que devem saber, ou quando Charlie os julga “merecedor” do conhecimento ou compreensivos. Em geral, o filho da Noite é um mistério, se portando de um jeito para cada caso e pessoa (extrovertido, sério, rude, etc.), sendo considerado multipolar.
● História do personagem ●
Charlie é um garoto simples. Sua casa tem exatos cinco cômodos (dois quartos, sala, cozinha e copa) e se localiza no centro de Montauk, Long Island. Jack Thompson, seu pai, dissera que escolhera aquele lugar pela praia e por ficar perto da escola pública onde lesiona, como professor de história; mas agora o rapaz sabe o verdadeiro motivo. Apesar de suas condições financeiras não serem algo a se esbanjar, o menino sempre teve o que gostaria, mesmo que isso custasse horas diárias de trabalho.
Jack sempre fora calmo, calado e extremamente reservado. Toda pessoa tem segredos, Charlie sabia disso, porém seu pai parecia esconder algo muito profundo, como se suas vidas dependessem disso. Quando o garoto começava a fazer perguntas sobre a mãe ou segredos, o homem o ignorava e mudava de assunto rapidamente. Eles eram surpreendentemente parecidos.
Apesar de tudo isso eram felizes, na medida do possível. Não saíam da casa se não fosse necessário e suas conversas sempre eram sobre o essencial. Ambos evitavam falar sobre quaisquer outras coisas, como as novidades diárias ou semelhantes; coisas normais entre pai e filho.
Era a terceira noite que as mulheres-aves vigiavam Charlie. Elas aguardavam uma simples brecha para invadir a residência, causar caos e rasgar a pele do garoto. Pousadas, na especial cerejeira da família Thompson, elas estavam tentando visualizar através do vidro espelhado do quarto. Apesar de tudo estar quieto e talvez a oportunidade perfeita para o ataque, elas não o fizeram. Uma forte e densa aura emitia do cômodo, aumentando a hesitação e o temor na carne das harpias.
Charlie estava ajoelhado na cama, com as mãos apoiadas na janela e observando aquelas até então desconhecidas, criaturas. Seus olhos brilhavam, assim como seu colar de prata no formato de uma meia-lua, intrigados com tamanha observação daqueles seres. Elas berraram e saltaram, abrindo a asa no meio da ação, permitindo que voassem para longe. O garoto suspirou e se deitou na cama, de certa forma triste por elas terem ido embora, ele gostava de observá-las. A cada noite parecia que novos detalhes se tornavam visíveis, o que era verdade, a névoa se enfraquecia devido ao convívio quase diário com a mesma.
Na maioria das noites o menino sonhava. Para muitos seriam considerados pesadelos, mas Charlie não tinha medo, então o chamava de sonho. Todavia, daquela vez não houve um pensamento sequer. Eles pareciam ter fugidos juntamente com as mulheres-aves. Por incrível que possa parecer nada o incomodou a madrugada inteira.
Era sexta-feira, dia de escola e tudo o mais, mas houve um imprevisto. Na segunda aula a coordenadora adentrou a sala e dispensou os alunos, dizendo algo sobre macacos estarem invadindo o lugar. O garoto não deu muita atenção, como sempre, e somente pegou o caminho de casa e o seguiu, como fazia nos dias que era dispensado mais cedo, o que era quase nunca. Se fosse um dia de aula comum seu pai o estaria esperando do outro lado da rua, o lado contrário onde se encontrava o portão de entrada da escola, mas como havia sido liberado, ele não estava lá, o que era previsível.
Certo. Era comum as pessoas se afastarem do garoto, às vezes até atravessar a rua para não toparem com ele, mas naquele dia as coisas estavam diferentes. O céu estava nublado e leves ventos gelados circundavam pelo ar, obrigando anteriormente o menino sair com casaco.
- Charlie, espera! – Uma voz familiar soou atrás dele, quase como um grito.
Seu corpo parou de se mover e virou para o lado contrário, observando enquanto William caminhava até ele. O filho dos Morgans era uma das únicas pessoas que falavam com ele normalmente, como se não sofresse de sérios problemas mentais. A alguns meses atrás Will havia se interessado especialmente por Charlie, tentando fracassadamente se aproximar mais de seu íntimo, como se quisesse saber de sua vida e semelhante, o que era falho. O outro garoto sempre se esquivava dessas conversas e algumas das vezes até mesmo respondia rudemente, deixando seus limites bem claros.
A desconfiança falava mais alto e o impedia de simplesmente falar sobre essas coisas do dia para a noite.
Will era baixo, tendo cerca de 1,55 de altura. Tinha cabelos encaracolados castanhos que chegavam aos ombros, dando a impressão de que era mais velho do que realmente deveria ser, apesar de ter a pele puxada para o lado escuro. Seu corpo era magro, porém seus braços não eram tão finos, certamente deveriam ter certa força. A única coisa realmente diferente da maioria dos adolescentes eram as penas/pés de William, que tinham um problema de nascença e o faziam mancar, o obrigando a utilizar muletas. Ele vestia casaco, calça e tênis de corrida, o que era irônico. Pensando bem, nunca havia o visto de shorts.
- Você está diferente. O que houve? – O garoto avaliou Charlie visualmente, o olhando de cima a baixo.
- Eu não estou diferente, as pessoas continuam se afastando de mim.
- Com mais intensidade, pelo visto. – Ele olhou ao redor, vendo as pessoas passaram não menos de sete metros de ambos.
Charlie não queria continuar com aquele papo, além do mais havia se sentido um pouco ofendido. Virou-se, ajeitou a mochila nas costas e continuou a caminhar, tentando ignorar o comentário do outro. Mas isso não foi o suficiente para afastar o Morgan. Nunca era.
Will veio falando a caminhada inteira, contando sobre sua dificuldade com as meninas e que talvez devesse cortar o cabelo, apesar de não saber o corte seguinte. Vez ou outra Charlie dizia um “ok” ou “realmente” apenas para se livrar dos “né?” de William. Mas na realidade a mente do garoto estava em outro lugar. Nos dias seguintes que as harpias o vigiavam ele sempre se esquecia do mundo, tentando se lembrar melhor dos detalhes de suas aparências e de como fugiram apressadamente, de forma anormal até então.
- Tchau, até outra hora! – Ele abanou a mão, trazendo Charlie de volta a realidade, que só então percebeu que já estava quase que no quintal de sua casa.
Ele retribuiu o gesto de despedida, em seguida empurrando o portãozinho da cerca e abrindo a porta da cozinha com sua chave. Foi então que ele viu uma das cenas mais perturbadoras de sua infância.
Seu pai estava em uma forma de ritual, olhos fechados e mãos estendidas, tendo no centro um livro aparentemente antigo e um incenso que fedia a gente morta. Ele falava em sussurro em um idioma desconhecido. Estava em transe. O garoto ainda estava parado na entrada, com a porta aberta, tentando entender o que acontecia. Apesar de tudo ele não estava assustado, mas sim confuso. As coisas ficaram daquela forma por vários minutos até a cantoria acabar e Charlie acordar do transe que havia tomado-o.
- O que está havendo? – Sua voz saiu mais alta do que gostaria e o homem abriu os olhos, revelando íris e pupila igualmente acinzentadas, como a mais densa névoa presenciada por toda a América. Com o passar dos segundos foram clareando, como se a consciência fosse voltando para sua mente.
Os olhos verdes dos Thompsons se cruzaram, criando um clima desconfortável. Passou quase uma guerra entre os dois, disputando se as questões deviam ser esclarecidas ou não. Pelo jeito o filho ganhou. O pai aceitou e só então soltou o ar de seus pulmões, criando um suspiro longo até demais.
- Filho, temos de conversar.
- Um acampamento irá me proteger? – Charlie perguntou, descrente de ter ouvido corretamente.
Infelizmente seu pai assentiu.
- Você já viu coisas anormais, não é? Não aparece assustado.
Ele sabia.
- Mulheres-aves na cerejeira do vovô não são normal.
Seu pai assentiu novamente. Aquilo estava deixando-o desconfortável.
- Ainda não é hora. Você pode ficar mais tempo comigo, eu irei te proteger. Mas o dia chegará e você deverá partir. Não é atoa que escolhi Long Island para morarmos. – Ele baixou os olhos. – Mas graças aos deuses meus feitiços não funcionam com sátiros. William irá te ajudar.
O menino ergueu uma das sobrancelhas, segurando o riso.
- É mais fácil eu ajudar o Will. Ele mal consegue parar em pé. E não vá me dizer que sátiros também existem!?
- Sim, eles existem. Geralmente são mandados para escolas do país para encontrar semideuses e escolta-los até o acampamento. – Ele encarou o filho. – De acordo com o que venho acompanhando, seu amigo é um deles.
Sério? Sátiros, harpias, deuses. E semideuses?
Charlie tinha um vasto conhecimento sobre a mitologia grega, seu pai havia lhe contado várias histórias e todas ainda faziam parte de sua memória. Apesar de tudo aquilo não fazer sentido ele acreditava. Afinal, o que fazia sentido na vida do adolescente?
- Você... Nós. Somos do bem, não é? – O garoto tinha certo medo da resposta.
- Somos, meu filho. Você não tem que se preocupar, eu só estou fazendo tudo isso pelo seu bem. – Jack se aproximou, abraçando o garoto.
Havia se passado duas semanas desde a conversa e em todas as noites as harpias o vigiavam, agora parecendo começar a superar o medo. Charlie temia que os feitiços do pai não fossem fortes o suficiente para repeli-las, não se dando conta de que sua aura mágica tinha forte influencia sobre isso.
A partir do dia que ele descobrira a verdade, William começou a dormir na casa deles, geralmente acordando na madrugada e fazendo ronda ao redor do quintal com uma espada de Algo celestial. O garoto não havia prestado muita atenção. Todavia, começara então a dormir no quarto do pai e buscava sempre espiar a janela para se certificar de que os observadores haviam sido espantados pelo amigo sátiro.
Mas então tudo deu errado. O vidro se estilhaçou e a mulher-ave se virou no ar, tentando desesperadamente encontrar os habitantes daquele lugar. Surpreendentemente o senhor Thompson voou na fera já com uma faca em mãos, que aparentemente escondia embaixo do travesseiro. Ele agarrou as costas da criatura que se debatia para se livrar, mas então a arma foi enfincada em sua cabeça. A harpia berrou, se desfazendo em uma pilha de pó dourado.
Charlie estava encolhido no canto do quarto, com o cobertor ao seu redor, impressionado com o que acontecera.
- Temos de ir! Logo mais virão. – A voz do pai foi firme e confiante, ele já havia vivenciado momentos parecidos antes.
Era chegada a hora.
- Mais rápido! – Will estava com a cabeça enfiada em meio aos bancos da frente. Seus olhos estavam esbugalhados e tinha um bem leve ferimento no braço que certamente haviam sido feito por raspões de garras.
Charlie havia nomeado todas as mulheres-aves com letras, sendo A, B, C e D, para melhor compreensão de quais eram. A harpia A bateu com o corpo na lateral do carro, o fazendo balançar, mas logo se distanciou um pouco mais, dando espaço para a B chegar e pousar no teto, fazendo um barulho como uma faca riscando a lousa. O pé de Jack foi mais a frente, dando um forte arranque, alcançando uma alta velocidade rapidamente, fazendo a B rolar pelo teto e ser atirada na pista.
A noite estava fria e nublada, não permitindo que se visse muito mais que alguns metros à frente. Por sorte, o pai conhecia a estrada com perfeição, fazendo curvas consideradas arriscadas, com... Quase perfeição. O garoto era lançado para os lados a todo o momento, lutando para se manter em apenas uma posição, o que era difícil já que seu pai tentava despistar as criaturas de forma brusca. No banco de trás o sátiro estava com a espada em punho e olhando desesperadamente ao redor, como se precisasse espetar alguém.
O motorista pisou no freio com força, fazendo o carro girar duas vezes antes de se chocar contra uma árvore, parando-o de vez. As três portas se abriram quase que simultaneamente, igualmente para os passageiros, que desceram com um salto.
- Vocês precisam ir! – Jack gritou.
Foi então que Charlie viu pela primeira vez as pernas e os pés de William, nus. Em vez de pele normal havia um amontoado de pelos castanhos, quase como um estofado. Sem falar de seus pés... Quer dizer, cascos! Cascos fendidos. Claro, o garoto já tinha noção do que supostamente Will tinha abaixo da cintura, mas na prática é totalmente diferente de aceitar, ainda assim não deixou que aquilo o paralisasse. Desviou os olhar das pernas felpudas do amigo assim que a primeira harpia berrou, descendo em uma velocidade surpreendente.
O sátiro empurrou Charlie, se colocando entre o caminho dos dois. Teve sucesso em seu objetivo, que era salvar o garoto, porém as garras do pé da fera o acertaram no braço esquerdo com força, o fazendo gemer e começar a tombar. O adolescente o segurou, ajudando-o a se recompor. Ele não sabia muito que fazer, mas seu pai sim; agarrou o braço do filho e o jogou colina acima.
- Vá!
A segunda harpia mergulhou no ar, mirando dessa vez o homem, mas Will interveio, se jogando contra a mulher e a desfazendo em pó dourado com um belo golpe de sua espada na direção do pescoço dela. Suas irmãs a olharam horrorizadas e em seguida duas desviaram o olhar para Charlie, que se esforçava para subir a colina, vez ou outra olhando para trás. O garoto bode percebeu a intenção e se moveu depressa.
Sem os tênis de corrida William era muito mais rápido, suas pernas se moviam com extrema agilidade, mas ele era mais lento que as criaturas demoníacas. Sem saber o que fazer, jogou a espada, mirando o companheiro.
- Charlie, pegue! – Ele berrou.
O garoto agarrou o punho da arma e saltou para o lado. Se tivesse demorado um segundo a mais, estaria em pedaços naquele momento. Em um ato instintivo girou e atacou pela direita, acertando o peito da mulher-ave, que se dissolveu. A terceira aparentemente ficou furiosa pois seus olhos brilharam e ela se moveu em uma velocidade absurda, rasgando o céu, mirando o assassino de sua irmã. Charlie saltou para a direita, tentando esquivar, mas não teve muito sucesso, duas das garras atingiram seu tórax esquerdo, criando um fundo corte. Ele gritou. A ferida ardia, o sangue que saia por ela era gritante. Ele olhou para o lado, tentando buscar ajuda de seus companheiros, mas eles estavam ocupados batalhando contra duas outras harpias (a primeira, A e última, D).
A criatura estava a cerca de dez metros do garoto, empoleirada em uma árvore, olhando-o com prazer.
- Você vai se arrepender por isso, filho da noite! Ah se vai... – A voz aguda pareceu penetra-lo. Filho da noite...
O rapaz encostou as costas no que parecia um pinheiro e se esforçou para levantar. A mulher-ave percebeu e se preparou para atacar, como um leão se agachando antes de saltar sobre a presa.
Um.
Dois.
Três.
Os braços-asas se abriram e ela disparou em direção de Charlie.
Quatro.
Cinco!
Charlie levantou a espada, fazendo um corte da esquerda para a direita, na diagonal. A lâmina passou na cintura ao lado direito da harpia até seu ombro esquerdo, a fazendo berrar e se transformar em poeira.
O garoto caiu. Havia alcançado seu limite. Seus ossos pareciam não mais existir. Todo o som ao redor foi abafado. As pálpebras caíram. Sentiu mãos envolverem seu redor, porém não tinha energia para sequer olhar.
- O corvo! Calma rapaz, irá ficar tudo bem. – Falava em sussurro, calmo e confiante. A voz parecia vir de longe, apesar do garoto saber que seja lá quem fosse, estava perto, confortando-o. Já sabendo que não tinha forças para continuar, se entregou, adormecendo.
O garoto ficou sabendo no dia seguinte que seu pai estava bem. Ele havia retornado para a casa e continuava com o trabalho. Agora que tinha se separado do filho, os monstros pararam de persegui-lo e os poucos que eram tolos de tentar procurar não o encontravam, graças aos feitiços que aprendera através de livros e semelhantes.
William voltou para suas atividades normais. Uma semana após trazer sua missão com segurança, partiu do acampamento. Disseram que ele fora mandado para o oeste do Kansas, atrás de outros semideuses.
A narrativa se passa em terceira pessoa, mas certamente o foco principal é Charlie e por conta disso tem seu maior destaque, tendo seus pensamentos e pontos de vistas maiores que os demais. Até mesmo porque é provável que William nunca mais seja mencionado; apesar de que talvez o pai venha ter outras interações ou encontros/pensamentos, em flashbacks/DIYs. Mas por enquanto, é isso.
Se quiser saber, Jack e Will derrotaram as harpias e foi uma dríade que socorreu Charlie, o confortando com sua voz e levando-o para a enfermaria. O corvo que ela se referiu foi o chamado, à reclamação, que era uma ave negra brilhando acima de sua cabeça, declarando que tal é filho da Noite.
Perdoe-me se eu estiver errado, igualmente caso tenha algum erro perdido pela ficha. Obrigado e desculpe por certos pensamentos tolos. :c
Charlie Lewis Thompson.
● Por qual deus deseja ser reclamado e por quê? ●
A escuridão sempre existiu e jamais deixará de existir. Do começo ao fim ela reinou e reinará. Não importa o que aconteça, a escuridão sempre estará lá e juntamente com ela a rainha das noites, a Noite em pessoa, a senhora dos segredos e mistérios noturnos, a patrona das bruxas... do próprio mal! Apesar de tudo isso a noite também é bela, talvez até mais do que a própria vida/morte.
Seria uma honra ser chamado de filho de Nix!
● Físico ●
Charlie pode se passar aparentemente por um adolescente comum sem nenhum problema, as diferenças físicas entre os outros garotos de sua idade são mínimas. Os cabelos, geralmente penteados para o alto e cortado um pouco mais baixo dos lados, são castanhos intermediários, ou seja, nem tão claros e nem tão escuros. Apesar de ser simples detalhes, suas sobrancelhas são bem feitas, seus lábios finos e rosados. Sua pele macia e clara combina com seus olhos, que tem a coloração forte de um verde claro.
Seu corpo é a transição do magro para o musculoso; não é um nem outro, mas ambos. De estatura mediana, tem seu peso perfeitamente distribuído por cada milímetro do corpo. Geralmente é visto com roupas escuras que declarem seu amor por músicas. Existem duas cicatrizes (que mede cerca de 5cm) no centro de seu tórax esquerdo, na diagonal, uma paralela a outra, feitas pelas garras de uma harpia.
● Psicológico ●
Apesar de Charlie ter alguns problemas como dislexia e déficit de atenção, é um adolescente inteligente e dedicado aos estudos, tirando boas notas no colégio sempre que possível. Na maior parte do tempo é sério, calmo e frio, porém se importa muito com aqueles que o rodeiam, arriscando sua vida inconscientemente para salvá-los.
Quando que decepcionado ou semelhante, busca refúgio nos livros e músicas, onde acaba encontrando. Apesar de nem tudo conseguir fazer sozinho, sempre foi, e preferiu ser, solitário, o que não significa que não pode ser amigável quando queira, ou até mesmo amar.
Seus sentimentos e emoções só são revelados para quem realmente necessita saber, e a parte em que devem saber, ou quando Charlie os julga “merecedor” do conhecimento ou compreensivos. Em geral, o filho da Noite é um mistério, se portando de um jeito para cada caso e pessoa (extrovertido, sério, rude, etc.), sendo considerado multipolar.
● História do personagem ●
Charlie é um garoto simples. Sua casa tem exatos cinco cômodos (dois quartos, sala, cozinha e copa) e se localiza no centro de Montauk, Long Island. Jack Thompson, seu pai, dissera que escolhera aquele lugar pela praia e por ficar perto da escola pública onde lesiona, como professor de história; mas agora o rapaz sabe o verdadeiro motivo. Apesar de suas condições financeiras não serem algo a se esbanjar, o menino sempre teve o que gostaria, mesmo que isso custasse horas diárias de trabalho.
Jack sempre fora calmo, calado e extremamente reservado. Toda pessoa tem segredos, Charlie sabia disso, porém seu pai parecia esconder algo muito profundo, como se suas vidas dependessem disso. Quando o garoto começava a fazer perguntas sobre a mãe ou segredos, o homem o ignorava e mudava de assunto rapidamente. Eles eram surpreendentemente parecidos.
Apesar de tudo isso eram felizes, na medida do possível. Não saíam da casa se não fosse necessário e suas conversas sempre eram sobre o essencial. Ambos evitavam falar sobre quaisquer outras coisas, como as novidades diárias ou semelhantes; coisas normais entre pai e filho.
● | ●
Era a terceira noite que as mulheres-aves vigiavam Charlie. Elas aguardavam uma simples brecha para invadir a residência, causar caos e rasgar a pele do garoto. Pousadas, na especial cerejeira da família Thompson, elas estavam tentando visualizar através do vidro espelhado do quarto. Apesar de tudo estar quieto e talvez a oportunidade perfeita para o ataque, elas não o fizeram. Uma forte e densa aura emitia do cômodo, aumentando a hesitação e o temor na carne das harpias.
Charlie estava ajoelhado na cama, com as mãos apoiadas na janela e observando aquelas até então desconhecidas, criaturas. Seus olhos brilhavam, assim como seu colar de prata no formato de uma meia-lua, intrigados com tamanha observação daqueles seres. Elas berraram e saltaram, abrindo a asa no meio da ação, permitindo que voassem para longe. O garoto suspirou e se deitou na cama, de certa forma triste por elas terem ido embora, ele gostava de observá-las. A cada noite parecia que novos detalhes se tornavam visíveis, o que era verdade, a névoa se enfraquecia devido ao convívio quase diário com a mesma.
Na maioria das noites o menino sonhava. Para muitos seriam considerados pesadelos, mas Charlie não tinha medo, então o chamava de sonho. Todavia, daquela vez não houve um pensamento sequer. Eles pareciam ter fugidos juntamente com as mulheres-aves. Por incrível que possa parecer nada o incomodou a madrugada inteira.
