Rio do Acampamento ♠Local Público Oficial♠

River deep

With Klaus Montgomery

Se tem algo que Klaus sabia fazer era ser galante, excitante, charmoso e fofo ao mesmo tempo, era uma explosão de qualidades em um único ato. Fley suspira ao ter seus dedos entrelaçados com o filho de Despina.

— Vamos, sente aqui comigo — sentava e puxava a sua companhia para o seu lado.

De um lado, Klaus, do outro, um monte de pedras chatas, atrás, apenas um lanche. Fley se levanta após o garoto sentar. Em sua mão direita dois sanduiches, um de manteiga de amendoim com geleia e o outro de atum. Na esquerda, dois copos de suco de morango. Especialidade do acampamento meio-sangue.

Fley entrega um copo para Klaus e se inclina, logo se agachando ao lado dele. — Atum ou manteiga de amendoim com geleia? — diz entendendo as duas mãos em direção a Klaus. No seu rosto estava estampado um sorriso sincero.

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Após nos sentarmos ele veio me oferecer um dos sanduíches. No momento não consegui pensar bem. Aqueles olhinhos lindos me olhando, aquele sorriso de derreter qualquer coração.

Fiquei um tempo sem responder, até que pisquei os olhos saindo do transe.

— O de manteiga de amendoim com geleia. Não sou muito fã de peixes. —

Antes de pegar o sanduíche, segurei o rosto dele e dei um selinho demorado. Fiquei sorrindo feito um bobo corado, e sussurrei desculpa bem baixinho. Por fim, peguei o sanduíche.

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Um roubo de beijo ocorre perante ao rio. Fley assumia para si mesmo que havia sido o melhor roubo que sofrera em sua vida. Após o beijo o garoto dá uma pequena mordida na orelha de Klaus e toma atenção em seu sanduiche. O lanche pelo visto estava bom, mas não era o foco principal para Fley. Após duas mordidas no sanduíche, o garoto se levanta e olha para Klaus.

— Está fazendo calor, não acha? — Pronunciava enquanto retirava a sua camisa, tirava os sapatos e sua calça, jogando em um canto. Ficando apenas com uma cueca branca

Sem pensar muito o garoto se lança na agua gelada, que com aquele calor, provavelmente estaria na melhor temperatura possível. Ele lança um olhar convidativo para Klaus e mergulha entre as aguas turvas, nadando embaixo d’agua.

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Ele sugeriu nadarmos? Bom, eu não sinto calor, mas ao ver ele apenas de cueca, devo confessar que algo em mim esquentou, e não, não foi a temperatura.

— Eu não sinto calor, Milorde! Mas irei nadar com toda certeza.

Me levantei. Desabotoei minha camisa lentamente enquanto olhava o garoto no rio, e a joguei no chão, deixando meu peitoral e abdome a mostra. Em seguida tirei meu tênis e minha meia as jogando no chão. Me virei de costas e retirei a calça ficando apenas de cueca vermelha. Não queria que ele visse o volume na parte da frente, por mais que não estivesse excitado, ele estava marcado pelo fato da cueca ser apertada.

Dei de ombro e me virei correndo em direção ao rio mergulhando nele.

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Definitivamente valeu a pena se jogar na agua, não pela questão de estar se refrescando por conta do calor ou pela diversão. Talvez a diversão de brincar na agua conte pontos. Mas o garoto focava em outra coisa. Ver Klaus retirar a camisa botão por botão e se jogar na agua trajando apenas uma cueca vermelha fez valer todos os esforços daquele encontro. O corpo do rapaz parecia ter sido traçado por escultores da Grécia antiga.

— Uh, olha a cuequinha vermelha dele — falava em tom de brincadeira e se punha a nadar em torno do rapaz

Nadava para longe, de costas, com braçadas lendas. Ao chegar em uma parte funda do rio se colocava a boiar e a observar o céu. Pensativo, com seus olhos que por mais feliz que o garoto estivesse sempre permaneciam com impressão de vazio.

— Eu queria te pedir desculpas por ontem, Klaus — soltava ao vento — eu não sou daquela forma, eu não sei o que deu eu mim, eu... — sua voz falhava — me desculpe. —

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Zeus como ele era fofo. Nadei até onde ele estava, e ele boiava, em baixo dos meus pés criei uma plataforma de gelo para não afundar. Coloquei minhas mãos nas costas de Fley, o segurando enquanto boiava.