● | ●
Era sexta-feira, dia de escola e tudo o mais, mas houve um imprevisto. Na segunda aula a coordenadora adentrou a sala e dispensou os alunos, dizendo algo sobre macacos estarem invadindo o lugar. O garoto não deu muita atenção, como sempre, e somente pegou o caminho de casa e o seguiu, como fazia nos dias que era dispensado mais cedo, o que era quase nunca. Se fosse um dia de aula comum seu pai o estaria esperando do outro lado da rua, o lado contrário onde se encontrava o portão de entrada da escola, mas como havia sido liberado, ele não estava lá, o que era previsível.
Certo. Era comum as pessoas se afastarem do garoto, às vezes até atravessar a rua para não toparem com ele, mas naquele dia as coisas estavam diferentes. O céu estava nublado e leves ventos gelados circundavam pelo ar, obrigando anteriormente o menino sair com casaco.
- Charlie, espera! – Uma voz familiar soou atrás dele, quase como um grito.
Seu corpo parou de se mover e virou para o lado contrário, observando enquanto William caminhava até ele. O filho dos Morgans era uma das únicas pessoas que falavam com ele normalmente, como se não sofresse de sérios problemas mentais. A alguns meses atrás Will havia se interessado especialmente por Charlie, tentando fracassadamente se aproximar mais de seu íntimo, como se quisesse saber de sua vida e semelhante, o que era falho. O outro garoto sempre se esquivava dessas conversas e algumas das vezes até mesmo respondia rudemente, deixando seus limites bem claros.
A desconfiança falava mais alto e o impedia de simplesmente falar sobre essas coisas do dia para a noite.
Will era baixo, tendo cerca de 1,55 de altura. Tinha cabelos encaracolados castanhos que chegavam aos ombros, dando a impressão de que era mais velho do que realmente deveria ser, apesar de ter a pele puxada para o lado escuro. Seu corpo era magro, porém seus braços não eram tão finos, certamente deveriam ter certa força. A única coisa realmente diferente da maioria dos adolescentes eram as penas/pés de William, que tinham um problema de nascença e o faziam mancar, o obrigando a utilizar muletas. Ele vestia casaco, calça e tênis de corrida, o que era irônico. Pensando bem, nunca havia o visto de shorts.
- Você está diferente. O que houve? – O garoto avaliou Charlie visualmente, o olhando de cima a baixo.
- Eu não estou diferente, as pessoas continuam se afastando de mim.
- Com mais intensidade, pelo visto. – Ele olhou ao redor, vendo as pessoas passaram não menos de sete metros de ambos.
Charlie não queria continuar com aquele papo, além do mais havia se sentido um pouco ofendido. Virou-se, ajeitou a mochila nas costas e continuou a caminhar, tentando ignorar o comentário do outro. Mas isso não foi o suficiente para afastar o Morgan. Nunca era.
● | ●
Will veio falando a caminhada inteira, contando sobre sua dificuldade com as meninas e que talvez devesse cortar o cabelo, apesar de não saber o corte seguinte. Vez ou outra Charlie dizia um “ok” ou “realmente” apenas para se livrar dos “né?” de William. Mas na realidade a mente do garoto estava em outro lugar. Nos dias seguintes que as harpias o vigiavam ele sempre se esquecia do mundo, tentando se lembrar melhor dos detalhes de suas aparências e de como fugiram apressadamente, de forma anormal até então.
- Tchau, até outra hora! – Ele abanou a mão, trazendo Charlie de volta a realidade, que só então percebeu que já estava quase que no quintal de sua casa.
Ele retribuiu o gesto de despedida, em seguida empurrando o portãozinho da cerca e abrindo a porta da cozinha com sua chave. Foi então que ele viu uma das cenas mais perturbadoras de sua infância.
Seu pai estava em uma forma de ritual, olhos fechados e mãos estendidas, tendo no centro um livro aparentemente antigo e um incenso que fedia a gente morta. Ele falava em sussurro em um idioma desconhecido. Estava em transe. O garoto ainda estava parado na entrada, com a porta aberta, tentando entender o que acontecia. Apesar de tudo ele não estava assustado, mas sim confuso. As coisas ficaram daquela forma por vários minutos até a cantoria acabar e Charlie acordar do transe que havia tomado-o.
- O que está havendo? – Sua voz saiu mais alta do que gostaria e o homem abriu os olhos, revelando íris e pupila igualmente acinzentadas, como a mais densa névoa presenciada por toda a América. Com o passar dos segundos foram clareando, como se a consciência fosse voltando para sua mente.
Os olhos verdes dos Thompsons se cruzaram, criando um clima desconfortável. Passou quase uma guerra entre os dois, disputando se as questões deviam ser esclarecidas ou não. Pelo jeito o filho ganhou. O pai aceitou e só então soltou o ar de seus pulmões, criando um suspiro longo até demais.
- Filho, temos de conversar.
● | ●
- Um acampamento irá me proteger? – Charlie perguntou, descrente de ter ouvido corretamente.
Infelizmente seu pai assentiu.
- Você já viu coisas anormais, não é? Não aparece assustado.
Ele sabia.
- Mulheres-aves na cerejeira do vovô não são normal.
Seu pai assentiu novamente. Aquilo estava deixando-o desconfortável.
- Ainda não é hora. Você pode ficar mais tempo comigo, eu irei te proteger. Mas o dia chegará e você deverá partir. Não é atoa que escolhi Long Island para morarmos. – Ele baixou os olhos. – Mas graças aos deuses meus feitiços não funcionam com sátiros. William irá te ajudar.
O menino ergueu uma das sobrancelhas, segurando o riso.
- É mais fácil eu ajudar o Will. Ele mal consegue parar em pé. E não vá me dizer que sátiros também existem!?
- Sim, eles existem. Geralmente são mandados para escolas do país para encontrar semideuses e escolta-los até o acampamento. – Ele encarou o filho. – De acordo com o que venho acompanhando, seu amigo é um deles.
Sério? Sátiros, harpias, deuses. E semideuses?
Charlie tinha um vasto conhecimento sobre a mitologia grega, seu pai havia lhe contado várias histórias e todas ainda faziam parte de sua memória. Apesar de tudo aquilo não fazer sentido ele acreditava. Afinal, o que fazia sentido na vida do adolescente?
- Você... Nós. Somos do bem, não é? – O garoto tinha certo medo da resposta.
- Somos, meu filho. Você não tem que se preocupar, eu só estou fazendo tudo isso pelo seu bem. – Jack se aproximou, abraçando o garoto.
● | ●
Havia se passado duas semanas desde a conversa e em todas as noites as harpias o vigiavam, agora parecendo começar a superar o medo. Charlie temia que os feitiços do pai não fossem fortes o suficiente para repeli-las, não se dando conta de que sua aura mágica tinha forte influencia sobre isso.
A partir do dia que ele descobrira a verdade, William começou a dormir na casa deles, geralmente acordando na madrugada e fazendo ronda ao redor do quintal com uma espada de Algo celestial. O garoto não havia prestado muita atenção. Todavia, começara então a dormir no quarto do pai e buscava sempre espiar a janela para se certificar de que os observadores haviam sido espantados pelo amigo sátiro.
Mas então tudo deu errado. O vidro se estilhaçou e a mulher-ave se virou no ar, tentando desesperadamente encontrar os habitantes daquele lugar. Surpreendentemente o senhor Thompson voou na fera já com uma faca em mãos, que aparentemente escondia embaixo do travesseiro. Ele agarrou as costas da criatura que se debatia para se livrar, mas então a arma foi enfincada em sua cabeça. A harpia berrou, se desfazendo em uma pilha de pó dourado.
Charlie estava encolhido no canto do quarto, com o cobertor ao seu redor, impressionado com o que acontecera.
- Temos de ir! Logo mais virão. – A voz do pai foi firme e confiante, ele já havia vivenciado momentos parecidos antes.
Era chegada a hora.
● | ●
- Mais rápido! – Will estava com a cabeça enfiada em meio aos bancos da frente. Seus olhos estavam esbugalhados e tinha um bem leve ferimento no braço que certamente haviam sido feito por raspões de garras.
Charlie havia nomeado todas as mulheres-aves com letras, sendo A, B, C e D, para melhor compreensão de quais eram. A harpia A bateu com o corpo na lateral do carro, o fazendo balançar, mas logo se distanciou um pouco mais, dando espaço para a B chegar e pousar no teto, fazendo um barulho como uma faca riscando a lousa. O pé de Jack foi mais a frente, dando um forte arranque, alcançando uma alta velocidade rapidamente, fazendo a B rolar pelo teto e ser atirada na pista.
A noite estava fria e nublada, não permitindo que se visse muito mais que alguns metros à frente. Por sorte, o pai conhecia a estrada com perfeição, fazendo curvas consideradas arriscadas, com... Quase perfeição. O garoto era lançado para os lados a todo o momento, lutando para se manter em apenas uma posição, o que era difícil já que seu pai tentava despistar as criaturas de forma brusca. No banco de trás o sátiro estava com a espada em punho e olhando desesperadamente ao redor, como se precisasse espetar alguém.
O motorista pisou no freio com força, fazendo o carro girar duas vezes antes de se chocar contra uma árvore, parando-o de vez. As três portas se abriram quase que simultaneamente, igualmente para os passageiros, que desceram com um salto.
- Vocês precisam ir! – Jack gritou.
Foi então que Charlie viu pela primeira vez as pernas e os pés de William, nus. Em vez de pele normal havia um amontoado de pelos castanhos, quase como um estofado. Sem falar de seus pés... Quer dizer, cascos! Cascos fendidos. Claro, o garoto já tinha noção do que supostamente Will tinha abaixo da cintura, mas na prática é totalmente diferente de aceitar, ainda assim não deixou que aquilo o paralisasse. Desviou os olhar das pernas felpudas do amigo assim que a primeira harpia berrou, descendo em uma velocidade surpreendente.
O sátiro empurrou Charlie, se colocando entre o caminho dos dois. Teve sucesso em seu objetivo, que era salvar o garoto, porém as garras do pé da fera o acertaram no braço esquerdo com força, o fazendo gemer e começar a tombar. O adolescente o segurou, ajudando-o a se recompor. Ele não sabia muito que fazer, mas seu pai sim; agarrou o braço do filho e o jogou colina acima.
- Vá!
A segunda harpia mergulhou no ar, mirando dessa vez o homem, mas Will interveio, se jogando contra a mulher e a desfazendo em pó dourado com um belo golpe de sua espada na direção do pescoço dela. Suas irmãs a olharam horrorizadas e em seguida duas desviaram o olhar para Charlie, que se esforçava para subir a colina, vez ou outra olhando para trás. O garoto bode percebeu a intenção e se moveu depressa.
Sem os tênis de corrida William era muito mais rápido, suas pernas se moviam com extrema agilidade, mas ele era mais lento que as criaturas demoníacas. Sem saber o que fazer, jogou a espada, mirando o companheiro.
- Charlie, pegue! – Ele berrou.
O garoto agarrou o punho da arma e saltou para o lado. Se tivesse demorado um segundo a mais, estaria em pedaços naquele momento. Em um ato instintivo girou e atacou pela direita, acertando o peito da mulher-ave, que se dissolveu. A terceira aparentemente ficou furiosa pois seus olhos brilharam e ela se moveu em uma velocidade absurda, rasgando o céu, mirando o assassino de sua irmã. Charlie saltou para a direita, tentando esquivar, mas não teve muito sucesso, duas das garras atingiram seu tórax esquerdo, criando um fundo corte. Ele gritou. A ferida ardia, o sangue que saia por ela era gritante. Ele olhou para o lado, tentando buscar ajuda de seus companheiros, mas eles estavam ocupados batalhando contra duas outras harpias (a primeira, A e última, D).
A criatura estava a cerca de dez metros do garoto, empoleirada em uma árvore, olhando-o com prazer.
- Você vai se arrepender por isso, filho da noite! Ah se vai... – A voz aguda pareceu penetra-lo. Filho da noite...
O rapaz encostou as costas no que parecia um pinheiro e se esforçou para levantar. A mulher-ave percebeu e se preparou para atacar, como um leão se agachando antes de saltar sobre a presa.
Um.
Dois.
Três.
Os braços-asas se abriram e ela disparou em direção de Charlie.
Quatro.
Cinco!
Charlie levantou a espada, fazendo um corte da esquerda para a direita, na diagonal. A lâmina passou na cintura ao lado direito da harpia até seu ombro esquerdo, a fazendo berrar e se transformar em poeira.
O garoto caiu. Havia alcançado seu limite. Seus ossos pareciam não mais existir. Todo o som ao redor foi abafado. As pálpebras caíram. Sentiu mãos envolverem seu redor, porém não tinha energia para sequer olhar.
- O corvo! Calma rapaz, irá ficar tudo bem. – Falava em sussurro, calmo e confiante. A voz parecia vir de longe, apesar do garoto saber que seja lá quem fosse, estava perto, confortando-o. Já sabendo que não tinha forças para continuar, se entregou, adormecendo.
● | ●
O garoto ficou sabendo no dia seguinte que seu pai estava bem. Ele havia retornado para a casa e continuava com o trabalho. Agora que tinha se separado do filho, os monstros pararam de persegui-lo e os poucos que eram tolos de tentar procurar não o encontravam, graças aos feitiços que aprendera através de livros e semelhantes.
William voltou para suas atividades normais. Uma semana após trazer sua missão com segurança, partiu do acampamento. Disseram que ele fora mandado para o oeste do Kansas, atrás de outros semideuses.
[OFF]
A narrativa se passa em terceira pessoa, mas certamente o foco principal é Charlie e por conta disso tem seu maior destaque, tendo seus pensamentos e pontos de vistas maiores que os demais. Até mesmo porque é provável que William nunca mais seja mencionado; apesar de que talvez o pai venha ter outras interações ou encontros/pensamentos, em flashbacks/DIYs. Mas por enquanto, é isso.
Se quiser saber, Jack e Will derrotaram as harpias e foi uma dríade que socorreu Charlie, o confortando com sua voz e levando-o para a enfermaria. O corvo que ela se referiu foi o chamado, à reclamação, que era uma ave negra brilhando acima de sua cabeça, declarando que tal é filho da Noite.
Perdoe-me se eu estiver errado, igualmente caso tenha algum erro perdido pela ficha. Obrigado e desculpe por certos pensamentos tolos. :c
Legenda
● Charlie ● Jack; Pai ● William ● Harpia ● Dríade ●
● Charlie ● Jack; Pai ● William ● Harpia ● Dríade ●
thanks Evil Queen @ at Queen of Graphics
Charlie L. Thompson
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
Sarab Ibn-Salim - Aprovado como filho de Héracles
Primeiro de tudo você não deve se preocupar se o texto ficou longo ou curto, mas sim atente-se com a qualidade da narração. Não adianta fazer um texto corrido e pequeno e nem um todo floreado com a famosa encheção de linguiça. Achei sua história criativa, porém o final me pareceu um tanto confuso: quem é o homem que o salvou? A formatação do seu texto também está provocando um efeito muito ruim no leitor, já que não existem quebras de linha - o que poderia ser feito antes e após as falas, por exemplo. Você fez o primeiro parágrafo em um tamanho bom, o segundo imenso e o terceiro aceitável. Decidi aprová-lo pois não achei que escreve mal e creio que aprenderá muito aqui no fórum. Seja bem-vindo!
Thomas A. Fairchild - Reprovado
Fairchild, eu entendo a sua intenção de ocultar fatos da vida do seu personagem para poder utilizá-los depois. A questão é que, na ficha de reclamação, você deve narrar o momento da própria reclamação, como o nome já indica. De onde você vinha? Quando descobriu ser um semideus? Que monstro te atacou? Acredito em seu potencial para criar um enredo criativo para o Thomas, mas por agora não poderei aprová-lo. Uma dica é ler as fichas antigas para ter uma base, não desista!
Charlie L. Thompson - Aprovado como filho de Nix
Charlie-Charlie, sua história é simples mas foi completamente envolvente do começo ao fim. Eu achei sim alguns errinhos ortográficos pelo texto, outros creio que sejam de digitação, mas nada que comprometesse a fluência da narração. Você descreve muito bem os sentimentos e impressões do seu personagem, o que é - na minha opinião - muito importante. Seja bem-vindo ao fórum, filho da noite!
aguardando atualização
168 - ExStaff
Ex StaffPercy Jackson RPG BR
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Ficha de Reclamação
Por qual Deus você deseja ser reclamado? Caso não queira ser um semideus, qual criatura mitológica deseja ser?[/i]
Afrodite.
▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Anna sempre fora elogiada por dois motivos: sua beleza embebida em pureza e sua inteligência notável. E talvez isso tenha contribuído para o crescimento de seu ego, apesar de ela sempre tentar esconder esse aspecto negativo. Com cabelos cacheados, castanhos e curtos, um nariz desenhado, um enorme sorriso, pele como café com leite, Anna possui feições delicadas e inocentes que escondem sua frieza relativa para com os que a cercam. Apesar de tudo, ela tenta o seu melhor para não ser notada de uma maneira negativa. Elogios são sempre bem-vindos, apesar de sua timidez notável.
▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Apesar de sua beleza - não do tipo provocante e sedutor, mas aquela beleza que agrada aos olhos e conta com uma contribuição da personalidade - Anna sempre conseguira ser bem persuasiva, usando a culpa como uma arma e a voz como uma ferramenta. Sentimentos fortes sempre lhe foram fáceis de descrever e dominar, principalmente o amor e o ódio (Pois é evidente que ambos são eternamente atrelados). No entanto, foram raras as vezes em que estivera profundamente ligada emocionalmente com alguém e talvez esse fosse um mecanismo de defesa; ou sua falha mortal. Afrodite, deusa do amor e da beleza, deseja apenas o melhor para os seus filhos (Apesar de muitas vezes, a definição de melhor da deusa fosse deturpada), dando-lhes a cobertura necessária para sobreviver num mundo caótico de monstros, espíritos e deuses. Anna atribui então sua beleza e facilidade em lidar com sentimentos à deusa.
▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.
Meu Professor De Hip Hop Arrasa Na Flauta
Muitas coisas já me decepcionaram durante minha vida, mas a principal delas foi descobrir que minha professora de História era um demônio extremamente convincente, sexy e que queria me devorar.
Ela sempre fora legal comigo, respondendo com prazer às minhas perguntas e permitindo que eu a acompanhasse até a sala dos professores. Para ser sincera, me senti um pouco traída. Bem que ela poderia ter avisado antes, tipo "Ei Anna, seria legal se você viesse preparada para a próxima semana. Eu tenho um teste surpresa que não tem absolutamente nada a ver com a Segunda Guerra Mundial". Mas infelizmente não funcionou dessa maneira.
Eu tinha treze anos nessa época. Foi quando cortei meu cabelo, comprei um óculos maneiro (Já que inabilidades visuais podem sim ser compensadas com estilo) e comecei a aceitar minha aparência. Até meus quadris mais largos deixaram de me incomodar. Foi a época da minha vida em que comecei a sentir como se... eu fosse eu mesma. Anna Duarte! Ou Julia Duarte. Mas nunca os dois, por favor.
Começou como um dia comum. Acordar, me alimentar, ir para a escola. Até aí, nada demais. Era um dia de sexta-feira, quando eu tinha projetos interdisciplinares, e o projeto do dia era Hip Hop. Ou seja: dia de ir para a biblioteca. Não me leve a mal, eu apenas não me sentia confortável o suficiente para dançar. Apesar de todos os incentivos, minha "graça" estava demorando a aflorar, o que se caracteriza como eu andando e tropeçando a cada seis passos. Dança então estava fora de cogitação.
O problema é que o Universo tem algo contra dias comuns, e não permite que eu tenha um. As coisas começaram a sair de ordem quando o professor Nathan insistiu que eu estivesse na aula dele e pelo menos me esforçasse só um pouquinho para dançar. Eu tentei negar de todas as maneiras, sendo mais educada e gentil quanto era possível. Infelizmente ele me deixara sem alternativas ao insistir tão educadamente quanto eu. E enquanto estávamos indo para sua sala, a professora de História, Alice, nos interceptou no meio do corredor. Eu pensei que as coisas fossem melhorar e que eu fosse me safar de parecer um pato gigante com caibra, mas, caramba, eu nunca estivera tão errada.
-Anna! Te achei, finalmente! - Guinchou a professora. Ela era linda. Seus cabelos eram crespos e sua pele era tão escura quanto chocolate meio-amargo. Eu me espelhava nela para tudo (Ok, quase tudo. Eu não saía por aí atacando adolescentes). Seu senso de moda era impecável, sua personalidade era maravilhosa, sua aparência física era perfeita e Alice era tão inteligente que dava aulas sobre outros assuntos dentro de suas próprias aulas.
-Professora! Como vai?
- Bem, como sempre. Você tem um minutinho?
Quando eu estava prestes a responder, professor Nathan me interrompeu.
- Na verdade, não. Ela tem aula agora.
Ele estava mais inquieto que o comum, como se sentisse que a qualquer momento o teto da escola fosse desabar. Evitava o olhar da professora. Chegou até a segurar-me pelo pulso e tentar passar pelo corredor. Mas Alice se colocou à frente dele antes e falou com uma voz melodiosa.
- Não se preocupe, professor. Deixe a garota comigo. Vou cuidar dela direitinho. Vá.
Aparentemente atordoado, professor Nathan seguiu seu caminho sem insistir mais uma vez. Chegou até a bater de frente com uma pilastra, mas não se importou muito. Tarde demais, percebi que algo estava errado.
- Por que a senhora me chamou? - Perguntei.
- Me acompanhe até o estacionamento. É uma surpresa, um presente.
E eu não pude fazer nada a não ser acompanhá-la.