Sorri timidamente.

— Eu quem lhe peço desculpas, Fley. Não é do meu tipo agir daquela forma, e creio que nós dois excedemos. — Corei enquanto olhava os olhos do rapaz. —Prometo que não ira se repetir, você é um rapaz incrível, não queria ter apressado.

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O garoto se joga para trás, mergulhando, se soltando dos braços de Klaus e nadando a sua volta. Fley da dois giros em volta do corpo do garoto e se projeta nas costas dele, se pendurando no pescoço do mesmo.

Novamente o garoto mergulha, gira em torno do rapaz e para de frente para ele, a uma distância de 50 centímetros, olhando Klaus ligeiramente nos olhos.

— Você sabia que seus elogios me deixam sem graça? — Falava o garoto ainda fitando o céu — mas vindo de você eu consigo suportar — suspirava — nos excedemos um pouco sim, mas me descontrolei demais, você me perdoa? — Olhava com um rosto sereno para Klaus

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O garoto nada feito um peixe, e não para um segundo. Eu ri com aquilo. Ele parecia de fato uma criança animada no rio.

— Claro que eu te desculpo. — Sorri dando um selinho nele. —Confesso, que por mais que não queria que aquilo acontecesse, eu estava gostando. Somos jovens, ter esses deslizes é até natural.

Passei meus braços em volta da cintura do garoto e o puxei pra mais perto de mim, o deixando em cima da plataforma de gelo que estava em baixo dos meus pés, encostei minha testa com a dele.

— Você é muito fofo, Milorde. Não consigo resistir a não te elogiar por muito tempo.

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O garoto é puxado para perto de Klaus, deixando os dois mais próximos ainda. Fley conseguia ver o seu reflexo nos olhos do garoto. O toque do braço na cintura fazia com que Fley perdesse o jeito. O filho de Milenoe ficava abobado pela forma formal que o garoto o chamava. O deixava intrigado.

Mais um selinho roubado, dessa vez, um beijo molhado. Os lábios se tocam e Fley entra em estado de felicidade. Não conseguia pronuncias as palavras que estavam em sua mente. Apenas aproveitar que estava ali nos braços de Klaus. O garoto se aproxima e prende as suas pernas na cintura de Klaus, colando os dois peitorais.

— Perto demais? — Pergunta com um sorriso sarcástico no rosto

Fley finge beijar o garoto várias vezes, se aproximando dos lábios do mesmo e voltando, sempre com um sorriso de canto de boca. Se aproxima da nuca do filho de Despina e dá uma leve mordida, seguida de um leve chupão e um beijo. Sobe para a orelha, mordiscando. E por final volta para a boca, beijando-o, entrelaçando as duas línguas em um beijo lento e delicado.

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Ele colocou suas pernas em volta da minha cintura, como se fosse um abraço, e deixou nossos peitorais colados, e indagou se estava perto de mais, eu sorri o fitando.

— De maneira alguma... Gaspar. — Arrisquei uma apelido, e ri.

Ele ficar ameaçando me beijar já estava quase me enlouquecendo. Dei uma gemida com a mordida em minha nuca, e outro gemido, porém baixo, quando ele deu um chupão. Logo em seguida o beijo surgiu, o que me fez fechar os olhos. Nossas línguas pareciam mais sincronizadas do que no dia anterior, o beijo era mais romântico, pelo menos para mim, levei minhas mãos até a bunda do garoto para o segurar em meu colo, não como algo sexual, mas apenas para ele não cair.

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Ao ser segurado pela bunda, Fley fecha suas pernas mais ainda, pressionando e puxando o corpo de Klaus contra o meu. Ao mesmo tempo segurava a nuca do rapaz com delicadeza, acariciando e passando a mão no cabelo molhado do garoto. O sabor dos lábios de Klaus era algo que com toda certeza poderia ser aproveitado por horas pelo filho de Melinoe.

O garoto se desvencilha dos braços gélidos do rapaz. Cora um pouco. Fley havia sentido as coisas esquentarem demais, seu corpo começara a dar sinais de tal. O garoto coloca as duas mãos juntas apontando para cima sobre a cabeça e começa a afundar lentamente na agua.

— Modo tubarão, atacar — fala enquanto afunda completamente na agua.