- A mitologia grega é uma das suas matérias preferidas, não é, Anna? - Perguntou a professora assim que chegamos ao estacionamento. Era um terreno atrás do prédio da escola, que dava para o nada.
- Sim, professora. Por que?
- Já ouviu falar de Afrodite, menina?
Nesse ponto eu já estava completamente desconfiada. Alice andava à minha frente em passos lentos, como se estivesse aproveitando cada centímetro percorrido.
- Sim. A deusa da beleza, do amor, da fertilidade. Os gregos a amavam. Eles gostavam muito daquilo que era belo, perfeito.
- Hum. - Resmungou a professora com desdém - Perfeição é uma palavra grande demais para aquela megera. Bela, sim. Mas de que adianta toda essa beleza se ela só pode demonstrar tudo em sua verdadeira forma, forma essa que mata os mortais? Eu não. Sou tão bonita assim quanto sou da minha forma originária, e os homens podem me ver e me desejar das duas maneiras. Não é excelente?
A maneira como ela falava passou a me incomodar mais ainda. Passei a me aproximar cada vez mais da porta de maneira bem lenta, para o caso de ela surtar.
- Professora Alice, o que você queria me mostrar?
- Verdade, quase me esqueci disso. Bem, Anna. Estive te observando por um tempo e eu me sinto incomodada em fazer isso, mas é por motivos científicos. Eu preciso comprovar algo.
- O quê?
De repente sua forma começou a mudar. Suas roupas sumiram e ao invés disso, asas de morcego e uma cauda surgiu em seu corpo. Ela era assustadora, mas ainda assim linda.
- Preciso comprovar se é verdade que semideuses são mais saborosos do que mortais. Eu prometo que não vai doer... muito.
Eu poderia te dizer que eu corri até não conseguir sentir mais minhas pernas. Ou então que gritei algo corajoso. Ou então que eu fiz alguma coisa. Mas na verdade, eu não conseguia nem me mover. Nem o som de derrota que deveria ter saído da minha garganta aconteceu. Eu simplesmente permaneci parada, observando em choque enquanto ela se aproximava. Era como aqueles sonhos agoniantes, em que você não consegue se mover nem falar, e apenas observa enquanto a morte se aproxima. Meu problema era que caso a morte chegasse, eu não iria acordar na minha cama quente e confortável.
- Eu costumava visitar os homens e tirar toda a sua força vital. Ou então os deixava loucos. Infelizmente, eu estou com fome e ela só pode ser saciada verdadeiramente se eu me alimentar de um dos filhos da beleza.
Sua voz era como uma canção, inundando os meus pensamentos. Eu me sentia frágil e assustada, mas ainda mais confusa. Eu só queria entender que diabos estava acontecendo, mas não me parecia que eu iria receber uma boa resposta.
- Eu sou uma succubus e, sendo tão inteligente, você já deveria ter entendido o que está acontecendo. Eu vou devorá-la, Anna, para que parte da minha força se estabeleça e eu volte a ser tão temida e desejada quanto antes. Agora fique calma. Relaxe e...
Repentinamente, sua voz cessou. Eu estava seguindo suas ordens, mesmo que contra minha vontade e me sentia extremamente relaxada, a ponto de perceber um pouco mais tarde que meu estado de imobilidade tinha passado. Precisei de alguns instantes para processar o que estava acontecendo: professor Nathan estava na porta do estacionamento, procurando por alguma coisa em seus bolsos. Alice/Mulher Morcego parecia transtornada e raivosa, e ao seu lado estava um tênis com um... pé falso. Olhei novamente para o professor Nathan, que havia tirado uma flauta de bambu do bolso e estava com o pé esquerdo descalço. Pé não, casco.
- Sátiro infame, você me paga!
Ela correu na direção do professor que, ao invés de tentar se esquivar, ficou parado como um bobo.
- Pagar quanto?
- Professor, corra! - Gritei. Automaticamente ele começou a correr na minha direção. Quando parou ao meu lado, levou a flauta aos lábios e tocou algumas notas de algo parecido com o começo de Sweet Child o' Mine, do Guns n' Roses. Me perguntei como era possível fazer um solo de guitarra tão bom com uma flauta.
Mas Alice não estava gostando, aparentemente. A grama crescia ao redor de seus pés, prendendo-os. Moscas, abelhas, mosquitos e todos os insetos ali presentes voaram ao redor dela, o que servia apenas para irritá-la.
- O que fazemos? - Perguntei, preocupada com o que provavelmente viria a seguir.
Professor Nathan terminou seu solo de flauta, o que foi suficiente para que a raiz de uma arvore próxima envolvesse metade da perna da succubus.
- Corremos, eu suponho.
Mas foi então que eu vi uma solução melhor. Um dos carros, bem próximo à saída, estava com as portas destravadas. Eu só precisava entrar nele, ligá-lo e o professor nos levaria até algum lugar seguro (Onde quer que fosse esse tal lugar).
- Professor, eu tenho um plano. Destraia ela!
Ele começou a tocar uma melodia que, se não era, se assemelhava muito à Wannabe, das Spice Girls. Aparentemente, estava dando certo. A raíz que envolvia a perna da minha ex professora maníaca carnívora estava engrossando cada vez mais, insetos se aglomeravam ao seu redor, tentando entrar em seus ouvidos, nariz e boca. Mas eu tinha a noção de que precisava correr, e foi o que fiz.
Entrei no carro aberto, abri o painel do carro abaixo do volante e procurei o feixe de fios que provavelmente seria o correto. Tentei me lembrar das orientações do meu tio e descasquei os fios, encostando os fios de cobre uns nos outros. Infelizmente, sorte não é uma palavra que gosta de mim. Longe disso.
O parabrisas começou a se movimentar, o rádio tocou alto e a buzina ressoou. Isso distraiu o professor Nathan, que trocou uma das notas e se atrapalhou todo. O efeito de sua flauta foi se esvaindo até que a succubus recobrou sua noção das coisas e se livrou daquilo que a atrapalhava. Xinguei alto por isso, conectando fios novamente, contando com a sorte, até encontrar a combinação perfeita. Nathan voltou a tocar sua flauta, agora entoando “What Makes You Beautiful”. A música provavelmente era conhecida pela succubus, que por um momento pareceu lisonjeada pela homenagem.
- Professor, quando estiver pronto!
Nathan soltou uma última nota arrasadora que atordoou a professora por tempo o suficiente para que ele corresse até o carro, tempo que usei para passar pro banco do passageiro.
- Tire-nos daqui! - Pedi, quase que em estado de desespero.
- Seria importante dizer que eu não sei dirigir? - Ele perguntou, para logo em seguida rir de nervoso. Xinguei alto, batendo o punho fechado no painel. Pulei para o banco do motorista, empurrando o professor para o outro lado.
Dei ré o máximo que pude, tendo em memória as lições de meu pai. Fui tão longe que, mesmo sem querer, atropelei a mulher demoníaca, que recobrava os sentidos para nos combater. O carro morreu e, quando consegui ligá-lo novamente, ela se levantou, atordoada, furiosa e com grilos entrelaçados em seus cabelos crespos. Com toda essa raiva não parecia tão bonita assim. O desespero tomou conta de mim e liguei o carro novamente, com buzina gritando e farol alto cegando-a, e não pude evitar: tive que atropelá-la novamente.
Saí dali o mais rápido que pude, pois não queria ver a succubus quando estivesse recuperada.
Sete quadras depois dali, achamos que seria prudente se ele tomasse a direção do carro. Ninguém se importa com um adulto dirigindo como um louco, as cidades estão cheias disso. Mas uma adolescente dirigindo de maneira impecável? É algo a se suspeitar.
Lhe dei todas as instruções que consegui para que ele dirigisse sem chamar muito atenção. Ele dirigia a 15Km por hora, mas pelo menos conseguiu nos tirar da cidade em segurança.
Depois de quinze minutos em silêncio, quando o choque não era tão grande, decidi xingar mais uma vez (Não que falar palavrões fosse meu costume, mas aquela situação era tão assustadora que merecia uma bela série de maldizeres).
- Seria possível você me dizer que diabos está acontecendo?
Ele se mexeu desconfortavelmente em seu assento. Talvez fosse o medo do trânsito ou o tópico da conversa.
- Então… Sabe os mitos gregos?
- Claro que eu sei. É a segunda vez que me perguntam sobre isso, e na primeira vez tentaram me devorar. - Guinchei irritada. Mal percebi que minha garganta havia se fechado num nó.
- Não se preocupe. Na verdade eu estou aqui para te proteger.
- Bem competente você, hein. - Resmunguei. Lágrimas encheram meus olhos mas não chegaram a transbordar. - Para onde você está me levando?
- Um lugar seguro para você. Cheio de pessoas como você. Lá você vai entender tudo isso bem melhor.
- Seja mais objetivo, por favor. Qual tipo de lugar?
Um carro nos ultrapassou e buzinou, seu motorista gritando para que Nathan fosse mais rápido.
- Acampamento Meio Sangue. - Ele falou, o que não respondia muita coisa.
- Tipo um acampamento de férias? E a minha família? Preciso ligar para eles. - Murmurei, procurando algum celular no porta-luvas ou nos compartimentos do carro.
- Não, não! Nada de ligações, por favor. Quer outra mulher-demônio daquelas ou algo ainda pior atrás de você?
Seu tom alarmado fez com que eu interrompesse minha procura e levantasse as mãos em rendição.
- Beleza! Mas eles vão ficar preocupados e…
- Não precisa se preocupar. Sua avó vai tomar conta de tudo. Ela é muito boa com a névoa.
Comecei a rir naquele instante. Gargalhei alto, mais do que nunca. Eu estava nervosa e esgotada emocionalmente, psicologicamente e fisicamente. Professor Nathan me olhou assustado, fazendo uma curva e fechando dois carros. E eu ri ainda mais alto.
- Por favor, me diga para onde nós estamos indo. - Pedi baixinho, com minha voz pequena e frágil, talvez retratando parte do meu estado de espírito.
- Estamos indo para Manhattan. Acampamento Meio Sangue para… semideuses. Filhos dos deuses com mortais. Você vai entender.
- Não, eu não vou entender. Mas tudo bem, eu tento.
Afrodite.
▬ Cite suas principais características físicas e emocionais.
Anna sempre fora elogiada por dois motivos: sua beleza embebida em pureza e sua inteligência notável. E talvez isso tenha contribuído para o crescimento de seu ego, apesar de ela sempre tentar esconder esse aspecto negativo. Com cabelos cacheados, castanhos e curtos, um nariz desenhado, um enorme sorriso, pele como café com leite, Anna possui feições delicadas e inocentes que escondem sua frieza relativa para com os que a cercam. Apesar de tudo, ela tenta o seu melhor para não ser notada de uma maneira negativa. Elogios são sempre bem-vindos, apesar de sua timidez notável.
▬ Diga-nos: por quê quer ser filho de tal Deus - ou ser tal ser mitológico?
Apesar de sua beleza - não do tipo provocante e sedutor, mas aquela beleza que agrada aos olhos e conta com uma contribuição da personalidade - Anna sempre conseguira ser bem persuasiva, usando a culpa como uma arma e a voz como uma ferramenta. Sentimentos fortes sempre lhe foram fáceis de descrever e dominar, principalmente o amor e o ódio (Pois é evidente que ambos são eternamente atrelados). No entanto, foram raras as vezes em que estivera profundamente ligada emocionalmente com alguém e talvez esse fosse um mecanismo de defesa; ou sua falha mortal. Afrodite, deusa do amor e da beleza, deseja apenas o melhor para os seus filhos (Apesar de muitas vezes, a definição de melhor da deusa fosse deturpada), dando-lhes a cobertura necessária para sobreviver num mundo caótico de monstros, espíritos e deuses. Anna atribui então sua beleza e facilidade em lidar com sentimentos à deusa.
▬ Relate a história da sua personagem - não haverá um limite de linhas definidos, deixe a sua criatividade fluir.
Meu Professor De Hip Hop Arrasa Na Flauta
Muitas coisas já me decepcionaram durante minha vida, mas a principal delas foi descobrir que minha professora de História era um demônio extremamente convincente, sexy e que queria me devorar.
Ela sempre fora legal comigo, respondendo com prazer às minhas perguntas e permitindo que eu a acompanhasse até a sala dos professores. Para ser sincera, me senti um pouco traída. Bem que ela poderia ter avisado antes, tipo "Ei Anna, seria legal se você viesse preparada para a próxima semana. Eu tenho um teste surpresa que não tem absolutamente nada a ver com a Segunda Guerra Mundial". Mas infelizmente não funcionou dessa maneira.
Eu tinha treze anos nessa época. Foi quando cortei meu cabelo, comprei um óculos maneiro (Já que inabilidades visuais podem sim ser compensadas com estilo) e comecei a aceitar minha aparência. Até meus quadris mais largos deixaram de me incomodar. Foi a época da minha vida em que comecei a sentir como se... eu fosse eu mesma. Anna Duarte! Ou Julia Duarte. Mas nunca os dois, por favor.
Começou como um dia comum. Acordar, me alimentar, ir para a escola. Até aí, nada demais. Era um dia de sexta-feira, quando eu tinha projetos interdisciplinares, e o projeto do dia era Hip Hop. Ou seja: dia de ir para a biblioteca. Não me leve a mal, eu apenas não me sentia confortável o suficiente para dançar. Apesar de todos os incentivos, minha "graça" estava demorando a aflorar, o que se caracteriza como eu andando e tropeçando a cada seis passos. Dança então estava fora de cogitação.
O problema é que o Universo tem algo contra dias comuns, e não permite que eu tenha um. As coisas começaram a sair de ordem quando o professor Nathan insistiu que eu estivesse na aula dele e pelo menos me esforçasse só um pouquinho para dançar. Eu tentei negar de todas as maneiras, sendo mais educada e gentil quanto era possível. Infelizmente ele me deixara sem alternativas ao insistir tão educadamente quanto eu. E enquanto estávamos indo para sua sala, a professora de História, Alice, nos interceptou no meio do corredor. Eu pensei que as coisas fossem melhorar e que eu fosse me safar de parecer um pato gigante com caibra, mas, caramba, eu nunca estivera tão errada.
-Anna! Te achei, finalmente! - Guinchou a professora. Ela era linda. Seus cabelos eram crespos e sua pele era tão escura quanto chocolate meio-amargo. Eu me espelhava nela para tudo (Ok, quase tudo. Eu não saía por aí atacando adolescentes). Seu senso de moda era impecável, sua personalidade era maravilhosa, sua aparência física era perfeita e Alice era tão inteligente que dava aulas sobre outros assuntos dentro de suas próprias aulas.
-Professora! Como vai?
- Bem, como sempre. Você tem um minutinho?
Quando eu estava prestes a responder, professor Nathan me interrompeu.
- Na verdade, não. Ela tem aula agora.
Ele estava mais inquieto que o comum, como se sentisse que a qualquer momento o teto da escola fosse desabar. Evitava o olhar da professora. Chegou até a segurar-me pelo pulso e tentar passar pelo corredor. Mas Alice se colocou à frente dele antes e falou com uma voz melodiosa.
- Não se preocupe, professor. Deixe a garota comigo. Vou cuidar dela direitinho. Vá.
Aparentemente atordoado, professor Nathan seguiu seu caminho sem insistir mais uma vez. Chegou até a bater de frente com uma pilastra, mas não se importou muito. Tarde demais, percebi que algo estava errado.
- Por que a senhora me chamou? - Perguntei.
- Me acompanhe até o estacionamento. É uma surpresa, um presente.
E eu não pude fazer nada a não ser acompanhá-la.
~x~
- A mitologia grega é uma das suas matérias preferidas, não é, Anna? - Perguntou a professora assim que chegamos ao estacionamento. Era um terreno atrás do prédio da escola, que dava para o nada.
- Sim, professora. Por que?
- Já ouviu falar de Afrodite, menina?
Nesse ponto eu já estava completamente desconfiada. Alice andava à minha frente em passos lentos, como se estivesse aproveitando cada centímetro percorrido.
- Sim. A deusa da beleza, do amor, da fertilidade. Os gregos a amavam. Eles gostavam muito daquilo que era belo, perfeito.
- Hum. - Resmungou a professora com desdém - Perfeição é uma palavra grande demais para aquela megera. Bela, sim. Mas de que adianta toda essa beleza se ela só pode demonstrar tudo em sua verdadeira forma, forma essa que mata os mortais? Eu não. Sou tão bonita assim quanto sou da minha forma originária, e os homens podem me ver e me desejar das duas maneiras. Não é excelente?
A maneira como ela falava passou a me incomodar mais ainda. Passei a me aproximar cada vez mais da porta de maneira bem lenta, para o caso de ela surtar.
- Professora Alice, o que você queria me mostrar?
- Verdade, quase me esqueci disso. Bem, Anna. Estive te observando por um tempo e eu me sinto incomodada em fazer isso, mas é por motivos científicos. Eu preciso comprovar algo.
- O quê?
De repente sua forma começou a mudar. Suas roupas sumiram e ao invés disso, asas de morcego e uma cauda surgiu em seu corpo. Ela era assustadora, mas ainda assim linda.
- Preciso comprovar se é verdade que semideuses são mais saborosos do que mortais. Eu prometo que não vai doer... muito.
Eu poderia te dizer que eu corri até não conseguir sentir mais minhas pernas. Ou então que gritei algo corajoso. Ou então que eu fiz alguma coisa. Mas na verdade, eu não conseguia nem me mover. Nem o som de derrota que deveria ter saído da minha garganta aconteceu. Eu simplesmente permaneci parada, observando em choque enquanto ela se aproximava. Era como aqueles sonhos agoniantes, em que você não consegue se mover nem falar, e apenas observa enquanto a morte se aproxima. Meu problema era que caso a morte chegasse, eu não iria acordar na minha cama quente e confortável.
- Eu costumava visitar os homens e tirar toda a sua força vital. Ou então os deixava loucos. Infelizmente, eu estou com fome e ela só pode ser saciada verdadeiramente se eu me alimentar de um dos filhos da beleza.
Sua voz era como uma canção, inundando os meus pensamentos. Eu me sentia frágil e assustada, mas ainda mais confusa. Eu só queria entender que diabos estava acontecendo, mas não me parecia que eu iria receber uma boa resposta.
- Eu sou uma succubus e, sendo tão inteligente, você já deveria ter entendido o que está acontecendo. Eu vou devorá-la, Anna, para que parte da minha força se estabeleça e eu volte a ser tão temida e desejada quanto antes. Agora fique calma. Relaxe e...
Repentinamente, sua voz cessou. Eu estava seguindo suas ordens, mesmo que contra minha vontade e me sentia extremamente relaxada, a ponto de perceber um pouco mais tarde que meu estado de imobilidade tinha passado. Precisei de alguns instantes para processar o que estava acontecendo: professor Nathan estava na porta do estacionamento, procurando por alguma coisa em seus bolsos. Alice/Mulher Morcego parecia transtornada e raivosa, e ao seu lado estava um tênis com um... pé falso. Olhei novamente para o professor Nathan, que havia tirado uma flauta de bambu do bolso e estava com o pé esquerdo descalço. Pé não, casco.
- Sátiro infame, você me paga!
Ela correu na direção do professor que, ao invés de tentar se esquivar, ficou parado como um bobo.
- Pagar quanto?
- Professor, corra! - Gritei. Automaticamente ele começou a correr na minha direção. Quando parou ao meu lado, levou a flauta aos lábios e tocou algumas notas de algo parecido com o começo de Sweet Child o' Mine, do Guns n' Roses. Me perguntei como era possível fazer um solo de guitarra tão bom com uma flauta.
Mas Alice não estava gostando, aparentemente. A grama crescia ao redor de seus pés, prendendo-os. Moscas, abelhas, mosquitos e todos os insetos ali presentes voaram ao redor dela, o que servia apenas para irritá-la.
- O que fazemos? - Perguntei, preocupada com o que provavelmente viria a seguir.
Professor Nathan terminou seu solo de flauta, o que foi suficiente para que a raiz de uma arvore próxima envolvesse metade da perna da succubus.
- Corremos, eu suponho.
Mas foi então que eu vi uma solução melhor. Um dos carros, bem próximo à saída, estava com as portas destravadas. Eu só precisava entrar nele, ligá-lo e o professor nos levaria até algum lugar seguro (Onde quer que fosse esse tal lugar).
- Professor, eu tenho um plano. Destraia ela!
Ele começou a tocar uma melodia que, se não era, se assemelhava muito à Wannabe, das Spice Girls. Aparentemente, estava dando certo. A raíz que envolvia a perna da minha ex professora maníaca carnívora estava engrossando cada vez mais, insetos se aglomeravam ao seu redor, tentando entrar em seus ouvidos, nariz e boca. Mas eu tinha a noção de que precisava correr, e foi o que fiz.
Entrei no carro aberto, abri o painel do carro abaixo do volante e procurei o feixe de fios que provavelmente seria o correto. Tentei me lembrar das orientações do meu tio e descasquei os fios, encostando os fios de cobre uns nos outros. Infelizmente, sorte não é uma palavra que gosta de mim. Longe disso.
O parabrisas começou a se movimentar, o rádio tocou alto e a buzina ressoou. Isso distraiu o professor Nathan, que trocou uma das notas e se atrapalhou todo. O efeito de sua flauta foi se esvaindo até que a succubus recobrou sua noção das coisas e se livrou daquilo que a atrapalhava. Xinguei alto por isso, conectando fios novamente, contando com a sorte, até encontrar a combinação perfeita. Nathan voltou a tocar sua flauta, agora entoando “What Makes You Beautiful”. A música provavelmente era conhecida pela succubus, que por um momento pareceu lisonjeada pela homenagem.
- Professor, quando estiver pronto!
Nathan soltou uma última nota arrasadora que atordoou a professora por tempo o suficiente para que ele corresse até o carro, tempo que usei para passar pro banco do passageiro.
- Tire-nos daqui! - Pedi, quase que em estado de desespero.
- Seria importante dizer que eu não sei dirigir? - Ele perguntou, para logo em seguida rir de nervoso. Xinguei alto, batendo o punho fechado no painel. Pulei para o banco do motorista, empurrando o professor para o outro lado.
Dei ré o máximo que pude, tendo em memória as lições de meu pai. Fui tão longe que, mesmo sem querer, atropelei a mulher demoníaca, que recobrava os sentidos para nos combater. O carro morreu e, quando consegui ligá-lo novamente, ela se levantou, atordoada, furiosa e com grilos entrelaçados em seus cabelos crespos. Com toda essa raiva não parecia tão bonita assim. O desespero tomou conta de mim e liguei o carro novamente, com buzina gritando e farol alto cegando-a, e não pude evitar: tive que atropelá-la novamente.
Saí dali o mais rápido que pude, pois não queria ver a succubus quando estivesse recuperada.
~x~
Sete quadras depois dali, achamos que seria prudente se ele tomasse a direção do carro. Ninguém se importa com um adulto dirigindo como um louco, as cidades estão cheias disso. Mas uma adolescente dirigindo de maneira impecável? É algo a se suspeitar.
Lhe dei todas as instruções que consegui para que ele dirigisse sem chamar muito atenção. Ele dirigia a 15Km por hora, mas pelo menos conseguiu nos tirar da cidade em segurança.
Depois de quinze minutos em silêncio, quando o choque não era tão grande, decidi xingar mais uma vez (Não que falar palavrões fosse meu costume, mas aquela situação era tão assustadora que merecia uma bela série de maldizeres).
- Seria possível você me dizer que diabos está acontecendo?
Ele se mexeu desconfortavelmente em seu assento. Talvez fosse o medo do trânsito ou o tópico da conversa.
- Então… Sabe os mitos gregos?
- Claro que eu sei. É a segunda vez que me perguntam sobre isso, e na primeira vez tentaram me devorar. - Guinchei irritada. Mal percebi que minha garganta havia se fechado num nó.
- Não se preocupe. Na verdade eu estou aqui para te proteger.
- Bem competente você, hein. - Resmunguei. Lágrimas encheram meus olhos mas não chegaram a transbordar. - Para onde você está me levando?
- Um lugar seguro para você. Cheio de pessoas como você. Lá você vai entender tudo isso bem melhor.
- Seja mais objetivo, por favor. Qual tipo de lugar?
Um carro nos ultrapassou e buzinou, seu motorista gritando para que Nathan fosse mais rápido.
- Acampamento Meio Sangue. - Ele falou, o que não respondia muita coisa.
- Tipo um acampamento de férias? E a minha família? Preciso ligar para eles. - Murmurei, procurando algum celular no porta-luvas ou nos compartimentos do carro.
- Não, não! Nada de ligações, por favor. Quer outra mulher-demônio daquelas ou algo ainda pior atrás de você?
Seu tom alarmado fez com que eu interrompesse minha procura e levantasse as mãos em rendição.
- Beleza! Mas eles vão ficar preocupados e…
- Não precisa se preocupar. Sua avó vai tomar conta de tudo. Ela é muito boa com a névoa.
Comecei a rir naquele instante. Gargalhei alto, mais do que nunca. Eu estava nervosa e esgotada emocionalmente, psicologicamente e fisicamente. Professor Nathan me olhou assustado, fazendo uma curva e fechando dois carros. E eu ri ainda mais alto.
- Por favor, me diga para onde nós estamos indo. - Pedi baixinho, com minha voz pequena e frágil, talvez retratando parte do meu estado de espírito.
- Estamos indo para Manhattan. Acampamento Meio Sangue para… semideuses. Filhos dos deuses com mortais. Você vai entender.
- Não, eu não vou entender. Mas tudo bem, eu tento.
Naju Diara
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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5
Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
Naju Diara - Reprovada
Olá, Naju! Infelizmente tive que te reprovar, pois não existe o momento de reclamação na sua ficha (Esse é um ponto obrigatório). Porém, devo falar que sua ficha foi excelente e sua personagem é simplesmente MUITO envolvente! Não desista, tenha certeza que se você adicionar a reclamação da sua personagem, você será aceita! <3
Qualquer dúvida: Mp, facebook e/ou twitter (os links tão tudo aqui do ladinho)
Willow Demurrage
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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Localização :
Acampamento Meio-Sangue.
Re: Ficha de Reclamação
Por qual Deus você deseja ser reclamado e por quê?
Por Selene, porque a prole de Selene se encaixa muito bem na minha trama.
Características Físicas: Um metro e setenta e seis de altura, cabelos castanhos avermelhados quase ruivos, olhos levemente verdes, pele clara.
Características Psicológicas: Alice sempre foi mimada pelo pai, mas isso não tornou-a patricinha, ela nunca enfrentou dificuldades mas etá pronta para vencer seus obstáculos, ela é decidida, confiante e inteligente, mas pode ser bem preguiçosa as vezes, e ingenua.
História
A noite era esperada com muita ansiedade. Alice Grimmer, uma aspirante a astrônoma, tinha fascinação pelos astros noturnos, porém a lua era sempre o seu foco. Embora a garota passasse horas observando a grande pedra branca flutuante e não visse nada demais, ela ainda esperava ansiosamente a aparição de sua amiga, a lua.
Os dias em Nova Yorke eram sempre iguais para Alice já que a garota não aproveitava a cidade. Alice acordava, escovava os dentes, comia, tomava banho e ia para a escola, depois voltava e ficava a esmo pelo seu enorme apartamento esperando algo legal acontecer, se nada acontecesse ela simplesmente esperava o anoitecer e ia para o terraço de sua cobertura para observar o céu, claro que a claridade da cidade atrapalhava muito, mas ela possuía o melhor telescópio portátil que o dinheiro podia comprar.
A família de Alice era bem rica, seu pai, um astrônomo famoso e aposentado, vivia sempre presente com a garota e ensinou tudo que pode para ela sobre os mistérios espaciais e como explorá-los. Eles eram bem próximos e conversavam sobre absolutamente tudo, o que era estranho em certos momentos, mas o único assunto que ele se recusava a comentar era sobre sua mãe desconhecida, ele simplesmente dizia que a garota sabia exatamente onde a mãe estava e que ambas se observavam por horas, nunca falava mais que isso.
Alice tinha dezesseis anos e era linda, tinha um corpo bem desenhado, seus cabelos eram longos e castanhos avermelhados chegados para o ruivo e seus olhos eram levemente verdes, tinha a altura quase ideal, sua personalidade era calma e apreensiva, levemente preguiçosa. Com suas características físicas conseguia a atenção de muitos garotos e quando finalmente chamou à atenção de seu amado a garota foi as estrelas.
Com um piquenique marcado para o sábado à noite Alice convenceu o pai a conhecer o garoto e ambos conversaram durante horas sobre seu pretendente, no fim o pai da garota achou que não seria ruim dar um pouco de liberdade a filha.
Marc tocou a campainha as 18:00 horas em ponto e quem o atendeu foi Alyssom, o pai da garota. Petiscos foram oferecidos, bebidas cumpriram suas funções e quando o interrogatório acabou Alice ganhou um spray de pimenta e foi liberada.
Em um mirante estranhamente vazio, Alice e Marc começaram seu jantar romântico com sanduíches de pasta de amendoim, batatinhas e vodka. O garoto se mostrou engraçado no inicio, mas depois que esvaziou um terço da garrafa sozinho ele começou a ser inconveniente. Perguntas sobre a intimidade da garota foram feitas e a bebida foi oferecida diversas vezes, mas Alice negou e contornou as perguntas como pode.Ele tentava beijar e assediar a garota de todos os jeitos, Alice já estava quase no limite e pedia para irem em borá a cada cinco minutos. Em um determinado momento o garoto avançou sobre Alice e tentou beijá-la a força enquanto sua mão passeava pelo corpo da garota, Alice deu uma joelhada no estomago dele e levantou depressa, ela começou a gritar e xingar ele, mas algo pior iria acontecer.
Enquanto o garoto se desculpava e se aproximava dela tentando acalmá-la ele escondia uma pequena faca atrás do corpo. Marc se aproximava e Alice se afastava, sua raiva foi diminuindo vagarosamente, as palavras do garoto pareciam verdadeiras, mas ela não estava preparada para o que ele queria e isso a deixou desconfiada e com um pouco de medo.
O garoto parecia cambalear, mas de repente ele saltou em direção a sua vitima e Alice pode ver o brilho da faca na mão de seu agressor.
- Você vai me dar o que eu quero ou eu vou ter que tomar a força?
Marc agarrou o pulso de Alice enquanto a garota procurava o spray de pimenta desesperadamente, lembrando-se que a arma química estava na bolsa dentro do carro do garoto. Sem a proteção apimentada Alice tentou lutar contra o recém descoberto estuprador, mas a faca era muito ameaçadora e o garoto era mai forte que ela, o desespero tomou conta da garota, as duas mão de Alice foram imobilizadas e ela começou a gritar, desesperadamente e sem motivo olhou para cima e viu a lua, ela estava em fase de lua cheia, grande, gorda e brilhante. Estranhamente acolhedora, uma sensação estranha tomou conta da garota e ela sentiu a preção nos pulso aliviar um pouco quando Marc foi surpreendido por uma estranha luz branca que banhava seu rosto.
A distração foi perfeita, por impulso Alice soltou a mão direita e ficou horrorizada. Sua mão estava brilhando em um tom branco azulado e suas unhas eram garras, mas a garota sabia que não podia perder tempo verificando sua anatomia naquele momento. Marc tentou prende-la de novo, mas a garota usou suas novas unhas e atacou a barriga de seu agressor, o garoto uivou de dor e se encolheu, Alice continuo atacando todos os pontos vulneráveis que via. Marc se jogou no chão em direção as pernas de Alice na intenção de derrubá-la, mas parecia que a bebida estava realmente fazendo efeito e o garotou caiu abruptamente aos pés da garota.
Alice correu na direção do carro enquanto olhava o garoto ensanguentado tentando inutilmente se levantar. A garota entrou no carro e trancou as portas, olhou seu corpo e viu que o brilho que emanava havia sumido assim como suas unhas haviam voltado ao normal, mas ao pensar naquela estranha sensação quando olhou para a lua algo começou a brilhar de novo, mas dessa vez não era ela, o interior do carro estava todo iluminado só que a luz não vinha de fora, Alice surpresa olhou para cima de si mesmo e viu uma grande lua cheia brilhando sobre sua cabeça, a garota foi tomada por tranqüilidade e ficou hipnotizada com a luz emanada da imagem flutuante.
Alice entrou em um estado semelhante ao estupor, mas foi arrancada de lá quando Marc se atirou contra a porta do carro trincando todo o vidro e amassando a porta, Alice temeu que a chave do carro estivesse com o garoto, mas o grandessíssimo idiota havia deixado-a na ignição, sem pensar duas vezes a garota ligou o carro e acelerou desesperadamente em direção a cidade.
No meio do caminho a realidade veio à tona e Alice teve que parar o carro no acostamento para chorar. A garota que só queria achar a pessoa certa para que sua vida ficasse perfeita foi atacado pelo seu pretendente, quase foi estuprada e fora agredida, de repente começou a brilhar, desenvolveu garras e atacou seu amado/agressor com suas novas unhas anormais, deixou-o sangrando no chão e quando achou que estava em segurança a imagem de uma lua cheia brotou sobre sua cabeça. Era coisa demais para processar. Alice chorou por um tempo, depois voltou a ligar o carro e foi para casa, precisava do pai.
Chegou a casa e ao encontrar o pai sorridente voltou a se debulhar em lagrimas, o pai desesperado tentou amparar a filha e perguntou o que houve, passado um tempo Alice se acalmou e tudo foi esclarecido. O pai de da garota desejava ir atrás de seu agressor e torturá-lo, mas assuntos mais importantes deveriam ser discutidos.
Alyssom começou a arrumar as malas da garota e a arrastou para o carro. Enquanto o pai da garota acelerava a uma velocidade assustadora, ele tentava explicar algumas coisas estranhas sobre uma deusa e um lugar seguro.
Ao que parecia, agora que Alice havia sido reclamada, seja lá o que isso significasse, seu cheiro ficaria mais forte e ela correria perigo. Depois de perguntar por que correria perigo, foi-lhe explicado que sua mãe era Selene, a personificação da lua na mitologia grega. Alice pensou um pouco e algumas coisas começaram a fazer sentido, como seu fascínio pela lua e porque uma lua cheia havia aparecido sobre sua abeca. Depois a garota perguntou para onde iriam e lhe foi explicado que se encaminhavam para o acampamento meio sangue, aonde semideuses como ela aprendiam a se defender e cresciam em segurança.
Alice e seu pai conversaram durante horas, Alyssom explicou que não poderia acompanhar a garota, mas que ficaria tudo bem, Alice relutou em abandonar o pai, mas os argumentos dele eram imbatíveis, finalmente eles entraram em um acordo e o cansaço venceu a garota, Alice se recostou e pensou em tudo que seu pai disse. Será que realmente teria que abandonar tudo? Tudo ainda parecia um absurdo, mas Alice acabou se rendendo e deixou o sono apoderar-se dela e o destino apoderar-se de sua vida.
Kissa Donnely
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Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
ficha de reclamação
Alice Grimmer — Reclamada como filha de Selene
Bem, Alice, eu já tinha te avaliado outras vezes, e me sinto feliz em dizer que você melhorou bastante. Ainda pude encontrar algumas palavras que faltaram acentuação e algumas vírgulas posicionadas em locais errados, mas creio que cada dia você vai melhorar mais.
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Re: Ficha de Reclamação
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Afrodite. Apesar de sua beleza - não do tipo provocante e sedutor, mas aquela beleza que agrada aos olhos e conta com uma contribuição da personalidade - Anna sempre conseguira ser bem persuasiva, usando a culpa como uma arma e a voz como uma ferramenta. Sentimentos fortes sempre lhe foram fáceis de descrever e dominar, principalmente o amor e o ódio (Pois é evidente que ambos são eternamente atrelados). No entanto, foram raras as vezes em que estivera profundamente ligada emocionalmente com alguém e talvez esse fosse um mecanismo de defesa; ou sua falha mortal. Afrodite, deusa do amor e da beleza, deseja apenas o melhor para os seus filhos (Apesar de muitas vezes, a definição de melhor da deusa fosse deturpada), dando-lhes a cobertura necessária para sobreviver num mundo caótico de monstros, espíritos, deuses e amor.
Anna atribui então sua beleza e facilidade em lidar com sentimentos à deusa.
- Perfil do Personagem (Características Físicas e Características Psicológicas - preferencialmente separadas)
Características físicas: Cabelos encaracolados, castanhos e curtos. Olhos castanhos e gentis, que são excelentes quando se trata de esconder certos tipos de sentimentos – ou expô-los ao máximo. Pele na cor de leite com café, marcada por diversas pequenas cicatrizes que Anna não faz questão nenhuma de esconder. Lábios carnudos e um nariz perfeitamente desenhado, acompanhados por dois dentes frontais separados que ela primeiro se acostumara a ter, e depois aprendera a amar. Características psicológicas: Talvez suas características puras e agradáveis tenham contribuído para o crescimento de seu ego, apesar de ela sempre tentar esconder esse aspecto negativo. Suas feições delicadas, já descritas acima, também podem ser grandes máscaras para sua frieza em relação àqueles que a cercam.
Apesar de tudo, ela tenta o seu melhor para não ser notada de uma maneira negativa. Elogios são sempre bem-vindos, apesar de sua timidez notável, pois independente das características egocêntricas, Anna não mede esforços ao realizar seus objetivos com esmeros.
Um de seus piores defeitos é a covardia: apesar de lidar com sentimentos muito bem, as situações que possam ferir sua moral a assustam, e um de seus primeiros impulsos é evitar se colocar em cenários assim.
História da Personagem
Meu Professor de Hip Hop Arrasa na Flauta
Muitas coisas já me decepcionaram durante minha vida, mas a principal delas foi descobrir que minha professora de História era um demônio extremamente convincente, sexy e que queria me devorar.
Ela sempre fora legal comigo, respondendo com prazer às minhas perguntas e permitindo que eu a acompanhasse até a sala dos professores. Para ser sincera, me senti um pouco traída. Bem que ela poderia ter avisado antes, tipo "Ei Anna, seria legal se você viesse preparada para a próxima semana. Eu tenho um teste surpresa que não tem absolutamente nada a ver com a Segunda Guerra Mundial". Mas infelizmente não funcionou dessa maneira.
Eu tinha treze anos nessa época. Foi quando cortei meu cabelo, comprei um óculos maneiro (Já que inabilidades visuais podem sim ser compensadas com estilo) e comecei a aceitar minha aparência. Até meus quadris mais largos deixaram de me incomodar. Foi a época da minha vida em que comecei a sentir como se... eu fosse eu mesma. Anna Duarte! Ou Julia Duarte. Mas nunca os dois, por favor.
Começou como um dia comum. Acordar, me alimentar, ir para a escola. Até aí, nada demais. Era um dia de sexta-feira, quando eu tinha projetos interdisciplinares, e o projeto do dia era Hip Hop. Ou seja: dia de ir para a biblioteca. Não me leve a mal, eu apenas não me sentia confortável o suficiente para dançar. Apesar de todos os incentivos, minha "graça" estava demorando a aflorar, o que se caracteriza como eu andando e tropeçando a cada seis passos. Dança então estava fora de cogitação.
O problema é que o Universo tem algo contra dias comuns, e não permite que eu tenha um. As coisas começaram a sair de ordem quando o professor Nathan insistiu que eu estivesse na aula dele e pelo menos me esforçasse só um pouquinho para dançar. Eu tentei negar de todas as maneiras, sendo mais educada e gentil quanto era possível. Infelizmente ele me deixara sem alternativas ao insistir tão educadamente quanto eu. E enquanto estávamos indo para sua sala, a professora de História, Alice, nos interceptou no meio do corredor. Eu pensei que as coisas fossem melhorar e que eu fosse me safar de parecer um pato gigante com caibra, mas, caramba, eu nunca estivera tão errada.
-Anna! Te achei, finalmente! - Guinchou a professora. Ela era linda. Seus cabelos eram crespos e sua pele era tão escura quanto chocolate meio-amargo. Eu me espelhava nela para tudo (Ok, quase tudo. Eu não saía por aí atacando adolescentes). Seu senso de moda era impecável, sua personalidade era maravilhosa, sua aparência física era perfeita e Alice era tão inteligente que dava aulas sobre outros assuntos dentro de suas próprias aulas.
-Professora! Como vai?
- Bem, como sempre. Você tem um minutinho?
Quando eu estava prestes a responder, professor Nathan me interrompeu.
- Na verdade, não. Ela tem aula agora.
Ele estava mais inquieto que o comum, como se sentisse que a qualquer momento o teto da escola fosse desabar. Evitava o olhar da professora. Chegou até a segurar-me pelo pulso e tentar passar pelo corredor. Mas Alice se colocou à frente dele antes e falou com uma voz melodiosa.
- Não se preocupe, professor. Deixe a garota comigo. Vou cuidar dela direitinho. Vá.
Aparentemente atordoado, professor Nathan seguiu seu caminho sem insistir mais uma vez. Chegou até a bater de frente com uma pilastra, mas não se importou muito. Tarde demais, percebi que algo estava errado.
- Por que a senhora me chamou? - Perguntei.
- Me acompanhe até o estacionamento. É uma surpresa, um presente.
E eu não pude fazer nada a não ser acompanhá-la.
~x~
- A mitologia grega é uma das suas matérias preferidas, não é, Anna? - Perguntou a professora assim que chegamos ao estacionamento. Era um terreno atrás do prédio da escola, que dava para o nada.
- Sim, professora. Por que?
- Já ouviu falar de Afrodite, menina?
Nesse ponto eu já estava completamente desconfiada. Alice andava à minha frente em passos lentos, como se estivesse aproveitando cada centímetro percorrido.
- Sim. A deusa da beleza, do amor, da fertilidade. Os gregos a amavam. Eles gostavam muito daquilo que era belo, perfeito.
- Hum. - Resmungou a professora com desdém - Perfeição é uma palavra grande demais para aquela megera. Bela, sim. Mas de que adianta toda essa beleza se ela só pode demonstrar tudo em sua verdadeira forma, forma essa que mata os mortais? Eu não. Sou tão bonita assim quanto sou da minha forma originária, e os homens podem me ver e me desejar das duas maneiras. Não é excelente?
A maneira como ela falava passou a me incomodar mais ainda. Passei a me aproximar cada vez mais da porta de maneira bem lenta, para o caso de ela surtar.
- Professora Alice, o que você queria me mostrar?
- Verdade, quase me esqueci disso. Bem, Anna. Estive te observando por um tempo e eu me sinto incomodada em fazer isso, mas é por motivos científicos. Eu preciso comprovar algo.
- O quê?
De repente sua forma começou a mudar. Suas roupas sumiram e ao invés disso, asas de morcego e uma cauda surgiu em seu corpo. Ela era assustadora, mas ainda assim linda.
- Preciso comprovar se é verdade que semideuses são mais saborosos do que mortais. Eu prometo que não vai doer... muito.
Eu poderia te dizer que eu corri até não conseguir sentir mais minhas pernas. Ou então que gritei algo corajoso. Ou então que eu fiz alguma coisa. Mas na verdade, eu não conseguia nem me mover. Nem o som de derrota que deveria ter saído da minha garganta aconteceu. Eu simplesmente permaneci parada, observando em choque enquanto ela se aproximava. Era como aqueles sonhos agoniantes, em que você não consegue se mover nem falar, e apenas observa enquanto a morte se aproxima. Meu problema era que caso a morte chegasse, eu não iria acordar na minha cama quente e confortável.
- Eu costumava visitar os homens e tirar toda a sua força vital. Ou então os deixava loucos. Infelizmente, eu estou com fome e ela só pode ser saciada verdadeiramente se eu me alimentar de um dos filhos da beleza.