Novamente Fley dá uma volta em torno do corpo de Klaus, passando bem próximo das pernas do rapaz. Em um rápido movimento o filho de Melinoe dá uma mordida leve na parte interior da coxa esquerda de Klaus. Dando mais uma volta finaliza dando outra mordida boba no bumbum de do garoto. Ele dá risada dentro d’agua, fazendo bolhas subirem à superfície.

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Ele realmente parecia uma criança se divertindo no lago em um dia quente. Ele começou a nadar em volta de mim, em seguida mordeu minha coxa, e por fim minha bunda, me fazendo soltar um leve gemido. Parei ele na água, e o levantei fazendo ficar em pé novamente. Apertei o seu corpo contra o meu, como estávamos um de frente pro outro, rocei meu membro com o dele, e em seguida, ri.

— Milorde, você está me provocando de mais... E eu estou amando isso, sabia? — Dei uma leve mordida no pescoço de Fley, seguido de um chupão, que deixou um pouco marcado. — Gaspar, estou amando passar esses tempos com você, sabia? Você trás a segurança que eu sempre busquei... Você parece ser tudo o que eu procurei, você é perfeito.

Dei um selinho demorado nele e mordi seu lábio inferior dando uma leve puxada. Em seguida o abracei forte em meus braços, dando um leve suspiro, e sussurrei baixo ao ouvido dele.

— Você virou meu porto seguro.

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Fley é agarrado por Klaus e ao seu puxado para perto do mesmo, sente algo volumoso encostando em si. O que o faz corar imediatamente. Novamente se põe a prender as pernas ao redor da cintura da sua companhia, colando novamente os corpos dos dois ali presente. O garoto corava com as palavras de Klaus, havia sinceridade nas mesmas, afinal, ninguém nuca havia lhe dito algo desse gênero.

Fley recebe o selinho e se afasta um pouco, cerca de dez centímetros, ele olha para baixo, fitando a agua de forma vazia, mas ao mesmo tempo com um olhar triste.

— Ninguém nunca andes havia me dito isso Klaus — assumia para o garoto e passa si mesmo enquanto olhava para baixo.

Por mais contente que o garoto iceberg pudesse deixar Fley, era como se um sentimento de culpa viesse em seguira para quebrar essa felicidade. Era como se Fley não merecesse aquele garoto. Era um sentimento estranho, perverso.

— Eu nunca tive alguém para dizer isso, nem família, nem ninguém especial — mordia os lábios ao falar — me desculpa, estuo agindo como um idiota inseguro que nunca saiu com nenhum garoto... o que bem, não é nenhuma mentira. — Olhava para Klaus e depois novamente para a agua de forma triste, passando a mão pelo rio.

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Ainda em meus braços eu sorri e o apertei um pouco mais, apoiando minha cabeça na dele. Eu amava a sensação de calor do corpo dele, e definitivamente, amava o seu abraço, por mais que tivesse abraçado ele poucas vezes.

— Gasparzinho? — Levei uma de minhas mãos até o rosto dele, o fazendo olhar para mim. — Eu... Estou aqui com você, tudo bem? Já que é novo pra você, farei ser novo pra mim. Não quero te deixar desconfortável.

Com a mão no rosto dele, comecei a acariciar a sua bochecha, então fechei os olhos e suspirei.

— Estou aqui para ser seu ouvinte, seu amigo... Seu amante.

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— Klaus, Klaus... as vezes duvido que você possa ser real — falava ainda fitando a agua turva do rio — você tem me feito bem, Klaus — terminava com um sorriso.

Fley olha nos olhos do rapaz ao ser tocado pelos seus dedos gélidos. Lábios cerrados, o garoto olha para a agua e em seguida de novo para o filho de Despina. Seus olhos encolhidos, expressão cabisbaixa. Algo aparecia ter abalado completamente o estado emocional do garoto fantasma.
— Me perdoe te preocupar com minhas frustrações... — pausava — você tem seus problemas, suas frustrações, suas complicações, não tem porque se preocupar com as minhas — pronunciava Fley enquanto se aproximava.

Rosto colado no rosto, nariz com nariz, a respiração de Klaus era sentida pelo garoto fantasma. Dedos gélidos no rosto do filho de Melinoe, o acariciando. Fley abraça a sua companhia e pousa a sua cabeça no peitoral de Klaus, aconchegando-se.