Sua voz era como uma canção, inundando os meus pensamentos. Eu me sentia frágil e assustada, mas ainda mais confusa. Eu só queria entender que diabos estava acontecendo, mas não me parecia que eu iria receber uma boa resposta.
- Eu sou uma succubus e, sendo tão inteligente, você já deveria ter entendido o que está acontecendo. Eu vou devorá-la, Anna, para que parte da minha força se estabeleça e eu volte a ser tão temida e desejada quanto antes. Agora fique calma. Relaxe e...
Repentinamente, sua voz cessou. Eu estava seguindo suas ordens, mesmo que contra minha vontade e me sentia extremamente relaxada, a ponto de perceber um pouco mais tarde que meu estado de imobilidade tinha passado. Precisei de alguns instantes para processar o que estava acontecendo: professor Nathan estava na porta do estacionamento, procurando por alguma coisa em seus bolsos. Alice/Mulher Morcego parecia transtornada e raivosa, e ao seu lado estava um tênis com um... pé falso. Olhei novamente para o professor Nathan, que havia tirado uma flauta de bambu do bolso e estava com o pé esquerdo descalço. Pé não, casco.
- Sátiro infame, você me paga!
Ela correu na direção do professor que, ao invés de tentar se esquivar, ficou parado como um bobo.
- Pagar quanto?
- Professor, corra! - Gritei. Automaticamente ele começou a correr na minha direção. Quando parou ao meu lado, levou a flauta aos lábios e tocou algumas notas de algo parecido com o começo de Sweet Child o' Mine, do Guns n' Roses. Me perguntei como era possível fazer um solo de guitarra tão bom com uma flauta.
Mas Alice não estava gostando, aparentemente. A grama crescia ao redor de seus pés, prendendo-os. Moscas, abelhas, mosquitos e todos os insetos ali presentes voaram ao redor dela, o que servia apenas para irritá-la.
- O que fazemos? - Perguntei, preocupada com o que provavelmente viria a seguir.
Professor Nathan terminou seu solo de flauta, o que foi suficiente para que a raiz de uma arvore próxima envolvesse metade da perna da succubus.
- Corremos, eu suponho.
Mas foi então que eu vi uma solução melhor. Um dos carros, bem próximo à saída, estava com as portas destravadas. Eu só precisava entrar nele, ligá-lo e o professor nos levaria até algum lugar seguro (Onde quer que fosse esse tal lugar).
- Professor, eu tenho um plano. Destraia ela!
Ele começou a tocar uma melodia que, se não era, se assemelhava muito à Wannabe, das Spice Girls. Aparentemente, estava dando certo. A raíz que envolvia a perna da minha ex professora maníaca carnívora estava engrossando cada vez mais, insetos se aglomeravam ao seu redor, tentando entrar em seus ouvidos, nariz e boca. Mas eu tinha a noção de que precisava correr, e foi o que fiz.
Entrei no carro aberto, abri o painel do carro abaixo do volante e procurei o feixe de fios que provavelmente seria o correto. Tentei me lembrar das orientações do meu tio e descasquei os fios, encostando os fios de cobre uns nos outros. Infelizmente, sorte não é uma palavra que gosta de mim. Longe disso.
O parabrisas começou a se movimentar, o rádio tocou alto e a buzina ressoou. Isso distraiu o professor Nathan, que trocou uma das notas e se atrapalhou todo. O efeito de sua flauta foi se esvaindo até que a succubus recobrou sua noção das coisas e se livrou daquilo que a atrapalhava. Xinguei alto por isso, conectando fios novamente, contando com a sorte, até encontrar a combinação perfeita. Nathan voltou a tocar sua flauta, agora entoando “What Makes You Beautiful”. A música provavelmente era conhecida pela succubus, que por um momento pareceu lisonjeada pela homenagem.
- Professor, quando estiver pronto!
Nathan soltou uma última nota arrasadora que atordoou a professora por tempo o suficiente para que ele corresse até o carro, tempo que usei para passar pro banco do passageiro.
- Tire-nos daqui! - Pedi, quase que em estado de desespero.
- Seria importante dizer que eu não sei dirigir? - Ele perguntou, para logo em seguida rir de nervoso. Xinguei alto, batendo o punho fechado no painel. Pulei para o banco do motorista, empurrando o professor para o outro lado.
Dei ré o máximo que pude, tendo em memória as lições de meu pai. Fui tão longe que, mesmo sem querer, atropelei a mulher demoníaca, que recobrava os sentidos para nos combater. O carro morreu e, quando consegui ligá-lo novamente, ela se levantou, atordoada, furiosa e com grilos entrelaçados em seus cabelos crespos. Com toda essa raiva não parecia tão bonita assim. O desespero tomou conta de mim e liguei o carro novamente, com buzina gritando e farol alto cegando-a, e não pude evitar: tive que atropelá-la novamente.
Saí dali o mais rápido que pude, pois não queria ver a succubus quando estivesse recuperada.
~x~
Sete quadras depois dali, achamos que seria prudente se ele tomasse a direção do carro. Ninguém se importa com um adulto dirigindo como um louco, as cidades estão cheias disso. Mas uma adolescente dirigindo de maneira impecável? É algo a se suspeitar.
Lhe dei todas as instruções que consegui para que ele dirigisse sem chamar muito atenção. Ele dirigia a 15Km por hora, mas pelo menos conseguiu nos tirar da cidade em segurança.
Depois de quinze minutos em silêncio, quando o choque não era tão grande, decidi xingar mais uma vez (Não que falar palavrões fosse meu costume, mas aquela situação era tão assustadora que merecia uma bela série de maldizeres).
- Seria possível você me dizer que diabos está acontecendo?
Ele se mexeu desconfortavelmente em seu assento. Talvez fosse o medo do trânsito ou o tópico da conversa.
- Então… Sabe os mitos gregos?
- Claro que eu sei. É a segunda vez que me perguntam sobre isso, e na primeira vez tentaram me devorar. - Guinchei irritada. Mal percebi que minha garganta havia se fechado num nó.
- Não se preocupe. Na verdade eu estou aqui para te proteger.
- Bem competente você, hein. - Resmunguei. Lágrimas encheram meus olhos mas não chegaram a transbordar. - Para onde você está me levando?
- Um lugar seguro para você. Cheio de pessoas como você. Lá você vai entender tudo isso bem melhor.
- Seja mais objetivo, por favor. Qual tipo de lugar?
Um carro nos ultrapassou e buzinou, seu motorista gritando para que Nathan fosse mais rápido.
- Acampamento Meio Sangue. - Ele falou, o que não respondia muita coisa.
- Tipo um acampamento de férias? E a minha família? Preciso ligar para eles. - Murmurei, procurando algum celular no porta-luvas ou nos compartimentos do carro.
- Não, não! Nada de ligações, por favor. Quer outra mulher-demônio daquelas ou algo ainda pior atrás de você?
Seu tom alarmado fez com que eu interrompesse minha procura e levantasse as mãos em rendição.
- Beleza! Mas eles vão ficar preocupados e…
- Não precisa se preocupar. Sua avó vai tomar conta de tudo. Ela é muito boa com a névoa.
Comecei a rir naquele instante. Gargalhei alto, mais do que nunca. Eu estava nervosa e esgotada emocionalmente, psicologicamente e fisicamente. Professor Nathan me olhou assustado, fazendo uma curva e fechando dois carros. E eu ri ainda mais alto.
- Por favor, me diga para onde nós estamos indo. - Pedi baixinho, com minha voz pequena e frágil, talvez retratando parte do meu estado de espírito.
- Estamos indo para Manhattan. Acampamento Meio Sangue para… semideuses. Filhos dos deuses com mortais. Você vai entender.
- Não, eu não vou entender. Mas tudo bem, eu tento.
Em pouco tempo chegamos a um aeroporto. Algo dentro de mim gritava "COMO VOCÊ É ESTÚPIDA! VAI MESMO ACREDITAR NESSE CARA?" mas eu decidi ignorar. Ainda existia a esperança de tudo aquilo ser um sonho. Quer dizer, esse tipo de coisa só acontece em livros, filmes e sonhos, não é mesmo? E meus sonhos sempre foram excelentes em me deixar em pânico por conta de parecerem extremamente reais e sem sentido. Então talvez eu acordasse em algum ponto e tudo estaria bem. Minha professora de história ainda seria a mulher mais legal do mundo, meu professor de Hip-Hop ainda seria o mesmo cara esquisito porém sem cascos e minha avó não saberia manipular o vapor... ou seria a névoa? Talvez eu acordasse tendo consciência de que diabos estava acontecendo.
Ou não.
Nathan estacionou o carro (Bem, pelo menos o pobrezinho tentou) e descemos dele.
- Você tem dinheiro ou estamos aqui para encontrar uma passagem secreta que vai nos levar até esse acampamento?
Nathan pareceu claramente ofendido pelo meu sarcasmo sádico, mas eu nem tive que me esforçar para demonstrar que não me importava.
- Nem um, nem outro. Esse tipo de passagem morreu com o Labirinto de Dédalo.
Franzi a testa, mas tentei me conformar. Mesmo antes daquele dia, Nathan sempre fora mestre em falar coisas sem o menor sentido.
- Então como isso vai funcionar?
Ele não respondeu a minha pergunta. Apenas acenou com a mão, como se pedisse que eu esperasse. Caminhamos até um guichê de check-in vazio - O que era estranho, já que todas as outras filas estavam cheias mas ninguém parecia notar o guichê vazio.
A atendente usava um terninho azul marinho, os cabelos num coque e seu sorriso era torto, como se ela estivesse pensando em algo que não deveria. Seu nariz era fino e suas sobrancelhas eram permanentemente arqueadas. Era como se ela fosse te recepcionar e depois roubar o zíper da sua calça.
- Bom dia. Duas passagens para Manhattan. - Nathan disse à mulher, que elevou o olhar para ele e abriu ainda mais o sorriso.
- Tipo de criaturas?
- Sátiro e semideusa.
- Vocês portam algum tipo de objeto cortante ou substancia inflamável? Pistolas, facas, espadas, adagas, fogo grego, lanças, arco e flechas ou bestas, ou algo do gênero?
- Não, só minha flauta. Tenho uma licença para transportá-la nos aviões da Hermes Airlines
A mulher então digitou algo em seu computador e logo em seguida um papel saiu de dentro de uma máquina. Nossas passagens. Era tão simples assim?
- Portão Olimpo. - Disse ela entregando nossas passagens. - O voo saí em quinze minutos, mas se eu fosse vocês iria antes. Os espíritos do vento estão agitados hoje. Tenham uma boa viagem, e que Hermes esteja sempre escoltando-os em seus caminhos.
~x~
O avião não era nada parecido com um avião comum. Vamos começar pelas comissárias de bordo: uma delas era uma mulher comum, mas as outras eram mulheres com asas, garras e pés de galinha. Os ocupantes dos assentos, no entanto, eram ainda mais esquisitos. Homens com pernas de bodes, algumas criaturas esquisitas, humanoides e alguns adolescentes assim como eu. Todos eles compartilhavam o mesmo tipo de olhar: confusão e insegurança.
Nathan apontou para dois assentos na fileira do meio do avião. Ao lado dos assentos vazios estava um homem-bode baixinho e carrancudo acompanhado por uma garota tão carrancuda quanto. Eles discutiam de maneira enérgica.
Sentei-me no assento que dava para o corredor, mais longe o possível daqueles dois. Infelizmente, meu companheiro da frente era um gigante espaçoso que deitara sua cadeira tanto que a impressão passada era a de que ele estava deitado no meu colo. E ele roncava muito alto.
- Vou tentar dormir. - Avisei, tentando ficar mais confortável quanto fosse possível. Peguei um dos fones de ouvido e conectei a rádio do avião (Que, por acaso, tocava um jazz maravilhoso). - Me acorde na hora em que o lanche chegar.
Nathan assentiu, sorrindo levemente. Transportei minha mente para outro lugar, e dormi. E, lamentavelmente, sonhei.
No sonho eu estava em um ambiente colorido. As cores transitavam ao meu redor e eram quase que sólidas. Eu sentia odores e gostos, que me faziam sorrir. Sensações boas, como as de pelos macios de gatos ou o frescor de um banho frio num dia quente, faziam minha pele formigar. Vez ou outra, uma corrente de cores escuras chegava a me tocar, fazendo meus pelos se eriçarem, meu estômago se contorcer e lágrimas enchiam meus olhos, mas eu afastava a corrente de cores escuras e toda sensação ruim passava. Um som agradável e calmante ressoava no lugar, como a correnteza de um rio ou uma risada de bebê.
Do meio das cores surgiu uma mulher. Por um momento ela se parecia com minha cantora favorita. Então ela mudava para uma atriz que eu admirava. E ela ia se metamorfizando, ficando cada vez mais bonita. Ela parecia carregar consigo uma corrente de cores vivas e agradáveis, cheiros nostálgicos, sensações de conforto. Seu vestido era vermelho, e mudava tanto quanto sua aparência, mas mantinha o mesmo tom. Eu não podia evitar em fixar meu olhar nela.
Quando a mulher se aproximou, eu senti como se o mundo fosse um lugar mais feliz. Um lugar irracional, claro, onde todos riam a toa sobre qualquer coisa e o amor era facilmente encontrado, mas sim, um lugar extremamente feliz.
- Você me lembra muito o seu pai. - Foi a primeira coisa que a mulher me disse. Sua voz soava como uma canção de amor - tristonha mas carinhosa. Uma sensação de amor tomou conta de mim, e eu percebi que uma nuvem de cor vermelha se enroscara no meu pé como um gato faz. Ela prosseguiu: - Mesmo que não fosse minha filha, você seria minha abençoada.
- Sua filha? - Questionei, olhando a mulher nos olhos. Toda vez sua forma mudava mas algo em suas feições era familiar.
- Sim, querida. Minha filha. Eu tenho te assistido há anos e anos, e poucas vezes você me decepcionou.
- Mas você não é minha mãe - Contestei, antes que me desse conta do que estava fazendo - Minha mãe é uma mulher normal. Jane, é assim que ela se chama. Ela que me criou, cuidou de mim, me deu amor...
A mulher sorriu, e por um momento eu me senti estúpida. Eu queria me jogar no chão e implorar pelo perdão dela, dizer que a aceitava como minha mãe e me humilhar por tê-la desapontado. Então percebi que ela estava me levando àquela vontade, assim como a succubus Alice.
- Certamente. Eu aprecio Jane por isso. Muitas mulheres abandonaram seus maridos por minha causa mas ela foi uma das poucas que aceitou um de meus filhos como seus próprios. Ela foi forte e realmente te deu o amor necessário. O que seria de um filho meu sem amor, não é mesmo?
Franzi a testa, diante às palavras dela. Era tudo confuso, desconexo. Tudo que eu vivera, tudo o que eu era... Essa mulher em um sonho meu aparecia e tentava me convencer de que na verdade minha realidade era outra.
- Saiba que você sempre esteve no meu campo de atenção. Você é uma filha do amor e da beleza, Anna. E está aprendendo a usar esses dois atributos com sabedoria.
Abaixei o olhar, e grande parte das coisas se tornaram claras para mim. Agora eu entendia porque meus pais haviam se separado quando eu tinha três anos e nunca davam uma versão coerente da história. Porque as pessoas se sentiam tão ligadas a mim emocionalmente mas eu nunca correspondia igualmente. Porque vários meninos sempre gostavam de mim mas eu nunca lhes dava atenção. Porque eu não tinha praticamente nada vindo da minha mãe, a não ser pequenas frações de personalidade que na verdade eram espelhadas.
Suspirei, voltando a fitar a mulher. Ela tinha o mesmo olhar que o meu.
- Afrodite... É claro. "Um filho da beleza", foi o que a succubus disse. Não... Não faz sentido mas... Faz.
Ela sorriu, agora abertamente. E sua forma mudou para uma mulher parecida comigo. Seus dentes frontais eram separados, como os meus, mas não era feio ou esquisito. Muito pelo contrário; era charmoso.
- Saiba apreciar os sentimentos, minha filha, mas nunca mergulhe de cabeça neles. As falhas também são algo crucial tanto para o ser humano quanto para os deuses. Não se esqueça das suas. E aprenda a andar de salto alto.
- Machuca meus pés. - Resmunguei, olhando envergonhada para meu Converse velho e sujo.
- A beleza pode vir de graça, mas o poder daquilo que é atraente muitas vezes é superior ao poder daquilo que parece puro. E para ser atraente sempre existe um preço que meus filhos precisam estar dispostos a pagar.
- Suponho que meus pés estejam na lista desses preços né?
Ela revirou os olhos divertidamente. Tocou meu nariz e uma corrente de bons sentimentos percorreu minha espinha.
- Pelo menos você não precisa de tanta maquiagem para ser uma máquina de destroçar corações. Agora acorde, e tente se alimentar de maneira saudável no acampamento. Faça exercícios e por favor passe protetor solar, meu amor.
- Não vou lhe prometer nada.
Um brilho de orgulho passou pelos seus olhos.
- Você está certa, promessas são um empecilho quando se é filho do Amor.
- É por isso que não as faço.
E então eu acordei. Ainda haviam resquícios daquelas bocas sensações e quando abri os olhos, pude jurar que havia uma luz cor de rosa, colorindo tudo ao meu redor. Pisquei duas ou três vezes, e me conformei, pensando que era consequência do sonho multi-colorido.
As comissárias de bordo mulheres-galinhas (Talvez fossem harpias) passavam de fileira em fileira entregando lanches, bebidas e aperitivos aos passageiros. O gigante a minha frente estava té acordado, fazendo seu pedido extravagante de trinta e dois sanduíches filé de peito de pégaso. Olhei para Nathan, que estava comendo seu fone de ouvido, mas parou ao me notar, e agora me encarava atônito.
- O que foi? Eu ronquei muito alto?
Ele engoliu seu fone de ouvido e inspirou fundo.
- Você... Você... Oh meus deuses.
Nathan olhou para cima da minha cabeça e depois para minha mão, então resolvi fazer o mesmo.
Acima de mim pairava uma luz rosa moldada no formato de pomba, com as palavras Ἀφροδίτ brilhando tanto quanto neon. De alguma forma, eu consegui ler o que estava escrito. Afrodite. Na minha mão a situação ainda era pior: a tatuagem de uma pomba graciosa marcava minha pele com uma linha escura. Claro que eu amava tatuagens, mas para mim treze anos é um tanto cedo para se adquirir uma. Os outros adolescentes olhavam maravilhados. Alguns dos sátiros lhes diziam alguma coisa no ouvido de seus jovens acompanhantes. Até as comissárias de bordo haviam parado seus trabalhos para me observar. Eles olhavam como se esperassem por algo mais.
- Você está... arrumada. Tipo, suas roupas, e maquiagem, e brincos e colares... Você não os estava usando.
- Valeu... mãe . Espero que não seja pra valer, se não meus pais vão me matar. - Resmunguei esfregando a tatuagem, que infelizmente não sofria nenhuma alteração.
- Bem... Se você sobreviver aos monstros, seus pais não vão ser um grande problema.
Naju Diara
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Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
A mão da reprovação chega a tremer
Naju Diara
Primeiro de tudo, mude seu nome, ou o nome na narração - você narra como se fosse Anna, mas o nome da conta é Naju.
Agora, sobre sua ficha: a história é boa e sua escrita é fluente, porém ainda há muito para se melhorar. A primeira coisa de que senti falta foi a caracterização do ambiente. Você nem ao menos citou onde tudo isso ocorre, só que iria para o acampamento. Outra coisa é em relação as falas: tente usá-las menos. Assim o texto fica mais limpo, sem tantas interrupções e consequentemente melhor para se ler e também entender as ações. Você poderia ter escrito bem menos, descrito mais (as ações, os ambientes, etc) e ainda assim teria um texto bom.
Atente-se para alguns erros gramaticais e ortográficos bobos - que podem ser evitados usando-se algum corretor e com sua revisão. Use parágrafos mais regulares: teve muitos de apenas uma ou duas linhas, e outros de bom tamanho. Esse recurso é interessante mas se usado em demasia acaba quebrando o texto, assim como as falas em quantidade exagerada. Tente também criar histórias um pouco diferentes (já vi tantas fichas onde o semideus é atacado por seu professor monstro...) e bem estruturadas, sem clichês. Além disso, procure algum template para deixar o texto mais organizado mais bonito.
Sua personagem parece ser interessante e você com certeza tem muito futuro aqui se consertar algumas coisas, afinal sua escrita é boa e só precisa se adaptar ao fórum. E é por isso que decidi reclamar você.
Reclamada como filha de Afrodite!
♦ Thanks, Andy 'O' ♦
Atualizada!
Oliver H. Greyback
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Purgatório
Re: Ficha de Reclamação
Ficha de Reclamação
♦ Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Atena. Pelo fato de ser a deusa da sabedoria, algo certamente valorizado por Archie, que sempre buscou o saber acima das relações sociais ou outra coisa. O garoto que sempre era o nerd de sua classe durante a escola, que fora diversas vezes humilhado por sua insistente falta de interação com as outras pessoas. Porém, Willow sabia que, viver com o rosto escondido por um livro seria, futuramente, bem mais relevante do que gastar tempo com conversas fúteis e brincadeiras infantis. Archie tinha princípios, pensamentos a serem defendidos: 'Não importa quantas vezes dois espadachins troquem ataques, quantas vezes duas lâminas colidam. O que importa, é o golpe final, o golpe que irá ganhar a batalha. Então, para quê lutar, se, num estalar de dedos, suas pálpebras virão a cair".
Archie pensa que é indiferente o tempo que dure um guerra, se no final ela pode acabar com apenas um movimento, uma jogada de mestre. Uma guerra só acaba quando uma mente brilhante montar a estratégia que irá defini-la; uma mente estrategista, a mente de um gênio: a mente de um filho de Atena.