— Fica perto de mim ta? — Perguntava enquanto olhava para o rosto do garoto, ainda deitado no peitoral dele.

Para finalizar a cena um beijo é desferido no olho direito de Klaus, em seguida um na testa e um nos lábios.

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Algo não parecia estar certo. Algo o incomodou com tudo aquilo, seu olhar expressava isso, a maneira como Fley falava também. Como ele estava com a cabeça no meu peitoral, levei uma de minhas mãos até o cabelo do rapaz o afagando. Eu conseguir sentir meu corpo ficar quente, o contato com o corpo despido do garoto estava fazendo aquilo. Eu o apertei um pouco forte em um abraço, ainda o acariciando seus cabelos.

— Hey, MiLord, não se preocupe em me preocupar. Como eu disse, estou com você. — Suspirei e desferi um beijo no topo da cabeça dele. — Suas preocupações me incomodam de certa forma, por que eu me preocupo com você, eu quero poder te animar sempre que for preciso.

Eu o apertei um pouco mais em mim, não sei se eu o machuquei com isso, por que definitivamente estava o apertando. Uma lágrima escorreu em meu rosto, e então o encostei na cabeça do garoto, o escondendo.

— Ficar perto de você, é o que eu mais quero... Minha voz falhava — Fley...

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Sentia a temperatura dos dois corpos juntos em um abraço. Os toques gélidos em sua pele quente. Era tudo muito magnifico naquele momento. Klaus era uma pessoa meiga, a qual aparentemente se preocupava com Fley, deixava as coisas confortáveis para ele. O filho de Despina era alguém que absolutamente tranquilizava e fazia bem ao filho de Melinoe.

— Ei, era para ser um dia legal no rio, vamos esquecer essas coisas ta? —pronunciava Fley enquanto tentava forçar um sorriso

Após ter sido quase espremido em um abraço, Fley beija a ponta do queixo de Klaus. Puxa a orelha de Klaus para perto e logo dá uma mordida em sua ponta. Fley nada até a margem do rio e senta bem na ponta, deixando apenas as pernas dentro do rio enquanto comia o restante do seu sanduíche de atum. Observava Klaus entre uma mordiscada e outra. Após terminar o seu lanche, o garoto se levanta e olha o para o céu.

— Parece que essa é minha deixa, filho de Despina — Falava o garoto enquanto se arrumava e saia do local, deixando Klaus sozinho e carregando uma boa lembrança.

Colder than december

a revolta da água com o incomodo do gelo e a agonia do sol

Sol nascendo, calor surgindo, brilho aparecendo. Hoje era definitivamente um dia quente, enquanto dormir o garoto havia suado mais do que durante o dia anterior inteiro. Havia acordado pingando de suor, até se perguntou se alguém não havia borrifado agua nele. Vestindo rapidamente uma bermuda preta e uma regata cinza, o garoto calça uma sandália de dedo e sai do seu chalé. Era cedo, não haviam muitos campistas acordados circulando por ali. A maior parte dos semideuses acordados eram os filhos de Eos, que observavam o sol nascer e se banhavam em seus raios. Fley observava curioso enquanto continuava andando em direção à praia. O dia estava tão quente, que um mergulho não cairia nada mal.

Uma garota, uma náiade, um dragão e gelo. Nada disso parecia se encaixar no cenário que o garoto imaginava da praia. A agua estava um pouco congelada, dava para sentir o frio que emanava dela de longe. Uma leve crosta de gelo estava sobre a agua e logo acima uma base de uma construção, não dava para identificar. A náiade brigava pela temperatura e pela garota ter construído algo em sua agua, era o que dava para perceber. O dragão apenas observava a situação enquanto as duas garotas discutiam. Nunca havia passado pela sua cabeça que um espirito da agua pudesse ser tão agressivo e boca suja. Pelo visto, a garota havia realmente irritado a criatura.

Fley se aproxima da agua, passando entre as garotas que brigavam, tira a camisa e entra devagar na agua, quebrando a leve camada de gelo. A temperatura baixa do rio em contraste com o calor daquela manhã formavam o clima interior perfeito. O jovem nada até a beirada e observa os outros três que ali estavam presentes, seu olhar era curioso e inocente. Observava a situação como se tudo aquilo fosse normal, ou uma telenovela. Analisava cada um, principalmente a garota que estava brigando com a criatura da agua.