♦ Perfil do Personagem.
Archie Willow Noctua Turing é um garoto jovem e inteligente. Alto, de cabelos completamente negros. Normalmente exibe uma postura quieta e pensativa, como se analisasse cada fato de uma discussão, para dar sua resposta final logo após. Seu físico é de um moleque adolescente que passou toda sua vida lendo um livro em cima de uma cama, afinal, é exatamente isso que ele fez. Não costuma correr nem exercer atividades físicas, porém é ágil quando necessário.
Archie Willow tem uma mente lógica e sentimental. Ao mesmo tempo que tenta levar as coisas por um ponto de vista racional, tem o sentimental de uma menina de 12 anos, principalmente quando o assunto é sua família, que ao ver de Archie, não existe. É bem inteligente, estrategista, e um ótimo mentiroso. Normalmente consegue o que quer, mas tenta não abusar da boa vontade das outras pessoas. Acredita que o bom senso é fruto da inteligência e que deve ser usado sempre. O garoto é bem cabeça dura quando acha que está certo, no entanto, quando percebe que está errado, tende a aceitar rapidamente e mudar a sua cabeça de forma a adaptá-la ao novo pensamento com vigor.
♦ História do Personagem
O corredor dos dormitórios estava movimentado no Orfanato Gerd von Rundstedt. Todos órfãos iam na direção das escadas, afinal, era hora do almoço, e ninguém queria perder uma das refeições mais importantes do dia, a não ser um único garoto, que seguia na direção oposta aos seus colegas. Archie caminhava apressado, murmurando desculpas sempre que esbarrava em alguém, porém acabou se chocando com alguém que não aceitou sua desculpas. Martin Sprout - o órfão novo - o encarava, como se analisasse um quadro em um museu. Archie tentava tanto não manter contato visual com o colega, que quase não ouviu quando o mesmo falara algo sobre ele não ir almoçar.
- Eu vou depois... - respondeu. Parecia que Martin não havia acreditado, mas mesmo assim sorriu, dizendo sua última frase antes de ir embora:
- Feche a janela, o vento está forte lá fora.
Era um conselho estranho, mas não muito se levar em conta que foi dito por Martin Sprout: um garoto alto e esquisitão, novo no Orfanato, que sempre usava umas calças que pareciam ter o dobro do tamanho necessário.Tentava frequentemente fazer amizade com Archie, talvez porque o achasse tão anormal quanto ele. Willow, porém, não se importava muito, "Afinal, quem é ele para me dizer o que fazer ou não com a janela?". Quando chegou ao quarto, entendeu o que Martin estava falando: um vento gelado e forte entrava pela janela do Orfanato. Archie decidiu não fechá-la, parte por que gostava daquele clima gelado, e outra parte por raiva de Sprout, que ficava dando conselhos com fins de estabelecer uma amizade com o garoto. Mas ele não precisava de amigos, só precisava de seus livros, uma leve brisa gélida e um tempo livre para ler, enquanto todos estavam almoçando. Rapidamente se jogou na cama ao lado da janela, agarrou seu livro e pôs-se a ler.
Passaram-se minutos, Archie estava focado em seu livro, mas tinha uma incômoda sensação de que algo no chão de seu quarto estava se mexendo. Mirou seus olhos ao assoalho, não havia nada ali, apenas a sombra de um galho de árvore. Esse galho sempre estivera no mesmo lugar, era a sombra de uma árvore enorme que estava plantada na parte de fora do Orfanato, mas não havia nada incomum nisso, nada com que o garoto devesse se preocupar.
O foco de Willow voltou a seu livro, mas durou pouco. Ao olhar de relance para o chão, percebeu uma sombra bem maior que a do galho que se encontrava em sua frente: parecia uma águia, porém muito maior. Archie não percebeu quanto tempo estava olhando para aquela sombra, mas ela estava ficando maior, sabia que estava se aproximando, cada vez mais, cada segundo mais perto. Não tinha coragem de olhar pela janela e encarar o que é que se encontrava lá, apenas esperou, inquieto. Quando a sombra já estava bem perto, o garoto viu algo entrar voando pela sua janela e pousar no pé da cama: uma coruja. O menino se deu ao luxo de ficar mais tranquilo, era apenas uma coruja, uma coruja que o encarava com um estranho interesse. Archie retribuía o olhar do animal, se perguntando o por quê do mesmo proporcionar uma sombra tão grande. Mas, antes que a coruja pudesse se explicar, o próprio respondeu sua dúvida: a dona da sombra não era a coruja, mas sim uma mulher-ave (fisionomia preponderantemente de um ser humano, mas características de uma ave). Esta, que estava parada na janela do Orfanato, encarando Archie com um sorriso real e cruel, que o garoto já tinha visto diversas vezes nos rostos dos que praticavam bulliyng com ele.
Quando Willow pensou que a mulher-ave iria investir, foi surpreendido pelo barulho de sua porta abrindo, quando um garoto entrou ofegante em seu quarto, vestindo roupas coloridas e uma calça muito maior do que seu tamanho poderia exigir. Martin segurava um porrete em uma mão e uma coxa de frango na outra, deixando claro que ele não tinha terminado de almoçar quando viera correndo ao segundo andar do Orfanato. Certamente o aparecimento de Martin não foi uma distração muito boa, pois apenas lembrou da mulher-ave quando Sprout gritou "Cuidado!". Archie olhou para o lado, não precisou de muito tempo para entender que a mulher-ave estava investindo em sua direção, mas o garoto foi mais rápido. Se jogou ao chão e arrastou na direção de Martin, que segurava o porrete pronto para lutar, mesmo parecendo nervoso, o que deixava a entender que o menino nunca fizera isso na vida.
- Fique atrás de mim! - falou Martin, tentando manter a calma. Archie se levantava do chão espantado, quando a mulher-ave avançou em direção ao seu colega, que tentou se defender com o porrete, mas errou o golpe, levando um arranhão diretamente no peito e caindo ao lado da porta.
Willow não demorou a perceber quando a mulher-ave simplesmente correu em sua direção, esquecendo completamente o corpo caído de Martin. O garoto correu corredor afora, precisava se esconder, ganhar tempo e ajuda, não iria conseguir enfrentar um monstro daqueles sozinho. Quando percebeu que não iria ter tempo de descer as escadas, ele entrou no quarto de mais fácil acesso, e rapidamente trancou a porta. Ouviu a porta tentar ser aberta pelo lado de fora, um grunhido, e então a mulher-ave começou a arranhar a porta, que tremia e rangia com a força com que a mulher cravava suas garras na madeira. Archie deu uma olhada pelo quarto, precisava encontrar algo que o ajudasse o mais rápido possível. Aparentemente era um quarto de garota, posters de atores famosos cercavam as paredes, espelhos e maquiagem tomavam conta da cômoda, mas nada disso servia para o desesperado garoto, que ouvia a porta quase ceder a um chute do monstro. Revistava todas as gavetas e bolsas, foi quando encontrou atrás de um batom: um spray de pimenta, não era o ideal, mas servia. Testou o spray para ver se funcionava, e virou-se para a porta bem a tempo de vê-la cair aos seus pés, a mulher-ave o encarava com fúria e felicidade. Archie não demorou a agir, seria melhor se ele desse o primeiro movimento, e foi o que fez: atirou rapidamente o spray no rosto de sua inimiga, que grunhiu, cega e desorientada, levando as mãos ao rosto e cambaleando. A ação do garoto foi imediata, saiu correndo por cima da porta caída em direção ao corredor, quando ouviu passos correndo atrás dele, supôs que a mulher-ave tinha recuperado a visão, e gritou:
- MARTIN! - passou velozmente pelo corredor, ignorando seu quarto, apenas torceu para que Martin tivesse entendido o plano. Foi logo que descobriu que dera certo. Seus ouvidos foram presenteados pelo som de uma pancada, então um grito, e o barulho de algo pesado caindo no chão. Archie se atreveu a parar de correr e olhar para trás, e entendeu a cena: Martin havia acertado a mulher-ave em cheio quando a mesma passou correndo pelo corredor. Agora estava estirada no chão, inconsciente. Por um instante, Sprout e Willow se encararam, como jogadores de dois times distintos que tinham se juntado para derrotar um terceiro time inimigo. Então, para quebrar o gelo, Martin começou a rir, orgulhando-se do golpe que dera na mulher-ave. Archie continuava sério, tinha muitas perguntas para fazer e poucos motivos para sorrir - O que era aquilo?
- Ahn... O quê? - Martin parecia confuso, como se o garoto tivesse o tirado de um transe, mas antes que Archie precisasse repetir a pergunta, falou: - Ah, sim, era uma Harpia, meio-mulher e meio-ave, sabe... - ele encarou o chão, se interessando espontaneamente por uma lagartixa no piso do corredor, mas logo encarou o menino a sua frente, novamente voltando de um transe inexplicado - Enfim, esse monstro foi um dos primeiros de muitos que tentarão te matar, Archie. Você precisa vir comigo, para eu... bem... te proteger - Willow desviou o olhar, parecia piada que aquele colega desajeitado pudesse defender alguém de perigos, mas o garoto não disse o que pensava, estava interessado em ouvir o que Martin tinha a dizer.
- Para onde vamos? Por que querem me matar? - Archie ainda mirava em direção a parede, mesmo seu olhar estando completamente distante.
- O Acampamento Meio-Sangue, é para gente como você ou eu, Archie. E... eles querem te pegar porque você é filho de algum deus ou deusa... - Willow encarava Martin com uma expressão de interesse, enquanto o outro parecia nervoso, como se estivesse sofrendo alguma pressão - Tá bom! Eu sou bem ruim em explicar essas coisas, mas vão te dizer tudo lá no Acampamento. Você só precisa vir comigo - os dois órfãos ficaram um tempo se olhando, analisando um ao outro. Archie tentava se mostrar confiante e quieto, mas, com medo que Martin retirasse a oferta, respondeu:
- O que eu tenho a perder?
Sprout sorriu, e Willow não pode segurar seus lábios dessa vez, não por causa de Martin, mas sim por uma pequena coruja, que saíra do quarto do garoto e voava pelo corredor, vindo a pousar no ombro dele.
Por mais que já tivesse aceitado acompanhar o colega a este acampamento, diversas coisas batucavam em sua mente, o perguntando por que aceitou uma proposta tão arriscada. A verdade é que Archie mesmo não sabia. Talvez pela vontade de fugir desse mundo, pela vontade de viver uma aventura. Talvez pela necessidade de descobrir mais sobre seus pais. Talvez por aquele aperto bem lá fundo, que dizia que seu colega não estava mentindo. Talvez, até mesmo, pela sensação de uma vez na vida, ter um amigo.
♦ Por qual deus deseja ser reclamado e por quê?
Atena. Pelo fato de ser a deusa da sabedoria, algo certamente valorizado por Archie, que sempre buscou o saber acima das relações sociais ou outra coisa. O garoto que sempre era o nerd de sua classe durante a escola, que fora diversas vezes humilhado por sua insistente falta de interação com as outras pessoas. Porém, Willow sabia que, viver com o rosto escondido por um livro seria, futuramente, bem mais relevante do que gastar tempo com conversas fúteis e brincadeiras infantis. Archie tinha princípios, pensamentos a serem defendidos: 'Não importa quantas vezes dois espadachins troquem ataques, quantas vezes duas lâminas colidam. O que importa, é o golpe final, o golpe que irá ganhar a batalha. Então, para quê lutar, se, num estalar de dedos, suas pálpebras virão a cair".
Archie pensa que é indiferente o tempo que dure um guerra, se no final ela pode acabar com apenas um movimento, uma jogada de mestre. Uma guerra só acaba quando uma mente brilhante montar a estratégia que irá defini-la; uma mente estrategista, a mente de um gênio: a mente de um filho de Atena.
♦ Perfil do Personagem.
Archie Willow Noctua Turing é um garoto jovem e inteligente. Alto, de cabelos completamente negros. Normalmente exibe uma postura quieta e pensativa, como se analisasse cada fato de uma discussão, para dar sua resposta final logo após. Seu físico é de um moleque adolescente que passou toda sua vida lendo um livro em cima de uma cama, afinal, é exatamente isso que ele fez. Não costuma correr nem exercer atividades físicas, porém é ágil quando necessário.
Archie Willow tem uma mente lógica e sentimental. Ao mesmo tempo que tenta levar as coisas por um ponto de vista racional, tem o sentimental de uma menina de 12 anos, principalmente quando o assunto é sua família, que ao ver de Archie, não existe. É bem inteligente, estrategista, e um ótimo mentiroso. Normalmente consegue o que quer, mas tenta não abusar da boa vontade das outras pessoas. Acredita que o bom senso é fruto da inteligência e que deve ser usado sempre. O garoto é bem cabeça dura quando acha que está certo, no entanto, quando percebe que está errado, tende a aceitar rapidamente e mudar a sua cabeça de forma a adaptá-la ao novo pensamento com vigor.
♦ História do Personagem
O corredor dos dormitórios estava movimentado no Orfanato Gerd von Rundstedt. Todos órfãos iam na direção das escadas, afinal, era hora do almoço, e ninguém queria perder uma das refeições mais importantes do dia, a não ser um único garoto, que seguia na direção oposta aos seus colegas. Archie caminhava apressado, murmurando desculpas sempre que esbarrava em alguém, porém acabou se chocando com alguém que não aceitou sua desculpas. Martin Sprout - o órfão novo - o encarava, como se analisasse um quadro em um museu. Archie tentava tanto não manter contato visual com o colega, que quase não ouviu quando o mesmo falara algo sobre ele não ir almoçar.
- Eu vou depois... - respondeu. Parecia que Martin não havia acreditado, mas mesmo assim sorriu, dizendo sua última frase antes de ir embora:
- Feche a janela, o vento está forte lá fora.
Era um conselho estranho, mas não muito se levar em conta que foi dito por Martin Sprout: um garoto alto e esquisitão, novo no Orfanato, que sempre usava umas calças que pareciam ter o dobro do tamanho necessário.Tentava frequentemente fazer amizade com Archie, talvez porque o achasse tão anormal quanto ele. Willow, porém, não se importava muito, "Afinal, quem é ele para me dizer o que fazer ou não com a janela?". Quando chegou ao quarto, entendeu o que Martin estava falando: um vento gelado e forte entrava pela janela do Orfanato. Archie decidiu não fechá-la, parte por que gostava daquele clima gelado, e outra parte por raiva de Sprout, que ficava dando conselhos com fins de estabelecer uma amizade com o garoto. Mas ele não precisava de amigos, só precisava de seus livros, uma leve brisa gélida e um tempo livre para ler, enquanto todos estavam almoçando. Rapidamente se jogou na cama ao lado da janela, agarrou seu livro e pôs-se a ler.
Passaram-se minutos, Archie estava focado em seu livro, mas tinha uma incômoda sensação de que algo no chão de seu quarto estava se mexendo. Mirou seus olhos ao assoalho, não havia nada ali, apenas a sombra de um galho de árvore. Esse galho sempre estivera no mesmo lugar, era a sombra de uma árvore enorme que estava plantada na parte de fora do Orfanato, mas não havia nada incomum nisso, nada com que o garoto devesse se preocupar.
O foco de Willow voltou a seu livro, mas durou pouco. Ao olhar de relance para o chão, percebeu uma sombra bem maior que a do galho que se encontrava em sua frente: parecia uma águia, porém muito maior. Archie não percebeu quanto tempo estava olhando para aquela sombra, mas ela estava ficando maior, sabia que estava se aproximando, cada vez mais, cada segundo mais perto. Não tinha coragem de olhar pela janela e encarar o que é que se encontrava lá, apenas esperou, inquieto. Quando a sombra já estava bem perto, o garoto viu algo entrar voando pela sua janela e pousar no pé da cama: uma coruja. O menino se deu ao luxo de ficar mais tranquilo, era apenas uma coruja, uma coruja que o encarava com um estranho interesse. Archie retribuía o olhar do animal, se perguntando o por quê do mesmo proporcionar uma sombra tão grande. Mas, antes que a coruja pudesse se explicar, o próprio respondeu sua dúvida: a dona da sombra não era a coruja, mas sim uma mulher-ave (fisionomia preponderantemente de um ser humano, mas características de uma ave). Esta, que estava parada na janela do Orfanato, encarando Archie com um sorriso real e cruel, que o garoto já tinha visto diversas vezes nos rostos dos que praticavam bulliyng com ele.
Quando Willow pensou que a mulher-ave iria investir, foi surpreendido pelo barulho de sua porta abrindo, quando um garoto entrou ofegante em seu quarto, vestindo roupas coloridas e uma calça muito maior do que seu tamanho poderia exigir. Martin segurava um porrete em uma mão e uma coxa de frango na outra, deixando claro que ele não tinha terminado de almoçar quando viera correndo ao segundo andar do Orfanato. Certamente o aparecimento de Martin não foi uma distração muito boa, pois apenas lembrou da mulher-ave quando Sprout gritou "Cuidado!". Archie olhou para o lado, não precisou de muito tempo para entender que a mulher-ave estava investindo em sua direção, mas o garoto foi mais rápido. Se jogou ao chão e arrastou na direção de Martin, que segurava o porrete pronto para lutar, mesmo parecendo nervoso, o que deixava a entender que o menino nunca fizera isso na vida.
- Fique atrás de mim! - falou Martin, tentando manter a calma. Archie se levantava do chão espantado, quando a mulher-ave avançou em direção ao seu colega, que tentou se defender com o porrete, mas errou o golpe, levando um arranhão diretamente no peito e caindo ao lado da porta.
Willow não demorou a perceber quando a mulher-ave simplesmente correu em sua direção, esquecendo completamente o corpo caído de Martin. O garoto correu corredor afora, precisava se esconder, ganhar tempo e ajuda, não iria conseguir enfrentar um monstro daqueles sozinho. Quando percebeu que não iria ter tempo de descer as escadas, ele entrou no quarto de mais fácil acesso, e rapidamente trancou a porta. Ouviu a porta tentar ser aberta pelo lado de fora, um grunhido, e então a mulher-ave começou a arranhar a porta, que tremia e rangia com a força com que a mulher cravava suas garras na madeira. Archie deu uma olhada pelo quarto, precisava encontrar algo que o ajudasse o mais rápido possível. Aparentemente era um quarto de garota, posters de atores famosos cercavam as paredes, espelhos e maquiagem tomavam conta da cômoda, mas nada disso servia para o desesperado garoto, que ouvia a porta quase ceder a um chute do monstro. Revistava todas as gavetas e bolsas, foi quando encontrou atrás de um batom: um spray de pimenta, não era o ideal, mas servia. Testou o spray para ver se funcionava, e virou-se para a porta bem a tempo de vê-la cair aos seus pés, a mulher-ave o encarava com fúria e felicidade. Archie não demorou a agir, seria melhor se ele desse o primeiro movimento, e foi o que fez: atirou rapidamente o spray no rosto de sua inimiga, que grunhiu, cega e desorientada, levando as mãos ao rosto e cambaleando. A ação do garoto foi imediata, saiu correndo por cima da porta caída em direção ao corredor, quando ouviu passos correndo atrás dele, supôs que a mulher-ave tinha recuperado a visão, e gritou:
- MARTIN! - passou velozmente pelo corredor, ignorando seu quarto, apenas torceu para que Martin tivesse entendido o plano. Foi logo que descobriu que dera certo. Seus ouvidos foram presenteados pelo som de uma pancada, então um grito, e o barulho de algo pesado caindo no chão. Archie se atreveu a parar de correr e olhar para trás, e entendeu a cena: Martin havia acertado a mulher-ave em cheio quando a mesma passou correndo pelo corredor. Agora estava estirada no chão, inconsciente. Por um instante, Sprout e Willow se encararam, como jogadores de dois times distintos que tinham se juntado para derrotar um terceiro time inimigo. Então, para quebrar o gelo, Martin começou a rir, orgulhando-se do golpe que dera na mulher-ave. Archie continuava sério, tinha muitas perguntas para fazer e poucos motivos para sorrir - O que era aquilo?
- Ahn... O quê? - Martin parecia confuso, como se o garoto tivesse o tirado de um transe, mas antes que Archie precisasse repetir a pergunta, falou: - Ah, sim, era uma Harpia, meio-mulher e meio-ave, sabe... - ele encarou o chão, se interessando espontaneamente por uma lagartixa no piso do corredor, mas logo encarou o menino a sua frente, novamente voltando de um transe inexplicado - Enfim, esse monstro foi um dos primeiros de muitos que tentarão te matar, Archie. Você precisa vir comigo, para eu... bem... te proteger - Willow desviou o olhar, parecia piada que aquele colega desajeitado pudesse defender alguém de perigos, mas o garoto não disse o que pensava, estava interessado em ouvir o que Martin tinha a dizer.
- Para onde vamos? Por que querem me matar? - Archie ainda mirava em direção a parede, mesmo seu olhar estando completamente distante.
- O Acampamento Meio-Sangue, é para gente como você ou eu, Archie. E... eles querem te pegar porque você é filho de algum deus ou deusa... - Willow encarava Martin com uma expressão de interesse, enquanto o outro parecia nervoso, como se estivesse sofrendo alguma pressão - Tá bom! Eu sou bem ruim em explicar essas coisas, mas vão te dizer tudo lá no Acampamento. Você só precisa vir comigo - os dois órfãos ficaram um tempo se olhando, analisando um ao outro. Archie tentava se mostrar confiante e quieto, mas, com medo que Martin retirasse a oferta, respondeu:
- O que eu tenho a perder?
Sprout sorriu, e Willow não pode segurar seus lábios dessa vez, não por causa de Martin, mas sim por uma pequena coruja, que saíra do quarto do garoto e voava pelo corredor, vindo a pousar no ombro dele.
Por mais que já tivesse aceitado acompanhar o colega a este acampamento, diversas coisas batucavam em sua mente, o perguntando por que aceitou uma proposta tão arriscada. A verdade é que Archie mesmo não sabia. Talvez pela vontade de fugir desse mundo, pela vontade de viver uma aventura. Talvez pela necessidade de descobrir mais sobre seus pais. Talvez por aquele aperto bem lá fundo, que dizia que seu colega não estava mentindo. Talvez, até mesmo, pela sensação de uma vez na vida, ter um amigo.
Archie Willow N. Turing
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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1
Ficha De Reclamação
- Por qual Deus você deseja ser reclamado?
Nix; A personificação da noite, patrona dos feiticeiros e bruxas, deusa dos segredos e mistérios noturnos.
- Características Físicas:
Arthur possui cabelos ruivos e arrepiados. Por tratar aparência como questão de mera futilidade,acaba adotando um estilo desleixado, já crescido passa a usar as roupas de seu padrasto, algo natural para um garoto sem ânsia de consumo. Seus olhos são cinza azulados e costumam estar entreabertos, devido à sensibilidade aos raios do sol. Possui um porte atlético e saudável, graças ao treinamento e alimentação que foi adaptada ao longo dos três anos de viagem como mochileiro, sua pele é alva onde se notam algumas sardas espalhadas pelo corpo e rosto.
- Características Emocionais:
Art, como prefere ser chamado, é bastante impulsivo e determinado, além de ter um enorme senso protetor. Sempre tenta tirar proveito das piores situações e ser o mais transparente possível, se tornando o oposto fiel às características de sua mãe. Ele procura ver o melhor das pessoas tentando ressaltar o que os torna únicos, o que faz dele uma pessoa extremamente analítica. Arthur acredita que o sucesso vem do esforço e odeia depender de alguém.
- Motivos da escolha da Deusa:
Nyx é uma deusa primordial, fazendo com que ela seja adorada e respeitada pelos semideuses e até mesmo pelos deuses do Olimpo, assim como seus filhos. Entretanto, Arthur, não aceita a ideia de viver nas sombras da mãe, ele quer mostrar que pode ser alguém de grande valor, independente de seus laços maternos. Além disso, os filhos da deusa possuem uma personalidade própria, portanto não necessariamente compartilham as mesmas características.
- Breve História:
Introdução ao Personagem:
– O garoto insiste em relatar que criaturas fantasiosas tentam mata-lo durante a noite, mas alega estar protegido. Isto pode ser o inicio de um grande problema. Com essa idade não posso submetê-lo a tratamentos mais rigorosos. - Com o veredito da psicóloga, Arthur passa a ser tratado com diferença, e passa a ser isolado, assim evitando o contato com as outras crianças.
Edgar pôs o seu sobrenome no garoto, que passou a morar com ele em uma luxuosa casa nos arredores de Beverly Hills, Califórnia, o neurologista não tinha filho algum na casa só morava ele e a Senhorita Martha, chamada carinhosamente pelo garoto de tia Mar. Arthur era proibido de sair da mansão e sempre era alertado por Martha – Meu pequeno herói, o mundo lá fora é perigoso para pessoas como você e o Mestre Hill. Então a governanta ensinava ao garoto que à medida que crescia ia aprendendo esgrima, literatura clássica, equitação, arco e flecha, aulas de sobrevivência no meio selvagem, retórica e matemática. Edgar Hill vivia a viajar, mas toda vez que retornava os dois, pai e filho, passavam noites em claro na biblioteca, ornamentada por corujas e arabescos, lendo livros inspirados na mitologia greco-romana.
O menino fixa o olhar na porta do quarto da irmã e corre para lá, infelizmente já não havia mais ninguém ali. Sem pensar duas vezes corre para a sala de estar e abre a porta abruptamente, quando uma cauda com pelos espessos e pretos o atinge fazendo-o colidir contra parede. Sua vista fica turva mesmo assim tenta visualizar a área onde ver um homem vestido com uma armadura completa, lutando contra três criaturas negras com aspectos caninos. A cena fica pior enfatizando quando ele percebe uma garota presa à boca do monstro, enfurecido levanta-se e caminhava com dificuldade até a sala, seu olhar estava enrubescido, ergueu a cabeça como se estivesse sobre o controle da situação. – Saiam! Saiam de minha casa! – Sua voz se funde a um timbre diferente mais rouco e estridente, causando impacto juntamente com um feixe de energia escuro que pairava sobre sua cabeça, fazendo as criaturas recuarem e sumirem na sombra feita pela árvore de natal.
–Arthur Hill! Ven rápido, el café está sobre la mesa y se enfriará!
– Solo un ratito, doña Elba, estoy terminando de escribir una correspondencia a mi padre.
Querido pai.
Hoje, 01/02/2015, fará três anos que parti nesta viagem filantrópica pelos países sul-americanos e europeus, na tentativa de me descobrir e ao mesmo tempo fugir dos males que me assombram, posso dizer que estou realizado como homem. Devo voltar aos EUA em um voo esta tarde, mas quero lhe dizer que tenho outros planos. Já estou cansado de fugir, e como as pessoas que visitei me ensinaram eu tenho que ir a luta, sei que tudo que o senhor me ensinou será útil.
E pai tente relaxar, tenho certeza que em breve ela ficará bem, um abraço enorme para todos vocês e peça para a Tia Mar me mandar mais de seus cookies.
O Acampamento fica localizado na Costa Norte de Long Island, endereço 3,141, Montauk.
Nix; A personificação da noite, patrona dos feiticeiros e bruxas, deusa dos segredos e mistérios noturnos.
- Características Físicas:
Arthur possui cabelos ruivos e arrepiados. Por tratar aparência como questão de mera futilidade,acaba adotando um estilo desleixado, já crescido passa a usar as roupas de seu padrasto, algo natural para um garoto sem ânsia de consumo. Seus olhos são cinza azulados e costumam estar entreabertos, devido à sensibilidade aos raios do sol. Possui um porte atlético e saudável, graças ao treinamento e alimentação que foi adaptada ao longo dos três anos de viagem como mochileiro, sua pele é alva onde se notam algumas sardas espalhadas pelo corpo e rosto.
- Características Emocionais:
Art, como prefere ser chamado, é bastante impulsivo e determinado, além de ter um enorme senso protetor. Sempre tenta tirar proveito das piores situações e ser o mais transparente possível, se tornando o oposto fiel às características de sua mãe. Ele procura ver o melhor das pessoas tentando ressaltar o que os torna únicos, o que faz dele uma pessoa extremamente analítica. Arthur acredita que o sucesso vem do esforço e odeia depender de alguém.
- Motivos da escolha da Deusa:
Nyx é uma deusa primordial, fazendo com que ela seja adorada e respeitada pelos semideuses e até mesmo pelos deuses do Olimpo, assim como seus filhos. Entretanto, Arthur, não aceita a ideia de viver nas sombras da mãe, ele quer mostrar que pode ser alguém de grande valor, independente de seus laços maternos. Além disso, os filhos da deusa possuem uma personalidade própria, portanto não necessariamente compartilham as mesmas características.
- Breve História:
Introdução ao Personagem:
25.08.97
Carpenters House For Children - Lake City - Flórida
Um bebê caucasiano foi deixado durante a madrugada às portas do orfanato Carpenters House For Children, da pequena cidade de Lake City, Flórida. Não havia registro de nascimento, apenas uma etiqueta escrita: A – 23.05.97. O bebê foi então batizado como Arthur graças à letra A na etiqueta e passou a ser preparado para adoção, desde então a cidade, com um pouco menos de 12 mil habitantes passou a ser marcada por acontecimentos inusitados onde vários homens eram julgados por tentar atentado contra as crianças do orfanato. 16.04.2002
Passaram-se cinco anos incompletos no orfanato, onde desde os três anos de idade, Arthur era forçado a frequentar seções com a psicóloga local.– O garoto insiste em relatar que criaturas fantasiosas tentam mata-lo durante a noite, mas alega estar protegido. Isto pode ser o inicio de um grande problema. Com essa idade não posso submetê-lo a tratamentos mais rigorosos. - Com o veredito da psicóloga, Arthur passa a ser tratado com diferença, e passa a ser isolado, assim evitando o contato com as outras crianças.
27.04.2002
Mansão Hill’s – Beverly Hills - California
Após onze dias da ultima consulta com a psicóloga, o orfanato recebe a visita do Dr. Edgar Hill, um homem ruivo, charmoso, que deveria estar por volta de seus 40 anos, portava um ar de intelectualidade, formado em na universidade de Cambridge em medicina especializado em neurologia, se dispôs de adotar o jovem Arthur. – Junto a minha equipe descobrirei a causa de seus transtornos e salvaremos o pequeno homenzinho. Arthur via algo diferente em seu novo pai, algo que eles compartilhavam, o olhar de Edgar era tão vasto quanto o dele, o menino sabia que aquele doutor era capaz de ver um mundo que nenhuma criança do orfanato imaginava.Edgar pôs o seu sobrenome no garoto, que passou a morar com ele em uma luxuosa casa nos arredores de Beverly Hills, Califórnia, o neurologista não tinha filho algum na casa só morava ele e a Senhorita Martha, chamada carinhosamente pelo garoto de tia Mar. Arthur era proibido de sair da mansão e sempre era alertado por Martha – Meu pequeno herói, o mundo lá fora é perigoso para pessoas como você e o Mestre Hill. Então a governanta ensinava ao garoto que à medida que crescia ia aprendendo esgrima, literatura clássica, equitação, arco e flecha, aulas de sobrevivência no meio selvagem, retórica e matemática. Edgar Hill vivia a viajar, mas toda vez que retornava os dois, pai e filho, passavam noites em claro na biblioteca, ornamentada por corujas e arabescos, lendo livros inspirados na mitologia greco-romana.
23.05.2005
Em seu aniversário de oito anos Arthur se surpreende com o presente mais inusitado, seu pai havia trazido com ele uma garotinha de olhos verdes e cabelos pretos, sua pele era da cor de avelã, seu corpinho era frágil ela tinha apenas dois anos, Edgar olhou para seu filho com orgulho. – Está vendo essa é sua irmãzinha, seu nome é Alice. - Os olhos do garoto brilhavam, ele não conseguia esconder, embora tentasse seu entusiasmo. – Ela é como nós... Não é mesmo papai?! - um sorriso se formou nos lábios de Hill seguido por um riso da senhorita Martha, sim finalmente ele estava entendendo. – Isso mesmo Art, ela é como nós e um dia vocês dois serão heróis!24.12.2010
O tempo passou e Arthur logo despertou um senso de proteção com por Alice, Arthur enquanto treinava com a espada vigiava a menina que tinha uma grande habilidade para produzir grinaldas e coroas de flores. As habilidades do jovem começaram a aflorar, à noite seu aspecto mudava por completo, o garoto parecia emitir um brilho que suavizava sua aparência desleixada e suja, a menininha então, tinha uma beleza radiante e incomum.
...
Onze horas da noite, ainda véspera de Natal, Arthur corre ansioso pelo corredor dos quartos em direção a sala de estar para abrir os presentes quando avista a senhorita Martha no corredor empunhando uma espada longa e brilhante, em sua cintura havia uma K-42 e algumas balas da mesma cor da espada no chão. – Tia Mar... – Arthur! Volte para o seu quarto meu bem e só saia de lá quando eu avisar! Vai ficar tudo bem... - Um rosnar ecoa do final do corredor, a porta do quarto de Alice estava entre aberta, pingos de sangue formavam uma trilha até a porta da sala. – Arthur, volte para o quarto, já!!! O menino fixa o olhar na porta do quarto da irmã e corre para lá, infelizmente já não havia mais ninguém ali. Sem pensar duas vezes corre para a sala de estar e abre a porta abruptamente, quando uma cauda com pelos espessos e pretos o atinge fazendo-o colidir contra parede. Sua vista fica turva mesmo assim tenta visualizar a área onde ver um homem vestido com uma armadura completa, lutando contra três criaturas negras com aspectos caninos. A cena fica pior enfatizando quando ele percebe uma garota presa à boca do monstro, enfurecido levanta-se e caminhava com dificuldade até a sala, seu olhar estava enrubescido, ergueu a cabeça como se estivesse sobre o controle da situação. – Saiam! Saiam de minha casa! – Sua voz se funde a um timbre diferente mais rouco e estridente, causando impacto juntamente com um feixe de energia escuro que pairava sobre sua cabeça, fazendo as criaturas recuarem e sumirem na sombra feita pela árvore de natal.
Inicio da Interpretação
01.02.2015
Pensión Madre Rosa – Coyoacán – Ciudad del México
–Arthur Hill! Ven rápido, el café está sobre la mesa y se enfriará!
– Solo un ratito, doña Elba, estoy terminando de escribir una correspondencia a mi padre.
Querido pai.
Hoje, 01/02/2015, fará três anos que parti nesta viagem filantrópica pelos países sul-americanos e europeus, na tentativa de me descobrir e ao mesmo tempo fugir dos males que me assombram, posso dizer que estou realizado como homem. Devo voltar aos EUA em um voo esta tarde, mas quero lhe dizer que tenho outros planos. Já estou cansado de fugir, e como as pessoas que visitei me ensinaram eu tenho que ir a luta, sei que tudo que o senhor me ensinou será útil.
E pai tente relaxar, tenho certeza que em breve ela ficará bem, um abraço enorme para todos vocês e peça para a Tia Mar me mandar mais de seus cookies.
O Acampamento fica localizado na Costa Norte de Long Island, endereço 3,141, Montauk.
- Considerações:
- Peço perdão pela narrativa curta e pelo grande vago deixado de 2010 até 2015, isso será explicado durante a trama, trata-se de uma parte importante que Arthur deseja esquecer.
Quero frisar que de todos os locais mencionados na narrativa o único fictício é a Mansão Hill.
Tradução: Espanhol – Português
“Arthur Hill, venha rápido, o café está na mesa e irá se esfriar!”
“Um momento, Dona Elba, estou terminando de escrever uma correspondência para meu pai.”
Arthur Hill
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Re: Ficha de Reclamação
Ficha!
Paternidade: Herácles. A Construção do personagem foi feito acima das qualidade e defeitos dos filhos de Herácles tanto nos momentos de Herói quanto nos momentos de estabanação, sempre quebrando algo coisa sem querer.
Fisico: Corpo curvilíneo, propício para sua idade. Músculos levemente definidos, cabelos de mel e olhos verdes profundos.
Personalidade: Ao mesmo tempo em que tem a coragem de um leão para fazer qualquer coisa, é covarde o suficiente para matar um inocente. Pode ser um jovem inocente e irresponsável, um irmão e amigo protetor. Tudo vai depender de seus objetivos e do que ela vai ganhar com isso. De maneira geral.
O por do sol estendia-se sobre Nova York,colorindo o céu em tons alaranjados. Uma garota caminhava pela cidade, cobrindo rosto com um capuz escuro. Com alguns trocados nos bolsos,o garoto entrou em uma cafeteria,pedindo apenas um expresso para viagem. Ao fundo, o Central Park iluminava-se com as luzes da Grande Apple. Surpreendeu-se ao notar que já se encontrava ali, em um de seus lugares preferidos. Após ser atendido,ele deixou algumas notas no balcão,saindo do estabelecimento. Imaginou como seria no dia seguinte, quando precisaria roubar para conseguir o que queria. Um sorriso apareceu em seus lábios ao pensar na ideia. Embora fosse uma atitude perigosa, ele gostava da adrenalina que os furtos proporcionavam.
Sua linha de pensamentos fora quebrada quando ele notou algo no instante em que passava por uma viela. Seu primeiro instinto foi correr, sair dali enquanto sentia que algo estava fora do comum. Ignorando pela primeira vez aquele pensamento, ele jogou o copo de café no lixo e passou a rumar tranquilamente na direção da pequena rua sem saída. Foi quando sentiu mãos a agarrando no meio da escuridão.
Ele queria gritar mas foi silenciado quando sentiu um algo sendo pressionado fortemente contra suas narinas. Seu corpo foi ficando pesado, fechou os olhos contra sua vontade,parando de se debater ao ver-se em situação igual a quando estava a viver em clínicas psiquiátricas.
Ele acordou em um lugar desconhecido. Luzes ofuscavam sua visão e descobrir onde estava tornou-se mais difícil. Novamente,a garota pensou em gritar,contudo, seu corpo ainda estava sobre o efeito do éter. Um grito foi abafado quando sentiu algo perfurar em seu braço. Sua pele passou a formigar,seguida de dores em várias partes de seu corpo. O que quer que tivesse tomado,estava fazendo efeito. O garoto tentou soltar-se do que a prendia, achar um modo de escapar dali porém quanto mais se movimentava,mais a dor ficava insuportável.
Por fim,quando o ápice da dor chegou ao seu limite,ele não teve mais forças para continuar acordado, lutando. Seus olhos fecharam-se e o corpo cessou os movimentos.
[...]
As luzes e formas apareceram em um rompante, causando uma sensação de mal-estar no garoto. Por um momento, temeu que ainda estivesse preso sob as luzes fortes. Porém,notou que o ambiente era diferente. O lugar era iluminado harmoniosamente, de modo que as luzes refletissem os objetos e pessoas que ali estavam. Por mais que sua vista estivesse um pouco turva e o efeito dopante não estivesse passando por completo, ele suspirou.
A última coisa que se lembrava, porém, era do som de cascos raspando o chão frio enquanto uma voz diria para ele correr o mais rápido que podia pois estavam sendo perseguidos. Aquele fora o primeiro sinal de que as coisas estavam indo de mal a pior no instante que o garoto despertava do efeito do éter. Por fim, ele rezava para que as imagens permanecessem borradas todas às vezes em que tentava recordar o que de fato ocorrera. Uma silhueta escura e borrada apareceu diante de seus olhos. A voz melodiosa quebrou o silêncio que ali se instalara,aparentemente feliz pelo garoto chegar vivo e inteiro.
-Bem vindo Herói a sua nova vida, pequeno.
[...]
Ele caminhava a esmo pela trilha envolta de folhas pigmentadas, sentindo literalmente o ar frio principiar aquela noite escura. Após terminar suas refeições no grande edifício branco,tratou de voltar para o chalé. Embora o clima da moradia de Herácles fosse tão frio quanto o ambiente externo a ele não se importou.
Assim, caminhou até sua cama, vasculhando um objeto que há muito tempo considerava perdido. Logo suas mãos tocaram em um metal frigido, trazendo o objeto escondido à tona. Os olhos pareciam tão escuros quanto o pingente simbólico que ornamentava o belo colar. Sorriu, balançando a cabeça negativamente. Ele fixou seus olhos no símbolo de seu pai e engoliu em seco ao sentir a onda de aprisionamento invadir seus sentidos. Entretanto, espantou-os corajosamente antes que tomassem conta de si,guardado o objeto no bolso da calça escondida pelo casaco escuro,próprio para espantar a friagem que insistia em agarrar-se.
Folhas secas quebravam-se na sola de seus tênis enquanto deixava o recinto baderneiro, indo para o único lugar que julgava estar ocorrendo a tal festa que Quíron havia mencionado naquela manhã.
Um suspiro escapou de seus lábios ligeiramente arroxeados assim que visualizou as luzes e vozes, indicando que estava chegado ao destino escolhido.. Por um momento, uma sensação de paz fez-se presente no local, sumindo rapidamente quando a morena sentiu um calafrio percorrer a espinha ao notar que o sol havia se despedido no horizonte, nada tendo a ver com a temperatura que abaixava cada vez mais. Ele sorriu maravilhado, observando a roda gigante ganhar vida em meio ao céu noturno, sendo ornamentada com os sons característicos de um parque de diversões. Ele ficou observando alguns brinquedos e novamente sorriu, pensando em qual deveria ir primeiro. Seria a despedida da juventude normal.
- Considerações:
- Deixei a parte do sequestro em aberto porque vou usar como lembrança em uma dye. Deixe meu park de diversão ram
Garrett Dwane
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Re: Ficha de Reclamação
Kedessh Akira Tallulah
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Re: Ficha de Reclamação
Avaliação
A mão da reprovação chega a tremer
Primeiramente, estou pegando o template do lindo do Oliver emprestado porque, bem, fui eu que fiz, eu posso. Dito isso, vamos às avaliações:
Archie: Olá, meu bem. Na sua ficha, você se candidatou a filho de Atena e, seguindo os critérios de avaliação, fui mais rígida ao lê-la. Felizmente, você narra muito bem, tem um bom domínio sobre ortografia e isso me deixa muito feliz. Por outro lado, a história foi "é... hã... tudo bem". Não se destacou, senti falta de um toque mais criativo, foi simples demais. Além do mais, faltou a parte da sua reclamação, que é obrigatório constar em ficha, e a descrição física deixou a desejar. "Ok, Andy, tem a imagem do meu pp aí do lado, por que preciso descrevê-lo?" É importante saber trabalhar descrições, você vai ver. Suba o nível e, futuramente, você poderá ser aprovado. Aposto minhas fichas em você, não desanime!
Arthur: Bem, você conseguiu me deixar em péssimos lençóis. Li a sua narrativa várias vezes, mas tinha dúvidas a respeito de sua reclamação. A história foi curta, sim, mas sua escrita é primorosa e o momento da reclamação ocorreu. Lembre-se que qualidade é diferente de quantidade. Parabéns, rapaz. E é bom que preencha todas as lacunas que foram deixadas nesse post ou irei pessoalmente atrás de seu personagem
Garrett: Existem muitos modos de descobrir plágios, Garrett. Ao procurar, achei não só uma ficha do próprio PJBR com essa história, que originalmente é de uma personagem feminina, mas outros três fóruns com a mesma ficha. Sua punição será um banimento por três dias. O link para a ficha original é [Tens de ter uma conta e sessão iniciada para poderes visualizar este link].
Kedessh: Reprovado, principalmente, por não mostrar o momento da reclamação, que é obrigatório na ficha. Teve um momento que não acentuou "matá-lo" e outro que substituiu "dar" por "dá", o que muda o sentido do contexto onde as palavras estão inseridas. Mas esses foram erros mínimos. Corrija-os e volte, trazendo a parte da sua reclamação, que tenho fé que poderá ser aprovado. Acredito em você!
♦ Thanks, Andy 'O' ♦
Atualizado tudo que ficou pendente daqui para trás desse post.
Ianna D. Belikov
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Re: Ficha de Reclamação
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Afrodite. É a deusa que mais tem afinidade com a Audrey e também porque gosto dela.
- Características:
Audrey é alta, mas também é esguia. Tem cabelos de um ruivo intenso e uma pele profundamente pálida. É determinada e ambiciosa, o que muitas vezes a força a ser corajosa e por vezes, desonesta. Seu sonho é ser um modelo famosa.
- História:
Para Audrey, aquilo era “A Oportunidade”.
Desde que partira de Cardiff, no País de Gales, com um único sonho na bagagem: ser uma modelo de sucesso, só fizera trabalhar. Não que o trabalho de garçonete em uma lanchonete no Brooklyn fosse ruim, como diria sua avó Nanna: “era um trabalho digno como qualquer outro”, mas aquilo não era o que Audrey queria. Ela queria ser modelo, desfilar nas grandes cidades do mundo: Paris, Londres, Amsterdã, como Cara Delevigne, sua maior fonte inspiração.
Então, foi nesta sexta-feira que tudo mudou.
Em um supermercado, um Caça Talentos de nome Anthony Smith, viu a garota e achou que a bela merecia uma chance. De quase dois metros de altura, cabelos de um ruivos intensos e pele polida e pálida como porcelana, a garota era dotada de beleza. Por isso, foi convidada a se apresentar na Eva Lifestyle, na segunda feira, às 15h30min. é claro que o horário significava que ela faltaria trabalho, mas com uma falsa dor de cabeça conseguiu ser dispensada o dia todo.
Agora, cá estava ela sentada em uma poltrona sendo entrevistada por Daniel Jones, o diretor da Eva. Esperando nervosamente sua avaliação.
Quando viu o diretor pela primeira vez, o que foi meia hora atrás quando entrou na sala dele, não acreditou que o diretor de uma agência tão renomada como a Eva fosse tão jovem. Daniel, na opinião de Audrey, tinha uns vinte e poucos anos. Perfeito como um desenho, ele tinha cabelos dourados como um sol e um leve bronzeado de verão. Seu paletó azul dava um maravilhoso contraste com os cabelos. “Um príncipe” – disse para si mesma.
- Audrey Middleton, – começou Daniel -, mãe grega e pai britânico. – Ele tocou o queixo pensativamente -, você sempre quis ser modelo? – Disse pela primeira vez fixando o olhar intenso em Audrey.
- Desde os onze anos de idade – respondeu por fim
- Interessante. – Respondeu desviando o olhar para o computador. E continuou com uma voz sem qualquer expressão – Tivemos sorte de achá-la. Uma beleza como a sua não se pode esperdiçar.
- Como? – Perguntou ela de queixo caído.
Daniel se levantou e sentou-se na poltrona ao lado da dela.
- Diga-me, Audrey, acredita em mitologia? – Seu olhar estava vidrado nos dela
- Não, mas acho interessante à grega – respondeu, vacilante.
- Então, eu contarei uma história. – Levantou-se e virou de costas para ela. Seu terno azul dava um belo contraste com o dourado dos cabelos. – Era uma vez um rei que não consegui encontrar seu verdadeiro amor. Ele havia vivido longos anos e, no entanto, nunca havia conhecido alguém que realmente... o completasse. Um dia, conheceu uma bela camponesa e mesmo ele oferecendo uma vida de luxo, rejeito-o. – E virando-se novamente para ela – Assim, o rei puniu ela e sua família com a morte?
Audrey pigarreou antes de responder. “Que maneira mais esquisita de puxar assunto. Qual era o sentido daquilo? “
- Bem, eu não entendo muito disso, mas acho que se o rei realmente amasse à camponesa iria querer que ela fosse feliz.
Daniel piscou.
- Audrey, durante anos sua família conseguiu fugir de minha ira –, começou Daniel, com uma voz carregada de frieza: – E quando eu conseguir encontrá-los... – disse, desta vez com a voz se elevando cada vez mais – vem Afrodite!
Audrey se levantou de um salto.
- Desculpe, senhor Jones, não estou entendo – disse, nervosa. – Eu não sei quem é Afrodite ou quem é o senhor. – E, virando-se em direção a porta, com a mão próxima a maçaneta, Daniel a agarrou. Seu semblante parecia ter um misto de tristeza e ira.
- Largue-me, por favor! – Gritou ela e ele a soltou. Ela começou se afastar dele indo para trás da mesa, como se isso fosse a proteger de alguma forma. O pavor era visível em seus olhos e eles começaram a marejar. “Será que ele é algum psicopata? “
- Eu não sou Daniel – respondeu ele com um prazer satânico em seus olhos que não paravam de brilhar – Sou Apolo, o Deus-Sol! – Um brilho rompeu a sala. E, no exato momento, Audrey fechou os olhos.
“Estou ficando louca? “- pensou ela, “Isto não pode estar acontecendo! “ Gritou ela, ainda com os olhos fechados, agachando-se e abraçando os braços com as pernas, tentando se proteger da ira divina.
Sentiu que estava perdendo a sanidade e desmaiou.
Quando percebeu que estava viva, a primeira coisa que sentiu foi seu corpo todo reclamar. Não abriu os olhos inicialmente, pois ainda tinha medo de que o Deus poderia ainda está lá. Lágrimas rolaram sobre sua face e ela aos poucos tentou se levantar. “Estava deitada na grama” – percebeu ela.
Sentindo as folhas ásperas sobre suas costas. Permitiu cheirar o local e sentiu o leve aroma dos pinheiros. Aos poucos abriu os olhos e se permitiu observar o céu azul e a paisagem. Estava em uma floresta, mas podia-se ver conjuntos de prédios ao longe.
Droga! Estava em Nova York alguns meses e não sabia que lugar era esse. Ainda sentia a cabeça latejar devido à forte pressão psicológica que sentira. Se é que aquilo tudo mesmo foi verdade.
- Como eu cheguei até aqui? – Murmurou para si mesma. - Vovó Nanna - disse como só se estivesse lembrado dela agora. Começou a abrir a bolsa para ver se o celular ainda estava lá. Não achou. Apenas um bilhete.
Aquilo era confuso demais para Audrey. Primeiro, ele a machuca, depois a ajuda. O que realmente quer? E esta missão? Pensou se talvez neste tal acampamento ela poderia ligar para sua família e lhes informar que estava bem. Lembrar de seu pai fez ela pensar na notícia que mais a chocou: ser filha de uma deusa. Sentiu uma áurea dominar e de repente o que eram trapos, se tornaram roupas de luxo.
Ela tocou no novo vestido que surgiu em sua pele e pensou novamente se não seria um outro presente de Apolo.
O vestido era de um pink vibrante. Seus pés agora calçavam um coturno. Seus cabelos estavam soltos. A bolsa de couro foi a única poupada. Uma memória do sexto ano do ensino fundamental a fez ter certeza que não era. Afrodite era a deusa da Beleza e do Amor, de modo que aquilo talvez seja um presente de sua mãe. A áurea se desfez e ela percebeu outros presentes: um arco, uma aljava cheia de flechas e um chicote.
Sentiu frio na barriga de pensar em sua mãe. Era muito confuso para ela, saber em quem confiar. Principalmente agora. Seus olhos marejaram e ela afirmou para si mesma que não choraria, não queria parecer vulnerável.
Aquele bilhete provara que aquilo tudo era real e aquela áurea havia confirmado ainda mais. Inspirou e expirou e por fim decidiu o que iria fazer.
Iria para o acampamento.
Afrodite. É a deusa que mais tem afinidade com a Audrey e também porque gosto dela.
- Características:
Audrey é alta, mas também é esguia. Tem cabelos de um ruivo intenso e uma pele profundamente pálida. É determinada e ambiciosa, o que muitas vezes a força a ser corajosa e por vezes, desonesta. Seu sonho é ser um modelo famosa.
- História:
Para Audrey, aquilo era “A Oportunidade”.
Desde que partira de Cardiff, no País de Gales, com um único sonho na bagagem: ser uma modelo de sucesso, só fizera trabalhar. Não que o trabalho de garçonete em uma lanchonete no Brooklyn fosse ruim, como diria sua avó Nanna: “era um trabalho digno como qualquer outro”, mas aquilo não era o que Audrey queria. Ela queria ser modelo, desfilar nas grandes cidades do mundo: Paris, Londres, Amsterdã, como Cara Delevigne, sua maior fonte inspiração.
Então, foi nesta sexta-feira que tudo mudou.
Em um supermercado, um Caça Talentos de nome Anthony Smith, viu a garota e achou que a bela merecia uma chance. De quase dois metros de altura, cabelos de um ruivos intensos e pele polida e pálida como porcelana, a garota era dotada de beleza. Por isso, foi convidada a se apresentar na Eva Lifestyle, na segunda feira, às 15h30min. é claro que o horário significava que ela faltaria trabalho, mas com uma falsa dor de cabeça conseguiu ser dispensada o dia todo.
Agora, cá estava ela sentada em uma poltrona sendo entrevistada por Daniel Jones, o diretor da Eva. Esperando nervosamente sua avaliação.
Quando viu o diretor pela primeira vez, o que foi meia hora atrás quando entrou na sala dele, não acreditou que o diretor de uma agência tão renomada como a Eva fosse tão jovem. Daniel, na opinião de Audrey, tinha uns vinte e poucos anos. Perfeito como um desenho, ele tinha cabelos dourados como um sol e um leve bronzeado de verão. Seu paletó azul dava um maravilhoso contraste com os cabelos. “Um príncipe” – disse para si mesma.
- Audrey Middleton, – começou Daniel -, mãe grega e pai britânico. – Ele tocou o queixo pensativamente -, você sempre quis ser modelo? – Disse pela primeira vez fixando o olhar intenso em Audrey.
- Desde os onze anos de idade – respondeu por fim
- Interessante. – Respondeu desviando o olhar para o computador. E continuou com uma voz sem qualquer expressão – Tivemos sorte de achá-la. Uma beleza como a sua não se pode esperdiçar.
- Como? – Perguntou ela de queixo caído.
Daniel se levantou e sentou-se na poltrona ao lado da dela.
- Diga-me, Audrey, acredita em mitologia? – Seu olhar estava vidrado nos dela
- Não, mas acho interessante à grega – respondeu, vacilante.
- Então, eu contarei uma história. – Levantou-se e virou de costas para ela. Seu terno azul dava um belo contraste com o dourado dos cabelos. – Era uma vez um rei que não consegui encontrar seu verdadeiro amor. Ele havia vivido longos anos e, no entanto, nunca havia conhecido alguém que realmente... o completasse. Um dia, conheceu uma bela camponesa e mesmo ele oferecendo uma vida de luxo, rejeito-o. – E virando-se novamente para ela – Assim, o rei puniu ela e sua família com a morte?
Audrey pigarreou antes de responder. “Que maneira mais esquisita de puxar assunto. Qual era o sentido daquilo? “
- Bem, eu não entendo muito disso, mas acho que se o rei realmente amasse à camponesa iria querer que ela fosse feliz.
Daniel piscou.
- Audrey, durante anos sua família conseguiu fugir de minha ira –, começou Daniel, com uma voz carregada de frieza: – E quando eu conseguir encontrá-los... – disse, desta vez com a voz se elevando cada vez mais – vem Afrodite!
Audrey se levantou de um salto.
- Desculpe, senhor Jones, não estou entendo – disse, nervosa. – Eu não sei quem é Afrodite ou quem é o senhor. – E, virando-se em direção a porta, com a mão próxima a maçaneta, Daniel a agarrou. Seu semblante parecia ter um misto de tristeza e ira.
- Largue-me, por favor! – Gritou ela e ele a soltou. Ela começou se afastar dele indo para trás da mesa, como se isso fosse a proteger de alguma forma. O pavor era visível em seus olhos e eles começaram a marejar. “Será que ele é algum psicopata? “
- Eu não sou Daniel – respondeu ele com um prazer satânico em seus olhos que não paravam de brilhar – Sou Apolo, o Deus-Sol! – Um brilho rompeu a sala. E, no exato momento, Audrey fechou os olhos.
“Estou ficando louca? “- pensou ela, “Isto não pode estar acontecendo! “ Gritou ela, ainda com os olhos fechados, agachando-se e abraçando os braços com as pernas, tentando se proteger da ira divina.
Sentiu que estava perdendo a sanidade e desmaiou.
...
Quando percebeu que estava viva, a primeira coisa que sentiu foi seu corpo todo reclamar. Não abriu os olhos inicialmente, pois ainda tinha medo de que o Deus poderia ainda está lá. Lágrimas rolaram sobre sua face e ela aos poucos tentou se levantar. “Estava deitada na grama” – percebeu ela.
Sentindo as folhas ásperas sobre suas costas. Permitiu cheirar o local e sentiu o leve aroma dos pinheiros. Aos poucos abriu os olhos e se permitiu observar o céu azul e a paisagem. Estava em uma floresta, mas podia-se ver conjuntos de prédios ao longe.
Droga! Estava em Nova York alguns meses e não sabia que lugar era esse. Ainda sentia a cabeça latejar devido à forte pressão psicológica que sentira. Se é que aquilo tudo mesmo foi verdade.
- Como eu cheguei até aqui? – Murmurou para si mesma. - Vovó Nanna - disse como só se estivesse lembrado dela agora. Começou a abrir a bolsa para ver se o celular ainda estava lá. Não achou. Apenas um bilhete.
- BILHETE:
"Cara Audrey,
Eu não costumo me irar com frequência. Assim, não usarei a maldição que lancei a sua família contra você. Mas, você terá que se mostrar merecedora de tal misericórdia. Se seguir linha reta, encontrarás uma fazenda onde se esconde o Acampamento Meio-Sangue. Audrey, você é uma semideusa, uma filha de Afrodite. Só para deixar claro, assim como os Deuses, monstros também existem e se não for por Acampamento Meio-Sangue, no estado que você está, poderá ser destroçada. Além do mais, você precisará treinar neste local para cumprir a missão que te darei. Fique calma, será fácil. Não tente escapar do destino, as Parcas garantem que é fatal tentar. E se você lembra de algo da sua infância que tem a ver com monstros/deuses, é verdade.
Até breve,
Apolo."
Aquilo era confuso demais para Audrey. Primeiro, ele a machuca, depois a ajuda. O que realmente quer? E esta missão? Pensou se talvez neste tal acampamento ela poderia ligar para sua família e lhes informar que estava bem. Lembrar de seu pai fez ela pensar na notícia que mais a chocou: ser filha de uma deusa. Sentiu uma áurea dominar e de repente o que eram trapos, se tornaram roupas de luxo.
Ela tocou no novo vestido que surgiu em sua pele e pensou novamente se não seria um outro presente de Apolo.
O vestido era de um pink vibrante. Seus pés agora calçavam um coturno. Seus cabelos estavam soltos. A bolsa de couro foi a única poupada. Uma memória do sexto ano do ensino fundamental a fez ter certeza que não era. Afrodite era a deusa da Beleza e do Amor, de modo que aquilo talvez seja um presente de sua mãe. A áurea se desfez e ela percebeu outros presentes: um arco, uma aljava cheia de flechas e um chicote.
Sentiu frio na barriga de pensar em sua mãe. Era muito confuso para ela, saber em quem confiar. Principalmente agora. Seus olhos marejaram e ela afirmou para si mesma que não choraria, não queria parecer vulnerável.
Aquele bilhete provara que aquilo tudo era real e aquela áurea havia confirmado ainda mais. Inspirou e expirou e por fim decidiu o que iria fazer.
Iria para o acampamento.
Audrey Middleton
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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Re: Ficha de Reclamação
RECLAMAÇÃO
Reclamação tipo... Ser reclamado?
Ou reclamação de ficar reclamando sem parar?
Por que se for de ficar reclamando sem parar... Bem, aí é comigo mesmo.
- Por qual deus deseja ser reclamado/ qual criatura deseja ser e por quê?
Se eu pudesse escolher, juro que queria ser filho de Zeus. Quer dizer, ele é todo bombadão e poderoso, não? Pois é, sempre quis um pai assim. Meu pai adotivo era um bosta, ele bebia pra caramba. Deve ter sido daí que peguei o nojo de bebidas. Meio irônico eu odiar bebidas, drogas, festas e coisas assim, não? Quer dizer, meu pai é Dionísio. Como que eu posso gostar dessas coisas?
- Características Físicas/Mentais.
Olha, dizer que sou um galã com mais de 20cm de pênis já não basta? Bem, se você quer detalhe por detalhe, irei explicar detalhe por detalhe. Sou um homem de altura média, cabelos loiros, olhos castanhos e magro o suficiente para os poucos músculos que tenho ficarem ridículos no meu corpo. É, não sou nenhum lutador de MMA, WWE, PNC, TNC, VSF, VTNC, JPG, PDF, PNG e nem nada do tipo. Se isso não o satisfez desejo que crie pelo na teta da sua mãe. Obrigado.
- História do Personagem.
Eu nasci no Brooklyn, num dia feio de outono - era um dia tão feio que nem decoraram a data. Até hoje não sei o dia de meu aniversário. Eu morava no segundo andar do Bar do Bill com minha mãe, casada com Bill. Desde pequeno minha mãe disse que eu era alguém diferente, especial, que um dia eu sairia em jornada para dominar meus poderes e blablabla. Sempre me vi como um super-herói e tudo mais. Elevei minhas expectativas ao máximo e, quando vi, era um filho idiota de um bêbado. Aliás, era o filho idiota de OUTRO bêbado. A diferença de um bêbado para o outro era que um batia na minha mãe e esse nem se lembrava o nome dela. Bom, deixamos essa parte de lado. Eu acho que você, seja lá quem seja que estiver lendo essa ficha, quer saber mesmo é da parte interessante... Daqueeela parte.
Bem, eu só fui descobrir que eu era filho do velho babão por descuido da minha mãe. Bill nos obrigou a viajar para um lugar onde os monstros são mais fortes, ou a Névoa mais fraca... Ahn, sei lá. Eu não entendo dessas coisas. Só sei que por descuido um ciclope malvado nos achou e começou a nos seguir. Bill e mamãe não viram nada diferente, mas eu conseguia enxergar aquela fera de um olho só. Eles achavam que era um cachorro, mas aquilo DEFINITIVAMENTE não era um cachorro. Quando escapamos, contei pra minha mãe que achava estar ficando louco. Ela me olhou, sorriu, fez carinho no meu cabelo e disse que logo tudo ia ficar claro. Claro demais. Um sátiro havia me jogado uma lanterna no olho na madrugada da mesma noite, com MUITO medo. O cara tinha medo da própria sombra. Mal conseguia falar. Tentei o acalmar, falando palavras para ele se sentir mais calmo. Ele gaguejava, tentando convencer a si mesmo que era corajoso e logo me explicou tudo. Eu não entendi nada, mas mamãe disse que era tudo verdade e... Bem, eu sei o que eu vi. Havia 10 metros de muita carne me seguindo.
Quando cheguei no acampamento, me meteram no chalé de Hermes. Pensei que Hermes era o deus das ervas, sei lá. O nome lembra. Lembro-me de ter arranjado muita briga naquele chalé. É, triste. Muito triste. Mas convenhamos: quem garante que o deus dos ladrões não fuma ervas? Vai saber, né?
Fiquei quatro noites e logo fui reclamado pessoalmente pelo bebum do diretor do acampamento. De início, senti-me diferente, poderoso. Todo mundo me aplaudia, me saudava. Fora uma noite linda. Mas tipo, foi só eu me sentar com meus colegas que tudo acabou. Eles cheiravam a cachaça. PURA CACHAÇA. Mas o pior de tudo foi quando me levaram pra cabana. TINHA UMA SURUBA LÁ, VELHO! TAVA TIPO, TODAS AS MINA E TUDO OS MINO SE COMENDO! Ok, respira. Inspira, expira, expira.... Shhhhh.
Velho, uma mina esfregou aquela coisa dela no meu pênis. Maaano, que sensação feliz. Uma pena que aquilo é aberto, sem ter nenhum quartinho reservado pra gente dar uns pega. Lá o cara quer mijar e tem que liberar a bitoquinha pra todo mundo ver. É triste, cara, MUITO triste. Mas um dia desses eu supero essa vida desgraçada que eu tive. Quer dizer, eu fui seguido por monstros a vida toda e nem sabia disso. Imaginava ser, sei lá, cachorros - uma vez DEFINITIVAMENTE foi um cachorro. Maldito cão infernal! - Viver a vida toda ao lado de um bêbado pra ser reclamado por outro é tenso.
É tenso.
MUITO.
Demais.
Mas é isso. Espero conseguir esse emprego pra... Ahn, essa ficha é pra o que mesmo? Espero que não seja pra mecânico. Não sou habilidoso com armas, ferramentas e nada do gênero. Mas eu manjo de computação, é legal. Ahn... E eu gosto de ir numa festa ou outra, mas só se tiver pouca gente. Bem, será que eu sou mesmo filho de Dionísio? Ah, fod... dane-se. Estou me atrapalhando aqui. Até.
OBSERVAÇÃO: É BOM ME DAR ESSA VAGA DE EMPREGO SENÃO EU FAÇO SURGIR PELO NA TETA DA TUA MÃE!
Made By Neville:
Eu resolvi fazer uma ficha diferente, sei lá. Fugi um pouco da risca. É um risco que vou tomar. Espero ser reclamado e... Acho que é isso. Não botei o campo personalidade por que meio que dá pra ver como ele é pelo resto da ficha, sei lá. Boa sorte pra mim e um bom dia pra você.
Tá, já posso parar de reclamar agora?
Chad J. Walker
IndefinidosPercy Jackson RPG BR
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